17.07.2023 Views

Revista Newslab Edição 178

Revista Newslab Edição 178

Revista Newslab Edição 178

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

R$ 25,00


evista<br />

Editorial<br />

Ano 30 - <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> - Julho 2023<br />

O tempo não está passando, está<br />

voando! Mas, por aqui, foi um semestre<br />

de grandes avanços e realizações<br />

para a nossa revista. E o seu semestre,<br />

como foi?<br />

Atingimos a marca de um milhão de<br />

acessos ao nosso site e mais de 800 mil<br />

visualizações em nossas redes sociais,<br />

já no primeiro semestre deste ano, e só<br />

temos a agradecer a todos vocês que<br />

fazem parte desta história. Aos colunistas,<br />

articulistas, leitores, clientes, parceiros<br />

e amigos nosso muito obrigada.<br />

Em breve o Grupo FuturLab, detentor<br />

das marcas NewsLab, Analytica e<br />

Guia Laboratorial, lançará mais uma<br />

novidade: um caderno de Medicina<br />

Diagnóstica Veterinária, a NewsVet,<br />

dirigido pela nova integrante da nossa<br />

equipe, Isabella Paradas. Seja muito<br />

bem vinda Isa!<br />

Na Agenda desta edição, caro leitor,<br />

você verá a programação de vários congressos<br />

importantes da área da medicina<br />

diagnóstica, além de eventos como<br />

a INFECTO e a HEMO 2023. Não perca!<br />

E mais, você sabe qual é a importância<br />

do índice hematimétrico RDW? Publicamos<br />

nesta edição um artigo que<br />

esclarece tudo a respeito deste importante<br />

parâmetro do hemograma automatizado.<br />

Trazemos também um artigo<br />

que nos dará um panorama geral sobre<br />

o diagnóstico laboratorial e métodos<br />

de imagem na doença de Machado<br />

Joseph, já ouviu falar desta doença?<br />

Na coluna Citometria de Fluxo, as autoras<br />

escrevem sobre a importância da<br />

citometria no diagnóstico e acompanhamento<br />

da Hemoglobinúria Paroxística<br />

Noturna, na seção Auditoria e Qualidade<br />

a querida Wal Nicioli discursa<br />

sobre como garantir resultados seguros<br />

através do controle de qualidade<br />

interno e na coluna Virologia, temos<br />

um excelente artigo sobre o desenvolvimento<br />

da vacina contra a dengue.<br />

Estes são apenas alguns destaques<br />

desta edição, tem ainda muito mais<br />

esperando por você estimado leitor.<br />

E não se esqueça, temos também<br />

todas as grandes e melhores marcas<br />

do diagnóstico laboratorial anunciando<br />

aqui o que há de melhor no mercado,<br />

sempre!<br />

Boa leitura!<br />

Para novidades na área de diagnóstico e pesquisa,<br />

acessem nossas redes sociais:<br />

Luciene Almeida<br />

Editora Chefe<br />

/revistanewslab<br />

/revistanewslab<br />

/revistanewslab<br />

@revista_newslab<br />

EXPEDIENTE<br />

Realização: FUTURLAB<br />

Jornalista Responsável: Luciene Almeida | redacao@futurlab.com.br<br />

Assinaturas: Daniela Faria (11) 98357-9843 | assinatura@futurlab.com.br<br />

Comercial: João Domingues (11) 98357-9852 | comercial@futurlab.com.br<br />

Comercial: Juliana Cristina da Silva (11) 97733-3312 | comercial2@futurlab.com.br<br />

Diagramação e Arte: FC Design | contato@fcdesign.com.br<br />

Impressão: Gráfica Hawaii | Periodiciade: Bimestral<br />

Ano 30 - <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> - Julho 2023<br />

<strong>Newslab</strong> - Tel.: (11) 98357-9843<br />

www.newslab.com.br - david.kernbaum@futurlab.com.br<br />

ISSN 0104 - 8384<br />

2


ESTAMOS NO BRASIL<br />

A TPP é conhecida como fabricante de produtos plásticos descartáveis<br />

para cultura de tecidos da mais alta qualidade.<br />

Alguns de nossos produtos são: placas de cultura de tecidos, sistema de filtração à vácuo formato quadrado,<br />

espalhador com lâmina giratória, rack desmontável para tubos e o biorreator TubeSpin.<br />

Acesse o Qrcode e conheça<br />

os produtos da TPP.<br />

Entre em contato com a TPP<br />

(11) 99568-2022 - (11) 91109 -2022 São Caetano do Sul - SP<br />

info@tpp-br.com<br />

Venha conhecer esses produtos e<br />

muito mais em nosso site!<br />

www.tpp-shop.com.br


A solução ideal para<br />

laboratórios parceiros,<br />

hospitais, profissionais<br />

da saúde e pacientes


,<br />

.<br />

Nossa nova sede está ainda mais<br />

preparada para entregar<br />

exames de alta complexidade,<br />

com a agilidade e a precisão<br />

que o mundo atual exige.<br />

Acesse nosso site e faça parte dessa<br />

nova fase de quem a Sollutio é<br />

sollutiodiagnosticos.com.br


Normas de Publicação<br />

para artigos e informes de mercado<br />

revista<br />

A <strong>Revista</strong> <strong>Newslab</strong>, em busca constante de novidades em divulgação científica, disponibiliza abaixo as normas para<br />

publicação de artigos, aos autores interessados. Caso precise de informações adicionais, entre em contato com a redação.<br />

Ano 30 - <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> - Julho 2023<br />

A <strong>Revista</strong> <strong>Newslab</strong>, em busca constante<br />

de novidades em divulgação científica,<br />

disponibiliza abaixo as normas<br />

para publicação de artigos, aos autores<br />

interessados. Caso precise de informações<br />

adicionais, entre em contato<br />

com a redação.<br />

Informações aos autores<br />

Bimestralmente, a <strong>Revista</strong> NewsLab<br />

publica editoriais, artigos originais, revisões,<br />

casos educacionais, resumos de<br />

teses etc. Os editores levarão em consideração<br />

para publicação toda e qualquer<br />

contribuição que possua correlação<br />

com a medicina diagnóstica.<br />

Todas as contribuições serão revisadas<br />

e analisadas pelos revisores. Os autores<br />

deverão informar todo e qualquer<br />

conflito de interesse existente, em particular<br />

aqueles de natureza financeira<br />

relativo a companhias interessadas ou<br />

envolvidas em produtos ou processos<br />

que estejam relacionados com a contribuição<br />

e o manuscrito apresentado.<br />

Acompanhando o artigo deve vir o termo<br />

de compromisso assinado por todos<br />

os autores, atestando a originalidade<br />

do artigo, bem como a participação de<br />

todos os envolvidos.<br />

Os manuscritos deverão ser escritos em<br />

português, mas com Abstract detalhado<br />

em inglês. O Resumo e o Abstract<br />

deverão conter as palavras-chave e<br />

keywords, respectivamente.<br />

As fotos e ilustrações devem preferencialmente<br />

ser enviadas na forma original,<br />

para uma perfeita reprodução.<br />

Se o autor preferir mandá-las por e-mail,<br />

pedimos que a resolução do escaneamento<br />

seja de 300 dpi’s, com extensão<br />

em TIF ou JPG.<br />

Os manuscritos deverão estar digitados<br />

e enviados por e-mail, ordenados em<br />

título, nome e sobrenomes completos<br />

dos autores e nome da instituição onde<br />

o estudo foi realizado. Além disso, o<br />

nome do autor correspondente, com<br />

endereço completo fone/fax e e-mail<br />

também deverão constar. Seguidos<br />

por resumo, palavras-chave, abstract,<br />

keywords, texto (Ex: Introdução, Materiais<br />

e Métodos, Parte Experimental,<br />

Resultados e Discussão, Conclusão)<br />

agradecimentos, referências bibliográficas,<br />

tabelas e legendas.<br />

As referências deverão constar no texto<br />

com o sobrenome do devido autor,<br />

seguido pelo ano da publicação, segundo<br />

norma ABNT 10520.<br />

As identificações completas de cada<br />

referência citadas no texto devem vir<br />

listadas no fim, com o sobrenome do<br />

autor em primeiro lugar seguido pela<br />

sigla do prenome. Ex.: sobrenome, siglas<br />

dos prenomes. Título: subtítulo do artigo.<br />

Título do livro/periódico, volume,<br />

fascículo, página inicial e ano.<br />

Evite utilizar abstracts como referências.<br />

Referências de contribuições ainda não<br />

publicadas deverão ser mencionadas<br />

como “no prelo” ou “in press”.<br />

Os trabalhos deverão ser enviados para:<br />

Luciene Almeida – Redação<br />

E-mail: redacao@futurlab.com.br<br />

Contato<br />

A sua opinião é muito importante para nós. Por isso, criamos<br />

vários canais de comunicação para você, nosso leitor.<br />

REDAÇÃO: Rua Doutor Guilherme Bannitz, 126, 8º Andar - Conj. 81<br />

CV: 10543 Itaim Bibi, São Paulo, SP, 04532-060.<br />

WhatsApp: (11) 98357-9856<br />

E-mail: redacao@futurlab.com.br.<br />

Acesse nosso site: www.newslab.com.br<br />

Para novidades na área de diagnóstico e pesquisa, acessem nossas redes sociais:<br />

/revistanewslab<br />

/revistanewslab<br />

/revistanewslab<br />

@revista_newslab<br />

Esta publicação é dirigida aos laboratórios, hemocentros e universidades de todo o país.<br />

Os artigos e informes assinados são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião da <strong>Newslab</strong>.<br />

Filiado à:<br />

6<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


visite nosso site<br />

www.nexcope.com.br<br />

Microscópios inteligentes projetados<br />

para rotina de laboratórios<br />

clínicos e de ensino<br />

Compacto e durável, preciso e confiável, simples e intuitivo.<br />

Operação intuitiva e fácil de usar.<br />

Botão de foco confortável e sem preocupações.<br />

Design óptico superior.<br />

NE 300<br />

NE 600<br />

Leia o QR CODE<br />

Para mais informações<br />

siga nosso instagram<br />

@nexcopebrasil<br />

Design inteligente,<br />

função de memória<br />

de brilho.


Índice remissivo de<br />

anunciantes<br />

ordem alfabética<br />

revista<br />

Ano 30 - <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> - Julho 2023<br />

ANUNCIANTE PÁG. ANUNCIANTE PÁG.<br />

ALFA PLAST 21<br />

ALIFAX<br />

CAPA<br />

APPARAT 35 | 199<br />

BASE CIENTÍFICA 157<br />

BECKMAN COULTER DIV DIAGNÓSTICA 49<br />

BECKMAN COULTER LIFE SCIENCES 53<br />

BIOCON 39<br />

BIOMEDICA 159<br />

CELLAVISION 19<br />

DATA INNOVATIONS 119<br />

DB<br />

4ª CAPA<br />

DIAGAM 161<br />

DIAGNO 187<br />

DYMIND 183<br />

EUROIMMUN 76<br />

FIRSTLAB 131<br />

GREINER 75<br />

GRIFOLS 09<br />

GRUPO PRIME<br />

3ª CAPA<br />

GT GROUP BIOSUL 73<br />

GUTHRIE LABORATÓRIO 44-45<br />

HAMILTON 163<br />

HERMES PARDINI 60-61<br />

HORIBA 2ª CAPA | 109<br />

IBMP 85<br />

INVITRO 16-17<br />

LAB REDE 197<br />

LAB. MÉDICO DR. MARICONDI 135<br />

LABOR IMPORT 122-123 | 126-127 | 155<br />

LABOR LINE 78-79<br />

LABORATÓRIO MASTELLINI 106-107 | 108-109<br />

LOCCUS 57<br />

MEDIX 41<br />

MGI AMERICA 89<br />

MINDRAY 139<br />

MP BIOMEDICALS 65<br />

NEOLAB BY NEOCOMPANY 143<br />

NEXCOPE 07<br />

NIHON KOHDEN 30-31 | 145<br />

OUTSET 93<br />

PERFECTA 13<br />

PNCQ 97<br />

QUALLYX 69<br />

RENYLAB 167<br />

SARSTEDT 99<br />

SBPC 171<br />

SNIBE 23<br />

SOLLUTIO DIAGNÓSTICOS 04-05<br />

SYSMEX DO BRASIL 149<br />

TBS BINDING SITE 177<br />

TPP BRASIL 03<br />

VEOLIA 103<br />

VIDA BIOTECNOLOGIA 11<br />

WAMA 151<br />

ZYBIO 27<br />

ZYMO 113<br />

Conselho Editorial<br />

Prof. Humberto Façanha da Costa filho - Engenheiro, Mestre em Administração e Especialista em Análise de Sistemas | Dr. Dan Waitzberg - Associado do Departamento de Gastroenterologia da Fmusp. Diretor Ganep Nutrição<br />

humana | Prof. Angela Waitzberg - Professora doutora livre docente do departamento de patologia da UNIFESP | Fábia Regina Severiano Bezerra - Biomédica. Especialista em Gestão de Contratos pela Universidade Corporativa<br />

da Universidade de São Paulo. Auditora em Sistemas de Gestão da Qualidade: ISO 9001:15 e NBR ISO 14001:15, Organização Nacional de Acreditação (ONA). Auditora Interna da Divisão de Laboratórios do Hospital das Clínicas da<br />

Faculdade Medicina da Universidade de São Paulo | Luiz Euribel Prestes Carneiro – Farmacêutico-Bioquímico, Depto. de Imunologia e de Pós-Graduação da Universidade do Oeste Paulista, Mestre e Doutor em Imunologia pela<br />

USP/SP | Dr. Amadeo Saéz-Alquézar - Farmacêutico-Bioquímico | Prof. Dr. Antenor Henrique Pedrazzi – Prof. Titular e Vice-Diretor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto - USP | Prof. Dr. José Carlos Barbério<br />

– Professor Emérito da USP | Dr. Silvano Wendel – Banco de Sangue do Hospital Sírio-Libanês | Dr. Paulo C. Cardoso De Almeida – Doutor em Patologia pela Faculdade de Medicina Da USP | Dr. Zan Mustacchi – Prof. Adjunto<br />

de Genética da Faculdade Objetivo/UNIP | Dr. José Pascoal Simonetti – Biomédico, Pesquisador Titular do Depto de Virologia do Instituto Oswaldo Cruz - Fiocruz - RJ | Dr. Sérgio Cimerman – Médico-Assistente do Instituto de<br />

Infectologia Emílio Ribas e Responsável Técnico pelo Laboratório Cimerman de Análises Clínicas.<br />

Colaboraram nesta <strong>Edição</strong>:<br />

Allyne Cristina Grando; Franciele da Rosa Sonemann; Humberto Façanha; Fábia Bezerra; Gleiciere Maia Silva; Jorge Luiz Silva Araújo-Filho; Brunno Câmara; Helena Varela de Araújo; Rafaele Loureiro; Bruna Garcia; Fabiano de<br />

Abreu Agrela Rodrigues; Délio J. Ciriaco de Oliveira; Anna Clara do Nascimento Jesus; Luiza de Souza Fernandes; Victória Oliveira Gonzaga; Daniela Santos Silva; Járede da Silva Lopes; Bianca Victoria Trevizã da Cunha Ferreira<br />

Silvério; Pâmela Caroline Costa Pereira; Alessandra Alves de Souza Abou Hamia; Waldirene Nicioli; Silvânia Ramalho; Andressa Fehlberg; Rachel Siqueira de Queiroz Simões; Joelma Lessa da Silva; Juliana Yuri; Juliana Gomes;<br />

Paulo Mafra; Bruna Massa Barbosa de Andrade; Marina Raposo Neves Baptista; Mirella Portella Serafini; Álvaro Nunes de Morais; Gabriel Valença de Siqueira Borges; Júlia Domingues Marinho.<br />

8<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


TRANSFUSION MEDICINE<br />

Multiplique seu potencial<br />

O analisador de Imuno-hematologia Erytra<br />

Eflexis permite a otimização dos diferentes<br />

fluxos de trabalho oferecendo um software<br />

intuitivo e grande autonomia.<br />

Eficiência | Flexibilidade | Inovação<br />

Para mais informações visite nosso site:<br />

diagnostic.grifols.com/erytra-eflexis<br />

TYPING<br />

©2020 Grifols, S.A. All rights reserved worldwide.<br />

Registro ANVISA 80134860252


ÍNDICE<br />

revista<br />

Ano 30 - <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> - Julho 2023<br />

MATÉRIA DE CAPA<br />

80<br />

ALIFAX LANÇA<br />

REVOLUCIONÁRIO SISTEMA<br />

MOLECULAR MOUSE<br />

14<br />

ARTIGO CIENTÍFICO I<br />

A IMPORTÂNCIA DO ÍNDICE<br />

HEMATIMÉTRICO RDW NA<br />

IDENTIFICAÇÃO DOS DIFERENTES<br />

TIPOS DE ANEMIAS<br />

28<br />

ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

O PAPEL DO DIAGNÓSTICO<br />

LABORATORIAL E MÉTODOS<br />

DE IMAGEM NA DOENÇA DE<br />

MACHADO JOSEPH<br />

Autores: MAIA, Evaldo;<br />

FRANGE, Ana Carolina Estevam.<br />

Autor: Pereira FZ, Gouveia CA<br />

12 - Agenda<br />

77 - Publieditorial - Euroimmun<br />

78 - Publieditorial II - Laborline<br />

86 - Diagnóstico por imagem<br />

88 - Análises Clínicas<br />

92 - Neurociência em Foco<br />

100 - Microrganismos e Saúde<br />

104 - Auditoria e Qualidade<br />

112 - Papo de bancada<br />

116 - Direito e Saúde<br />

120 - Medicina Genômica<br />

132 - Virologia<br />

140 - Blog dos Cientistas<br />

146 - Minuto Laboratório<br />

152 - Epidemiologia<br />

158 - OAFC Brasil<br />

162 - Biossegurança<br />

168 - Citometria de Fluxo<br />

172 - Logística Laboratorial<br />

175 - Informes de Mercado<br />

42<br />

ARTIGO CIENTÍFICO III<br />

A FISIOPATOLOGIA DE INFECÇÕES<br />

RESPIRATÓRIAS: A DIFERENÇA<br />

ENTRE GRIPE POR (INFLUENZA A<br />

H1N1) E COVID-19.<br />

56<br />

GESTÃO LABORATORIAL<br />

PESQUISAS NA ÁREA DE<br />

GESTÃO LABORATORIAL:<br />

PARAMETRIZAÇÃO DE PERDAS<br />

EM EXAMES DO SETOR DA<br />

BIOQUÍMICA<br />

Autores: Ana Claudia de Souza Mendonça Smith;<br />

Geane Cecim Ferreira Borges;<br />

Débora Damasceno Carvalho Fernandes.<br />

Autor: Humberto Façanha da Costa Filho.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


Descubra o futuro<br />

da hematologia com<br />

o BF7200 e o<br />

Hemo Connect<br />

Esses são os mais recentes lançamentos<br />

da Vida Biotecnologia, que está sempre<br />

disponibilizando, ao mercado, inovações<br />

que resultam em diagnósticos mais rápidos,<br />

precisos e confiáveis.<br />

A solução Hemo Connect permite a integração<br />

de analisadores hematológicos com reticulócitos<br />

5 partes e corador de lâminas, através de esteira<br />

de tubos, que permite a movimentação e a<br />

seleção das amostras.<br />

Analisador Automático<br />

de Hematologia<br />

Vida BF7200 Plus<br />

Sistema de identificação por fluorescência<br />

integrado com laser semicondutor.<br />

• 37 parâmetros de sangue total,<br />

incluindo leitura de reticulócitos<br />

• 7 parâmetros de fluidos corporais<br />

Princípios dos testes:<br />

• Colorimetria sem cianeto para teste HGB<br />

• Método de impedância para PLT e RBC<br />

• Citometria de fluxo a laser semicondutor<br />

para testes RBC e NRBC<br />

Analisador Automático<br />

de Hematologia<br />

Hemo Connect Vida<br />

Conjunto de 2 a 4 analisadores Vida BF7200<br />

• Esteira (Conveyor) de conexão e integração<br />

• Carregador automático para 400 amostras<br />

• Corador de lâminas automático (slide maker)


AGENDA<br />

AGENDA<br />

de eventos 2023<br />

Congresso Brasileiro de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial<br />

Data: 5 a 8 de setembro de 2023<br />

Local: PRO MAGNO Centro de Eventos - São Paulo/SP<br />

Informações: http://www.cbpcml.org.br/InformacoesGerais/InformacoesGerais<br />

68º Congresso Brasileiro de Genética<br />

Data: 12 a 15 de setembro de 2023<br />

Local: Centro de Convenções de Ouro Preto – Ouro Preto/Minas Gerais<br />

Informações: https://sbg.org.br/eventos/genetica2023/index.php<br />

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia (Infecto2023)<br />

Data: 19 a 22 de setembro de 2023.<br />

Local: Centro de Convenções Salvador – Salvador/Bahia<br />

Informações: https://www.infecto2023.com.br/<br />

34º Congresso Brasileiro de Virologia<br />

Data: 24 a 27 de setembro de 2023<br />

Local: Centro de Artes e Convenções da UFOP – Ouro Preto/Minas Gerais<br />

Informações: https://virologia2023.com.br/apresentacao.html<br />

MEDICAL FAIR BRASIL<br />

Data: 26 a 28 de setembro de 2023 das 11h às 20h<br />

Local: Expo Center Norte - São Paulo/SP<br />

Informações: https://medicalfairbrasil.com.br/<br />

47º Congresso da Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI)<br />

Data: 02 a 06 de outubro de 2023<br />

Local: Centro de Convenções de Ouro Preto – Ouro Preto/Minas Gerais<br />

Informações: https://congressos.sbi.org.br/<br />

32º Congresso Brasileiro de Microbiologia<br />

Data: 18 a 22 de outubro de 2023<br />

Local: Rafain Palace Hotel & Convention - Foz do Iguaçu/PR<br />

Inscrições: https://sbmicrobiologia.org.br/32cbm2023/inscreva-se/<br />

HEMO 2023 – Congresso Brasileiro de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular<br />

Data: 25 a 28 de outubro de 2023<br />

Local: Transamerica Expo Center - São Paulo/SP<br />

Informações: https://www.congressohemo.com.br/<br />

12<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


PLACAS DE PETRI<br />

DESCARTÁVEIS<br />

Mais uma novidade<br />

Perfecta<br />

Características<br />

• Placas descartáveis produzidas em poliestireno (PS)<br />

• Estéril por feixe de elétrons<br />

• Tamanhos: 60x15mm (14 ml) e 90x15mm (20ml)<br />

• Sem divisão<br />

• Disponíveis em pacotes com 10 unidades<br />

A Perfecta está lançando as placas de Petri<br />

descartáveis, ideais para crescimento e<br />

isolamento de microrganismos, com<br />

várias vantagens:<br />

• Segurança: Não quebram, pois são feitas<br />

de PS resistente.<br />

• Praticidade: Estéreis e prontas para uso.<br />

• Eficiência: Boa aderência de meios<br />

de cultura.<br />

• Economia: Baixo custo e agilidade<br />

no processo.<br />

Entre em contato e saiba mais sobre<br />

essa novidade Perfecta.<br />

Entre em<br />

contato<br />

ou acesse<br />

nosso<br />

catálogo<br />

Rua Ibitinga, 538 - CEP: 03186 020 - São Paulo - SP - Tel.:<br />

Visite nossas redes sociais<br />

@perfecta.lab<br />

(11) 2965 6722 - perfectalab.com.br


ARTIGO CIENTÍFICO I<br />

A IMPORTÂNCIA DO ÍNDICE HEMATIMÉTRICO RDW<br />

NA IDENTIFICAÇÃO DOS DIFERENTES TIPOS DE ANEMIAS<br />

The importance of the RDW hematimetric index in the identification of different types of anemias.<br />

Autores:<br />

MAIA, Evaldo1<br />

FRANGE, Ana Carolina Estevam2<br />

1 - Biólogo pela Universidade Federal do Triangulo Mineiro.<br />

2 - Biomédica pela Universidade de Uberaba.<br />

* Imagem ilustrativa<br />

Resumo<br />

A anemia é um problema de saúde pública<br />

mundial, o que enfatiza a importância de buscar<br />

ferramentas que auxiliem no diagnóstico preciso<br />

e diferencial desta patologia, podendo nortear a<br />

conduta do diagnóstico clínico e forneça resultados<br />

confiáveis e ágeis como a automação na realização<br />

de exames laboratoriais que possibilitou forneceu<br />

índices eritrocitários importantes para o auxílio do<br />

diagnóstico e na diferenciação das anemias. Com<br />

o objetivo analisar e discutir informações, através<br />

de uma pesquisa bibliográfica, onde parâmetros<br />

hematológicos, em especial o RDW, sejam<br />

apontados como uma ferramenta importante<br />

para avaliação da heterogeneidade das hemácias<br />

e diferenciação das anemias, sendo este uma<br />

ferramenta aliada para a melhor diferenciação<br />

das anemias microcíticas e hipocrômicas; no<br />

diagnóstico precoce nutricional; na distinção entre<br />

anemia megaloblástica de outras patogenias que<br />

apresentem macrocitose; Além da sua importante<br />

associação ao VCM, na diferenciação das anemias<br />

e talassemias.<br />

Palavras-chaves: RDW. Anemia. Automação em<br />

hematologia.<br />

Abstract<br />

Anemia is a worldwide public health problem,<br />

which emphasizes the importance of seeking tools<br />

that help in the accurate and differential diagnosis<br />

of this pathology, being able to guide the conduct<br />

of clinical diagnosis and provide reliable and agile<br />

results such as automation in the performance<br />

of exams laboratory tests that made it possible<br />

to provide important erythrocyte indices to aid<br />

in the diagnosis and differentiation of anemias.<br />

With the objective of analyzing and discussing<br />

information, through a bibliographic research,<br />

where hematological parameters, especially<br />

the RDW, are pointed out as an important tool<br />

for the evaluation of the heterogeneity of red<br />

blood cells and differentiation of anemias,<br />

which is an allied tool for the best differentiation<br />

of microcytic and hypochromic anemias; in<br />

early nutritional diagnosis; in distinguishing<br />

megaloblastic anemia from other pathogens that<br />

present macrocytosis; In addition to its important<br />

association with VCM, in the differentiation of<br />

anemias and thalassemias.<br />

Keywords: RDW. Anemia. Automation in<br />

hematology.<br />

14 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


Introdução<br />

Segundo a Organização<br />

Mundial da Saúde (OMS),<br />

hemoglobina, torna a<br />

anemia ferropriva a mais<br />

prevalente, compreen-<br />

adultos e abaixo de 11,5<br />

g/dL em mulheres adultas.<br />

Recém-nascidos apre-<br />

ARTIGO CIENTÍFICO I<br />

anemia é definida como<br />

dendo cerca de 50% dos<br />

sentam índices mais al-<br />

a diminuição da concen-<br />

casos a nível mundial (Ma-<br />

tos, em torno de 14 g/dL,<br />

tração de hemoglobina<br />

chado et al., 2009).<br />

mas esses valores podem<br />

circulante no sangue, pro-<br />

ser afetados por diferen-<br />

vocada pela carência de<br />

A anemia é caracteriza-<br />

tes condições etiológicas<br />

nutrientes essenciais ao<br />

da pela concentração de<br />

(LEAL et al., 2015).<br />

organismo como os fola-<br />

hemoglobina abaixo do<br />

tos, proteínas e vitaminas;<br />

valor normal. Para Ribei-<br />

Rincon, Moreira e Cas-<br />

por doenças de origem<br />

ro (2015) a anemia por<br />

tro (2019) destacam que<br />

hereditária, genética ou<br />

deficiência de ferro é atu-<br />

aproximadamente 90%<br />

adquirida associadas à<br />

almente um problema<br />

das anemias microcíti-<br />

medula óssea ou ainda<br />

de saúde mundial, fre-<br />

cas e hipocrômicas são<br />

por perdas hemorrágicas<br />

quentemente associada<br />

por carência de ferro.<br />

e por doenças crônicas<br />

a ingestão insuficiente ou<br />

Em seguida, aquelas<br />

(OMS, 2003).<br />

inadequada de alimentos<br />

causadas por doenças<br />

ricos em ferro e outros<br />

crônicas e talassemias.<br />

As causas podem ser mul-<br />

nutrientes.<br />

Com o transporte ine-<br />

tifatoriais, por deficiência<br />

ficaz do oxigênio, devi-<br />

de fontes nutricionais,<br />

Os padrões de referência<br />

do à baixa concentra-<br />

como vitaminas e mine-<br />

adotados para a norma-<br />

ção de hemoglobina no<br />

rais; ou não nutricionais,<br />

lidade da hemoglobina<br />

sangue, ocorre redução<br />

como as hemoglobinopa-<br />

variam entre sexo, idade<br />

do rendimento físico e<br />

tias por exemplo. Porém a<br />

e cor da pele. Os valores<br />

mental do indivíduo,<br />

baixa disponibilidade de<br />

mais utilizados definem<br />

ressaltando a importân-<br />

ferro no organismo, es-<br />

anemia quando a hemo-<br />

cia do diagnóstico e da<br />

sencial no transporte de<br />

globina estiver inferior a<br />

terapêutica ainda no es-<br />

oxigênio realizado pela<br />

13,5 g/dL para homens<br />

tágio inicial da doença.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

15


Blood 5P<br />

InviSTAR<br />

Analisador Hematológico<br />

Automatizado 5 Partes<br />

• Tecnologias avançadas que fornecem<br />

parâmetros de grande utilidade clínica, além<br />

de importantes parâmetros de pesquisa.<br />

• Computador integrado.<br />

• Utiliza apenas 3 reagentes hematológicos.<br />

• Carregamento automático de tubos.<br />

. Modo de contagem inteligente.<br />

. Permite dosagem de amostra com volume<br />

reduzido (amostra pediátrica).


QuickSTAR PRO<br />

Point of Care - Imunofluorescência<br />

- 12 Canais.<br />

- Realização simultânea de diferentes<br />

testes com temporizador.<br />

- Detecção qualitativa e quantitativa.<br />

- Identificação automática do teste.<br />

- Amplo portfólio de testes com<br />

estabilidade de 2 a 30ºC.<br />

QuickSTAR<br />

Point of Care - Imunofluorescência<br />

- Monocanal com temporizador para<br />

realização simultânea de diferentes<br />

testes.<br />

- Detecção qualitativa e quantitativa<br />

- Leitor RFID para identificacão<br />

dos testes.<br />

- Portátil com bateria de longa<br />

duração.<br />

- Leitor de código de barras de amostra.


Autores: MAIA, Evaldo; FRANGE, Ana Carolina Estevam.<br />

ARTIGO CIENTÍFICO I<br />

Os equipamentos utilizados<br />

para exames hematológicos,<br />

atualmente,<br />

confirmadas pelo índice<br />

de VCM inferior a 80<br />

fL, é de suma importân-<br />

através de uma pesquisa<br />

bibliográfica, onde os<br />

índices hematimétricos,<br />

informam diferentes índi-<br />

cia para seu tratamen-<br />

em especial o RDW, se-<br />

ces que facilitam o diag-<br />

to, porém complexo em<br />

jam apontados como<br />

nóstico laboratorial. Dois<br />

virtude da concomitân-<br />

uma ferramenta impor-<br />

deles são o VCM (Volume<br />

cia de algumas outras<br />

tante para avaliação da<br />

Corpuscular Médio) ca-<br />

doenças de base, por<br />

heterogeneidade das he-<br />

paz de demonstrar o ta-<br />

isso a disponibilidade<br />

mácias e diferenciação<br />

manho médio dos eritró-<br />

de boas técnicas, co-<br />

das anemias.<br />

citos e o RDW (Red Cell<br />

nhecimento atualizado<br />

Distribution Widh) que se<br />

e compreensão dos pa-<br />

Metodologia<br />

baseia na análise da cur-<br />

râmetros se tornam in-<br />

Foi realizada busca de<br />

va de distribuição das he-<br />

dispensáveis ao clínico.<br />

artigos científicos inde-<br />

mácias no hemograma de<br />

xados nas plataformas<br />

acordo com o seu volume,<br />

Sendo a anemia um pro-<br />

PubMed, e Scielo com os<br />

fornecendo informações<br />

blema de saúde pública<br />

descritores “RDW” “Ane-<br />

complementares em con-<br />

mundial, a importância<br />

mia” “Automação em he-<br />

junto ao VCM, no diag-<br />

de oferecer ferramentas<br />

matologia” restritas às<br />

nóstico das anemias, além<br />

que auxiliem no diag-<br />

publicações dos últimos<br />

de ser uma ferramenta de<br />

nóstico preciso e dife-<br />

10 anos. A partir dessa<br />

resposta ao tratamento<br />

rencial desta patologia é<br />

busca, os artigos foram<br />

da anemia ferropriva (SIL-<br />

indispensável para nor-<br />

selecionados de acordo<br />

VA et al., 2015).<br />

tear a conduta do clíni-<br />

com a relevância para o<br />

co e fornecer resultados<br />

tema proposto. Também<br />

O diagnóstico precoce<br />

confiáveis e com rapidez.<br />

foram incluídos artigos<br />

das anemias microcí-<br />

listados nas referências<br />

ticas, aquelas onde há<br />

O presente trabalho tem<br />

bibliográficas dos artigos<br />

uma diminuição do ta-<br />

como objetivo analisar<br />

encontrados pela estra-<br />

manho dos eritrócitos,<br />

e discutir informações,<br />

tégia descrita.<br />

18 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


PARA MELHORAR O FLUXO DE TRABALHO<br />

E A CERTEZA DIAGNÓSTICA ATRAVÉS<br />

DE MICROSCOPIA INTELIGENTE<br />

CellaVision® DC-1<br />

O analisador DC-1 pode ser<br />

implementado em laboratórios de<br />

pequeno volume de amostras ou<br />

conectado a uma rede de laboratórios.<br />

Capacidade: 1 lâmina<br />

Rendimento: 10 lâminas/hora*<br />

CellaVision® DM1200<br />

O DM1200 é adequado para laboratórios<br />

de médio e grande volume de amostras:<br />

Capacidade: 12 lâminas<br />

Rendimento: 20 lâminas/hora*<br />

CellaVision® DM9600<br />

O DM9600 é ideal para laboratórios<br />

de grande volume de amostras:<br />

Capacidade: 96 lâminas, com<br />

acesso contínuo<br />

Rendimento: 30 lâminas/hora*<br />

VISITE NOSSO<br />

WEBSITE<br />

*O tempo de processamento pode variar, a depender da qualidade do esfregaço, concentração de leucócitos e número de não leucócitos


Autores: MAIA, Evaldo; FRANGE, Ana Carolina Estevam.<br />

ARTIGO CIENTÍFICO I<br />

Avaliação das anemias<br />

Normalmente apresentam<br />

causas multifatoriais<br />

associadas a aspectos<br />

nutricionais, hereditários<br />

ou associados às outras<br />

comorbidades.<br />

Devido<br />

ao transporte de oxigênio<br />

ineficiente, os indivíduos<br />

normais<br />

estabelecidos<br />

nósticos sugestivos ou<br />

em situação de anemia<br />

indicam que o indiví-<br />

conclusivos de diversas<br />

apresentam perda de pro-<br />

duo está anêmico, com<br />

patologias, como ane-<br />

dutividade, dificuldades<br />

cognitivas e suscetibilidade<br />

a doenças infecciosas.<br />

isso diversas mudanças<br />

fisiológicas ocorrem inclusive<br />

à resposta compensatória<br />

do corpo que<br />

mias, policitemias, aplasias<br />

medulares, processos<br />

infecciosos, leucemias e<br />

disfunções plaquetárias<br />

Os eritrócitos são a<br />

procura preservar a ofer-<br />

(ROSENFELDL et al., 2015)<br />

maioria das células san-<br />

ta de oxigênio aos teci-<br />

guíneas, ocupando cer-<br />

dos (OMS, 2003).<br />

Anisocitose é a dispari-<br />

ca de 45% do volume<br />

dade no tamanho das<br />

sanguíneo total. Eles<br />

O hemograma é um exa-<br />

hemácias, antes somente<br />

contêm um pigmento<br />

me capaz de avaliar o<br />

relatado quando obser-<br />

com ferro chamado de<br />

estado clínico geral do<br />

vados no esfregaço san-<br />

hemoglobina, que tem<br />

indivíduo. Ele propor-<br />

guíneo em lâmina através<br />

como função armazenar<br />

ciona avaliação dos três<br />

da microscopia e atual-<br />

e transportar oxigênio.<br />

componentes principais<br />

mente conta com dois<br />

A hemoglobina possui<br />

do sangue: eritrócitos,<br />

parâmetros<br />

disponíveis<br />

valores diferentes para<br />

leucócitos e plaquetas<br />

no hemograma automa-<br />

determinados grupos<br />

de indivíduos (quadro<br />

1). Valores inferiores aos<br />

sendo a base de qualquer<br />

avaliação hematológica<br />

capaz de fornecer diag-<br />

tizado: RDW-CV (Amplitude<br />

de Distribuição dos<br />

Eritrócitos medida como<br />

20 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


Autores: MAIA, Evaldo; FRANGE, Ana Carolina Estevam.<br />

ARTIGO CIENTÍFICO I<br />

Coeficiente de Variação) e<br />

RDW-SD (o mesmo sendo<br />

medido como Desvio Pa-<br />

presente no alcoolismo,<br />

devido a hemólises (MA-<br />

CHADO et al., 2019).<br />

hemácias, gerando banco<br />

de dados. Uma destas tecnologias<br />

disponíveis para<br />

drão). O intervalo de nor-<br />

realização do hemograma<br />

malidade para o RDW-CV<br />

A automação na realização<br />

são os equipamentos que<br />

seria 11,5% a 14,5% para<br />

deste exame permitiu que<br />

utilizam o método da ci-<br />

homens e mulheres. En-<br />

novos parâmetros colabo-<br />

tometria de fluxo.<br />

tretanto este valor pode<br />

rassem na sua interpreta-<br />

variar de um laboratório<br />

ção. Índices eritrocitários<br />

É uma técnica de medi-<br />

para outro, dependendo<br />

importantes como o VCM,<br />

ção das propriedades de<br />

do equipamento de he-<br />

o CHCM (Concentração<br />

células em suspensão,<br />

matologia que tal insti-<br />

de Hemoglobina Celular<br />

orientadas em um fluxo<br />

tuição utiliza (MATOS et<br />

Média), HCM (Hemoglobi-<br />

laminar e interceptadas<br />

al.,2008).<br />

na Corpuscular Média) e o<br />

individualmente por um<br />

RDW possibilitam a classifi-<br />

feixe de luz/laser que<br />

De maneira oposta, ma-<br />

cação morfológica das ane-<br />

incide sobre cada célu-<br />

crocitose é referente ao<br />

mias, segundo o tamanho<br />

la sendo convertida em<br />

aumento no tamanho<br />

(anisocitose) e a saturação<br />

pulsos elétricos [...]. O<br />

dos eritrócitos, está pre-<br />

de hemoglobina das he-<br />

número de pulsos indi-<br />

sente nas anemias asso-<br />

mácias (MONTEIRO, 2009).<br />

ca o número e o ângulo<br />

ciadas ao trato gastroin-<br />

de dispersão de luz for-<br />

testinal,<br />

geralmente<br />

O desenvolvimento das<br />

nece informação sobre o<br />

devido ao deficit de ab-<br />

técnicas através da auto-<br />

tamanho das células. As<br />

sorção ou perda de vita-<br />

mação dos exames labo-<br />

informações são agru-<br />

mina B12 (cianocobala-<br />

ratoriais por meio do al-<br />

padas, constituindo as<br />

mina) e do folato. Este<br />

goritmo permite analisar<br />

características de cada<br />

achado também se faz<br />

registros do tamanho das<br />

célula que são expressas<br />

22 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


MAGLUMI ® Série X<br />

Com sua já conhecida inovação, a SNIBE traz ao mercado a série X de seus analisadores da<br />

®<br />

família MAGLUMI ,atendendo às diversas demandas do setor e se adaptando a diferentes<br />

perfis de usuários finais, a fim de superar todas as expectativas.<br />

®<br />

Os reagentes do MAGLUMI contam com microesferas magnéticas para separação e o<br />

marcador ABEI,uma molécula não enzimática que exclui interferentes comuns, como a biotina<br />

por exemplo. Além disso,todos os reagentes são compatíveis com todas as plataformas<br />

(Séries M e X), sem a necessidade de soluções dedicadas à determinados equipamentos, o<br />

que agrega praticidade ao laboratório. Outra vantagem competitiva, é que controles e calibradores<br />

já são inclusos nos kits, com o desempenho garantido pela SNIBE e, desta maneira,<br />

não havendo a necessidade de uma compra externa.<br />

MAGLUMI ® X3<br />

MAGLUMI ® X6<br />

MAGLUMI ® X8


ARTIGO CIENTÍFICO I<br />

em uma curva de Gauss,<br />

gerando um histograma<br />

(SILVA et al.,2018, p. 240).<br />

Santos et al. (2016) sugeriram<br />

em um estudo que<br />

o RDW pode contribuir<br />

para uma diferenciação<br />

mais eficiente entre as<br />

anemias microcíticas e<br />

hipocrômicas, já que este<br />

é capaz de conferir o índice<br />

de anisocitose eritrocitária,<br />

como já dito, representa<br />

a heterogeneidade<br />

de distribuição do tamanho<br />

das hemácias.<br />

Monteiro (2009) sugere<br />

novas abordagens<br />

acerca da relação do<br />

RDW com microcitose<br />

ou macrocitose devido<br />

à escassez de estudos<br />

sobre o tema abordado.<br />

O VCM possui valores<br />

de referência entre 80<br />

a 100 fL, ele representa<br />

uma média do tamanho<br />

das hemácias, indicando<br />

macrocitose ou microcitose.<br />

O VCM que era<br />

uma divisão entre o valor<br />

do hematócrito pelos<br />

eritrócitos, atualmente<br />

após a automação passa<br />

a gerar uma curva de<br />

frequência (MONTEIRO<br />

et al., 2009).<br />

De acordo com Leal et<br />

al. (2015) não existe diferença<br />

significativa em relação<br />

ao sexo (quadro 2)<br />

para o índice de RDW-CV,<br />

ao contrário do VCM eu<br />

apresenta leve diferença<br />

estatística. Em relação a<br />

faixa etária (quadro 3), os<br />

valores de RDW-CV apresentaram<br />

diferença significativa,<br />

salvo exceção<br />

entre 11 a 17 anos e entre<br />

o grupo de 18 a 59 anos.<br />

Por RDW ser obtido através<br />

de um cálculo, torna-se<br />

exclusivo da tecnologia<br />

que adianta ao<br />

clínico o grau de anisocitose,<br />

outrora obtido pela<br />

morfologia eritrocitária.<br />

É um índice de grande<br />

24 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


confiabilidade para avaliar<br />

qual o limite normal<br />

de hemoglobina de cada<br />

indivíduo e sugestivo,<br />

mesmo para indivíduos<br />

de níveis de hemoglobina<br />

normais, de alteração<br />

eritroide (Dalanhol et<br />

al.,2009).<br />

Para Silva et al. (2018) a<br />

amplitude do RDW, ou<br />

ainda, Distribuição dos<br />

Glóbulos Vermelhos, resulta<br />

da distribuição da<br />

população da amostra<br />

obtido através do cálculo<br />

do desvio padrão<br />

do hemograma dividido<br />

do volume médio<br />

do tamanho das hemácias,<br />

gerando índice em<br />

porcentagem capaz de<br />

indicar possíveis patologias<br />

hematológicas.<br />

Além disso, o RDW contribui<br />

de forma complementar<br />

ao VCM (quadro<br />

4) por serem mais precisos<br />

na avaliação de anisocitose<br />

se comparado<br />

a observação humana<br />

ao microscópio.<br />

Para Machado et al.<br />

(2019), a elevação do<br />

RDW na anemia microcítica<br />

hipocrômica, indica<br />

deficiência de ferro de<br />

origem nutricional, devido<br />

a absorção, por alterações<br />

gastrointestinais<br />

ou ainda, devido a perda<br />

crônica desse nutriente.<br />

Estudo publicado trouxe<br />

evidências que esta patologia<br />

é mais frequente no<br />

sexo feminino em idade<br />

fértil, onde 95% dos indivíduos<br />

apresentavam<br />

anemia hipocrômica e<br />

microcítica com elevação<br />

do RDW, o que representou<br />

20% dos indivíduos<br />

anêmicos e 2% da população<br />

estudada.<br />

O RDW pode se apresentar<br />

nos índices de normalidade<br />

em situações<br />

de hipocromia e microcitose<br />

com eritrócitos.<br />

Neste caso é recomendado<br />

um exame complementar,<br />

como eletroforese<br />

de hemoglobina,<br />

eletroforese capilar ou<br />

cromatografia líquida de<br />

alta performance, para<br />

ARTIGO CIENTÍFICO I<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

25


ARTIGO CIENTÍFICO I<br />

confirmação ou descarte<br />

do diagnóstico de talassemia<br />

(Machado, 2019).<br />

Conclusão<br />

Vários estudos apontam<br />

a anemia ferropriva<br />

como a mais prevalente<br />

e geralmente associada<br />

a carências nutricionais.<br />

É importante que o clínico<br />

possua ferramentas<br />

capazes de diagnosticar<br />

e diferenciar<br />

os tipos de anemia, que<br />

contribua para a terapêutica<br />

adequada.<br />

Através desta revisão,<br />

pode-se verificar que<br />

o RDW pode contribuir<br />

para a melhor diferenciação<br />

das anemias microcíticas<br />

e hipocrômicas;<br />

no diagnóstico precoce<br />

nutricional, uma vez eu<br />

ele se altera no hemograma<br />

antes de haver<br />

variação significativa do<br />

VCM; na distinção entre<br />

anemia megaloblástica<br />

de outras patogenias<br />

que apresentem macrocitose.<br />

Além da sua importante<br />

associação ao<br />

VCM na diferenciação<br />

das anemias que possuem<br />

uma população<br />

mais homogênea de eritrócitos,<br />

como exemplo<br />

as talassemias e anemias<br />

por doença crônica.<br />

Sendo assim, esperamos<br />

ter colaborado com os<br />

que buscam informações<br />

relacionadas ao tema, sugerindo<br />

estudos posteriores<br />

mais aprofundados<br />

e contribuído para investimentos<br />

na automação<br />

laboratorial visando qualidade<br />

e eficiência nos<br />

diagnósticos clínicos.<br />

Referencias<br />

BARBOSA, D.L et al. Prevalence and characteristics<br />

of anemia in an elderly population attending a Health<br />

Family Program. Rev. bras. hematol. hemoter.<br />

Pernambuco, v. 28, n. 4, p. 288-292, 2006.<br />

DALANHOL, Michele et al. Efeitos quantitativos da<br />

estocagem de sangue periférico nas determinações<br />

do Hemograma automatizado. Rev. Bras. Hematol.<br />

Hemoter. Paraná. 2009.<br />

FAILACE R. Anemia: Generalidades. In:______. Hemograma:<br />

Manual de Interpretação. 4Ş <strong>Edição</strong>. Porto<br />

Alegre: Editora Artmed, 2003. p. 60-67.<br />

LEAL, Kleuzenir Silva Turbano et al. Relação entre<br />

os valores do vcm e do rdw-cv em hemogramas<br />

de pacientes atendidos no laboratório de análises<br />

clínicas do hospital das clínicas em Itaperuna, RJ.<br />

Acta Biomédica Brasiliense, Rio de Janeiro, v. 6, n. 2,<br />

p. 59-67, Dez. 2015.<br />

MACHADO, Ísis Eloah et al. Prevalence of anemia<br />

in Brazilian adults and elderly. Rev Bras Epidemiol.<br />

São Paulo, v. 22, 2019. 2019.<br />

MATOS, JF et al. Índice de anisocitose eritrocitária<br />

(RDW): diferenciação das anemias microcíticas e<br />

hipocrômicas. Rev. bras. hematol. hemoter. Belo<br />

Horizonte, v. 30, n.2, p. 123-123, 2008.<br />

MONTEIRO, L. Valores de referência do RDW-CV<br />

e do RDW-SD e sua relação com o VCM entre os<br />

pacientes atendidos no ambulatório do Hospital<br />

Universitário Oswaldo Cruz – Recife, PE. <strong>Revista</strong><br />

Brasileira de Hematologia e Hemoterapia, Recife,<br />

p.1-6, 27 maio 2009.<br />

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE (OMS). O uso<br />

clínico do sangue na Medicina Obstetrícia, Pediatria<br />

e Neonatologia, Cirurgia e Anestesia, Traumas e<br />

Queimaduras. Genebra: OMS; 2003.<br />

RINCON, Carolina Ramos; MOREIRA, Valdirene Fernandes<br />

Moreira; CASTRO, Frank Sousa. Prevalência<br />

de anemia microcítica e hipocrômica em pacientes<br />

atendidos pelo LAC-PUC Goiás do período de agosto<br />

a outubro de 2018. <strong>Revista</strong> Brasileira Militar De<br />

Ciências, Goías, v. 5, n. 13, p. 72-76, 2019.<br />

ROSENFELDL, Luiz Gastão et al. Reference values<br />

for blood count laboratory tests in the Brazilian<br />

adult population, National Health Survey. Rev Bras<br />

Epidemiol, São Paulo, p. 1-13, 2015.<br />

SANTOS, Sandna Larissa Freita et al. Utilização dos<br />

índices hematimétricos no diagnóstico diferencial<br />

de anemias microcíticas. X Mostra Científica da Farmácia,<br />

Quixada, 2016.<br />

SILVA, Caroline de Carvalho Marinho et al. Inovação<br />

e novas tecnologias no hemograma automatizado.<br />

International Symposium Technological Innovation.<br />

Aracaju, p.237-241 237, 2018.<br />

SILVA, Paulo Henrique et al. Relação da amplitude de<br />

distribuição do diâmetro dos eritrócitos (RDW) com<br />

valores do eritrograma em gatos anêmicos e não anêmicos.<br />

Semina: Ciências Agrárias Universidade Federal<br />

de Londrina. Londrina, v. 36, n. 5, p. 3227-3231, 2015.<br />

26 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

O PAPEL DO DIAGNÓSTICO LABORATORIAL<br />

E MÉTODOS DE IMAGEM NA DOENÇA DE MACHADO JOSEPH<br />

The Role of Laboratory Diagnosis and Imaging Methods in Machado Joseph's Disease<br />

Autor:<br />

Pereira FZ, Gouveia CA<br />

Faculdades Metropolitanas Unidas – FMU<br />

* Imagem ilustrativa<br />

Resumo<br />

A Doença de Machado-Joseph (DMJ) ou ataxia espinocerebelosa<br />

do tipo 3 (SCA3), embora sendo uma doença rara, é a ataxia<br />

dominante mais encontrada. Taxia vem do grego taxis que<br />

significa ordenação, então Ataxia seria falta de ordenação, ela é<br />

uma das grandes consequências da lesão no cerebelo. Resulta<br />

de um sinal neurológico que tem por característica a disfunção<br />

na coordenação motora, afetando a fala, o equilíbrio, a marcha<br />

e os movimentos oculares. Deste modo, a abordagem clínica<br />

da ataxia implica a diferenciação entre ataxia e outras doenças<br />

que causam alterações motoras e do equilíbrio. Calcula-se que<br />

a prevalência esteja entre 0.3 a 2 casos por 100.000 indivíduos<br />

em nível mundial, não obstante as diferenças regionais são sobressalentes.<br />

Frente aos dados de epidemiologia desta doença<br />

e a carência de informações sobre o diagnóstico diferencial,<br />

torna-se de suma importância o entendimento desta patologia.<br />

O presente estudo tem por objetivo revisar todos os possíveis<br />

exames laboratoriais que podem ser utilizados para contribuir<br />

com o diagnóstico da Ataxia espinocerebelosa do tipo 3. Trata-<br />

-se de um levantamento bibliográfico. Os critérios considerados<br />

foram o filtro de pesquisa, através das palavras-chave para o assunto<br />

específico e as publicações mais recentes dentre a disponibilidade<br />

na literatura. Executou-se o levantamento através da<br />

utilização de artigos científicos, periódicos e teses obtidos em<br />

bancos de dados científicos públicos como: Google Acadêmico,<br />

Science Direct, PubMed, Scielo. Concluiu-se que, até o dado<br />

momento, ainda é escassa a literatura sobre a doença e o seu<br />

diagnóstico, principalmente o diagnóstico diferencial entre outras<br />

ataxias e outras doenças neurodegenerativas. Em específico<br />

no campo das análises clínicas, onde é realizada somente por<br />

meio de análise molecular, se torna deficitária. A Tomografia por<br />

emissão de pósitrons (PET) é um promissor para ser utilizado no<br />

diagnóstico da DMJ.<br />

Palavras-chaves: Ataxia espinocerebelar, Sca3, Atxn3,<br />

DMJ, Machado Joseph.<br />

Abstract<br />

Machado-Joseph Disease (DMJ) or spinocerebellar ataxia<br />

type 3 (SCA3), although it is a rare disease, is a dominant<br />

ataxia most commonly found. Taxi comes from the Greek<br />

taxis which means ordenation, so Ataxia would be lack of<br />

ordenation, it is one of the major consequences of cerebellum<br />

damage. It results from a neurological signal that<br />

is characterized by a dysfunction in motor coordination,<br />

affecting speech, balance, gait and eye movements. That<br />

way, the clinical approach to ataxia implies the differentiation<br />

between ataxia and other diseases that cause motor<br />

changes and of balance. Calculates that the whether the<br />

prevalence must be between 0.3 to 2 cases per 100,000 individual<br />

worldwide, although the regional differences are<br />

striking. In view of the epidemiological data of this disease<br />

and the lack of information on the differential diagnosis,<br />

it becomes of paramount importance or understanding of<br />

this pathology. The present study aims to review all possible<br />

laboratory tests that can be used to contribute to the<br />

diagnosis of type 3 spinocerebellar ataxia. It's about is a<br />

bibliographic lifting. The criteria considered were the research<br />

filter, through the specific keywords for the subject<br />

and the most recent publications available in the literature.<br />

Executed if the lifting across utilization of cience articles,<br />

periodics and tesis obtained in scientifics databases as:<br />

Academic Google, Science Direct, PubMed, Scielo. It was<br />

concluded that, to date, yet is sparse literature on disease<br />

and its diagnosis, mainly the differential diagnosis among<br />

other ataxias and other neurodegenerative diseases. Specifically<br />

in the field of clinical analysis, where is performed<br />

only by means of molecular analyze, becomes insufficient.<br />

Positron emission tomography (PET) is promising to be<br />

used in the diagnosis of JDM.<br />

Keywords: Spinocerebellar ataxia, Sca3, Atxn3, DMJ,<br />

Machado Joseph.<br />

28 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


Autor: Pereira FZ, Gouveia CA<br />

Introdução<br />

A Doença de Machado-<br />

-Joseph (DMJ) ou ataxia<br />

espinocerebelosa do<br />

tipo 3 (SCA3), embora<br />

sendo uma doença rara,<br />

é a ataxia dominante<br />

mais predominante. Ataxia<br />

é um termo que vem<br />

da palavra grega taxis<br />

que significa ordenação,<br />

então ataxia seria falta<br />

de ordenação, ela é uma<br />

das grandes consequências<br />

da lesão no cerebelo.<br />

Resulta de um sinal<br />

neurológico que tem por<br />

característica a disfunção<br />

na coordenação motora,<br />

afetando a fala, o equilíbrio,<br />

a marcha e os movimentos<br />

oculares. Deste<br />

modo, a abordagem clínica<br />

da ataxia implica a<br />

diferenciação entre ataxia<br />

e outras doenças que<br />

causam alterações motoras<br />

e do equilíbrio.1<br />

Figura 1: Na imagem "A", é possível ver a ponte e a bulbo raquidiano de um homem de 50 anos sem<br />

nenhuma doença degenerativa. Já na imagem "B", de um homem de 51 anos que possui a síndrome<br />

Machado-Joseph, é possível notar uma atrofia da ponte, na parte com um asterisco.<br />

