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ENTREVISTA<br />
Mauren Lazzaretti e a importância das políticas públicas para florestas no Mato Grosso<br />
CRESCIMENTO FORTE<br />
HERBICIDA PRÉ-EMERGENTE POTENCIALIZA<br />
REGENERAÇÃO FLORESTAL<br />
STRONG GROWTH<br />
PRE-EMERGENT HERBICIDE<br />
ENHANCES FOREST REGENERATION
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SUMÁRIO<br />
NOVEMBRO 2023<br />
46<br />
FORÇA NA<br />
RESTAURAÇÃO<br />
10 Editorial<br />
12 Cartas<br />
14 Bastidores<br />
16 Notas<br />
30 Coluna CIPEM<br />
32 Frases<br />
34 Entrevista<br />
44 Coluna<br />
46 Principal<br />
52 Legislação<br />
60 Espécie<br />
66 Prêmio REFERÊNCIA<br />
68 Compostagem<br />
72 Manejo<br />
78 Seminário<br />
80 Pesquisa<br />
86 Agenda<br />
88 Espaço Aberto<br />
52<br />
60<br />
ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />
09 Bruno<br />
17 Carrocerias Bachiega<br />
77 D’Antonio Equipamentos<br />
25 Denis Cimaf<br />
02 Dinagro<br />
39 DRV Ferramentas<br />
33 Engeforest<br />
92 Envimat<br />
45 Envu<br />
65 Exposul <strong>Florestal</strong><br />
57 Felipe Diesel<br />
21 Fex<br />
37 Hennings<br />
04 Himev<br />
15 Ihara<br />
83 J de Souza<br />
27 Lion Equipamentos<br />
55 Manos Implementos<br />
59 Mill Indústrias<br />
43 Planflora<br />
89 Prêmio REFERÊNCIA<br />
23 Rocha Facas<br />
11 Rotary-Ax<br />
06 Rotor Equipamentos<br />
90 Sparta Brasil<br />
19 Sumitomo<br />
13 SuperTek/Nokia Tires<br />
71 Tech Forestry<br />
35 Tecmater<br />
85 Unidas Locação<br />
63 Vale do Tibagi<br />
31 Vantec<br />
29 Watanabe<br />
41 WDS Pneumática<br />
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EDITORIAL<br />
Ciclo contínuo<br />
Preparar a terra, plantar, cuidar, desbastar, cortar e repetir. Assim<br />
foi constituído o setor de base florestal e assim ele vai continuar. As<br />
tecnologias mudam, os meios são facilitados, mas a essência continua<br />
lá e certamente esse é um dos segredos do crescimento e sucesso do<br />
setor. O cerne da atividade se manteve forte e firme, mostrando força<br />
para o mundo todo que o Brasil é grande e será ainda maior. Florestas<br />
plantadas, manejo florestal e todos os produtos que são provenientes<br />
da terra são símbolos de um setor forte e reconhecido por toda a<br />
sociedade como um exemplo a ser seguido. Nessa edição, o leitor irá<br />
conhecer os detalhes do Esplanade NA, herbicida pré-emergente da<br />
Envu focado na regeneração florestal, novidades sobre o mercado de<br />
carbono, a utilização da araucária em áreas de recuperação florestal,<br />
destaques dos eventos do mês, os vencedores do Prêmio REFERÊNCIA<br />
2023 e uma entrevista exclusiva com a secretária do meio ambiente de<br />
Mato Grosso, Mauren Lazzaretti, que apresenta a realidade do Estado<br />
e a importância do manejo florestal sustentável para a proteção da<br />
floresta amazônica.<br />
2<br />
1<br />
Na capa desta edição o<br />
Esplanade NA, herbicida préemergente<br />
da Envu, ideal para<br />
restauração de floresta nativa<br />
A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />
www.referenciaflorestal.com.br<br />
Ano XXV • Nº257 • Novembro 2023<br />
ENTREVISTA<br />
Mauren Lazzaretti e a importância das políticas públicas para florestas no Mato Grosso<br />
CRESCIMENTO FORTE<br />
HERBICIDA PRÉ-EMERGENTE POTENCIALIZA<br />
REGENERAÇÃO FLORESTAL<br />
STRONG GROWTH<br />
PRE-EMERGENT HERBICIDE<br />
ENHANCES FOREST REGENERATION<br />
CONTINUOUS CYCLE<br />
Preparing the land, planting, tending, thinning, harvesting, and repeating.<br />
This is how the Forest-based Sector was constructed, and so it<br />
will continue. Technologies change, and the means are facilitated, but<br />
the essence is still there, and this is undoubtedly one of the secrets of<br />
the growth and success of the Sector. The core of the activity remains<br />
solid and firm, showing strength to the whole world that Brazil is vital<br />
and will become even more vital. Planted forests, forest management,<br />
and all products that come from the land are symbols of a strong Sector,<br />
recognized as such by the whole of society as an example to be followed.<br />
