15.06.2023 Views

Degustação Capítulo 12 livro A Bíblia no 3º Milênio

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

que o Sinédrio estava compactuando com o domínio romano sobre o povo

judeu. Nos ataques pontuais em forma de guerrilha que os zelotes realizavam

sobre os romanos, esse líder se apresentava como se fosse o Filho do

Pai, se apresentava como Barrabás. A história de um líder zelote revoltoso

se espalhou pelos quatro ventos entre o império romano um pouco

antes do acontecimento com os mercadores do templo e de acordo com os

relatos que existiram entre os romanos, esse líder, que supostamente para

os romanos seria Jesus, mas na verdade era um líder zelote revoltoso,

dizia que um tal Filho do Pai queria realizar uma revolução armada que

libertasse os judeus da opressão romana.

Criou-se a confusão e ela só foi compreendida por Roma quando Pilatos

viu que Jesus não tinha qualquer interesse em realizar uma revolução

armada contra os romanos. O líder revoltoso dos zelotes que se passava

por Jesus para o império romano foi preso e julgado poucos meses depois

da morte de Jesus, inclusive sua condenação foi pedida por muitos populares,

mesmo aqueles que eram simpáticos a causa dos zelotes, mas que

não aceitaram a farsa do líder zelote ao se passar por Jesus. Foi em virtude

dessa confusão entre as duas prisões que surgiu a versão sobre Jesus e

outro prisioneiro, julgados por Pilatos ao mesmo tempo.

A partir da prisão desse líder zelote, vários outros líderes do nascente

Cristianismo Primitivo começaram a ser perseguidos e mortos, entre eles

Estevão e Pedro, que morreu no ano em que os zelotes tomaram a fortaleza

de Massada (ano 66) que resistiu as forças romanas até o ano de 73, 3

anos após a destruição do segundo templo em Jerusalém.

Após a morte de Jesus, Pedro e José de Arimatéia (que era fariseu, mas

formado na escola de Hillel e simpatizante dos essênios) temiam que os

membros do Sinédrio tentassem profanar o corpo de Jesus e assim apagassem

da população qualquer mensagem positiva sobre o Messias. O

corpo insepulto era a suprema profanação para um judeu e caso isto tivesse

ocorrido com o corpo sem vida de Jesus seria entendido pelo povo

como um abandono por parte de Deus, o que traria dúvidas para o povo

sobre o real poder de Jesus. Para proteger o corpo físico de Jesus já sem

vida, de qualquer tentativa desse tipo, Pedro e José de Arimatéia contaram

com uma providencial ajuda: a do centurião Quintus Cornélius. Naquela

época, o centurião era o chefe de um grupo de 100 soldados romanos,

ou seja, uma centúria.

~ 70 ~

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!