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Escrever sobre Jesus é adentrar num dos mais fascinantes recintos da
história. Muitas foram as obras, de natureza histórica, ficcional e mediúnica
que tentaram desvendar, ou pelo menos trazer alguma luz, a questões
polêmicas sobre a vida desse importante homem, apesar de muitas perguntas
ainda continuarem sem resposta. Ao longo deste capítulo, eu espero
conseguir acrescentar informações valiosas neste grande mosaico em
construção que é o entendimento a respeito da vida e obra de Jesus. Buscarei
aliar pesquisas históricas, tendo como base a Bíblia, juntamente com
as informações de natureza mediúnica que tive acesso na minha jornada
espiritual da presente encarnação.
Antes de relatar a jornada física de Jesus na Terra é importante relembrar
a jornada espiritual, que envolveu a preparação para o seu encarne
no orbe terrestre, assim como os motivos para a sua vinda. Na época em
que Jesus nasceu, assim como no período da sua adolescência e maturidade,
Jerusalém vivia forte opressão romana e justamente por isso os
hebreus aguardavam a vinda de um messias libertador, aquele que no
imaginário popular seria o rei que faria o povo se unir e lutar contra a
tirania romana em busca da independência, algo semelhante ao que Moisés
realizou durante os vários anos de peregrinação no deserto do Sinai
em busca da terra prometida, quando libertou os hebreus da escravidão
egípcia. Poucos, muito poucos, sabiam que essa não era a missão de Jesus
e dentre essas poucas pessoas, estava um pequeno grupo conhecido como
essênios, grupo que teve importante papel na jornada messiânica do rabi
da Galiléia.
Ainda hoje, assim como naquela época, Jesus é visto por muitas pessoas
como um Deus na forma de homem, algo que o próprio massiach se
esforçou para mostrar que não era. Ensinou inclusive a forma como aqueles
que o seguiam deveriam se dirigir a Deus: “Pai nosso que estás no
céu”, ou seja, Pai de Jesus e de todos os seus irmãos. A necessidade de
humanizar Deus ou Lhe conferir uma figura tangível é uma característica
que a maioria da humanidade traz desde a época dos faraós, quando os
“deuses” eram cultuados na forma de estátuas, um culto que, aliás, permanece
nos dias atuais com estátuas de santos representando fisicamente
o espírito de nobres almas, como Nossa Senhora ou Francisco de Assis.
Entender a natureza espiritual da missão de Jesus é dar um importante
passo pra compreender o Grande Plano Divino para a humanidade.
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