In this issue, the reader will learn the details of Esplanade NA, Envu’s<br />
pre-emergence herbicide that focuses on forest regeneration, news<br />
about the carbon market, the use of araucaria in forest recovery areas,<br />
highlights of the month’s events, the winners of the 2023 REFERÊNCIA<br />
Award, and an exclusive interview with Mauren Lazzaretti, the Mato<br />
Grosso Secretary of the Environment, who presents the reality of the<br />
State and the importance of sustainable forest management for the protection<br />
of the Amazon rainforest.<br />
Entrevista com a<br />
secretária do meio<br />
ambiente de<br />
Mato Grosso,<br />
Mauren Lazzaretti<br />
Conferência IUFRO 2023<br />
América Latina<br />
3<br />
EXPEDIENTE<br />
ANO XXV - EDIÇÃO 257 - NOVEMBRO 2023<br />
Diretor Comercial / Commercial Director<br />
Fábio Alexandre Machado<br />
fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />
Diretor Executivo / Executive Director<br />
Pedro Bartoski Jr<br />
bartoski@revistareferencia.com.br<br />
Redação / Writing<br />
Vinicius Santos<br />
jornalismo@revistareferencia.com.br<br />
Colunista<br />
Cipem<br />
Gabriel Dalla Costa Berger<br />
Depto. de Criação / Graphic Design<br />
Fabiana Tokarski - Supervisão<br />
Crislaine Briatori Ferreira<br />
Guilherme Augusto Oliveira<br />
Sofia Carlesso<br />
criacao@revistareferencia.com.br<br />
Midias Sociais / Social Media<br />
Cainan Lucas<br />
Tradução / Translation<br />
John Wood Moore<br />
Depto. Comercial / Sales Departament<br />
Gerson Penkal - Carlos Felde<br />
comercial@revistareferencia.com.br<br />
fone: +55 (41) 3333-1023<br />
Representante Comercial<br />
Dash7 Comunicação - Joseane Cristina<br />
Knop<br />
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ASSINATURAS<br />
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GARANTIDA GARANTEED<br />
Veículo filiado a:<br />
A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente,<br />
dirigida aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira,<br />
instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais,<br />
ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente<br />
ligados ao segmento de base florestal. A Revista REFERÊNCIA do Setor<br />
Industrial Madeireiro não se responsabiliza por conceitos emitidos em<br />
matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais<br />
de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,<br />
armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos<br />
textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista REFERÊNCIA são<br />
terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos<br />
direitos autorais, exceto para fins didáticos.<br />
Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication<br />
directed at the producers and consumers of the good and services of the<br />
lumberz industry, research institutions, university students, governmental<br />
agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked<br />
to the forest based segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself<br />
responsible for the concepts contained in the material, articles or columns<br />
signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors,<br />
themselves. The use, reproduction, appropriation and databank storage<br />
under any form or means of the texts, photographs and other intellectual<br />
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Revista REFERÊNCIA FLORESTAL,<br />
mês de outubro de 2023<br />
A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />
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ENTREVISTA Cacique Ronaldo Zokezomaiake destaca a importância da liberdade do uso da terra indígena<br />
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Ano XXV • Nº256 • Outubro 2023<br />
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COMBATE A FORMIGAS CORTADEIRAS<br />
INNOVATIVE DNA<br />
55 YEARS OF PIONEERING IN THE<br />
FIGHT AGAINST LEAF-CUTTER ANTS<br />
PRINCIPAL<br />
Por Paulo Santana, Campinas (SP)<br />
Linda a história de dedicação e trabalho para se construir um legado e uma<br />
história dentro do setor florestal.<br />
ENTREVISTA<br />
