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por permitir tamanho abuso no templo. Apesar dessa condenação verbal,
Jesus em momento algum cometeu qualquer ato de fúria sobre os cambistas
ou sobre os animais que estavam ali sendo vendidos; na verdade quem
realizou tamanho ato de fúria foram alguns zelotes indignados que acompanhavam
Jesus e uma multidão de pessoas em direção ao templo. Jesus
buscou se afastar daquele tumulto e foi curar os coxos e mancos que o
procuravam no templo, enquanto as crianças o saudavam.
Apesar do Messias não ter realizado a confusão, os fariseus e o Sinédrio
acusariam formalmente Jesus à Roma como o instigador da confusão.
O segundo episódio aconteceu quando propositalmente Jesus deu um
amplo sermão aos doutores da lei, sermão esse contido ao longo de todo o
capítulo 23 do evangelho de Mateus.
Esses dois eventos foram decisivos para o aprisionamento e crucificação
de Jesus, que ocorreu no dia 10 de abril do ano 33 no dia de sexta
feira, às 15 horas. Naquele dia ocorreu um grande terremoto no Mar Morto,
a cerca de 20 quilômetros de Jerusalém e que foi responsável pelos
fenômenos descritos em Mateus 27:51-53, inclusive a expulsão de alguns
corpos, já sem vida, dos seus sepulcros. Nas primeiras horas de domingo,
dia 12, Jesus se materializou para sua esposa, Maria de Magdala (Marcos
16:9). Permaneceu materializando-se durante 40 dias entre apóstolos e
discípulos (Atos 1:3), sendo que no dia 21 de maio do ano 33 ascendeu
aos céus, quando estava na localidade de Betânia (Lucas 24:50-51).
Jesus fez uma promessa antes de ascender aos céus: afirmou que retornaria
e quando o fizesse, João Evangelista, o discípulo amado, ainda estaria
vivo. E foi exatamente o que fez quando poucas décadas depois retornou,
até a ilha de Patmos.
“Divulgou-se, pois, entre os irmãos este dito, que aquele discípulo (João
Evangelista) não havia de morrer. Jesus, porém, não lhe disse que não
morreria, mas: Se eu quero que ele fique até que eu venha, que importa a
ti (ao dirigir-se a Pedro).” (João 21:23).
Antes de iniciarmos o relato sobre à vinda de Jesus em Patmos, para
trazer a Revelação à João Evangelista, é importante relembrar dois eventos
ligados aos momentos finais da existência carnal de Jesus e que explicam
porque ele foi condenado, mesmo diante de tamanha admiração por
parte do povo e como afinal ocorreu a ressurreição do Messias.
Jesus, naquela sexta feira de abril há quase dois mil anos, sabia que seu
corpo físico não suportaria muito mais tempo mantê-lo encarnado na
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