A DMJ foi descrita pela<br />

primeira vez em 1972 por<br />

Nakano e colaboradores,<br />

caracterizando a família<br />

Machado, de descendência<br />

portuguesa que sofria<br />

com uma forma progressiva<br />

de ataxia. Rosemberg<br />

e colaboradores, em 1976,<br />

relataram outra família de<br />

sobrenome Joseph, da<br />

mesma origem que a primeira,<br />

a qual foi observada<br />

a ocorrência de ataxia progressiva<br />

em sete gerações.<br />

Todavia, apenas em 1978<br />

que Coutinho e Andrade<br />

sugeriram a denominação<br />

de Doença de Machado-<br />

-Joseph após observarem<br />

quarenta pessoas acometidas<br />

pela ataxia que eram<br />

provenientes de quinze<br />

famílias originárias das ilhas<br />

portuguesas dos açores e<br />

apresentavam<br />

fenótipos<br />

variáveis dentro de uma<br />

mesma família. Entende-<br />

-se que o gene espalhouse<br />

pelo mundo, por conta da<br />

colonização, como uma<br />

única patologia.2<br />

ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

29


TRABALHAMOS COM DEVER E ORGULHO<br />

PARA SALVAR MUITAS VIDAS!<br />

NOSSO TIME DE DISTRIBUIDORES EXCLUSIVOS<br />

www.aclabor.com.br<br />

GO | DF<br />

www.blisterlab.com.br<br />

SP Interior<br />

www.enzipharma.com.br<br />

RJ<br />

www.diagfarma.com.br<br />

PB | RN<br />

www.centerlab.com<br />

MG | ES<br />

www.excellab.com.br<br />

SP<br />

Capital, Vale do Paraíba,<br />

Litoral Norte, Jundiaí e Região<br />

www.labinga.com.br<br />

MS* | PR<br />

NIHON KOHDEN CORPORATION<br />

1-31-4 Nishiochiai, Shinjuku-ku, Tokyo 161-8560 - Japan<br />

Phone + 81 (3) 5996-8036 | Fax +81 (3) 5996-8100


www.sillab.com.br<br />

SC | PR*<br />

www.farmac.com.br<br />

SE | AL<br />

www.centerlabsp.com.br<br />

SP<br />

ABC, Capital, Litoral Sul,<br />

Campinas e Região<br />

www.yadadiagnosticos.com.br<br />

CE | PI<br />

vitrodiagnostica.com.br<br />

RO | AC | AM | AP<br />

comercial@easysolucoesdiagnosticas.com.br<br />

MS | MT<br />

sac@cicladiagnostica.com<br />

www.medtest.com.br<br />

BA<br />

RS<br />

* Para demais<br />

Regiões contate:<br />

fabio.jesus@nkbr.com.br<br />

NIHON KOHDEN DO BRASIL LTDA<br />

Alameda Júpiter, 634 - American Park Empresarial Nr, Indaiatuba – SP<br />

Tel.: +55 11 3044-1700 | Fax +55 11 3044-0463


Autor: Pereira FZ, Gouveia CA<br />

ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

O gene MJD1 (atual<br />

ATXN3) foi esquematizado,<br />

em 1993, no braço<br />

proteínas para originar<br />

inclusões nucleares,<br />

aumentando a morte<br />

ções de CAG); No tipo II, o<br />

mais frequente, os sintomas<br />

surgem por volta dos<br />

longo do cromossoma<br />

celular e citotoxicidade.1,3<br />

40 anos predominando<br />

14 (14q24.3-q32.1), con-<br />

sinais cerebelares e pira-<br />

tendo uma expansão da<br />

A SCA3 apresenta amplo<br />

midais, tem por carac-<br />

sequência de repetições<br />

espectro de manifesta-<br />

terística a ausência, ou<br />

do trinucleotídeo CAG.<br />

ções clínicas: o sintoma<br />

presença sutil, de sinais<br />

Tais repetições transfigu-<br />

mais comum é a dis-<br />

extrapiramidais e perifé-<br />

ram este gene instável.<br />

função da coordenação<br />

ricos, como a distonia e a<br />

Decorrente a essa insta-<br />

motora; outros sintomas<br />

neuropatia ( 71 a 74 repe-<br />

bilidade, durante a meio-<br />

específicos incluem dis-<br />

tições de CAG); Já o tipo<br />

se a sequência mutante<br />

tonia,<br />

oftalmoplegia,<br />

III aparece em média aos<br />

tem propensão a expan-<br />

instabilidade<br />

postural,<br />

47 anos, predominam<br />

dir-se mais do que a con-<br />

disartria e fasciculações<br />

sinais de envolvimento<br />

trair. Os segmentos CAG<br />

faciais e linguais, amio-<br />

neuromuscular<br />

periféri-<br />

são altamente polimórfi-<br />

trofia; entre os sintomas<br />

co (espasmos muscula-<br />

cos, variando em indiví-<br />

não-motores incluem-se<br />

res, fraqueza, dormência,<br />

duos normais entre 12 e<br />

a neuropatia, depressão,<br />

cãibras, dores nas mãos<br />

44 CAGs, e nos indivídu-<br />

disautonomia, dor cróni-<br />

e nos pés) e podendo<br />

os com DMJ varia entre<br />

ca, fatiga. Em 1978 foram<br />

estar presentes ou não<br />

54 e 86 CAGs. A proteína<br />

definidos três sub-tipos<br />

sinais cerebelares ( 47 a<br />

ataxina-3 mutada tende<br />

clínicos e genéticos da<br />

70 repetições de CAG). 3,4<br />

à agregação, ela possui<br />

doença: Tipo I possui iní-<br />

facilidade para entrar no<br />

cio precoce, entre os 5 e<br />

Calcula-se que a prevalên-<br />

núcleo, os fragmentos da<br />

os 30 anos, em que predo-<br />

cia das SCAs esteja entre<br />

sua clivagem propiciam<br />

minam sinais extrapira-<br />

0.3 a 2 casos por 100.000<br />

a agregação da ataxina-3<br />

midais e piramidais como<br />

indivíduos em nível mun-<br />

mutada e não-mutada e<br />

distonia, rigidez severa e<br />

dial, não obstante as<br />

o recrutamento de outras<br />

hiperreflexia (>74 repeti-<br />

diferenças regionais são<br />

32 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


sobressalentes. Em Portugal<br />

a prevalência estimada<br />

é de 3, 8:100.000 habitante,<br />

é nessa região que se<br />

encontra a situação mais<br />

crítica em todo o mundo<br />

(na ilha das Flores), onde<br />

em cada 158 indivíduos<br />

1 tem a doença. Cerca de<br />

25:100.000 habitante nas<br />

comunidades portuguesas<br />

dos Estados Unidos e<br />

Canadá. Existem descri-<br />

Frente aos dados de epidemiologia<br />

desta doença,<br />

a sua prevalência em<br />

várias regiões do mundo e<br />

a carência de informações<br />

sobre o diagnóstico diferencial,<br />

visto que a etiologia<br />

das ataxias é extremamente<br />

complexa e possuem<br />

sintomas bastante similares,<br />

torna-se de importância<br />

fundamental o entendimento<br />

desta patologia.<br />

O presente estudo tem<br />

importância da aplicação<br />

de exames laboratoriais e<br />

de imagem, que podem<br />

contribuir com o diagnóstico<br />

da ataxia.<br />

Os critérios considerados<br />

foram o filtro de pesquisa,<br />

através das palavraschave,<br />

para o assunto<br />

específico e as publicações<br />

mais recentes dentre<br />

a disponibilidade na<br />

literatura.<br />

ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

ções de DMJ em famílias<br />

por objetivo revisar todos<br />

provenientes de variadas<br />

os possíveis exames de já<br />

Executou-se o levanta-<br />

regiões como índia, Japão,<br />

Israel, Itália, entre outros.<br />

conhecidos e promissores<br />

que podem ser utilizados<br />

para contribuir com o diag-<br />

mento através da utilização<br />

de artigos científicos,<br />

periódicos e teses obti-<br />

Segundo estudos recentes<br />

a DMJ é a ataxia<br />

espinocerebelar mais<br />

frequentemente encontrada<br />

no Rio Grande do<br />

Sul, com prevalência de<br />

1, 8:100.000 habitante,<br />

totalizando 81% dos<br />

casos estudados. 2,3<br />

nóstico da DMJ - Doença<br />

de Machado-Joseph /<br />

SCA3 - Ataxia espinocerebelosa<br />

do tipo 3.<br />

Métodos<br />

Este estudo se trata de<br />

um levantamento bibliográfico<br />

sobre a Doença<br />

de Machado-Joseph e a<br />

dos em bancos de dados<br />

científicos públicos como:<br />

Google Acadêmico, Science<br />

Direct, PubMed, Scielo.<br />

A busca foi realizada a<br />

partir das seguintes palavras-chave<br />

e expressões:<br />

Doença de Machado-Joseph,<br />

ataxia, SCA3, ataxia<br />

espinocerebelar 3.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

33


Autor: Pereira FZ, Gouveia CA<br />

ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

Análises Clínicas<br />

Devido à inexistência de<br />

algum tipo de marcador<br />

bioquímico específico<br />

para DMJ, somente a<br />

análise molecular é capaz<br />

de estabelecer um diagnóstico<br />

laboratorial para<br />

os casos sintomáticos e<br />

assintomáticos.2<br />

Reação em cadeia da<br />

Polimerase<br />

Pesquisa de expansão<br />

CAG no gene ATXN3 através<br />

de PCR (Reação em<br />

cadeia da Polimerase),<br />

com análise de fragmentos,<br />

utilizando PCR multiplex<br />

fluorescente ou eletroforese<br />

capilar.5<br />

A PCR possibilita a amplificação<br />

de sequências de<br />

DNA que estejam presentes<br />

em misturas complexas<br />

e permite estudos<br />

de natureza variada, tais<br />

como desenvolvimento<br />

de métodos de diagnós-<br />

Figura 2: Microplaca de 96 poços para PCR. Fonte: https://www.directindustry.com<br />

tico altamente sensíveis tagens sobre as placas<br />

e específicos, obtenção<br />

de grandes quantidades<br />

de DNA para sequenciamento<br />

e análises sobre<br />

a diversidade genética<br />

de populações. A técnica<br />

de “multiplex” foi desenvolvida<br />

com a finalidade<br />

de, com um único teste,<br />

de gel, por razões<br />

geométricas: há elevada<br />

relação entre a área<br />

superficial e o volume<br />

interno, o que permite<br />

a dissipação eficiente<br />

do calor gerado pela<br />

corrente elétrica e possibilita<br />

a Fundamentos<br />

altamente específico, teórico-práticos e protocolos<br />

promover a diferenciação<br />

entre várias espécies<br />

ou entre vários gêneros<br />

de extração e<br />

de amplificação de DNA<br />

por meio da técnica de<br />

simultaneamente. Essa Reação em cadeia da<br />

forma de PCR envolve a<br />

amplificação simultânea<br />

de mais de uma sequência-alvo<br />

por reação,<br />

pela mistura de vários<br />

pares de primers. O uso<br />

do capilar fornece van-<br />

polimerase 27 aplicação<br />

de campos elétricos elevados.<br />

Isso resulta em<br />

separações de alta eficiência,<br />

em alto poder de<br />

resolução e em reduzido<br />

tempo de análise. 6<br />

34 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


lançamento<br />

Linha completa de<br />

Reagentes<br />

para Bioquímica<br />

Fale com nossa equipe e<br />

conheça as condições<br />

especiais de lançamento.<br />

#equipdiagnostica<br />

equipdiagnostica.com.br


Autor: Pereira FZ, Gouveia CA<br />

ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

Não obstante, é importante<br />

lembrar que componentes<br />

da via da insulina<br />

podem estar envolvidos<br />

com a doença, uma vez<br />

que já foi demonstrado<br />

que pacientes com<br />

SCA3/MJD possuem mais<br />

IGFBP-1 (insulin-like growth<br />

factor binding protein<br />

1) em soro, além disso<br />

apresentaram uma maior<br />

sensibilidade a insulina de<br />

acordo com HOMA2 (avaliação<br />

do modelo homeostático)<br />

e essa sensibilidade<br />

foi associada com a<br />

idade de início.7<br />

Figura 3: Tomografia computadorizada do cérebro de pessoa não acometida por nenhum distúrbio.<br />

Corte horizontal, passando pelos ventrículos laterais.<br />

Figura 4: Tomografia computadorizada do crânio de pacientes portadores de DMJ. Em (A e B): Sinais<br />

de atrofia cerebelar difusa acentuada e pontinha discreta. Em (C): Sinais de atrofia cerebelar difusa<br />

moderada e pontina discreta.9<br />

Métodos de Imagem<br />

Tomografia Computadorizada<br />

Essa técnica, que se baseia<br />

em raios-X, foi utilizada<br />

para aplicações clínicas<br />

ainda no início da década<br />

de 70, uma vez que torna<br />

possível examinar o encéfalo<br />

e, com maior clareza,<br />

os limites do sistema ventricular<br />

e as partes ósseas<br />

do crânio. O aparelho<br />

consiste em uma fonte de<br />

raios-X que é acionada ao<br />

mesmo tempo em que<br />

realiza um movimento circular<br />

ao redor da cabeça<br />

do paciente, emitindo um<br />

feixe de raios-X em forma<br />

de leque. No lado oposto<br />

a essa fonte, está localizada<br />

uma série de detectores<br />

que transformam a radiação<br />

em um sinal elétrico<br />

que é convertido em imagem<br />

digital. Dessa forma,<br />

as imagens correspondem<br />

a secções do crânio. A<br />

intensidade reflete a absorção<br />

dos raios-X e pode ser<br />

medida em uma escala.8<br />

36 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


Ressonância Magnética<br />

A imagem por ressonância<br />

magnética (IRM) é hoje<br />

um método de diagnóstico<br />

por imagem estabelecido<br />

na prática clínica e<br />

em crescente desenvolvimento.<br />

Dada a alta capacidade<br />

de diferenciar<br />

tecidos, o espectro de<br />

aplicações se estende a<br />

todas as partes do corpo<br />

humano e explora aspectos<br />

anatômicos e funcionais.<br />

A IRM é, resumidamente,<br />

o resultado da<br />

interação do forte campo<br />

magnético produzido<br />

pelo equipamento com os<br />

prótons de hidrogênio do<br />

tecido humano, criando<br />

uma condição para que<br />

possamos enviar um pulso<br />

de radiofrequência e,<br />

após, coletar a radiofrequência<br />

modificada, através<br />

Tabela 1: Variação de volumes do tronco cerebral<br />

e cerebelo, entre o paciente com DMJ e um<br />

controle normal.<br />

de uma bobina ou antena<br />

receptora. Este sinal coletado<br />

é processado e convertido<br />

numa imagem ou<br />

informação.10<br />

Medicina Nuclear<br />

Tomografia por emissão<br />

de fótons únicos (SPECT)<br />

O princípio básico de<br />

SPECT é que a instrumentação<br />

utilizada é apenas<br />

receptora de informação.<br />

Isto quer dizer que, para<br />

se obter as imagens, é<br />

necessário administrar<br />

aos pacientes um radiofármaco<br />

marcado, com<br />

um emissor de fóton<br />

simples. O SPECT torna-<br />

-se assim uma proposição<br />

mais econômica<br />

e portanto com maior<br />

disponibilidade, mesmo<br />

em hospitais distritais. A<br />

melhoria de qualidade<br />

das câmaras gama, particularmente<br />

no que diz<br />

respeito à resolução e à<br />

eficiência de detecção<br />

(utilizando detectores<br />

Figura 5: RMI Cerebral. A segmentação das estruturas<br />

da fossa posterior foi realizada de acordo com os<br />

rótulos das cores mostrados em B, C e D, após divisão<br />

do tronco de acordo com os limites de A. 11<br />

Figura 6: Ressonância magnética de um paciente<br />

com doença de Machado – Joseph mostrando os<br />

achados típicos. Painel esquerdo: Vista axial: atrofia<br />

do cerebelo e cerebelo. À direita visão sagital: atrofia<br />

acentuada do tronco cerebral e cerebelo. 12<br />

Figura 7: SPECT Cerebral, imagens controle, dentro<br />

dos padrões normais de cintilação.<br />

Figura 8: Imagem de SPECT cerebral demonstrando a<br />

comparação entre um cérebro normal, e um acometido<br />

por uma doença neurodegenerativa desmielinizante.<br />

Figura 9: Imagem de SPECT cerebral demonstrando<br />

a comparação entre uma hiperperfusão e uma<br />

hipoperfusão. 14<br />

ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

37


Autor: Pereira FZ, Gouveia CA<br />

ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

múltiplos e colimadores<br />

de tipo “fan-beam”), juntamente<br />

com o desenvolvimento<br />

de novos radiofármacos,<br />

tem levado a<br />

um aumento crescente<br />

do interesse pela técnica<br />

de SPECT em neurologia<br />

e em psiquiatria. 13<br />

Tabela 2: Princípios do SPECT em tópicos.9<br />

Princípios do SPECT<br />

A câmara de cintilação ou gama câmara é o sistema de detecção de radioatividade utilizado para o estudo<br />

da distribuição in vivo dos diferentes compostos radiomarcados.<br />

A interação da radiação gama no detector da câmara leva a emissão de luz (cintilação), posteriormente<br />

convertida em sinal elétrico.<br />

A câmara de cintilação detecta a radiação e determina a posição da fonte emissora (correspondente a área<br />

em que a luz foi emitida) e sua energia (intensidade da luz emitida).<br />

Além da maior resolução, os equipamentos mais modernos destacam-se pela capacidade de adquirir e<br />

processar estudos tomográficos trazendo maior sensibilidade e precisão na localização de lesões.<br />

A tomografia por emissão de fótons é adquirida em órbita de 180 a 360° ao redor das estruturas de interesse,<br />

com posterior reconstrução dos cortes nos planos transversal, coronal e sagital (3D via computador).<br />

As câmaras SPECT com duas cabeças (dois detectores) apresentam ganho de sensibilidade e velocidade na<br />

aquisição de estudos tomográficos e planares.<br />

Tomografia por emissão<br />

de Pósitrons (PET)<br />

A tomografia por emissão<br />

de pósitrons (PET)<br />

permite a identificação,<br />

não invasiva, de processos<br />

fisiopatológicos do<br />

cérebro decorrentes de<br />

transtornos psiquiátricos<br />

e neurológicos.<br />

Figura 10: SPECT cerebral, paciente que apresenta<br />

DMJ. Imagem mostrando hipoperfusão das<br />

porções inferiores dos lobos frontais (seta), porções<br />

mesiais e laterais (seta tracejada) dos lobos<br />

temporais, núcleos da base (ponta de seta) e hemisférios<br />

cerebelares (seta em elipse).9<br />

O método de PET pode<br />

mapear com segurança<br />

processos neuroquímicos<br />

de interesse no cérebro.<br />

E com os avanços<br />

tecnológicos, o uso do<br />

PET possibilita investigar<br />

uma série de proteínas<br />

intra e extracelulares prejudicadas<br />

nas doenças<br />

cerebrais.<br />

Figura 11: Imagens de PET obtidas em um paciente com provável doença de Alzheimer que revelam a deposição de amiloide<br />

no cérebro.<br />

38 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


Autor: Pereira FZ, Gouveia CA<br />

ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

A investigação de aspectos<br />

fisiopatológicos de<br />

doenças neurodegenerativas<br />

(DN) é a mais<br />

promissora aplicação da<br />

tomografia por emissão<br />

de pósitrons. O que se<br />

torna de suma importância<br />

frente à grande prevalência<br />

de DN, tendo<br />

como exemplo a doença<br />

de Alzheimer e a doença<br />

de Parkinson, levando<br />

em consideração que<br />

um conhecimento mais<br />

profundo de suas fisiopatologias<br />

pode colaborar<br />

com a elaboração de<br />

novos tratamentos farmacológicos.15<br />

Considerações Finais<br />

Em análises clínicas,<br />

devido à inexistência de<br />

algum tipo de marcador<br />

bioquímico específico<br />

para DMJ, somente a análise<br />

molecular (Reação<br />

em cadeia da Polimerase-PCR)<br />

é capaz de estabelecer<br />

um diagnóstico<br />

laboratorial para os casos<br />

sintomáticos e assintomáticos.<br />

Já em Métodos<br />

de Imagem, existe possibilidade<br />

de diagnóstico<br />

por meio de ressonância<br />

magnética, tomografia<br />

computadorizada e<br />

tomografia por emissão<br />

de fótons únicos (SPECT).<br />

Concluiu-se que, até o<br />

dado momento, ainda é<br />

escassa a literatura sobre<br />

a doença e o seu diagnóstico,<br />

principalmente<br />

o diagnóstico diferencial<br />

entre outras ataxias e<br />

outras doenças neurodegenerativas.<br />

Em específico<br />

no campo das análises<br />

clínicas, onde é realizada<br />

somente por meio de<br />

análise molecular, se torna<br />

deficitária. A Tomografia<br />

por emissão de<br />

pósitrons (PET) é um promissor<br />

para ser utilizado<br />

no diagnóstico da DMJ.<br />

Referências<br />

1. Cláudia Sofia Ferreira e Sousa Lima dos Santos.<br />

Doença de Machado-Joseph: do diagnóstico à<br />

terapêutica [monografia]. Portugal: Faculdade de<br />

Medicina da Universidade do Porto; 2014.<br />

2. Milanez P.A.O.,Escobar A.N.O.,Salvador G.C.,Delfraro<br />

J.A.S.,Oliveira P.M.P. Doença de Machado-Joseph.<br />

Rev Biosaúde. 2009; 11(2): 75-81.<br />

3. Dias R.A. Doença de Machado-Joseph: Do laboratório<br />

para a sociedade, Desenvolvimento de<br />

estratégias inovadoras de envolvimento de público<br />

e comunicação de ciência para promover a<br />

investigação de novas terapias avançadas [tese].<br />

Portugal: Faculdade de Farmácia da Universidade<br />

de Coimbra; 2019.<br />

4. Teive Hélio A. Ghizoni, Arruda Walter O., Trevisol-<br />

-Bittencourt Paulo C.. Doença de Machado-Joseph<br />

descrição de cinco membros de uma família. Arq.<br />

NeuroPsiquiatr. [Internet]. 1991 June [cited 2019<br />

May 20]; 49( 2 ): 172-179. Available from: http://<br />

www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004282X1991000200010&lng=en.<br />

http://dx.<br />

doi.org/10.1590/S0004282X1991000200010.<br />

5. Marta do Rosário Cristina Silva Ventura. Doença<br />

de Machado-Joseph: Análise da Região 3’UTR do<br />

gene ATXN3 [dissertação]. Portugal: Universidade<br />

dos Açores, departamento de biologia, 2011.<br />

6. Oliveira S.C.S, Regitano L.C.A, Roese A.D., et al.<br />

Fundamentos teóricopráticos e protocolos de<br />

extração e de amplificação de DNA por meio da<br />

técnica de reação em cadeia da polimerase. Embrapa<br />

Pecuária Sudeste, São Carlos, SP, 2007.<br />

7. Furtado G.V. Biomarcadores na Doença de<br />

Machado-Joseph. Porto Alegre. Tese [Doutorado<br />

em Genética e Biologia Molecular] – Universidade<br />

Federal do Rio Grande do Sul; 2018.<br />

8. Amaro E.J., Yamashita H. Aspectos básicos de<br />

Tomografia Computadorizada e Ressonância Magnética.<br />

Rev Bras Psiquiatr 2001; 23(Supl I):2-3.<br />

9. Etchebehere E.C.S.C. SPECT Cerebral e Ressonância<br />

Magnética na Doença de Machado-Joseph.<br />

Campinas. Tese [Doutorado em Ciências Médicas] –<br />

Universidade Estadual de Campinas. 2001.<br />

10. Mazzola A.A. Ressonância magnética: princípios<br />

de formação da imagem e aplicações em imagem<br />

funcional. <strong>Revista</strong> Brasileira de Física Médica.<br />

2009;3(1):117-29.<br />

11. Camargo S.T, Marques W.J, Santos A.C. Brain<br />

stem and cerebellum volumetric analysis of Machado<br />

Joseph disease patients. Arq Neuropsiquiatr<br />

2011;69(2-B):292-296.<br />

12. Anelyssa D’Abreu, Marcondes C. França Jr, Henry<br />

L. Paulson, Iscia LopesCendes. Caring for Machado–Joseph<br />

disease: Current understanding and<br />

how to help patients. Parkinsonism and Related<br />

Disorders 16 (2010) 2–7; journal homepage: www.<br />

elsevier.com/locate/parkreldis.<br />

13. Costa D.C., Oliveira J.M.AP, Bressan R.A. PET e<br />

SPECT em neurologia e PET e SPECT em neurologia<br />

e psiquiatria: do básico às aplicações psiquiatria:<br />

do básico às aplicações clínicas. Rev Bras Psiquiatr<br />

2001;23(Supl I):45.<br />

14. Felix R.C.M. Medicina Nuclear e Sistema nervoso<br />

central. Disponível em:<br />

https://slideplayer.com.br/slide/11162185/ Acesso<br />

em: 20/04/2020.<br />

15. Benadiba M, et al. Novos alvos moleculares para<br />

tomografia por emissão de pósitrons (PET) e tomografia<br />

computadorizada por emissão de fóton único<br />

(SPECT) em doenças neurodegenerativas. Rev<br />

Bras Psiquiatr. 2012;34(Suppl2):S125-S148.<br />

40 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


Soluções inovadoras<br />

para o setor laboratorial<br />

Eleve o nível dos<br />

seus resultados!<br />

Garanta precisão e<br />

qualidade para sua<br />

rotina laboratorial.<br />

Tubos de Citrato<br />

Trissódico | Parede Dupla<br />

Promove maior estabilidade do aditivo<br />

anticoagulante<br />

Prazo superior de validade<br />

Garantia de resultados mais precisos<br />

Tubo de Ativador de Coágulo + Gel<br />

Testes Rápidos<br />

Combo Antígeno Influenza A+B e H1N1<br />

Combo Antígeno Covid-19 e Influenza A+B<br />

Antígeno Covid-19<br />

Conheça o completo<br />

catálogo MedixLab<br />

45 3039 4242<br />

medixbrasil<br />

www.medixbrasil.com.br


ARTIGO CIENTÍFICO III<br />

A FISIOPATOLOGIA DE INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS:<br />

A DIFERENÇA ENTRE GRIPE POR (INFLUENZA A H1N1) E COVID-19.<br />

Autoras:<br />

Ana Claudia de Souza Mendonça Smith*;<br />

Geane Cecim Ferreira Borges*;<br />

Débora Damasceno Carvalho Fernandes**<br />

*Discente do curso de Biomedicina da Faculdade Cosmopolita.<br />

**Docente na Faculdade Cosmopolita. Mestre em Virologia – IEC.<br />

* Imagem ilustrativa<br />

Resumo<br />

As infecções respiratórias se<br />

destacam por constituírem um<br />

importante problema de saúde<br />

pública. O século XXI foi marcado<br />

por duas grandes pandemias que<br />

se originaram de vírus distintos.<br />

Pertencente à família Orthomyxoviridae<br />

e gênero Alphainfluenzavirus<br />

o vírus Influenza H1N1 é<br />

envelopado de simetria esférica,<br />

com RNA de fita simples e sentido<br />

negativo. Já o SARS- CoV-2 é<br />

integrante da família Coronaviridae<br />

e gênero Betacoronavirus, de<br />

RNA de fita simples e sentido positivo.<br />

O presente estudo trata-se<br />

de uma revisão de literatura realizada<br />

a partir de buscas nas bases<br />

de dados Scientific Eletronic<br />

Library Online (SciELO), PubMed<br />

e Google Acadêmico que tem<br />

como finalidade diferenciar a fisiopatologia<br />

de ambos os vírus,<br />

caracterizando os agentes etiológico<br />

e as principais manifestações<br />

clínicas. Sendo assim, ficou<br />

evidente que a partícula viral<br />

de ambos os vírus é bem distinta<br />

uma da outra. No entanto, os<br />

dois vírus compartilham de manifestações<br />

clínicas e modo de<br />

transmissão semelhante, além de<br />

partilharem de mecanismos de<br />

inflamação semelhável, e ambos<br />

terem tropismo pelo trato respiratório,<br />

deste modo é de extrema<br />

importância o diagnóstico adequado<br />

para diferenciar as duas<br />

infecções.<br />

Palavras-chaves: Síndrome<br />

Respiratória Aguda Grave, Gripe<br />

H1N1, Influenza A, COVID-19 e<br />

SARS-CoV-2.<br />

42 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


Introdução<br />

Diversas são as infecções<br />

que podem acometer o<br />

trato respiratório, levando<br />

a alterações fisiológicas<br />

e funcionais; segundo<br />

a Organização Mundial<br />

de Saúde (OMS), podem<br />

se apresentar em formas<br />

agudas ou crônicas,<br />

podendo se manifestar<br />

tanto em porções do trato<br />

respiratório superior<br />

quanto inferior. A maior<br />

parte destas infecções é<br />

provocada por vírus e em<br />

segundo lugar por bactérias<br />

(FILHO et al., 2017).<br />

Infecções respiratórias<br />

costumam ter boas taxas<br />

de propagação, devido<br />

ao seu elevado potencial<br />

de transmissão, ocorrendo<br />

principalmente pela<br />

liberação de gotículas<br />

de saliva contaminadas,<br />

através de espirros, tosse,<br />

bocejo, ao falar e ainda<br />

devido à falta de higiene<br />

das mãos, que viabiliza<br />

transporte dos agentes<br />

infecciosos para diferen-<br />

tes locais, com isso, as<br />

causas de adoecimento<br />

e internações estão presentes<br />

em todas as faixas<br />

etárias. No que tange<br />

aos agentes virais, a<br />

OMS aponta que, o fato<br />

de existirem diferentes<br />

cepas, e ainda elevada<br />

capacidade de transmissão<br />

e mutação nos vírus<br />

respiratórios, estes constituem<br />

graves problemas<br />

de saúde pública mundial<br />

(ROCHA; CENZI, 2021).<br />

O século XXI foi marcado<br />

por duas grandes pandemias<br />

que se originaram<br />

de diferentes vírus:<br />

Alphainfluenzavírus motivando<br />

à pandemia de<br />

Influenza A (H1N1) em<br />

2009 e SARS-CoV-2 causando<br />

a COVID-19 em<br />

2019 (SOUZA, 2022). A<br />

característica comum entre<br />

esses vírus é o fato de<br />

os dois terem tropismo<br />

pelo trato respiratório e<br />

exibirem sintomas semelhantes.<br />

Além disso, por<br />

serem causadas por vírus<br />

ambas as infecções se<br />

utilizam de proteínas de<br />

superfícies capazes de se<br />

ligarem a receptores na<br />

célula alvo, dando início<br />

ao processo de adsorção<br />

viral e estabelecendo infecção<br />

no hospedeiro,<br />

como as proteínas hemaglutinina<br />

e neuraminidase<br />

no vírus influenza;<br />

e a proteína S no caso<br />

do SARS- CoV- 2 (MEZA;<br />

CONTRERAS, 2020).<br />

A gripe ou Influenza é<br />

conhecida por altos índices<br />

de incidência e<br />

prevalência de infecções<br />

no mundo todo, além<br />

de estar atrelada a taxas<br />

consideráveis de infectividade,<br />

virulência, morbidade<br />

e mortalidade,<br />

principalmente devido<br />

a sua alta capacidade de<br />

adaptação e mutação, já<br />

tendo sido responsável<br />

por diversos surtos, epidemias<br />

e pandemias ao<br />

longo da história da humanidade<br />

(COSTA; HA-<br />

MANN, 2016).<br />

ARTIGO CIENTÍFICO III<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

43


EXAME DOENÇA PERFIL<br />

BÁSICO AMPLIADO EXPANDIDO MASTER<br />

1. Dosagem de fenilalanina Fenilcetonúria<br />

2. Pesquisa de hemoglobinas Doença Falciforme e outras<br />

Hemoglobinopatias<br />

3. Hormônio tireoestimulante Hipotireoidismo Congênito<br />

4. 17-hidroxi progesterona Hiperplasia Adrenal Congênita<br />

5. Tripsina imunorreativa Fibrose Cística<br />

6. Atividade da biotinidase Deficiência de Biotinidase<br />

7. IgM anti-toxoplasma gondii Toxoplasmose Congênita<br />

8. Hormônio T4 Livre Hipotireoidismo Congênito<br />

9. Galactose total Galactosemia<br />

10. Atividade de glicose-6-fosfato Deficiência de G6PD<br />

desidrogenase<br />

11. Análise quantitativa dos Aminoacidopatias; Tirosinemias;<br />

aminoácidos e das acilcarnitinas Distúrbios da Beta Oxidação dos<br />

Ácidos Graxos; Distúrbios dos<br />

Ácidos Orgânicos; Distúrbios do<br />

Ciclo da Ureia Distal e Proximal.<br />

12. Adenosina desaminase (ADO) e Imunodeficiência Combinada Grave<br />

2-desoxiadenosina (D-ADO)<br />

de Adenosina Desanimase (ADA-SCID)<br />

13. C26:0-LPC Adrenoleucodistrofia ligada ao X (X-ALD)<br />

14. Pesquisa de cópias de KREC Agamaglobulinemia ligada ao X (XLA)<br />

15. Pesquisa de cópias de TREC Imunodeficiência Combinada Grave (SCID)<br />

16. Pesquisa de Ct de SMN1 Atrofia Muscular Espinhal (AME)<br />

17. Atividade da alfa-glicosidase Doença de Pompe<br />

18. Atividade da beta-glicosidase Doença de Gaucher<br />

19. Atividade da alfa-galactosidase Doença de Fabry<br />

20. Atividade da galactocerebrosidase Doença de Krabbe<br />

21. Atividade da alfa-L-iduronidase Mucopolissacaridose Tipo 1<br />

22. Atividade de esfingomielinase Niemann-Pick A/B<br />

ácida


TRIAGEM NEONATAL<br />

COMPLETA<br />

Caminhando juntos em busca de raros.<br />

Resultados em até 5 dias úteis.<br />

visite nosso site para maiores informações:<br />

www.guthrielaboratorio.com.br<br />

e-mail: contato@guthrielaboratorio.com tel.:+55 61 3045 4004 +55 61 98286 7432


Autoras: Ana Claudia de Souza Mendonça Smith*; Geane Cecim Ferreira Borges*; Débora<br />

Damasceno Carvalho Fernandes**<br />

ARTIGO CIENTÍFICO III<br />

COVID-19 é o nome dado à<br />

doença causada pelo vírus<br />

SARS-CoV-2, que se tornou<br />

uma emergência mundial<br />

em 2020 devido sua rápida<br />

disseminação, gerando<br />

um número exuberante<br />

de casos e um panorama<br />

caótico de sobrecarga<br />

nos sistemas de saúde em<br />

todo o mundo, por conta<br />

do grande número de<br />

pacientes infectados pelo<br />

vírus com evoluções clínicas<br />

desfavoráveis, levando<br />

a condições respiratórias<br />

sérias como pneumonia,<br />

insuficiência respiratória<br />

grave e ainda falência múltipla<br />

de órgãos (YANG et<br />

al., 2020).<br />

Ambas as infecções podem<br />

apresentar sintomas<br />

bem parecidos, o que<br />

também confere dificuldade<br />

no diagnóstico adequado.<br />

Normalmente, as<br />

duas se iniciam com cansaço<br />

no corpo, seguido<br />

de dores de cabeça e mal-<br />

-estar generalizado. Elas<br />

também podem trazer<br />

congestão nasal, coriza e<br />

tosse (MOTA et al., 2020).<br />

Considerando o impacto<br />

destes dois vírus respiratórios<br />

para a saúde pública<br />

mundial, o presente<br />

estudo de revisão tem<br />

como intuito descrever e<br />

diferenciar os respectivos<br />

agentes etiológicos e as<br />

principais manifestações<br />

clínicas de forma a evidenciar<br />

semelhanças e<br />

diferenças encontradas<br />

entre a gripe (Influenza<br />

H1N1) e a COVID- 19.<br />

Metodologia<br />

O estudo proposto refere-<br />

-se a uma revisão integrativa<br />

de literatura, realizada<br />

a partir de buscas nas<br />

bases de dados Scientific<br />

Eletronic Library Online<br />

(SciELO), PubMed e Google<br />

Acadêmico nos idiomas<br />

português, inglês e<br />

espanhol.<br />

Para tal, foram utilizados<br />

os descritores: Síndrome<br />

Respiratória Aguda Grave,<br />

Gripe H1N1, Influenza<br />

A, COVID-19 e SARS-<br />

-CoV-2. Os critérios de<br />

inclusão foram: publicações<br />

feitas de 2015 até a<br />

presente data, como foco<br />

principal nas publicações<br />

que corresponderem aos<br />

objetivos propostos, destacando<br />

a fisiopatologia,<br />

sintomatologia e os agentes<br />

etiológicos. Além disso,<br />

foram excluídas publicações<br />

anteriores a 2015<br />

que não corresponderam<br />

aos objetivos.<br />

Resultados e discussão<br />

Por meio da estratégia de<br />

busca foi possível identificar<br />

120 artigos. Em seguida,<br />

ocorreu a leitura<br />

dos títulos obtendo-se 50<br />

artigos triados. Posteriormente<br />

os 50 artigos foram<br />

filtrados pela leitura de seu<br />

resumo e 22 artigos foram<br />

excluídos por não aborda-<br />

46 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


em a linha de estudo buscada<br />

restando apenas 28<br />

dos quais foram selecionados<br />

para esta pesquisa.<br />

- Características e perfil<br />

epidemiológico de Influenza<br />

H1N1:<br />

O vírus Influenza é amplamente<br />

conhecido por ser<br />

um grande desafio para<br />

a saúde pública mundial,<br />

principalmente por sua<br />

alta taxa de mutações genéticas,<br />

conferindo variabilidade<br />

genética para a<br />

espécie e sendo altamente<br />

contagioso (MELO; NE-<br />

VES; SILVEIRA, 2019).<br />

mente importantes para<br />

eventos de adsorção viral,<br />

fusão do envelope com a<br />

membrana da célula hospedeira<br />

e neutralização. O<br />

genoma é composto por<br />

oito segmentos de RNA de<br />

fita simples e sentido negativo,<br />

o que torna o potencial<br />

de rearranjos genéticos<br />

e antigênicos muito<br />

alto. (WALKER et al., 2019).<br />

Além do fator genético,<br />

a elevada habilidade de<br />

adaptação e mutação do<br />

vírus da Influenza A correlaciona-se<br />

ainda com a variação<br />

das duas glicoproteínas<br />

da superfície viral que<br />

são: Hemaglutinina (HA) e<br />

a Neuraminidase (NA), representadas<br />

na figura 1. A<br />

primeira encontra-se agrupada<br />

no fragmento quatro<br />

do genoma e destaca-se<br />

por ser uma glicoproteína<br />

de ligação e fusão ao receptor<br />

celular ácido siálico.<br />

Já a (NA) está agrupada no<br />

fragmento seis, está por<br />

sua vez tem como responsabilidade<br />

a saída das partículas<br />

virais do interior das<br />

células infectadas (HAN;<br />

JEONG; JANG, 2019).<br />

ARTIGO CIENTÍFICO III<br />

Pertence à família Orthomyxoviridae,<br />

gênero<br />

Alphainfluenzavirus, o Influenza<br />

é um vírus envelopado<br />

de simetria esférica<br />

ou pleomórfica, normalmente<br />

medindo 80-120<br />

nm de diâmetro. Algumas<br />

glicoproteínas se projetam<br />

na superfície da partícula<br />

viral, sendo particular-<br />

Figura 1: Partícula viral de Influenza A H1N1.<br />

Fonte: Adaptado de Clancy, S. (2008) Genetics of the influenza virus. Nature Education 1(1):83<br />

A. Representação esquemática de vírionde Influenza A H1N1. As glicoproteínas de superfície, hemaglutinina (HA) e neuraminidase<br />

(NA) e a proteína do canal iônico M2 estão incorporadas no envelope viral, que é derivado da membrana plasmática<br />

do hospedeiro. O complexo ribonucleoproteico compreende um segmento de RNA viral associado a nucleoprotreína<br />

(NP) e três proteínas polimerase (PA, PB1 e PB2). A proteína matriz (M1) está associada a rinonucleoproteína e ao envelope<br />

viral. Uma pequena quantidade de proteína não estrutural 2 também está presente, mas sua localização dentro do vírion é<br />

desconhecida. B. Micrografia eletrônica de Influenza A H1N1.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

47


Autoras: Ana Claudia de Souza Mendonça Smith*; Geane Cecim Ferreira Borges*; Débora<br />

Damasceno Carvalho Fernandes**<br />

ARTIGO CIENTÍFICO III<br />

As variantes do vírus Influenza<br />

são consequências<br />

dos rearranjos entre<br />

as 18 HA e as 11 NA que<br />

juntas podem originar<br />

até 144 combinações,<br />

dentre as quais, destacam-se<br />

três subtipos que<br />

têm boa transmissibilidade<br />

em humanos, suínos<br />

e aves (H1, H2 e H3). O<br />

ácido siálico receptor da<br />

HA é o principal alvo de<br />

infecção entre as espécies,<br />

isto devido nos suínos<br />

este, ter o comportamento<br />

polimórfico o que<br />

concede a coinfecção por<br />

vírus humanos e aviários<br />

e este rearranjo de diferentes<br />

hospedeiros garantiu<br />

o surgimento do<br />

H1N1pdm09 em 2009<br />

(LEMOS, 2020).<br />

Figura 2: Partícula viral de SARS-CoV-2 e proteína S.<br />

racterizados geralmente<br />

por febre, dor de garganta,<br />

coriza, tosse, dor de<br />

cabeça, dores musculares<br />

e fadiga. No entanto,<br />

por apresentarem tropismo<br />

pelo trato respiratório<br />

superior e inferior, as<br />

manifestações clínicas<br />

diferem dependendo<br />

da região acometida.<br />

No trato respiratório superior,<br />

a infecção pode<br />

levar a sintomas considerados<br />

mais brandos,<br />

como: Faringites, traqueítes<br />

e traqueobronquites.<br />

Já no trato respiratório<br />

inferior, devido aos<br />

eventos de replicação<br />

viral, o vírus pode provocar<br />

a perda completa da<br />

camada epitelial e iniciar<br />

respostas inflamatórias<br />

severas levando a processos<br />

edematosos. Nas<br />

manifestações de pneumonia<br />

há riscos de acontecer<br />

trombose venosa e<br />

capilar, com alterações<br />

estruturais no interstício<br />

além de formação de<br />

membrana hialina, necrose<br />

focal, edema e hemorragia<br />

interalveolares<br />

(RIBEIRO, 2017).<br />

A gripe H1N1 consiste<br />

em uma infecção aguda,<br />

com período de incubação<br />

que varia de 2 a 4<br />

dias. Os sintomas são ca-<br />

Fonte: Adaptado de Li G et al. Coronavirus infections and imune responses. J Med Viro. 2020, 92(4):424-432.; e de Uzunian.<br />

Coronavirus SARS-CoV-2 and Covid-19. J Bras Patol Med Lab. 2020; 56: 1-4.<br />

A. Representação esquemática do vírion de SARS-CoV-2. O genoma viral codifica quatro proteínas estruturais importantes:<br />

Spike (S), Membrana (M), envelope (E) e nucleocapsídeo (N). B. Representação esquemática da proteína S. Principal responsável<br />

pela ligação do vírus à célula hospedeira, levando ao evento de adsorção e consequente infecção da célula-alvo.<br />

48 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


Nós da Beckman Coulter estamos muito felizes em apresentar o DxI<br />

9000. O novo analisador de imunoensaio, foi lançado no final de<br />

maio no Euromed 2023. O DxI 9000 define um novo padrão para os<br />

laboratórios atarefados de hoje em dia. Com inovações significativas<br />

que ampliam seu impacto, livram você do trabalho maçante e<br />

potencializam seu desempenho em todo o sistema de saúde. Este<br />

analisador de imunoensaio de alto rendimento leva o diagnóstico a<br />

um novo patamar.<br />

Conheça alguns dos benefícios do DxI 9000:<br />

Zero Manutenção Diária:<br />

Estabeleça um novo padrão de produtividade com manutenção mínima líder no<br />

setor - sem necessidade de manutenção diária e apenas 15 minutos de limpeza<br />

automatizada por semana.<br />

Tecnologia PrecisionVision:<br />

Saiba mais e faça mais a cada momento com nossa tecnologia de visão<br />

mecânica por câmera que detecta e notifica erros de processamento em tempo<br />

real acionando a correção de curso imediatamente.<br />

Guia integrado SimpleSolve:<br />

Em parceria com você em cada etapa da jornada o guia integrado SimpleSolve<br />

notifica problemas e ajuda a corrigí-los antes que eles atrapalhem o progresso,<br />

minimizando o tempo de inatividade e colocando o controle novamente em suas<br />

mãos.<br />

CONVITE EXCLUSIVO<br />

Coquetel de Lançamento<br />

DESTAQUE AQUI E APRESENTE NO ESTANDE<br />

Local: CBPC 2023 - Estande Beckman<br />

Data: 5/9/2023<br />

Horário: 18 horas


Autoras: Ana Claudia de Souza Mendonça Smith*; Geane Cecim Ferreira Borges*; Débora<br />

Damasceno Carvalho Fernandes**<br />

ARTIGO CIENTÍFICO III<br />

Após três meses o número<br />

de casos confirmados pela<br />

OMS foi de 94.512 em 110<br />

países, com aproximadamente<br />

429 óbitos registrados,<br />

após alguns meses de<br />

circulação do vírus o número<br />

de óbito cresceu gradativamente<br />

sugerindo-se<br />

pela OMS um número de<br />

aproximadamente 18.500<br />

óbitos confirmados. Vale<br />

destacar ainda que a incidência<br />

maior é observada<br />

em crianças e em pacientes<br />

com mais de 65 anos<br />

ou com algum tipo de comorbidade<br />

(CÂNDIDO et<br />

al., 2020).<br />

- Características e perfil<br />

epidemiológico de<br />

SARS- CoV-2:<br />

O novo Coronavírus, posteriormente<br />

batizado<br />

SARS- CoV-2 foi descoberto<br />

no mês de dezembro<br />

de 2019 em Wuhan<br />

na China. Por ser um novo<br />

vírus, não houve identificação<br />

inicial do patógeno,<br />

e os pacientes foram<br />

diagnosticados, em sua<br />

maioria, com um quadro<br />

de pneumonia atípica<br />

por um patógeno desconhecido<br />

(LI, 2020). O<br />

SARS- CoV-2 é integrante<br />

da família Coronaviridae,<br />

subfamília Orthocoronavirinae<br />

e gênero Betacoronavirus,<br />

sendo um vírus<br />

de RNA de fita simples<br />

de sentido positivo e não<br />

segmentado, envelopado,<br />

esférico com tamanho<br />

entre 120-160 nm.<br />

A partícula viral possui<br />

diversas projeções proteicas<br />

que lhe conferem<br />

um aspecto de coroa,<br />

dentre as quais, destaca-<br />

-se a proteína spike (S1 e<br />

S2) (WALKER et al., 2019),<br />

conforme ilustra a figura<br />

2. Essa proteína carreia<br />

a membrana plasmática<br />

quando sofre replicação<br />

no momento que é liberado<br />

da célula, levando<br />

então a membrana plasmática<br />

ou membrana<br />

nuclear da célula hospedeira,<br />

e isso passa a ser o<br />

envoltório do vírus (BOR-<br />

GES et al., 2020).<br />

A replicação viral é dividida<br />

entre as etapas<br />

de adsorção, que ocorre<br />

por meio do encontro da<br />

proteína S com o receptor<br />

da célula hospedeira,<br />

seguido das etapas de<br />

penetração e desnudamento<br />

viral já dentro da<br />

célula-alvo, inserindo seu<br />

RNA na célula, iniciando<br />

processos de replicação<br />

e produção em massa<br />

de novos vírions, que finalizam<br />

o ciclo (PEREIRA;<br />

CRUZ; LIMA, 2021).<br />

Existem diferentes tipos<br />

de Coronavírus associados<br />

a infecções respiratórias<br />

e alguns tipos<br />

também associados a<br />

manifestações gastroin-<br />

50 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


testinais. As manifestações<br />

clínicas decorrentes<br />

da infecção de trato respiratório<br />

podem ir desde<br />

sintomas brandos,<br />

característicos de resfriado<br />

comum como febre,<br />

tosse, dispneia e mialgia;<br />

ou pode haver manifestações<br />

mais graves com<br />

evolução para complicações<br />

como pneumonias<br />

e síndrome respiratória<br />

aguda grave (SARS). Atualmente,<br />

sabe-se que três<br />

espécies de coronavírus<br />

são mais virulentas e têm<br />

maior potencial de levar<br />

a estas condições críticas<br />

como SARS; são elas:<br />

SARS-CoV identificado na<br />

China em 2003; (MERS-<br />

CoV) identificado na<br />

Arábia Saudita em 2012<br />

(LANA et al., 2020), e a<br />

mais recente espécie descrita<br />

na China em 2019 a<br />

partir de um grupo de<br />

pessoas com pneumonia<br />

(LI, 2020).<br />

Nas infecções de CO-<br />

VID-19, também há possibilidades<br />

de manifestações<br />

brandas, associadas<br />

ao acometimento de trato<br />

respiratório superior,<br />

ou severas associadas ao<br />

acometimento de trato<br />

respiratório inferior. No<br />

trato respiratório inferior,<br />

sob um panorama<br />

mais preocupante, a infecção<br />

estabelecida por<br />

SARS-CoV-2 desencadeia<br />

uma complexa cascata<br />

inflamatória no pulmão,<br />

levando a um comprometimento<br />

agudo e de<br />

evolução rápida, devido<br />

à alteração da permeabilidade<br />

gera então um<br />

maior esforço possível<br />

insuficiência respiratória.<br />

Em resposta a isso, há<br />

tentativas de compensações<br />

fisiológicas como<br />

aumento de volume respiratório<br />

trazendo ainda<br />

mais desconforto ao paciente<br />

(LI, 2020).<br />

Cinco meses após o surgimento<br />

dos primeiros<br />

casos, cerca de 5.307.298<br />

casos de COVID-19 foram<br />

ratificados em 2016<br />

países, dos quais aproximadamente<br />

342.070<br />

evoluíram para óbitos,<br />

demonstrando o alto índice<br />

de transmissibilidade<br />

deste vírus (CÂNDIDO<br />

et al., 2020). Diferentemente<br />

da Gripe H1N1, no<br />

COVID-19, a incidência é<br />

maior em adultos jovens<br />

e populações idosas, embora<br />

infecções também<br />

tenham sido relatadas<br />

em crianças (MEZA; CON-<br />

TRERAS, 2020).<br />

- Vias de transmissão e<br />

células- alvo<br />

A transmissão da Influenza<br />

pode acontecer de<br />

duas formas: Por contato<br />

direto, isto é, de pessoa a<br />

pessoa, a partir do contato<br />

com partículas virais<br />

excretadas a partir de go-<br />

ARTIGO CIENTÍFICO III<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

51


Autoras: Ana Claudia de Souza Mendonça Smith*; Geane Cecim Ferreira Borges*; Débora<br />

Damasceno Carvalho Fernandes**<br />

ARTIGO CIENTÍFICO III<br />

tículas de saliva de indivíduos<br />

ao espirrar, tossir e<br />

até mesmo falar; ou ainda<br />

por contato indireto,<br />

a partir de objetos ou superfícies<br />

contaminadas<br />

com o vírus. Vale destacar<br />

neste caso que o vírus da<br />

Influenza tem a capacidade<br />

de sobreviver até<br />

48horas em objetos de<br />

aço ou plástico e ainda<br />

até 12 horas em papeis<br />

ou tecidos (CHAVES et al.,<br />

2017).<br />

As células do epitélio do<br />

trato respiratório são os<br />

principais alvos do vírus<br />

da gripe. A traqueia e os<br />

brônquios se comportam<br />

como condutores<br />

de células ciliadas responsáveis<br />

por movimentar<br />

o muco através do<br />

trato respiratório. Já os<br />

alvéolos, por serem compostos<br />

por dois tipos de<br />

pneumócitos, são capazes<br />

de produzir surfactantes<br />

que agem como<br />

células progenitoras, assim<br />

o tropismo do vírus<br />

bem como a especificidade<br />

do hospedeiro é definido<br />

pelas duas glicoproteínas:<br />

hemaglutinina e<br />

neuraminidase (FRERLA-<br />

GE et al., 2021).<br />

A hemaglutinina é a glicoproteína<br />

responsável<br />

por mediar à ligação do<br />

vírus da Influenza A aos<br />

hospedeiros de ácido sálico.<br />

Neste caso o sítio de<br />

ligação com o receptor<br />

encontra-se no topo do<br />

domínio R da molécula<br />

de hemaglutinina, e envolve<br />

loops de ligações<br />

antigênicas extremamente<br />

variáveis. A partir<br />

do momento que o<br />

vírus se liga ao receptor<br />

do hospedeiro, a sua endocitose<br />

acontece. Vale<br />

ressaltar ainda que o processo<br />

de fusão de membrana<br />

depende do pH e<br />

é importante durante a liberação<br />

do genoma viral<br />

da célula hospedeira (AB-<br />

DELRAHMAN; LI; WANG,<br />

2020).<br />

A replicação do vírus Influenza<br />

inicia-se a partir<br />

do momento que o<br />

vírus entra em contato<br />

com as células do trato<br />

respiratório, este se dissemina<br />

para a corrente<br />

sanguínea. A membrana<br />

plasmática das células<br />

epiteliais que é rica em<br />

ácido N- acetil neuraminico<br />

(AS) reconhecem as<br />

proteínas virais, com o<br />

reconhecimento do AS<br />

pela HA viral tem início a<br />

entrada do vírus na célula<br />

por endocitose, assim, já<br />

dentro do núcleo da célula<br />

o material genético do<br />

vírus é transcrito e replicado.<br />

Após a replicação<br />

52 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


ARTIGO CIENTÍFICO III<br />

a partícula viral é liberada<br />

por brotamento na<br />

membrana plasmática da<br />

célula hospedeira, em seguida<br />

a enzima NA cliva<br />

receptores AS presentes<br />

na célula e impede a ligação<br />

da HA com AS e ainda<br />

impede a reinfecção celular<br />

das partículas virais<br />

o que permite a liberação<br />

dos virions (FERNANDA;<br />

ANDRADE, 2020).<br />

Já a contaminação por<br />

SARS-COV-2 acontece de<br />

forma semelhante também<br />

pela via respiratória<br />

através de gotículas do<br />

espirro, tosse, ao falar ou<br />

objetos que estejam contaminados<br />

(GIRÃO et al.,<br />

2020). No entanto, estudos<br />

sugerem a possibilidade<br />

de transmissão do<br />

vírus pela via fecal-oral,<br />

pois o RNA viral do SARS-<br />

Cov-2 estava presente nas<br />

amostras fecais de 55%<br />

dos pacientes estudados.<br />

O período de incubação<br />

varia entre 5 a 12 dias<br />

após o contato com o<br />

SARS- CoV- 2 ainda assim,<br />

a propagação pode acontecer<br />

até depois de 7 dias<br />

do aparecimento dos sintomas<br />

(NOGUEIRA, 2020).<br />

Para estabelecer a infecção<br />

em um indivíduo, o vírus<br />

promove a infecção a<br />

partir da ligação direta da<br />

proteína S com o receptor<br />

de enzima conversora de<br />

angiotensina 2 (ACE2). A<br />

entrada do vírus nas células<br />

é facilitada por uma<br />

enzima denominada serino<br />

protease transmembrana<br />

tipo II (TMPRSS2),<br />

que promove a fusão do<br />

virion a membrana da célula<br />

hospedeira, permitindo<br />

a entrada da partícula e<br />

estabelecendo a infecção<br />

propriamente dita, em<br />

um processo chamado de<br />

adsorção (LOPES, 2022).<br />

As células- alvo para SAR-<br />

S-CoV-2 são as do epitélio<br />

do trato respiratório superior<br />

e inferior, além de<br />

pneumócitos (CHASQUEI-<br />

RA; SILVA, 2021).<br />

Após esse processo inicial<br />

de entrada do vírus<br />

nas células do hospedeiro,<br />

diversos processos seguem-se<br />

no citoplasma<br />

da célula hospedeira levando<br />

a replicação viral<br />

e propagando a infecção<br />

no organismo pela contaminação<br />

de células adjacentes,<br />

principalmente<br />

no trato respiratório.<br />

Esse agente etiológico é<br />

altamente transmissível,<br />

provocando infecção respiratória<br />

de quadro clínico<br />

variável, podendo ser<br />

assintomático ou sintomático<br />

(ALVES, 2021).<br />

Conclusão<br />

Diferenciar infeções virais<br />

respiratórias nem sempre<br />

é tarefa fácil, haja vista<br />

que muitas delas estão<br />

associadas a manifestações<br />

clínicas semelhantes<br />

que incluem sintomas<br />

como faringite, tosse,<br />

mal-estar e febre; que<br />

costumam ser classificadas<br />

como resfriados ou<br />

gripes. Todavia, é a partir<br />

do correto entendimento<br />

sobre os diferentes<br />

vírus capazes de causas<br />

estas infecções, é o que<br />

permite o diagnóstico,<br />

tratamento, prevenção e<br />

monitoramento de populações<br />

inteiras em relação<br />

às infecções que as<br />

acometem.<br />

54 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


Sendo dois vírus causadores<br />

de infecções respiratórias<br />

com grande<br />

impacto sobre a saúde<br />

pública mundial, distintas,<br />

mas com manifestações<br />

semelhantes, entender<br />

as características<br />

dos vírus Influenza e SAR-<br />

S-CoV-2 é de suma importância<br />

na diferenciação<br />

não apenas dos dois<br />

agentes etiológicos, mas<br />

do próprio quadro clínico<br />

a que estão associados.<br />

A compreensão da estrutura<br />

da partícula viral,<br />

desde seu genoma até<br />

as propriedades antigênicas<br />

e sorológicas pode<br />

preencher lacunas no conhecimento<br />

acerca das<br />

infecções causadas, considerando<br />

que ambos os<br />

vírus possuem tropismo<br />

por diferentes porções do<br />

trato respiratório, e a isto<br />

se deve o espectro clínico<br />

tão variável em cada hospedeiro<br />

que é acometido.<br />

Além disso, destaca-<br />

-se que trabalhos como<br />

este, que visam agregar<br />

conhecimento sobre a<br />

gripe e a COVID-19, são<br />

de relevância marcante<br />

devido ao fato de estas<br />

serem doenças que acometem<br />

milhares de pessoas<br />

ao longo dos anos,<br />

levando frequentemente<br />

a condições graves que<br />

implicam em sequelas,<br />

perda de qualidade de<br />

vida ou até mesmo óbito<br />

em grandes proporções<br />

ao redor do mundo, tendo<br />

influência direta não<br />

só no âmbito da saúde<br />

humana, mas nas próprias<br />

relações econômicas<br />

também.<br />

Referências<br />

ABDELRAHMAN, Zeinab; LI, Mengyuan; WANG,<br />

Xiaosheng. Comparative review of SARS-CoV-2,<br />

SARS-CoV, MERS-CoV, and influenza a respiratory<br />

viruses. Frontiers in immunology, p. 2309, 2020.<br />

ALVES, Ana Raquel Catarino. SARS-CoV-2: um problema<br />

mundial. 2021. Tese de Doutorado.<br />

BORGES, Alessandra A. et al. SARS-CoV-2: origem,<br />

estrutura, morfogênese e transmissão. BARRAL-<br />

-NETTO, M.; BARRETO, ML; PINTO JUNIOR, EP, 2020.<br />

CÂNDIDO, Estelita Lima et al. Influenza A/H1N1 e<br />

COVID-19 no Brasil: impactos e diferenças epidemiológicas.<br />

<strong>Revista</strong> de Epidemiologia e Controle de<br />

Infecção, v. 10, n. 3, 2020.<br />

CHASQUEIRA, Marco; SILVA, Liliana. COVID-19: uma<br />

pandemia anunciada. Higeia: <strong>Revista</strong> Científica da<br />

Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias, 2021.<br />

CHAVES, Karen Cristina Barbosa et al. TRANSMISSI-<br />

BILIDADE DOMICILIAR-ABORDAGEM CLÍNICA DO<br />

VÍRUS INFLUENZA. In: Anais Colóquio Estadual de<br />

Pesquisa Multidisciplinar (ISSN-2527-2500) & Congresso<br />

Nacional de Pesquisa Multidisciplinar. 2017.<br />

CLANCY, Suzanne. Genetics of the influenza virus.<br />

Nature Education, v. 1, n. 1, p. 83, 2008.<br />

COSTA, Ligia Maria Cantarino; MERCHAN-HA-<br />

MANN, Edgar. Pandemias de influenza e a estrutura<br />

sanitária brasileira: breve histórico e caracterização<br />

dos cenários. <strong>Revista</strong> Pan-Amazônica de Saúde, v. 7,<br />

n. 1, p. 15-15, 2016.<br />

FERNANDA, Gatzke; ANDRADE, Vera Regina Medeiros.<br />

O vírus Influenza: Revisão Narrativa da Literatura.<br />

REVISTA INTERDISCIPLINAR EM CIÊNCIAS DA<br />

SAÚDE E BIOLÓGICAS–RICSB, v. 3, n. 2, p. 74-82,<br />

2020.<br />

FILHO, Edivá Basilio Silva da et al. Infecções respiratórias<br />

de importância clínica: uma revisão sistemática.<br />

2017.<br />

FLERLAGE, Tim et al. Influenza virus and SARS-<br />

-CoV-2: pathogenesis and host responses in the<br />

respiratory tract. Nature Reviews Microbiology, v.<br />

19, n. 7, p. 425-441, 2021.<br />

GIRÃO, Milena Maria Felipe et al. Perfil Epidemiológico<br />

dos Pacientes de SARS-COV-2 no Brasil/Epidemiological<br />

Profile of SARS-COV-2 Patients in Brazil.<br />

ID on line REVISTA DE PSICOLOGIA, v. 14, n. 51, p.<br />

646-658, 2020.<br />

HAN, Chang Woo; JEONG, Mi Suk; JANG, Se Bok.<br />

Structure and function of the influenza A virus non-<br />

-structural protein 1. 2019.<br />

LANA, Raquel Martins et al. Emergência do novo<br />

coronavírus (SARS-CoV-2) e o papel de uma vigilância<br />

nacional em saúde oportuna e efetiva. Cadernos<br />

de Saúde Pública, v. 36, 2020.<br />

LEMOS, Ana Paula. Vírus influenza: características<br />

clínicas, epidemiológicas e desafios. In: Vírus influenza:<br />

características clínicas, epidemiológicas e<br />

desafios. 2020. p. 27-27.<br />

LI, G.; et al. Coronavirus infections and imune responses.<br />

J Med Viro. 2020, 92(4):424-432.<br />

LI, Qun et al. An outbreak of NCIP (2019-nCoV) infection<br />

in China—wuhan, Hubei province, 2019−<br />

2020. China CDC Weekly, v. 2, n. 5, p. 79, 2020.<br />

LOPES, Donátila Cristina Lima. Terminologia padronizada<br />

de enfermagem para o cuidado de pessoas<br />

com sequelas por COVID-19. 2022. Dissertação de<br />

Mestrado. Universidade Federal do Rio Grande do<br />

Norte.<br />

MANZANARES-MEZA, Laura D.; MEDINA-CONTRE-<br />

RAS, Oscar. SARS-CoV-2 and influenza: a comparative<br />

overview and treatment implications. Boletín<br />

médico del Hospital Infantil de México, v. 77, n. 5,<br />

p. 262-273, 2020.<br />

MELO, Tatiane Coutrin; NEVES, Thauany Campos<br />

Rodrigues; DA SILVEIRA, Alexsander Augusto. Vacina<br />

para o vírus influenza A (H1N1). Referências em<br />

Saúde da Faculdade Estácio de Sá de Goiás-RRS-<br />

-FESGO, v. 2, n. 01, p. 26-30, 2019.<br />

MOTA, Lennara Pereira et al. Influenza (H1N1), sars-<br />

-cov-2 e associação com a síndrome do desconforto<br />

respiratório agudo. Research, Society and Development,<br />

v. 9, n. 8, p. e58984885-e58984885, 2020.<br />

NOGUEIRA, José Vagner Delmiro. CONHECENDO A<br />

ORIGEM DO SARS-COV-2 (COVID 19). <strong>Revista</strong> Saúde<br />

e Meio Ambiente, v. 11, n. 2, p. 115-124, 2020.<br />

PEREIRA, André; DA CRUZ, Kleber Augusto Tomé;<br />

LIMA, Patrícia Sousa. Principais aspectos do novo<br />

coronavírus sars-cov-2: uma ampla revisão. Arquivos<br />

do MUDI, v. 25, n. 1, p. 73-90, 2021.<br />

RIBEIRO, Julival Fagundes. et al. Influenza (Gripe).<br />

Saúde em Foco: Doenças Emergentes e Reemergentes.,<br />

v. 1, p. 248, 2017.<br />

ROCHA, Rosemara Andressa Silva; CENZI, Camila<br />

Maria. Educação em saúde para prevenção das<br />

infecções respiratórias: Relato de experiência. Research,<br />

Society and Development, v. 10, n. 10, p.<br />

e63101018593-e63101018593, 2021.<br />

SOUZA, Aliny Portilho Abreu. Influenza A H1N1: legados<br />

da primeira pandemia do Século XXI. Editora<br />

Dialética, 2022.<br />

WALKER, Peter J. et al. Changes to virus taxonomy<br />

and the International Code of Virus Classification<br />

and Nomenclature ratified by the International<br />

Committee on Taxonomy of Viruses (2019). Archives<br />

of virology, v. 164, n. 9, p. 2417-2429, 2019.<br />

YANG, Li et al. COVID-19: immunopathogenesis<br />

and Immunotherapeutics. Signal transduction and<br />

targeted therapy, v. 5, n. 1, p. 1-8, 2020.<br />

ARTIGO CIENTÍFICO III<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

55


GESTÃO LABORATORIAL<br />

PESQUISAS NA ÁREA DE GESTÃO LABORATORIAL:<br />

PARAMETRIZAÇÃO DE PERDAS EM EXAMES DO SETOR<br />

DA BIOQUÍMICA<br />

Por Humberto Façanha da Costa Filho<br />

Este é mais um artigo<br />

sobre pesquisas na área<br />

de gestão laboratorial<br />

que decorre de estudos<br />

científicos, produzidos<br />

a partir de sistemas de<br />

gestão por nós desenvolvidos<br />

e implantados<br />

pela Unidos Consultoria<br />

e Treinamento, em laboratórios<br />

de todas as regiões<br />

do Brasil. Constitui-<br />

-se, portanto, da geração<br />

de novos conhecimentos<br />

à disposição dos gestores<br />

laboratoriais. Serão<br />

abordados dois temas<br />

em artigos distintos. O<br />

primeiro versa sobre em<br />

que momento os laboratórios<br />

clínicos de pequeno<br />

e médio porte devem<br />

terceirizar exames, tendo<br />

sido já abordado na edição<br />

nº 177 relativa aos<br />

meses de abril e maio de<br />

2023. O segundo estudo e<br />

tema do atual artigo, trata<br />

da identificação e quanti-<br />

ficação das principais causas<br />

de perdas para alguns<br />

exames do setor da bioquímica,<br />

bem como sugere<br />

formas de controle. Os<br />

dois artigos em conjunto<br />

com os da gestão de riscos,<br />

formam a ideia de<br />

uma base geradora para<br />

futuras pesquisas na área<br />

da gestão laboratorial.<br />

Este é o propósito maior<br />

dos nossos softwares,<br />

produtos de Tecnologia<br />

da Informação (TI) e<br />

pesquisas: proporcionar<br />

a socialização de sistemas<br />

de gestão aliados a<br />

um eficiente processo de<br />

benchmarking, gerando<br />

novos conhecimentos<br />

em prol da comunidade<br />

laboratorial. Queremos<br />

contribuir com nossa cota<br />

na missão de melhorar a<br />

produtividade dos laboratórios<br />

clínicos e incrementar<br />

a competitividade<br />

destas organizações.<br />

PARAMETRIZAÇÃO DE<br />

PERDAS EM EXAMES<br />

DO SETOR DA BIOQUÍ-<br />

MICA<br />

Os laboratórios de análises<br />

clinicas operam inevitavelmente<br />

com perdas.<br />

Algumas delas são<br />

impostas por leis, como o<br />

uso de controles internos<br />

e externos. Existem ainda<br />

perdas com calibrações,<br />

repetições,<br />

diluições,<br />

desestabilização de reagentes<br />

e paradas de equipamentos.<br />

Até o momento,<br />

eram desconhecidos<br />

em que valores estas<br />

perdas ocorriam, fato<br />

que dificulta o controle<br />

do gestor sobre estes<br />

processos. O setor de<br />

bioquímica nos laboratórios<br />

pesquisados representa<br />

em média 50,26%<br />

do total de exames e os<br />

doze mais usuais, identi-<br />

56 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


O seu melhor investimento_<br />

em biologia molecular.<br />

A Loccus desenvolve a melhor solução para desafios em biologia molecular independente do tamanho<br />

e complexidade do projeto do seu laboratório. Com um modelo de negócio inovador viabilizamos<br />

projetos especiais, assim como aconteceu nesta parceria com a Flow Diagnósticos.<br />