Foto: divulgação<br />
Por Célia Almeida, Contagem (MG)<br />
Que grande entrevista! Uma verdadeira aula de liberdade e<br />
independência para os povos indígenas.<br />
PLANTAÇÕES<br />
Por Bruno Muller, Lages (SC)<br />
Muito importante a parceria entre poder público e iniciativa privada. As<br />
melhorias para o segmento florestal são sempre bem-vindas.<br />
Foto: divulgacão<br />
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Revista Referência <strong>Florestal</strong><br />
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E-mails, críticas e sugestões podem ser<br />
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Mande sua opinião sobre a Revista REFERÊNCIA FLORESTAL<br />
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Rod BR 282, nº 2600 - São Paulo<br />
Telefone: (49) 9119-2420<br />
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BASTIDORES<br />
Revista<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
FEIRA<br />
Durante a feira Waste Expo em São Paulo<br />
(SP), o nosso comercial Gerson Penkal, esteve<br />
visitando o estande da Sutil Máquinas, dos<br />
diretores Amanda e Leandro Sutil.<br />
EDIÇÃO ESPECIAL<br />
O nosso diretor comercial, Fábio Machado esteve<br />
visitando a empresa Rotary-Ax, da diretora Bruna<br />
Polo Kruger D’Almeida, para fechar uma edição<br />
especial para 2024! Aguardem!!!<br />
C<br />
M<br />
Y<br />
CM<br />
MY<br />
CY<br />
CMY<br />
ALTA<br />
ECONOMIA FORTE<br />
Em um cenário de desaceleração da economia<br />
global, o Brasil deve crescer mais que a<br />
média do planeta. Segundo o relatório Panorama<br />
Econômico Mundial, pelo FMI (Fundo<br />
Monetário Internacional), o PIB (Produto<br />
Interno Bruto) brasileiro crescerá 3,1% em<br />
2023, alta de 1 ponto percentual em relação<br />
à estimativa anterior, apresentada em julho.<br />
Em contrapartida, a estimativa de expansão<br />
para a economia global caiu de 3,5% para 3%<br />
neste ano. Para 2024, o FMI melhorou a previsão<br />
de crescimento para o Brasil, de 1,2%<br />
para 1,5%, e reduziu levemente a projeção<br />
de crescimento global de 3% para 2,9%.<br />
NOVEMBRO 2023<br />
DEMANDA INTERNA<br />
Segundo pesquisa Sondagem Industrial, da CNI (Confederação<br />
Nacional da Indústria ), mostra que os empresários<br />
industriais continuam apontando a demanda interna<br />
insuficiente (33,9% de assinalações), a elevada carga<br />
tributária (32,6%) e as taxas de juros altas (25,3%) como<br />
os principais problemas enfrentados pela indústria. É<br />
normal que esses fatores sejam elencados como os de<br />
maior impacto na atividade industrial, porém, nesse<br />
trimestre, houve um recuo de até 6 pontos percentuais<br />
quando comparado com o segundo trimestre de 2023.<br />
Enquanto esses três problemas apresentaram redução,<br />
os percentuais dos outros problemas elencados sofreram<br />
aumento, como competição desleal e falta ou alto<br />
custo de trabalhador qualificado.<br />
K<br />
BAIXA<br />
14 www.referenciaflorestal.com.br
NOTAS<br />
Acesso a informação<br />
Já está disponível a III edição do: Levantamento do Nível de Mecanização na Silvicultura; uma publicação do IPEF (Instituto<br />
de Pesquisas Florestais) e que apresenta dados inéditos de eucalipto e pinus de 20 empresas do setor florestal brasileiro. O<br />
levantamento mostra um avanço nos sistemas mecanizados disponíveis para a execução das atividades silviculturais, mesmo<br />
que não seja na intensidade e na velocidade necessárias para superar os desafios de falta de mão de obra aliada à expansão das<br />
fronteiras das áreas florestais. Diante desse contexto, a mecanização e a automação dos processos silviculturais se fazem ainda<br />
mais necessárias para atender a demanda fabril de madeira de eucalipto e pinus. Por isso, o PCMAF (Programa Cooperativo sobre<br />
Mecanização e Automação <strong>Florestal</strong>) coordena desde 2015 e a cada 2 anos, em parceria com PPPIB (Programa Cooperativo<br />
sobre Pesquisa do Pinus no Brasil), ambos do IPEF, o Levantamento do Nível de Mecanização na Silvicultura, com a participação<br />
de empresas de base florestal. Uma novidade do levantamento nesta edição é a inclusão da coleta de informações sobre o monitoramento<br />
