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Degustação Capítulo 12 livro A Bíblia no 3º Milênio

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visto que havia condenado de forma veemente a postura dos doutores da

lei. Mas para o domínio romano, Jesus não trazia qualquer ameaça. Pilatos

estava pressionado pelo Sinédrio para que condenasse Jesus, algo que

o vaidoso Pilatos não gostava nem um pouco. Fora-lhe dito que Jesus era

um perigoso revolucionário, que instigaria os judeus a uma rebelião contra

Roma, mas quando Pilatos viu Jesus de perto e observou suas reações,

pode ver claramente que o Rabi da Galiléia não representava perigo algum

aos interesses romanos, que em nada parecia com um dos furiosos

zelotes que atacaram os mercadores do templo.

Além do mais, Pilatos tinha uma rixa antiga com Herodes Antipas,

tetrarca da Galiléia, (uma espécie de governador da região) e após este se

mostrar favorável à condenação de Jesus, Pilatos pra mostrar sua autoridade

(era prefeito da província da Judéia) quis se colocar contra a crucificação,

utilizando-se da posição de juiz daquela questão e de um antigo

hábito da época. Esse hábito permitia a possibilidade de clemência do juiz

à um dos condenados a crucificação, permitindo que um deles fosse liberto,

normalmente escolhido pelo povo.

Jesus era o próprio Barrabás, era conhecido, entre outros nomes, como

o Filho do Pai, exatamente o significado da palavra Barrabás em aramaico

bar (filho), abbas (pai).

A multidão gritava em uníssono pela libertação do Filho do Pai, Pilatos

continha sua vaidosa alegria com um sorriso no canto da boca, pois mostrava

seu poder não apenas sobre o Sinédrio e sobre o governador da

Galiléia como ainda poderia fazer o papel de homem piedoso frente a

população. Ao perceber que Pilatos o libertaria, tão somente para satisfazer

a própria vaidade, Jesus se dirige a população e ao Sinédrio declarando-se

culpado dos acontecimentos ocorrido no templo. Jesus afirmou que

ele foi o mentor de toda a confusão. O Messias tinha a perfeita noção da

importância que o sacrifício final, no martírio do madeiro, teria. Ao declarar-se

culpado, Jesus causou um misto de espanto e indignação por

parte de Pôncio Pilatos, que simplesmente lavou as mãos e ordenou que

fosse feita a vontade do Sinédrio, pois não teria como explicar ao governador

da Galiléia a soltura de um réu confesso.

Não havia outro prisioneiro ao lado de Jesus, ele era o próprio Barrabás.

Entretanto, curiosamente, havia na época um líder zelote que organizava

a rebelião contra Roma. Os zelotes eram o braço armado da resistência

dos judeus contra Roma e apoiavam os essênios, pois acreditavam

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