A Flow Diagnósticos, em parceria com a Loccus, aprimorou os resultados e operação do laboratório<br />

na extração de RNA.<br />

Benefícios no laboratório:<br />

Operação otimizada:<br />

de 5 horas para 50 minutos<br />

Redução na quantidade da<br />

amostra: de 8 ml para 2 ml<br />

Redução de 25% nos custos<br />

diretos de reagentes<br />

Próxima fase: validação de novos<br />

reagentes e equipamentos<br />

Venha você também conhecer os<br />


GESTÃO LABORATORIAL<br />

ficados no presente estudo,<br />

atingem 73,19% do<br />

setor. Esta investigação<br />

tes, controles, calibradores,<br />

troca de equipamentos,<br />

terceirização de<br />

ra causa de perda são as<br />

calibrações, seguida do<br />

uso de controles exter-<br />

tem por objetivo quanti-<br />

exames, etc. Resultados:<br />

nos, desestabilização de<br />

ficar de forma percentual<br />

A metodologia usada foi<br />

reagentes e parada de<br />

as diversas modalidades<br />

a análise de doze exames<br />

equipamentos. Para os<br />

de perdas existentes por<br />

comumente mais reali-<br />

de grande porte, a tercei-<br />

tipo de exame e por por-<br />

zados no setor de bio-<br />

ra causa de perda é por<br />

te de laboratório clínico<br />

química em trinta e nove<br />

parada de equipamentos,<br />

haja vista que o conhe-<br />

laboratórios<br />

clínicos.<br />

seguida pelas calibrações<br />

cimento destes percen-<br />

Concluiu-se que a prin-<br />

e pelo uso de controles<br />

tuais de perdas é muito<br />

cipal causa de perda no<br />

externos e não registra-<br />

importante, pois possi-<br />

setor da bioquímica para<br />

ram perdas por desesta-<br />

bilita alertar os gestores<br />

laboratórios clínicos de<br />

bilização de reagentes.<br />

sobre quais os exames<br />

todos os portes, decor-<br />

A produção própria dos<br />

dos seus laboratórios clí-<br />

re do uso inadequado<br />

exames de Amilase, Fos-<br />

nicos estão tendo perdas<br />

dos controles internos,<br />

fatase Alcalina e Gama GT,<br />

fora da normalidade, ten-<br />

seguida pelas repetições<br />

sempre conduziu a perdas<br />

do como base o resulta-<br />

de testes para confirma-<br />

acima da média do setor<br />

do desta investigação. A<br />

ções de resultados. Para<br />

da bioquímica, de forma<br />

partir disso, os gestores<br />

laboratórios clínicos de<br />

independente do porte<br />

têm indicativo das causas<br />

pequeno porte, especifi-<br />

laboratorial. A conclusão<br />

destas perdas, oportuni-<br />

camente, a terceira causa<br />

deste estudo recomenda<br />

zando de forma metódi-<br />

de perda são as calibra-<br />

que os gestores dos labo-<br />

ca, científica, a proposi-<br />

ções, seguidas do uso<br />

ratórios clínicos se con-<br />

tura de planos de ações<br />

de controles externos e<br />

centrem nas políticas de<br />

para melhorar os proces-<br />

da desestabilização de<br />

produção no tocante aos<br />

sos produtivos, ao redu-<br />

reagentes e não regis-<br />

processos de uso dos con-<br />

zir os custos variáveis<br />

traram perdas por para-<br />

troles internos, critérios de<br />

(de produção) por meio<br />

da de equipamentos. Já<br />

repetição de exames e de<br />

da alteração de rotinas,<br />

para laboratórios clínicos<br />

terceirização dos parâme-<br />

substituição de reagen-<br />

de médio porte, a tercei-<br />

tros citados.<br />

58 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


Introdução<br />

No setor das análises clinicas<br />

existem diversos<br />

tipos de perdas: repetições<br />

para confirmação<br />

de resultados, repetições<br />

por obrigação legal, diluições,<br />

volume residual de<br />

reagentes, parada intempestiva<br />

de equipamentos,<br />

desestabilização de reagentes,<br />

calibrações, controles<br />

internos (comercial<br />

de reagentes), controles<br />

externos (programas de<br />

proficiência) e controles<br />

Inter laboratoriais. Todos<br />

os laboratórios clínicos<br />

operam com perdas,<br />

algumas delas são impostas<br />

por leis, conforme a<br />

Agencia Nacional de Vigilância<br />

Sanitária (ANVI-<br />

SA), que na Resolução de<br />

Diretoria Colegiada (RDC)<br />

302/2005, estabelece as<br />

regras de funcionamento<br />

dos laboratórios clínicos.<br />

O regulamento deixa claro<br />

que para a obtenção do<br />

Alvará sanitário/Licença<br />

de funcionamento, eles<br />

devem monitorar a fase<br />

analítica por meio de controle<br />

externo e interno de<br />

qualidade, fato que obriga<br />

os laboratórios perderem<br />

testes, implicando, com<br />

isso, no uso adicional de<br />

reagentes e consumíveis.<br />

O controle interno além<br />

de atender as obrigações<br />

legais, visa monitorar<br />

as variações das<br />

provas analíticas, buscando<br />

assim, assegurar a<br />

confiabilidade dos resultados.<br />

Ele consiste na<br />

análise diária de amostra<br />

controle com valores<br />

dos analitos conhecidos<br />

para avaliar a precisão<br />

dos ensaios, visando criticar<br />

o funcionamento e<br />

eficiência dos procedimentos<br />

laboratoriais e<br />

assim fornecer resultados<br />

válidos que possam<br />

contribuir com eficácia<br />

no estabelecimento<br />

do diagnóstico pelo<br />

médico, segundo Lopes<br />

(2003). Leite (2003)<br />

assegura que a qualidade<br />

de qualquer análise<br />

bioquímica depende da<br />

metodologia empregada<br />

e de um adequado<br />

controle de qualidade<br />

rotineiramente utilizado<br />

no laboratório.<br />

Conforme Chaves, J.<br />

S. C. e Marin (2010) os<br />

ensaios de proficiência<br />

visam a garantia da<br />

qualidade e um diagnóstico<br />

preciso e a minimização<br />

dos impactos<br />

negativos na saúde<br />

dos pacientes. Chaves<br />

(2010) afirma que, com<br />

a qualidade melhorada,<br />

os desperdícios podem<br />

ser evitados, reduzindo<br />

custos e aumentando a<br />

produtividade. Alguns<br />

laboratórios clínicos<br />

também utilizam o controle<br />

Inter laboratorial.<br />

Para Alves et al. (2004)<br />

esta modalidade de<br />

controle é uma ferramenta<br />

que pode levar<br />

ao incremento na qualidade<br />

dos laboratórios<br />

que participam do processo.<br />

Segundo Maluf,<br />

Silva e Vidigal (2011),<br />

outra forma de controle<br />

é a avaliação periódica<br />

da comutatividade, que<br />

visa monitorar a equivalência<br />

de resultados<br />

de exames quando realizados<br />

em diferentes<br />

equipamentos.<br />

GESTÃO LABORATORIAL<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

59


GESTÃO LABORATORIAL<br />

Abreu (1993) pondera que<br />

em laboratórios clínicos<br />

a melhoria da qualidade<br />

pode ser confirmada pela<br />

diminuição da repetição<br />

de exames o que gera<br />

agilidade na entrega dos<br />

resultados e maior confiabilidade<br />

dos analistas e<br />

dos clientes.<br />

Outros tipos de perdas<br />

se referem às calibrações<br />

de equipamentos. Para a<br />

ANVISA, na RDC 302/2005,<br />

calibração é o conjunto de<br />

operações que estabelece,<br />

sob condições especificas,<br />

a correspondência entre<br />

valores indicados por um<br />

instrumento, sistema de<br />

medição ou material de<br />

referencia, e os valores<br />

correspondentes estabelecidos<br />

por padrões.<br />

Façanha e Prestes (2012)<br />

abordam as seguintes<br />

causas para perdas em<br />

exames: por parada de<br />

equipamento, repetições<br />

para confirmações de<br />

resultados, repetições por<br />

obrigações legais, desestabilização<br />

de reagentes e<br />

realização de calibrações<br />

e controles. Estas perdas<br />

têm custo na produção<br />

dos exames. Elas devem<br />

ser registradas e gerenciadas,<br />

a fim de aperfeiçoar<br />

o processo de produção,<br />

reduzindo o gasto com<br />

elas. Os autores utilizam<br />

o método de custeio marginal<br />

para calcular o custo<br />

dos exames, onde cada<br />

produto absorve somente<br />

os custos que incidem<br />

diretamente sobre si próprios,<br />

e os custos fixos<br />

(mão de obra, água, luz<br />

telefone...) não são associados<br />

diretamente aos<br />

exames, evitando, com<br />

isso, as distorções dos<br />

critérios de rateio. Para<br />

eles, os custos de produção<br />

são: custo nominal<br />

(reagentes, descartáveis<br />

específicos e remuneração<br />

de equipamentos),<br />

consumíveis, calibradores,<br />

controles, perdas, material<br />

de escritório, material<br />

descartável e manutenções<br />

de equipamentos da<br />

produção. O resultado da<br />

soma destes itens é o custo<br />

de produção do exame.<br />

Logo, gerenciar as perdas<br />

em laboratórios clínicos é<br />

uma importante estratégia<br />

de redução no custo<br />

final dos exames. Façanha<br />

e Prestes (2008) discorrem<br />

que é preciso maximizar a<br />

capacidade produtiva, evitando<br />

a ociosidade e desperdícios<br />

operacionais.<br />

Mugnol e Ferraz (2006)<br />

afirmam que o cálculo do<br />

custo real de um exame é<br />

muito complexo e que é<br />

preciso considerar o nível<br />

de repetições necessárias<br />

a liberação de um resultado,<br />

os testes consumidos<br />

com a calibração do equipamento,<br />

e para o controle<br />

do analito, as perdas<br />

inerentes à própria metodologia<br />

empregada e às<br />

possíveis falhas dos instrumentos<br />

utilizados. Os<br />

autores ainda comentam<br />

a existência das perdas<br />

inerentes a pouca estabilidade<br />

ou curta validade<br />

de alguns reagentes que<br />

são descartados sem que<br />

sejam utilizados em sua<br />

totalidade. Para estes autores,<br />

conhecer o real custo<br />

do exame e saber quantidade<br />

de testes perdidos<br />

são informações capazes<br />

de fundamentar a tomada<br />

62 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


mais segura de decisões<br />

simples, como, por exemplo,<br />

a modificação de rotinas<br />

de trabalho e a terceirização<br />

de exames. Nesse<br />

viés, estão até decisões de<br />

maior grau de complexidade,<br />

como a aquisição<br />

de novos equipamentos<br />

e até a mudança do perfil<br />

da empresa. A gestão das<br />

perdas permite ao laboratório<br />

clínico a oportunidade<br />

de promover de forma<br />

eficiente e efetiva a utilização<br />

dos recursos disponíveis.<br />

É preciso avaliar de<br />

forma simultânea a produtividade,<br />

a qualidade e<br />

os custos, não sendo mais<br />

aceitável priorizar os dois<br />

primeiros sem considerar<br />

o terceiro.<br />

Alves e Ogushi (2006)<br />

asseguram que, em um<br />

mercado cada vez mais<br />

exigente e competitivo,<br />

onde há necessidade<br />

de produzir exames e<br />

o comprador do serviço<br />

determina o preço<br />

é preciso diminuir as<br />

perdas e racionalizar os<br />

custos e manter a qualidade<br />

do produto.<br />

Rust, Zahorik e Keiningham<br />

(1994) destacam<br />

que, apesar da qualidade<br />

ser necessária em muitas<br />

empresas, a qualidade, nos<br />

dias de hoje, não é garantia<br />

de lucros, haja vista que os<br />

principais efeitos da qualidade<br />

sobre os lucros se dão<br />

através da obtenção de<br />

menores custos devido a<br />

um aumento da eficiência,<br />

retenção maior de clientes,<br />

atração de novos clientes<br />

e do potencial para cobrar<br />

preços mais altos.<br />

Estes relatos destacam a<br />

importância de se conhecer<br />

valores razoáveis de<br />

perdas aceitáveis no setor<br />

de bioquímica, uma vez<br />

que estes exames representam<br />

em média 50,26%<br />

do total de exames produzidos<br />

(pequeno porte<br />

= 50,05%; médio porte =<br />

46,52% e grande porte =<br />

54,23%), impactando, sem<br />

dúvidas, na rentabilidade<br />

do parque produtivo<br />

do laboratório clínico. A<br />

apuração do percentual<br />

de perdas do setor de<br />

bioquímica, ou dos custos<br />

com as perdas neste setor,<br />

é muito importante, pois<br />

poderá alertar aos gestores<br />

quais os exames estão<br />

tendo perdas em excesso<br />

e, a partir daí, ter uma<br />

chance de aumentarem<br />

seus resultados diminuindo<br />

os custos de produção.<br />

Para Maher (2001), a baixa<br />

qualidade de produtos<br />

implica não somente custos<br />

de perder clientes, também<br />

custos de materiais perdidos<br />

no processo de produção<br />

– as chamadas perdas<br />

de produção. Aperfeiçoando<br />

o processo de produção<br />

em seu início, a qualidade<br />

melhora e seus custos<br />

caem, como resultado da<br />

eliminação ou redução de<br />

produtos defeituosos, em<br />

estágios posteriores. Os<br />

clientes então recebem<br />

produtos de melhor qualidade,<br />

com menor preço.<br />

Berlitz e Haussen (2005)<br />

discorrem que a perfeita<br />

adequação entre qualidade<br />

e custos é meta permanente<br />

no gerenciamento<br />

de processos, técnicos ou<br />

administrativos em laboratórios<br />

clínicos.<br />

GESTÃO LABORATORIAL<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

63


GESTÃO LABORATORIAL<br />

Apesar de todo laboratório<br />

clinico operar com<br />

perdas, há pouco controle<br />

sobre elas. Ainda<br />

não existem padrões de<br />

normalidade ou anormalidade<br />

definidos<br />

para as perdas, o que<br />

gera a necessidade de<br />

conhecê-las e quantificá-las<br />

para melhorar a<br />

eficiência dos parques<br />

produtivos dos laboratórios<br />

clínicos brasileiros.<br />

A determinação<br />

dos valores razoáveis<br />

ou aceitáveis de perdas<br />

em laboratórios clínicos<br />

de pequeno, médio<br />

e grande porte, para<br />

os exames com maior<br />

demanda presentes no<br />

setor de bioquímica,<br />

deve permitir identificar<br />

níveis elevados destas<br />

perdas e estabelecer<br />

métodos gerenciais que<br />

proporcionem a redução<br />

para patamares aceitáveis,<br />

diminuindo assim<br />

os custos de produção<br />

destes exames laboratoriais,<br />

colaborando para o<br />

incremento da competitividade<br />

da organização.<br />

É este o nosso desafio.<br />

Material e métodos<br />

Este estudo envolveu<br />

laboratórios clínicos de<br />

quatro regiões do País<br />

durante um período de<br />

cinco anos e utilizou<br />

uma ferramenta que<br />

executa o cálculo dos<br />

custos e analisa a rentabilidade<br />

dos laboratórios<br />

clínicos, detalhando<br />

a rentabilidade individual<br />

de parâmetros/exames,<br />

clientes/convênios,<br />

equipamentos e setores/áreas<br />

dos laboratórios<br />

clínicos. Também<br />

testa em tempo real<br />

tabelas de preços de<br />

exames e compara de<br />

forma dinâmica tabelas<br />

de preços entre clientes.<br />

Igualmente calcula<br />

o desempenho geral da<br />

organização através de<br />

dezenas de indicadores,<br />

determina o ponto de<br />

equilíbrio e fornece subsídios<br />

para o planejamento<br />

orçamentário e análise<br />

de negócios. Isto permite<br />

a padronização da<br />

coleta de dados, tornando<br />

os resultados comparáveis<br />

entre si. (Façanha;<br />

Prestes, 2008).<br />

Para a realização do estudo<br />

foram considerados os<br />

doze exames comumente<br />

mais realizados no setor<br />

de bioquímica dos laboratórios<br />

clínicos de pequeno,<br />

médio e grande porte,<br />

que representam em<br />

média 73,19% deste setor<br />

(pequeno porte = 80,59%;<br />

médio porte = 75,59% e<br />

grande porte = 63,37%).<br />

São eles: glicose, creatinina,<br />

ácido úrico, colesterol total,<br />

colesterol HDL, triglicerídeos,<br />

uréia, fosfatase alcalina,<br />

transaminase oxalacética<br />

(TGO), transaminase pirúvica<br />

(TGP), gama-glutamil-<br />

-transferase (Gama-GT) e<br />

amilase. Foram definidos<br />

como de pequeno porte<br />

laboratórios clínicos que<br />

realizam mensalmente até<br />

14.999 mil exames, médio<br />

porte laboratórios clínicos<br />

que realizam de 15.000 a<br />

49.999 exames e grande<br />

porte laboratórios clínicos<br />

que realizam 50.000 ou<br />

mais exames. Foram estudados<br />

39 laboratórios de<br />

análises clínicas no período<br />

de janeiro de 2008 a dezembro<br />

de 2012, estabelecidos<br />

nos seguintes Estados: Rio<br />

64 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


GESTÃO LABORATORIAL<br />

AUTOBLOT SYSTEMS<br />

Com registro na ANVISA<br />

Plataforma única de automação total do processo de<br />

Western blot<br />

Para 36 ou 48 amostras por corrida, minimizando o<br />

erro humano, aumentando a produtividade e<br />

fornecendo resultados precisos e consistentes para o<br />

seu laboratório.<br />

Tel: (11) 3565-7187<br />

vendasbrasil@mpbio.com<br />

@mpbiomedicalsbrasil<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

65


GESTÃO LABORATORIAL<br />

Grande do Sul, Santa Catarina,<br />

São Paulo, Espírito<br />

Santo, Rio de Janeiro, Minas<br />

Gerais, Bahia, Alagoas, Goiás<br />

e Mato Grosso. Doze<br />

laboratórios clínicos foram<br />

classificados na categoria<br />

de pequeno porte (30,77%),<br />

dezesseis laboratórios clínicos<br />

enquadraram-se na<br />

categoria de médio porte<br />

(41,02%) e onze laboratórios<br />

clínicos foram considerados<br />

de grande porte (28,21%).<br />

Todos os dados foram<br />

obtidos através do banco<br />

de um sistema de gestão<br />

laboratorial implantado<br />

nas empresas estudadas.<br />

Este sistema baseia-se no<br />

método de custeio marginal,<br />

onde os custos fixos<br />

do laboratório (custos que<br />

não variam com o volume<br />

de produção) são separados<br />

dos custos variáveis<br />

(custos que variam com<br />

o volume da produção) e<br />

toda a mão de obra, seja<br />

direta ou indireta, é alocada<br />

como custo fixo. Os<br />

custos com perdas encaixam-se<br />

nos custos variáveis<br />

(de produção) e foram<br />

registrados no arquivo<br />

“Folhas de Verificação do<br />

Cliente”, tendo como fonte<br />

os registros gerados pelos<br />

equipamentos, registros<br />

de planilhas do setor e<br />

informações dos analistas<br />

e técnicos que realizaram<br />

os exames.<br />

As perdas foram calculadas<br />

em percentagem. Primeiro<br />

verifica-se o número<br />

de exames vendidos<br />

por tipo de exame, em<br />

um determinado período<br />

(seis meses, por exemplo).<br />

Passo seguinte constata-<br />

-se o número de exames<br />

perdidos com controles<br />

internos, controles externos,<br />

calibrações, desestabilização<br />

de reagentes,<br />

parada de equipamentos,<br />

repetições para confirmações<br />

e diluições no<br />

mesmo período. Finalmente,<br />

calcula-se a percentagem<br />

destes exames<br />

em relação ao número de<br />

exames vendidos, obtendo-se<br />

assim a percentagem<br />

de exames perdidos.<br />

Visando a depuração<br />

dos dados iniciais, foi<br />

utilizada a estatística da<br />

média podada. Para os de<br />

pequeno porte foi podado<br />

um laboratório clínico<br />

para o exame da amilase.<br />

No caso do médio porte<br />

foram podados quatro<br />

laboratórios clínicos, um<br />

por exame, nos seguintes<br />

exames: amilase, colesterol<br />

total, fosfatase alcalina<br />

e glicose. Já para os<br />

de grande porte, foram<br />

podados quatro laboratórios<br />

clínicos, um por<br />

exame, nos seguintes<br />

exames: colesterol HDL<br />

e total e dois por exame<br />

para o triglicerídeos.<br />

Para classificação dos tipos<br />

de perdas existentes no<br />

setor, usou-se o seguinte<br />

método: Os dados foram<br />

lançados numa planilha de<br />

cálculo para determinação<br />

da quantidade percentual<br />

por tipo de perda, por<br />

porte laboratorial e por<br />

exame. Foram calculadas<br />

as seguintes estatísticas<br />

66 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


para todos os exames e<br />

portes: média percentual<br />

de perdas dos exames,<br />

média geral de perdas por<br />

porte, desvio padrão das<br />

perdas por exame, média<br />

das perdas mais um desvio<br />

padrão e média geral destas<br />

somas por porte laboratorial.<br />

Estas estatísticas<br />

nos serão úteis na discussão<br />

dos resultados e nas<br />

considerações finais como<br />

possíveis conclusões.<br />

GESTÃO LABORATORIAL<br />

Resultados e discussão<br />

A principal causa de<br />

perda no setor da bioquímica<br />

para laboratórios<br />

clínicos de todos os<br />

portes decorre dos controles<br />

internos, seguida<br />

pelas repetições de testes<br />

para confirmações<br />

de resultados, conforme<br />

o quadro 5 ao mostrar<br />

que somente estas duas<br />

causas são responsáveis<br />

por valores que variam<br />

de 85,90% a 91,40%<br />

do total das perdas do<br />

setor de bioquímica dos<br />

laboratórios.<br />

Quadro 1: Média percentual de perdas por exame, estratificação percentual das principais<br />

causas e média geral de perdas do setor de bioquímica para laboratórios de pequeno porte.<br />

Fonte: Os autores.<br />

Quadro 2: Média percentual de perdas por exame, estratificação percentual das principais<br />

causas e média geral de perdas do setor de bioquímica para laboratórios de médio porte.<br />

Fonte: Os autores.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

67


GESTÃO LABORATORIAL<br />

Analisando os quadros<br />

1, 2 e 3, cujo resumo se<br />

encontra no quadro 4,<br />

percebemos que para<br />

laboratórios clínicos de<br />

pequeno porte, a terceira<br />

causa de perda são as<br />

calibrações, seguidas do<br />

uso de controles externos<br />

e da desestabilização de<br />

reagentes, as exceções<br />

ocorreram nos exames<br />

amilase, glicose e triglicerídeos.<br />

Estes laboratórios<br />

não registraram<br />

perdas por parada de<br />

equipamentos. Já para<br />

laboratórios clínicos de<br />

médio porte, a terceira<br />

causa de perda são as<br />

calibrações, seguida do<br />

uso de controles externos,<br />

desestabilização de<br />

reagentes e parada de<br />

equipamentos, as exceções<br />

ocorreram nos exames<br />

amilase, glicose e<br />

triglicerídeos. Para os de<br />

Quadro 3: Média percentual de perdas por exame, estratificação percentual das principais<br />

causas e média geral de perdas do setor de bioquímica para laboratórios de grande porte.<br />

Fonte: Os autores.<br />

Quadro 4: Média geral do total de perdas do elenco de causas do setor de bioquímica para os<br />

laboratórios.<br />

Fonte: Os autores.<br />

Quadro 5: MTotal de perdas do setor de bioquímica por porte laboratorial, somatório das duas<br />

principais causas de perdas para os três portes e o percentual que este somatório representa do<br />

total de perdas, bem como o percentual representado pelo somatório das demais causas.<br />

Fonte: Os autores.<br />

68 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


P O I N T O F C A R E - F I A<br />

FLUORECARE<br />

P L A T A F O R M A Q U A N T I T A T I V A D E<br />

I M U N O F L U O R E S C Ê N C I A<br />

Analisador Confiável - CV%


GESTÃO LABORATORIAL<br />

grande porte, a terceira<br />

causa de perda é por<br />

parada de equipamentos,<br />

seguida pelas calibrações<br />

e pelo uso de<br />

controles externos. Eles<br />

não registraram perdas<br />

por desestabilização de<br />

reagentes. É importante<br />

ressaltar que o fato de<br />

não existirem registros<br />

em algumas situações,<br />

conforme descrito anteriormente,<br />

não significa<br />

a inexistência de eventos<br />

relativos às perdas, e<br />

sim que poderá ter havido<br />

falha humana neste<br />

momento.<br />

Quadro 6: Média geral de perdas por exame e do setor, um desvio padrão e a soma da<br />

média mais um desvio padrão para laboratórios de pequeno porte.<br />

Fonte: Os autores.<br />

Os quadros 6, 7 e 8 apresentam,<br />

respectivamente,<br />

as médias do total de<br />

perdas por exame e do<br />

setor e o desvio padrão<br />

para os laboratórios clínicos.<br />

Eles nos permitem<br />

observar a impor-<br />

Quadro 7: Média geral de perdas por exame e do setor, um desvio padrão e a soma da<br />

média mais um desvio padrão para laboratórios de médio porte.<br />

Fonte: Os autores.<br />

70 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


tância daquilo que<br />

chamamos valores razoáveis<br />

de perdas aceitáveis<br />

no setor de bioquímica.<br />

Fica evidente que<br />

o limite de um desvio<br />

padrão conduz a valores<br />

incompatíveis de custos<br />

decorrentes das perdas,<br />

se forem considerados<br />

os atuais níveis médios<br />

de remuneração dos<br />

exames do setor da bioquímica.<br />

Isto fica mais<br />

crítico pelo fato de que<br />

o Governo é o maior<br />

comprador dos serviços<br />

de análises clínicas<br />

do País e, normalmente<br />

a tabela adotada é a do<br />

Sistema Único de Saúde<br />

(SUS), muitas vezes com<br />

desconto.<br />

Quadro 8: Média geral de perdas por exame e do setor, um desvio padrão e a soma da<br />

média mais um desvio padrão para laboratórios de grande porte.<br />

Fonte: Os autores.<br />

Gráfico 1: Média geral de perdas por exame e do setor e erro padrão para laboratórios de<br />

pequeno porte.<br />

Fonte: Os autores.<br />

Os gráficos 1, 2 e 3 apresentam,<br />

respectivamente,<br />

as médias do total<br />

de perdas por exame e<br />

Gráfico 2: Média geral de perdas por exame e do setor e erro padrão para laboratórios de<br />

médio porte.<br />

Fonte: Os autores.


GESTÃO LABORATORIAL<br />

do setor e o erro padrão<br />

para os laboratórios clínicos<br />

de pequeno, médio<br />

e grande porte. Fica evidente<br />

que significativa<br />

parte do erro padrão<br />

estimado, decorre principalmente<br />

do desvio<br />

padrão e, este é influenciado<br />

somente por três<br />

exames: Amilase, Fosfatase<br />

Alcalina e Gama<br />

GT. Estes exames são os<br />

únicos que apresentam<br />

perdas acima da média<br />

do setor de bioquímica,<br />

nas amostras analisadas.<br />

Esta observação enseja<br />

que os gestores laboratoriais<br />

devem se preocupar<br />

na tomada de decisão<br />

sobre uma correta<br />

política de produção dos<br />

referidos parâmetros.<br />

Os gráficos 1, 2 e 3 apresentam,<br />

respectivamente,<br />

as médias do total de perdas<br />

por exame e do setor<br />

Gráfico 3: Média geral de perdas por exame e do setor e erro padrão para laboratórios de<br />

grande porte.<br />

Fonte: Os autores.<br />

e o erro padrão para os<br />

laboratórios de pequeno,<br />

médio e grande porte.<br />

Considerações finais<br />

Independentemente<br />

do<br />

porte do laboratório clínico,<br />

este estudo mostra<br />

- confirmando o princípio<br />

de Pareto - que somente<br />

duas causas de perdas de<br />

exames, são responsáveis<br />

sozinhas por valores acima<br />

de 85,90% do total<br />

das perdas (laboratórios<br />

clínicos de grande porte),<br />

atingindo 91,40% (porte<br />

médio) e 89,38% (pequeno<br />

porte). Conclui-se que<br />

os gestores dos laboratórios<br />

clínicos devem concentrar<br />

atenção prioritariamente<br />

em duas causas:<br />

1a – Perdas por uso indevido<br />

de controles internos<br />

e 2a – Perdas por repetição<br />

excessiva de exames.<br />

Ainda, somente três exames<br />

(Amilase, Fosfatase<br />

Alcalina e Gama GT) apresentam<br />

perdas acima da<br />

média do setor de bioquímica<br />

para todos os portes,<br />

o que se observa nas<br />

amostras analisadas.<br />

Estas constatações evidenciam<br />

que os gestores labo-<br />

72 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


Seringa para<br />

Gasometria<br />

Facilite a coleta de amostras<br />

no seu laboratório e tenha<br />

mais precisão nos resultados.<br />

• Produto esterilizado por óxido de etileno.<br />

• Dispositivo médico de 3 partes, estéril, atóxico, apirogênico<br />

e de uso único.<br />

• Confeccionada em materiais plásticos médicos<br />

descartáveis, com vedação de borracha sintética e tampa<br />

luer lock ou luer slip.<br />

• Contém 72 UI de heparina de lítio seca ou líquida.<br />

• Graduada em 2 ml.<br />

Porque cuidado, segurança e confiabilidade devem fazer<br />

parte da sua rotina!<br />

(31) 3589 5000 gtgroupbrasil GT Group gtgroup.net.br


GESTÃO LABORATORIAL<br />

ratoriais devem se preocupar<br />

na tomada de decisão<br />

sobre uma correta política<br />

dutividade da operação,<br />

contribuindo, assim, para<br />

o almejado aumento da<br />

de Sistemas de Apoio às<br />

Decisões – SAD’s. A Unidos<br />

Consultoria e Treina-<br />

de produção, padronizan-<br />

competitividade dos nos-<br />

mento disponibiliza sof-<br />

do procedimentos que<br />

sos laboratórios clínicos.<br />

twares com tal propósito<br />

disciplinem os processos<br />

específico. Esperando ter-<br />

de uso dos controles inter-<br />

Conclusão<br />

mos contribuído para os<br />

nos e repetição de exames<br />

Não cansamos de repe-<br />

negócios na área das aná-<br />

(confirmatórios, diluições,<br />

tir, pela importância, que<br />

lises clínicas, nos despedi-<br />

etc.) e de terceirização dos<br />

não há outra forma para<br />

mos até a próxima edição<br />

parâmetros citados, com<br />

enfrentar as “novas” exi-<br />

da revista NewsLab.<br />

perdas sistematicamente<br />

acima da média.<br />

A adequada gestão destes<br />

três processos (uso dos<br />

gências do mercado: uma<br />

“nova” maneira de recepcionar,<br />

coletar e produzir<br />

exames, a não ser com<br />

competência total. Não<br />

Boa sorte e sucesso!<br />

Humberto Façanha<br />

51-99841-5153<br />

humberto@unidosconsultoria.com.br<br />

www.unidosconsultoria.com.br<br />

controles internos, repe-<br />

custa lembrar que a ges-<br />

tição de exames e tercei-<br />

tão econômica e finan-<br />

rização), certamente irá<br />

ceira deve ser exercida<br />

diminuir os custos de pro-<br />

de forma profissional e,<br />

dução e aumentar a pro-<br />

de preferência, com uso<br />

Desafios econômicos durante e pós pandemia?<br />

Humberto Façanha<br />

TEMOS A SOLUÇÃO AO ALCANCE DOS LABORATÓRIOS:<br />

Sistema de gestão profissional para<br />

identificar problemas, causas e soluções<br />

(51)9.9841.5153<br />

humberto@unidosconsultoria.com.br<br />

GESTÃO PROFISSIONAL ACESSÍVEL<br />

PARA PEQUENOS E MÉDIOS LABORATÓRIOS!<br />

*Humberto Façanha da Costa Filho<br />

Professor e engenheiro, atualmente é articulista e consultor financeiro<br />

da SBAC, professor do Centro de Ensino e Pesquisa em Análises Clínicas<br />

(CEPAC) da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC) e professor<br />

do Instituto Cenecista de Ensino Superior de Santo Ângelo (IESA),<br />

curso de Pós-Graduação em Análises Clínicas.<br />

www.unidosconsultoria.com.br<br />

74 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


GESTÃO LABORATORIAL<br />

A Greiner Bio-One apresenta o novo<br />

dashboard interativo para o eTrack.<br />

A atualização permite um controle<br />

personalizado dos dados laboratoriais,<br />

proporcionando uma interface fácil de usar.<br />

O novo recurso oferece maior segurança e<br />

proteção no acesso às informações.<br />

\ Rastreabilidade<br />

do tipo de tubo utilizado<br />

\ Número do lote<br />

\ Validade<br />

\ Ordem de coleta<br />

\ Material e paciente<br />

\ Localidade de atendimento<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

75


TRIAGEM SOROLÓGICA PARA<br />

PACIENTES INFECTADOS COM VÍRUS MAYARO<br />

A Febre do Mayaro é uma doença<br />

infecciosa febril aguda, frequentemente<br />

associada à artralgia<br />

persistente. É causada pelo arbovírus<br />

Mayaro (MAYV) pertencente<br />

ao gênero Alphavirus da família<br />

Togaviridae e é clinicamente indistinguível<br />

da febre da Dengue<br />

e Chikungunya. O vírus pode ser<br />

transmitido por mosquitos silvestres<br />

principalmente do gênero Haemagogus<br />

(mesmo mosquito que<br />

transmite a febre amarela) e estudos<br />

laboratoriais apontam que<br />

o vírus pode se adaptar a outros<br />

vetores que circulam nas cidades<br />

como o Aedes aegypti e o Aedes<br />

albopictus; por isso, considera-se<br />

haver risco potencial de transmissão<br />

urbana. Duas epidemias foram<br />

descritas no Brasil (1955, 1978) e<br />

uma na Bolívia (1955), desde então,<br />

casos esporádicos e surtos<br />

localizados têm sido registrados<br />

nas Américas, incluindo a região<br />

Amazônica do Brasil, principalmente<br />

nos estados das regiões<br />

Norte e Centro-Oeste. No início de<br />

2008, foi relatado um surto no estado<br />

do Pará, onde de um total de<br />

105 indivíduos que relataram um<br />

estado febril nos últimos 30 dias,<br />

36 tinham anticorpos IgM contra<br />

MAYV. Foi relatada a presença de<br />

anticorpos IgM contra o MAYV<br />

em 33 pacientes, e o genoma viral<br />

foi detectado em um deles em<br />

Manaus, durante um surto febril<br />

agudo no período de 2007–2008.<br />

Durante um surto de vírus da dengue<br />

em Mato Grosso, 15 de 604<br />

pacientes foram positivos para<br />

detecção de RNA de mayaro.<br />

monitoramento e a confirmação<br />

diagnóstica das infecções por<br />

MAYV. A diferenciação sorológica<br />

é dificultada devido à reatividade<br />

cruzada entre alfavírus. Moraes-<br />

-Soane, M et al., analisou o desempenho<br />

do teste Anti-Mayaro<br />

Virus ELISA IgM da EUROIMMUN<br />

utilizando soros de um painel<br />

composto por 21 pacientes MAYV<br />

positivos e 25 controles MAYV<br />

negativos. O teste Anti-Mayaro<br />

Virus ELISA IgM foi 100% (95% CI:<br />

81.8-100%) sensível e 76% (95%<br />

CI: 56.3-88.8%) específico. Resultados<br />

discrepantes foram obtidos<br />

em 6 amostras de pacientes<br />

infectados pelo vírus chikunguya<br />

(CHIKV, 5/6) ou flavivírus (1/6). A<br />

maioria dos desvios de ensaios<br />

foi provavelmente devido à reatividade<br />

cruzada com o CHIKV intimamente<br />

relacionado. Em conclusão,<br />

o teste Anti-Mayaro Virus<br />

ELISA IgM da EUROIMMUN fornece<br />

alta sensibilidade, permitindo<br />

triagem eficaz para pacientes infectados<br />

por MAYV e para fins de<br />

vigilância epidemiológica.<br />

Para saber mais, acesse:<br />

www.euroimmun.com.br/mayaro<br />

Referências Bibliográficas<br />

Moraes Soane M, Freitas Henriques D,<br />

Abreu Lima J, et al. Evaluation of A Novel<br />

IgM Screening Enzyme-Linked Immunosorbent<br />

Assay for Sensitive Detection of<br />

Mayaro Virus-Infected Patients. Microbiol<br />

Infect Dis. 2019; 3(2): 1-4.<br />

Esposito DLA, Fonseca BALD. Will Mayaro<br />

virus be responsible for the next outbreak<br />

of an arthropod-borne virus in Brazil? Braz<br />

J Infect Dis. 2017 Sep-Oct;21(5):540-544.<br />

PUBLIEDITORIAL<br />

Com o recente aumento de risco<br />

de infecção por MAYV, há<br />

necessidade urgente de testes<br />

laboratoriais que permitam o<br />

Para mais informações, entre em contato conosco:<br />

www.euroimmun.com.br/mayaro<br />

marketing@euroimmun.com.br<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

77


OS MELHORES EQUIPAMENTOS<br />

PARA O SEU LABORATÓRIO!<br />

O SEU LABORATÓRIO MERECE A MELHOR QUALIDADE<br />

E POR ISSO, A TODO MOMENTO NOS PREOCUPAMOS<br />

EM OFERECER A VOCÊ INOVAÇÃO E DURABILIDADE<br />

A PREÇO JUSTO. CONHEÇA TODOS OS NOSSOS<br />

EQUIPAMENTOS E DIFERENCIAIS ATRAVÉS DE UM<br />

ATENDIMENTO HUMANIZADO E PERSONALIZADO.<br />

ENTRE EM CONTATO ATRAVÉS DO WHATSAPP: 11 95123.0513.<br />

www.laborline.com.br<br />

@laborline_centrifugas<br />

vendas@laborline.com.br<br />

(11) 3699.0960


C O N H E Ç A A L G U N S<br />

DOS NOSSOS MODELOS:<br />

A LABORLINE ESTÁ PRESENTE NOS<br />

LABORATÓRIOS MAIS RENOMADOS DO PAÍS!


MATÉRIA DE CAPA<br />

ALIFAX LANÇA REVOLUCIONÁRIO<br />

SISTEMA MOLECULAR MOUSE<br />

A tecnologia permite análise rápida<br />

e qualitativa de alvos moleculares de<br />

DNA e RNA por PCR em tempo real.<br />

A companhia italiana Alifax há mais<br />

de 30 anos desenvolve as melhores<br />

soluções para a área da saúde.<br />

A inovação pode ser vista em produtos<br />

e serviços nos segmentos<br />

de hematologia e bacteriologia. O<br />

compromisso da empresa é sempre<br />

se antecipar as necessidades do<br />

mercado mundial. Desde o início<br />

de suas atividades, a empresa tem<br />

como vocação o pioneirismo científico<br />

e tecnológico.<br />

O perfil empreendedor e visionário<br />

estimulou a expansão de suas operações.<br />

Hoje, possui cinco subsidiárias:<br />

Rússia, China, Alemanha, Espanha<br />

e Brasil. A rede de distribuição<br />

inclui mais de 100 países.<br />

No Brasil, atua desde 2018, sempre<br />

trazendo novidades e modernizando<br />

a maneira de trabalhar em microbiologia.<br />

Localizada na cidade<br />

de São Paulo, a subsidiária brasileira<br />

conta com uma equipe qualificada<br />

para atender as demandas comerciais,<br />

científicas e técnicas no Brasil<br />

e na América Latina. Além de possuir<br />

show-room para demonstração<br />

dos equipamentos e realização de<br />

treinamentos presenciais e on-line.<br />

O resultado dessas ações pode<br />

ser comprovado pela grande receptividade<br />

dos laboratórios clínicos<br />

e hospitais.<br />

A Alifax tem um programa voltado<br />

para inovação tecnológica e investigação<br />

científica. “Uma das estratégias<br />

para promover a divulgação<br />

do pensamento científico é a participação<br />

e a organização de seminários<br />

e conferências com o apoio<br />

de palestrantes nacionais e internacionais<br />

de referência”, explica Dr.<br />

Robson De Moraes, Diretor Geral da<br />

Alifax Brasil.<br />

A companhia possui amplo portfólio<br />

de patentes em todo o mundo<br />

nas áreas de hematologia e bacteriologia.<br />

É motivo de orgulho ter<br />

mais de 200 estudos publicados,<br />

usando tecnologia e instrumentos<br />

da empresa. Outra estratégia fundamental<br />

é a existência de infraestrutura<br />

técnico-científica, formada<br />

por equipes qualificadas na área de<br />

medicina laboratorial, engenharia e<br />

tecnologia da informação.<br />

Desde 2019, a Alifax traz como slogan<br />

“Por dentro da Inovação”. Esse<br />

conceito significa estar por dentro<br />

das inovações tecnológicas no<br />

âmbito da pesquisa e do diagnóstico.<br />

Em parceria com instituições<br />

de pesquisas do mundo todo, a<br />

Alifax está sempre ampliando sua<br />

plataforma de equipamentos e<br />

testes para microbiologia, como<br />

verificamos a seguir.<br />

80<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


MATÉRIA DE CAPA<br />

SISTEMA MOLECULAR MOUSE:<br />

PRONTO PARA USO<br />

Em 2022, Alifax lançou no Brasil o<br />

Sistema Molecular Mouse. Compacto<br />

e fácil de usar, é o primeiro<br />

sistema no mundo de qPCR portátil.<br />

A revolucionária tecnologia permite<br />

análise rápida e qualitativa de<br />

moléculas alvo de DNA e RNA por<br />

PCR em tempo real. O Sistema Molecular<br />

Mouse é composto por um<br />

instrumento que atua como termociclador<br />

e um software já instalado<br />

no PC, para execução de testes e<br />

monitoramento de resultados.<br />

O Lab-on-Chip é um microssistema<br />

eletricamente ativo que controla<br />

de forma precisa a temperatura da<br />

reação. É um dispositivo descartável<br />

baseado em um chip de silício<br />

fabricado usando tecnologia inovadora<br />

de semicondutores. Todos<br />

os reagentes necessários são liofilizados<br />

em cada micropoço (5 µl). O<br />

RFID ** tag armazena informações<br />

do produto e testes usados pelo<br />

software para realizar a análise.<br />

Permite 6 reações multiplex simultâneas<br />

em até 64 alvos diferentes:<br />

44 microrganismos e 20<br />

genes de resistência.<br />

O sistema traz benefícios que vão<br />

otimizar a rotina laboratorial:<br />

• O protocolo de análise automática<br />

começa com a leitura do RFID** tag;<br />

• Até 6 instrumentos podem ser<br />

gerenciados independentemente<br />

com uma sessão do software;<br />

• Gerenciamento de usuários de vários<br />

níveis;<br />

• Elaboração de dados precisos;<br />

• Conexão com LIS (Sistema de Informação<br />

Laboratorial);<br />

• Os resultados sobre a presença/<br />

ausência dos alvos são relatados<br />

junto com as curvas;<br />

• Interface amigável;<br />

• CE IVD.<br />

Os cartuchos Lab-on-Chip<br />

são prontos para uso.<br />

Estão disponíveis para<br />

Painel de Sepse e Leveduras.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

81


MATÉRIA DE CAPA<br />

FOCO EM CIÊNCIA<br />

Em 1988, na cidade italiana de<br />

Padova, a Alifax iniciou suas operações<br />

a partir do pioneirismo e<br />

visão estratégica de Paolo Galiano,<br />

tendo como base sua sólida<br />

experiência no mercado de<br />

diagnóstico laboratorial, voltado<br />

aos segmentos de hematologia,<br />

microbiologia, sorologia e autoimunidade.<br />

Em 1998, entrou<br />

em nova fase após a aquisição da<br />

Sire Analytical Systems. A companhia<br />

firmou sua posição no mercado<br />

italiano como produtora de<br />

instrumentação para diagnóstico<br />

clínico para análise da Velocidade<br />

de Hemossedimentação (VHS)<br />

e cultura bacteriana rápida. Esta<br />

ação possibilitou desenvolvimento<br />

rápido e bem-sucedido em<br />

todo o mundo.<br />

DIAGNÓSTICO DE SEPSE<br />

Aliado ao rápido e simples Sistema<br />

Molecular Mouse, a Alifax<br />

lançou os cartuchos para diagnóstico<br />

de sepse, diretamente<br />

de amostras de hemoculturas<br />

positivas, sem a necessidade de<br />

extração, exceto para cartucho<br />

de leveduras. Após um simples<br />

preparo prévio da amostra positiva,<br />

a Alifax tem disponível cartuchos<br />

para identificação e perfil<br />

de resistência para bactérias<br />

gram-negativas, com a possibilidade<br />

de identificar os principais<br />

alvos de resistência, como KPC,<br />

VIM, NDM, IMP, OXA-23, OXA-48,<br />

SHV, SHV ESBL, CTX-M-1/9 grupo,<br />

CTX-M-2/8 grupo, CMY-2,<br />

mcr-1, mcr-2. Para as bactérias<br />

gram-positivas, há disponível os<br />

cartuchos para identificação e<br />

perfil de resistência de estafilococos<br />

e não estafilococos. Para<br />

as leveduras há 9 tipos de espécies<br />

diferentes de Cândidas.<br />

82<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


MDRO - VILÕES<br />

DA RESISTÊNCIA<br />

ANTIMICROBIANA<br />

A resistência antimicrobiana representa<br />

uma ameaça crescente e<br />

pode comprometer as conquistas<br />

obtidas em relação à saúde da população<br />

mundial. Os causadores<br />

das resistências bacterianas são<br />

os Microrganismos Resistentes<br />

a Múltiplas Drogas (MDRO). Em<br />

geral, esses microrganismos, predominantemente<br />

bactérias, são<br />

resistentes a uma ou mais classes<br />

de agentes antimicrobianos. As<br />

infecções por MDRO têm manifestações<br />

clínicas semelhantes às<br />

infecções causadas por patógenos<br />

suscetíveis. As opções de tratamento<br />

de pacientes com essas<br />

infecções costumam ser limitadas.<br />

Organismos altamente resistentes<br />

merecem atenção especial nas<br />

instalações de saúde.<br />

A resistência bacteriana traz implicações<br />

diretas à segurança do<br />

paciente por aumentar o tempo<br />

de internação e as chances de readmissão<br />

hospitalar. Isso sem mencionar<br />

custos, uso de antibióticos<br />

de espectro estendido e o risco<br />

de mortalidade, principalmente<br />

devido à ausência de alternativas<br />

terapêuticas. Os mecanismos de<br />

resistência contra os antibióticos<br />

ß-lactâmicos e os carbapenêmicos<br />

têm emergido rapidamente<br />

em nível mundial. Infecções invasivas<br />

com cepas de bactérias resistentes<br />

estão associados a altas<br />

taxas de mortalidade, enfatizando<br />

a necessidade de programas de<br />

vigilância ativa voltados à prevenção<br />

da disseminação, principalmente<br />

no ambiente hospitalar.<br />

Em sintonia com esta exigência<br />

do mercado, a Alifax traz uma solução<br />

confiável, ágil e completa.<br />

Os kits de triagem Alifax MDRO<br />

são os únicos testes fenotípicos<br />

para a triagem eficaz de portadores<br />

e indivíduos infectados,<br />

que fornecem resultados em<br />

poucas horas com desempenho<br />

superior à cultura direta. Atualmente,<br />

a Alifax possui kits para a<br />

triagem fenotípica dos seguintes<br />

perfis de resistência: MRSA (Staphylococcus<br />

Aureus resistente à<br />

Meticilina), ESBL/AmpC (Enterobactérias<br />

produtoras de ESBL) e<br />

para Enterobactérias resistentes<br />

a Carbapenêmicos para a triagem<br />

de Swab de Vigilância e os<br />

resultados se dão entre 6h e 7h,<br />

dependendo do teste. Também<br />

possui Kits para triagem fenotípica<br />

dos perfis de resistência<br />

ESBL/AmpC (Enterobactérias<br />

produtoras de ESBL), para Enterobactérias<br />

resistentes a Carbapenêmicos<br />

e VRE (Enterococos<br />

resistentes à Vancomicina) para<br />

hemoculturas positivas com resultados<br />

em até 4,5h.<br />

Todos os kits são destinados para<br />

uso com os Sistemas de Cultura<br />

e Detecção Hb&L Uroquattro 60<br />

e 120 e Alfred60/AST. A corrida<br />

contra o tempo é fator essencial<br />

no momento de entregar o resultado<br />

assertivo ao médico. Segundo<br />

estudos publicados por Kumar<br />

(2006), cada hora de terapia antimicrobiana<br />

inadequada eleva<br />

as taxas de mortalidade do paciente<br />

para 7,5%. Estima-se que,<br />

em 2050, a resistência bacteriana<br />

será a principal causa de mortes<br />

no mundo, com a previsão de 100<br />

milhões de mortes. Esse aumento<br />

se deve também ao uso indiscriminado<br />

de antibióticos no tratamento<br />

de paciente internados. A<br />

falta de um Centro de Controle de<br />

Infecções Hospitalares em grande<br />

parte dos hospitais é o motivo<br />

desse aumento.<br />

MATÉRIA DE CAPA<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

83


MATÉRIA DE CAPA<br />

I-DONE<br />

O sistema ATR-FTIR, juntamente<br />

com o software I-dOne, identifica<br />

microrganismos em apenas<br />

1 minuto utilizando a técnica<br />

de Reflexão Total Atenuada - Espectroscopia<br />

de Infravermelho<br />

Transformada de Fourier, baseada<br />

na espectroscopia vibracional.<br />

Isso permite que as amostras<br />

sejam examinadas diretamente<br />

de colônias isoladas de meio de<br />

cultura sólido, sem a necessidade<br />

de preparação prévia das<br />

amostras. A luz infravermelha<br />

(IR) é capaz de penetrar alguns<br />

mícrons na amostra depositada<br />

no Elemento de Reflexão Interno<br />

(IRE). Após a interação com a<br />

amostra, as mudanças nas frequências<br />

de luz IR são detectadas<br />

e analisadas. Posteriormente,<br />

o software I-dOne interpreta o<br />

espectro de infravermelho microbiano<br />

adquirido, que pode<br />

ser considerado como sua impressão<br />

digital molecular. Analisando<br />

este espectro e comparando-o<br />

com uma biblioteca de<br />

espectros de amostras microbianas<br />

conhecidas, fornece uma<br />

identificação microbiana.<br />

Os resultados são relatados<br />

como ID de microrganismo junto<br />

com a pontuação de correspondência<br />

relativa que representa a<br />

confiabilidade da identificação<br />

a perfis vibracionais conhecidos<br />

de espécies presentes na base<br />

de dados de referência. Após o<br />

uso, a limpeza do equipamento<br />

é feita utilizando apenas etanol<br />

70%, e estará pronto para o uso<br />

novamente. A biblioteca de espectros<br />

de identificação de microrganismos<br />

está em constante<br />

atualização e atualmente, atende<br />

95% da epidemiologia clínica<br />

do laboratório e hospital.<br />

**RFID: Radio-Frequency Identification<br />

www.alifax.com<br />

ALIFAX Brasil<br />

Tel.: (11) 5533.9069<br />

info.brasil@alifax.com<br />

84<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


Com o Kit Biomol ZDC,<br />

você terá a garantia de um<br />

diagnóstico rápido, preciso<br />

e confiável.


