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FOMENTO PARA CADEIA PRODUTIVA<br />
Paulo Roberto Pupo, vice-presidente da FIEP e<br />
superintendente da Abimci (Associação Brasileira da<br />
Indústria de Madeira Processada Mecanicamente),<br />
destacou que a mobilização gerada pelo Woodlife<br />
Sweden é um marco para a união de esforços nessa<br />
cadeia produtiva, com potencial de ampliar esse mercado<br />
e impactar futuramente no consumo per capita<br />
de madeira no Brasil. “Eventos como este, que reúnem<br />
vários interesses e em que apresentamos soluções<br />
construtivas, com representantes de peso dessa<br />
cadeia, são fundamentais”, declarou.<br />
Juliano Vieira de Araújo, presidente da Abimci,<br />
fez um breve discurso sobre a importância do evento<br />
e como foco de discussões para o fomento da madeira<br />
engenheirada. “Discutir esse tema com um grupo<br />
tão qualificado de profissionais é chave para o desenvolvimento<br />
dessa pauta e abertura de novas possibilidades<br />
de negócios”, explicou Juliano.<br />
Já o presidente da CBIC (Câmara Brasileira da<br />
Indústria da Construção), José Carlos Martins, afirmou<br />
que a busca por novos modelos de construção<br />
é essencial para que o setor recupere sua relevância<br />
na economia nacional. “Nossa participação no PIB<br />
(Produto Interno Bruto), que hoje é de 3%, já foi o dobro<br />
disso. Se a gente quer realmente voltar a ocupar<br />
um espaço que já foi nosso, precisamos sair da caixinha,<br />
e aí existem duas palavras que são essenciais:<br />
sustentabilidade e produtividade. E uma das grandes<br />
soluções para isso são as construções com madeira”,<br />
apontou José.<br />
FINANCIAMENTO PARA O SETOR<br />
Além da experiência sueca, o workshop debateu<br />
também as possibilidades de financiamento de<br />
construções sustentáveis em madeira no Brasil. O<br />
painel teve a participação do ex-ministro da Fazenda,<br />
Joaquim Levy, que é diretor de Estratégia Econômica<br />
e Relações com Mercados do Banco Safra. Ele destacou<br />
que a estruturação e normatização de uma cadeia<br />
produtiva de sistemas construtivos em madeira<br />
é importante para ampliar o acesso a financiamentos.<br />
“Quanto mais escala e padronização, mais fácil é<br />
conseguir financiar e atrair investidores”, afirmou o<br />
diretor.<br />
Além disso, um grande impulso para o financiamento<br />
desse segmento deve vir com a regulamentação<br />
de um mercado de carbono no Brasil – processo<br />
que está em tramitação no Congresso Nacional.<br />
“Para ter um diferencial de financiamento verde é importante<br />
ter um mercado de carbono, de tal maneira<br />
que aquele carbono que você deixou de emitir tenha<br />
valor para algum outro agente. Em um mercado<br />
como esse, a construção em madeira poderá ser uma<br />
fornecedora de créditos de carbono”, complementou<br />
Levy. Outro aspecto importante, em sua opinião, é<br />
a necessidade de mostrar garantias da durabilidade<br />
dessas edificações.<br />
O painel contou, ainda, com a participação do<br />
presidente da FIERO (Federação das Indústrias de<br />
Rondônia), Marcelo Thomé da Silva de Almeida, que<br />
é também diretor do Instituto Amazônia+21. A organização<br />
reúne as Federações das Indústrias dos nove<br />
EVENTOS COMO<br />
ESTE, QUE REÚNEM<br />
VÁRIOS INTERESSES E EM QUE<br />
APRESENTAMOS SOLUÇÕES<br />
CONSTRUTIVAS, COM<br />
REPRESENTANTES DE PESO<br />
DESSA CADEIA, SÃO<br />
FUNDAMENTAIS<br />
PAULO PUPO, SUPERINTENDENTE<br />
DA ABIMCI<br />
ABRIL 2023 63