de incêndios florestais, atendendo ao pedido das empresas participantes. Dessa forma, com publicações bianuais,<br />
os leitores podem acompanhar a evolução do nível de mecanização das principais operações silviculturais realizadas pelas empresas<br />
florestais ou por EPS (empresas prestadoras de serviços), auxiliando na definição de estratégias ou de comercialização de<br />
produtos e serviços para o setor florestal nacional.<br />
Imagem: reprodução<br />
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NOTAS<br />
Cuidado especial<br />
A Empresa Reflorestar Soluções Florestais está aprimorando a capacitação e o desenvolvimento das habilidades<br />
comportamentais dos seus colaboradores. O treinamento ICAP (Inteligência Comportamental Aplicada à<br />
Performance), começou a ser ofertado na empresa em 2021 e já está transformando a realidade dos participantes.<br />
Cerca de 130 pessoas estão no projeto, de diretores a auxiliares administrativos. “Somos uma empresa focada em<br />
pessoas, amparada pela tecnologia e orientada pela sustentabilidade. Para entregar a melhor solução florestal<br />
para o nosso cliente, precisamos primeiramente cuidar da nossa equipe. Com este treinamento, estamos tendo<br />
colaboradores cada vez mais alinhados com os valores e cultura que defendemos”, garante o diretor florestal da<br />
Reflorestar, Igor Dutra de Souza. A gerente de Recursos Humanos, Olívia Mislene de Souza Queiroz, já vê a mudança<br />
no time. “Muitas pessoas estão enxergando potencialidades, antes adormecidas, e percebendo a necessidade<br />
de serem empáticas e de exercerem uma comunicação não violenta, seja na vida profissional ou pessoal.” Ela<br />
própria constata que é um exemplo dessa transformação. “Trabalho há 20 anos na empresa e nunca me vi como<br />
gerente. Depois do ICAP, percebi que poderia contribuir mais com a Reflorestar e que tinha habilidades para<br />
exercer a função”, comenta Olívia, que está há nove meses no cargo. Já para Cláudio Adão de Carvalho, supervisor<br />
florestal, o treinamento foi capaz de ensiná-lo metodologias para lidar com as pessoas e ter um melhor controle<br />
emocional. “Aprendi a ouvir as pessoas ao meu redor. Todos têm sentimentos e não conseguimos nada sozinhos.<br />
Somos uma equipe e vamos crescer juntos, seja no trabalho, seja na vida”, comenta Adão.<br />
Fotos: divulgação<br />
18 www.referenciaflorestal.com.br
NOTAS<br />
Marco histórico<br />
Em 2023, o curso de graduação em Engenharia <strong>Florestal</strong> da FCA (Faculdade de Ciências Agronômicas) da UNESP<br />
(Universidade Estadual de São Paulo), campus de Botucatu (SP), comemora os 35 anos do início do seu funcionamento. E<br />
o faz numa situação muito especial. A turma de ingressantes no curso deste ano é a primeira a vivenciar a reestruturação<br />
curricular levada a efeito após muito estudo e trabalho intenso de uma comissão de professores. O vice-diretor da FCA,<br />
professor Caio Antonio Carbonari, ressalta que há motivos de sobra para a data ser comemorada. “O curso de Engenharia<br />
<strong>Florestal</strong> da FCA é o único da Unesp. Ele aproveita as potencialidades locais e tem qualidade internacional. Nesses 35<br />
anos vem contribuindo de maneira muito expressiva com a formação de recursos humanos de excelência para a produção<br />
florestal, desenvolvimento de tecnologias e produtos florestais e conservação ambiental. Durante esse período, desde a<br />
criação do curso, o Brasil se tornou uma potência no setor florestal, tem protagonismo mundial na conservação ambiental<br />
e vem se tornando o principal ator global na prestação de serviços ecossistêmicos. São muitos os desafios para continuar<br />
trilhando esse caminho de sucesso, mas também há muito o que se comemorar pelas conquistas e a relevância do curso.”<br />
Até o momento, quase 800 pessoas já se graduaram em engenharia florestal pela FCA e seguem atuando com destaque<br />
nas mais diferentes áreas do setor. Fernanda Abílio, egressa do curso, é hoje diretora executiva da Florestar São Paulo (Associação<br />