DIAGNÓSTICO POR IMAGEM<br />

A RADIOLOGIA E OS<br />

CUIDADOS PALIATIVOS<br />

Por Giovanni Guido Cerri<br />

Os cuidados paliativos,<br />

conjunto de práticas de<br />

assistência ao paciente<br />

com doença incurável,<br />

visa oferecer dignidade e<br />

diminuição de sofrimento<br />

e são expressamente<br />

reconhecidos no contexto<br />

do direito humano à<br />

saúde e devem ser fornecidos<br />

por meio de serviços<br />

de saúde integrados<br />

e centrados no paciente[i].No<br />

entanto, de acordo<br />

com a OMS, a prestação<br />

desses serviços está<br />

aquém da necessidade<br />

na maioria dos países. A<br />

cada ano, estima-se que<br />

mais de 56,8 milhões de<br />

pessoas precisam de cuidados<br />

paliativos, mas<br />

apenas uma em cada 10<br />

dessas pessoas recebem<br />

o serviço. A estimativa é<br />

que, em 2060, a necessidade<br />

de cuidados paliativos<br />

deverá quase dobrar.<br />

No Brasil, um avanço significativo<br />

foi a criação da<br />

Política Nacional de Cui-<br />

dados Paliativos, instituída<br />

em 2012. Essa política<br />

traça diretrizes para a<br />

organização e integração<br />

dos serviços de cuidados<br />

paliativos em todos<br />

os níveis de atenção à<br />

saúde no país. Além disso,<br />

várias instituições e<br />

organizações brasileiras<br />

se concentram na educação,<br />

advocacia e pesquisa<br />

na área. O SUS já oferece<br />

cuidados paliativos,<br />

porém, apesar desses<br />

esforços, ainda existem<br />

desafios na implementação<br />

e acessibilidade do<br />

tratamento em todo o<br />

país. Há escassez de profissionais<br />

de saúde especializados<br />

e formados<br />

para a prática, sobretudo<br />

nas zonas rurais.<br />

O que nem todos sabem<br />

é que a área de radiologia<br />

desempenha papel<br />

crucial no apoio à equipe<br />

multidisciplinar envolvida<br />

nesse tipo de atendimento,<br />

fornecendo<br />

informações valiosas de<br />

diagnóstico e auxiliando<br />

no manejo dos sintomas.<br />

Destaco aqui algumas:<br />

Diagnóstico e monitoramento<br />

de condições:<br />

por meio de técnicas de<br />

imagem, como raios-X,<br />

tomografia computadorizada,<br />

ressonância magnética<br />

e ultrassom, pode<br />

ajudar a diagnosticar e<br />

monitorar várias doenças<br />

e condições. Essas<br />

modalidades de imagem<br />

podem fornecer informações<br />

detalhadas sobre a<br />

extensão e progressão de<br />

uma doença, ajudando<br />

os profissionais de saúde<br />

a entender melhor a<br />

condição do paciente e<br />

tomar decisões informadas<br />

sobre as opções de<br />

tratamento paliativo.<br />

Orientação de procedimentos<br />

intervencionistas:<br />

guiados por<br />

radiologia podem ser<br />

empregados para aliviar<br />

os sintomas e melhorar<br />

86 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


a qualidade de vida de<br />

pacientes em cuidados<br />

paliativos. Técnicas como<br />

biópsias guiadas por imagem,<br />

bloqueios nervosos<br />

e drenagem percutânea<br />

podem ajudar a aliviar a<br />

dor, controlar os sintomas<br />

e gerenciar as complicações.<br />

Avaliação da resposta ao<br />

tratamento: a radiologia<br />

pode ser usada para<br />

avaliar a resposta a tratamentos<br />

paliativos, como<br />

quimioterapia ou radioterapia.<br />

Modalidades de<br />

imagem, como tomografia<br />

computadorizada e<br />

PET, podem avaliar alterações<br />

no tamanho do<br />

tumor, atividade metabólica<br />

ou carga geral da<br />

doença, permitindo que<br />

os profissionais de saúde<br />

ajustem os planos de tra-<br />

tamento de acordo e otimizem<br />

o gerenciamento<br />

de sintomas.<br />

Identificação de complicações:<br />

pacientes em cuidados<br />

paliativos podem<br />

apresentar complicações<br />

relacionadas à sua condição<br />

ou tratamento. A<br />

radiologia pode detectar<br />

e monitorar essas complicações,<br />

como infecções,<br />

trombose ou efeitos<br />

adversos da terapia. A<br />

detecção precoce permite<br />

a intervenção imediata<br />

e o manejo adequado,<br />

levando a melhores resultados<br />

para os pacientes.<br />

Apoio à equipe multidisciplinar:<br />

os radiologistas<br />

podem colaborar com<br />

outros profissionais de<br />

saúde, incluindo especialistas<br />

em cuidados paliativos,<br />

oncologistas, cirurgiões<br />

e enfermeiros, para<br />

fornecer cuidados abrangentes<br />

aos pacientes. Ao<br />

compartilhar achados de<br />

imagem e discutir planos<br />

de tratamento, eles<br />

podem contribuir para<br />

o desenvolvimento de<br />

estratégias de cuidados<br />

paliativos personalizadas<br />

e centradas no paciente.<br />

A colaboração entre<br />

radiologistas e especialistas<br />

em cuidados paliativos<br />

é essencial para<br />

a atenção integral ao<br />

paciente. Juntos, podemos<br />

fornecer diagnóstico<br />

preciso, gerenciamento<br />

eficaz de sintomas e planejamento<br />

de tratamento<br />

personalizado, mas,<br />

especialmente elevar o<br />

debate e avançar na sua<br />

aplicabilidade.<br />

DIAGNÓSTICO POR IMAGEM<br />

[i] OMS – “Cuidados Paliativos” – Disponível em: https://www.who.int/es/news-room/fact-sheets/detail/palliative-care. Último acesso: 30/05/2023.<br />

Autor:<br />

Giovanni Guido Cerri<br />

Médico, é presidente do Conselho do Instituto de Radiologia e presidente do Conselho de Inovação (InovaHC) do Hospital<br />

das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Foi diretor da FMUSP, diretor-geral do Instituto do Câncer do Estado de São<br />

Paulo (Icesp) e secretário de Estado da Saúde de São Paulo.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

87


ANÁLISES CLÍNICAS<br />

POR QUE AS ENZIMAS TGO E TGP<br />

TIVERAM SEUS NOMES ALTERADOS?<br />

Por Brunno Câmara<br />

No Brasil, ainda é muito<br />

comum usarmos os termos<br />

TGO (Transaminase<br />

Glutâmico Oxalacética) e<br />

TGP (Transaminase Glutâmico<br />

Pirúvica) para nos<br />

referirmos a essas enzimas<br />

de grande importância<br />

clínica.<br />

Porém, você sabia que<br />

esses não são os termos<br />

mais adequados e<br />

atuais?<br />

Em 1972, a Federação<br />

Internacional de Química<br />

Clínica (IFCC) recomendou<br />

que os nomes dessas<br />

enzimas fossem alterados<br />

para refletir melhor<br />

a especificidade de seus<br />

substratos.<br />

Em 1983, uma nova revisão<br />

da IFCC recomendou<br />

que os nomes dessas<br />

enzimas fossem alterados<br />

para refletir sua função<br />

(transferência de um grupo<br />

amina de um aminoácido<br />

para um cetoácido).<br />

De TGO para AST<br />

A Aspartato Transaminase<br />

(AST / código oficial<br />

EC 2.6.1.1) era conhecida<br />

como Transaminase<br />

Glutâmico Oxalacética<br />

(TGO).<br />

A mudança do seu nome<br />

aconteceu por que foi<br />

identificado que ela catalisa,<br />

primariamente, a<br />

transferência de um grupo<br />

amina do ASPARTATO<br />

para o 2-OXOGLUTARA-<br />

TO, e não do oxaloacetato<br />

para o glutamato.<br />

De TGP para ALT<br />

A Alanina Transaminase<br />

(ALT / código oficial EC<br />

2.6.1.2) era conhecida<br />

como Transaminase Glutâmico<br />

Pirúvica (TGP).<br />

88 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


TURBINE O SEU SEQUENCIAMENTO<br />

Soluções competas para o seu laboratório<br />

A MGI oferece o pacote completo para projetos genômicos:<br />

do preparo da amostra à análise de dados.<br />

Somando o sequenciador DNBSEQ-T7 com a automação e<br />

produtos de bioinformática da MGI você garante qualidade,<br />

praticidade e agilidade para a sua rotina laboratorial.<br />

24h<br />

Velocidade<br />

Da amostra ao FastQ em 72 horas<br />

Flexibilidade<br />

4 flow cells independentes<br />

Alto rendimento<br />

Sequencia 6T por dia<br />

Pacote completo<br />

Preparo das<br />

amsotras<br />

Sequenciamento<br />

de alto rendimento<br />

Análise<br />

bioinformática<br />

Série MGISP para automação DNBSEQ-T7 & MGIDLT7 ZTRON &<br />

A série MGI engloba os robôs<br />

MGISP-100, MGISP-960 e<br />

MGISP-SMART8, capazes de extrair<br />

ácidos nucleicos e preparar<br />

bibliotecas, podendo cobrir<br />

rendimentos de 1 a 96 amostras<br />

por execussão e se adaptando à<br />

demanda do seu laboratório.<br />

O DNBSEQ-T7 gera até 6T de dados<br />

por dia, ideal para projetos<br />

genômicos. Ele incorpora a tecnologia<br />

DNBSEQTM, que traz mais eficiência<br />

para os sistemas bioquímicos, fluidos<br />

e ópticos. O sequenciaador é<br />

acompanhado do loader MGIDL-T7<br />

que carrega as DNBs de forma<br />

uniforme nas flow cells.<br />

O ZTRON fornece pacotes de<br />

armazenamento e computação<br />

para turbinar o processamento de<br />

dados. Ele vem acompanhado do<br />

MegaBOLT, nosso acelerador de<br />

processamento de dados de alto<br />

desempenho, capaz de processar<br />

30X WGS em 0,5 h.<br />

Liderando a Inovação em Ciências da Vida<br />

en.mgi-tech.com<br />

Fale com um dos<br />

nossos representantes


ANÁLISES CLÍNICAS<br />

A mudança do seu nome<br />

aconteceu por que foi<br />

identificado que ela catalisa,<br />

primariamente, a<br />

transferência de um grupo<br />

amina da ALANINA<br />

para o 2-OXOGLUTARA-<br />

TO, e não do piruvato<br />

para o glutamato.<br />

Apesar dessas mudanças,<br />

os termos antigos<br />

ainda constam nas listas<br />

de nomenclaturas sinônimas<br />

dessas enzimas.<br />

“Ah, Brunno, então<br />

é errado falar TGO e<br />

TGP?”<br />

Não é errado, por enquanto.<br />

Mas, também, não é o<br />

mais adequado. Na prática<br />

clínica nada muda.<br />

Mudanças em nomenclaturas<br />

médicas/científicas<br />

podem demorar muito<br />

para serem incorporadas<br />

na linguagem.<br />

Nesses casos, há um<br />

momento em que os dois<br />

termos são utilizados, até<br />

que o novo sobreponha<br />

o velho.<br />

No caso dessas transaminases,<br />

a mudança no<br />

Brasil está demorando a<br />

“pegar”. Os nomes TGO<br />

e TGP ainda são muito<br />

difundidos entre os profissionais<br />

de saúde.<br />

Fora daqui a mudança já<br />

foi bem incorporada e o<br />

nomes mais comumente<br />

utilizados são AST e ALT.<br />

Função enzimática<br />

As transaminases são<br />

enzimas da classe das<br />

transferases.<br />

Essa classe corresponde<br />

a enzimas que fazem<br />

a transferência de um<br />

grupo (ex.: metil) de<br />

uma molécula (doadora)<br />

para outra molécula<br />

(receptora).<br />

Especificamente, as transaminases<br />

realizam uma<br />

reação chamada de transaminação,<br />

ou seja, transferem<br />

um grupo amina<br />

de um aminoácido para<br />

um cetoácido.<br />

Aspartato transferase<br />

(AST)<br />

Como dito anteriormente,<br />

a AST faz a transferência<br />

de um grupo amina<br />

do aminoácido aspartato<br />

para o cetoácido<br />

2-oxoglutarato.<br />

Como produto dessa<br />

reação, tem-se a formação<br />

de oxaloacetato e<br />

glutamato.<br />

A conversão do aspartato<br />

para oxaloacetato<br />

é muito importante,<br />

pois ele é precursor de<br />

muitos outros aminoácidos,<br />

como asparagina,<br />

metionina, treonina<br />

e isoleucina.<br />

90 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


Essa conversão também<br />

é importante na regulação<br />

da gliconeogênese<br />

(produção de glicose a<br />

partir de outras fontes,<br />

como os aminoácidos).<br />

Por fim, essa reação também<br />

está relacionada à<br />

produção de energia, já<br />

que é uma das etapas<br />

do ciclo do ácido cítrico<br />

(ciclo de Krebs).<br />

Alanina Transaminase<br />

(ALT)<br />

De modo semelhante, a<br />

ALT faz a transferência de<br />

um grupo amina do aminoácido<br />

alanina para o<br />

cetoácido 2-oxoglutarato.<br />

Como produto dessa reação,<br />

tem-se a formação<br />

de piruvato e glutamato.<br />

A ALT também atua na<br />

gliconeogênese, por<br />

meio da conversão de<br />

piruvato para alanina,<br />

que pode ser transportada<br />

para o fígado e convertida<br />

novamente em<br />

piruvato e então em glicose.<br />

O piruvato é muito<br />

importante no metabolismo<br />

da glicose.<br />

Outra função importante<br />

da ALT, encontrada primariamente<br />

no fígado, é<br />

a produção de glutamato.<br />

O glutamato é um aminoácido<br />

intermediário na<br />

excreção de amônia, que<br />

passa por uma reação de<br />

deaminação (remoção de<br />

grupos amina).<br />

Então, podemos dizer<br />

que a ALT participa da<br />

conversão hepática de<br />

amônia (tóxica) em ureia<br />

(menos tóxica).<br />

ANÁLISES CLÍNICAS<br />

Referências<br />

Enzime Classification (EC) Protein Data Bank<br />

(PDB). Enzyme Structures Database.<br />

Moriles KE, Azer SA. Alanine Amino Transferase.<br />

[Updated 2022 Nov 2]. In: StatPearls<br />

[Internet]. Treasure Island (FL): StatPearls<br />

Publishing; 2022 Jan-.<br />

Lala V, Zubair M, Minter DA. Liver Function<br />

Tests. [Updated 2022 Oct 5]. In: StatPearls<br />

[Internet]. Treasure Island (FL): StatPearls<br />

Publishing; 2022 Jan-.<br />

Autor:<br />

Brunno Câmara<br />

Biomédico, CRBM-GO 5596, habilitado em patologia clínica e hematologia. Docente do Ensino Superior. Especialista em Hematologia e Hemoterapia pelo programa de<br />

Residência Multiprofissional do Hospital das Clínicas - UFG (HC-UFG). Mestre em Biologia da Relação Parasito-Hospedeiro (imunologia, parasitologia e microbiologia /<br />

experiência com biologia molecular e virologia). Criador e administrador do blog Biomedicina Padrão. Criador e integrante do podcast Biomedcast.<br />

Contato: @biomedicinapadrao<br />

FONTE: BIOMEDICINA PADRÃO<br />

https://www.biomedicinapadrao.com.br/2023/03/por-que-as-enzimas-tgo-e-tgp-tiveram.html<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

91


NEUROCIÊNCIA EM FOCO<br />

A BANALIZAÇÃO DO TDAH<br />

E A CONFUSÃO NO DIAGNÓSTICO DE PESSOAS COM<br />

DISTÚRBIO DAS REDES SOCIAIS<br />

Por Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues<br />

Cada vez mais uma série<br />

de condições mentais<br />

têm se tornado mais presentes<br />

e os prejuízos à<br />

saúde mental são bastante<br />

frequentes. TDAH,<br />

TOC, ansiedade, entre<br />

outras, têm se tornado<br />

comuns, no entanto, com<br />

isso surgiu um movimento<br />

de banalização dessas<br />

condições, em especial<br />

do TDAH, o que cria confusões<br />

em diagnósticos.<br />

Os sintomas de TDAH são<br />

bem delimitados, como<br />

a dificuldade de se ater<br />

a detalhes e manter a<br />

atenção em determinadas<br />

informações, apatia<br />

a algumas situações,<br />

dificuldade em finalizar<br />

tarefas, em se organizar,<br />

realizar planejamentos,<br />

seguir instruções e facilidade<br />

para perder coisas,<br />

mas apesar de estarem<br />

bem estabelecidos, eles<br />

são comumente associados<br />

a comportamentos<br />

comuns do dia a dia,<br />

pequenos esquecimentos<br />

ou desatenções absolutamente<br />

normais são<br />

tidas como provas cabais<br />

da condição.<br />

Esse tipo de banalização<br />

está intrinsecamente ligada<br />

à cultura das redes<br />

sociais, excesso de informações<br />

e o organismo<br />

“viciado” em dopamina<br />

que tem cada vez mais<br />

necessidade da substância,<br />

o que faz com que o<br />

indivíduo encontre no<br />

diagnóstico de TDAH uma<br />

alternativa para suprir<br />

essas necessidades e compreender<br />

as limitações trazidas<br />

por essas alterações<br />

da sociedade.<br />

O que é o TDAH - Transtorno<br />

de Déficit de Atenção<br />

e Hiperatividade?<br />

O Transtorno do Déficit<br />

de Atenção e Hiperatividade<br />

(TDAH) é uma condição<br />

neurobiológica que<br />

afeta o desenvolvimento,<br />

ela está associada a disfunções<br />

nas vias dopaminérgicas<br />

do cérebro, bem<br />

como a um corpo caloso<br />

com espessura reduzida.<br />

Os principais aspectos<br />

do TDAH incluem dificuldade<br />

em manter a<br />

atenção focada, hiperatividade<br />

e impulsividade,<br />

embora o portador<br />

92 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


NEUROCIÊNCIA EM FOCO<br />

de TDAH possa prestar<br />

atenção em múltiplos<br />

tivo e psicoterapia, a fim<br />

de estabelecer uma rotina<br />

O TDAH não possui uma<br />

causa única específica,<br />

estímulos, ele encontra<br />

criativa e auxiliar o indiví-<br />

mas evidências sugerem<br />

dificuldade em selecio-<br />

duo a lidar com os sinto-<br />

a presença frequente de<br />

nar e manter o foco em<br />

mas do transtorno.<br />

fatores genéticos heredi-<br />

uma tarefa específica.<br />

tários, pesquisas indicam<br />

Também pode apresen-<br />

Embora uma pessoa<br />

que o TDAH pode envol-<br />

tar dificuldade em se<br />

com TDAH possa apren-<br />

ver anomalias nos neu-<br />

engajar completamente<br />

der a gerenciar o trans-<br />

rotransmissores, que são<br />

em uma atividade e ten-<br />

torno e reduzir seus sin-<br />

substâncias<br />

responsá-<br />

de a abandonar aquilo<br />

tomas, na idade adulta<br />

veis por transmitir impul-<br />

que não lhe proporciona<br />

ela ainda será portadora<br />

sos nervosos no cérebro,<br />

prazer, esses sintomas<br />

da condição.<br />

além disso, diversos fato-<br />

tendem a se manifes-<br />

res de risco foram identi-<br />

tar durante a infância,<br />

Além disso, atualmente,<br />

ficados, como baixo peso<br />

especialmente durante<br />

devido ao aumento do<br />

ao nascer, traumatismo<br />

o processo de alfabeti-<br />

uso excessivo de telas<br />

craniano, infecção cere-<br />

zação, quando a crian-<br />

e redes sociais, muitas<br />

bral, deficiência de fer-<br />

ça precisa desenvolver<br />

pessoas estão atribuin-<br />

ro, apneia obstrutiva do<br />

habilidades sociais além<br />

do características com-<br />

sono e exposição a subs-<br />

do aprendizado escolar.<br />

portamentais aos traços<br />

tâncias como chumbo,<br />

do TDAH, realizando<br />

álcool, tabaco ou coca-<br />

Apenas a medicação não é<br />

autodiagnósticos<br />

para<br />

ína durante a gestação,<br />

capaz de ensinar compor-<br />

justificar a falta de esfor-<br />

ele também está asso-<br />

tamentos, mas em alguns<br />

ço ou recebendo diag-<br />

ciado a eventos traumá-<br />

casos, pode-se combinar<br />

nósticos<br />

equivocados<br />

ticos durante a infância,<br />

o uso de medicamentos<br />

por parte de profissio-<br />

como violência, abuso<br />

com treinamento cogni-<br />

nais pouco preparados.<br />

ou negligência.<br />

94 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


Seu diagnóstico é realizado<br />

clinicamente, por<br />

meio de uma abordagem<br />

que envolve avaliações<br />

médicas, educacionais e<br />

psicológicas, é necessário<br />

o trabalho de uma equipe<br />

multidisciplinar em<br />

conjunto com os pais da<br />

criança, buscando identificar<br />

a coerência entre os<br />

comportamentos observados<br />

e os sintomas<br />

característicos do TDAH.<br />

Embora os sinais que o<br />

indicam possam estar<br />

presentes em diferentes<br />

graus em qualquer indivíduo,<br />

especialmente em<br />

crianças, é importante<br />

reforçar que no caso das<br />

pessoas com o transtorno,<br />

esses sinais manifestam-<br />

-se de forma simultânea<br />

e consistente, portanto,<br />

para um diagnóstico preciso<br />

e assertivo do TDAH,<br />

é fundamental realizar<br />

uma avaliação detalhada<br />

em vários aspectos da<br />

vida da criança.<br />

Impacto de mudanças<br />

na sociedade e efeito<br />

das redes sociais no<br />

TDAH<br />

Os casos de Transtorno<br />

do Déficit de Atenção e<br />

Hiperatividade (TDAH)<br />

têm apresentado um<br />

aumento significativo em<br />

todo o mundo, estudos<br />

já apontam que a predisposição<br />

genética desempenhe<br />

um papel fundamental,<br />

envolvendo a<br />

presença de variantes<br />

de nucleotídeos únicos<br />

e mutações que podem<br />

ser hereditárias ou surgir<br />

durante o desenvolvimento<br />

embrionário.<br />

Além dos fatores genéticos,<br />

o ambiente também<br />

exerce uma importante<br />

influência no espectro do<br />

TDAH, o aumento de casos<br />

pode estar relacionado<br />

às mudanças ambientais<br />

decorrentes do avanço<br />

tecnológico e exposição a<br />

substâncias nocivas.<br />

É essencial considerar<br />

que o adiamento da idade<br />

para a maternidade e<br />

paternidade, que tem se<br />

mostrado um movimento<br />

cada vez mais forte,<br />

também pode contribuir,<br />

uma vez que os espermatozoides<br />

são produzidos<br />

ao longo da vida masculina,<br />

e essa produção contínua<br />

pode resultar em<br />

mutações genéticas.<br />

A cultura das redes<br />

sociais é outro fator<br />

importante que está<br />

moldando o cérebro,<br />

devido ao excesso de<br />

informação e necessidade<br />

maior de mais liberação<br />

de dopamina devido<br />

ao ciclo da recompensa<br />

exacerbado propositado<br />

pelas redes sociais, o<br />

cérebro é treinado a precisar<br />

desempenhar múltiplas<br />

atenções e, ele não<br />

é preparado para isso.<br />

NEUROCIÊNCIA EM FOCO<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

95


NEUROCIÊNCIA EM FOCO<br />

Essa cultura está gerando<br />

uma série de transtornos<br />

O cérebro de um paciente<br />

com TDAH<br />

sos e tomar decisões<br />

adequadas, além disso,<br />

que se enquadram na<br />

No cérebro de pacientes<br />

o córtex cingulado ante-<br />

personalidade dramática,<br />

com Transtorno do Défi-<br />

rior também desempe-<br />

como histriônico, narci-<br />

cit de Atenção e Hipera-<br />

nha um papel importan-<br />

sismo, borderline, socio-<br />

tividade (TDAH), ocorrem<br />

te no controle cognitivo<br />

patia, entre outros, o que<br />

diferenças<br />

significativas<br />

e emocional, em indi-<br />

gera sintomas, como<br />

nas áreas responsáveis<br />

víduos com TDAH, essa<br />

dificuldade no foco aten-<br />

pelo controle da atenção,<br />

região pode apresentar<br />

cional, que comumente<br />

regulação do comporta-<br />

anormalidades,<br />

afetan-<br />

são justificados através<br />

mento e inibição de res-<br />

do a capacidade de sele-<br />

do auto diagnóstico de<br />

postas impulsivas, elas se<br />

cionar e priorizar infor-<br />

TDAH, usado como uma<br />

envolvem principalmen-<br />

mações relevantes.<br />

forma de vitimismo,<br />

te o córtex pré-frontal, o<br />

impedindo que a real raiz<br />

córtex cingulado anterior<br />

O corpo estriado, uma<br />

do problema seja tratada.<br />

e o corpo estriado.<br />

estrutura envolvida na<br />

modulação da atenção e<br />

A impulsividade e a<br />

No córtex pré-frontal,<br />

do movimento, também<br />

hiperatividade<br />

tam-<br />

que desempenha um<br />

pode estar relacionado<br />

bém fazem parte dessas<br />

papel crucial no controle<br />

ao TDAH, alguns estu-<br />

consequências, já que,<br />

executivo e na regulação<br />

dos sugerem que pesso-<br />

o ciclo da recompensa<br />

do comportamento, há<br />

as com TDAH podem ter<br />

contribui para o aumen-<br />

evidências de menor ati-<br />

níveis reduzidos de dopa-<br />

to da ansiedade e libe-<br />

vidade e menor volume<br />

mina, um neurotrans-<br />

ração de hormônios que<br />

em pessoas com TDAH,<br />

missor importante para<br />

causam<br />

impulsividade<br />

o que pode resultar em<br />

a regulação do humor e<br />

assim como a mudança<br />

dificuldades para manter<br />

da motivação, afetando a<br />

neuroanatômica.<br />

o foco, controlar impul-<br />

função do corpo estriado.<br />

96 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


NEUROCIÊNCIA EM FOCO<br />

No entanto, é importante<br />

ressaltar que o TDAH<br />

é um transtorno complexo<br />

e que a compreensão<br />

exata das alterações<br />

cerebrais ainda não está<br />

totalmente elucidada, a<br />

interação entre fatores<br />

genéticos, ambientais e<br />

neurobiológicos contribui<br />

para o desenvolvimento<br />

e manifestação<br />

do TDAH.<br />

Nosso cérebro nosso<br />

processo evolutivo<br />

ocorre de forma mais<br />

lenta que a tecnologia,<br />

são necessários milhares<br />

de anos para essa adaptação,<br />

e toda adaptação<br />

deve considerar o instinto<br />

de sobrevivência,<br />

pois a morte é real e não<br />

virtual, mas atualmente,<br />

em um contexto totalmente<br />

diferente, nosso<br />

de foco e atenção, hiperatividade,<br />

entre outros,<br />

o que faz com que eles<br />

sejam facilmente confundidos<br />

com TDAH, o que<br />

complexifica e confunde<br />

o diagnóstico e tratamento<br />

da condição.<br />

Esse diagnóstico equivocado<br />

gera uma banalização<br />

da condição,<br />

associando-a a aconteci-<br />

Banalização dos sintomas<br />

de TDAH<br />

As redes sociais ganharam<br />

um grande destaque<br />

nos últimos anos e<br />

passaram a ocupar várias<br />

horas do dia, o que gerou<br />

impactos ao cérebro dos<br />

usuários e desencadeou<br />

cérebro não consegue<br />

acompanhar adequadamente<br />

essas inovações,<br />

fazendo com que haja<br />

desequilíbrios.<br />

Esses desequilíbrios<br />

podem gerar diversos sintomas<br />

como ansiedade,<br />

mentos comuns e, muitas<br />

vezes, associados a outras<br />

realidades, o que pressiona<br />

para baixo o grau do<br />

que é considerado normal,<br />

o que é perigoso e<br />

inviabiliza o diagnóstico<br />

e tratamento adequado<br />

para quem realmente<br />

uma série de condições.<br />

depressão,<br />

dificuldade<br />

possui a condição.<br />

Autor:<br />

Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues<br />

www.deabreu.pt - www.pressmf.global - Instagram @fabianodeabreuoficial<br />

Pós-doutor e PhD em neurociências eleito membro da Sigma Xi, The Scientific Research Honor Society (Mais de 200 membros da Sigma Xi receberam o Prêmio Nobel), Membro da Society for<br />

Neuroscience (USA), Membro da Royal Society of Biology no Reino Unido e da APA - American Philosophical Association (USA), Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também<br />

Tecnólogo em Antropologia e filosofia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. Pesquisador e especialista em Nutrigenética e Genômica.<br />

98 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


MICRORGANISMOS E SAÚDE<br />

HISTOPLASMOSE EM PESSOAS VIVENDO<br />

COM HIV(PVHIV):<br />

DIAGNÓSTICO E PROTOCOLO TERAPÊUTICO.<br />

Por Gleiciere Maia Silva<br />

A Histoplasmose é uma<br />

micose sistêmica causada<br />

por um fungo dimórfico,<br />

Histoplasma capsulatum.<br />

O agente etiológico possui<br />

variedades que são:<br />

Histoplasma capsulatum<br />

var capsulatum e Histoplasma<br />

capsulatum var<br />

duboisii. A aquisição da<br />

micose está na inalação<br />

de esporos concentrados<br />

em uma ampla variedade<br />

de locais, mas frequentes<br />

em fezes de alguns pássaros,<br />

morcegos e afins.<br />

Apesar da clínica desta<br />

micose, ser em sua maioria,<br />

uma doença branda<br />

ou assintomática, pode<br />

causar quadros respiratórios<br />

graves, que podem<br />

evoluir para insuficiência<br />

respiratória, ou de doença<br />

disseminada, dependendo<br />

principalmente<br />

do status imunológico<br />

do indivíduo acometido.<br />

Por isso, é de extrema<br />

importância que profissionais<br />

da área da saúde<br />

que atendam pessoas<br />

com alteração na imunidade<br />

celular, tais como<br />

pessoas vivendo com HIV<br />

(PVHIV), tenha conhecimento<br />

sobre as características<br />

desta patologia<br />

(Brilhante, 2012).<br />

Pessoas com células<br />

TCD4+ > 300 células/<br />

mm3 geralmente apresentam<br />

manifestações<br />

limitadas ao aparelho<br />

respiratório. Imunodeprimidos<br />

graves (TCD4+ <<br />

150 células/mm3) apresentam<br />

risco mais elevado<br />

para histoplasmose<br />

disseminada, sendo os<br />

principais sinais e sintomas<br />

dessa forma clínica:<br />

febre, perda de peso,<br />

hepatoesplenomegalia,<br />

linfadenomegalia, alterações<br />

pulmonares e lesões<br />

mucocutâneas numerosas,<br />

que se iniciam como<br />

pápulas, progredindo<br />

para pequenos nódulos<br />

umbilicados e úlceras.<br />

O achado de pancitopenia<br />

é frequente, sendo<br />

menos comum o comprometimento<br />

osteoarticular,<br />

gastrintestinal e do<br />

sistema nervoso central<br />

(BRASIL, 2013).<br />

Em doentes com AIDS, o<br />

monitoramento a fim de<br />

diagnosticar esta doença,<br />

ocorre, principalmente,<br />

Figura 1: Células de Histoplasma capsulatum. Fonte: Oliveira, 2017<br />

100 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


quando a contagem de<br />

células TCD4+ é inferior<br />

a 50 células/mm3. Nesses<br />

casos, essa micose pode<br />

ser grave e, sem tratamento<br />

adequado, pode<br />

levar o paciente ao óbito<br />

(GON A.S et al., 1992;<br />

GBD, 2019).<br />

Se considerarmos que<br />

esta doença tem apresentação<br />

clínica semelhante<br />

à tuberculose e que<br />

ambas são comumente<br />

confundidas, é possível<br />

que em pessoas com<br />

HIV, mesmo sem graus<br />

avançados de imunossupressão,<br />

tenhamos uma<br />

presença significativa<br />

desta doença. Por isso,<br />

o recomendado é que<br />

aja uma investigação<br />

de Histoplasmose em<br />

PVHIV sobre os quais<br />

existem a suspeita de<br />

tuberculose (Siqueira,<br />

2017; Mendes, 2018).<br />

O diagnóstico laboratorial<br />

é o padrão ouro,<br />

e deverá ser realizado<br />

por meio de cultura de<br />

amostras biológicas, nas<br />

quais, serão observadas<br />

três diferentes formas de<br />

cultivo, conforme ilustraremos<br />

na figura abaixo:<br />

(A) Fase leveduriforme,<br />

(B) Fase de transição, (C)<br />

Fase filamentosa. Outras<br />

alternativas de diagnóstico<br />

são as reações<br />

sorológicas empregadas<br />

para a determinação de<br />

anticorpos específicos,<br />

como a imunodifusão<br />

em gel, a contraimunoeletroforese<br />

e a fixação<br />

de complemento. A<br />

detecção do antígeno<br />

polissacarídeo do agente<br />

na urina ou no soro<br />

por radioimunoensaio é<br />

um método rápido e sensível<br />

para o diagnóstico.<br />

A escolha do regime terapêutico<br />

deve ser orientada<br />

pela gravidade clínica.<br />

Assim, para fins de escolha<br />

do tratamento, classificam-se<br />

as formas clínicas<br />

em leve a moderada<br />

ou moderada a grave. A<br />

forma moderada a grave,<br />

caracteriza por presença<br />

de sinais indicativos<br />

de doença disseminada,<br />

tais como pancitopenia e<br />

instabilidade clínica, bem<br />

como comprometimento<br />

do SNC, disfunções orgânicas,<br />

incluindo insuficiência<br />

respiratória (Brasil,<br />

2013). Conforme recomendações<br />

o tratamento<br />

deverá ser realizado da<br />

seguinte maneira:<br />

Forma moderada a<br />

grave<br />

1. Tratamento inicial<br />

(pelo menos duas semanas):<br />

anfotericina B desoxicolato<br />

0,7 a 1 mg/kg/<br />

dia (totalizando cerca de<br />

35 mg/kg de peso).<br />

2. Consolidação (por pelo<br />

menos 12 meses): itraconazol<br />

200 mg duas vezes<br />

ao dia. Após 12 meses de<br />

consolidação, deve-se<br />

considerar mudança para<br />

a fase de manutenção<br />

(profilaxia secundária)<br />

em pacientes com cura<br />

clínica e sem sinais radiológicos<br />

e sorológicos de<br />

doença ativa.


MICRORGANISMOS E SAÚDE<br />

3. Manutenção (tempo<br />

indeterminado): itraconazol<br />

200 mg/dia. Considerar<br />

a suspensão após<br />

o período mínimo de um<br />

ano de tratamento de<br />

manutenção, ausência<br />

de sintomas e LT-CD4+ ><br />

150 células/mm3, estável<br />

por mais de seis meses.<br />

A forma leve a moderada<br />

(não meníngea),<br />

consiste em:<br />

1. Tratamento inicial<br />

(até melhora clínica):<br />

itraconazol 200 mg três<br />

vezes ao dia;<br />

2. Consolidação (por pelo<br />

menos 12 meses): itraconazol<br />

200 mg duas vezes<br />

ao dia;<br />

3. Manutenção (tempo<br />

indeterminado): itraconazol<br />

200 mg/dia. Considerar<br />

a suspensão após<br />

um tempo mínimo de<br />

um ano de tratamento de<br />

manutenção, a ausência<br />

de sintomas e LT-CD4+ ><br />

150 células/mm3, estável<br />

por mais de seis meses.<br />

Nos casos de formas leves<br />

a moderadas, o fluconazol<br />

pode ser considerado<br />

uma alternativa para tratamento<br />

inicial e/ou consolidação,<br />

devendo ser<br />

administrado em dose de<br />

600 mg/dia inicialmente e<br />

400 mg/dia após melhora<br />

clínica (BRASIL, 2013).<br />

A Histoplasmose é uma<br />

doença ainda bastante<br />

comum, porém o seu<br />

quadro clínico inespecífico<br />

que acontecem em<br />

pessoas com grau avançado<br />

de imunossupressão.<br />

Dessa forma, são<br />

responsáveis por morbimortalidade<br />

significativa<br />

em PVHIV. Nestes pacientes<br />

a profilaxia está relacionada<br />

a redução da<br />

carga viral e incremento<br />

dos linfócitos CTD4,<br />

relacionados ao uso da<br />

TARV (terapia antirretroviral),<br />

reduzindo inclusive<br />

menos complicações<br />

clínicas. Desta maneira,<br />

o desenvolvimento e disseminação<br />

de recursos<br />

diagnósticos mais facilmente<br />

acessíveis a sociedade<br />

é fundamental para<br />

poder reduzir a elevada<br />

morbimortalidade associada<br />

com essa micose.<br />

Referências:<br />

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância<br />

em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica.<br />

Doenças infecciosas e parasitárias: guia de<br />

bolso / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância<br />

em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica.<br />

– 8. ed. rev. – Brasília: Ministério da Saúde, 2010.<br />

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância<br />

em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica<br />

Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para<br />

manejo da infecção pelo HIV em adultos. – Brasília:<br />

Ministério da Saúde, 2013.<br />

BRILHANTE, R. S. N.; FECHINE, M. A. B.; MESQUITA, J.<br />

R. L.; CORDEIRO, R. A.; ROCHA, M. F. G.; MONTEIRO, A.<br />

J.; LIMA, R. A. C.; CAETANO, É. P.; PEREIRA, J. F.; CAS-<br />

TELO-BRANCO, D. S. C. M.; CAMARGO, Z. P.; SIDRIM,<br />

J. J. C. Histoplasmosis in HIV-positive patients in<br />

Ceará, Brazil: Clinical-laboratory aspects and in vitro<br />

antifungal susceptibility of Histoplasma capsulatum<br />

isolates. Transactions of the Royal Society of Tropical<br />

Medicine and Hygiene, v. 106, n. 8, p. 484–488, 2012.<br />

FERREIRA. M. S. BORGES A. S. Histoplasmose. Rev. Soc.<br />

Bras. Med. Trop. vol.42 no.2 Uberaba Mar./Apr. 2009.<br />

GBD. HIV collaborators. Global, regional, and national<br />

incidence, prevalence, and mortality of HIV,<br />

1980–2017, and forecasts to 2030, for 195 countries<br />

and territories: a systematic analysis for the Global<br />

Burden of Diseases, Injuries, and Risk Factors Study<br />

2017. Lancet HIV. Aug 19. pii: S2352-3018(19) 30196-<br />

1.doi: 10.1016/S2352-3018(19)30196- 1, 2019.<br />

GON AS, FRANCO C, MAIA IL, RODRIGUES VSM, POZ-<br />

ZETI EMO, ANTÔNIO JR. Histoplasmose cutânea na<br />

síndrome de imunodeficiência adquirida - relato de<br />

4 casos. An Bras Dermatol;67: 221-6. 1992.<br />

MENDES. ISABEL CRISTINA MENDES. Histoplasmose<br />

pode ser tão mortal quanto tuberculose em pessoas<br />

com HIV. 2018<br />

SIQUEIRA. T. M. Epidemiologia da Histoplasmose em<br />

pessoas vivendo com HIV na região metropolitana<br />

de Porto Alegre. Sefic unilasalle, 2017.<br />

Autora:<br />

Gleiciere Maia Silva<br />

Biomédica, Doutora em Medicina Tropical/UFPE com linha de pesquisa em doenças infecto-parasitarias. Sua pesquisa envolveu com Infecções<br />

Fúngicas Invasivas em PVHIV (pessoas vivendo com HIV/AIDS) através da realização do diagnóstico pela técnica de Espectrometria de Massa<br />

(MALDI TOF MS), sensibilidade antifúngica e caracterização de biofilme dos isolados. É Mestre em Biologia de Fungos, especialista em Micologia<br />

pela Universidade Federal de Pernambuco. Além de uma vasta experiência como biomédica no campo laboratorial atuando na realização do<br />

diagnóstico micológico de micoses superficiais, invasivas e oportunistas. Atua em paralelo como docente de magistrado superior dos cursos de<br />

biomedicina, farmácia, nutrição e fisioterapia.<br />

102 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


AUDITORIA E QUALIDADE<br />

COMO GARANTIR UM RESULTADO SEGURO?<br />

O PAPEL DO CONTROLE INTERNO DA QUALIDADE<br />

Por Waldirene Nicioli<br />

Sabemos que a importância<br />

do laboratório vai<br />

muito além de apenas<br />

fazer exames. O resultado<br />

de um teste pode ser<br />

decisivo para a vida de<br />

uma pessoa.<br />

Pare e reflita na quantidade<br />

de processos que<br />

acontecem de forma<br />

simultânea: coleta de<br />

amostras, interação com<br />

os pacientes, processamento,<br />

análises e muito<br />

mais! Como garantir que<br />

tudo isso está operando<br />

de maneira adequada?<br />

É preciso adotar estratégias<br />

para assegurar a<br />

qualidade do serviço, e<br />

garantir resultados precisos<br />

e confiáveis.<br />

De forma geral, o Controle<br />

Interno de Qualidade<br />

– CIQ visa a monitorar<br />

o desempenho<br />

ajudando a identificar<br />

possíveis erros e, consequentemente,<br />

permite<br />

a elaboração de ações<br />

corretivas e preventivas.<br />

Claro, o maior beneficiado<br />

é o paciente, mas<br />

o laboratório eleva seu<br />

patamar de atuação e<br />

faz crescer o orgulho e a<br />

satisfação nos profissionais<br />

que prestam o serviço,<br />

pois há confiança<br />

na execução e liberação<br />

dos exames. Além do<br />

que, a realização do CIQ<br />

é obrigatória pela RDC<br />

786/2023, vigente a partir<br />

de agosto, que dispõe<br />

sobre os requisitos<br />

técnico-sanitários para<br />

o funcionamento de<br />

Laboratórios Clínicos.<br />

O monitoramento dos<br />

erros presentes no processo<br />

analítico, são<br />

104 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


AUDITORIA E QUALIDADE<br />

potencializados quando<br />

utilizadas duas ferramentas<br />

em conjunto: o<br />

Controle Interno e Controle<br />

Externo, onde cada<br />

uma possui afinidade<br />

maior para detecção de<br />

diferentes erros.<br />

O laboratório consegue<br />

mensurar o Erro Aleatório<br />

do seu processo, com<br />

o controle interno. Já<br />

com a aplicação do controle<br />

externo, é possível<br />

estimar o Erro Sistemático.<br />

O erro aleatório atrelado<br />

a um fator de confiança<br />

e somado ao erro<br />

sistemático representa o<br />

erro total de determinado<br />

exame.<br />

Com base nessa informação<br />

o laboratório<br />

consegue comparar com<br />

as diferentes referências<br />

que existem (Variação<br />

Biológica, Rilibak, CLIA,<br />

RCPA, por exemplo) e<br />

definir o tamanho dos<br />

erros que serão admissíveis<br />

na rotina, como erro<br />

total permitido, erro aleatório<br />

permitido e erro<br />

sistemático permitido.<br />

O laboratório passa a<br />

conhecer e dimensionar<br />

os seus erros relacionando<br />

os dados<br />

gerados com o uso do<br />

controle interno com os<br />

dados gerados no controle<br />

externo, ficando<br />

assim, mais fácil definir<br />

metas de melhoria<br />

e estratégias para o<br />

acompanhamento.<br />

A escolha dos controles<br />

deve ser por materiais<br />

com características próximas<br />

às amostras biológicas,<br />

e deve haver<br />

um planejamento do<br />

uso de controles com<br />

o mesmo lote por pelo<br />

menos 6 meses. Esse<br />

é um ponto bastante<br />

importante, pois ao se<br />

utilizar o mesmo controle<br />

por longo período,<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

105


LABORATÓRIO<br />

MASTELLINI<br />

Desde quando começamos, nosso pensamento<br />

sempre foi olhar para o futuro. Crescemos<br />

muito e está em nossos planos continuar dessa<br />

forma e quando atingimos um nível onde a<br />

expansão passou a nos permitir ser apoio de<br />

outros laboratórios menores, levando a<br />

qualidade, agilidade e eficiência Mastellini para<br />

eles, nós avançamos na ideia.<br />

Hoje nossos parceiros contam com um<br />

processamento em 24h e resultados confiáveis,<br />

o que proporciona a entrega de ainda mais<br />

excelência para seus pacientes. Para nós é um<br />

imenso prazer avançar mais uma vez e ser<br />

destaque no cenário de Análises Clínicas.<br />

JADER MASTELLINI,<br />

PRESIDENTE E FOUNDER DO GRUPO MASTELLINI<br />

SEJA NOSSO PARCEIRO:<br />

(18) 99735-5652 | (18) 3928-4938<br />

@LABORATORIOMASTELLINI<br />

www.laboratoriomastellini.com.br


JOISE MASTELLINI - CEO


Protagonista quando o assunto é cuidado e expansão, o<br />

Mastellini que já conta com 15 unidades, espalhadas entre o<br />

estado de São Paulo e o Mato Grosso do Sul, mais uma vez<br />

atuou de maneira visionária e dinâmica, colocando-se como<br />

laboratório de apoio no ramo de análises clínicas.<br />

Em meio a um cenário de constantes avanços tecnológicos e descobertas<br />

científicas, os laboratórios de análises clínicas assumem um papel fundamental<br />

no diagnóstico, monitoramento e tratamento de doenças, o que resulta na<br />

visão entre um olhar para o futuro e também para o próximo, desempenhando<br />

um papel crucial na área da saúde. E foi essa união, que levou o Grupo Mastellini<br />

a se tornar a rede que mais cresce no Oeste Paulista, possuindo o Maior<br />

Núcleo Técnico da região.<br />

A caminhada até hoje foi cultivando inúmeros aprendizados, entre eles, o de<br />

que ninguém faz nada sozinho. Em resposta desse pensamento, hoje o Laboratório<br />

se tornou apoio para outros pontos de saúde, como hospitais de<br />

grande porte, hospitais 24hr, hospitais particulares, além de outros laboratórios<br />

e clínicas.


O maior Núcleo Técnico Operacional do Oeste Paulista<br />

Recentemente inaugurado, o NTO, que é o maior na região, possui uma ampla<br />

capacidade de processamento por minuto, menu com mais de 8 mil exames<br />

disponíveis, rastreabilidade total das amostras, resultados precisos, agilidade<br />

em prazos de liberação e laudos personalizados, o que dá ao Grupo a possibilidade<br />

de oferecer serviços essenciais e também se torna um apoio valioso<br />

aos demais que são do ramo.<br />

Esse modelo de cooperação, oferece terceirização completa dos exames, o<br />

que garante resultados confiáveis, precisos e rápidos. Os parceiros Mastellini<br />

vão de encontro a redução de custos, agilidade, eficiência, sem comprometer<br />

a sua qualidade, uma iniciativa que caminha para um futuro crescente de<br />

êxito.<br />

Tem interesse em ser parceiro do Laboratório que mais cresce na região?<br />

SEJA NOSSO PARCEIRO:<br />

(18) 99735-5652 | (18) 3928-4938<br />

@LABORATORIOMASTELLINI<br />

www.laboratoriomastellini.com.br


AUDITORIA E QUALIDADE<br />

é possível eliminar essa<br />

estipulados pelos fabri-<br />

prio processo de exe-<br />

variável, o que auxilia na<br />

cantes são compostos<br />

cução do exame, pro-<br />

identificação de forma<br />

por diversos resultados<br />

fissionais envolvidos na<br />

mais rápida, quando os<br />

oriundos de rotinas dife-<br />

atividade,<br />

pipetagem,<br />

resultados de controle<br />

rentes,<br />

equipamentos<br />

diluição,<br />

temperatura,<br />

interno se encontrem<br />

fora das especificações<br />

aplicadas. Após a definição<br />

de quais controles<br />

devem ser utilizados, é<br />

necessário que o laboratório<br />

determine e defina<br />

seus valores de controle<br />

interno. Os valores de<br />

bula devem ser usados<br />

somente como referência<br />

antes de definir os<br />

valores próprios.<br />

Essa prática é necessária<br />

pois os valores<br />

diferentes, profissionais<br />

diferentes, mas que possuem<br />

equivalência na<br />

metodologia empregada.<br />

Dessa forma, espera-se<br />

que a amostra de<br />

referência ou controle<br />

interno possua um desvio<br />

padrão (DP) maior,<br />

levando a uma faixa de<br />

aceitabilidade maior.<br />

Ao se empregar valores<br />

próprios, estamos avaliando<br />

um único sistema<br />

analítico, ou seja, o pró-<br />

reagentes utilizados e<br />

tudo mais que contribua<br />

para as incertezas<br />

dos resultados produzido<br />

pelo laboratório.<br />

Ao se utilizar seus próprios<br />

resultados, o desvio<br />

padrão obtido e o<br />

coeficiente de variação<br />

serão reduzidos. Assim,<br />

qualquer mudança da<br />

rotina será facilmente<br />

identificada através dos<br />

resultados obtidos no<br />

controle interno, levando<br />

a uma ação mais<br />

110 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


ápida e assertiva, antes<br />

direcionados no merca-<br />

esforços<br />

inteligentes<br />

AUDITORIA E QUALIDADE<br />

que se torne um problema<br />

maior, e alcance até<br />

do. O laboratório precisa<br />

buscar por empresas<br />

nesse quesito é inerente<br />

às boas práticas em<br />

o paciente.<br />

qualificadas,<br />

instruto-<br />

Laboratórios<br />

Clínicos.<br />

A qualificação constante<br />

da equipe técnica é<br />

res experientes para<br />

que todo o conhecimento<br />

possa ser difun-<br />

É imprescindível cuidar<br />

da qualidade dos<br />

resultados, e para isso,<br />

importantíssima,<br />

vis-<br />

dido e tenhamos cada<br />

é relevante o papel e os<br />

to que esse é um tema<br />

frágil e abordado de<br />

maneira rasa nas graduações.<br />

Há necessidade<br />

de busca por treinamentos<br />

mais específicos e<br />

vez mais exames com<br />

qualidade e segurança<br />

do paciente.<br />

A qualidade pode ser<br />

quantificável e investir<br />

esforços do profissional<br />

do laboratório. É uma<br />

valiosa atitude na contribuição<br />

para a excelência<br />

do diagnóstico e<br />

conduta médica.<br />

Autora:<br />

Waldirene Nicioli<br />

Farmacêutica Bioquímica, Especialista em Farmacologia Clínica, Especialista em Análises Clínicas e Toxicológicas, Proprietária Examinare de Análises<br />

Clínicas, Auditora Líder do DICQ - Sistema Nacional de Acreditação, Membro da Central de Negócios do Grupo ACB - Análises Clínicas Brasil, Umas das<br />

fundadoras da OFAC Brasil - Organização Feminina de Análises Clínicas.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

111


PAPO DE BANCADA<br />

GESTOR CLÍNICO, A NECESSIDADE DE<br />

VISLUMBRAR PROCESSOS E ORIENTAR PESSOAS<br />

EM NOVOS TEMPOS DE GESTÃO.<br />

Por Silvânia Ramalho<br />

Academicamente<br />

somos preparados para<br />

sermos técnicos/científicos,<br />

tomadores de<br />

decisões clínicas, aprovadores<br />

de laudos que<br />

vão auxiliar médicos e<br />

pacientes em decisões<br />

que os acompanharão<br />

por todo um diagnóstico.<br />

Mas nas entre linhas,<br />

existe uma atividade da<br />

qual somos herdeiros<br />

imediatos, a função de<br />

Gestor Clínico ou Responsável<br />

Técnico, somado<br />

a Gestão de Processos.<br />

Que por vezes vem<br />

acompanhada do pacote:<br />

Gestão de Pessoas.<br />

Para muitos, prazerosa<br />

função, para outros<br />

o pesadelo da formação<br />

não possuída. Para<br />

alguns é necessário dom,<br />

para outros necessário<br />

aprendizado técnico e<br />

experiência. Mas respirem,<br />

é realmente necessário,<br />

um pouco de tudo<br />

e muito de dedicação.<br />

A frente da Gestão, seja<br />

ela de processos ou de<br />

pessoas, é indispenável<br />

a dedicação do gestor<br />

em ter um olhar cirúrgico<br />

para as necessidades<br />

que cada etapa irá nos<br />

requisitar. Não existe<br />

processos sem pessoas<br />

e vice versa.<br />

Curiosamente todos as<br />

normas de certificação<br />

já começam pelo item<br />

Organização Geral, ou<br />

seja além da instituição<br />

(estrutura) estar devidamente<br />

regulamentada<br />

dentro das normas<br />

necessárias de funcionamento,<br />

a instituição<br />

(pessoas) deve ter a<br />

frente dos seus processos<br />

um gestor que conduza<br />

as boas práticas e<br />

execução das demandas<br />

necessárias. E nesta<br />

orquestra os arranjos<br />

vão sendo movimentados,<br />

pensando sempre<br />

em pessoas, processos,<br />

mercado e cenário em<br />

que o laboratório clínico<br />

está inserido.<br />

E movimento é que o<br />

impulsiona nossas decisões,<br />

sejam elas a médio<br />

ou longo prazo. Uma<br />

decisão que não seja<br />

bem conduzida hoje<br />

pode imediatamente<br />

amanhã ter um impacto<br />

direto em várias escalas<br />

de participação.<br />

112 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


SOLICITE AGORA<br />

SUA AMOSTRA<br />

PELO QR CODE!<br />

Ou através do link: bit.ly/zymoshield


PAPO DE BANCADA<br />

E as ferramentas usadas<br />

na tomada de decisão,<br />

são diferentes conforme<br />

a região, conforme<br />

os costumes e conforme<br />

o objetivo estratégico<br />

da empresa. Não<br />

nos esqueçamos que<br />

o laboratório clínico é<br />

uma empresa com particularidades<br />

técnico<br />

cientificas especificas,<br />

cuja gestão orienta para<br />

tomada de decisões<br />

individuais, nenhum<br />

paciente é sequer semelhante<br />

a outro.<br />

Em tempos de tantas<br />

mudanças de mercado<br />

e de posicionamento<br />

que se moldam a todo<br />

momento, é importante<br />

que o gestor clínico se<br />

envolva com o desenvolvimento<br />

de posicionamentos<br />

dinâmicos,<br />

cuja visão de processo<br />

e alinhamento com os<br />

objetivos da organização<br />

estejam amparados<br />

por um meta de desenvolvimento<br />

clara e objetiva<br />

onde os colaboradores<br />

reconheçam as<br />

mudanças dos papéis e<br />

responsabilidades sempre<br />

que a missão proposta<br />

pelo proprietário<br />

seja necessária.<br />

Quem está a frente do<br />

laboratório clínico precisa<br />

ter maior envolvimento<br />

com este novo<br />

perfil de paciente consumidor<br />

de serviços<br />

diagnósticos. Oferecer<br />

mais do mesmo tornou<br />

se engessamento.<br />

Conhecer o paciente<br />

e suas necessidades é<br />

fundamental para adaptação,<br />

crescimento e<br />

sustentabilidade. Isso<br />

mesmo, sustentabilidade<br />

é a palavra de ordem<br />

somada a adaptação,<br />

quem não se recria não<br />

se sustenta. Recriar<br />

modelos, reinventar<br />

atuações, remodelar<br />

abordagens e multiplicar<br />

entre as equipes,<br />

todo um trabalho de<br />

cadeia de valor.<br />

Não bastando apenas<br />

conhecer sobre o ramo<br />

de atividade, é também<br />

importante conhecer<br />

novos pacotes de serviços<br />

e produtos e prospectar<br />

a quem oferecer,<br />

fechar acordos e contratos<br />

para equilibrar<br />

o fluxo de caixa e fundamentar<br />

investimentos<br />

futuros, entender a<br />

necessidade da comunidade<br />

médica e aos<br />

poucos aproximar a atividade<br />

ativa da receptiva.<br />

Precisamos sair da<br />

condição de somente<br />

receptores.<br />

No mercado atual o bioquímico<br />

ou biomédico,<br />

utilizando da posição<br />

de RT (Responsável Técnico)<br />

ou quando apenas<br />

responsável pelo setor<br />

de atuação, precisa estar<br />

cada vez mais presente<br />

na tomada de decisões<br />

de sustentaveis a frente<br />

de um microscópio ou<br />

de uma curva de calibração<br />

ou até mesmo<br />

114 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


de uma repetição de<br />

controle que lhe reclamam<br />

o olhar da experiência.<br />

O que é necessário<br />

em termos técnicos,<br />

também precisa ser visto<br />

com olhar crítico de<br />

custo envolvido. Não<br />

perder a qualidade, mas<br />

ser mais assertivo nas<br />

ações imediatas.<br />

Para que isso aconteça<br />

em um formato sólido<br />

e dinâmico é imprescindível<br />

observar com<br />

amadurecido pensamento<br />

de passagem de<br />

liderança. Nem sempre<br />

o melhor analista clínico<br />

será o melhor líder<br />

na gestão de processos<br />

e pessoas. Essa passagem<br />

de posições dentro<br />

do laboratório clínico se<br />

bem acompanhada será<br />

capaz de formar gestores<br />

que possibilitem o<br />

crescimento do laboratório<br />

como um todo.<br />

As tomadas de decisões<br />

internas precisam estar<br />

alinhadas com as tomadas<br />

de decisões externas,<br />

isso porque produção<br />

e produtividade<br />

precisam andar juntas<br />

para um crescimento<br />

saudável.<br />

Nem sempre será uma<br />

escolha fácil onde reconhimento<br />

e recompensa<br />

estão alinhados a proatividade<br />

e vontade de<br />

crescer. O olhar abstrato<br />

ao sentimento deve permear<br />

esta busca internamente<br />

antes de partir<br />

para uma busca externa.<br />

E se for necessário<br />

um novo personagem,<br />

vindo de outras experiências,<br />

pense pelo lado<br />

bom, em que este possa<br />

representar um formador<br />

de opinião em favor<br />

do seu desejo de crescimento.<br />

Não há mais espaço no<br />

mercado para o proprietário<br />

de bancada,<br />

hoje ele ocupa também<br />

o papel de gestor<br />

do negócio. O momento<br />

atual é um convite a<br />

pensar em novos negócios<br />

e estratégias. Tantos<br />

desafios diante de uma<br />

RDC recém formulada<br />

e um mercado in vitro<br />

vivo. Nunca como antes<br />

o verbo movimentar-se<br />

esteve tão próximo do<br />

suporte diagnóstico.<br />

Cabendo nos cumprir<br />

regras, somar forças,<br />

diversificar ideiais e<br />

construir novos espaços<br />

e oportunidades que<br />

nos aproximem cada<br />

vez mais do paciente.<br />

Silvânia Ramalho<br />

Bioquímica farmacêutica com especialização em<br />

Análise de Custos e Formação de Preço de Venda,<br />

Gestão Comercial em Vendas e membro do Grupo<br />

Técnico de Trabalhos de Analises Clinicas do CRF/MG.<br />

PAPO DE BANCADA<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

115


DIREITO E SAÚDE<br />

BREVE ANÁLISE JURÍDICA SOBRE A RDC<br />

786/2023 - PRIMEIRA PARTE<br />

Por Délio J. Ciriaco de Oliveira<br />

Prezado(a) Leitor(a),<br />

seja bem, vindo(a) a esta<br />

análise jurídica!<br />

Em nosso tema desta<br />

edição, trazemos o que<br />

poderá ser o primeiro<br />

artigo, de talvez alguns,<br />

os quais envolverão a<br />

nova RDC 786 de 2023<br />

da ANVISA.<br />

Evidente que todos nós,<br />

seja da área jurídica, atuante<br />

para laboratórios e<br />

seguimentos da saúde<br />

como nosso escritório, ou<br />

até mesmo você, nosso<br />

estimado leitor, que diariamente<br />

labuta na sua área<br />

de formação da saúde,<br />

estamos de certa forma<br />

em um cenário “movediço”,<br />

por assim dizer, algumas<br />

lacunas existentes,<br />

e até mesmo um certo<br />

receio de como a Vigilância<br />

Sanitária local irá aplicar<br />

a nova RDC 786/23 na<br />

prática em sua fiscalização,<br />

entre outros pormenores.<br />

Questões que talvez<br />

demandem um tempo<br />

para “serem acomodadas”<br />

no dia a dia da entidade<br />

fiscalizadora local<br />

– a Vigilância Sanitária<br />

Municipal, mas que, certamente<br />

com uma diretriz<br />

(ou algumas), da<br />

própria Anvisa, seria o<br />

cenário ideal, de maneira<br />

a se chegar perto de uma<br />

uniformização das fiscalizações<br />

Municipais, onde<br />

permeia a maior subjetividade<br />

existente no procedimento<br />

fiscalizatório,<br />

muitas vezes.<br />

A situação, vamos lembrar<br />

não é a mais confortável,<br />

ao passo que o Brasil<br />

é um País com dados,<br />

tamanho e população<br />

Continental, tornando<br />

de suma importância a<br />

fiscalização, mas dando<br />

um grau de dificuldade<br />

imenso para a cada Vigilância<br />

Sanitária local, as<br />

quais, se desdobram para<br />

realizarem um brioso serviço,<br />

sem dúvidas.<br />

Sobre referido tema, talvez<br />

um outro artigo, será<br />

o ideal, após o correto<br />

implemento da nova<br />

RDC 786/23 que entrará<br />

em vigor a partir de<br />

01.08.2023, por hora,<br />

abaixo, breves considerações<br />

jurídicas.<br />

116 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


DIREITO E SAÚDE<br />

A nova redação, futura<br />

substituidora da RDC 302<br />

de 2005 a qual foi atualizada18<br />

anos após sua vigência,<br />

acompanha as questões<br />

modernas da nossa<br />

sociedade, incluindo nestas<br />

as questões jurídicas,<br />

neste caminho passaram<br />

a vigorar, a exemplo disto,<br />

de maneira clara, temos a<br />

expressa redação e referência<br />

a LEI GERAL DE PRO-<br />

TEÇÃO DE DADOS – LGPD<br />

– Lei Federal nº 13.709 de<br />

2018, que entrou em vigor<br />

no ano de 2020.<br />

No que pese todos os laboratórios,<br />

clínicas, hospitais<br />

e postos de coletas ou serviços<br />

das área da saúde em<br />

geral já sejam obrigados<br />

a seguis, implementar e<br />

manterem ativo os planos<br />

previstos na LGPD acerca<br />

da proteção de dados, a<br />

novel RDC 786/23 -em seu<br />

artigo 32 – vejamos:<br />

“Art. 32. O Serviço que<br />

executa EAC é responsável<br />

por estabelecer<br />

uma política de acesso<br />

a dados e informações,<br />

computadorizados<br />

ou não, necessária<br />

para prover o serviço<br />

prestado e de forma<br />

a assegurar a proteção<br />

às informações do<br />

paciente de acordo<br />

com a Lei nº 13.709, de<br />

14 de agosto de 2018,<br />

Lei Geral de Proteção<br />

de Dados - LGPD,<br />

ou outro instrumento<br />

legal que venha a alterá-la<br />

ou substituí-la.”<br />

A obrigatoriedade, frise-se<br />

novamente, já<br />

existe a alguns anos<br />

para todos os estabelecimentos<br />

de saúde,<br />

porém, ainda tem estabelecimentos<br />

da saúde,<br />

incluindo, laboratórios,<br />

que não a introduziram,<br />

não possuem protocolos<br />

e documentos relacionados<br />

a Lei Geral de Proteção<br />

de Dados, o que por<br />

si só já fere a Lei e coloca<br />

a empresa em grave situação<br />

jurídica ao não cumprir<br />

a norma.<br />

Entrementes, agora,<br />

com a redação constando<br />

de maneira expressa<br />

na nova RDC 786/23<br />

(artigo 32 citado acima),<br />

em nosso entendimento,<br />

abriu a fiscalização<br />

do cumprimento da<br />

LGPD, a Órgãos Estaduais<br />

e Municipais – (“VISA”<br />

local) e a Conselhos de<br />

Classe, ao passo que se<br />

a estes cabem a exigência,<br />

ao cumprimento e<br />

fiscalização da RDC pelo<br />

laboratório, consequência<br />

lógica permeia no<br />

fatos dos entes fiscalizadores<br />

poderem exigir<br />

documentos, protocolos<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

117


DIREITO E SAÚDE<br />

e politicas de cumprimento<br />

da RDC de forma<br />

integral, incluindo, obvio<br />

a política d cumprimento<br />

da LGPD, vejam, isto é<br />

uma situação que antes<br />

de maneira discreta era<br />

implícita, agora, consta de,<br />

maneira clara e diretiva.<br />

Temos que dentre as<br />

implicações da nova<br />

RDC, a segurança jurídica<br />

e adaptações necessárias,<br />

passam a ser item<br />

obrigatório para os Laboratórios,<br />

incluindo, até<br />

mesmo o de pequeno<br />

porte, vez que esta é uma<br />

questão premente de<br />

adequação por parte da<br />

empresa, sem dúvidas.<br />

A segurança jurídica necessária<br />

ao Laboratório, não<br />

existe somente em relação<br />

ao correto cumprimento e<br />

aplicação da LGPD, sendo<br />

necessários analisar vossa<br />

empresa, com uma visão<br />

setorial, a ponto de juridicamente,<br />

você conseguir<br />

adequá-la as necessidades<br />

obrigatórias legais constantes<br />

na RDC e demais<br />

normas jurídicas.<br />

Parte contratual, entre<br />

as empresas, entre os<br />

Laboratórios é outro<br />

ponto de alto relevo na<br />

redação da nova RDC,<br />

certamente exploraremos<br />

no próximo artigo,<br />

não tenham dúvidas!<br />

Proteção jurídica ao<br />

seu Laboratório! Está é<br />

nossa missão e está no<br />

nosso DNA lhe assessorar<br />

nesta empreitada,<br />

conte conosco!<br />

Obrigado e um grande<br />

abraço a todos!<br />

Autor:<br />

Délio J. Ciriaco de Oliveira<br />

Advogado em São Paulo, especialista em direito e processo do trabalho, especialista em direito contratual, especializando em advocacia consultiva, é<br />

sócio do escritório CIRIACO ADVOGADOS, localizado em São Paulo – Capital, é Professor de Pós Graduação em São Paulo- SP; São Luis do Maranhão-<br />

