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Revista Adoro ED 09 - LEM - MAIO | JUNHO - 2022

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ESPECIAL AGRO

@schmidtagricola

@moisesschmidt

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O OURO DO CERRADO:

CACAU CULTIVADO EM ÁREAS NÃO TRADICIONAIS DA BAHIA

TEM SE DESTACADO NO MERCADO BRASILEIRO

Texto: Vitórian Tito

O Brasil é o sétimo produtor de cacau do

mundo. Entre os estados brasileiros, a

Bahia ultrapassou o Pará, que liderava o

plantio do fruto, se consolidando como

o maior produtor do país ao bater um

recorde histórico para a região e entregar,

em 2021, 140.928 toneladas da amêndoa,

de acordo com dados da Associação

Nacional das Indústrias Processadoras

de Cacau (AIPC). O aumento de 39,72% em

relação ao ano anterior colocou a Bahia

como responsável por 71,30% do cacau

recebido pelas indústrias produtoras no

ano.

Mas, nos últimos anos, um tipo de

cacau específico ganhou destaque no

mercado brasileiro: o cacau do cerrado,

que é cultivado a pleno sol em áreas

consideradas não tradicionais do Oeste

baiano. A iniciativa de plantar cacau em

um ambiente ensolarado, bem distante

daquele que normalmente é associado ao

plantio do fruto, partiu do Grupo Schmidt,

que atua desde 1979 como especialista

na produção de fibras, grãos e frutas.

Há quatro anos, a empresa estava em

processo de implantação da bananicultura

na região e procurava uma alternativa para

complementar a fruticultura. Foi então

que surgiu a oportunidade de investir em

tecnologia para implantar, pela primeira

vez, a cacauicultura em áreas extensivas

do semiárido brasileiro.

Moisés Schmidt é Vice-Presidente da

Associação de Agricultores e Irrigantes

da Bahia (AIBA) e Diretor da Federação

da Agricultura e Pecuária da Bahia (FAEB

- Oeste/BA). Além disso, ele é um dos

fundadores do Grupo e presidente da

BioBrasil, a empresa de produção de mudas

de cacau com alta tecnologia que surgiu da

parceria entre a Schmidt Agrícola, Tamafe

Tecnologia e TRF Consultoria Agrícola e

resultou na implementação do projeto

em Riachão das Neves – BA. Ele explica

que os bons resultados da produção de

cacau no cerrado baiano só foi possível

por causa do preparo específico do solo,

dos conhecimentos dos profissionais

envolvidos e do investimento em

pesquisa e tecnologia para se adaptar às

características da região: “A gente costuma

falar que aqui no Brasil a cacauicultura

não era tratada como fruticultura, e sim

quase como um extrativismo. O que nós

estamos fazendo é a adaptação do fruto

em áreas não tradicionais para vencer

novas barreiras”, conta.

www.revistaadoro.com.br

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