Paulista de Produtores, Fornecedores e Consumidores de Florestas Plantadas). “Para mim, cursar engenharia florestal<br />
significou dar continuidade ao trabalho em uma área em que minha família sempre trabalhou ou teve proximidade.<br />
Através do curso, pude dar continuidade a esse gosto que minha família tem pela área florestal e ambiental. Trabalhei sempre<br />
em grandes empresas florestais e, por conta do trabalho responsável destas, pude ver como é atuar em um setor que<br />
agrega ambientalmente, socialmente e ainda assim poder ser viável economicamente. Assim pude ampliar meu campo de<br />
visão e meu senso de responsabilidade do mundo, ou seja, pude ter consciência ambiental e social”, resume Fernanda.<br />
Foto: divulgação<br />
20 www.referenciaflorestal.com.br
NOTAS<br />
Manejo levado a sério<br />
Foto: Tarcisio Schnaider / Shutterstock.com<br />
O SFB (Serviço <strong>Florestal</strong> Brasileiro) conduziu, na última semana, um conjunto de reuniões para traçar o planejamento de<br />
ações de manejo florestal comunitário e familiar na região oeste do Pará. Na ocasião foi discutida a destinação dos recursos<br />
do FNDF (Fundo Nacional de Desenvolvimento <strong>Florestal</strong>), com participação de setores do governo federal e representantes da<br />
sociedade civil. Participaram do evento representantes do ICMBIO (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade),<br />
da UFOPA (Universidade Federal do Oeste do Pará), do IDEFLOR-BIO (Instituto de Desenvolvimento <strong>Florestal</strong> e da Biodiversidade<br />
do Estado do Pará) e da sociedade civil, a exemplo do PMFC (Observatório do Manejo <strong>Florestal</strong> Comunitário). As instituições<br />
deliberaram sobre o fomento aos empreendimentos comunitários para promover atividades de manejo florestal dentro de UCs<br />
(Unidades de Conservação). Ao todo serão beneficiadas associações ou cooperativas atuantes em cinco UCs com assistência<br />
técnica para o manejo, processamento e comercialização de produtos florestais, bem como, assessoria para gestão e acesso a<br />
crédito aos empreendimentos. As ações serão resultado da transferência de recursos para a universidade mediante TED (Termo<br />
de Execução Descentralizada), e têm por objetivo a promoção das cadeias de valor de produtos florestais na região. Também foi<br />
iniciada a discussão sobre o Manejo <strong>Florestal</strong> 2.0 que, entre outras coisas, reforça a importância de se trabalhar o uso múltiplo<br />
da floresta sob a gestão de povos e comunidades tradicionais e agricultores familiares. Para o diretor de fomento florestal,<br />
André Aquino, a gestão comunitária das florestas públicas tem enorme potencial de melhorar as condições de vida das populações<br />
e comunidades tradicionais: “As ações de fomento realizadas pelo SFB vão contribuir com a economia local e oferta<br />
de produtos madeireiros e não madeireiros, e proteger os territórios, culminando na redução do desmatamento. O SFB está<br />
comprometido a repensar uma nova geração de manejo comunitário - o manejo 2.0 - que leve em conta as lições aprendidas<br />
de anos de fomento ao manejo e o conhecimento adquirido na gestão das concessões florestais”, garante o diretor.<br />
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NOTAS<br />
Capacitação que gera renda<br />
Moradores da RESEX (Reserva Extrativista) Canutama, localizada no município de Canutama (AM) - a 619 quilômetros<br />
da capital -, receberam uma oficina para construção do Inventário <strong>Florestal</strong> e Demarcação de Área de Manejo da Unidade<br />
de Conservação. A ação foi realizada em parceria pela SEMA-AM (Secretaria de Estado de Meio Ambiente), o IDAM<br />
(Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e <strong>Florestal</strong> Sustentável do Amazonas) e a Prefeitura de Canutama. O curso<br />
foi direcionado a moradores das comunidades Nova Vista, Santa Maria, Arraial, Santana, Santa Cora e São Jerônimo. As<br />
atividades ocorreram em uma área próxima da Comunidade Nova Vista. Na ocasião, foram inventariadas um total de 827<br />
árvores, em uma AEF (Área de Efetiva Exploração) de 20 ha (hectares). O objetivo é que as informações coletadas sirvam<br />