MA; Goiânia-GO e Palestrante, atuando na área da saúde, na defesa de empresas, clinicas e laboratórios.<br />

@ciriacoadvogados<br />

118 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


Conectividade<br />

Desempenho e<br />

Confiabilidade<br />

Produtividade<br />

Suporte, Consultoria<br />

e Treinamento<br />

Análises e<br />

Inteligência<br />

Qualidade


MEDICINA GENÔMICA<br />

DOENÇA DE ALZHEIMER:<br />

DIAGNÓSTICO POR BIOMARCADORES DO LCR<br />

Por Varsomics<br />

O estágio no qual a Doença<br />

de Alzheimer é diagnosticada<br />

é um aspecto<br />

determinante para prognósticos<br />

otimistas. Dessa<br />

maneira, a quantificação<br />

de determinados biomarcadores<br />

presentes<br />

no Líquor (Líquido Cefalorraquidiano)<br />

auxilia<br />

o diagnóstico em estágios<br />

iniciais, bem como<br />

o monitoramento clínico<br />

do indivíduo afetado.<br />

O que é a Doença da<br />

Doença de Alzheimer e<br />

como afeta o cérebro?<br />

A Doença de Alzheimer<br />

(DA) é a forma mais<br />

comum de demência em<br />

adultos idosos. É uma<br />

doença neurodegenerativa<br />

progressiva que afeta o<br />

cérebro, causando perda<br />

gradual da memória, cognição,<br />

habilidades sociais<br />

e linguísticas, e eventualmente<br />

resultando em<br />

incapacidade total.<br />

No Brasil, cerca de 1,2<br />

milhão de pessoas vivem<br />

com alguma forma de<br />

demência e 100 mil novos<br />

casos são diagnosticados<br />

por ano. Em todo o mundo,<br />

o número chega a 50<br />

milhões de pessoas.<br />

O Alzheimer afeta o cérebro<br />

de várias maneiras.<br />

Uma das características<br />

mais distintivas da doença<br />

é a formação de placas<br />

de proteínas chamadas<br />

beta-amiloides entre as<br />

células cerebrais, o que<br />

leva à morte das células<br />

cerebrais e à diminuição<br />

do tamanho do cérebro.<br />

Outra característica é a<br />

formação de emaranhados<br />

neurofibrilares: aglomerados<br />

anormais de<br />

proteína Tau, que se acumulam<br />

dentro das células<br />

cerebrais e interrompem<br />

sua função normal.<br />

Proteína Tau: controla a<br />

dinâmica dos microtúbulos<br />

durante a maturação<br />

e o crescimento dos<br />

neuritos. Sendo a maior<br />

proteína do citoesqueleto,<br />

a hiperfosforilação da<br />

Tau afeta funções biológicas<br />

e morfológicas nos<br />

neurônios.<br />

Sintomas<br />

Como resultado das<br />

mudanças no cérebro, os<br />

pacientes com Alzheimer<br />

têm dificuldade em lembrar<br />

coisas recentes, con-<br />

120 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


fundem datas e eventos,<br />

e podem ter problemas<br />

para realizar Atividades da<br />

Vida Diária (AVD), como<br />

cozinhar ou se vestir.<br />

MEDICINA GENÔMICA<br />

Eles também podem ter<br />

dificuldade em se comunicar<br />

e expressar suas emoções,<br />

e podem perder a<br />

capacidade de reconhecer<br />

amigos e familiares. À<br />

medida que a doença progride,<br />

a capacidade de cuidar<br />

de si mesmo é perdida<br />

e, finalmente, pode resultar<br />

na incapacidade total.<br />

Os sintomas mais<br />

comuns da doença de<br />

Alzheimer incluem:<br />

• Perda de memória recente<br />

• Dificuldade em lembrar<br />

informações importantes,<br />

como nome, data de nascimento<br />

e eventos recentes<br />

• Dificuldade em realizar<br />

tarefas cotidianas, como<br />

cozinhar e se vestir<br />

• Problemas de comunicação<br />

e linguagem<br />

• Mudanças de humor e<br />

comportamento<br />

• Desorientação no tempo<br />

e espaço<br />

• Dificuldade em lidar<br />

com novas situações e<br />

mudanças<br />

Métodos de diagnóstico<br />

da Doença de Alzheimer<br />

Existem vários métodos<br />

de diagnóstico para a<br />

doença de Alzheimer,<br />

incluindo exames neurológicos,<br />

testes de memória<br />

e testes cognitivos.<br />

No entanto, esses métodos<br />

de diagnóstico têm<br />

suas limitações.<br />

Por exemplo, testes de<br />

memória e cognição são<br />

usados para diagnosticar<br />

a doença de Alzheimer,<br />

mas esses testes<br />

podem ser subjetivos e<br />

variar de acordo com o<br />

examinador. Além disso,<br />

os resultados desses<br />

testes podem ser<br />

influenciados por fatores<br />

como ansiedade e<br />

depressão.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

121


Da primeira<br />

interação ao<br />

último detalhe,<br />

estamos com<br />

VOCÊ!<br />

Na BUNZL SAÚDE, acreditamos que a<br />

jornada do cliente merece ser acompanhada<br />

de ponta a ponta. Desde o primeiro contato<br />

com nosso atendimento até o momento em<br />

que seu pedido chega ao destino, estamos<br />

aqui para oferecer uma experiência<br />

completa e transparente.<br />

Transparência total<br />

Transparência em toda a sua jornada,<br />

garantindo confiança e segurança para<br />

a sua compra<br />

Resolva tudo em um pedido!<br />

Resolva tudo com a BUNZL SAÚDE<br />

Conheça a estrutura<br />

do nosso Centro de<br />

Distribuição


unzlsaude<br />

portal@bunzlsaude.com.br<br />

blog.bunzlsaude.com.br<br />

bunzlsaude.com.br


MEDICINA GENÔMICA<br />

Em geral, o diagnóstico<br />

e prognóstico preciso<br />

da doença de Alzheimer<br />

requer uma avaliação<br />

completa do paciente,<br />

incluindo histórico médico<br />

e exame neurológico,<br />

testes de memória e cognição,<br />

exames de imagem<br />

e exames laboratoriais.<br />

O diagnóstico da doença<br />

é essencialmente clínico,<br />

mas, como veremos na<br />

sequência, pode se beneficiar<br />

da investigação<br />

laboratorial.<br />

O papel dos biomarcadores<br />

no diagnóstico da<br />

Doença de Alzheimer<br />

Os biomarcadores são<br />

medidas objetivas e mensuráveis<br />

que indicam a<br />

presença ou progressão da<br />

doença em um paciente.<br />

Na doença de Alzheimer,<br />

os biomarcadores são<br />

usados para auxiliar no<br />

diagnóstico precoce da<br />

doença, bem como para<br />

acompanhar a progressão<br />

da doença e avaliar a<br />

eficácia dos tratamentos.<br />

Geralmente usados em<br />

combinação com outros<br />

métodos de diagnóstico,<br />

incluindo testes neuropsicológicos<br />

e exames físicos.<br />

A medição de biomarcadores<br />

no líquido cerebrospinal<br />

e em imagens<br />

cerebrais é útil no diagnóstico<br />

precoce da doença de<br />

Alzheimer e na identificação<br />

de pessoas em risco<br />

de desenvolver a doença.<br />

Além disso, essas medidas<br />

também podem ser usadas<br />

para monitorar a progressão<br />

da doença e avaliar<br />

a eficácia de tratamentos<br />

específicos, incluindo terapias<br />

que visam reduzir<br />

o acúmulo de proteínas<br />

anormais no cérebro.<br />

124 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


Como os biomarcadores<br />

podem ajudar no<br />

diagnóstico precoce<br />

da doença?<br />

Existem vários tipos de<br />

biomarcadores usados<br />

na doença de Alzheimer,<br />

incluindo proteínas<br />

anormais, como a<br />

proteína beta-amilóide<br />

e a proteína Tau, que se<br />

acumulam no cérebro e<br />

estão associadas à neurodegeneração.<br />

MEDICINA GENÔMICA<br />

Também incluem mudanças<br />

no líquido cerebrospinal<br />

(CSF) e anormalidades<br />

detectadas em imagens<br />

cerebrais, como a ressonância<br />

magnética (MRI) e<br />

a tomografia por emissão<br />

de pósitrons (PET).<br />

Por exemplo, a medida de<br />

biomarcadores pode ajudar<br />

a determinar se uma<br />

terapia específica está<br />

reduzindo o acúmulo de<br />

proteínas anormais no<br />

cérebro ou retardando a<br />

progressão da doença.<br />

Como é realizado o exame<br />

de biomarcadores<br />

no LCR para diagnóstico<br />

de Alzheimer?<br />

O exame de biomarcadores<br />

no líquido cefalorraquidiano<br />

(LCR) é realizado<br />

por meio de uma<br />

punção lombar, que é um<br />

procedimento médico<br />

para coletar uma amostra<br />

do LCR que circula no sistema<br />

nervoso central.<br />

Durante o procedimento,<br />

o médico insere uma<br />

agulha fina na região<br />

lombar inferior para retirar<br />

uma pequena quantidade<br />

de LCR.<br />

A amostra de LCR é então<br />

analisada em laboratório<br />

para determinar a presença<br />

de biomarcadores específicos<br />

associados à doença de<br />

Alzheimer. Os biomarcadores<br />

mais comuns medidos<br />

no LCR incluem a proteína<br />

beta-amiloide, a proteína<br />

Tau e a relação entre essas<br />

duas proteínas.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

125


Não fique<br />

na dúvida,<br />

escolha<br />

uma marca<br />

que é<br />

referência<br />

em mais de<br />

30 países<br />

escolha a<br />

BUNZL SAÚDE<br />

Resolva tudo em um pedido


Entrega de<br />

qualidade e<br />

com eficiência<br />

Atendimento excepcional<br />

Atendimento humanizado desde realização<br />

da compra até a entrega do pedido<br />

Presente onde você precisa<br />

Portal Customer Service | Chat | E-mail |<br />

Telefone | WhatsApp<br />

Transportadores certificados<br />

pela Anvisa<br />

Rastreamento de pedidos<br />

em tempo real<br />

Acompanhamento todos os passo a passo do<br />

seu pedido, desde o despacho até a entrega final<br />

/bunzlsaude<br />

portal@bunzlsaude.com.br<br />

blog.bunzlsaude.com.br<br />

bunzlsaude.com.br


MEDICINA GENÔMICA<br />

A presença ou ausência<br />

desses biomarcadores<br />

no LCR pode ajudar<br />

a diagnosticar a doença<br />

de Alzheimer e também<br />

pode ser útil na identificação<br />

de pessoas em risco<br />

de desenvolver a doença.<br />

É importante ressaltar<br />

que os avanços recentes<br />

na pesquisa de biomarcadores<br />

têm sido promissores,<br />

com novas técnicas e<br />

biomarcadores emergentes<br />

mostrando resultados<br />

mais precisos e confiáveis.<br />

Exame inédito de diagnóstico<br />

de Doença de<br />

Alzheimer do Einstein<br />

O Hospital Israelita<br />

Albert Einstein, em parceria<br />

com a Roche Diagnóstica,<br />

agora oferece<br />

o teste automatizado<br />

Elecsys® CSF para diagnóstico<br />

de Alzheimer. O<br />

teste é capaz de avaliar<br />

a dosagem de biomarcadores<br />

TAU (pTau, tTau),<br />

beta-amiloide (BA42) e<br />

a razão pTau/BA42 no<br />

líquor, proteínas associadas<br />

à doença, com alta<br />

precisão e em menos de<br />

20 minutos.<br />

Anteriormente, as amostras<br />

de líquor coletadas<br />

eram enviadas para o<br />

exterior, levando semanas<br />

para os resultados.<br />

Agora, com a automação,<br />

o processo é mais simples<br />

e padronizado, além<br />

de ser um sistema fechado<br />

de diagnóstico. Isso<br />

significa que outras organizações<br />

também podem<br />

se beneficiar do laboratório<br />

do Einstein.<br />

Interpretando os resultados<br />

do exame de biomarcadores<br />

no LCR para<br />

diagnóstico da Doença<br />

de Alzheimer<br />

Os resultados do exame<br />

de biomarcadores são<br />

geralmente interpretados<br />

por comparação<br />

dos níveis medidos com<br />

os valores de referência<br />

para cada biomarcador.<br />

128 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


Existem diferentes critérios<br />

de interpretação,<br />

dependendo dos valores<br />

de corte utilizados para<br />

cada biomarcador e do<br />

tipo de paciente avaliado.<br />

Na prática clínica, a interpretação<br />

dos resultados<br />

do exame de biomarcadores<br />

no LCR é geralmente<br />

realizada em conjunto<br />

com outras avaliações<br />

clínicas e neuropsicológicas<br />

para confirmar ou<br />

descartar o diagnóstico<br />

da doença de Alzheimer.<br />

Os resultados do exame<br />

de biomarcadores no<br />

LCR podem indicar:<br />

1. Níveis elevados de<br />

proteína Tau e redução<br />

de proteína beta-amiloide:<br />

sugere que a pessoa<br />

tem a doença de Alzheimer<br />

ou está em risco de<br />

desenvolvê-la.<br />

2. Níveis normais de proteína<br />

tau e proteína beta-<br />

-amiloide: sugere que a<br />

pessoa não tem a doença<br />

de Alzheimer.<br />

3. Níveis elevados de proteína<br />

tau sem redução<br />

significativa de proteína<br />

beta-amiloide: sugere<br />

que a pessoa pode ter<br />

outra doença neurodegenerativa,<br />

como a demência<br />

frontotemporal.<br />

É importante notar que<br />

os resultados do exame<br />

de biomarcadores no LCR<br />

não são conclusivos e<br />

devem ser interpretados<br />

em conjunto com outras<br />

avaliações clínicas e neuropsicológicas.<br />

Além disso, o exame de<br />

biomarcadores no LCR<br />

é geralmente reservado<br />

para casos em que a avaliação<br />

clínica e os testes<br />

neuropsicológicos não<br />

conseguem fornecer um<br />

diagnóstico conclusivo<br />

da doença de Alzheimer.<br />

Tratamento da Doença<br />

de Alzheimer<br />

Conheça os tratamentos<br />

disponíveis para a doença<br />

e como o diagnóstico<br />

precoce pode melhorar o<br />

prognóstico do paciente.<br />

Atualmente, não há cura<br />

para a doença de Alzheimer.<br />

No entanto, existem<br />

tratamentos disponíveis<br />

que podem ajudar a controlar<br />

os sintomas e a<br />

retardar a progressão da<br />

doença. Os tratamentos<br />

disponíveis incluem:<br />

• Inibidores da acetilcolinesterase:<br />

Esses medicamentos<br />

ajudam a<br />

aumentar os níveis de<br />

acetilcolina, um neurotransmissor<br />

importante<br />

no cérebro. Eles podem<br />

ajudar a melhorar a cognição,<br />

a memória e a<br />

função geral em pessoas<br />

com doença de Alzheimer<br />

leve a moderada.<br />

• Antagonistas dos receptores<br />

NMDA: Esses medicamentos<br />

ajudam a proteger<br />

as células cerebrais e<br />

podem ajudar a melhorar a<br />

função cognitiva em pessoas<br />

com doença de Alzheimer<br />

moderada a grave.<br />

• Terapia comportamental:<br />

Essa terapia pode ajudar<br />

a reduzir os comportamentos<br />

problemáticos,<br />

melhorar a comunicação<br />

e a qualidade de vida.<br />

• Cuidados paliativos: Esses<br />

cuidados podem ajudar a<br />

melhorar o bem-estar físico<br />

e emocional do paciente,<br />

proporcionando alívio<br />

da dor e outros sintomas<br />

da doença.<br />

MEDICINA GENÔMICA<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

129


MEDICINA GENÔMICA<br />

Além disso, é importante<br />

que as pessoas com doença<br />

de Alzheimer recebam<br />

um cuidado holístico e<br />

abrangente, que inclua<br />

suporte emocional, social<br />

e nutricional, além de<br />

atividade física regular e<br />

estimulação cognitiva.<br />

A importância do diagnóstico<br />

precoce do<br />

Alzheimer<br />

A detecção precoce da<br />

doença de Alzheimer<br />

pode melhorar o prognóstico<br />

do paciente, pois<br />

permite que o tratamento<br />

comece mais cedo, o que<br />

pode ajudar a retardar a<br />

progressão da doença e<br />

a reduzir a gravidade dos<br />

sintomas.<br />

Além disso, um diagnóstico<br />

precoce permite que<br />

o paciente e seus familiares<br />

planejem melhor o<br />

futuro e façam ajustes em<br />

suas vidas para lidar com<br />

os desafios que a doença<br />

pode trazer.<br />

A detecção precoce também<br />

permite que os<br />

pacientes sejam encaminhados<br />

para ensaios clínicos<br />

de novas terapias e<br />

tratamentos, que podem<br />

ajudar a desenvolver<br />

novas opções de tratamento<br />

para a doença de<br />

Alzheimer no futuro.<br />

O diagnóstico precoce da<br />

doença de Alzheimer é crucial<br />

para melhorar a qualidade<br />

de vida dos pacientes,<br />

bem como para promover<br />

a pesquisa e o desenvolvimento<br />

de novas terapias e<br />

tratamentos.<br />

Conclusão<br />

A doença de Alzheimer<br />

ainda não tem cura. Junto<br />

disso, um diagnóstico<br />

precoce da doença pode<br />

auxiliar o paciente e seus<br />

familiares a terem uma<br />

melhor organização e<br />

qualidade de vida.<br />

Exames como o uso de<br />

biomarcadores no líquido<br />

cefalorraquidiano são<br />

uma ferramenta para esse<br />

parecer integrando outras<br />

formas de diagnóstico<br />

comportamental, como<br />

o histórico do paciente e<br />

exames neurológicos.<br />

Referências<br />

Almkvist, O., Nordberg, A. A biomarker-validated<br />

time scale in years of disease progression<br />

has identified early- and late-onset<br />

subgroups in sporadic Alzheimer’s disease.<br />

Alz Res Therapy 15, 89 (2023). https://doi.<br />

org/10.1186/s13195-023-01231-8<br />

Billmann, A et al., Biomarcadores no líquido<br />

cefalorraquidiano no desenvolvimento da<br />

doença de Alzheimer: uma revisão sistemática.<br />

Rev. Psicol. Saúde, Campo Grande, v. 12,<br />

n. 2, p. 141-153, jun. 2020.<br />

Paterson, R.W., Slattery, C.F., Poole, T. et al.<br />

Cerebrospinal fluid in the differential diagnosis<br />

of Alzheimer’s disease: clinical utility<br />

of an extended panel of biomarkers in a<br />

specialist cognitive clinic. Alz Res Therapy<br />

10, 32 (2018). https://doi.org/10.1186/<br />

s13195-018-0361-3.<br />

FONTE:<br />

www.varsomics.com<br />

Varsomics<br />

União de soluções tecnológicas para a prática da medicina de precisão. Nossa missão é ser referência de excelência no desenvolvimento de soluções<br />

de bioinformática e prestação de serviços aplicados na área de diagnóstico clínico e de pesquisas acadêmicas, para auxiliar a comunidade científica a<br />

difundir cada vez mais o conhecimento.<br />

130 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


Otimize suas<br />

análises laboratoriais<br />

com as CENTRÍFUGAS<br />

CENTRÍFUGA<br />

de Bancada (FL9-5000s) 1<br />

CENTRÍFUGA<br />

8x15 (FL9-0815) 2<br />

Tubos<br />

Cônicos 4<br />

Tubos para<br />

Coleta de<br />

Sangue à<br />

Vácuo 3<br />

Diversas opções de rotores*<br />

Ângulo fixo ou variável 4<br />

*compatíveis com<br />

o modelo FL9-5000s<br />

1<br />

Produto com registro ANVISA n.º 81628880019. 2 Produto com registro ANVISA n.º 80884880034.<br />

3<br />

Produto com registro ANVISA n.º 81628880015. 4 Produtos não passíveis de registro ANVISA.<br />

Entre no portal do cliente e conheça todos os nossos produtos e equipamentos<br />

0800 710 0888 portal.firstlab.ind.br<br />

@firstlab.ind<br />

atendimento@firstlab.ind.br


VIROLOGIA<br />

VÍRUS DA DENGUE E O DESENVOLVIMENTO<br />

DE UMA VACINA RECOMBINANTE TETRAVALENTE<br />

DENGUE VIRUS AND THE DEVELOPMENT OF A TETRAVALENT RECOMBINANT VACCINE<br />

Por Mariana Cortez Matias e Silva1;<br />

Rafaella Dias Botelho1;<br />

Rachel Siqueira de Queiroz Simões2.<br />

MATIAS E SILVA, M.C1., BOTELHO, R.D1., SIMÕES, R.S.Q2<br />

Resumo<br />

A dengue é uma doença transmitida por vetores<br />

do gênero Aedes presente na maioria dos países<br />

tropicais, infectando uma média de 50 a 100 milhões<br />

de pessoas por ano. Fatores socioeconômicos,<br />

demográficos e ambientais influenciam<br />

diretamente no ciclo de transmissão do vírus da<br />

dengue (DENV). É um vírus de genoma RNA envelopado<br />

de fita positiva. Possui quatro sorotipos<br />

antigenicamente distintos, DENV-1 a DENV-4,<br />

com genótipos diferentes codificando três proteínas<br />

estruturais e sete proteínas não estruturais.<br />

Os sintomas clínicos da dengue variam de febre<br />

leve a febre hemorrágica da dengue (FHD) grave<br />

ou síndrome do choque da dengue (DSS), com<br />

trombocitopenia, leucopenia e aumento da permeabilidade<br />

vascular. O objetivo deste trabalho<br />

foi descrever o vírus e o desenvolvimento de uma<br />

vacina tetravalente construída por meio da substituição<br />

dos genes que codificam as proteínas da<br />

pré-membrana (prM) e do envelope (E) da cepa<br />

utilizada na vacina de febre amarela (YF 17D 204).<br />

Neste sentido é latente as ações públicas e de<br />

vigilância epidemiológica atuarem em conjunto<br />

para mitigar os riscos da infecção viral.<br />

Abstract<br />

Dengue is a arthroped-borne disease transmitted<br />

by Aedes genus vectors present in most<br />

tropical countries, infecting an average of 50 to<br />

100 million people per year. Socioeconomic, demographic<br />

and environmental factors directly<br />

influence the dengue virus (DENV) transmission<br />

cycle. It is a positive strand enveloped RNA<br />

genome virus. It has been showed four antigenically<br />

distinct serotypes, DENV-1 to DENV-4,<br />

with different genotypes encoding three structural<br />

proteins and seven non-structural proteins.<br />

Clinical symptoms of dengue range from<br />

mild fever to severe dengue hemorrhagic fever<br />

(DHF) or dengue shock syndrome (DSS), with<br />

thrombocytopenia, leukopenia, and increased<br />

vascular permeability. The aim of this work was<br />

to describe the virus and the development of a<br />

tetravalent vaccine constructed by replacing<br />

the genes that encode the pre-membrane (prM)<br />

and envelope (E) proteins of the strain used in<br />

the yellow fever vaccine (YF 17D 204). In this<br />

sense, it is latent that public actions and epidemiological<br />

surveillance work together to mitigate<br />

the risks of viral infection.<br />

Palavras-chaves: arbovirose, DENV, vacina.<br />

Keywords: arthropod-borne viruses, DENV, vaccine<br />

132 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


Introdução<br />

A dengue é uma arbovirose<br />

do gênero Flavivirus<br />

e transmitida por meio<br />

da picada do mosquito<br />

pertencente ao gênero<br />

Aedes, que dá origem a<br />

doença infecciosa emergente,<br />

tendo quatro<br />

sorotipos presentes no<br />

Brasil: DENV-1, DENV-<br />

2, DENV-3, DENV-4. O<br />

Aedes é o principal vetor<br />

do vírus no país, tratando-se<br />

de um mosquito<br />

antropofílico e essencialmente<br />

urbano, desenvolvendo-se,<br />

principalmente,<br />

em depósitos de<br />

água. É uma enfermidade<br />

viral que pode causar<br />

um variado espectro<br />

clínico, apresentando<br />

desde formas brandas<br />

até os quadros clínicos<br />

mais graves, alguns com<br />

manifestações hemorrágicas.<br />

A dengue é responsável<br />

por milhões<br />

Figura 1: Boletim Epidemiológico da Dengue no Rio de Janeiro. Número de taxa de incidência<br />

por 100 mil/hab, segundo a Região de Saúde/Município de Residência – 2023.<br />

de casos anualmente<br />

que impactam na saúde<br />

pública e na economia.<br />

Em razão ao amplo<br />

espectro de sorotipos<br />

possíveis, o desenvolvimento<br />

de uma vacina se<br />

tornou<br />

extremamente<br />

desafiador e complexo<br />

(RIVERA et al., 2022).<br />

Epidemiologia<br />

A prevalência de casos<br />

e o número de países<br />

que relataram surtos de<br />

dengue<br />

aumentaram<br />

dez vezes mais nos últimos<br />

trinta anos. Atualmente<br />

a doença pode<br />

ser encontrada em pelo<br />

menos cem países tropicais<br />

e subtropicais de<br />

forma endêmica. Os fatores<br />

determinantes para<br />

a expansão do vírus são<br />

multifatoriais, podendo<br />

levar em consideração o<br />

crescimento populacional,<br />

recursos econômicos<br />

limitados e a urbanização,<br />

assim como viagens<br />

e comércios legais.<br />

De acordo com dados<br />

do boletim epidemiológico<br />

divulgado pela<br />

Secretaria de Vigilância<br />

em Saúde, no perí-<br />

VIROLOGIA<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

133


VIROLOGIA<br />

odo de 31/12/2017 a<br />

fis foram associados ao<br />

diversas outras enfermi-<br />

20/01/2018, foram regis-<br />

porte populacional e<br />

dades, além de compro-<br />

trados 9.399 casos prová-<br />

ao clima do município.<br />

meter permanentemen-<br />

veis de dengue no país.<br />

Municípios com maior<br />

te a vida de indivíduos<br />

Nesse período, a região<br />

incidência e maiores<br />

que foram infectados.<br />

sudeste apresentou o<br />

populações tendem a<br />

No Brasil foram notifi-<br />

maior número de casos<br />

ser classificados como<br />

cados 2.788.522 casos<br />

prováveis (4.066 casos;<br />

transmissão persisten-<br />

de dengue no triênio<br />

43,3%) em relação ao<br />

te, sugerindo a existên-<br />

de 2018 a 2020, sendo<br />

total do país. Em seguida<br />

cia de tamanho crítico<br />

que 2.131.003 (76,4%)<br />

aparecem as regiões Cen-<br />

da comunidade. Essa<br />

obtiveram cura, 1.628<br />

tro-Oeste (2.481 casos;<br />

associação, no entan-<br />

(0,05%) evoluíram ao<br />

26,4%), Norte (1.056<br />

to, varia de acordo com<br />

óbito pela arbovirose,<br />

casos; 11,2%), Nordeste<br />

o estado, indicando a<br />

428 (0,01%) foram ao<br />

(914 casos; 9,7%) e Sul<br />

importância de outros<br />

óbito por outras causas,<br />

(882 casos; 9,4%) (GUY et<br />

fatores (ROY et al.,<br />

393 (0,01%) estão com<br />

al., 2011) (Figura 1).<br />

2021., DE ALMEIDA et<br />

o óbito em investigação,<br />

al., 2022.,).<br />

e 655.070 (23,4%) indi-<br />

O perfil epidemiológico<br />

víduos que não tiveram<br />

da dengue no Brasil foi<br />

A Evolução de Casos de<br />

os dados de evolução<br />

classificado em quatro<br />

Arbovirose - Dengue -<br />

preenchidos<br />

(PALANI-<br />

perfis distintos de trans-<br />

Entre 2018 e 2020<br />

CHAMY et al., 2023).<br />

missão:<br />

transmissão<br />

As arboviroses vem sen-<br />

persistente (7,8%), epi-<br />

do um problema notório<br />

Esse cenário problemáti-<br />

demia (21,3%), episódi-<br />

para a saúde pública, con-<br />

co requer políticas públi-<br />

ca/epidêmica (43,2%) e<br />

siderando que um mes-<br />

cas sérias de controle<br />

transmissão<br />

episódica<br />

mo vetor possui a capa-<br />

do vetor com o intuito<br />

(27,6%). Diferentes per-<br />

cidade de disseminar<br />

de reduzir essa escalada<br />

134 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


VIROLOGIA<br />

constante no país. Ressalta-se<br />

também a importância<br />

da comunicação e<br />

registro de casos encontrados,<br />

para que assim<br />

ocorra o controle dos<br />

números de dados corretos<br />

(Figura 2).<br />

Figura 2: Tratamento de suporte à infecção viral por dengue.<br />

Vacinas Contra a Dengue<br />

Nas últimas duas décadas,<br />

esforços para desenvolver<br />

vacinas seguras e<br />

eficazes para prevenir o<br />

vírus da dengue (DENV)<br />

têm enfrentado vários<br />

desafios, principalmente<br />

relacionados à complexidade<br />

da realização<br />

de estudos a longo prazo.<br />

Estes ensaios clínicos<br />

são desenvolvidos<br />

com o intuito de avaliar<br />

a eficácia e segurança<br />

da vacina para mitigar<br />

o risco de doença induzida<br />

por vacina, particularmente<br />

em crianças<br />

e possíveis eventos<br />

adversos pós-vacinação<br />

(SAAD., 2023). Existiam<br />

sete possibilidades<br />

em progresso, porém<br />

somente três apresentaram<br />

resultados promissores<br />

(Dengvaxia®,<br />

TV003, e TAK-003). Os<br />

desafios encontrados<br />

para o sucesso de uma<br />

vacina contra o vírus da<br />

dengue consistem principalmente<br />

em adequar<br />

proteção contra todos<br />

os quatros sorotipos<br />

existentes da infecção<br />

(CODECO et al., 2022).<br />

Desenvolvimento de<br />

Uma Vacina Tetravalente<br />

Desde o aumento exponencial<br />

dos casos de<br />

dengue em regiões<br />

endêmicas, os labora-<br />

136 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


VIROLOGIA<br />

tórios acadêmicos e<br />

empresas farmacêuticas<br />

empenham-se para<br />

a criação de uma vacina<br />

contra dengue, utilizando<br />

diferentes tecnologias,<br />

como: vacinas<br />

contendo vírus vivos<br />

atenuados; vetores virais<br />

recombinantes que<br />

expressam os antígenos<br />

do envelope (E) do vírus<br />

da dengue; proteínas<br />

recombinantes; e vacinas<br />

de DNA. Até o ano de<br />

2011 a vacina candidata<br />

era a desenvolvida pela<br />

Sanofi Pasteur, também<br />

conhecida como ChimeriVax,<br />

que é uma vacina<br />

tetravalente que contém<br />

vírus recombinantes atenuados<br />

e que tem como<br />

base a cepa da vacina<br />

17D contra a febre amarela<br />

(YF17D) (DOS SAN-<br />

TOS et al., 2022). ChimeriVax<br />

x teve origem na<br />

St. Louis University e foi<br />

aplicada por Guirakhoo<br />

et al na Acambis Inc. A<br />

vacina candidata foi testada<br />

em humanos, sendo<br />

imunogênica e segura.<br />

Os vírus que compõem<br />

a vacina recombinante<br />

tetravalente foram<br />

construídos por meio da<br />

substituição dos genes<br />

que codificam as proteínas<br />

da pré-membrana<br />

(prM) e do envelope (E)<br />

da cepa utilizada na vacina<br />

de febre amarela (YF<br />

17D 204) pelos respectivos<br />

genes de cada um<br />

dos quatro sorotipos da<br />

dengue (WOLLNER et al.,<br />

2021., DOS SANTOS et<br />

al., 2022., TORRES-FLO-<br />

RES et al., 2022).<br />

Aprovação de Uma<br />

Nova Vacina Pela Anvisa<br />

(Tak-003)<br />

Em março de 2023 foi<br />

aprovado pela Agência<br />

Nacional de Vigilância<br />

Sanitária (ANVISA)<br />

o registro de uma nova<br />

vacina contra a dengue,<br />

produzida pela empresa<br />

Takeda Pharma e nomeada<br />

de Qdenga. A vacina<br />

aprovada é composta<br />

por quatro sorotipos<br />

diferentes causadores da<br />

doença, garantindo uma<br />

ampla proteção.<br />

A vacina tetravalente<br />

contra dengue da Takeda<br />

(TAK-003), uma vacina<br />

viva atenuada baseada<br />

no sorotipo DENV-2, é<br />

a mais avançada entre as<br />

vacinas candidatas contra<br />

a dengue que estava<br />

em desenvolvimento<br />

(RIVERA et al., 2022).<br />

A aplicação deve ser feita<br />

por via subcutânea em<br />

esquema de duas doses,<br />

em intervalo de três meses<br />

entre as aplicações. É indicada<br />

para a população<br />

entre 4 e 60 anos, sem a<br />

necessidade de os indivíduos<br />

já terem sido infectados<br />

anteriormente (FURTADO<br />

et al., 2019., PALANICHAMY<br />

et al., 2023).<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

137


VIROLOGIA<br />

Considerações Finais<br />

Mesmo com a aprovação<br />

de vacinas comprovadamente<br />

eficazes contra o<br />

vírus da dengue (DENV),<br />

ainda não foi possível<br />

observar seus efeitos práticos<br />

na sociedade de forma<br />

significativa. Serão<br />

necessárias campanhas de<br />

vacinação nas áreas mais<br />

afetadas pela doença,<br />

principalmente nas áreas<br />

tropicais mais endêmicas<br />

do país. É notório que a<br />

utilização de vacinas para<br />

o combate contra o DENV<br />

seja essencial, porém,<br />

além de ser necessário<br />

uma campanha de incentivo<br />

à vacinação, é latente<br />

a presença de educação<br />

ambiental nas áreas mais<br />

acometidas para a geração<br />

atual e principalmente as<br />

futuras ações públicas e de<br />

vigilância epidemiológica<br />

atuarem em conjunto, a<br />

fim de diminuir a transmissão<br />

drasticamente, melhorando<br />

a economia e saúde<br />

pública como um todo.<br />

Agradecimentos<br />

À nossa orientadora Profa.<br />

Rachel Simões pela<br />

oportunidade no desenvolvimento<br />

deste trabalho<br />

e incentivo à pesquisa<br />

e extensão.<br />

Autoras:<br />

Rachel Siqueira de Queiroz Simões<br />

Docente de Virologia Geral, Coordenadora do curso de<br />

Medicina Veterinária; Departamento de Ciências da<br />

Saúde e Agrárias, Universidade Santa Úrsula, Campus<br />

Botafogo, Rio de Janeiro.<br />

Mariana Cortez Matias e Silva<br />

Graduanda do curso de Medicina Veterinária;<br />

Departamento de Ciências da Saúde e Agrárias,<br />

Universidade Santa Úrsula, Campus Botafogo,<br />

Rio de Janeiro.<br />

Referências Bibliográficas<br />

CODECO, C. T. et al. Fast expansion of dengue<br />

in Brazil. Lancet regional health. Americas, v.<br />

12, n. 100274, p. 100274, 2022.<br />

DE ALMEIDA, I. F.; LANA, R. M.; CODEÇO, C. T.<br />

How heterogeneous is the dengue transmission<br />

profile in Brazil? A study in six Brazilian<br />

states. PLoS neglected tropical diseases, v.<br />

16, n. 9, p. e0010746, 2022.<br />

DOS SANTOS, N. R. et al. A evolução DE<br />

casos DE arboviroses dengue, Chikungunya<br />

e Zika vírus no brasil entre 2018 e<br />

2020. The Brazilian journal of infectious<br />

diseases: an official publication of the Brazilian<br />

Society of Infectious Diseases, v. 26,<br />

n. 101956, p. 101956, 2022.<br />

FURTADO, A. N. R. et al. Dengue e seus avanços.<br />

RBAC, v. 51, n. 3, 2019.<br />

GUY, B. et al. Desenvolvimento de uma<br />

vacina tetravalente contra dengue. <strong>Revista</strong><br />

pan-amazonica de saude, v. 2, n. 2, p.<br />

51–64, 2011.<br />

PALANICHAMY KALA, M.; ST JOHN, A. L.;<br />

RATHORE, A. P. S. Dengue: Update on clinically<br />

relevant therapeutic strategies and<br />

vaccines. Current treatment options in infectious<br />

diseases, v. 15, n. 2, p. 27–52, 2023.<br />

RIVERA, L. et al. Three-year efficacy and<br />

safety of takeda’s dengue vaccine candidate<br />

(TAK-003). Clinical infectious diseases:<br />

an official publication of the Infectious<br />

Diseases Society of America, v. 75, n.<br />

1, p. 107–117, 2022.<br />

ROY, S. K.; BHATTACHARJEE, S. Dengue virus:<br />

epidemiology, biology, and disease aetiology.<br />

Canadian Journal of Microbiology, v. 67,<br />

n. 10, p. 687–702, 2021.<br />

SAAD, M. A. Anvisa aprova nova vacina<br />

contra a dengue. Disponível em: . Acesso em: 24 maio. 2023.<br />

TORRES-FLORES, J. M.; REYES-SANDOVAL, A.;<br />

SALAZAR, M. I. Dengue vaccines: An update.<br />

BioDrugs: clinical immunotherapeutics, biopharmaceuticals<br />

and gene therapy, v. 36, n.<br />

3, p. 325–336, 2022.<br />

WOLLNER, C. J. et al. A dengue virus serotype<br />

1 mRNA-LNP vaccine elicits protective immune<br />

responses. Journal of Virology, v. 95, n. 12, 2021.<br />

Rafaella Dias Botelho<br />

Graduanda do curso de Medicina Veterinária;<br />

Departamento de Ciências da Saúde e Agrárias,<br />

Universidade Santa Úrsula, Campus Botafogo,<br />

Rio de Janeiro.<br />

138 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


DESIGN<br />

AWARD<br />

2021<br />

BC-760 & BC-780<br />

Analisador Automático de Hematologia com VHS<br />

Superando Expectativas<br />

Excelente desempenho, alta confiabilidade e facilidade de uso<br />

1<br />

2<br />

3<br />

4<br />

RFID<br />

Gerenciamento de<br />

Criptografia.<br />

labXpert<br />

Mesmo software da<br />

série BC-6.<br />

Acompanha o<br />

analisador.<br />

Tela Flutuante<br />

É possível alternar o<br />

modo de análise com<br />

um único toque.<br />

Aplicável a diferentes<br />

tipos de amostras<br />

Sangue periférico/<br />

Sangue capilar.<br />

Pré-diluído/<br />

Líquidos corporais.<br />

STAT<br />

Suporta amostras de<br />

urgência em modo<br />

fechado,<br />

minimizando riscos<br />

biológicos.<br />

Carregamento Contínuo<br />

5 posições x 6 racks<br />

Uma solução completa que supera todas as expectativas<br />

Excelente performance<br />

Resultados confiáveis para<br />

amostras normais e patológicas<br />

Alta Funcionalidade<br />

A detecção integrada HEM+VHS<br />

fornece uma ferramenta abrangente<br />

para detecção inflamatória.<br />

PLT-H Óptico garante resultados de PLT<br />

confiáveis, mesmo com interferentes.<br />

SF Cube<br />

SF SF Cube 3D 3D plataforma fluorescente<br />

IMG/NRBC parâmetros reportáveis<br />

Medição Medição precisa para contagem de de baixo baixo<br />

WBC/PLT<br />

WBC/PLT<br />

Alta estabilidade para as amostras<br />

Alta<br />

24h<br />

estabilidade<br />

(temperatura<br />

para<br />

ambiente)<br />

as amostras<br />

24h 48h (temperatura (refrigerada) ambiente)<br />

48h (refrigerada)<br />

Excelência interativa<br />

Detalhes refinados para uma<br />

melhor experiência do usuário<br />

Vídeos iHelp<br />

Tela flutuante<br />

Manutenções de fácil execução<br />

Analisador integrado HEM+VHS<br />

PLT-H Óptica em todas as contagens<br />

Análise de líquidos corporais<br />

Fale conosco através do nosso SAC:<br />

* sac.br@mindray.com<br />

<br />

0800 8789 911


BLOG DOS CIENTISTAS<br />

EMPREENDEDORISMO CIENTÍFICO E<br />

CIÊNCIA ABERTA<br />

Por Ingrid Ferreira Costa<br />

A evolução tecnológica<br />

tem acontecido com<br />

maior velocidade nos<br />

últimos anos, principalmente<br />

com as adversidades<br />

da pandemia. Dessa<br />

forma, as empresas têm<br />

apostado mais no empreendedorismo<br />

científico e<br />

na ciência aberta.<br />

Esses dois termos atuam<br />

juntos da inovação aberta,<br />

que tem crescido em<br />

popularidade na Europa<br />

e nos Estados Unidos.<br />

Segundo pesquisas, 78%<br />

das empresas nessas regiões<br />

atuam com processos<br />

de inovação aberta.<br />

Mas por que essas<br />

empresas fazem isso?<br />

O que é empreendedorismo<br />

científico?<br />

“Existe um grande poço<br />

de recursos e conhecimentos<br />

não utilizados<br />

que podem ser libera-<br />

dos se pudermos encontrar<br />

maneiras de fazê-lo.”<br />

(Henry Chesbrough)<br />

O empreendedorismo<br />

científico é a busca por<br />

novos desenvolvimentos<br />

científicos ou tecnologias<br />

inovadoras com grande<br />

potencial de mercado.<br />

Sendo assim, a ideia<br />

é simples: pegar essas<br />

ideias e patenteá-las.<br />

A princípio, essa prática<br />

tem ajudado a transformar<br />

pesquisas em produtos<br />

mais viáveis e acessíveis<br />

para a população.<br />

Em contrapartida, o que<br />

ocorre muito no desenvolvimento<br />

científico é<br />

que ele acaba não passando<br />

do investimento<br />

público, ficando no vale<br />

da morte da inovação.<br />

Os principais problemas<br />

são:<br />

- Dificuldade em sair do<br />

estágio inicial de evolução;<br />

- Projetos que não são<br />

pensados com noções de<br />

mercado e viabilidade;<br />

- Falta de infraestrutura<br />

para teste em ambientes<br />

reais.<br />

Como o empreendedorismo<br />

científico resolve<br />

isso?<br />

1. Mapeando as barreiras<br />

que impedem a implementação<br />

da tecnologia;<br />

140 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


2. Envolvendo as partes<br />

interessadas (stakeholders)<br />

no projeto;<br />

3. Aplicando a gestão de<br />

recursos no desenvolvimento<br />

científico;<br />

4. Buscando programas<br />

de aceleração e desenvolvimento;<br />

5. Pensando mais na prática<br />

do projeto e menos<br />

na técnica.<br />

Por isso, para o empreendedorismo<br />

científico funcionar,<br />

é necessária outra<br />

figura no meio: a ciência<br />

aberta e os diferentes<br />

tipos de inovação aberta!<br />

O que é ciência aberta?<br />

A ciência aberta se trata<br />

de um movimento que<br />

traz mudanças estruturais<br />

na forma como o<br />

conhecimento científico<br />

é produzido, compartilhado<br />

e reutilizado. Sendo<br />

assim, sua ideia é promover<br />

uma ciência mais<br />

colaborativa, transparente<br />

e sustentável.<br />

Portanto, isso está alinhado<br />

com a quebra da mentalidade<br />

de silo comum<br />

nas empresas, que buscam<br />

justamente o sigilo<br />

de sua cultura corporativa.<br />

Dessa forma, a ciência<br />

aberta está alinhada com<br />

a inovação aberta.<br />

O que é a inovação<br />

aberta?<br />

A inovação aberta se trata<br />

de um modelo de gestão<br />

empresarial que se volta<br />

para a inovação. Sendo<br />

assim, esse modelo promove<br />

a colaboração com<br />

pessoas e organização<br />

externas à empresa, quebrando<br />

com a mentalidade<br />

de silo.<br />

Com a adoção desse<br />

modelo, fica mais fácil de<br />

pôr em prática o empreendedorismo<br />

científico.<br />

Afinal, existe mais de um<br />

tipo de inovação aberta.<br />

Quais são os tipos de<br />

inovação aberta?<br />

- Co-desenvolvimento: o<br />

co-desenvolvimento se<br />

trata da relação entre uma<br />

startup (ou tecnologia<br />

vinda de uma universidade<br />

ou centro de pesquisa)<br />

e uma grande empresa;<br />

BLOG DOS CIENTISTAS<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

141


BLOG DOS CIENTISTAS<br />

- Licenciamento: em troca<br />

do pagamento de royalties<br />

para o detentor da<br />

propriedade intelectual,<br />

a empresa pode explorar<br />

uma nova tecnologia;<br />

- Aquisição: se trata da compra<br />

de uma empresa nascente,<br />

o que leva à incorporação<br />

das tecnologias;<br />

- Contratação: se trata de<br />

um acordo, onde um serviço<br />

é prestado mediante<br />

pagamento;<br />

- Financiamento ou investimento:<br />

as grandes empresas<br />

financiam novas tecnologias<br />

fomentando a evolução tecnológica<br />

e a criação de uma<br />

nova solução!<br />

Qual é a importância da<br />

inovação aberta?<br />

Ao adotar um modelo de<br />

gestão empresarial mais<br />

disruptivo, aumenta a<br />

competitividade, portanto,<br />

a inovação aberta é a<br />

opção mais viável quando<br />

as empresas reconhecem<br />

que há mais conhecimento<br />

disponível do lado de<br />

fora da sua estrutura.<br />

Dessa forma, os benefícios<br />

que a inovação<br />

aberta garante são:<br />

- Redução de custos;<br />

- Desenvolvimento de produtos<br />

com maior envolvimento<br />

dos clientes;<br />

- Maior valor agregado<br />

à marca;<br />

- A chance de desenvolver<br />

parcerias lucrativas.<br />

Quais são os critérios<br />

para parcerias estratégicas?<br />

A parceria estratégica se<br />

trata da aliança entre uma<br />

ou mais organizações para<br />

oferecer suporte mútuo<br />

na conquista de objetivos<br />

comuns. Por exemplo, a<br />

aliança entre a startup e<br />

uma grande empresa.<br />

Tais parcerias são ótimas<br />

para diminuir os problemas<br />

internos e potencializar<br />

as competências.<br />

Em contrapartida, para<br />

ser uma parceria lucrativa,<br />

é necessário o atendimento<br />

de certos critérios:<br />

- Infraestrutura: a grande<br />

empresa deve fornecer<br />

infraestrutura para<br />

o desenvolvimento de<br />

novos projetos<br />

- Recursos financeiros: a<br />

parceria lucrativa deve<br />

facilitar na captação de<br />

recursos financeiros<br />

- Burocracias regulatórias:<br />

as parcerias corporativas<br />

costumam reduzir os prazos<br />

para a certificação de<br />

produtos e outros procedimentos.<br />

Com isso, agilizam<br />

no desenvolvimento<br />

- Taxa de riscos: os riscos<br />

inicialmente concentrados<br />

no cientista acabam<br />

sendo divididos com os<br />

parceiros!<br />

Onde entra a gestão de<br />

inovação nessa história?<br />

A gestão de inovação se<br />

trata da estrutura do processo<br />

de aprimoramento<br />

em seu começo, meio<br />

e fim. Ela estabelece os<br />

meios e métodos para a<br />

geração de valor, ajudando<br />

assim na concretização<br />

de novas ideias.<br />

142 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


BLOG DOS CIENTISTAS<br />

Considerando que toda<br />

organização quer inovar,<br />

é necessário que haja um<br />

processo bem estabelecido<br />

que permita que a inovação<br />

ocorra de maneira<br />

contínua. Dessa forma,<br />

algumas práticas devem<br />

orientar a gestão:<br />

- Alinhamento de prioridades<br />

entre as equipes<br />

disponíveis<br />

- Definição de acordos<br />

formais, com metas e<br />

objetivos bem claros.<br />

Com isso, você evita disputas<br />

antagônicas<br />

- Construção de parcerias<br />

com culturas semelhantes<br />

e conhecimentos diferentes<br />

E onde entra a prospecção<br />

de tecnologia na gestão?<br />

A prospecção de tecnologia<br />

pode ser entendida<br />

como o planejamento<br />

sistemático para o mapeamento<br />

de desenvolvimentos<br />

científicos futuros.<br />

Através de métodos quantitativos<br />

e qualitativos, as<br />

empresas preveem os projetos<br />

mais impactantes.<br />

Dessa forma, a prospecção<br />

tecnológica acaba<br />

fazendo parte da gestão,<br />

com a equipe buscando<br />

avaliar o panorama atual<br />

do mercado. Com isso,<br />

pretende ver quais são as<br />

lacunas do mercado que<br />

serão preenchidas por<br />

essas novas tecnologias.<br />

Conclusão<br />

Em síntese, o empreendedorismo<br />

científico e a<br />

ciência aberta andam de<br />

mãos dadas, promovendo<br />

trabalhos científicos<br />

para o mercado. Portanto,<br />

isso é ótimo para o<br />

cientista, que garante o<br />

seu reconhecimento e<br />

faz o seu projeto alcançar<br />

um público maior!<br />

Conheça a plataforma da<br />

Biochemie Academy com<br />

cursos de Química Industrial,<br />

Gestão da Qualidade e<br />

Biotecnologia. E se eventualmente,<br />

você tiver interesse<br />

em cursos, treinamentos<br />

in company ou dúvidas<br />

sobre esse tema, entre em<br />

contato pelo e-mail:<br />

contato@biochemie.com.br<br />

Autora:<br />

Ingrid Ferreira Costa<br />

Founder & CEO da Biochemie. Bacharel em Química. Bacharel em Química com Atribuições Tecnológicas. Mestrado em Ciências Farmacêuticas.<br />

Especialista em Growth Hacking. MBA em Marketing Estratégico Digital. Auditora Interna na ABNT ISO/IEC 17025:2017. Auditora Externa<br />

na ABNT ISO/IEC 17025:2017. Auditora Interna na ABNT ISO/IEC ISO 9001:2015. Auditora Líder na ABNT ISO/IEC 17025:2017, ABNT ISO/IEC<br />

15189:2015 e ABNT ISO/IEC 17043:2011. Se você tiver interesse em cursos, treinamentos in company ou dúvidas sobre esse tema, entre em<br />

contato pelo e-mail: contato@biochemie.com.br.<br />

Fonte: https://biochemie.com.br/empreendedorismo-cientifico/empreendedorismo-cientifico-e-ciencia-aberta/<br />

144 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


CelltacG+ inclui parâmetros de<br />

reticulócitos recém-integrados<br />

identificados por meio da<br />

tecnologia exclusiva,<br />

DynaScatter Laser+HEM488.<br />

No CelltacG+, um laser azul de 488 nm foi recentemente integrado à tecnologia para<br />

medição dos reticulócitos.<br />

- A solução de coloração de ácido nucleico cora DNA e RNA.<br />

- As células coradas são excitadas pelo laser azul e dois tipos de fluorescência são<br />

gerados.<br />

- O tamanho da célula é calculado a partir da luz espalhada para a frente. As<br />

informações de DNA são calculadas por luz fluorescente verde e as informações de<br />

