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Revista Adoro ED 09 - LEM - MAIO | JUNHO - 2022

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ESPECIAL AGRO

A pecuária do Oeste baiano está em

constante expansão e tem grande

representatividade no Produto Interno

Bruto (PIB) brasileiro, já que a criação de

bovinos, aves, caprinos e ovinos na região

abastece setores da indústria nacional e

internacional de alimentos, de couro,

farmacêutica e de fertilizantes.

Para crescer e oferecer resultados ainda

mais positivos, o setor aposta cada

vez mais na tecnologia, como explica o

pecuarista Antonio Balbino, referência

por ser o primeiro a implementar

em suas fazendas do Oeste Baiano

ferramentas que contribuíram para a

modernização dos processos, permitindo

a diminuição de estresse para os animais,

eficiência na gestão, otimização de

tempo, automatização de coleta de

dados, maior controle do rebanho e

melhores resultados em produtividade e

lucratividade.

MAIO | JUN | 2022

De acordo com Balbino, a tecnologia

influencia de diversas formas a atividade

pecuária, seja ela de leite ou de corte:

“Quando falamos em pecuária, falamos

também em seleção, desenvolvimento

de produtos, aplicação de química,

bioquímica, troca de informações,

gerenciamento de processos, logo, todas

estas atividades, sejam laborais ou

cientificas, direcionadas para atividade

pecuária, se utilizam de tecnologia e

da inovação, destacando aqui cenários

como os obtidos através da robótica e da

informática”, explica o pecuarista.

O especialista destaca que a boa gestão

de um rebanho é fundamental para a

lucratividade do negócio:

Na época de nossos avós, por

exemplo, a detecção e o controle dos

animais eram feitos exclusivamente

por um vaqueiro e essa contagem,

muitas vezes, era comprometida

negativamente devido a falta de um

gerenciamento mais preciso. Hoje

existem balanças de precisão que são

instaladas diretamente no campo para

pesagem do animal, numerado através

de Chip, que ao passar em um ambiente

onde o sensor está instalado, faz a

pesagem automática, possibilitando

informações atualizadas sobre o peso

sem precisar levá-lo a um ambiente

como um curral, por exemplo.

Ferramentas como esta são como

bússolas, que avaliam a necessidade de

direcionamento dos animais para um novo

pasto ou a necessidade de fazer algum

ajuste na suplementação alimentar:

“Esses equipamentos também ajudam

a proteger os animais, o que faz com

que seja possível substituir as cercas

eletrônicas por colares inteligentes

que ajudam ainda no monitoramento”,

revela Balbino, que ressalta também

que a informática e a robotização já

são realidade nas pequenas e grandes

fazendas.

O pecuarista lembra de outro aparelho

que tem sido muito utilizado: o bastão

de controle. Esse equipamento é capaz

de mapear o rebanho com a tecnologia

RFID (identificação por radiofrequência),

eliminando a necessidade do registro

manual de identificação de vacinas

ou medicamentos que estão sendo

aplicados no dia, cruzando as informações

individualmente.

As inovações chegaram também ao setor

que cuida da reprodução em bovinos de

corte ou de seleção: “Hoje utilizamos

muitos sistemas de reprodução como

a inseminação em tempo fixo e a

transferência de embrião (hoje praticada

com a Fertilização In Vitro - FIV). Elas

promovem mais velocidade ao processo de

ganhos na ação reprodutiva da atividade

pecuária e no processo de seleção. Com

isso, conseguimos encurtar gerações

e visualizar no DNA de animais muito

jovens, até mesmo os diferenciais que

eles possuem em certas características

e assim avançar mais fortemente nos

processos de seleção genética”, explica

Balbino.

O empresário defende que a pecuária

brasileira e principalmente a do Oeste da

Bahia tem condições de mostrar ao mundo

a potencialidade do mundo tropical, a

partir de iniciativas como as conduzidas

pela Empresa Brasileira de Pesquisa

Agropecuária (EMBRAPA), com muito

mais projetos ligados à produtividade,

em menos área e com mais escalabilidade.

“Estamos desenvolvendo tecnologia,

conhecimento e processos que permitem

ao Brasil ser protagonista de um dos

ambientes mais competitivos na atividade

Agropecuária mundial. Somos líder

absoluto em exportação, em produção e

muitos outros setores”, conclui.

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Fotos: Lukas Villas Boas

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