de base para um plano de manejo comunitário, para ampliar a geração de renda sustentável local. “O intuito do curso<br />
é de orientar a comunidade na parte prática do inventário florestal. Desta forma, os moradores estão aptos a operacionalizar<br />
o próprio plano de manejo. Isso é importante porque esse plano já vai ser encaminhado ao Idam para que seja<br />
autorizado, retornando em geração de renda na comunidade”, detalhou o gestor da RESEX, Altemar Silva. Durante a<br />
oficina, os moradores aprenderam a medir o diâmetro das árvores, fazer a estimativa de altura, qualidade do fuste e oco<br />
das árvores, além de noções sobre o uso de GPS e bússola. O gestor ressalta que a Área Total do Plano de Manejo terá<br />
aproximadamente 400 ha, e será definida conforme procedimento padrão, a fim de excluir as APP (Áreas de Preservação<br />
Permanente). “Um dos pontos centrais das discussões foi a importância de um manejo florestal responsável. Esse assunto<br />
abriu caminho para análises detalhadas da legislação pertinente à região, destacando as diretrizes que gerenciam o<br />
uso sustentável dos recursos florestais. Além disso, houve uma exploração aprofundada do cadastro ambiental rural, que<br />
desempenha um papel crucial na gestão da terra e dos recursos naturais”, explicou Altemar.<br />
Foto: divulgação<br />
24 www.referenciaflorestal.com.br
NOTAS<br />
Informação atualizada<br />
Foto: divulgação<br />
Está disponível, no site do IEF-MG (Instituto Estadual de Florestas de Minas Gerais), o terceiro edital de notificação<br />
de análises do CAR (Cadastro Ambiental Rural) no Estado e de convocação para que as propriedades façam a adesão<br />
ao PRA (Programa de Regularização Ambiental). A lista traz 836 cadastros de propriedades analisados. A relação de<br />
análises é a maior desde que o IEF iniciou a divulgação dos resultados do CAR e do PRA, em agosto deste ano, com a<br />
publicação do primeiro edital referente a 112 cadastros de 50 municípios. A expectativa é que o número de análises<br />
aumente a cada novo edital de notificação, podendo chegar a 4 mil resultados por mês. A consulta deste terceiro edital<br />
pode ser feita por produtores rurais que cadastraram suas propriedades rurais no SICAR (Sistema Nacional de Cadastro<br />
Ambiental Rural). Aqueles produtores que possuem passivos ambientais, caso atendam aos critérios da convocação,<br />
poderão aderir ao PRA e usufruir de todos os benefícios oferecidos pelo programa. As análises dos cadastros feitas pelo<br />
SISEMA (Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos) oferecem um panorama das propriedades cadastradas,<br />
o que permite às autoridades monitorar o cumprimento das leis ambientais e adotar medidas para mitigar impactos<br />
negativos. Segundo o Coordenador do CAR, César Donato, a conscientização sobre a importância da conservação<br />
dos recursos naturais e a colaboração de todos os envolvidos são passos cruciais para alcançar um equilíbrio entre a<br />
produção agropecuária e a preservação do meio ambiente em Minas Gerais. “Ao aderir ao PRA e implementar ações de<br />
preservação e recuperação ambiental em suas propriedades, os produtores contribuem para a melhoria da qualidade<br />
da água, a conservação da biodiversidade e para a redução do desmatamento ilegal. Isso resulta em um ambiente mais<br />
saudável para todos, com impactos positivos na vida urbana e rural”, aponta Donato.<br />
26 www.referenciaflorestal.com.br
NOTAS<br />
Reconhecimento nacional e internacional<br />
A edição 2023 da Updated science-wide author databases of standardized citation indicators; publicada em outubro,<br />
divulgou o ranking dos 100 mil cientistas mais influentes do mundo. Nesta lista constam 979 brasileiros, dentre os quais<br />
cinco têm sido colaboradores em pesquisas junto ao IPEF (Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais): José Leonardo<br />
de Moraes Gonçalves (ESALQ - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz), Pedro Brancalion (ESALQ), Paulo César<br />
Sentelhas (ESALQ, in memoriam), Clayton Alcarde Alvares (Suzano) e José Luiz Stape (consultor). O ranking, que está em<br />