RNA são calculadas por luz fluorescente vermelha.<br />

- A densidade fluorescente é importante para identificar a quantidade de reticulócitos,<br />

através do diagrama de dispersão RNP* minimiza-se a influência de substâncias<br />

interferentes para um resultado de reticulócitos mais preciso.<br />

Siga nossas redes sociais e fique ligado<br />

em todas as novidades!<br />

NIHON KOHDEN CORPORATION<br />

1-31-4 Nishiochiai, Shinjuku-ku, Tokyo 161-8560 - Japan<br />

Phone + 81 (3) 5996-8036 | Fax +81 (3) 5996-8100<br />

NIHON KOHDEN DO BRASIL LTDA.<br />

Alameda Júpiter, 634 - American Park Empresarial Nr, Indaiatuba – SP<br />

Tel.: +55 11 3044-1700 | Fax +55 11 3044-0463<br />

br.nihonkohden.com


MINUTO LABORATÓRIO<br />

O QUE MUDOU COM A ATUALIZAÇÃO<br />

RDC 302/2005 PARA A RDC 786/2023?<br />

Por Fábia Bezerra, Louise Fabri, Cristhian Roiz.<br />

Logo de início, podemos<br />

falar da ampliação dos<br />

serviços de exame de<br />

análises clínicas (EAC)<br />

nas farmácias e clínicas.<br />

A resolução aprovada<br />

categorizou os serviços<br />

de saúde que realizam<br />

atividades relacionadas<br />

a exames de análises clínicas<br />

e este era o principal<br />

tema que se discutiu<br />

ao longo da revisão das<br />

Resoluções da Diretoria<br />

Colegiada (RDC) que<br />

consiste em uma série<br />

de normas regulamentares<br />

cujo objetivo é atribuir<br />

responsabilidades a<br />

empresas e profissionais<br />

a fim de garantir as Boas<br />

Práticas mantendo os<br />

padrões de qualidade<br />

dos produtos e serviços<br />

destinados à saúde<br />

da população.<br />

De um lado, tínhamos as<br />

farmácias e clínicas que há<br />

muito tempo reivindicavam<br />

esta autorização e do<br />

outro, os laboratórios de<br />

análises clínicas que viam<br />

esta possibilidade como<br />

um risco – tanto no fator<br />

perda de clientes, como na<br />

preocupação com a interpretação<br />

destes resultados<br />

por pessoas leigas.<br />

E ainda existia um terceiro<br />

grupo, dos médicos que<br />

dividam opiniões, onde<br />

alguns consideram muito<br />

prática e rápida a execução<br />

de alguns exames em<br />

seus consultórios e/ou farmácias<br />

e outros que compartilham<br />

o mesmo sentimento<br />

dos laboratórios<br />

sobre o risco das conclusões<br />

precipitadas podendo<br />

levar inclusive as pessoas<br />

a se automedicarem.<br />

No fim, ficou estabelecido<br />

que a norma aprovada<br />

possibilita a realização<br />

de testes de triagem nas<br />

farmácias, consultórios e<br />

postos de coleta, os quais<br />

não ultrapassam o diagnóstico<br />

laboratorial convencional<br />

e nem o substituem,<br />

pois a sua atuação é<br />

complementar, com finalidades<br />

distintas no atendimento<br />

à população.<br />

Catequizou-se os serviços<br />

de acordo com a sua<br />

complexidade e infraestrutura:<br />

I - Serviço tipo I: farmácias<br />

e consultórios isolados.<br />

II - Serviço tipo II: postos<br />

de coleta.<br />

III - Serviço tipo III: laboratórios<br />

clínicos, laboratórios<br />

de apoio e laboratórios de<br />

anatomia patológica.<br />

146 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


Além dessa resolução,<br />

podemos citar mudanças<br />

em Inovações tecnológicas;<br />

segurança do<br />

paciente; rastreabilidade<br />

dos processos; infraestrutura<br />

e aprimoramento do<br />

controle de qualidade.<br />

O laboratório clínico deve<br />

realizar Controle Interno<br />

da Qualidade contemplando:<br />

Monitoramento<br />

do processo analítico<br />

pela análise das amostras<br />

controle, com registro<br />

dos resultados obtidos e<br />

análise dos dados; definição<br />

dos critérios de<br />

aceitação dos resultados<br />

por tipo de analito e de<br />

acordo com a metodologia<br />

utilizada; liberação ou<br />

rejeição das análises após<br />

avaliação dos resultados<br />

das amostras controle.<br />

Deve participar de Ensaios<br />

de Proficiência para todos<br />

os exames realizados na<br />

sua rotina. A participação<br />

em Ensaios de Proficiência<br />

deve ser individual para<br />

cada unidade do laboratório<br />

clínico que realiza<br />

as análises; o laboratório<br />

clínico deve registrar os<br />

resultados do Controle<br />

Externo da Qualidade, inadequações,<br />

investigação<br />

de causas e ações tomadas<br />

para os resultados<br />

rejeitados ou nos quais a<br />

proficiência não foi obtida;<br />

as amostras controle<br />

devem ser analisadas<br />

da mesma forma que as<br />

amostras dos pacientes.<br />

Quanto ao Programa de<br />

Educação Permanente,<br />

deve contemplar capacitações<br />

e treinamentos inicial<br />

e periódicos, teórico e prático<br />

com frequência mínima<br />

anual; baseados em<br />

abordagem de riscos, sempre<br />

que novos processos,<br />

técnicas ou tecnologias<br />

forem implementados, ou<br />

antes de novas pessoas<br />

integrarem os processos; e<br />

metodologia de avaliação<br />

de forma a demonstrar a<br />

eficácia das ações de capacitação<br />

e treinamento.<br />

As capacitações e treinamentos<br />

periódicos<br />

devem contemplar, no<br />

mínimo Instruções escritas;<br />

segurança do paciente;<br />

gerenciamento dos<br />

riscos inerentes às tecnologias<br />

utilizadas; e programa<br />

de garantia da qualidade.<br />

As capacitações e<br />

os treinamentos devem<br />

ser registrados, contendo<br />

data, horário, carga horária,<br />

conteúdo ministrado,<br />

nome e a formação ou<br />

capacitação profissional<br />

do instrutor e dos trabalhadores<br />

envolvidos.<br />

Sobre os Principais eixos<br />

das mudanças temos a<br />

modernização do instrumento<br />

regulatório para<br />

tratar do funcionamento<br />

dos laboratórios clínicos<br />

e postos de coleta, e<br />

todos os aspectos técnico/sanitários<br />

relacionados<br />

à execução dos exames<br />

de análises clínicas;<br />

expansão das atividades<br />

relacionadas aos exames<br />

de análises clínicas para<br />

MINUTO LABORATÓRIO<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

147


MINUTO LABORATÓRIO<br />

além dessas estruturas;<br />

regulamentação do<br />

envio de material biológico<br />

para análise por laboratório<br />

clínico localizado<br />

no exterior; maior clareza<br />

nos critérios de envio de<br />

material biológico aos<br />

laboratórios de apoio.<br />

Além disso, a partir do<br />

momento que entrar em<br />

vigor no dia 01 de agosto,<br />

teremos o aumento da<br />

abrangência da Norma -<br />

com a inclusão de laboratórios<br />

anatomopatológicos<br />

e de toxicologia, a<br />

assinatura do profissional<br />

que o liberou deve ser<br />

manuscrita ou em formato<br />

digital, com utilização<br />

de processo de certificação<br />

na forma disciplinada<br />

pela Medida Provisória<br />

nº 2.200-2/2001. Não<br />

será possível usar uma<br />

assinatura escaneada do<br />

técnico responsável pelo<br />

laudo, uma vez que ela<br />

não gera a mesma autenticidade<br />

que uma assinatura<br />

digital. E, embora<br />

seja uma regra inflexível,<br />

há a possibilidade de o<br />

laboratório clínico decidir<br />

pela melhor solução técnica<br />

para atender às suas<br />

necessidades e objetivos.<br />

Um ponto bem importante<br />

discutido e questionado<br />

a ANVISA por Cristhian<br />

Roiz foi sobre o artigo 110<br />

da nova RDC. O ponto<br />

crucial questionado que<br />

gera dúvidas no setor de<br />

análises clínicas e afins, é:<br />

"(...) determina que todo<br />

material biológico transportado<br />

deve conter, em<br />

sua embalagem terciária,<br />

dados dos exames solicitados,<br />

do material biológico<br />

coletado, do paciente<br />

e do solicitante."<br />

Considerando que tais<br />

embalagens são acessíveis<br />

a todo e qualquer<br />

indivíduo, inserido ou<br />

não no contexto EAC<br />

(temos embarques aéreos,<br />

por exemplo, onde<br />

os agentes aeroportuários<br />

têm acesso à estas<br />

embalagens necessariamente)<br />

e consequentemente<br />

possibilitando<br />

que suas informações<br />

externamente nelas contida<br />

possam também<br />

estar visíveis, entendemos<br />

que tal fato implicaria<br />

desacato a lei<br />

de proteção de dados<br />

amplamente divulgada<br />

e conhecida no país.<br />

Houve o retorno do setor<br />

técnico/Gerência de<br />

Regulamentação e Controle<br />

Sanitário em Serviços<br />

de Saúde (GRECS)<br />

contudo, o retorno recebido<br />

da GRECS não traz<br />

entendimento em ser<br />

necessária uma revisão<br />

para análise de uma adequação<br />

à esta questão,<br />

entendendo, portanto,<br />

148 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


MINUTO LABORATÓRIO<br />

que o texto está adequado<br />

e em conformidade<br />

à exigência cabível ao<br />

ambiente que se propõe<br />

a resolução (EAC). Contudo,<br />

traz em sua resposta<br />

pela decisão em ser<br />

adotada ou não pelos<br />

laboratórios (?) a forma<br />

que estas informações<br />

devem ser inseridas nas<br />

embalagens terciárias, a<br />

fim de se preservar e ser<br />

acatado a LGPD. Neste<br />

sentido, caso tenhamos<br />

que assim acatar (RDC e<br />

LGPD), poderíamos ter<br />

como solução resguardar<br />

os dados externamente<br />

à embalagem,<br />

desde que contidos em<br />

local específico contudo,<br />

que não permitam a<br />

visão ao ambiente externo,<br />

como exemplo, dentro<br />

de embalagens não<br />

transparentes? Poderíamos<br />

adotar, se possível,<br />

metodologia QR CODE<br />

que contenha acesso às<br />

informações somente se<br />

a leitura ocorresse? Isto<br />

implicaria em um custo<br />

inacessível a pequenos<br />

laboratórios, assim como<br />

aumento de custos aos<br />

demais com maior porte<br />

(médio e grande laboratório)?<br />

Isto traria à luz<br />

a necessidade de uma<br />

revisão nos processos<br />

logísticos (POPs, Manuais,<br />

Capacitação de equipe<br />

técnica e logística)?<br />

Por fim, a intenção é<br />

repassar este retorno<br />

da ANVISA (concedido<br />

pela GRECS) no intuito<br />

de contribuir e dar acesso<br />

ao nicho da saúde,<br />

quais também contém a<br />

mesma dúvida pelo artigo<br />

110 da resolução, nos<br />

trazendo a conduta a ser<br />

tomada em face à resolução<br />

786 após questionamento<br />

realizado. Segue<br />

em destaque o contexto,<br />

“.... Cabe ao Serviço que<br />

executa EAC determinar a<br />

forma de encaminhamento<br />

de modo a obedecer a<br />

Lei nº 13.709, de 14 de<br />

agosto de 2018, Lei Geral<br />

de Proteção de Dados -<br />

LGPD, e outros instrumentos<br />

legais pertinentes.”<br />

Continuaremos no radar<br />

destas questões.<br />

Referência:<br />

https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/<br />

resolucao-rdc-n-786-de-5-de-maio-<br />

-de-2023-482394228<br />

Autoras:<br />

Fábia Bezerra Louise Fabri Cristhian Roiz<br />

Biomédica, Auditora; Gerente<br />

da Qualidade Corporativa na<br />

Hapvida /Diagnósticos.<br />

Biomédica, Bacharel em<br />

Direito, Gerente do Núcleo<br />

Técnico Operacional da<br />

Hapvida/ Recife PE.<br />

Biomédico, Revisor<br />

Participativo da RDC 20<br />

Anvisa, ANTT 420 e CEO do<br />

Grupo Biocarga.<br />

150 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


EPIDEMIOLOGIA<br />

CÂNCER DE PULMÃO<br />

ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS<br />

Por Paulo Mafra<br />

Estimado leitor, chegamos<br />

a quinta coluna de<br />

epidemiologia, onde<br />

abordarei uma patologia<br />

silenciosa e que<br />

vem ganhando espaço e<br />

chega a surpreender as<br />

posições que ocupa nos<br />

dados epidemiológicos,<br />

estando a frente de cânceres<br />

mais habituais. Está<br />

patologia não possui um<br />

único fator causador, mas<br />

está associado a diversas<br />

causas. Desde já desejo<br />

uma boa leitura e espero<br />

que o texto supra as<br />

expectativas.<br />

O câncer caracteriza um<br />

grave problema associado<br />

a saúde pública no<br />

mundo, essa patologia é<br />

resultado de um crescimento<br />

desordenado de<br />

células anormais, e possuem<br />

o potencial de invadir<br />

tecidos e órgãos. Ocupando<br />

a segunda posição<br />

das doenças crônicas não<br />

transmissíveis (DCNT)<br />

que mais possuem óbitos<br />

tanto em países desenvolvidos<br />

como em desenvolvimento.<br />

Se destaca<br />

devido ao aumento de<br />

sua incidência e mortalidade,<br />

especialmente pelo<br />

envelhecimento populacional<br />

acelerado e exposição<br />

a fatores de risco.<br />

As estimativas brasileiras<br />

segundo o INCA para o<br />

triênio 2023 – 2025 são<br />

de 704 mil novos casos<br />

notificados para cada<br />

ano com ênfase para as<br />

regiões Sul e Sudeste os<br />

quais concentram 70%<br />

da incidência.<br />

O câncer de pulmão é a<br />

neoplasia maligna que<br />

mais causa óbitos no ocidente.<br />

Segundo a Organização<br />

Mundial da Saúde<br />

(OMS) e o Instituto Nacional<br />

do Câncer (INCA) a<br />

incidência desta neoplasia<br />

está em crescimento acelerado<br />

no Brasil. De acordo<br />

com as estimativas encontra-se<br />

em terceiro lugar<br />

entre homens e quarto<br />

entre mulheres como neoplasia<br />

mais comum em<br />

solo brasileiro.<br />

A neoplasia de pulmão<br />

pode ser classificada<br />

através das células precursoras,<br />

sendo células<br />

pequenas e células não<br />

pequenas, a maior prevalência<br />

é da neoplasia de<br />

células não pequenas a<br />

qual abrange o carcinoma<br />

de células escamosas ou<br />

espinocelular sendo mais<br />

comum em homens, carcinoma<br />

de células grandes<br />

e o adenocarcinoma<br />

mais comum em mulheres;<br />

o de células pequenas<br />

é menos habitual e está<br />

propenso a se espalhar de<br />

forma mais rápida.<br />

152 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


A associação do tabaco<br />

como fator principal<br />

para o desenvolvimento<br />

do câncer de pulmão é<br />

antiga e sua ocorrência<br />

está associada ao tempo<br />

submetido ao fumo.<br />

Pesquisas estimam que<br />

essa relação é de aproximadamente<br />

71% nas<br />

mortes causadas por<br />

essa neoplasia, nos Estados<br />

Unidos da América<br />

80% dos óbitos por<br />

câncer de pulmão ainda<br />

são causadas pelo tabagismo.<br />

Outras causas<br />

como tabagismo passivo,<br />

exposição à radiação,<br />

elementos químicos,<br />

poluição do ar, doença<br />

pulmonar obstrutiva<br />

crônica (DPOC), fatores<br />

genéticos e histórico<br />

familiar podem levar ao<br />

indivíduo a desenvolver<br />

o câncer de pulmão.<br />

Durante o uso do tabaco<br />

o indivíduo fica exposto<br />

diretamente a mais de<br />

4.700 substancias químicas<br />

tóxicas, onde aproximadamente<br />

50 são cancerígenas<br />

predispondo<br />

o paciente a outros tipos<br />

de cânceres, como traqueia<br />

e brônquios, se torna<br />

também susceptível<br />

ao aumento de doenças<br />

cardiovasculares.<br />

A identificação da doença<br />

na maioria dos casos<br />

é realizada através de<br />

exames de imagem,<br />

broncoscopia associado<br />

a biópsia. O maior dos<br />

desafios é o diagnóstico<br />

precoce, onde grande<br />

parte dos casos já é identificado<br />

na fase tardia,<br />

para que isso possa ser<br />

realizado é necessário a<br />

observação dos sinais e<br />

sintomas apresentados<br />

pelo paciente, que são:<br />

hemoptise, tosse com<br />

rouquidão persistente,<br />

dor no tórax, dispneia,<br />

astenia e perca de peso<br />

sem causa aparente.<br />

Grande parte dos tabagistas<br />

apresentam de forma<br />

elevada no sangue o antígeno<br />

carcinoembrionário,<br />

possibilitando uma detecção<br />

antecipada precedente<br />

a progressão tumoral,<br />

assegurando uma intervenção<br />

precoce, dificultando<br />

assim o processo de<br />

infiltração e de metástase.<br />

O tratamento do CA de<br />

pulmão inclui a cirurgia<br />

quimioterapia, radioterapia,<br />

terapia alvo ou uma<br />

associação envolvendo<br />

essas modalidades de<br />

tratamento. A cirurgia<br />

fundamenta-se na retirada<br />

do tumor e remoção<br />

dos linfonodos próximos<br />

ao pulmão e no mediastino,<br />

as cirurgias podem ser<br />

do tipo: segmentectomia<br />

e ressecção em cunha<br />

(quando uma pequena<br />

parte do pulmão é removida),<br />

lobectomia (todo o<br />

lobo pulmonar afetado<br />

pelo tumor é removido) e<br />

pneumectomia (remoção<br />

completa do pulmão).<br />

EPIDEMIOLOGIA<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

153


EPIDEMIOLOGIA<br />

O câncer de pulmão<br />

encontra-se em segundo<br />

lugar como o câncer mais<br />

incidente mundialmente,<br />

com 2,2 milhões (11,4%)<br />

de casos, ficando atrás<br />

do câncer de mama feminina<br />

com 2,3 milhões<br />

(11,7%). Nos homens é o<br />

mais frequente com 1,4<br />

milhão (14,3%) de casos<br />

novos, ficando à frente do<br />

câncer de próstata com<br />

1,4 milhão (14,1%). Nas<br />

mulheres ocupa o terceiro<br />

lugar de casos novos<br />

com 771 mil (8,4%) ficando<br />

atrás do câncer de<br />

mama com 2,3 milhões<br />

(24,5%) e do câncer de<br />

cólon e reto com 865 mil<br />

(8,4%) e fica afrente do<br />

câncer de colo de útero<br />

com 604 (6,5%).<br />

Os valores estimados<br />

para cada ano do triênio<br />

2023 – 2025 do câncer<br />

de pulmão é 32.560 mil<br />

(4,6%) casos, essas estimativas<br />

são apresentadas<br />

Imagem 1 - Estimativas de novos casos de câncer, em homens, para 2023-2025.<br />

Imagem 2 - Estimativas de novos casos de câncer, em mulheres, para 2023-2025.<br />

em taxas brutas e ajustadas<br />

(população – padrão<br />

mundial) de incidência<br />

por 100 mil habitantes e<br />

segundo sexo e localização<br />

do câncer.<br />

Em indivíduos do sexo masculino<br />

estima-se aproximadamente<br />

18.020 casos,<br />

com uma taxa bruta de<br />

17,06 e ajustada de 12,43<br />

(Imagem 1); enquanto em<br />

indivíduos do sexo feminino<br />

apresentam 14.540<br />

casos, com 13,15 de taxa<br />

bruta e 9,26 de taxa ajustada<br />

(Imagem 2).<br />

154 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


Sua melhor<br />

escolha<br />

BUNZL SAÚDE<br />

Canais de Atendimento<br />

Nossos telefones:<br />

(11) 3652-2525<br />

(11) 3195-8640<br />

WhatsApp:<br />

(11) 94481-3168<br />

E-commerce:<br />

bunzlsaude.com.br<br />

E-mail:<br />

vendas@bunzlsaude.com.br<br />

/bunzlsaude<br />

portal@bunzlsaude.com.br<br />

blog.bunzlsaude.com.br<br />

bunzlsaude.com.br


EPIDEMIOLOGIA<br />

As estimativas em território<br />

nacional, divididas<br />

por região se apresentam<br />

desta forma:<br />

casos no total, com uma<br />

taxa bruta de 15,36 e de<br />

taxa ajusta de 10,41.<br />

• Região Sul evidencia<br />

Através da distribuição<br />

geográfica brasileira é<br />

possível observar que a<br />

região sudeste e sul apre-<br />

• Região Norte possui<br />

uma estimativa de 1.530<br />

casos no total, com 7,91<br />

de taxa bruta e 10,47 de<br />

taxa ajustada.<br />

• Região Nordeste apresenta<br />

uma estimativa de<br />

6.570 casos no total, com<br />

uma taxa bruta de 11,33<br />

e de taxa ajustada 10,47.<br />

• Região Centro – Oeste<br />

demonstra uma estimativa<br />

de 2.440 casos no total,<br />

com 14,27 de taxa bruta e<br />

11,95 de taxa ajustada.<br />

• Região Sudeste expõe<br />

estimativas de 13.960<br />

estimativas de 8.060<br />

casos no total, com 26,15<br />

de taxa bruta e 18,55 de<br />

taxa ajustada.<br />

No ano de 2020 o câncer<br />

de traqueia, brônquios<br />

e pulmões ocuparam o<br />

primeiro lugar em mortalidade<br />

nos homens com<br />

16.009 (13,6%) óbitos,<br />

nas mulheres ocupou<br />

o segundo lugar com<br />

12.609 (11,6%), ficando<br />

atrás apenas do câncer<br />

de mama com 17.825<br />

(16,5%) óbitos.<br />

senta o maior número<br />

aproximado de casos, sendo<br />

seguido pela região<br />

nordeste, centro oeste e<br />

norte. É possível observar<br />

que pelo fato de serem as<br />

regiões mais populosas<br />

e com maior concentração<br />

de fabricas e veículos,<br />

podemos inferir que a<br />

qualidade do ar também<br />

pode afetar o desenvolvimento<br />

do câncer de pulmão<br />

e quando associado<br />

com o uso do tabaco<br />

apresentar um quadro de<br />

maior gravidade.<br />

Autores:<br />

Paulo Mafra<br />

Biomédico CRBM2 - 14461; Especialista em Epidemiologia e Vigilância em Saúde.<br />

Docente do Centro Educacional Vale do Ipanema - CEVI com as disciplinas de Epidemiologia, Microbiologia e Parasitologia.<br />

Atuante na área laboratorial desde 2018.<br />

Contato: (82) 98125-2284 - Instagram: @pauloe.mafra @biomedicinadiario<br />

156 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


HPV<br />

Conheça nosso painéis com as<br />

genotipagens de Alto e Baixo risco<br />

Existem mais de 200 tipos de HPV, e 150 deles já foram identificados e<br />

sequenciados geneticamente. Nossos exames permitem uma identificação rápida,<br />

precisa e simultânea dos 28 tipos de HPV mais frequentes que acometem as regiões<br />

orogenital e anal, permitindo assim um tratamento adequado, em tempo hábil. Com<br />

uma logística eficiente e tecnologia de ponta, nossos testes são ideais para quem<br />

procura por agilidade e precisão. Conheça nossas condições especiais.<br />

A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO DE HPV<br />

PCR x Captura Híbrida<br />

A captura híbrida segrega de acordo<br />

com os grupos A e B. A PCR além de<br />

segregar os tipos realiza a subtipagem<br />

com identificação principalmente dos<br />

subtipos 16 e 18 que são responsáveis<br />

por 70% dos casos de câncer de colo<br />

de útero<br />

Câncer de colo do útero<br />

O HPV é responsável por casos de<br />

câncer de colo do útero, sendo os<br />

tipos 16 e 18 causadores de 70% dos<br />

cânceres cervicais. No Brasil, em<br />

2020, ocorreram 6.627 óbitos por<br />

esta neoplasia.<br />

Oportunidade<br />

A demanda por diagnósticos<br />

moleculares está crescendo.<br />

Garanta a liderança do seu<br />

laboratório, oferecendo o melhor<br />

prazo de sua região, tudo isso com<br />

uma maior margem de lucro.<br />

Contate já nosso time.<br />

*consulte nosso time comercial<br />

Seja nosso<br />

apoiado e<br />

aproveite a<br />

condição<br />

especial*<br />

Sua base de apoio para<br />

diagnóstico molecular<br />

www.basecientifica.com.br


OFAC BRASIL<br />

O CRESCIMENTO E EXCELÊNCIA DO LABORATÓRIO<br />

SÃO JOSÉ NAS ANÁLISES CLÍNICAS<br />

Por Manuel Assis Pereira Neto, Maria de Fátima Oliveira Pereira.<br />

Com uma trajetória<br />

modesta iniciada em<br />

1981, nas mãos do bioquímico<br />

Manuel Assis<br />

Pereira Neto, o Laboratório<br />

de Análises Clínicas<br />

São José floresceu de um<br />

pequeno espaço de 50m²,<br />

com apenas dois colaboradores,<br />

para se tornar<br />

uma instituição de renome<br />

no campo das análises<br />

clínicas. Sob a perspicaz<br />

direção de Maria de<br />

Fátima O. Pereira, esposa<br />

de Manuel, o laboratório<br />

abraçou a visão de crescimento,<br />

inaugurando<br />

uma nova sede em 1992<br />

e investindo em equipamentos<br />

avançados, abraçando<br />

também o desafio<br />

da certificação ISO 9001.<br />

No presente, cada capítulo<br />

da história do Laboratório<br />

São José é uma<br />

prova viva do compromisso<br />

com a inovação<br />

contínua e a paixão pelas<br />

análises clínicas. Os desafios<br />

enfrentados ao longo<br />

dos anos impulsionaram<br />

transformações<br />

significativas. Os setores<br />

de hematologia, bioquímica,<br />

imuno hormônio,<br />

urinálises e microbiologia<br />

foram automatizados,<br />

enquanto um aplicativo<br />

foi lançado para aprimorar<br />

o serviço de coleta<br />

externa. As instalações<br />

foram constantemente<br />

ampliadas e aprimoradas,<br />

com o objetivo de<br />

proporcionar o máximo<br />

de conforto aos clientes.<br />

No decorrer deste ano,<br />

o Laboratório São José<br />

implementou exames por<br />

biologia molecular em<br />

seu NTO (Núcleo Técnico<br />

Operacional) e inaugurou<br />

o 4º posto de coleta,<br />

mantendo-se fiel ao seu<br />

propósito original: fornecer<br />

serviços de análises<br />

clínicas de alta qualidade<br />

à comunidade, com atendimento<br />

humanizado.<br />

Como o primeiro laboratório<br />

acreditado DICQ<br />

em Araguari, a história do<br />

Laboratório São José é um<br />

158 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


KIT PCR EM TEMPO REAL PARA DETECÇÃO DE<br />

FEBRE MACULOSA E OUTRAS<br />

DOENÇAS TRANSMITIDAS<br />

POR CARRAPATOS<br />

DETECÇÃO DE<br />

7PATÓGENOS SIMULTÂNEOS.<br />

AMOSTRAS HUMANAS, ZOONOSES<br />

OU ATÉ MESMO À PARTIR DO VETOR.<br />

RICKETTSSIA, BABESIA, EHRLICHIA &<br />

BORRELIA, ANAPLASMA, COXIELLA &<br />

TBEV.<br />

24<br />

RÁPIDO E SENSIVEL: 1H20<br />

APÓS A EXTRAÇÃO.<br />

REGISTRADO NA<br />

ANVISA.<br />

SIMPLES E PRÁTICO: MIX DE<br />

ENZIMAS, PRIMES E SONDAS<br />

LIOFILIZADAS PRONTAS<br />

PARA O USO<br />

ARMAZENAMENTO EM<br />

TEMPERATURA AMBIENTE<br />

COM 24 MESES DE VALIDADE.


OFAC BRASIL<br />

testemunho de sua dedicação<br />

à excelência. Contando<br />

com uma equipe<br />

de mais de 50 colaboradores,<br />

o laboratório continua<br />

a investir em pessoas<br />

e processos, visando aprimoramentos<br />

futuros.<br />

Além disso, como membro<br />

da OFAC desde 2020,<br />

o laboratório fortalece<br />

sua posição, beneficiando-se<br />

de capacitação,<br />

troca de experiências<br />

e benchmarking. Essa<br />

proximidade com outros<br />

profissionais das análises<br />

clínicas em todo o<br />

Brasil faz toda a diferença<br />

no dia a dia, impulsionando<br />

a qualidade e os<br />

padrões do setor.<br />

O Laboratório São José<br />

orgulha-se de sua jornada,<br />

marcada por um<br />

compromisso constante<br />

com a excelência, inovação<br />

e aprimoramento<br />

contínuo. A equipe está<br />

ansiosa para continuar<br />

servindo a comunidade,<br />

fornecendo serviços de<br />

análises clínicas de alta<br />

qualidade e contribuindo<br />

para avanços significativos<br />

no campo da saúde.<br />

Manuel Assis Pereira Neto<br />

Graduado em Farmácia pela UFRJ, Título de<br />

Especialista em Análises Clínicas pela SBAC.<br />

Estagiário no Laboratório do HU da UFRJ por<br />

2 anos. Participante assíduo, desde 1979, de<br />

Cursos, Mesas Redondas, Palestras e Feiras<br />

de Expositores de novas Tecnologias nos<br />

Congressos anuais da SBAC e SBPC. Já atuou<br />

como Bioquímico no Laboratório do Serviço<br />

Social das Estradas de Ferro (SESEF- RFFSA).<br />

Atua como responsável técnico pelo Laboratório<br />

de A. C. São José Ltda do qual é proprietário<br />

desde 1981. Interessa-se por Qualidade,<br />

Hematologia e Parasitologia. Se destaca<br />

nas relações interpessoais e na Flebotomia.<br />

Maria de Fátima Oliveira Pereira<br />

Graduada em Serviço Social pela Universidade<br />

Gama Filho, Pós-graduada em Gestão<br />

Empresarial pela UFU e em Psicologia Positiva<br />

pelo IPOG. Já atuou como Técnico de<br />

Laboratório no Laboratório do HU da UFRJ<br />

e como gestora e assistente social no SESI.<br />

Atualmente, atua como sócia e gestora<br />

administrativa do Laboratório São José. Interessa-se<br />

por Gestão de Pessoas e Marketing.<br />

160 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


LANÇAMENTO EM ABRIL DOS REAGENTES<br />

LINHA MINDRAY<br />

BC 5100, BC 5300, BC 5180<br />

BC5380 e BC 5310<br />

DIAGTON M53 - 20 LITROS - 81114340030<br />

DIAGLYSER LEO 1 - 1 LITRO - 81114340026<br />

DIAGLYSER LEO 2 - 400 mL - 81114340025<br />

DIAGLYSER LH - 500 mL - 81114340029<br />

DIAGPROBE CLEAN - 1 LITRO - 81114340028<br />

DIAGLEAN ENZIMATICO - 100 mL - 81114340002<br />

H60S<br />

NOVIDADES 2023<br />

ANALISADORES DE HEMATOLOGIA<br />

Forneça resultados confiáveis com tempo máximo de atividade<br />

Analisador hematológico automatizado<br />

de diferencial de 5-partes<br />

TAXA DE TRANSFERÊNCIA: 60 AMOSTRAS POR HORA<br />

Reagente<br />

• HD600 Diluente 20L<br />

• HL600 Lyse 500mL/1L<br />

• Limpador HC310 50mL<br />

Dimensão e peso<br />

• 626.5 (D)×565 (W)×580(H)<br />

• Peso: 42kg<br />

Volume da amostra<br />

• Modo de sangue total 16 µL<br />

• Modo sangue total capilar 16 µL<br />

• Modo pré-diluído<br />

20 µL<br />

Capacidade de armazenamento de dados<br />

• 100.000 resultados, incluindo resultados e histogramas<br />

• 60 arquivos QC (100 dados por arquivo)<br />

H60<br />

Analisador hematológico automatizado<br />

de diferencial de 5-partes<br />

TAXA DE TRANSFERÊNCIA: 60 AMOSTRAS POR HORA<br />

Reagente<br />

• HD600 Diluente 20L<br />

• HL600 Lyse 500mL/1L<br />

• Limpador HC310 50mL<br />

Volume da amostra<br />

• Modo de sangue total<br />

• Modo sangue total capilar<br />

• Modo pré-diluído<br />

16 µL<br />

16 µL<br />

20 µL<br />

Dimensão e peso<br />

• 501(D)×320(W)×502.5(H)<br />

• Peso: 29.3kg<br />

Capacidade de armazenamento de dados<br />

• 100.000 resultados, incluindo resultados e histogramas<br />

• 60 arquivos QC (100 dados por arquivo)<br />

H30<br />

Analisador hematológico automatizado<br />

de diferencial de 3-partes<br />

TAXA DE TRANSFERÊNCIA: 60 AMOSTRAS POR HORA<br />

Reagente<br />

• HD310 Diluent 10L/20L<br />

• HL310 Lyse 200mL/500mL/1L<br />

• HC310 Cleaner 50mL<br />

Volume da amostra<br />

• Modo de sangue total<br />

• Modo sangue total capilar<br />

• Modo pré-diluído<br />

10 µL<br />

10 µL<br />

20 µL<br />

Dimensão e peso<br />

• 501(D)×320(W)×502.5(H)<br />

• Peso: 29.3kg<br />

Capacidade de armazenamento de dados<br />

• 100.000 resultados, incluindo resultados e histogramas<br />

• 60 arquivos QC (100 dados por arquivo)<br />

Tel.: (11) 4679-3767<br />

www.diagam.com.br


BIOSSEGURANÇA<br />

PRÁTICAS DE BIOSSEGURANÇA EM LABORATÓRIO<br />

DE PESQUISA COM A ALGA MARINHA LAURENCIA DENDROIDEA<br />

Por: Alexsandra de Morais Martins, Jorge Luiz Silva Araújo Filho, Teresinha Gonçalves da Silva, Daniela Maria do Amaral Ferraz Navarro.<br />

O laboratório de pesquisa<br />

é um ambiente que<br />

exige medidas rigorosas<br />

de biossegurança para<br />

garantir a qualidade dos<br />

experimentos, integridade<br />

dos resultados e evitar<br />

riscos e acidentes. Neste<br />

artigo, discutiremos<br />

os principais aspectos<br />

relacionados à biossegurança<br />

nesse ambiente,<br />

abordando práticas<br />

adequadas de manuseio<br />

dos materiais, utilização<br />

de equipamentos de proteção<br />

individual (EPIs) e<br />

coletiva (EPCs) e estratégias<br />

para minimizar os<br />

riscos de acidentes e contaminação.<br />

Compreender<br />

e implementar adequadamente<br />

as medidas<br />

de biossegurança no<br />

laboratório é crucial para<br />

garantir um ambiente de<br />

trabalho seguro e confiável,<br />

promovendo à saúde<br />

ocupacional dos pesquisadores<br />

e a qualidade<br />

dos resultados obtidos.<br />

Diferentes materiais utilizados<br />

nesses laboratórios,<br />

como células, tecidos e<br />

fluidos biológicos, podem<br />

ser potencialmente perigosos<br />

devido à presença<br />

de agentes infecciosos,<br />

além dos produtos químicos<br />

que podem ser<br />

tóxicos. Portanto, é fundamental<br />

implementar práticas<br />

adequadas de manuseio,<br />

armazenamento e<br />

descarte desses materiais,<br />

bem como a utilização<br />

correta de equipamentos<br />

de proteção individual<br />

(EPIs) e coletiva (EPCs). Ao<br />

adotar medidas de biossegurança,<br />

reduz-se o<br />

risco de exposição dos<br />

pesquisadores a agentes<br />

biológico, minimizando<br />

assim a possibilidade de<br />

doenças ocupacionais<br />

ou acidentes.<br />

Além disso, a adoção de<br />

boas práticas de biossegurança<br />

também está<br />

relacionada à prevenção<br />

de contaminações<br />

cruzadas e à garantia da<br />

integridade das amostras<br />

e dos resultados experimentais.<br />

A contaminação<br />

cruzada ocorre quando<br />

materiais biológicos de<br />

diferentes amostras se<br />

misturam, o que pode<br />

comprometer a validade<br />

dos experimentos e levar<br />

a resultados imprecisos<br />

ou irreprodutíveis. Para<br />

evitar isso, os laboratórios<br />

de pesquisa onde<br />

são manuseadas culturas<br />

de células devem<br />

implementar áreas de<br />

contenção e isolamento<br />

apropriadas, além de estabelecer<br />

práticas rígidas<br />

de higiene, desinfecção e<br />

esterilização de equipamentos<br />

e materiais.<br />

Outro aspecto importante<br />

da biossegurança em<br />

laboratórios de pesquisa<br />

é o gerenciamento adequado<br />

de resíduos de<br />

serviços de saúde (RSS).<br />

162 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


Pipetadores<br />

automáticos para<br />

todos os laboratórios<br />

As plataformas de pipetagem Hamilton apresentam tamanhos variados<br />

e podem ser personalizadas para atender às necessidades do seu laboratório.<br />

Encontraremos a solução que melhor se adapta às suas necessidades.<br />

+55 11 9 5914 5000 ou joseluis.avanzo@hamiltoncompany.com<br />

hamiltoncompany.com/robotics


BIOSSEGURANÇA<br />

Os resíduos descartados,<br />

como meios de cultura,<br />

e demais materiais utilizados<br />

nos experimentos,<br />

podem conter patógenos<br />

ou substâncias tóxicas<br />

que representam riscos<br />

para a saúde humana e<br />

para o meio ambiente.<br />

Portanto, é fundamental<br />

que esses resíduos sejam<br />

coletados, armazenados e<br />

descartados corretamente,<br />

seguindo as normas e<br />

regulamentos estabelecidos<br />

pelas autoridades<br />

competentes, principalmente<br />

a RDC 222/2018 da<br />

ANVISA. O descarte apropriado<br />

dos RSS contribui<br />

para a minimização de riscos<br />

e para a preservação<br />

do meio ambiente.<br />

É importante ressaltar<br />

que a biossegurança não<br />

deve ser vista como uma<br />

medida isolada, mas sim<br />

como um conjunto de<br />

práticas integradas que<br />

devem ser seguidas de<br />

forma consistente. Isso<br />

inclui a capacitação adequada<br />

dos pesquisadores<br />

em relação às boas<br />

práticas de biossegurança,<br />

a implementação de<br />

protocolos de limpeza e<br />

desinfecção regular dos<br />

espaços laboratoriais,<br />

a manutenção e calibração<br />

adequada dos<br />

equipamentos, a correta<br />

manipulação e descarte<br />

de materiais biológicos,<br />

entre outros aspectos.<br />

Diferentes tipos de<br />

experimentos são realizados<br />

em laboratórios<br />

de pesquisa na área da<br />

saúde. Em laboratórios<br />

onde são manuseados<br />

produtos naturais,<br />

é fundamental seguir<br />

boas práticas de manipulação,<br />

armazenamento,<br />

bem como, o<br />

descarte dos materiais<br />

utilizados durante a<br />

pesquisa. Entre os diferentes<br />

tipos de produtos<br />

naturais utilizados<br />

nesses laboratórios, a<br />

Macroalga marinha Laurencia<br />

dendroidea tem<br />

despertado interesse<br />

de grandes pesquisadores<br />

devido à grande<br />

diversidade de metabólitos<br />

secundários e suas<br />

propriedades bioativas<br />

como antioxidante, antimicrobiana<br />

e citotóxicas<br />

para linhagem celular<br />

cancerígena. No entanto,<br />

está atento as boas<br />

práticas de biosseguranca<br />

como o manuseio da<br />

amostra, a manutenção<br />

de condições adequadas<br />

de armazenamento,<br />

a temperatura controlada<br />

e ambientes estéreis,<br />

é fundamental para<br />

garantir a integridade<br />

das amostras e qualidade<br />

dos experimentos.<br />

Ainda é recomendado o<br />

uso de técnicas de esterilização<br />

e desinfecção<br />

apropriadas para equipamentos<br />

e materiais utilizados<br />

no manuseio dos<br />

experimentos. O uso de<br />

equipamentos adequados,<br />

como equipamentos<br />

de proteção individual<br />

164 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


(EPIs) e coletivos (EPCs)<br />

em laboratórios de pesquisa<br />

desempenha um<br />

papel essencial nesses<br />

ambientes. Os EPIs, como<br />

luvas, aventais, óculos<br />

de proteção e máscaras<br />

faciais, protegem os pesquisadores<br />

contra a exposição<br />

direta a agentes químicos,<br />

biológicos e físicos<br />

presentes no ambiente<br />

laboratorial. Eles atuam<br />

como uma barreira física,<br />

reduzindo o contato com<br />

substâncias potencialmente<br />

perigosas e minimizando<br />

o risco de contaminação<br />

e lesões.<br />

Além dos EPIs, o uso de<br />

equipamentos de proteção<br />

coletiva (EPCs) também<br />

são fundamentais<br />

em laboratórios de pesquisa.<br />

Isso inclui capelas<br />

de exaustão, cabines de<br />

biossegurança e sistemas<br />

de ventilação adequados.<br />

Esses equipamentos<br />

são projetados<br />

para controlar a dispersão<br />

de aerossóis, partículas<br />

e vapores tóxicos,<br />

garantindo a proteção<br />

não apenas dos pesquisadores,<br />

mas também do<br />

ambiente circundante.<br />

A utilização correta dos<br />

EPIs e EPCs é crucial para<br />

minimizar os riscos de<br />

exposição a agentes carcinogênicos<br />

e substâncias<br />

nocivas presentes no<br />

laboratório. A exposição<br />

a essas substâncias pode<br />

ter efeitos prejudiciais à<br />

saúde dos pesquisadores<br />

a curto e longo prazo,<br />

incluindo o desenvolvimento<br />

de doenças relacionadas<br />

ao câncer.<br />

Além disso, o uso adequado<br />

desses equipamentos<br />

é um requisito<br />

legal e está em conformidade<br />

com as diretrizes de<br />

segurança ocupacional e<br />

regulamentos, como disposto<br />

nas Normas Regulamentadoras<br />

NR06 e<br />

NR32. A adesão a essas<br />

medidas de segurança<br />

não apenas protege os<br />

pesquisadores, mas também<br />

demonstra o comprometimento<br />

das instituições<br />

de pesquisa com<br />

a segurança e bem-estar<br />

de sua equipe.<br />

Além dos equipamentos,<br />

também compõe o conjunto<br />

de cuidados da biossegurança<br />

os processos<br />

de limpeza, desinfecção e<br />

esterilização, que desempenham<br />

um papel fundamental<br />

nos laboratórios<br />

de pesquisa. Esses processos<br />

são essenciais para<br />

a remoção de sujidades,<br />

agentes contaminantes e<br />

microrganismos que possam<br />

comprometer a qualidade<br />

dos experimentos.<br />

A limpeza adequada dos<br />

equipamentos, bancadas<br />

e superfícies de trabalho<br />

é o primeiro passo para<br />

garantir um ambiente<br />

livre de contaminações. A<br />

remoção de resíduos visíveis<br />

e sujidades é essencial<br />

para prevenir a proliferação<br />

de microrganismos<br />

BIOSSEGURANÇA<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

165


BIOSSEGURANÇA<br />

e reduzir o risco de contaminações<br />

cruzadas. Já a<br />

desinfecção é o processo<br />

utilizado para eliminar ou<br />

inativar microrganismos<br />

presentes em superfícies<br />

e equipamentos. Ela é realizada<br />

utilizando agentes<br />

químicos específicos que<br />

possuem propriedades<br />

antimicrobianas. A desinfecção<br />

regular de áreas<br />

e equipamentos de uso<br />

comum é fundamental<br />

para prevenir a disseminação<br />

de agentes infecciosos<br />

e garantir a segurança<br />

dos pesquisadores.<br />

A esterilização, por sua<br />

vez, é utilizada para eliminar<br />

todos os microrganismos<br />

presentes em<br />

materiais, como vidrarias,<br />

instrumentos e meios de<br />

cultura. Existem diversos<br />

métodos de esterilização<br />

disponíveis, como calor<br />

úmido, calor seco, radiação<br />

e produtos químicos<br />

esterilizantes. A esterilização<br />

adequada dos<br />

materiais utilizados nos<br />

experimentos é essencial<br />

para evitar contaminações<br />

e assegurar resultados<br />

confiáveis.<br />

Os avanços na pesquisa<br />

científica têm proporcionado<br />

importantes descobertas<br />

e aplicações em<br />

diversas áreas. É essencial<br />

que esses avanços sejam<br />

alcançados de forma<br />

segura e responsável. A<br />

implementação adequada<br />

de medidas de biossegurança<br />

não apenas<br />

protege a saúde dos pesquisadores<br />

envolvidos,<br />

mas também contribui<br />

para a confiabilidade e<br />

validade dos resultados<br />

obtidos, promovendo<br />

assim o avanço científico<br />

de maneira ética e segura.<br />

Referências Bibliográficas<br />

AL MONLA, R. et al. Antioxidative, cytotoxic,<br />

and anti-metastatic potentials of Laurencia<br />

obtusa and Ulva lactuca seaweeds, Asian<br />

Pac. J. Trop. Biomed. v. 11, 308-316, 2021.<br />

DA SILVA FERREIRA, W. F.; DE OLIVEIRA, E.<br />

M. Biossegurança em relação a adesão<br />

de equipamentos de proteção individual.<br />

<strong>Revista</strong> da Universidade Vale do Rio Verde,<br />

v. 17, n. 1, 2019.<br />

DA SILVA FILHO, J. A. Segurança do Trabalho:<br />

gerenciamento de riscos ocupacionais-GRO/PGR.<br />

LTr Editora, 2021.<br />

MELO, B.; ARAUJO-FILHO, J. L. S. Biossegurança:<br />

um despertar para a sociedade. 1<br />

ed. Recife: Editora da UFPE, 2021.<br />

MENDONÇA, ME de et al. Higienização das<br />

mãos e sua relação com o controle das<br />

infecções relacionadas a assistência à saúde.<br />

<strong>Revista</strong> Dilemas Éticos Relacionadas à<br />

Saúde. v. 1, 2022.<br />

Autores:<br />

Jorge Luiz Silva Araújo-Filho<br />

(@dr.biossegurança)<br />

Biólogo, mestre em patologia, doutor em biotecnologia;<br />

palestrante e consultor em biossegurança.<br />

Alexsandra de Morais Martins<br />

Acadêmica de Medicina, UNINASSAU<br />

Teresinha Gonçalves da Silva<br />

Acadêmica de Medicina, UNINASSAU<br />

Daniela Maria do Amaral<br />

Ferraz Navarro<br />

Acadêmica de Medicina, UNINASSAU<br />

166 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


CITOMETRIA DE FLUXO<br />

O QUE É HEMOGLOBINÚRIA PAROXÍSTICA NOTURNA<br />

E QUAL A IMPORTÂNCIA DA CITOMETRIA DE FLUXO NO<br />

SEU DIAGNÓSTICO E ACOMPANHAMENTO?<br />

Por Rafaele Loureiro de Azevedo, Helena Varela de Araújo e Bruna Garcia Nogueira<br />

A Hemoglobinúria Paroxística<br />

Noturna (HPN) é<br />

uma doença hematológica<br />

adquirida causada por<br />

uma alteração genética<br />

clonal da célula-tronco<br />

hematopoiética, devido<br />

a uma alteração somática<br />

do gene PIG-A (Phosphatidyl<br />

Inositol Glycan Class<br />

A), que leva à alteração<br />

da síntese de GPI (glicosil-fosfatidil-inositol),<br />

uma molécula que atua<br />

como âncora de algumas<br />

proteínas de membrana<br />

citoplasmática. Por causa<br />

da deficiência de GPI,<br />

ocorre uma falta, total ou<br />

parcial, das proteínas que<br />

necessitam dessa molécula<br />

para se ligarem à<br />

superfície celular.<br />

A HPN é uma doença rara<br />

que atinge aproximadamente<br />

1,3 pessoas a cada<br />

um milhão, atinge mais<br />

adultos jovens e possui<br />

uma sobrevida média de<br />

10 a 15 anos após o diagnóstico.<br />

Essa doença não<br />

possui sinais clínicos muito<br />

específicos e pode causar<br />

casos mais ou menos<br />

graves e geralmente<br />

apresenta-se com hemólise<br />

intravascular crônica,<br />

falência medular e hipercoagulabilidade.<br />

Atualmente, o padrão-<br />

-ouro para diagnóstico de<br />

HPN é o exame de imunofenotipagem<br />

por citometria<br />

de fluxo, que permite<br />

a diferenciação das células<br />

HPN tipo I (normais),<br />

tipo II (deficiência parcial<br />

de GPI) e tipo III (deficiência<br />

total de GPI). O tamanho<br />

desse clone deve<br />

ser monitorado regularmente<br />

para observar se<br />

há mudanças. As principais<br />

indicações para pesquisa<br />

de clone HPN são:<br />

hemoglobinúria, hemólise<br />

intravascular Coombs<br />

negativa, trombose em<br />

locais incomuns, anemia<br />

168 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


aplásica, SMD tipo anemia<br />

granulócitos e monóci-<br />

marcadores<br />

específicos<br />

CITOMETRIA DE FLUXO<br />

refratária ou hipoplásica,<br />

tos, sendo que as duas<br />

para a separação inequí-<br />

citopenias<br />

inexplicadas<br />

principais<br />

populações<br />

voca das populações de<br />

e disfagia ou dor abdo-<br />

são neutrófilos e monó-<br />

neutrófilos e monócitos,<br />

minal com evidências de<br />

citos maduros, pois o<br />

como CD15, CD16, CD24<br />

hemólise intravascular.<br />

tamanho do clone HPN<br />

e CD66b em neutrófilos,<br />

pode ser alterado em<br />

CD14 e CD64 em monó-<br />

Para o diagnóstico da<br />

casos de transfusões e<br />

citos. Além disso, pode<br />

HPN, deve haver evidên-<br />

por causa da hemólise.<br />

ser utilizado o CD157<br />

cia do clone HPN (célu-<br />

Porém, a pesquisa do<br />

e o FLAER (Fluorescent<br />

las deficientes em GPI)<br />

clone em hemácias é<br />

Labeled AERolysin), um<br />

em no mínimo dois mar-<br />

melhor para diferenciar<br />

derivado fluorescente da<br />

cadores (ou duas proteí-<br />

células do tipo II e III.<br />

toxina bacteriana aero-<br />

nas associadas ao GPI ou<br />

lisina, que é capaz de<br />

uma proteína associada<br />

Sendo assim, o painel<br />

se unir ao GPI nos leu-<br />

ao GPI e FLAER).<br />

de anticorpos escolhido<br />

cócitos,<br />

evidenciando<br />

pode variar de acordo<br />

quando há deficiência<br />

O exame para diagnós-<br />

com a rotina de cada labo-<br />

da molécula de interesse.<br />

tico de HPN é realiza-<br />

ratório e a quantidade<br />

Na população de eritró-<br />

do, preferencialmente,<br />

de cores (fluorescências)<br />

citos pode ser avaliado o<br />

em amostra de sangue<br />

disponíveis,<br />

tomando<br />

CD55 e o CD59, podendo<br />

periférico<br />

conservado<br />

cuidado com a combi-<br />

também ser adicionado<br />

em EDTA e o clone HPN<br />

nação, os fluorocromos<br />

o CD235a (glicoforina A),<br />

pode ser pesquisado em<br />

e os clones escolhidos,<br />

para facilitar a separação<br />

população de hemácias,<br />

devendo ser utilizados<br />

das hemácias e debris.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

169


CITOMETRIA DE FLUXO<br />

No que diz respeito à<br />

análise de clones HPN<br />

por citometria de fluxo,<br />

existem guidelines muito<br />

bem estabelecidos e<br />

completos que abrangem<br />

todas as etapas do<br />

processo: seleção de anticorpos,<br />

procedimento<br />

técnico, análise e liberação<br />

de resultados. Esses<br />

guidelines foram publicados<br />

em uma colaboração<br />

entre a International<br />

Clinical Cytometry Society<br />

(ICCS) e a European<br />

do transplante de medula<br />

óssea, porém existem<br />

tratamentos sintomáticos<br />

da anemia e plaquetopenia<br />

e anticoagulação<br />

para evitar tromboses,<br />

além de imunossupressão<br />

para o tratamento da<br />

falência medular, quando<br />

ela está presente. Além<br />

disso, existe um anticorpo<br />

monoclonal, o Eculizumab®,<br />

que vem sendo<br />

utilizado e trouxe novas<br />

expectativas para o tratamento<br />

desta doença.<br />

Referência:<br />

Sales, M, Vasconcelos, DM (2013). Citometria<br />

de Fluxo Aplicações no Laboratório Clínico<br />

e de Pesquisa. Editora Atheneu 2013.<br />

10.13140/2.1.1317.6324.<br />

Illingworth, AJ, Marinov, I, Sutherland, DR.<br />

Sensitive and accurate identification of PNH<br />

clones based on ICCS/ESCCA PNH Consensus<br />

Guidelines—A summary. Int J Lab Hematol.<br />

2019; 41(Suppl. 1): 73- 81. https://doi.<br />

org/10.1111/ijlh.13011<br />

Dezern, AE and Borowitz, MJ. ICCS/ESCCA<br />

consensus guidelines to detect GPI-deficient<br />

cells in paroxysmal nocturnal hemoglobinuria<br />

(PNH) and related disorders part 1 – clinical<br />

utility. Cytometry Part B 2018; 94B: 16– 22.<br />

Sutherland, DR, Illingworth, A, Marinov, I,<br />

Ortiz, F, Andreasen, J, Payne, D, Wallace, PK<br />

and Keeney, M. ICCS/ESCCA consensus guidelines<br />

to detect GPI-deficient cells in paroxysmal<br />

nocturnal hemoglobinuria (PNH) and<br />

related disorders part 2 – reagent selection<br />

and assay optimization for high-sensitivity<br />

testing. Cytometry Part B 2018; 94B: 23–48.<br />

Illingworth, A, Marinov, I, Sutherland, DR,<br />

Wagner-Ballon, O and DelVecchio, L ICCS/<br />

ESCCA Consensus Guidelines to detect<br />

GPI-deficient cells in Paroxysmal Nocturnal<br />

Hemoglobinuria (PNH) and related Disorders<br />

Part 3 – Data Analysis, Reporting and Case<br />

Studies. Cytometry Part B 2018; 94B: 49– 66.<br />

Oldaker, T, Whitby, L, Saber, M, Holden, J,<br />

Wallace, PK and Litwin, V. ICCS/ESCCA consensus<br />

guidelines to detect GPI-deficient<br />

cells in paroxysmal nocturnal hemoglobinuria<br />

(PNH) and related disorders part 4 – assay<br />

validation and quality assurance. Cytometry<br />

Part B 2018; 94B: 67– 81.<br />

Society for Clinical Cell<br />

Analysis (ESSCA). Os cin-<br />

Autores:<br />

co artigos estão descritos<br />

nas nossas referências.<br />

A única chance de cura<br />

da Hemoglobinúria Paroxística<br />

Noturna é através<br />

Helena Varela de Araújo<br />

Biomédica graduada pela UFRN e pela University of Kent<br />

(Inglaterra). Especialista em Hematologia pelo Hospital<br />

Albert Einstein. Tem MBA em Gestão de Saúde pelo Centro<br />

Universitário São Camilo. Aluna de cursos na área de Marketing<br />

na ESPM. Foi assistente técnica do laboratório de citometria de<br />

fluxo do Whitehead Institute, MIT. Atualmente é supervisora<br />

do laboratório de citometria clínica do Beth Israel Deaconess<br />

- Harvard Medical School. Fundadora do @HemoFlow, maior<br />

página de ensino em citometria de fluxo do Instagram.<br />

Rafaele Loureiro de Azevedo<br />

Bióloga graduada pela Universidade Estácio de Sá,<br />

CRBio/RJ 121828/02-D. Especialista em hematologia<br />

pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Mestre em<br />

Imunobiológicos por BioManguinhos/Fundação Oswaldo<br />

Cruz. Atualmente é analista de inovação e operações<br />

farmacêuticas da Fiocruz/RJ. Tem experiência em<br />

Controle de Qualidade, Citometria de Fluxo e expressão de<br />

anticorpos monoclonais in vitro. É criadora de conteúdo e<br />

professora do @HemoFlow.<br />

Bruna Garcia Nogueira<br />

Farmacêutica graduada pela UnB, CRF/SP 95286.<br />

Especialista em Hematologia pelo Hospital Albert<br />

Einstein, com aperfeiçoamento em Citometria de<br />

Fluxo pelo Hospital das Clínicas da FMUSP. Analista<br />

especializada em citometria de fluxo no Hospital<br />

Albert Einstein. Criadora de conteúdo e professora<br />

do @HemoFlow<br />

170 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


LOGÍSTICA LABORATORIAL<br />

GESTÃO DE LOGÍSTICA PARA A SAÚDE:<br />

ATENDIMENTO AS NORMAS E REGULAMENTAÇÕES<br />

DO SETOR<br />

É de ciência de todos que<br />

atuar na área da saúde é<br />

uma grande responsabilidade.<br />

E isso se enquadra<br />

também para empresas e<br />

profissionais envolvidos<br />

na área de logística dos<br />

produtos de saúde. Existe<br />

uma série de regulamentações<br />

que devem ser<br />

seguidas para certificar a<br />

segurança dos insumos,<br />

evitando assim contaminações<br />

e outros riscos à<br />

saúde das pessoas.<br />

Por isso, pensando em armazenar<br />

produtos de interesse<br />

à saúde, o Operador<br />

Logístico também necessita<br />

obter licenças regulatórias<br />

conforme as resoluções<br />

da ANVISA, fiscalizadas pelas<br />

vigilâncias sanitárias de<br />

cada município.<br />

E na divisão de armazenagem<br />

do Grupo Prime,<br />

onde em seu escopo, o<br />

segmento para a prestação<br />

dos serviços logísticos<br />

em produtos de interesse<br />

à saúde possui grande<br />

relevância, o foco na vigência<br />

de suas licenças é<br />

primordial, pois para a renovação<br />

destas, um processo<br />

de inspeção sanitária<br />

é realizado por órgão<br />

fiscalizador garantindo<br />

assim, boas práticas de<br />

acordo com as resoluções<br />

que são as seguintes:<br />

• RDC 430 de 08 de outubro<br />

de 2020, que dispõe<br />

sobre as Boas Práticas de<br />

Distribuição, Armazenagem<br />

e de Transporte de<br />

Medicamentos;<br />

• RDC 653 de 24 de março<br />

de 2022, que altera (complementa)<br />

a resolução<br />

colegiada – RDC 430 de<br />

08 de outubro de 2020;<br />

• RDC 665 de 30 de março<br />

de 2022, que dispõe sobre<br />

as Boas Práticas de Fabricação<br />

de Produtos Médicos e<br />

Produtos para Diagnóstico<br />

de Uso In Vitro;<br />

• Portaria/SVS 344 de 12<br />

de maio de 1998 que,<br />

aprova o Regulamento<br />

Técnico sobre substâncias<br />

e medicamentos sujeitos<br />

a controle especial;<br />

172 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


• RDC 504 de 27 de maio<br />

de 2021, que dispõe sobre<br />

as Boas Práticas para<br />

o transporte de material<br />

biológico humano.<br />

LOGÍSTICA LABORATORIAL<br />

Desta forma, com o resultado<br />

positivo destas<br />

inspeções, a divisão de<br />

armazenagem também<br />

assegura o cumprimento<br />

dos requisitos de seus<br />

clientes neste segmento.<br />

Dispondo de infraestrutura<br />

para o armazenamento<br />

dos materiais<br />

em área adequada que<br />

permita o monitoramento<br />

de temperatura<br />

e conservação deles, fatores<br />

estes relacionados<br />

diretamente à integridade<br />

dos produtos de interesse<br />

à saúde.<br />

Além das licenças mandatórias<br />

para a logística<br />

de produtos de interesse<br />

à saúde, a divisão de<br />

armazenagem possui<br />

o ISO9001/2015 como<br />

requisito, bem como<br />

CBPDA - CERTIFICADO<br />

DE BOAS PRÁTICAS<br />

DE ARMAZENAMEN-<br />

TO E DISTRIBUIÇÃO DE<br />

PRODUTOS PARA SAÚ-<br />

DE, emitido pela ANVISA<br />

que se encontra em processo<br />

de implantação da<br />

norma ISO14001/2015.<br />

Tudo isso com a finalidade<br />

de melhoria contínua<br />

de seus processos e garantia<br />

de que produtos<br />

de interesse à saúde estejam<br />

em um ambiente<br />

adequado a este perfil.<br />

É importante ressaltar<br />

que, para a emissão das<br />

licenças regulatórias<br />

mandatórias, o Operador<br />

Logístico deve possuir o<br />

LTA - Laudo Técnico de<br />

Aprovação, validado pela<br />

vigilância sanitária local,<br />

o que pode garantir que<br />

a infraestrutura do local<br />

seja adequada para atendimento<br />

a este tipo de<br />

prestação de serviço.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

173


LOGÍSTICA LABORATORIAL<br />

As principais licenças<br />

são:<br />

• AFE- Autorização de<br />

Funcionamento publicada<br />

pela ANVISA em Diário<br />

Oficial para armazenagem<br />

de produtos para<br />

saúde/correlatos;<br />

• AFE- Autorização de Funcionamento<br />

publicada<br />

pela ANVISA em Diário Oficial<br />

para armazenagem de<br />

medicamentos e insumos;<br />

• AE- Autorização de<br />

Funcionamento Especial<br />

publicada pela ANVISA<br />

em Diário Oficial para<br />

armazenagem de medicamentos<br />

e insumos de<br />

controle especial;<br />

• AFE- Autorização de<br />

Funcionamento publicada<br />

pela ANVISA em Diário<br />

Oficial para armazenagem<br />

de cosméticos, perfumes<br />

e produtos de higiene;<br />

• Licença Sanitária – Vigilância<br />

Sanitária local,<br />

para armazenagem dos<br />

produtos de interesse à<br />

saúde acima descritos,<br />

bem como produtos biológicos<br />

e alimentos se for<br />

de interesse do Operador<br />

Logístico.<br />

• CRT – Certidão de regularidade<br />

técnica expedida<br />

pelo Conselho<br />

de classe pertinente ao<br />

profissional da saúde habilitado.<br />

(vale frisar que<br />

ao tratar de transporte,<br />

distribuição e armazenagem<br />

de medicamentos,<br />

insumos farmacêuticos,<br />

medicamentos de controle<br />

especial, insumos<br />

farmacêuticos de controle<br />

especial, a figura do<br />

responsável técnico deve<br />

ser exclusiva do profissional<br />

Farmacêutico, por<br />

atribuição única quanto<br />

a esta classe de produtos<br />

de interesse à saúde).<br />

Na divisão de transporte,<br />

boa parte das licenças<br />

estão de acordo com<br />

a descrição acima, com<br />

exceção do LTA – Laudo<br />

Técnico de Avaliação, que<br />

não é necessário o transportador<br />

obter este tipo<br />

de autorização - de armazenagem<br />

para transporte.<br />

Neste sentido possuímos<br />

todas as licenças mandatórias<br />

para o transporte<br />

de produtos de interesse à<br />

saúde, bem como a certificação<br />

ISO9001/2015 – requisito<br />

que se encontra em<br />

processo de implantação<br />

da norma ISO14001/2015<br />

para a melhoria contínua<br />

de seus processos e garantia<br />

de que produtos de<br />

interesse à saúde sejam<br />

transportados em veículos<br />

adequados a este perfil.<br />

Karina Ferreira, Maria Izabel Vidal,<br />

Vera Lucia Germano - Farmacêuticas<br />

/ Responsáveis Técnicas<br />

Grupo Prime.<br />

• AFE- Autorização de<br />

Funcionamento publicada<br />

pela ANVISA em<br />

Diário Oficial para armazenagem<br />

de saneantes<br />

Domissanitários;<br />

• AVCB emitido pelo corpo<br />

de bombeiros;<br />

• CLI ou Alvará de localização<br />

do prédio, expedido<br />

pela Prefeitura local.<br />

www.grupoprimecargo.com.br<br />

comercial@primecargo.com.br<br />

Tel.: 11 4280-9110<br />

174 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


INFORMES DE MERCADO<br />

Esta Seção é um espaço publicitário dedicado para a divulgação e ou explanação<br />

dos produtos e lançamentos do setor.<br />

Área exclusiva para colaboradores anunciantes.<br />

Mais informações: comercial@newslab.com.br<br />

LOGÍSTICA LABORATORIAL<br />

MICROBIORREATOR BIOLECTOR XT:<br />

ALTO DESEMPENHO E DISPONIBILIDADE DE DADOS<br />

PARA SEUS BIOPROCESSOS<br />

Deseja acelerar os seus resultados e<br />

garantir mais agilidade, disponibilidade<br />

de dados e alto desempenho<br />

para seus bioprocessos? O microbiorreator<br />

BioLector XT possibilita<br />

a avaliação em tempo real de biomassa,<br />

fluorescência, pH, OD e outros<br />

parâmetros-chave de cultivo<br />

para aeróbios e anaeróbios, fornecendo<br />

insights avançados sobre o<br />

desenvolvimento de suas análises.<br />

Baseado em um formato de placa<br />

de microtitulação (MTP) padrão<br />

ANSI/SLAS (SBS), ele opera com<br />

sensores ópticos pré-calibrados<br />

on-line. Os MTPs descartáveis de 48<br />

poços permitem a medição online<br />

dos parâmetros de cultivo, enquanto<br />

a tecnologia microfluídica patenteada<br />

suporta controle e alimentação<br />

simultâneos de pH.<br />

A possibilidade de realização de<br />

processos simultâneos otimiza<br />

tempo, recursos e até mesmo espaço<br />

físico nos laboratórios. Além<br />

disso, seu módulo microfluídico opcional<br />

elimina o manuseio manual<br />

de líquidos - sem necessidade de<br />

tubulação ou pipetagem, pois tudo<br />

faz parte da placa pronta para uso<br />

com radiação gama, trazendo mais<br />

facilidade e versatilidade para as<br />

análises.<br />

BioLector XT é indicado para triagem<br />

de cepas anaeróbicas ou microaerófilas,<br />

como, por exemplo,<br />

no microbioma ou na pesquisa de<br />

alimentos e bebidas.<br />

Acelere os resultados de seus<br />

bioprocessos com toda a excelência<br />

Beckman Coulter!<br />

Contatos:<br />

SITE: mybeckman.com.br<br />

E-mail: mkt@beckman.com<br />

Youtube: www.youtube.com/user/BCILifeSciences<br />

LinkedIn: www.linkedin.com/company/beckmancoulter-brasil/<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

