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Revista Girolando edição 134 abril/maio/junho

Fique por dentro das novidades da pecuária leiteira. A edição online da revista Girolando já pode ser acessada e traz em sua capa todas as informações sobre a Megaleite 2023 e os principais eventos da raça, além de reportagens sobre adubação de pastagem, sanidade, mercado de genética e muito mais.

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am recebendo o leite “sujo” e/ou leite

integral até o 5º dia de vida, e a partir

daí são adotadas estratégias nutricionais

com volume e período pré-determinados

para fornecimento de dieta

líquida e sólida, podendo variar de

acordo com o objetivo do produtor.

No Brasil, a maioria das propriedades

ainda opta por oferecer às bezerras

leite de composição e qualidade

variável, sendo que menos de 15%

dos produtores adotam sucedâneos

lácteos como dieta líquida (SANTOS

& BITTAR, 2016). Entretanto, com a

necessidade de reduzir cada vez mais

os custos de produção, essa porcentagem

de propriedades utilizando sucedâneo

lácteo vem crescendo consideravelmente.

Um dos principais motivos para

essa prática é o preço final do produto

reconstituído que, na maioria das

vezes, é mais barato que o preço recebido

dos laticínios pelo litro de leite

integral. Isso torna o sucedâneo uma

das principais formas de substituição

do leite na alimentação de bezerros

nas propriedades (BOITO et al.,

2015).

Apesar de um excelente alimento,

quando o produtor opta por utilizar

o leite integral como fonte de dieta

líquida para as bezerras leiteiras,

nos deparamos com alguns entraves

em relação ao manejo alimentar dos

animais. Entre eles, podemos pontuar

susceptibilidades de variações no

horário do trato, na temperatura de

fornecimento aos animais e dos sólidos

do leite, além da possibilidade de

transmissão de doenças, uma vez que

o referido leite ainda não passou por

nenhum processo de pasteurização.

Os sucedâneos lácteos, por sua

vez, são fórmulas com ingredientes

que aproximam a sua composição à

do leite integral em termos de proteína,

energia e até em seu perfil de aminoácidos,

de forma a garantir o bom

desempenho dos animais (EDUCA-

POINT, 2018).

Essa tecnologia vem sendo amplamente

difundida no Brasil, porém,

exige que os produtores adotem alguns

critérios para escolher o produto

que melhor atenda às necessidades

do animal para alcançar os índices de

desempenho desejados na propriedade,

devido à enorme gama de variações

nas formulações disponíveis no

mercado.

A qualidade do sucedâneo, principalmente

a fonte proteica, é o fator

que determina os resultados semelhantes

aos observados a partir do

fornecimento de leite integral (NCR,

2001). Quando escolhidas fórmulas

com proteínas de origem animal, os

resultados de desempenho tendem a

ser superiores se comparados às fórmulas

com mais inclusão de proteínas

de origem vegetais.

Entre as vantagens dos sucedâneos,

estão: a possibilidade de comercialização

do leite integral produzido,

gerando mais receita para propriedade

como dito anteriormente; redução

do custo de aleitamento; além de permitir

uma concentração ou diluição

dos sólidos, de acordo com o objetivo

do aleitamento; permite também uma

definição nos horários do trato, uma

vez que o funcionário não precisa esperar

as atividades da sala de ordenha

para iniciar o trato dos animais; além

de evitar transmissão de doenças.

Em alguns experimentos a composição

dos sucedâneos influenciou

diretamente no ganho de peso das bezerras,

sendo este um fator de grande

relevância. ALVEZ et al., 2001, observaram

ganho de peso diário de

0,930kg para animais alimentados

somente com leite integral e 0,948kg

para os que foram submetidos a uma

alimentação apenas com sucedâneo

lácteo.

FERREIRA et al., 2008, observaram

que o ganho médio de peso diário

foi de 0,580kg para os que consumiram

leite integral e 0,530kg para

os submetidos ao consumo de sucedâneo,

sendo que ambos os trabalhos

apresentaram valores acima dos encontrados

por BOITO et al., 2015.

NUNES et al, 2019, ao realizarem

seu experimento utilizando sucedâneo

lácteo de qualidade e leite integral

para dieta líquida dos grupos,

observaram que não houve diferenças

estatísticas.

Sendo assim, independente da escolha

entre leite integral ou sucedâneo

lácteo, é de grande importância

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