sua VI edição, classifica os cientistas nas respectivas áreas de atuação e é elaborado anualmente pelo professor John P. A.<br />
Ioannidis, em parceria com pesquisadores da Universidade Stanford, nos EUA (Estados Unidos da América). A pesquisa<br />
analisa a atuação dos autores por meio de registros do Scopus, um dos mais importantes bancos de dados mundiais de<br />
resumos e citações científicas, com mais de 85 milhões de publicações editadas por mais de 7 mil editoras. Nesse mesmo<br />
trajeto de homenagens, a ESALQ, da Universidade de São Paulo saudou o IPEF com certificado de reconhecimento pelos<br />
seus 55 anos de contribuição como centro de pesquisa nacional e internacional que promove a interação entre empresas,<br />
universidades e instituições em prol da ciência, tecnologia e inovação florestal.<br />
Foto: divulgação<br />
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Mato Grosso lidera o caminho da<br />
produção sustentável de madeira<br />
nativa<br />
Essa abordagem visa<br />
garantir que Mato<br />
Grosso mantenha<br />
seu reconhecimento<br />
como modelo na<br />
produção de madeira<br />
nativa rastreada e<br />
sustentável em todo o<br />
mundo<br />
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Florestas manejadas ocupam 4,7 milhões de ha (hectares) em Mato<br />
Grosso. Toda essa área é protegida contra qualquer forma de desmatamento.<br />
Proteção que é alcançada por meio dos PMFS (Planos<br />
de Manejo <strong>Florestal</strong> Sustentável). Podemos afirmar que a produção<br />
de madeira em Mato Grosso é genuinamente sustentável. Além<br />
disso, o manejo florestal prevê a colheita de árvores maduras, favorecendo a<br />
absorção de CO2 (gás carbônico) e liberação de oxigênio, desempenhando um<br />
papel crucial no equilíbrio do clima global<br />
Outro ponto de destaque é a garantia da legalidade dos produtos florestais<br />
mato-grossenses. Eles seguem um rigoroso processo de rastreabilidade,<br />
que é garantido pelo sistema de cadeia de custódia. Este sistema é utilizado<br />
pelo setor de base florestal do Estado e tem como objetivo controlar e certificar<br />
a origem da madeira nativa, desde a floresta, até o consumidor final.<br />
Ainda utiliza ferramentas como o SISFLORA 2.0 (Sistema de Comercialização<br />
e Transporte de Produtos Florestais) e o DOF+ Rastreabilidade (Documento<br />
de Origem <strong>Florestal</strong>), que são, respectivamente, estaduais e federais. Essas<br />
licenças obrigatórias desempenham um papel essencial na emissão, gestão e<br />
monitoramento do transporte e armazenamento de produtos florestais de espécies<br />
nativas do Brasil, contribuindo para um maior nível de responsabilidade<br />
ambiental, um aspecto cada vez mais relevante globalmente.<br />
Dawkins, H.C. e Philip, M.S. afirmaram no livro: Tropical Silvicultura e<br />
Manejo de Florestas Úmidas (Moist Forest Silviculture and Management);<br />
de 1998, que o manejo de florestas naturais pode ser feito. “Conservação e<br />
produção não são incompatíveis; de fato, em algumas circunstâncias, a única<br />
forma de conservação é através do manejo da produção de bens e serviços da<br />
floresta.”<br />
Mato Grosso lidera a produção brasileira de madeira em tora de alta qualidade,<br />
com um volume anual de 4,4 milhões de m³ (metros cúbicos), conforme<br />
levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A produção<br />
local por meio dos PMFS inclui, aproximadamente, 50 espécies arbóreas<br />
nativas, que abrange variedades de baixa, média e alta densidade de madeira.<br />
Essas madeiras são utilizadas principalmente no mercado interno brasileiro,<br />
na construção civil, destinadas às movelarias para atender as fábricas de alto<br />
padrão, além de serem exportadas.<br />
Para continuar avançando de forma ética e transparente nos negócios e<br />
garantir a competitividade e sustentabilidade das empresas mato-grossenses,<br />
o CIPEM (Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do<br />
Estado de Mato Grosso) - entidade que reúne 8 sindicatos da base florestal do<br />
Estado - está empenhado em aprimorar a gestão florestal em Mato Grosso,<br />
colaborando com os governos estadual e federal, a fim de fortalecer continuamente<br />