175


INFORME DE MERCADO<br />

DE 23 A 27 DE JULHO, DATA INNOVATIONS® É PRESENÇA<br />

CONFIRMADA NO AACC 2023.<br />

A DI estará presente no<br />

maior evento de análises<br />

clínicas do mundo, o AACC<br />

2023 (Annual Scientific Meeting &<br />

Clinical Lab Expo) em Anaheim, Califórnia.<br />

O evento reunirá, entre os<br />

dias 23 a 27 de julho, as principais<br />

empresas do setor, palestrantes e<br />

profissionais da área de saúde. A<br />

DI, como a empresa líder mundial<br />

em interfaces para laboratórios,<br />

não poderia ficar de fora! Convidamos<br />

a todos a visitar o nosso<br />

estande (booth #1811) e conhecer<br />

os lançamentos e as novidades de<br />

nossos produtos e serviços.<br />

Fale Conosco:<br />

Telefone: +55 11 3801-3283<br />

E-mail: dila-sales@datainnovations.com<br />

Site: www.datainnovations.com<br />

Nos últimos meses o<br />

site global da DI (www.<br />

datainnovations.com)<br />

passou por mudanças de layout e<br />

traduções que melhoram a experiência<br />

de navegação. Recém-lançado,<br />

o site já pode ser acessado em<br />

cinco idiomas: Em Inglês, Francês,<br />

Mandarim, Espanhol ou Português.<br />

Basta que o usuário clique no canto<br />

superior direito da tela, no ícone<br />

do globo, e escolha a língua que se<br />

sentir mais confortável para usufruir<br />

das novidades e informações<br />

acerca de nossa empresa e soluções,<br />

confira!<br />

PRIMEIRO KIT DE PCR EM TEMPO REAL PARA DETECÇÃO<br />

DA FEBRE MACULOSA E OUTRAS DOENÇAS TRANSMITIDAS<br />

POR CARRAPATOS REGISTRADO NA ANVISA<br />

Desde 2020 o kit de PCR em<br />

Tempo Real para detecção da<br />

febre maculosa e outras doenças<br />

transmitidas por carrapatos vêm<br />

salvando vidas e sendo utilizado em<br />

laboratórios de referência em todo<br />

Brasil. Sempre à frente no mercado,<br />

a Biomedica atenta as necessidades<br />

de seus clientes, registrou o kit<br />

na ANVISA e validou em diversos<br />

laboratórios.<br />

O kit de detecção de PCR em tempo<br />

real para doenças transmitidas por<br />

carrapatos foi projetado para a<br />

identificação do DNA dos seguintes<br />

patógenos:<br />

• Vírus da encefalite (TBEV)<br />

• Rickettsia spp.<br />

• Babesia microti e Babesia divergens<br />

• Ehrlichia chafeensis e Ehrlichia muris<br />

• Borrelia burgdorferi sensu lato (s.l.),<br />

Borrelia miyamotoi e Borrelia hermsii<br />

• Anaplasma phagocitophylum<br />

• Coxiella burnetii<br />

Primeiro produto registrado na<br />

ANVISA que além de ser liofilizado<br />

contém todos os reagentes<br />

necessários para realizar o ensaio<br />

multiplex. Compatibilidade com<br />

os principais Termocicladores do<br />

mercado e validade de 24 meses.<br />

• Flexibilidade - 1 a 96 Amostras<br />

• Alta Sensibilidade e Especificidade<br />

• Mix de enzimas, primes e sondas<br />

liofilizadas prontas para uso<br />

• Assertividade<br />

• Armazenamento em temperatura<br />

ambiente<br />

• Kit consolidado no mercado<br />

Os testes de PCR são ferramentas<br />

importantes para o diagnóstico de<br />

doenças transmitidas por carrapatos,<br />

em sangue, soro, amostras de<br />

tecido e cultura microbiológica de<br />

carrapatos, biópsia de pele, líquido<br />

cefalorraquidiano (LCR) e líquido<br />

sinovial de pacientes com sinais e<br />

sintomas da doença.<br />

Os testes de PCR comercializados<br />

pela Biomedica oferecem um<br />

diagnóstico preciso, alta sensibilidade,<br />

assertividade e rapidez.<br />

Entre em contato conosco e saiba mais.<br />

Biomedica Equipamentos e Suprimentos LTDA<br />

SIA Trecho 03 – lote 625 – sala 230C<br />

CEP 71200-030<br />

Telefone: (61) 3363-4422 (WhatsApp)<br />

E-mail: contato@biomedica.com.br<br />

www.biomedica.com.br<br />

176 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


INFORME DE MERCADO<br />

RASTREAMENTO DO HPV E A PREVENÇÃO DO CÂNCER<br />

DO COLO DO ÚTERO<br />

A prevenção e o rastreamento são<br />

absolutamente fundamentais para<br />

mitigar os danos causados pelo<br />

Papilomavírus Humano (HPV). Trata-se<br />

de uma infecção sexualmente<br />

transmissível que está diretamente<br />

associada a casos de câncer do colo<br />

do útero, sendo os tipos 16 e 18<br />

responsáveis por 70% dos cânceres<br />

cervicais. No Brasil, em 2020, houve<br />

lamentavelmente 6.627 óbitos relacionados<br />

a essa neoplasia. Ademais,<br />

essa enfermidade pode desencadear<br />

outras complicações sérias para<br />

as mulheres, como câncer anal, vulvar,<br />

vaginal ou orofaríngeo, além de<br />

doenças cardiovasculares.<br />

Diante desse quadro complexo, é<br />

imperativo adotar de maneira diligente<br />

os procedimentos laboratoriais<br />

de análise e prevenção.<br />

A realização periódica da análise<br />

citológica do trato vaginal possibilita<br />

o monitoramento de alterações<br />

relevantes nas células,<br />

bem como a detecção de lesões<br />

imperceptíveis ainda em estágios<br />

iniciais. Quando diagnosticadas<br />

e tratadas precocemente, é possível<br />

prevenir futuros problemas<br />

decorrentes de tumores invasivos.<br />

No entanto, esse panorama tem<br />

se transformado com o avanço da<br />

pesquisa molecular do HPV. Atualmente,<br />

existem diversas estratégias<br />

moleculares de rastreamento para<br />

o HPV, mas é importante ressaltar<br />

que a captura híbrida e a PCR se<br />

destacam nesse contexto. A captura<br />

híbrida se divide em grupos A e B,<br />

sendo o A considerado de alto risco<br />

e o B de baixo risco. Essa técnica indica<br />

a presença do vírus. Por outro<br />

lado, a PCR não apenas diferencia<br />

os tipos de HPV, mas também realiza<br />

a subtipagem, com ênfase nos<br />

subtipos 16 e 18, que são responsáveis<br />

por 70% dos casos de câncer<br />

do colo do útero. Ademais, a PCR<br />

conta com um controle interno endógeno,<br />

conferindo segurança na<br />

liberação dos resultados e prevenindo<br />

falsos negativos, como pode<br />

ocorrer na captura híbrida caso a<br />

coleta não seja eficiente. O controle<br />

interno da reação garante a presença<br />

de material biológico e a adequada<br />

condução do processo.<br />

Diversas pesquisas já foram publicadas,<br />

demonstrando a maior<br />

eficiência do PCR na detecção do<br />

HPV, considerado um excelente<br />

exame preventivo para o câncer<br />

do colo do útero. Por exemplo, a<br />

detecção do câncer em mulheres<br />

submetidas ao teste de DNA-HPV<br />

foi antecipada em até dez anos,<br />

identificando estágios iniciais da<br />

doença. A PCR é capaz de detectar<br />

a presença do vírus HPV antes<br />

mesmo do surgimento de lesões.<br />

Outro ponto positivo é que os testes<br />

moleculares, em especial a PCR, são<br />

altamente adequados para serem<br />

realizados em larga escala, pois são<br />

altamente automatizados, reduzindo<br />

as chances de erro e aprimorando<br />

a rapidez no diagnóstico, bem<br />

como a confiabilidade do exame.<br />

A Sociedade Brasileira de Patologia<br />

Clínica considera que a PCR deveria<br />

ser o método de escolha para o rastreamento<br />

populacional do HPV.<br />

É indubitável a importância de<br />

se adotar abordagens laboratoriais<br />

mais avançadas e precisas<br />

no rastreamento e prevenção do<br />

HPV. Consequentemente, exortamos<br />

os donos e profissionais de<br />

laboratórios de análises clínicas<br />

a considerarem a implementação<br />

da PCR como método preferencial<br />

nesse contexto. A segurança,<br />

a eficiência e a capacidade de<br />

detecção precoce da PCR são incomparáveis,<br />

proporcionando um<br />

cuidado mais abrangente e preciso<br />

às mulheres, além de contribuir<br />

significativamente na luta contra<br />

essa doença devastadora.<br />

<strong>178</strong> <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


MICROLAB EASYPUNCH AUTOMAÇÃO COMPLETA PARA<br />

CARTÕES FTA<br />

Os métodos do sistema são pré-definidos ou<br />

adaptados às necessidades do laboratório<br />

INFORME DE MERCADO<br />

O easyPunch STARlet da Hamilton Robotics é<br />

um equipamento para a perfuração de amostras<br />

preservadas em Specimen Collection Cards (sangue,<br />

plasma, saliva, urina) combinado com a pipetagem<br />

de líquidos para extração, diluição, PCR Setup,<br />

Amplificação Direta em um mesmo equipamento.<br />

Agora com a opção dos cartões AutoCollect e<br />

GenSwab da Ahlstrom<br />

Os cartões Ahlstrom AutoCollect para ambientes<br />

de alto rendimento são projetados para amostragem<br />

de microvolume, transporte e armazenamento de<br />

amostras de sangue seco (DBS) em temperatura<br />

ambiente. O formato de cassete do cartão com<br />

alta rigidez fornece um encaixe adequado com o<br />

Hamilton EasyPunch, permitindo o processamento<br />

confiável do cartão DBS, desde a detecção de<br />

manchas de sangue seco até a preparação de<br />

amostras prontas para análise LC/MS.<br />

O GenSwab é um produto projetado para fácil coleta<br />

e preservação de longo prazo de amostras bucais para<br />

obter alta recuperação de DNA e perfis genéticos<br />

de alta qualidade, protegendo sua qualidade ao<br />

longo do tempo para processamento posterior. Este<br />

dispositivo sustentável baseado em papel livre de<br />

plástico permite a coleta fácil e a transferência eficaz<br />

da amostra do swab para o cartão de amostras. Seu<br />

design automatizado o torna compatível para uso com<br />

equipamentos DBS automatizados.<br />

Saiba mais sobre os pipetadores da<br />

Hamilton Company<br />

www.hamiltoncompany.com<br />

Saiba mais sobre Ahlstrom:<br />

www.ahlstrom.com/products/medical-life-sciences-andlaboratory/specimen-collection-cards/<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

179


INFORME DE MERCADO<br />

TECNOLOGIA DYNASCATTER LASER HEM488<br />

PARA RETICULÓCITOS<br />

A produção de eritrócitos é denominada<br />

eritropoiese e ocorre na<br />

medula óssea quando há um estímulo<br />

gerado pelo hormônio eritropoetina<br />

(EPO). Trata-se de um hormônio<br />

produzido pelos rins e que<br />

possui sensibilidade à concentração<br />

de oxigênio no organismo estimulando<br />

a medula óssea a produzir<br />

eritrócitos, auxiliando a maturação<br />

das células, síntese da hemoglobina<br />

e aumento de reticulócitos na<br />

corrente sanguínea. O processo de<br />

eritropoiese se divide da seguinte<br />

maneira na imagem ao lado.<br />

O corpo mantém a estabilidade no<br />

sangue removendo hemácias mais<br />

antigas e produzindo novas através<br />

da medula óssea. Se o equilíbrio é<br />

rompido por aumento na destruição<br />

ou queda na produção ocorre<br />

a anemia. As anemias podem ser<br />

basicamente de dois tipos:<br />

• Anemias regenerativas quando a<br />

contagem de reticulócitos está aumentada<br />

porque a medula óssea<br />

está regenerando as células circulantes<br />

no sangue.<br />

• Anemias degerativas ou não-regenerativas<br />

quando os reticulócitos<br />

estão reduzidos ou normais.<br />

Portanto, ao avaliar um esfregaço<br />

sanguíneo é de grande importância<br />

identificar a presença<br />

de policromasia, sendo este um<br />

indicativo da presença de reticulócitos<br />

que apresentam quantidades<br />

moderadas ou grandes<br />

de RNA residual, já que os reticulócitos<br />

contêm no seu interior<br />

material reticular, provavelmente<br />

uma ribonucleoproteína que<br />

não apresenta afinidade aos corantes<br />

comuns.<br />

Photo by: JONA, Masahiro Department of Clinical Laboratory The University of Tokyo Hospital<br />

Uma vez identificada a presença de<br />

policromasia recomenda-se realizar<br />

o reticulograma. Para realizar esse<br />

exame as células precisam ser tratadas<br />

com corantes supravitais (como<br />

o azul de cresil brilhante ou o azul<br />

de metileno novo), que são capazes<br />

de corar o RNA ribossômico presentes.<br />

A metodologia manual para o<br />

reticulograma é obtida tradicionalmente<br />

fazendo uma contagem de<br />

reticulócitos em 1000 eritrócitos em<br />

10 diferentes campos. Para tentar<br />

melhorar a análise alguns laboratórios<br />

adotam práticas como a dupla<br />

contagem por distintos analistas e/<br />

ou contagem de 2000 células. Mas,<br />

independentemente do modo de<br />

análise, o exame possui um coeficiente<br />

de variação de aproximadamente<br />

25%.<br />

A automação por sua vez, reduz<br />

drasticamente o coeficiente de<br />

variação para esse exame transformando<br />

toda a rotina trabalhosa e<br />

demorada em uma rotina fácil e rápida<br />

aumentando mais a eficiência<br />

do método ao eliminar as etapas<br />

de marcação, diluição e incubação<br />

normalmente necessárias.<br />

A NIHON KOHDEN desenvolveu<br />

uma tecnologia inovadora para<br />

a contagem de reticulócitos, a<br />

Tecnologia DynaScatter Laser<br />

HEM488, presente no equipamento<br />

Celltac G+ (MEK9200). Essa<br />

tecnologia tem a capacidade de<br />

fazer a leitura através da ação do<br />

reagente corante de DNA e RNA e a<br />

excitação gerada pelo laser azul em<br />

um canal dedicado originando dois<br />

tipos de fluorescência. As informações<br />

de DNA são calculadas por<br />

luz fluorescente verde e as informações<br />

de RNA são calculadas por<br />

luz fluorescente vermelha. Através<br />

do diagrama de dispersão RNP*<br />

methodTM (International Patent<br />

# : W02007/129485) minimiza-se<br />

a influência de substâncias interferentes<br />

para um resultado de reticulócitos<br />

muito mais preciso.<br />

* Y. Nagai et al. “Determination of red cells,<br />

nucleic acid-containing cells and platelets<br />

(RNP Determination) by a crossover analysis<br />

of emission DNA/RNA light” Int. Jnl. Lab. Hem.<br />

2009; 31: 420–429<br />

Com a análise precisa e parâmetros<br />

adicionais no reticulograma é<br />

possível aos profissionais médicos<br />

obterem informações muito mais<br />

assertivas pois estes parâmetros<br />

adicionais têm aplicação clínica impactando<br />

diretamente no diagnóstico<br />

do paciente.<br />

Opte pela melhor tecnologia<br />

para o seu laboratório!<br />

Opte por equipamentos hematológicos<br />

Celltac da Nihon Kohden!<br />

Por Vanessa Santinato<br />

NIHON KOHDEN<br />

Alameda Júpiter, 634<br />

American Park Empresarial Nr, Indaiatuba – SP<br />

Contato: +55 11 3044-1700 - FAX: + 55 11 3044-0463<br />

E-mail: fabio.jesus@nkbr.com.br<br />

Siga nossas redes sociais e fique ligado em todas<br />

as novidades!<br />

180 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


PROGRAMA EXPERTISE CARE<br />

DA NIHON KOHDEN DO BRASIL<br />

Criado em 2018, o programa Expertise<br />

Care da Nihon Kohden do Brasil<br />

INFORME DE MERCADO<br />

(NKBR) tem como objetivo principal<br />

a total satisfação de seus clientes<br />

com os produtos fornecidos e serviços<br />

prestados, não somente pela<br />

NKBR, mas também por seus parceiros<br />

de negócios em todo o Brasil.<br />

O programa conta com certificação<br />

de conformidade, proficiência<br />

e educação continuada aos parceiros<br />

e clientes da NKBR, visando estabelecer<br />

uma relação de confiança<br />

e cuidado especializado, como<br />

o próprio nome do programa se<br />

refere (Expertise Care = Cuidado<br />

Especializado).<br />

Em 2020 a Nihon Kohden Corporation<br />

(NKC) lançou seu plano de<br />

visão de longo prazo para os próximos<br />

10 anos com o intuito de conectar<br />

nossa tecnologia ao cliente<br />

final, visando sua melhoria contínua<br />

e tratamento adequado.<br />

Foi assim que o programa Expertise<br />

Care entrou em sua segunda fase,<br />

através de uma equipe altamente<br />

especializada contando com Mé-<br />

dico Veterinário, Farmacêutico Bioquímico,<br />

Biomédica, Engenheiro<br />

Eletricista, Tecnologia da Informação<br />

e uma Logística especializada<br />

com intuito de fornecer uma solução<br />

qualificada na entrega, instalação,<br />

implantação e manutenção do<br />

setor de hematologia dos nossos<br />

clientes, e com o compromisso de<br />

levar educação continuada para conhecimento<br />

e atualizações técnico/<br />

científico através de webinars e cursos<br />

realizados por profissionais altawww.expertisecare.com.br<br />

mente especializados no segmento<br />

de hematologia clínica.<br />

O programa conta também com<br />

parceiros e apoiadores de relevância<br />

nacional e internacional que<br />

oferecem descontos especiais em<br />

Cursos, Pós-graduação e MBA na<br />

área da saúde e Gestão Empresarial.<br />

NIHON KOHDEN<br />

Alameda Júpiter, 634<br />

American Park Empresarial Nr, Indaiatuba – SP<br />

Contato: +55 11 3044-1700 - FAX: + 55 11 3044-0463<br />

E-mail: fabio.jesus@nkbr.com.br<br />

Siga nossas redes sociais e fique ligado em todas<br />

as novidades!<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

181


INFORME DE MERCADO<br />

CA1200 -ANALISADOR DE COAGULAÇÃO TOTALMENTE<br />

AUTOMÁTICO<br />

RMS: 82444370051<br />

Analisador de coagulação totalmente automático<br />

• Combinação perfeita entre as metodologias óptica<br />

e mecânica<br />

• Produtividade de 120T/H<br />

• Apresentação para teste individual disponível<br />

• Tela de 10.4” “touch screen” e iluminação interna.<br />

Contact email: intl@dymind.com<br />

IBMP OBTÉM NOVO REGISTRO DE PRODUTO NA ANVISA<br />

O IBMP obteve na Agência Nacional<br />

de Vigilância Sanitária (Anvisa)<br />

o registro do primeiro teste qPCR<br />

inteiramente desenvolvido no Brasil<br />

para detecção do material genético<br />

de bactérias do gênero Rickettsia,<br />

com diferenciação da espécie<br />

Rickettsia rickettsii, causadoras de<br />

doenças como febre maculosa e<br />

tifo. A tecnologia possui elevados<br />

níveis de especificidade (94%) e<br />

de sensibilidade (100%). O aval<br />

foi publicado no Diário Oficial da<br />

União (D.O.U.) no dia 03 de julho.<br />

Idealizado em parceria com o<br />

Laboratório de Hantaviroses e<br />

Rickettsioses do Instituto Oswaldo<br />

Cruz (IOC/Fiocruz), o kit IBMP<br />

Biomol Rickettsiose proporciona<br />

um diagnóstico laboratorial mais<br />

rápido e específico, na fase inicial,<br />

quando ainda não há anticorpos<br />

detectáveis que permitam a confirmação<br />

da doença por meio de<br />

testes sorológicos.<br />

Embora o tratamento deva ser<br />

iniciado imediatamente com<br />

base no diagnóstico clínico-epidemiológico,<br />

a característica<br />

desse teste permite agilidade no<br />

esclarecimento do diagnóstico,<br />

fundamental em pacientes acometidos<br />

por febre maculosa brasileira,<br />

tendo em vista a elevada<br />

taxa de mortalidade e a semelhança<br />

clínica com outras doenças,<br />

especialmente a dengue.<br />

O kit IBMP Biomol Rickettsiose é<br />

o 15º produto IBMP registrado na<br />

Anvisa, o 9º na plataforma qPCR, e<br />

já está disponível para venda.<br />

Mais informações:<br />

comercial@ibmp.org.br<br />

ou Tel.: 41 91570825 (WhatsApp)<br />

182 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


-NO.1-<br />

CANAL WBC<br />

CANAL SAA<br />

CANAL PCR<br />

CANAL RBC<br />

RMS: 82444370032<br />

Ponteira Descartável<br />

(incluso no teste)<br />

Cavidade para amostra<br />

De acordo com todos os padrões estabelecidos pela RDC 786/2023<br />

Uso de diluente externo e tubo de coleta de<br />

sangue capilar incluso<br />

UPAS<br />

Farmácias<br />

Unidade<br />

neonatal<br />

Perfure a folha de alumínio<br />

diluente por cúspide do<br />

tubo de coleta<br />

Colete sangue com volume<br />

exato de enchimento (30μL)<br />

do tubo de sangue<br />

Consultórios<br />

médicos<br />

Emergências<br />

pediátricas<br />

Insira o tubo no frasco diluente,<br />

balance 3 vezes e inverta o<br />

frasco para misturar, depois<br />

repita 3 vezes<br />

Adicione toda a mistura na posição<br />

diluída de PTD-1, adicione o tubo de<br />

ponta na posição direita de PTD-1,<br />

e o carregue<br />

Medicina do<br />

trabalho<br />

Ações sociais<br />

militares<br />

NEW<br />

NEW<br />

intl@dymind.com


INFORME DE MERCADO<br />

INFORMATIVO: IMPORTÂNCIA DA DOSAGEM DE<br />

VANCOMICINA NO TRATAMENTO DAS MENINGITES.<br />

A Beckman Coulter é parceira de<br />

laboratórios para suportar o monitoramento<br />

dos pacientes, evitando<br />

que façam parte da estatística de<br />

mortalidade (15%).<br />

A meningite é uma doença caracterizada<br />

por um processo inflamatório<br />

das meninges, membranas que revestem<br />

o encéfalo e a medula espinhal.<br />

É causada, principalmente, a<br />

partir da infecção por vírus ou bactérias;<br />

no entanto, outros agentes<br />

etiológicos também podem causar<br />

meningite, como fungos e parasitos.<br />

A meningite bacteriana é causada<br />

principalmente por: Neisseria<br />

meningitidis, Streptococcus pneumoniae<br />

e Haemophilus influenzae.<br />

É uma infecção perigosa muito<br />

comum em crianças menores de<br />

5 anos, principamente para menores<br />

de 2 anos. Deve ser tratada<br />

como uma emergência médica. Se<br />

não tratada, pode danificar seriamente<br />

o cérebro e causar infecção<br />

generalizada, levando à morte. O<br />

tratamento é realizado com antibióticos<br />

por via venosa e monitoramento<br />

hospitalar.<br />

Um dos principais antibióticos utilizado<br />

no tratamento da meningite é<br />

a Vancomicina, um antibiótico pertencente<br />

ao grupo dos glicopeptídeos.<br />

Sua importância consiste<br />

em ser a principal alternativa para<br />

o tratamento de infecções graves,<br />

principalmente meningite causada<br />

por pneumococo com grande resistência<br />

à penicilina.<br />

O monitoramento de concentrações<br />

séricas de vancomicina, associado<br />

a uma avaliação clínica<br />

cuidadosa, é o meio mais eficaz de<br />

garantir uma terapia adequada, por<br />

diversos motivos:<br />

• Cada paciente pode apresentar um<br />

alto grau de variabilidade na resposta<br />

à administração de vancomicina,<br />

em termos de volume de distribuição<br />

e taxa de clearance plasmático<br />

da droga.<br />

• O risco de ototoxicidade e nefrotoxicidade<br />

causadas pela vancomicina<br />

aumenta em pacientes com<br />

função renal comprometida e em<br />

pacientes tratados concomitantemente<br />

com aminoglicosídeos.<br />

devem ser monitorados rigorosamente<br />

no decorrer da terapia com<br />

vancomicina.<br />

Os métodos usados historicamente<br />

para monitorar concentrações séricas<br />

de vancomicina são: ensaios<br />

microbiológicos, imunoensaios e<br />

ensaios cromatográficos.<br />

A Beckman Coulter, empresa inovadora<br />

no mercado, possui em seu<br />

portifólio de Imunoensaios e Menu<br />

de Monitoramento de Drogas Terapêuticas,<br />

o Emit® 2000 Ensaio de<br />

Vancomicina. O ensaio é um imunoensaio<br />

enzimático homogêneo,<br />

cujo uso específico pretendido é a<br />

análise quantitativa de vancomicina<br />

no soro ou plasma humano. As<br />

aferições feitas por este ensaio são<br />

usadas no diagnóstico e tratamento<br />

de superdosagem por vancomicina<br />

e no monitoramento do nível<br />

de vancomicina, para garantir uma<br />

terapia adequada.<br />

Conheça mais sobre em:<br />

www.beckmancoulter.com/en<br />

Quando falamos em tratamento<br />

hospitalar com antibióticos vários<br />

pontos precisam ser analisados na<br />

administração e monitoramento<br />

das doses.<br />

• Pacientes com função renal ou hepática<br />

comprometida, em diálise,<br />

com obesidade mórbida, tratados<br />

concomitantemente com aminoglicosídeos<br />

e pediátricos ou idosos<br />

184 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


DB OTIMIZA ANÁLISE DIAGNÓSTICA COM MÉTODO DE<br />

PATOLOGIA DIGITAL<br />

Tecnologia possibilita que especialistas façam análises a distância e de maneira virtual<br />

INFORME DE MERCADO<br />

O DB Patologia apresenta o seu<br />

novo método de análises: a Telepatologia.<br />

Segundo a médica patologista<br />

e gerente geral da unidade<br />

de Patologia do DB, Renata<br />

Sacchi, essa tecnologia revolucionou<br />

o setor da Saúde, pois transforma<br />

imagens teciduais vistas em<br />

lâminas de vidro em imagens digitalizadas.<br />

Isso é feito por um scanner<br />

específico, que, juntamente<br />

com um software especializado,<br />

possibilita a análise das amostras<br />

de forma digital, excluindo, portanto,<br />

a necessidade de usar um<br />

microscópio.<br />

Ao adotar a ferramenta, a equipe<br />

laboratorial consegue tirar o máximo<br />

proveito das soluções virtuais,<br />

desempenhando o trabalho<br />

e facilitando a colaboração entre<br />

especialistas de qualquer lugar do<br />

mundo, até mesmo em casos mais<br />

complexos. “Com um simples click,<br />

é possível enviar um exame histopatológico<br />

ou imuno-histoquímico<br />

para ser laudado por um patologista<br />

em qualquer lugar do mundo”,<br />

afirmou Renata.<br />

Sendo mais um braço da Telemedicina,<br />

a Telepatologia direciona o<br />

fluxo de um laboratório para a era<br />

digital. Os diagnósticos seguem<br />

um caminho mais ágil, possibilitando<br />

que os patologistas analisem<br />

mais amostras em menos tempo e<br />

com maior precisão. Assim, melhora<br />

a jornada do paciente.<br />

Outro ponto importante é que os<br />

dados digitais são o combustível<br />

para a inteligência artificial. Isso<br />

Renata Sacchi - Médica patologista e Gerente Geral da Unidade de Patologia do DB.<br />

favorece a realização de estudos<br />

e de pesquisas com o intuito de<br />

desenvolver algoritmos que permitam<br />

evoluir com velocidade e<br />

acuracidade diagnóstica. Esse é o<br />

caminho que está sendo trilhado<br />

dentro do DB Patologia, colocando<br />

essa tecnologia como importante<br />

ferramenta de auxílio ao<br />

patologista.<br />

O DB Patologia já estava convencido<br />

da necessidade de adquirir essa<br />

novidade do mercado laboratorial,<br />

considerando todos os benefícios<br />

que a tecnologia proporciona,<br />

explica Renata. “Foram 3 anos de<br />

estudos e de pilotos realizados internamente,<br />

conduzido pelo nosso<br />

Escritório de Projetos, testando e<br />

validando fornecedores e todas as<br />

etapas do processo. Dessa forma,<br />

quando realmente adquirimos a<br />

tecnologia, estávamos preparados e<br />

adequados para esse novo fluxo”.<br />

A médica destaca ainda que a Patologia<br />

Digital não se resume apenas<br />

em um equipamento, mas se<br />

trata de uma solução diagnóstica,<br />

com importante participação da<br />

TI. Para o sucesso na implantação,<br />

é preciso que todo o caminho da<br />

amostra dentro do laboratório,<br />

desde a triagem até a coloração da<br />

lâmina, esteja adaptado para receber<br />

fluidamente essa tecnologia.<br />

“Cada vez mais a Telepatologia fará<br />

parte da rotina diagnóstica na Anatomia<br />

Patológica. É uma mudança<br />

de cultura, de fluxo e de processos,<br />

além de quebra de paradigma para<br />

uma importante e necessária evolução<br />

tecnológica”, concluiu.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

185


INFORME DE MERCADO<br />

PERFIL HEMATOLÓGICO NA INFECÇÃO POR INFLUENZA:<br />

IMPLICAÇÕES CLÍNICAS E TERAPÊUTICAS<br />

Por: Amanda Gonçalves dos Reis<br />

A gripe, infecção viral respiratória<br />

aguda, é uma das doenças mais<br />

comuns e impactantes em todo<br />

o mundo (CENTERS FOR DISEASE<br />

CONTROL AND PREVENTION, 2021).<br />

Causada pelo vírus Influenza, pertencente<br />

à família Orthomyxoviridae,<br />

é capaz de afetar milhões de pessoas<br />

por ano, resultando em considerável<br />

morbidade e mortalidade. A gripe é<br />

uma infecção respiratória comum,<br />

caracterizada por sintomas como<br />

febre, tosse, dor de garganta, dores<br />

musculares e fadiga. Embora<br />

os sintomas respiratórios sejam<br />

predominantes, estudos recentes<br />

demonstram também o desencadeamento<br />

de alterações hematológicas,<br />

o que pode influenciar no<br />

curso clínico e na gravidade da doença<br />

(Lee et al., 2011)<br />

Durante a infecção, uma série de<br />

alterações hematológicas podem<br />

ocorrer, as quais podem incluir:<br />

Leucopenia: caracteriza-se pela<br />

redução do número total de leucócitos<br />

no sangue periférico. Esse<br />

fenômeno pode estar relacionado<br />

à migração de células inflamatórias<br />

para o local de infecção<br />

e a uma resposta imunológica<br />

exacerbada. A leucopenia pode<br />

aumentar o risco de infecções secundárias<br />

e complicar o curso da<br />

doença (CUNHA et al., 2008).<br />

Linfopenia: caracterizada pela diminuição<br />

do número de linfócitos<br />

no sangue periférico. Os linfócitos<br />

desempenham um papel crucial na<br />

resposta imunológica, e a linfopenia<br />

pode levar a uma redução na<br />

resposta imunológica adequada,<br />

tornando o paciente mais suscetível<br />

a infecções secundárias e a complicações<br />

(CUNHA et al., 2008).<br />

Trombocitopenia: caracteriza-se<br />

pela diminuição do número de plaquetas<br />

no sangue periférico. Pode<br />

resultar em distúrbios hemorrágicos<br />

e aumentar o risco de complicações<br />

tromboembólicas (CUNHA<br />

et al., 2008).<br />

As alterações hematológicas na gripe<br />

têm implicações clínicas significativas.<br />

A leucopenia e a linfopenia<br />

podem estar associadas a um maior<br />

risco de infecções secundárias e<br />

complicações, como pneumonia<br />

bacteriana (CUNHA et al., 2008).<br />

Vários mecanismos podem contribuir<br />

para as alterações hematológicas<br />

observadas na gripe. Durante a<br />

infecção, o vírus desencadeia uma<br />

resposta inflamatória sistêmica, resultando<br />

na liberação de citocinas<br />

pró-inflamatórias, como: fator de<br />

necrose tumoral alfa (TNF-α), interleucina-6<br />

(IL-6) e interleucina-1 beta<br />

(IL-1β). Essas citocinas podem afetar<br />

diretamente a medula óssea, local<br />

onde ocorre a produção das células<br />

sanguíneas, levando a alterações<br />

nas séries dessas células (CHOTPI-<br />

TAYASUNONDH T et al., 2005).<br />

De acordo com Cunha et al. (2008)<br />

o tratamento da gripe geralmente<br />

é baseado em medidas de auxílio,<br />

como repouso e hidratação adequada.<br />

No entanto, em casos graves,<br />

especialmente quando há complicações<br />

hematológicas significativas,<br />

pode ser necessário o uso de terapias<br />

específicas, como transfusões<br />

de sangue ou plaquetas, para corrigir<br />

as alterações hematológicas e<br />

prevenir complicações adicionais.<br />

A compreensão das alterações<br />

hematológicas na gripe é crucial<br />

para a identificação precoce de<br />

complicações potenciais e para a<br />

implementação de estratégias terapêuticas<br />

adequadas. Monitorar<br />

regularmente os níveis de células<br />

sanguíneas durante a infecção<br />

por gripe pode ajudar a avaliar<br />

a gravidade da doença e guiar o<br />

manejo clínico. Além disso, é imdiagno-brasil<br />

diagnosolucoes<br />

diagnobrasil<br />

Site: www.diagno.ind.br<br />

Tel : +55 31 3489-5100<br />

186 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


portante ressaltar que as condições<br />

hematológicas anormais na<br />

gripe geralmente são transitórias<br />

e resolvem-se com a recuperação<br />

do paciente. No entanto, em<br />

casos graves ou em pacientes<br />

com condições subjacentes, essas<br />

alterações podem persistir<br />

ou agravar-se, exigindo intervenções<br />

terapêuticas adicionais (OS-<br />

TERHOLM MT et al.,2012).<br />

Segundo Lee et al. (2011), apesar<br />

dos avanços na compreensão dos<br />

distúrbios hematológicos na gripe,<br />

ainda há questões que requerem<br />

investigação adicional. Estudos futuros<br />

podem explorar a associação<br />

entre as anormalidades hematológicas<br />

e o prognóstico da gripe, bem<br />

como investigar estratégias terapêuticas<br />

mais específicas e eficazes<br />

para o manejo dessas alterações.<br />

Em conclusão, as alterações hematológicas<br />

na gripe são um aspecto<br />

importante a ser considerado durante<br />

a avaliação e o manejo da infecção<br />

(CUNHA et al., 2008). A compreensão<br />

dessas alterações pode<br />

auxiliar os profissionais de saúde na<br />

identificação precoce de complicações<br />

e na adoção de abordagens terapêuticas<br />

adequadas, visando uma<br />

recuperação bem-sucedida dos pacientes<br />

afetados pela gripe.<br />

Referências:<br />

1. Cunha BA, Syed U, Mickail N, et al. Community-acquired<br />

methicillin-resistant Staphylococcus<br />

aureus pneumonia: importance of empiric therapy<br />

with vancomycin. Am J Med. 2008;121(6):507-512.<br />

doi:10.1016/j.amjmed.2008.02.013<br />

2. Lee N, Wong CK, Chan MC, et al. Cytokine response<br />

patterns in severe pandemic 2009 H1N1<br />

and seasonal influenza among hospitalized adults.<br />

PLoS One. 2011;6(10):e26050. doi:10.1371/journal.<br />

pone.0026050<br />

3. Osterholm MT, Kelley NS, Sommer A, Belongia EA.<br />

Efficacy and effectiveness of influenza vaccines: a systematic<br />

review and meta-analysis. Lancet Infect Dis.<br />

2012;12(1):36-44. doi:10.1016/S1473-3099(11)70295-X<br />

4. Chotpitayasunondh T, Ungchusak K, Hanshaoworakul<br />

W, et al. Human disease from influenza A (H5N1),<br />

Thailand, 2004. Emerg Infect Dis. 2005;11(2):201-209.<br />

doi:10.3201/eid1102.040718<br />

5. Centers for Disease Control and Prevention. Influenza<br />

(Flu). Updated November 30, 2021. Accessed December<br />

15, 2021. [https://www.cdc.gov/flu/index.htm]<br />

Por: Amanda Gonçalves dos Reis<br />

Biomédica CRBM3, - 15659, formada pelo Centro<br />

Universitário Una. Habilitada em Análises Clínicas. Pós<br />

Graduanda em Engenharia Biomédica. Executiva de Vendas<br />

na Empresa Diagno - Soluções em Diagnóstico<br />

INFORME DE MERCADO<br />

Qual controle<br />

hematológico você<br />

utiliza em seu laboratório?<br />

A Diagno é referência na produção de controles<br />

hematológicos, oferecendo uma linha de<br />

produtos com estabilidade excepcional para<br />

garantir resultados precisos em seu laboratório.<br />

Com nossa tecnologia avançada e suporte<br />

especializado, você pode elevar o padrão da<br />

análise hematológica, obtendo a melhor relação<br />

custo-benefício.<br />

Faça a escolha certa e<br />

entre em contato conosco!<br />

(31) 3489 - 5100<br />

diagno.ind.br<br />

@diagnobrasil<br />

diagno-brasil<br />

Soluções em Diagnóstico


INFORME DE MERCADO<br />

SOLUÇÕES FIRSTLAB PARA O DIAGNÓSTICO E<br />

TRATAMENTO DOS DIFERENTES TIPOS DE DIABETES<br />

A diabetes é uma doença crônica<br />

que afeta milhões de pessoas<br />

em todo o mundo. É importante<br />

compreender os diferentes tipos<br />

de diabetes para um diagnóstico<br />

precoce e um tratamento adequado.<br />

A diabetes tipo 1 é uma<br />

forma de diabetes autoimune<br />

ou de herança genética. Nessa<br />

condição, o pâncreas deixa de<br />

produzir ou produz uma quantidade<br />

muito baixa de insulina, o<br />

hormônio responsável pela regulação<br />

do açúcar no sangue. Já a<br />

diabetes tipo 2 ocorre quando o<br />

corpo não consegue utilizar ou<br />

produzir insulina de forma eficiente.<br />

Esse tipo de diabetes está<br />

frequentemente relacionado a<br />

maus hábitos alimentares e estilo<br />

de vida sedentário. Estima-se que<br />

cerca de 90% dos casos de diabetes<br />

sejam do tipo 2.<br />

Outro tipo é a diabetes gestacional,<br />

que ocorre exclusivamente<br />

durante a gravidez. Está relacionada<br />

à dificuldade do corpo em ajustar<br />

o uso ou produção de insulina<br />

devido aos hormônios placentários.<br />

O controle adequado da diabetes<br />

gestacional é fundamental<br />

para garantir a saúde da mãe e<br />

do bebê. Existe também o diagnóstico<br />

da pré-diabetes, que é um<br />

estágio intermediário em que os<br />

níveis de açúcar no sangue estão<br />

elevados, mas ainda não atingem<br />

o limiar para o diagnóstico de diabetes.<br />

A pré-diabetes é reversível<br />

e oferece uma oportunidade de<br />

intervenção antes que a condição<br />

progrida. Mudanças no estilo<br />

de vida, como alimentação equilibrada<br />

e atividade física regular,<br />

podem ajudar a reverter o quadro.<br />

A FirstLab no diagnóstico, monitoramento<br />

e tratamento da diabetes.<br />

Para o diagnóstico da diabetes,<br />

o exame mais comum solicitado<br />

pelos médicos é o exame de curva<br />

glicêmica.<br />

No contexto do diagnóstico e tratamento<br />

da diabetes, a FirstLab,<br />

uma empresa líder em soluções<br />

para saúde, oferece uma variedade<br />

de produtos inovadores.<br />

Para a curva glicêmica, em que<br />

é realizada a coleta de tubos de<br />

sangue, a FirstLab conta com soluções<br />

completas em coleta de<br />

sangue. Para o monitoramento<br />

da doença, a empresa disponibiliza<br />

lancetas de alta qualidade,<br />

possibilitando uma coleta rápida<br />

e segura. Além disso, a FirstLab<br />

oferece seringas com agulhas<br />

descartáveis para a administração<br />

da insulina, auxiliando no<br />

tratamento da diabetes.<br />

Conheça estes e demais itens<br />

da FirstLab através do Portal do<br />

Cliente, ou entre em contato com<br />

um de nossos consultores:<br />

portal.firstlab.ind.br<br />

0800 710 0888<br />

atendimento@firstlab.ind.br<br />

188 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


GREINER BIO-ONE ETRACK: NOVO DASHBOARD<br />

INTERATIVO OFERECE CON- TROLE PERSONALIZADO<br />

DOS DADOS LABORATORIAIS<br />

INFORME DE MERCADO<br />

A Greiner Bio-One tem o prazer<br />

de anunciar uma nova atualização<br />

para seu produto inovador, o Greiner<br />

Bio-One eTrack. Agora, com o<br />

lança- mento do novo dashboard<br />

interativo, a empresa está renovando<br />

a ma- neira como os profissionais<br />

da saúde gerenciam e<br />

interagem com seus dados.<br />

O Greiner Bio-One eTrack já é conhecido<br />

por fornecer mecanismos<br />

de segurança e proteção, garantindo<br />

o controle de acesso às informações<br />

essenciais na área da<br />

saúde. No entanto, com o novo<br />

dashboard intera- tivo, os clientes<br />

terão um nível sem precedentes<br />

de controle e personali- zação sobre<br />

seus dados.<br />

Uma das principais inovações do<br />

novo dashboard é a sua capacidade<br />

de oferecer indicadores<br />

customizáveis. Agora, os clientes<br />

poderão visualizar seus dados<br />

da maneira que desejarem,<br />

adaptando os indicadores às suas<br />

necessidades específicas. Essa<br />

interatividade proporciona aos<br />

profissio- nais da saúde uma visão<br />

sob medida das métricas mais<br />

relevantes para suas atividades,<br />

capacitando-os a tomar decisões<br />

informadas e estratégi- cas.<br />

Além disso, o Greiner Bio-One<br />

eTrack introduz sugestões pré-<br />

-definidas de dashboard com<br />

base nas principais métricas. Com<br />

essa funcionali- dade, os clientes<br />

podem explorar facilmente<br />

os indicadores mais impor- tantes<br />

para eles, sem a necessidade<br />

de configuração manual. Se um<br />

comprador deseja verificar dados<br />

relacionados ao desempenho de<br />

forne- cedores, ou um gerente deseja<br />

acompanhar a produtividade<br />

da equipe, o Greiner Bio-One<br />

eTrack apresentará um dashboard<br />

pré-configurado com as métricas<br />

relevantes, tornando a análise de<br />

dados mais eficiente e ori- entada<br />

para a ação.<br />

O verdadeiro poder do novo<br />

dashboard do Greiner Bio-One<br />

eTrack reside em sua adaptabilidade<br />

às necessidades individuais<br />

de cada cliente. Com total<br />

flexibilidade de personalização,<br />

os usuários podem configurar<br />

seu próprio dashboard de acordo<br />

com suas preferências, visualizando<br />

as in- formações mais<br />

importantes para suas tarefas<br />

diárias. Essa interatividade proporciona<br />

uma experiência única,<br />

permitindo que os clientes<br />

tenham controle total sobre a<br />

maneira como seus dados são<br />

apresentados e in- terpretados.<br />

O Greiner Bio-One eTrack continua<br />

a oferecer todas as funcionalidades<br />

e recursos que o tornaram<br />

uma solução confiável para a gestão<br />

eficiente de dados laboratoriais.<br />

Com o novo dashboard interativo,<br />

a empresa eleva ainda mais<br />

o padrão de excelência, colocando<br />

o controle e a personaliza- ção<br />

nas mãos de seus clientes.<br />

Saiba mais sobre o Greiner Bio-One<br />

eTrack e suas últimas atualizações<br />

em: www.gboetrack.com ou<br />

entre em contato conosco pelo<br />

info@br.gbo.com.<br />

Greiner Bio-One<br />

A Greiner AG, sediada em Kremsmünster,<br />

Áustria, é mundialmente<br />

reconhecida pelas suas soluções<br />

em plástico e espuma. Dividi- se<br />

em três áreas de atuação: a Greiner<br />

Packaging produz embalagens<br />

plásticas para os setores alimentícios,<br />

de higiene e limpeza e<br />

muitos outros. A NEVEON é líder<br />

global na produção de espumas<br />

integradas e flexíveis, compostas<br />

de poliuretano com uma ampla<br />

gama de aplicações, desde assentos<br />

de carros, aviões até colchões.<br />

A Greiner Bio-One é parceira mundial<br />

das áreas de biotecnologia,<br />

dispositivos médicos, institutos<br />

de pesquisa e life science.<br />

Para mais informações:<br />

Departamento de Marketing<br />

Telefone: +55 19 3468 9600<br />

E-mail: info@br.gbo.com<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

189


INFORME DE MERCADO<br />

ONMNIA TRAZ INOVAÇÕES PARA IMPULSIONAR O<br />

MERCADO DE IVD NO BRASIL<br />

O mercado de diganóstico in vitro<br />

está em constante evolução e a palavra-chave<br />

para o crescimento é:<br />

inovação. Nesse contexto, o grupo<br />

ONmnia, composto pelas empresas<br />

GT Group, Vida Biotecnologia e<br />

Renylab, desponta como uma protagonista<br />

ao trazer para o mercado<br />

brasileiro uma série de soluções<br />

avançadas. Essas soluções tem potencial<br />

de proporcionar um salto no<br />

desempenho e na eficiência das organizações<br />

que atuam nesse setor.<br />

Conheça os novos produtos do<br />

nosso portfólio a seguir, e acesse<br />

www.bit.ly/ONmniaNaCbac2023<br />

para ver mais detalhes sobre cada<br />

um deles:<br />

Lançamento nas linhas de<br />

hematologia e urianálise da<br />

Vida Biotecnologia:<br />

• VIDA BF6900 – Analisador Automático<br />

de Hematologia<br />

• VIDA BF7200 – Analisador Automático<br />

de Hematologia<br />

• VIDA HEMO CONNECT – Composto<br />

por 2 a 4 conjuntos do VIDA BF72001<br />

• VIDA BCC 3900 VET – Analisador<br />

Automático de Hematologia<br />

• VIDA BCA 1000 - Analisador Automático<br />

de Coagulação<br />

Lançamentos na linha de<br />

pré-analíticos GT Group:<br />

• GT HAND GASMETER - Analisador<br />

de Gases e Eletrólitos Sanguíneos<br />

• GT Venoscópio – Localizador<br />

de Veias<br />

• Centrífuga GT Mid Spin<br />

Lançamentos na linha de<br />

microbiologia da Renylab:<br />

• DL60 – Hemocultura Automatizada<br />

• Kit Carbapenêmicos - Teste imunocromatográfico<br />

para detecção de<br />

resistência aos carbapenêmicos<br />

190 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


INFORME DE MERCADO<br />

Esse movimento de inovação liderado<br />

pelo grupo ONmnia tem<br />

impactos significativos no mercado<br />

brasileiro como um todo.<br />

Segundo Marcelo Vargas, Diretor<br />

Comercial e Marketing do grupo,<br />

“Empresas que adotam as soluções<br />

oferecidas dentro do nosso portfólio<br />

estão se tornando mais competitivas,<br />

ganhando agilidade e alcançando<br />

resultados superiores!”<br />

Esses lançamentos aconteceram<br />

dentro do 48º CBAC - Congresso<br />

Brasileiro de Análises Clínicas, que<br />

aconteceu em Florianópolis nos<br />

dias 18 a 21 de junho. O grupo<br />

ONmnia marcou presença na programação<br />

e na área de exposição,<br />

onde o público pôde conhecer de<br />

perto os destaques do nosso portfólio<br />

e interagir com o nosso time<br />

de especialistas.<br />

“Mais uma vez o grupo Onmnia<br />

se destaca na CBAC ratificando<br />

sua parceria com a DIRUI, promove<br />

lançamento da integração<br />

em esteira para hematologia<br />

VIDA BF 7200 Plus. O sistema modular<br />

é capaz de processar até<br />

480 amostras por hora, análise<br />

de reticulócitos além de fluidos<br />

corporais.”, Ernani Silva Junior,<br />

Diretor de Produtos e Inovação<br />

do grupo ONmnia.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

191


INFORME DE MERCADO<br />

EXAME TOXICOLÓGICO COM DIFERENCIAIS COMPETITIVOS<br />

PARA AUMENTAR A RECEITA DE LABORATÓRIOS<br />

A nova campanha do Lab-to-Lab<br />

Pardini usa o raciocínio lógico para<br />

falar sobre soluções exclusivas para<br />

os laboratórios que escolhem oferecer<br />

o exame toxicológico.<br />

As vantagens do serviço oferecido<br />

pelo laboratório de apoio, com mais<br />

de 20 anos de experiência de mercado,<br />

estão divididas em cinco eixos.<br />

Receita<br />

O Lab-to-Lab Pardini oferece materiais<br />

promocionais gratuitos para<br />

apoiar as vendas e aumentar em até<br />

63% o lucro.* Além disso, ao oferecer<br />

o exame toxicológico Pardini, o<br />

nome do laboratório parceiro aparece<br />

no primeiro resultado em buscas<br />

do Google pelo termo “exame<br />

toxicológico”, responsável por cerca<br />

de 70% dos acessos orgânicos.<br />

*Dado real atestado pelo Serviço de<br />

Inteligência de Negócios do Lab-to-<br />

-Lab Pardini.<br />

Qualidade<br />

Garantia de identificação de até 12<br />

drogas diferentes, além de contar<br />

com acreditação pelo Inmetro.<br />

Segurança<br />

O serviço oferece também o segundo<br />

exame para contraprova em laudos<br />

com resultados positivos e garantia<br />

de 100% de apoio jurídico, além de<br />

seguro de responsabilidade civil.<br />

Facilidade<br />

Coleta, preparo e envio simplificados,<br />

além de capacitação profissional<br />

contínua e gratuita para os laboratórios<br />

parceiros.<br />

Rastreabilidade<br />

Identifica e classifica as amostras<br />

com registro eletrônico para evitar<br />

o risco de troca de exames.<br />

O argumento da campanha é simples e objetivo: “Exame toxicológico? Lógico que é Pardini”. As vantagens<br />

do serviço? Exclusivas e completas!<br />

Exame toxicológico? Lógico que é<br />

a Pardini<br />

A campanha, conduzida pelo<br />

conceito “Exame toxicológico?<br />

Lógico que é Pardini”, reafirma<br />

a parceria do Lab-to-Lab Pardini<br />

como uma escolha racional,<br />

inteligente e vantajosa para os<br />

laboratórios.<br />

O Lab-to-lab Pardini é o único laboratório<br />

de apoio da América Latina<br />

a contar com 100% de automatização<br />

nas análises de exames, diferencial<br />

que garante eficiência e<br />

precisão nos resultados.<br />

O seu laboratório pensou em<br />

exame toxicológico? Lógico que<br />

é Pardini.<br />

Conheça a campanha completa e<br />

saiba como se tornar um parceiro<br />

Lab-to-Lab Pardini: acesse<br />

www.labtolabpardini.com.br.<br />

192 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


AMPLIANDO O PORTFÓLIO COM PLACAS DE PETRI<br />

DESCARTÁVEIS.<br />

A Perfecta, marca tradicional<br />

INFORME DE MERCADO<br />

em lâminas, lamínulas e vidraria<br />

para laboratórios, ampliou a<br />

oferta de produtos de plástico,<br />

incluindo agora as placas de Petri<br />

descartáveis, além das tradicionais<br />

placas de Petri de vidro<br />

neutro e borosilicato.<br />

Largamente utilizadas para cultivo<br />

e isolamento de microrganismos<br />

como bactérias e fungos, as<br />

placas de Petri são produzidas em<br />

poliestireno (PS) transparente, suportam<br />

temperaturas de até 90°C,<br />

são previamente esterilizadas por<br />

feixe de elétrons (e-beam).<br />

As novas placas estão disponíveis<br />

em 2 tamanhos distintos<br />

em pacotes com 10 unidades:<br />

• Volume Usual 14ml – Tamanho<br />

60mm X 15mm<br />

• Volume Usual 25ml – Tamanho<br />

90mm X 15mm<br />

Para complementar a linha de<br />

produtos para microbiologia a<br />

Perfecta oferece também alças<br />

em T, espalhadores de células e<br />

alças calibradas plásticas com<br />

haste rígida, disponíveis para 1<br />

µl e 10 µl.<br />

A Perfecta investe consistentemente<br />

na ampliação do portfólio,<br />

com o propósito de satisfazer<br />

seus clientes e oferecer produtos<br />

de alta qualidade para o mercado<br />

brasileiro.<br />

Contamos com representantes e<br />

distribuidores em todo território<br />

nacional.<br />

Entre em contato com a Perfecta<br />

agora mesmo e surpreenda-se!<br />

Para mais informações:<br />

www.perfectalab.com.br<br />

Para mais informações:<br />

www.perfectalab.com.br<br />

WhatsApp: +55 11 2965-6722<br />

vendas@perfectalab.com.br<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

193


INFORME DE MERCADO<br />

QUICKSTAR – AMPLIAÇÃO DE UMA DAS LINHAS POCT MAIS<br />

INOVADORAS DO MERCADO BRASILEIRO<br />

A In Vitro Diagnóstica segue inovando<br />

no mercado brasileiro de<br />

diagnóstico in vitro, através da ampliação<br />

da sua linha de equipamentos<br />

point of care – QuickSTAR. A<br />

linha de equipamentos conta com<br />

o QuickSTAR PLUS e o QuickSTAR<br />

PRO, equipamentos cada vez mais<br />

adaptáveis as necessidades do mercado<br />

brasileiro e com configurações<br />

diferenciadas que otimizam a<br />

rotina laboratorial.<br />

Os analisadores QuickSTAR são<br />

equipamentos de imunofluorescência,<br />

para leitura quantitativa e<br />

qualitativa, que alinham alta tecnologia,<br />

qualidade e praticidade<br />

em todas as suas funcionalidades.<br />

O seu portfólio de produtos<br />

– linha QuickTEST é exclusivo e<br />

apresenta características diferenciadas<br />

e seguras.<br />

A alta sensibilidade desta linha é<br />

devido ao seu método inovador<br />

que conta com a tecnologia Time-Resolved<br />

Fluorescence Immunoassay<br />

(TR-FIA) e o marcador<br />

európio – EU3+, que impede a interferência<br />

de autofluorescência<br />

de células vermelhas, fornecendo<br />

resultados mais específicos e tão<br />

sensíveis quanto aos testes de quimioluminescência.<br />

Os equipamentos QuickSTAR, QuickSTAR<br />

PLUS e QuiskSTAR PRO<br />

possibilitam um rápido e confiável<br />

diagnóstico em qualquer lugar.<br />

Pensando ainda na agilidade, possui<br />

uma funcionalidade que permite<br />

a leitura simultânea de testes<br />

multiparâmetros. Todas as suas<br />

características foram desenhadas<br />

utilizando alta tecnologia e o seu<br />

software em português permite um<br />

fácil entendimento e manuseio.<br />

Os equipamentos QuickSTAR, com<br />

bateria integrada, e o QuickSTAR<br />

PLUS são equipamentos de 1 canal<br />

de leitura, enquanto o QuickSTAR<br />

PRO oferece 12 canais de leitura.<br />

Para facilitar a rotina laboratorial<br />

e mantendo as características que<br />

diferem testes comuns de um verdadeiro<br />

“point of care testing”, a<br />

linha de produtos QuickTEST, dedicada<br />

para uso no equipamento<br />

QuickSTAR, apresenta vantagens<br />

que facilitam a coleta de amostra<br />

e a execução do teste. Dentre<br />

essas vantagens destacamos que<br />

não é necessária a pré-diluição de<br />

amostras, e é possível a utilização<br />

de sangue total e a padronização<br />

dos protocolos para execução e<br />

leitura dos testes.<br />

O QuickSTAR foi desenvolvido<br />

com diferenciais exclusivos que<br />

garantem o seu destaque como<br />

um produto moderno, competitivo<br />

e de alta qualidade. Com um<br />

portfólio completo, a linha Quick-<br />

TEST engloba diversos parâmetros:<br />

marcadores cardíacos, marcadores<br />

inflamatórios, marcadores tumorais,<br />

doenças respiratórias, doenças<br />

infecciosas, função renal, função digestiva,<br />

tireoide, diabetes, alergia,<br />

vitamina, derrame cerebral e detecção<br />

de drogas.<br />

A linha destaca-se com testes:<br />

COVID-19 Ag e nAb – Kits para<br />

detecção da presença do antígeno<br />

SARS-CoV-2 e para a quantificação<br />

de anticorpos neutralizantes<br />

anti-SARS-CoV-2.<br />

D-Dímero – Kit para quantificação<br />

de D-Dímero, ajuda a diagnosticar<br />

o tromboembolismo venoso, que<br />

corresponde a Trombose Venosa<br />

Profunda e Embolia Pulmonar. Fundamental<br />

para diagnóstico e acompanhamento<br />

do quadro trombótico<br />

de pacientes com COVID-19.<br />

Marcadores Cardíacos – Kits para<br />

a determinação quantitativa de CK-<br />

-MB, Mioglobina, Troponina, Painel<br />

Cardíaco, NT-proBNP, hsPCR, possibilitando<br />

o auxílio diagnóstico<br />

para infarto agudo do miocárdio<br />

e insuficiência cardíaca, como biomarcadores<br />

de inflamação, lesão e<br />

estresse dos miócitos.<br />

194 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


PCT: Kit para a determinação quantitativa<br />

de Procalcitonina, importante<br />

biomarcador para infecção bacteriana<br />

– diagnóstico, monitoramento e controle<br />

de tratamento da septicemia.<br />

PCR/HS-PCR – Kit para a quantificação<br />

de Proteína C Reativa<br />

e Proteína C Reativa ultrassensível.<br />

Proteína plasmática de fase<br />

aguda, indicadora de processos<br />

inflamatórios, e biomarcador de<br />

processo aterosclerótico.<br />

HCG – Kit para a determinação<br />

quantitativa de b-Gonadotrofina<br />

Coriônica Humana (bHCG) que auxilia<br />

no diagnóstico e determinação<br />

do período gestacional.<br />

HbA1c – Kit para a determinação<br />

quantitativa de hemoglobina glicada,<br />

fundamental no monitoramento<br />

glicêmico de pacientes com diabetes<br />

mellitus.<br />

Marcador Tumoral - Kit para a<br />

determinação quantitativa de<br />

PSA, marcador fundamental no<br />

auxílio diagnóstico de pacientes<br />

com problemas na próstata, monitoramento<br />

do câncer de próstata,<br />

e determinação da eficácia<br />

cirúrgica e terapêutica.<br />

Função tireoide - Kit para a determinação<br />

quantitativa de T3<br />

Total, T4 Total e TSH, importantes<br />

marcadores para avaliar as<br />

funções tireoidianas.<br />

Vitamina D – Kit para a determinação<br />

quantitativa de vitamina D<br />

que auxilia no diagnóstico de doenças<br />

relacionadas a deficiência<br />

de vitamina D.<br />

S100-b: Kit para a determinação<br />

quantitativa S100-b que é uma proteína<br />

marcadora para certos tumores<br />

e diferenciação epidérmica. Os<br />

níveis aumentados indicam uma<br />

ruptura da barreira hematoencefálica,<br />

podendo preceder o aparecimento<br />

de lesões neuronais.<br />

IL-6: Kit para a determinação de interleucina<br />

6 regula as respostas imunes,<br />

reações de fase aguda e hematopoiese,<br />

e pode desempenhar um papel<br />

central nos mecanismos de defesa.<br />

Para saber mais entre em contato<br />

com a In Vitro Diagnóstica através<br />

do e-mail invitro@invitro.com.br<br />

ou telefone (31) 99973-2098.<br />

INFORME DE MERCADO<br />

APRESENTAMOS NOSSA NOVA MARCA NO MERCADO<br />

C<br />

M<br />

novidade<br />

Y<br />

CM<br />

MY<br />

CY<br />

CMY<br />

Mais do que uma marca, cuidado com quem mais entende de saúde - VOCÊ<br />

K<br />

O setor de estética vem crescendo nos últimos<br />

anos, e nós da Bunzl Saúde, estamos antenados<br />

nas evoluções do mercado deste segmento e<br />

resolvemos estar cada dia mais presente no<br />

suporte aos nossos clientes e profissionais<br />

(biomédicos, médicos, anestesistas, dentistas,<br />

entre outros) por isso, anunciamos a nossa mais<br />

nova marca, Probeauty.<br />

Somos referência no mercado diagnóstico e<br />

hospitalar, e a Probeauty é a marca que veio<br />

para somar em nosso portfólio de produtos e<br />

ampliar nossa atuação no segmento de saúde.<br />

O primeiro produto a ser lançado será a<br />

Agulha Lebel e Mesoterapia, indicada para<br />

aplicação de substâncias com a finalidade de<br />

bunzlsaude.com.br<br />

(11) 3652-2525<br />

portal@bunzlsaude.com.br<br />

/bunzlsaude<br />

tratamento estético, como toxina botulínica,<br />

tratamentos realizados normalmente em<br />

clínicas de estética e dental.<br />

É a Bunzl Saúde inovando mais uma vez para<br />

atendê-los com o que temos de melhor!<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

