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ADORO CONVIDA
@carminhamissio
EXEMPLO DE FORÇA
E SUPERAÇÃO:
CONHEÇA A INCRÍVEL HISTÓRIA DE CARMINHA MISSIO,
ADVOGADA E AGRICULTORA QUE INTEGRA A LISTA DAS
100 MULHERES PODEROSAS DO AGRO DA FORBES BRASIL
Texto: Louise Calegari
O cativante sorriso de Carminha Maria Gatto
Missio guarda uma história de luta, superação
e sucesso. Hoje, a agricultora é a primeira
mulher a ocupar o cargo de vice-presidente
da Federação da Agricultura e Pecuária do
Estado da Bahia (FAEB), é sócia-fundadora da
Sementes Oilema e ainda está na lista das 100
Mulheres Poderosas do Agro da Forbes Brasil.
Casada e mãe de três filhos, Carminha
nasceu no município de Espumoso, no Rio
Grande do Sul e foi para o Mato Grosso por
causa do trabalho do marido. A mudança
para Luís Eduardo Magalhães, na Bahia, se
deu depois disso, quando parte da família, de
origem italiana, chegou ao município em 1985,
buscando terras maiores para produzir grãos
e assim melhorar a situação financeira. Ela e o
esposo não pensaram duas vezes: “As terras
eram baratas, o que nos possibilitava investir
em área para realização do sonho”, conta.
Em LEM, a família encontrou de cara um
desafio, o de substituir o cerrado por
produção de alimento:
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SONHÁVAMOS QUE UM DIA ESSA
REGIÃO DA BAHIA SE ORGULHARIA
DE NÓS, PORQUE AQUI FOMOS
MUITO BEM RECEBIDOS E
APRENDEMOS A AMAR ESSA
CULTURA LINDA E FORTE. AQUI
TEMOS BELEZAS NATURAIS
RIQUÍSSIMAS E APESAR DO
SOLO ARENOSO, CONSEGUIMOS
APRENDER A DESENVOLVER
DIFERENTES MANEJOS QUE FORAM
CONSOLIDANDO A PRODUÇÃO DE
DIVERSAS CULTURAS COMO SOJA,
MILHO, ALGODÃO, E ARROZ, POR
EXEMPLO, LEMBRA ELA.
Segundo Carminha, o resultado foi conseguido
através de muito esforço e pela herança
deixada pela sua ancestralidade: “Desde
que temos informação, nossos antecessores
sempre trabalharam no campo. Até mesmo
antes de virem da Itália para o Brasil,
há mais de 130 anos, havia a certeza de
que a agricultura que praticavam lá seria
promissora aqui. Nós nascemos na roça e com
parteira e aprendíamos, desde cedo, a fazer de
tudo. Naquela época, ajudávamos nas tarefas
diárias por meio período e no turno oposto
frequentávamos a escola rural.”
Se na agricultura, Carminha é um exemplo a ser
seguido, quando o assunto é conhecimento,
ela é sinônimo de superação. O ensino médio
só foi completado quando a advogada tinha
45 anos, após fazer um supletivo. Antes disso,
trabalhou como costureira e artista plástica:
“Em três meses, através de um supletivo de
módulos, estudei muito e consegui concluir o
ensino básico e o médio e no dia que conclui,
já me inscrevi para o vestibular de direito.
Eram 80 vagas e eu passei como trigésima
colocada, fiquei muito feliz e aos 50 anos
colava grau juntamente com vários amigos de
meus filhos”, conta orgulhosa sobre a própria
trajetória.
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