ESPECIAL AGRO@antoniobalbino.netoTECNOLOGIA NA PECUÁRIA:INOVAÇÕES ELEVAM PRODUTIVIDADE E FATURAMENTOTexto: Louise Calegari84www.revistaadoro.com.br
ESPECIAL AGROA pecuária do Oeste baiano está emconstante expansão e tem granderepresentatividade no Produto InternoBruto (PIB) brasileiro, já que a criação debovinos, aves, caprinos e ovinos na regiãoabastece setores da indústria nacional einternacional de alimentos, de couro,farmacêutica e de fertilizantes.Para crescer e oferecer resultados aindamais positivos, o setor aposta cadavez mais na tecnologia, como explica opecuarista Antonio Balbino, referênciapor ser o primeiro a implementarem suas fazendas do Oeste Baianoferramentas que contribuíram para amodernização dos processos, permitindoa diminuição de estresse para os animais,eficiência na gestão, otimização detempo, automatização de coleta dedados, maior controle do rebanho emelhores resultados em produtividade elucratividade.MAIO | JUN | 2022De acordo com Balbino, a tecnologiainfluencia de diversas formas a atividadepecuária, seja ela de leite ou de corte:“Quando falamos em pecuária, falamostambém em seleção, desenvolvimentode produtos, aplicação de química,bioquímica, troca de informações,gerenciamento de processos, logo, todasestas atividades, sejam laborais oucientificas, direcionadas para atividadepecuária, se utilizam de tecnologia eda inovação, destacando aqui cenárioscomo os obtidos através da robótica e dainformática”, explica o pecuarista.O especialista destaca que a boa gestãode um rebanho é fundamental para alucratividade do negócio:Na época de nossos avós, porexemplo, a detecção e o controle dosanimais eram feitos exclusivamentepor um vaqueiro e essa contagem,muitas vezes, era comprometidanegativamente devido a falta de umgerenciamento mais preciso. Hojeexistem balanças de precisão que sãoinstaladas diretamente no campo parapesagem do animal, numerado atravésde Chip, que ao passar em um ambienteonde o sensor está instalado, faz apesagem automática, possibilitandoinformações atualizadas sobre o pesosem precisar levá-lo a um ambientecomo um curral, por exemplo.Ferramentas como esta são comobússolas, que avaliam a necessidade dedirecionamento dos animais para um novopasto ou a necessidade de fazer algumajuste na suplementação alimentar:“Esses equipamentos também ajudama proteger os animais, o que faz comque seja possível substituir as cercaseletrônicas por colares inteligentesque ajudam ainda no monitoramento”,revela Balbino, que ressalta tambémque a informática e a robotização jásão realidade nas pequenas e grandesfazendas.O pecuarista lembra de outro aparelhoque tem sido muito utilizado: o bastãode controle. Esse equipamento é capazde mapear o rebanho com a tecnologiaRFID (identificação por radiofrequência),eliminando a necessidade do registromanual de identificação de vacinasou medicamentos que estão sendoaplicados no dia, cruzando as informaçõesindividualmente.As inovações chegaram também ao setorque cuida da reprodução em bovinos decorte ou de seleção: “Hoje utilizamosmuitos sistemas de reprodução comoa inseminação em tempo fixo e atransferência de embrião (hoje praticadacom a Fertilização In Vitro - FIV). Elaspromovem mais velocidade ao processo deganhos na ação reprodutiva da atividadepecuária e no processo de seleção. Comisso, conseguimos encurtar geraçõese visualizar no DNA de animais muitojovens, até mesmo os diferenciais queeles possuem em certas característicase assim avançar mais fortemente nosprocessos de seleção genética”, explicaBalbino.O empresário defende que a pecuáriabrasileira e principalmente a do Oeste daBahia tem condições de mostrar ao mundoa potencialidade do mundo tropical, apartir de iniciativas como as conduzidaspela Empresa Brasileira de PesquisaAgropecuária (EMBRAPA), com muitomais projetos ligados à produtividade,em menos área e com mais escalabilidade.“Estamos desenvolvendo tecnologia,conhecimento e processos que permitemao Brasil ser protagonista de um dosambientes mais competitivos na atividadeAgropecuária mundial. Somos líderabsoluto em exportação, em produção emuitos outros setores”, conclui.85Fotos: Lukas Villas Boas