195


INFORME DE MERCADO<br />

LAB REDE AMPLIA SEU PORTIFÓLIO COM A DETERMINAÇÃO<br />

DE HBA1C POR ELETROFORESE CAPILAR.<br />

A fração HBA1c refere-se à<br />

hemoglobina que está ligada<br />

à glicose de forma estável e<br />

irreversível. É um exame útil<br />

tanto para o acompanhamento<br />

do controle glicêmico quanto<br />

para o diagnóstico do Diabetes<br />

Mellitus (DM).<br />

Com base em muitos anos de<br />

experiência na tecnologia de<br />

eletroforese capilar, a Sebia<br />

adaptou sua tecnologia para<br />

a testagem de HbA1c. A eletroforese<br />

capilar proporciona<br />

uma separação clara e precisa<br />

da fração de HbA1c, sem a<br />

alteração dos resultados na<br />

presença das interferências<br />

mais frequentes (A1c lábil, Hb<br />

carbamilada, Hb F e heterozigotos<br />

S, C, D e E). O alto poder<br />

da resolução do método possibilita<br />

a detecção de hemoglobinas<br />

variantes homozigóticas<br />

(anemia falciforme, entre outras),<br />

impedindo o reporte da<br />

HbA1c na ausência da Hb A,<br />

bem como é capaz de separar<br />

e quantificar a fração de HbA2,<br />

que pode indicar anemias, talassemias<br />

e outras situações<br />

que envolvam a diminuição da<br />

vida útil dos eritrócitos. O procedimento<br />

HbA1c executado<br />

com o instrumento SEBIA CA-<br />

PILLARYS 3 foi certificado pelo<br />

NGSP (programa nacional dos<br />

EUA para a normatização da<br />

hemoglobina glicada).<br />

O Lab Rede, ampliando o menu<br />

de exames, que já oferta a<br />

HBA1c pela metodologia HPLC,<br />

passa também a ofertar a dosagem<br />

de hemoglobina glicada<br />

pela metodologia eletroforese<br />

capilar. O novo ensaio foi<br />

avaliado e validado por nossa<br />

equipe técnica, seguindo um<br />

rigoroso processo padronizado.<br />

No estudo, observou-se que<br />

o valor obtido pelo método de<br />

referência (HPLC) está inserido<br />

no intervalo de confiança para<br />

a mensuração pela eletroforese<br />

capilar. A alta correlação entre<br />

os métodos permite a utilização<br />

da eletroforese capilar na<br />

rotina laboratorial de forma segura<br />

e eficiente.<br />

196 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


INFORME DE MERCADO<br />

PRECISÃO E MAIOR DURABILIDADE: CONHEÇA OS NOVOS TUBOS DE<br />

CITRATO TRISSÓDICO COM PAREDE DUPLA DA MEDIXLAB<br />

A Medix Brasil, líder em inovação,<br />

tem o prazer de anunciar o lançamento<br />

dos Tubos de Citrato Trissódico<br />

com Parede Dupla. Novidade<br />

da linha MedixLab, a solução fornece<br />

maior estabilidade do aditivo<br />

anticoagulante, elevando a precisão<br />

nos testes de tempo de protrombina<br />

(TP) e tempo de tromboplastina<br />

parcial ativada (TTPa).<br />

Um produto projetado para<br />

fornecer precisão diagnóstica,<br />

custo-benefício e qualidade<br />

certificada<br />

Além da estabilidade aprimorada,<br />

os Tubos de Citrato Trissódico<br />

Parede Dupla são fabricados com<br />

materiais de alta qualidade e são<br />

cuidadosamente armazenados em<br />

ambiente 100% climatizado, o que<br />

assegura a eficácia do ativo.<br />

E a inovação não para por aí. Os<br />

novos tubos também oferecem<br />

prazo de validade superior em<br />

comparação aos convencionais.<br />

Isso garante maior durabilidade,<br />

promove um uso eficiente e reduz<br />

o desperdício de recursos.<br />

Com a combinação de estabilidade<br />

e prazo de validade prolongado, a<br />

MedixLab proporciona resultados<br />

confiáveis mesmo ao longo do<br />

tempo, atendendo às necessidades<br />

dos laboratórios. Esse lançamento<br />

reafirma seu compromisso<br />

em fornecer soluções inovadoras<br />

para o setor.<br />

A nova tecnologia visa aprimorar a<br />

precisão dos diagnósticos e, consequentemente,<br />

contribuir para<br />

um melhor cuidado e tratamento<br />

dos pacientes.<br />

Os tubos já estão disponíveis no<br />

mercado e podem ser adquiridos<br />

por meio de distribuidores autorizados<br />

em todo o país.<br />

Para mais informações, entre em<br />

contato através do e-mail:<br />

gestor.lab@medixbrasil.com.br.<br />

Sobre a MedixLab:<br />

MedixLab é a linha de produtos da<br />

Medix Brasil dedicada a fornecer<br />

soluções inovadoras e confiáveis<br />

para profissionais de saúde e laboratórios<br />

de todo o país. Oferecendo<br />

experiência completa e de última<br />

geração, o portfólio conta com<br />

uma ampla gama de produtos, alta<br />

qualidade e tecnologia avançada,<br />

tudo isso para promover precisão<br />

diagnóstica e os melhores resultados<br />

para o seu laboratório. Acesse<br />

e conheça a linha completa!<br />

198 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


PRO-IN em Tempo Real gratuito<br />

RDC 786:2023 COMENTADA PELOS ASSESSORES<br />

CIENTÍFICOS DO PNCQ<br />

A ANVISA atualizou as normas que<br />

tratam das exigências técnicas<br />

para o funcionamento dos serviços<br />

de saúde que realizam atividades<br />

relacionadas a exames de análises<br />

clínicas (EAC).<br />

A RDC 786:2023 estabelece<br />

requisitos técnico-sanitários para a<br />

garantia da qualidade dos serviços<br />

prestados pelos laboratórios, que<br />

devem assegurar a confiabilidade<br />

dos testes por meio da gestão do<br />

controle da qualidade (GCQ).<br />

O Programa Nacional de Controle de Qualidade oferece a ferramenta PRO-IN em Tempo Real<br />

gratuitamente a todos os laboratórios que adquirem as amostras para controle interno da<br />

qualidade – PRO-IN, sejam Laboratórios Participantes do PNCQ, ou não, através de um<br />

cadastro simples.<br />

O PRO-IN em Tempo Real é uma ferramenta que auxilia os laboratórios na elaboração e na<br />

• avaliação A gestão de de seu pessoal controle interno. e de educação Com navegação O acelerada documento, e inserção de valores disponível facilitada, na<br />

permanente disponibiliza, entre dos outros: profissionais; Biblioteca do site do PNCQ, visa<br />

• O gerenciamento dos Processos colaborar para o seu entendimento<br />

Gráfico de Levey Jennings automático<br />

Operacionais; e<br />

e facilitar a adequação dos<br />

• A Gestão Regras do de Controle Westgard da podem Qualidade ser personalizadas laboratórios.<br />

pelo seu laboratório<br />

(GCQ). • Média, Desvio Padrão (DP) e Coeficiente de Variação (CV%) automáticos<br />

A RDC 786:2023 foi publicada<br />

• Possibilidade de comparar seu desempenho com o de outros usuários<br />

O PNCQ publicou a RDC 786:2023 no Diário Oficial da União em<br />

comentada • Resultados pelos e gráficos seus podem Assessores ser impressos 10/05/23, ou arquivados entra por tempo em indefinido, vigor à em<br />

Científicos disposição da com fiscalização a íntegra da da Vigilância legislação, Sanitária ou 1º Instituição de agosto Acreditadora de 2023 e os<br />

descrição Facilite a implantação de evidências do Controle e comentários, Interno de Qualidade estabelecimentos no seu Laboratório. têm Fornecemos o prazo um de<br />

além amplo menu da indicação de amostras de para documentos<br />

controle com qualidade 180 certificada! dias, contados a partir da data<br />

modelo do software PNCQ Gestor, em da publicação no D.O.U., para se<br />

Baixe agora o Catálogo de Produtos 2022, escolha as amostras do PRO-IN necessárias para a<br />

atendimento sua rotina e utilize a esta o PRO-IN norma. em Tempo Real. É GRÁTIS adequarem às regras atualizadas.<br />

INFORME DE MERCADO<br />

Todos os serviços que realizam<br />

exames de análises clínicas devem<br />

implementar um programa de<br />

garantia da qualidade (PGQ) que<br />

contemple, no mínimo:<br />

• O gerenciamento das tecnologias;<br />

• O gerenciamento dos riscos inerentes;<br />

• A gestão de documentos;<br />

Palestra Especial Vagas Limitadas<br />

Telefone: (21) 3172-7100 | 25696867<br />

pncq@pncq.org.br<br />

Telefone: (21) 3172-7100 | 25696867<br />

Rua Vicente Licíneo, 193 - Tijuca - Rio de Janeiro/RJ - CEP: 20270-340<br />

pncq@pncq.org.br<br />

Rua Vicente Licíneo, 193<br />

Tijuca - Rio de Janeiro/RJ<br />

CEP: 20270-340<br />

Facebook: @PNCQoficial<br />

Instagram: @pncqoficial<br />

Linkedin: /pncq-oficial<br />

Desafios da Microbiologia<br />

Diagnóstica<br />

Antes e<br />

depois do<br />

MALDI-TOF<br />

Facebook: @PNCQoficial<br />

Instagram: @pncqoficial<br />

Linkedin: /pncq-oficial<br />

Palestrante<br />

Dra. Flávia Rossi<br />

MD, PhD<br />

Diretora Médica<br />

do Laboratório<br />

de Microbiologia<br />

Clínica HC-FMUSP e<br />

referência nacional<br />

no assunto.<br />

Reservas<br />

+55 (11) 98905-5912<br />

contato@apparatimports.com<br />

Hotel Panamby<br />

Av. Ordem e Progresso, 115 - Barra Funda,<br />

São Paulo - SP, 01141-030


INFORME DE MERCADO<br />

ESTUDOS GENÉTICOS, CONHEÇA AS SOLUÇÕES DA ELGA<br />

VEOLIA PARA ESSA APLICAÇÃO.<br />

Genética é o estudo da hereditariedade, o processo biológico onde os pais passam certos genes para os filhos<br />

ou descendentes. A informação genética encontra-se dentro do núcleo celular de cada célula viva no corpo.<br />

PCR<br />

A Reação em Cadeia da Polimerase<br />

(Polymerase Chain Reaction, PCR) é<br />

uma técnica de biologia molecular<br />

usada para amplificar um pedaço de<br />

DNA , e gera milhares a milhões de<br />

cópias de uma sequência específica<br />

de DNA .<br />

Requisitos da água<br />

Certifique-se de que está a utilizar o tipo de água certo para a sua aplicação.<br />

Eis os requisitos para as aplicações genéticas:<br />

Sequência de DNA/RNA<br />

É o processo que inclui qualquer<br />

método ou tecnologia usada para<br />

determinar a ordem precisa de<br />

nucleótidos numa cadeia deDNA .<br />

A sequência de RNA usa métodos<br />

de sequência de próxima geração<br />

para revelar a presença e a<br />

quantidade de ácido ribonucleico<br />

numa amostra biológica num<br />

determinado momento no tempo.<br />

Microarrays de DNA<br />

É uma coleção de pontos<br />

microscópicos de DNA numa<br />

superfície sólida. Os cientistas usam<br />

microarrays de DNA para medir a<br />

expressão de um grande número de<br />

genes ou para genotipar múltiplas<br />

regiões de um genoma.<br />

Eletroforese por ácido nucleico<br />

É uma técnica analítica usada para<br />

separar fragmentos de DNA ou RNA<br />

por tamanho e reatividade.<br />

Impacto da água<br />

A água pura é essencial para obter<br />

resultados confiáveis na aplicação<br />

genética. As aplicações de RNA, em<br />

particular, exigem um tipo especial<br />

de água, uma vez que as RNases<br />

estão em todos os lugares e podem<br />

destruir o RNA livre se este não<br />

estiver protegido. Usar a água sem<br />

nuclease e com o grau de pureza<br />

certo ajuda a proteger o RNA e os<br />

nossos resultados.<br />

A ELGA VEOLIA dispõe de uma<br />

vasta gama de ultrapurificadores de<br />

água que atende as necessidades<br />

da genética.<br />

O Purelab Chorus 1 é um ideal para<br />

a purificação de água para uso<br />

nas Ciências da Vida e aplicações<br />

analíticas.<br />

Quando exige a máxima pureza de<br />

água, o PURELAB Chorus 1 oferece<br />

a solução perfeita. Oferecendo<br />

sistematicamente água com<br />

pureza de 18,2 MΩ.cm (Tipo I+/I) e<br />

sustentado pelo sistema avançado<br />

de deionização PureSure®, permite<br />

que se concentre em obter resultados<br />

precisos, garantindo um fluxo de<br />

trabalho sem interrupções.<br />

Conheça as características do<br />

sistema:<br />

• Deionização Avançada PureSure:<br />

Elimina os íons residuais que se<br />

infiltram na água e oferece um<br />

alerta avançado para substituir os<br />

pacotes de purificação.<br />

• Recirculação completa: Garante a<br />

pureza microbiana e água ultrapura<br />

no ponto de uso.<br />

• Monitoramento de TOC em tempo<br />

real: Proporciona confiança total na<br />

pureza orgânica.<br />

• Filtração integrada: A ultrafiltração<br />

ou microfiltração filtra as endotoxinas,<br />

proteínas, nucleases e partículas.<br />

• Tratamento total de UV: Garante a<br />

redução de compostos orgânicos e<br />

inativação de bactérias.<br />

• Coleta de dados: Acesso de dados via<br />

USB para validação de desempenho<br />

do sistema e atualizações de software.<br />

Outras soluções também são eficazes<br />

para essa aplicação, contate nossos<br />

especialistas para obter uma visita<br />

técnica e entender qual solução<br />

melhor se aplica a sua necessidade.<br />

marketingbr@veolia.com<br />

www.veoliawatertechnologies.com/<br />

latam/pt<br />

Veolia Water Technologies Brasil - Media Relations<br />

Rafaela Rodrigues<br />

Tel.+55 11 97675 0943<br />

rafaela.rodrigues@veolia.com<br />

200 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


VENHA CONHECER A MGI NO CBGM 2023!<br />

A MGI Brasil estará no 34º Congresso Brasileiro de Genética Médica pronta para oferecer a melhor<br />

solução para o seu laboratório!<br />

Em nosso portfólio temos tudo o que você precisa<br />

para impulsionar a sua rotina NGS. Além<br />

dos nossos sequenciadores já reconhecidos<br />

mundialmente, ainda temos produtos para<br />

automação, como liquid handlers, extratores,<br />

robôs dedicados ao preparo de bibliotecas, e<br />

produtos de bioinformática para facilitar e agilizar<br />

o processamento de dados.<br />

INFORME DE MERCADO<br />

Venha nos visitar no stand #32 e<br />

conhecer mais sobre a nossa tecnologia!<br />

Conheça nossos representantes comerciais<br />

Atendem todo o Brasil<br />

Mariana Samico<br />

Representante Comercial MGI<br />

mariana.samico@mgi-tech.com<br />

Visite nosso site: www.en.mgi-tech.com/<br />

Victor Camilo<br />

Representante Comercial MGI<br />

vcamillo@mgi-tech.com<br />

Para cotações e informações técnicas dos equipamentos e<br />

soluções, entre em contato com nossa equipe comercial:<br />

mariana.samico@mgi-tech.com<br />

vcamillo@mgi-tech.com<br />

epoc<br />

Analisador de Gases Sanguíneos - point of Care<br />

BUN (Uréia Nitrogenada)<br />

A Ureia Nitrogenada (BUN) é um composto que avalia o funcionamento renal,<br />

avaliando a quantidade de ureia nitrogenada no sangue e a excreção dessa<br />

ureia.<br />

Utilização:<br />

Investigação de doenças renais crônicas ou agudas<br />

Obstrução urinária<br />

Desidratação severa<br />

Doenças hepáticas graves e entre outros.<br />

Diferencial do equipamento:<br />

Resultados em menos de 1 minuto<br />

92ul de amostra<br />

Cartão único com calibração e diversos parâmetros de leitura<br />

quallyx.com.br / quallyxvet.com.br<br />

(11) 93065-9880<br />

vendas@quallyx.com.br<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

201


INFORME DE MERCADO<br />

FASTPREP®MATRIZES DE LISE - QUEBRA CELULAR<br />

IDEAL PARA QUALQUER TIPO DE AMOSTRA<br />

Não importa o quão dura ou resistente<br />

sejam suas amostras, nossas<br />

matrizes de lise irão efetivamente<br />

romper as paredes celulares,<br />

deixando suas amostras prontas<br />

para qualquer tipo de análise,<br />

fornecendo maior rendimento de<br />

ácidos nucléicos e proteínas em<br />

questão de segundos.<br />

Ao utilizar as matrizes na lise,<br />

moagem ou homogeneização é<br />

possível obter uma quebra completa<br />

eliminando a necessidade<br />

de produtos químicos que podem<br />

alterar a amostra. Os tipos de<br />

amostras incluem, mas não estão<br />

limitados a tecidos humanos, animais<br />

e vegetais; microorganismos<br />

como bactérias, leveduras e fungos;<br />

amostras de solo; fezes; além<br />

de insetos e vermes.<br />

As matrizes de lise da linha FastPrep®<br />

são formadas por esferas<br />

de diferentes composições, tamanhos<br />

e formas, que variam de baixa<br />

a alta impactação, quebrando<br />

qualquer tipo de amostra sejam<br />

elas duras ou moles. As esferas podem<br />

ser de cerâmica, sílica, vidro,<br />

óxido de alumínio, óxido de zircónio<br />

e de aço inoxidável. Os tubos<br />

contendo as matrizes de lise da<br />

MP Bio são altamente reprodutíveis,<br />

sem contaminação cruzada<br />

e estão disponíveis nos tamanhos<br />

de 2, 4.5, 15 e 50 mL.<br />

Para um desempenho e resultados<br />

ideais, recomendamos o uso dos<br />

tubos e das matrizes de lise em<br />

conjunto com nossos instrumentos<br />

da linha FastPrep® para garantir<br />

fácil moagem, lise e homogeneização<br />

de qualquer tipo de amostra<br />

de maneira rápida e eficiente.<br />

TESTES QUE VOCÊ PRECISA.<br />

RESULTADOS QUE VOCÊ PODE<br />

CONFIAR!<br />

202 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


NEOCOMPANY: UM NOVO CONCEITO, UM NOVO VISUAL,<br />

MAS O MESMO COMPROMISSO!<br />

INFORME DE MERCADO<br />

Ao longo de nossa jornada,<br />

enfrentamos desafios e momentos<br />

significativos. Agora, estamos<br />

diante de uma nova fase, onde<br />

acreditamos que a mudança<br />

moldará o futuro de nossa história.<br />

É com grande satisfação que<br />

anunciamos que a Neolab evoluiu,<br />

e agora faz parte de uma nova<br />

marca, a Neocompany!<br />

Nossa transformação foi impulsionada<br />

pelo compromisso inabalável de<br />

preservar a excelência e superar<br />

as expectativas de nossos valiosos<br />

clientes. Reconhecemos que, para<br />

atingir esse objetivo, precisávamos<br />

evoluir e segmentar nossos produtos.<br />

Como resultado, agora oferecemos<br />

divisões especializadas, compostas por<br />

produtos especializados e catalogados<br />

em suas respectivas áreas.<br />

Queremos fornecer soluções<br />

eficientes para atender às<br />

necessidades específicas de cada<br />

cliente. Seja uma pequena empresa<br />

ou uma grande corporação, nossa<br />

equipe está pronta para ajudar. Com<br />

nossa nova estrutura, podemos<br />

oferecer uma gama mais ampla de<br />

produtos, garantindo a qualidade e<br />

assertividade que os stakeholders<br />

esperam de nós.<br />

Nosso novo visual reflete nossa<br />

transformação interna. O design<br />

atualizado simboliza ainda mais<br />

nosso compromisso com o<br />

próximo, a busca constante por<br />

inovação e a mentalidade voltada<br />

para o futuro dos nossos clientes<br />

e da sociedade. Cada detalhe foi<br />

cuidadosamente escolhido para<br />

representar o nosso propósito.<br />

Agradecemos a todos os nossos<br />

clientes, parceiros e colaboradores<br />

que estiveram conosco ao longo<br />

dessa jornada. Sua confiança e<br />

apoio foram fundamentais para<br />

tornar a Neocompany em uma<br />

realidade. Juntos, estamos prontos<br />

para abraçar o futuro e alcançar<br />

novos patamares de sucesso.<br />

Bem-vindo à Neocompany -<br />

Um novo visual com o mesmo<br />

compromisso com a excelência!<br />

Estamos empolgados por fazer<br />

parte de sua jornada e ansiosos para<br />

criar um futuro brilhante juntos!<br />

NEOCOMPANY<br />

R. Carlos Gusso, 250 - Barracão 2 - Águas Belas,<br />

São José dos Pinhais - PR, 83040-630, Brasil<br />

E-mail: contato@neolabimpot.com.br<br />

Contato: +55 41 3146-0802<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

203


INFORME DE MERCADO<br />

SYSMEX CONVIDA PROFISSIONAIS DE SAÚDE PARA<br />

PARTICIPAREM DA MARATONA DE CASOS CLÍNICOS DE<br />

HEMATOLOGIA<br />

Projeto inovador é voltado para a promoção de conhecimento técnico-científico<br />

A Sysmex, referência mundial em<br />

hematologia, tem o prazer de<br />

anunciar o lançamento da Maratona<br />

de Casos Clínicos de Hematologia,<br />

uma iniciativa destinada<br />

a promover e incentivar o conhecimento<br />

técnico-científico na<br />

área da saúde.<br />

A Maratona é aberta a profissionais<br />

de saúde que possuam<br />

casos clínicos interessantes relacionados<br />

à aplicação de um dos<br />

Parâmetros Clínicos Avançados<br />

na hematologia, tais como IG,<br />

RET-He, IRF e IPF.<br />

Para se inscrever, é necessário fornecer<br />

um resumo do caso clínico,<br />

com, por exemplo, dados anônimos<br />

do paciente e informações<br />

sobre exames.<br />

Uma equipe de especialistas renomados<br />

composta pela Dra. Helena<br />

Grotto, médica hematologista<br />

e professora da Unicamp; Dr.<br />

Afonso Almeida, médico hematologista<br />

do Hospital Albert Einstein;<br />

Dr. Rafael Jácomo, médico<br />

hematologista e diretor técnico;<br />

Dra. Terezinha Munhoz, professora<br />

de hematologia da PUC-RS; e<br />

Dr. Paulo Silveira, médico hematologista<br />

do Hospital Sírio Liba-<br />

nês, será responsável por avaliar<br />

os casos submetidos.<br />

Os 10 principais casos selecionados<br />

pelo comitê terão a oportunidade<br />

única de serem publicados<br />

em um livro especializado, ampliando<br />

o reconhecimento profissional<br />

dos participantes. Portanto,<br />

não perca a chance de destacar o<br />

seu trabalho e contribuir para o<br />

avanço da hematologia!<br />

A participação na Maratona é<br />

gratuita e as inscrições estão<br />

abertas agora mesmo no site:<br />

www.maratonadecasosclinicos.com.br<br />

Junte-se a Sysmex nessa jornada<br />

emocionante de descobertas e<br />

aprendizado, e faça parte de uma<br />

comunidade comprometida com<br />

a excelência na área da saúde.<br />

204 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


TPP ESTÁ NO BRASIL!<br />

CONHEÇA UM DOS NOSSOS PRODUTOS INOVADORES.<br />

CLIPMAX<br />

Suas células podem ser cultivadas<br />

diretamente no Clipmax,<br />

uma combinação de um frasco<br />

de cultivo celular de 10cm2 com<br />

uma lâmina de microscopia removível<br />

(25 x 75 mm). A tripinização<br />

demorada das células antes<br />

da microscopia não é mais necessária.<br />

Devido às propriedades<br />

ópticas únicas do polímero que<br />

usamos para o Clipmax, são possíveis<br />

aplicações microscópicas<br />

em microscopia de fluorescência<br />

que lhe são negadas com poliestireno.<br />

Assim, Clipmax é perfeitamente<br />

adequado para cultura<br />

de células, imunocitoquímica, estudos<br />

cromossômicos, testes de<br />

toxicidade e uma variedade de<br />

aplicações microscópicas.<br />

A câmara média e a lâmina são<br />

conectadas com um selo biocompatível.<br />

A câmara pode ser<br />

removida sem deixar resíduos.<br />

O sistema permite uma troca direta<br />

de gás através da tampa de<br />

rosca do filtro.<br />

Características de qualidade do<br />

Clipmax:<br />

• Lâmina em COP<br />

• Índice de refração (nD 589 nm): 1,52<br />

• Superfície ativada para crescimento<br />

celular ideal<br />

• Adequado para microscopia de<br />

fluorescência variada<br />

• Adequado para coloração, também<br />

para imunofluorescência<br />

• Resistente a muitos solventes (por<br />

exemplo, acetona, etanol, xileno)<br />

• Tampa rosqueável com filtro<br />

para uma troca gasosa eficiente<br />

com o mínimo de evaporação<br />

• Proteção de abertura inicial<br />

• Unidade empilhável<br />

• Câmara do meio pode ser removida<br />

depois que a cultura de células<br />

estiver completa, apenas com<br />

um “click” e sem a necessidade de<br />

outra ferramenta.<br />

• Remover a câmara, fixar e corar<br />

as células diretamente na lâmina<br />

do microscópio.<br />

INFORME DE MERCADO<br />

Informações de contato.<br />

Telefones: (11) 99568-2022<br />

(11) 91109 -2022<br />

E-mail: info@tpp-br.com<br />

Endereço: Estrada das Lágrimas, nº 111<br />

São José - São Caetano do Sul-SP CEP: 09581-300<br />

Site: www.tpp-shop.com.br<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

205


INFORME DE MERCADO<br />

A IMPORTÂNCIA DO FREELITE MX® PARA O DIAGNÓSTICO<br />

PRECOCE DA ESCLEROSE MÚLTIPLA<br />

Um dos exames da Binding Site tem<br />

atuação fundamental no diagnóstico<br />

de uma das principais doenças<br />

que afetam o sistema nervoso<br />

central: a Esclerose Múltipla. Tratase<br />

do Freelite Mx®, mais específico,<br />

sensível, confiável, rápido e fácil de<br />

execução quando comparado aos<br />

exames mais tradicionais para a<br />

análise dessa e de outras patologias.<br />

Tais qualidades advém do fato de o<br />

Freelite Mx® ser capaz de identificar<br />

a mais ínfima quantidade de cadeia<br />

leve livre em uma amostra de líquor<br />

retirada do espaço intratecal –<br />

aquele dentro de nossa coluna onde<br />

a medula está contida – região de<br />

difícil acesso e análise.<br />

Como funciona<br />

Alguns estudos demonstram que<br />

portadores da Esclerose Múltipla<br />

apresentam aumento considerável<br />

da cadeia leve livre kappa no<br />

líquor: cerca de 60 vezes maior do<br />

que o do grupo controle. Por isso,<br />

o Freelite Mx® tem sido cada vez<br />

mais recomendado e utilizado<br />

no diagnóstico da doença, em<br />

conjunto com outros exames mais<br />

tradicionais para Esclerose Múltipla,<br />

como o de bandas oligoclonais,<br />

índice de IgG, índice de albumina e<br />

também a ressonância magnética.<br />

A alta sensibilidade do Freelite<br />

Mx® é uma grande vantagem, uma<br />

vez que ele apresenta resultados<br />

objetivos e quantitativos, diferente<br />

dos demais, cuja análise muitas<br />

vezes é difícil, nem sempre clara<br />

– e passa por critérios subjetivos.<br />

Assim, por exemplo, mesmo que<br />

o resultado dê negativo em um<br />

exame de bandas oligoclonais,<br />

o Freelite Mx®, devido à sua<br />

sensibilidade, consegue detectar<br />

qualquer alteração. O exame da<br />

Binding Site também pode ser<br />

usado no auxílio do diagnóstico<br />

e na diferenciação de outras<br />

patologias do sistema nervoso<br />

central, como a síndrome clínica<br />

isolada, meningite, encefalite,<br />

síndrome de Guillain-Barré,<br />

neuroborreliose, polineuropatia,<br />

entre outras doenças crônicas.<br />

Sobre o Freelite® Mx e onde<br />

encontrar o exame<br />

O Freelite® foi aprovado em<br />

2001 pelo FDA (Food and Drug<br />

Administration), aprovado<br />

pela ANVISA em 2010-11 e<br />

considerado biomarcador em<br />

2014 pelo Grupo Internacional<br />

de Trabalho do Mieloma, ou<br />

seja, é o exame de escolha para<br />

o diagnóstico e monitoramento<br />

do Mieloma Múltiplo e ainda<br />

outras gamopatias monoclonais.<br />

Após anos de padronização e<br />

validação, em 2006, foi lançado<br />

então o Freelite Mx®, com<br />

valores de referência específicos<br />

para as amostras de líquor; que<br />

também possibilita a utilização<br />

de amostras de soro e urina. O<br />

Mx, aliás, vem do termo em inglês<br />

“multiple matrix assays” (ensaios<br />

de matriz múltipla). Ambos<br />

utilizam a plataforma Optilite®<br />

para a análise automatizada dos<br />

testes. O exame está disponível<br />

no Laboratório Neurolife e no<br />

Laboratório Senne Liquor.<br />

Contato<br />

No blog da Binding Site você<br />

encontra outros artigos que<br />

explicam mais aspectos da<br />

Esclerose Múltipla.<br />

www.freelite.com.br<br />

www.bindingsite.com.br<br />

Para mais detalhes e informações sobre os<br />

produtos, contate-nos:<br />

Tel: +55 16 3415-2829<br />

Email: info@bindingsite.com<br />

206 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


A CELLAVISION EM SEU LABORATÓRIO!<br />

Solicite sem compromisso uma apresentação da CellaVision em seu laboratório e conheça os benefícios da<br />

inteligência artificial na hematologia.<br />

Não importa o tamanho da sua<br />

rotina em hematologia, a CellaVision<br />

possui soluções para laboratórios<br />

de todos os portes. Chame a<br />

CellaVision através dos contatos<br />

abaixo e solicite uma apresentação<br />

personalizada para conhecer de<br />

forma mais detalhada os benefícios<br />

da morfologia celular digital.<br />

Explicaremos minuciosamente<br />

como a inteligência artificial pode<br />

melhorar seu fluxo de trabalho em<br />

hematologia, acelerando o TAT e<br />

ao mesmo tempo melhorando a<br />

consistência de seus resultados.<br />

Ao entrar em contato, basta nos<br />

informar a quantidade média de<br />

lâminas revisadas por dia, assim,<br />

apresentaremos qual é o modelo<br />

de CellaVision ideal para seu<br />

laboratório performar com maior<br />

eficiência e desempenho.<br />

Saiba mais em https://www.cellavision.com/pt-BR<br />

Contato: Wagner Miyaura - Market Support Manager, South America<br />

wagner.miyaura@cellavision.com<br />

INFORME DE MERCADO<br />

CONTATO:<br />

e-mail:<br />

contato@guthrielaboratorio.com<br />

www.guthrielaboratorio.com.br<br />

tel.:+55 61 3045 4004 +55 61<br />

98286 7432<br />

O PRIMEIRO QSIGHT 225 DA AMÉRICA LATINA<br />

triagem neonatal<br />

Espectrômetro de massas em tandem.<br />

O Guthrie Laboratório oferece os exames do teste do pezinho completo, processando as amostras de sangue seco<br />

por meio de tecnologia avançada e liberando resultados em até 5 dias úteis<br />

Com a aquisição do espectrômetro de massas em tandem QSight 225, o primeiro equipamento da América Latina<br />

totalmente dedicado à triagem neonatal, é possível detectar quantitativamente a atividade de enzimas lisossômicas<br />

e a medição e avaliação das concentrações de aminoácidos, succinilcetonas, carnitinas livres, acilcarnitinas,<br />

nucleotídeos e lisofosfolipideos podendo triar:<br />

· Distúrbios de Aminoácidos;<br />

· Distúrbios da Oxidação dos Ácidos Graxos;<br />

· Distúrbios de Acidúria Orgânica;<br />

· Disfunção do Metabolismo da Purina (DADO e ADA -SCID);<br />

· Distúrbios Peroxissômicos (X-ALD);<br />

· Distúrbios de Armazenamento Lisossômico:<br />

o Doença de Gaucher (ABG);<br />

o Doença de Niemann-Pick A/B (ASM);<br />

o Doença de Pompe (GAA);<br />

o Doença de Krabbe (GALC);<br />

o Doença de Fabry (GLA);<br />

o Mucopolissacaridose tipo I (IDUA).<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

O laboratório também oferece a triagem molecular completa por técnica de PCR em tempo real multiplex (RT-qPCR)<br />

amplificando quatro alvos (TREC, KREC, SMN1 e RPP30), usando DNA extraído de sangue seco em papel filtro.<br />

Podendo detectar:<br />

· Síndrome da imunodeficiência combinada grave (SCID);<br />

· Agamaglobulinemia ligada ao X (XLA);<br />

· Atrofia muscular espinhal (AME).<br />

207


INFORME DE MERCADO<br />

ESTUDO DE CASO HORIBA MEDICAL: CAMINHO PARA SUCESSO<br />

ATRAVÉS DO CONHECIMENTO<br />

A HORIBA Medical, líder em soluções<br />

de diagnóstico in vitro,<br />

oferece uma oportunidade única<br />

de aprendizado para todo o time<br />

do seu laboratório através do "Estudo<br />

de Caso". Trata-se de uma<br />

publicação mensal de um estudo<br />

de caso clínico de hematologia,<br />

apresentando casos de laboratórios<br />

de todo o mundo.<br />

A hematologia é uma área da medicina<br />

que demanda precisão e<br />

consistência nos resultados, uma<br />

vez que pequenas variações nas<br />

células sanguíneas podem indicar<br />

a presença de doenças hematológicas.<br />

Nesse sentido, a detecção<br />

precoce da doença é crucial<br />

para o sucesso do tratamento e a<br />

sobrevivência dos pacientes.<br />

O estudo de caso da HORIBA Medical<br />

reforça a importância de equipamentos<br />

precisos e confiáveis<br />

para o diagnóstico e tratamento<br />

dessas doenças, demonstrando<br />

o compromisso da empresa em<br />

fornecer soluções inovadoras e de<br />

alta qualidade para a comunidade<br />

médica global. Essa iniciativa<br />

oferece várias vantagens, como a<br />

compreensão dos padrões de matriz<br />

dos analisadores de hematologia<br />

Yumizen H2500/1500 em diversos<br />

casos patológicos, além de<br />

ser uma oportunidade de educação<br />

continuada para todo o time<br />

do laboratório.<br />

Outro ponto importante é que os<br />

casos clínicos são enviados pelos<br />

próprios usuários, o que confere<br />

maior credibilidade às informa-<br />

ções apresentadas. Além disso, é<br />

uma oportunidade de compartilhar<br />

e aprender na área da saúde,<br />

permitindo que profissionais de<br />

todo o mundo possam se beneficiar<br />

da experiência e conhecimento<br />

de outros especialistas.<br />

Se você está interessado em receber<br />

mensalmente e gratuitamente<br />

o Estudo de Caso HORIBA Medical,<br />

não perca tempo e se inscreva<br />

agora mesmo. Através desse<br />

recurso, você poderá acompanhar<br />

histórias interessantes e inspiradoras<br />

sobre a aplicação da tecnologia<br />

na área da saúde e aprimorar<br />

seus conhecimentos em hematologia.<br />

Não deixe de participar dessa<br />

iniciativa que pode contribuir<br />

significativamente para o sucesso<br />

do seu laboratório.<br />

Para se inscrever escaneio o QR CODE<br />

HORIBA Medical Brasil<br />

Tel.: (11) 2923-5400<br />

E-mail: marketing.br@horiba.com<br />

208 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


INFORME DE MERCADO<br />

BC-760 E BC-780 – ANALISADOR AUTOMÁTICO DE<br />

HEMATOLOGIA COM VHS<br />

Os equipamentos da série BC-700<br />

integram um módulo automático<br />

de VHS com um analisador hematológico.<br />

Gerando resultados para<br />

ambos os testes em 1,5min. Além<br />

disso, economiza os custos de compra,<br />

manutenção, consumíveis e<br />

espaço de armazenamento para<br />

um analisador de VHS separado.<br />

Comparado com o método de Westergren<br />

tradicional, este método<br />

tem um melhor desempenho em<br />

rastreabilidade de qualidade, repetibilidade,<br />

velocidade, segurança e<br />

nível de automação.<br />

Especificações Técnicas<br />

Volume de Amostra:<br />

CD (sangue total): 25ul<br />

CD+VHS (sangue total): 160ul<br />

Prediluído: 20ul<br />

Capacidade de Armazenamento<br />

de Dados<br />

Até 150,000 resultados numéricos e<br />

gráficos<br />

Desempenho<br />

CD 80t/h CDR 45t/h CD+ESR 40t/h<br />

Modo de Análise<br />

Modo de Análise<br />

Contato: Ana Carolina Santos<br />

Gerente de Produto - IVD<br />

E-mail: acarolina.santos@mindray.com<br />

Mobile/WhatsApp: +55 11 96434-1166<br />

210 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


NOVA PARCERIA – Representanção na Grande São Paulo<br />

A Veritas anuncia sua nova parceria de representação com a ZEISS,<br />

empresa alemã líder em fabricação e inovação em microscopia.<br />

INFORME DE MERCADO<br />

A ZEISS é uma empresa alemã, fundada em<br />

1846. Possui uma uma expertise e<br />

excelência em fabricação e inovação de<br />

microscópios, tornando-se um lider de<br />

mercado no campo da microscopia.<br />

Oferece uma ampla gama de soluções de<br />

microscopia avançada, incluindo<br />

microscópios ópticos, microscópios<br />

eletrônicos, microscópios confocais e de<br />

raios-X. Esses equipamentos são projetados<br />

para atender às necessidades de diversos<br />

setores, como pesquisa científica, medicina<br />

e controle de qualidade em diferentes<br />

ramos industriais, desde materiais<br />

biologicos a matérias primas.<br />

Além de equipamentos, a Zeiss também<br />

oferece uma ampla gama de softwares e<br />

soluções de análise de imagem, permitindo<br />

que os usuários capturem, processem e<br />

analisem dados com facilidade e alta<br />

eficiência.<br />

Com esta nova parceria, a Veritas<br />

demonstra o compromisso de oferecer as<br />

melhores soluções para a comunidade<br />

científica e diagnóstica, fornecendo acesso<br />

a uma ampla linha de produtos de biologia<br />

celular e molecular, além de viabilizando<br />

estudos nas áreas de imunologia e<br />

patologia.<br />

Microscópio Eletrônico<br />

Microscópio Óptico<br />

Microscópio de Raios X<br />

Microscópio Confocal<br />

Veritas Soluções Diagnósticas<br />

Av. Eng. Armando de Arruda Pereira, 2937 - Bloco B - Sala 215<br />

fone: +55 (11) 2338-1016 | vendas@veritasbio.com.br<br />

www.veritasbio.com.br<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

211


INFORME DE MERCADO<br />

NEXCOPE - MICROSCÓPIOS INTELIGENTES.<br />

A NEXCOPE, tradicional fabricante<br />

consolidada no mercado asiático,<br />

agora chegou ao Brasil e traz<br />

para você uma linha completa de<br />

microscópios inteligentes para<br />

aplicações clínicas e pesquisa<br />

cientifica. Integrando design ótico<br />

de alta qualidade e com tecnologia<br />

moderna, fornecemos uma ampla<br />

gama de instrumentos óticos e<br />

acessórios de alta qualidade.<br />

O NEXCOPE NE620 foi<br />

especialmente projetado para<br />

atender várias necessidades de<br />

observação microscópica, como<br />

laboratórios biológicos e ensino<br />

de microscopia. Possui excelente<br />

qualidade óptica, amplo campo<br />

de visão, excelente desempenho<br />

da lente objetiva, proporcionando<br />

imagens nítidas e confiáveis. O<br />

design ergonômico proporciona<br />

melhor conforto e experiência dos<br />

usuários, já que foi pensado nos<br />

mínimos detalhes para otimizar<br />

o desempenho. Com seu design<br />

modular é possível realizar várias<br />

técnicas de microscopia, como;<br />

campo claro, campo escuro,<br />

contraste de fase e fluorescência.<br />

LENTES<br />

As lentes planacromáticas garantem<br />

um campo de visão plano. A lente de<br />

40x tem uma distância de trabalho<br />

maior que as convencionais com<br />

1,5 mm, evitando o contato com<br />

fluidos e imersão. Opcionalmente,<br />

uma lente de 100x projetada para<br />

imersão em água (NA: 1,10) pode ser<br />

incluída. O revólver é codificado e<br />

conta com cinco posições.<br />

OCULARES<br />

As oculares têm um campo de<br />

visão de 22 mm, trazendo mais<br />

informação e eficiência nas leituras<br />

de lâmina.<br />

ILUMINAÇÃO<br />

O poderoso LED de 3 W tem um<br />

brilho ajustável para cada lente<br />

e fornece a melhor iluminação<br />

possível.<br />

MECÂNICA<br />

Platina com limite de altura ajuda<br />

a evitar a quebra de lâminas.<br />

Manípulo longo, proporcionando<br />

maior conforto e ergonomia para<br />

os usuários que passam horas em<br />

frente ao microscópio.<br />

FUNÇÕES INTELIGENTES<br />

Display em LCD com as seguintes<br />

funções: Identificação automática<br />

das objetivas e controle automático<br />

de brilho para cada objetiva. Função<br />

SLEEP/STANDBY que desliga a luz,<br />

economizando energia e vida útil<br />

da lâmpada, Função ECO ajusta o<br />

tempo de desligamento automático<br />

do microscópio quando fora de uso.<br />

212 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


LOCCUS E FLOW DIAGNÓSTICOS APRESENTAM PÔSTER<br />

NA PRÓXIMA EDIÇÃO DO AACC<br />

Entre os dias 23 e 27 de julho, acontece em<br />

Anaheim, na Califórmia, EUA, o Annual Scientific<br />

Meeting & Clinical Lab Expo (AACC), principal<br />

evento do mundo do setor de medicina<br />

diagnóstica e laboratorial.<br />

Alguns desafios na extração de RNA são comuns<br />

em laboratórios, como o excesso de lixo e odor<br />

químico e tempo de preparação de amostras<br />

muito longo, situações que também aconteciam<br />

no laboratório da Flow Diagnósticos. Até<br />

que em busca de uma solução automatizada<br />

o dr Rodrigo Proto-Siqueira, COO da Flow<br />

Diagnósticos, foi apresentado à Loccus.<br />

“A Loccus foi parceira desde o início<br />

das nossas conversas. Com um ótimo<br />

atendimento e disposta a contribuir e<br />

a apoiar nos testes de validação para<br />

chegarmos a solução ideal. Ajustamos,<br />

juntos, adequações e melhorias necessárias<br />

no protocolo de extração e na definição do<br />

melhor kit para a extração de DNA e RNA<br />

para as amostras de sangue e medula óssea<br />

da Flow”, disse o dr Rodrigo Proto.<br />

processos, assim como aconteceu na parceria<br />

com a Flow Diagnósticos.<br />

A Flow Diagnósticos é um laboratório<br />

especializado em diagnósticos de alta<br />

complexidade, com foco principal em oncohematologia,<br />

e as metodologias utilizadas<br />

(citologia, citometria de fluxo, citogenética,<br />

biologia molecular e genômica) são aplicáveis<br />

em diversas áreas da medicina de precisão.<br />

Presente em todo território nacional, a Flow<br />

oferece diagnósticos precisos e personalizados<br />

com tecnologia de última geração.<br />

E essa parceria continua, a Loccus e a Flow<br />

tem uma longa jornada na validação de<br />

equipamentos e reagentes em busca da melhor<br />

solução para o laboratório.<br />

Converse com um especialista da Loccus para<br />

conhecer o nosso portfolio de soluções.<br />

INFORME DE MERCADO<br />

A Loccus desenvolve as melhores soluções<br />

para os desafios em biologia molecular,<br />

independente do tamanho e complexidade<br />

do projeto de seu laboratório. Com um<br />

modelo de negócio inovador viabilizamos<br />

projetos especiais, promovemos a melhoria de<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

213


INFORME DE MERCADO<br />

OUTSET E VOCÊ, UMA PARCERIA DE SUCESSO!<br />

A Outset é uma empresa que<br />

oferece soluções em equipamentos<br />

e produtos para laboratórios.<br />

Com anos de experiência e um<br />

compromisso constante com a<br />

qualidade, estamos aqui para<br />

transformar a forma como você<br />

realiza suas análises e pesquisas.<br />

Outset<br />

Equipamentos<br />

para laboratorio<br />

Em nossa empresa, nos orgulhamos<br />

em oferecer não apenas produtos de<br />

qualidade, mas também um serviço<br />

de Pré e Pós-Venda excepcional.<br />

Nossa equipe de especialistas está<br />

pronta para ajudá-lo em todas as<br />

etapas do processo, desde a escolha<br />

dos equipamentos certos até o<br />

suporte pós-venda, pois queremos<br />

que você tenha a melhor experiência<br />

possível ao usar nossos produtos.<br />

Então, se você está em busca de<br />

microscópios de última geração,<br />

câmeras digitais especializadas,<br />

scanners digitais de alta qualidade<br />

ou outros produtos você veio ao<br />

lugar certo.<br />

Contato<br />

de vendas<br />

www.outset.com.br<br />

Entre em contato conosco hoje<br />

mesmo e descubra como podemos<br />

ajuda-lo a elevar o trabalho de seu<br />

laboratório a um nível superior.<br />

Você merece o melhor de uma<br />

empresa confiável!<br />

11 2738-2445<br />

11 96331-6315<br />

11 97070-6604<br />

vendas@outset.com.br<br />

PRODUTO DE QUALIDADE BIOCON: RSV RAPID TEST<br />

O RSV Rapid Test é um imunoensaio<br />

cromatográfico rápido para<br />

detecção qualitativa de antígenos<br />

do vírus sincicial respiratório<br />

presentes em amostras de<br />

secreção nasofaríngea.<br />

Somente para uso profissional<br />

em diagnóstico IN VITRO.<br />

Amostra: Nasofaríngea<br />

Apresentação: kit com 10 testes<br />

Armazenamento: 2 a 30° C<br />

Resultado em 15min<br />

Registro Anvisa: 80638720185<br />

DADOS DE CONTATO:<br />

comercial@biocondiagnosticos.com.br<br />

(31)3547-3550<br />

214 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


NOVIDADES DIAGAM<br />

NÃO DEPENDA DE REAGENTES IMPORTADOS!<br />

Diagam com muito orgulho acaba de concretizar<br />

uma grande parceria na distribuição de<br />

equipamentos para IVD, uma linha moderna<br />

avançada e extremamente tecnológica que irá trazer<br />

a seus clientes muita segurança, tranquilidade e<br />

com reagentes fabricados diretamente na Diagam<br />

trazendo ainda mais economia.<br />

INFORME DE MERCADO<br />

Essa semana recebemos a visita da CEO da empresa<br />

EDAN que conheceu nossas instalações e onde será<br />

fabricado os reagentes para os equipamentos de<br />

distribuição.<br />

A DIAGAM está fabricando reagentes para os<br />

Analisadores Hematológicos EDAN, modelos<br />

H60S, H60, H50 e H30 na sede da DIAGAM no Brasil.<br />

Sobre a DIAGAM<br />

Diagam é uma empresa nacional que atua no<br />

mercado desde 2012, localizada em uma área<br />

Fabril em um prédio com cerca de 1250 metros<br />

quadrados. Prédio de Fabricação e Estoque, onde<br />

é desenvolvido, produzido e comercializado uma<br />

linha completa de Reagentes para Hematologia<br />

para equipamentos automatizados.<br />

Oferecemos um atendimento exclusivo com<br />

um completo acompanhamento e todo suporte<br />

necessário, através de um relacionamento de<br />

confiança e conhecimento, apresentamos as<br />

melhores soluções para cada cliente.<br />

Nossa estrutura conta com um laboratório de<br />

apoio exclusivo, utilizamos técnicas analíticas de<br />

alta sensibilidade e especificidade para suporte ao<br />

nosso cliente, assim como as validações de todos<br />

os produtos promovendo sua eficácia e qualidade.<br />

Em breve estará a disposição a linha<br />

veterinário de 3 e 5 partes.<br />

Fique atento as novidades em nosso site ou<br />

nas nossas redes sociais.<br />

www.diagam.com.br<br />

LANÇAMENTO EM ABRIL 2023<br />

DOS REAGENTE LINHA MINDRAY<br />

BC 5100, BC 5300, BC 5180,<br />

BC5380 e BC 5310.<br />

DIAGTON M53 - 20 LITROS - 81114340030<br />

DIAGLYSER LEO 1 - 1 LITRO - 81114340026<br />

DIAGLYSER LEO 2 - 400 mL - 81114340025<br />

DIAGLYSER LH - 500 mL - 81114340029<br />

DIAGPROBE CLEAN - 1 LITRO - 81114340028<br />

DIAGLEAN ENZIMATICO - 100 mL - 81114340002<br />

DIAGAM possui certificado ISO 9001 e USO 13485.<br />

Para mais informações<br />

DIAGAM INDUSTRIA E COMERCIO LTDA<br />

Rua José Bruno da Costa, 39<br />

Ferraz de Vasconcelos - Cep: 08539-110<br />

Tel: 11 4679-3767<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

215


INFORME DE MERCADO<br />

CARBAPENEMASES<br />

RESISTÊNCIA BACTERIANA AOS ANTIMICROBIANOS<br />

As carbapenemases representam a<br />

mais versátil família das β-lactamases,<br />

apresentando uma atividade<br />

incomparável de hidrolise frente<br />

às outras β-lactamases descritas.<br />

São enzimas que apresentam a<br />

capacidade de hidrolisar significativamente<br />

no mínimo imipenem e/<br />

ou meropenem, junto com outros<br />

antimicrobianos β-lactâmicos<br />

(QUEENAN; BUSH, 2007; NORD-<br />

MAN; POIREL, 2002).<br />

Carbapenemases do tipo KPC<br />

As carbapenemases do tipo KPC<br />

foram descritas pela primeira<br />

vez por Yigit et al. (2001) em um<br />

isolado de K. pneumoniae datado<br />

de 1996. Este isolado apresentou<br />

resistência a todos os<br />

β-lactâmicos testados, mas na<br />

presença de ácido clavulânico<br />

observou-se uma redução dos<br />

CIMs anteriormente mensurados.<br />

A esta carbapenemase foi<br />

atribuído o nome de KPC, e verificou-se<br />

que a mesma era codificada<br />

por um gene plasmidial e<br />

este foi denominado de blaKPC<br />

(YIGIT et al., 2001).<br />

De acordo com o banco de dados do<br />

National Center for Biotechnology<br />

blaKPC17) até a presente data, apresentando<br />

uma maior prevalência em<br />

enterobactérias, mas com descri-<br />

ções pontuais da presença deste<br />

gene também em não fermentadores<br />

(ALMEIDA et al., 2012b; JÁCOME<br />

et al., 2012; ROBLEDO et al., 2010;<br />

VILLEGAS et al., 2007).<br />

Isolados carreando o gene<br />

blaKPC apresentaram uma rápida<br />

disseminação mundial, já sendo<br />

detectados em todos os continentes.<br />

Essa rápida disseminação<br />

deve-se a presença do gene<br />

blaKPC em plasmídeos altamente<br />

conjugativos e sua associação<br />

com elementos genéticos móveis<br />

do DNA, como os transposons.<br />

Apesar de sua disseminação<br />

entre diferentes espécies, isolados<br />

de K. pneumomiae são até<br />

então os mais associados com a<br />

presença do blaKPC, o que dificulta<br />

o tratamento de infecções<br />

causadas por esse patógeno, já<br />

que K. pneumoniae exibe notória<br />

habilidade em acumular e transferir<br />

diferentes mecanismos de<br />

resistência.<br />

No Brasil, isolados produtores de<br />

KPC foram descritos desde 2009<br />

tornando-se endêmico em território<br />

nacional, já sendo descritos nas<br />

cinco regiões do Brasil (ALMEIDA<br />

et al., 2012a; ALMEIDA et al., 2012b;<br />

MONTEIRO et al., 2009; PEREIRA et<br />

al., 2012; ROSSI, 2011).<br />

O tratamento de infecções causadas<br />

por micro-organismos produtores<br />

de KPC geralmente é realizado<br />

com tigeciclina ou polimixina B, já<br />

que normalmente ambos os antimicrobianos<br />

apresentam atividade<br />

in vitro e in vivo contra estes micro-<br />

-organismos. Entretanto as opções<br />

terapêuticas ainda são limitadas, já<br />

que certos patógenos apresentam<br />

resistência intrínseca a estes dois<br />

antimicrobianos utilizados na terapia<br />

clínica, restando ao paciente<br />

o uso de terapia combinada para<br />

debelar a infecção (BRATU et al,<br />

2005; ROCHE et al., 2009).<br />

A Renylab acaba de lançar o produto<br />

K.N.IV.O Carbapenem test, um teste<br />

rápido imunocromatográfico para a<br />

detecção de resistência aos carbapenêmicos<br />

em colônias bacterianas.<br />

Entre em contato para maiores<br />

informações!<br />

E-mail: sac@renylab.ind.br<br />

www.renylab.ind.br<br />

216 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023


INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS NO FRIO: EXAMES<br />

MOLECULARES PRECISOS<br />

INFORME DE MERCADO<br />

Com a chegada do inverno, é<br />

comum observar um aumento nas<br />

infecções respiratórias virais, como<br />

resfriados, gripes e até mesmo a<br />

pneumonia. Essa tendência pode<br />

ser atribuída a uma série de fatores,<br />

incluindo o clima frio, que facilita<br />

a sobrevivência e propagação<br />

do vírus, além da maior proximidade<br />

e aglomeração de pessoas em<br />

ambientes fechados.<br />

Para prevenir essas infecções, são<br />

necessárias medidas preventivas,<br />

como lavar as mãos regularmente,<br />

cobrir a boca e o nariz ao tossir<br />

ou espirrar, evitar contato próximo<br />

com pessoas doentes e manter<br />

a higiene pessoal. Além disso, é<br />

fundamental estar atualizado com<br />

as vacinas disponíveis.<br />

É de extrema importância enfatizar<br />

os cuidados necessários devido à<br />

possibilidade das infecções respiratórias<br />

de inverno evoluírem para<br />

quadros mais graves, podendo até<br />

resultar em óbito. Essas infecções,<br />

como resfriados, gripes e pneumonia,<br />

podem apresentar complicações<br />

sérias, especialmente em indivíduos<br />

vulneráveis, como idosos, crianças<br />

pequenas e pessoas com sistemas<br />

imunológicos comprometidos.<br />

Além disso, a busca por atendimento<br />

médico adequado ao menor<br />

sinal de agravamento dos sintomas<br />

é fundamental para um diagnóstico<br />

precoce e um tratamento eficaz.<br />

A Soluttio Diagnósticos, há 10<br />

quase 10 anos no mercado diagnóstico,<br />

detecta e identifica patógenos<br />

virais e desempenha um papel<br />

importante nesse contexto, fornecendo<br />

soluções moleculares ágeis e<br />

precisas para um diagnóstico diferenciado.<br />

Combinando os cuidados<br />

preventivos com a tecnologia<br />

avançada de diagnóstico, podemos<br />

promover a saúde respiratória e<br />

garantir uma abordagem proativa<br />

na prevenção de complicações<br />

graves das infecções respiratórias<br />

durante o inverno. da gripe, que<br />

pode reduzir significativamente o<br />

risco de contrair a doença.<br />

Quanto ao diagnóstico laboratorial,<br />

seus métodos inovadores e precisos,<br />

como testes moleculares e análise<br />

de dados em tempo real, permitem<br />

identificar em poucas horas a<br />

presença de vírus respiratórios e<br />

orientar o tratamento adequado.<br />

Essas ferramentas contribuem para<br />

o controle e prevenção de infecções<br />

respiratórias virais, promovendo a<br />

saúde e o bem-estar da população<br />

durante a estação mais fria do ano.<br />

Além disso, compreendendo a<br />

urgência no diagnóstico preciso das<br />

infecções respiratórias, a Soluttio<br />

Diagnósticos oferece uma variedade<br />

de painéis moleculares para detecção<br />

e identificação de 1 a 24 patógenos<br />

específicos dessas doenças,<br />

especialmente durante o inverno.<br />

Essa ampla gama de testes abrange<br />

os vírus mais comuns, como<br />

o influenza A e B, rinovírus, vírus<br />

sincicial respiratório (VSR) e muitos<br />

outros. Com a utilização desses<br />

painéis moleculares, os laboratórios<br />

têm acesso a resultados rápidos<br />

e confiáveis, permitindo um<br />

diagnóstico preciso e oportuno<br />

das infecções respiratórias virais.<br />

Essa solução ágil oferecida pela<br />

Soluttio Diagnósticos ajuda os<br />

profissionais de saúde a tomar<br />

decisões informadas e implementar<br />

medidas de tratamento e<br />

controle adequadas, contribuindo<br />

para a saúde e a segurança dos<br />

pacientes durante o inverno.<br />

Para saber mais sobre essas soluções,<br />

acesse o QR Code e aproveite<br />

os benefícios de um laboratório<br />

eficiente e comprometido em<br />

promover a saúde!<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>178</strong> | Julho 2023<br />

217

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!