os sistemas de rastreabilidade.<br />
Além disso, o CIPEM desempenha um papel crucial ao acompanhar tanto<br />
os processos de manejo florestal nas indústrias de Mato Grosso. Isso reforça a<br />
importância de aderir às novas ferramentas de rastreabilidade e de promover<br />
a qualidade do sistema da cadeia de custódia da madeira nativa, enquanto<br />
contribui para o sequestro de carbono.<br />
Essa abordagem visa garantir que Mato Grosso mantenha seu reconhecimento<br />
como modelo na produção de madeira nativa rastreada e sustentável<br />
em todo o mundo. Isso sublinha a importância da gestão responsável dos<br />
recursos naturais e a estrita conformidade com as leis ambientais, desempenhando,<br />
assim, um papel fundamental na conservação e preservação das<br />
florestas e do meio ambiente para as gerações futuras.<br />
Por Ednei Blasius, presidente do CIPEM (Centro das Indústrias Produtoras e<br />
Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso)<br />
30 www.referenciaflorestal.com.br
DESCASCADOR<br />
ROTATIVO
FRASES<br />
Foto: Gabriel Lemes/MDIC<br />
Do ponto de vista econômico, o<br />
que posso dizer é que tem um<br />
estudo da Way Carbon e da Câmara<br />
de Comércio Internacional que<br />
estimam que esse mercado possa<br />
movimentar até US$ 120 bilhões no<br />
Brasil até 2030 e que o país pode<br />
ser o responsável por uma grande<br />
parcela do mercado internacional<br />
de créditos de carbono<br />
Rodrigo Rollemberg, secretário de Economia Verde,<br />
Descarbonização e Bioindústria do Ministério do<br />
Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços<br />
em entrevista ao portal Brasil 61<br />
“Temos mecanismos<br />
institucionais para<br />
definitivamente fortalecer e<br />
cumprir com as expectativas<br />
que o setor e o poder público<br />
têm para manter esse setor<br />
estruturado. Queremos<br />
estabelecer e manter um<br />
sistema que nos permita ter a<br />
expansão dessa cultura no Rio<br />
Grande do Sul”<br />
Giovani Feltes, secretário da Agricultura, Pecuária,<br />
Produção Sustentável e Irrigação do Rio Grande<br />
do Sul, durante o Seminário Sul Brasileiro de<br />
Silvicultura, realizado em Canela (RS)<br />
“O Brasil deve aproveitar<br />
esses cenários e criar um<br />
modelo de desenvolvimento<br />
sustentável, beneficiandose<br />
de riquezas naturais,<br />
novos negócios e<br />
tecnologias. Esses fatores<br />
ampliam oportunidades,<br />
encadeamento setorial e<br />
produtivo, emprego, renda<br />
e bem-estar, diminuindo<br />
desigualdades”<br />
Eduardo Junqueira, especialista em meio<br />
ambiente, em coluna sobre o mercado de<br />
carbono, no jornal: O Globo<br />
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ENTREVISTA<br />
Foto: Sema (MT)<br />
Reponsabilidade<br />
com a<br />
FLORESTA<br />
Responsibility<br />
and the Forest<br />
O<br />
cuidado com as florestas em um país como o<br />
Brasil depende muito do poder público. E nesse<br />
caso cuidar não é apenas preservar, mas sim garantir<br />
que as florestas possam ser mantidas em<br />
pé e também serem aproveitadas da melhor forma possível<br />
por aqueles que vivem nas proximidades e dependem delas.<br />
Mauren Lazzaretti, secretária do meio ambiente do Mato Grosso,<br />
cuja área de floresta amazônica supera os 60%, comenta<br />
sobre sua carreira e os desafios do desenvolvimento das atividades<br />
florestais no Estado.<br />
T<br />
he care of forests in a country like Brazil depends<br />
a lot on the Government. In this case, caring is<br />
not just about preserving but about ensuring that<br />
forests can be kept standing and used in the best<br />
possible way by those who live nearby and depend on them.<br />
Mauren Lazzaretti, Secretary of the Environment for the State<br />
of Mato Grosso, where the Amazon rainforest exceeds 60% of<br />
the area in the State, comments on her career and the challenges<br />
of developing forestry activities in the State.<br />
ENTREVISTA<br />
Mauren Lazzaretti<br />
ATIVIDADE/ ACTIVITY:<br />
Assumiu a Sema/MT (Secretaria de Estado de Meio Ambiente de<br />
Mato Grosso), em janeiro de 2019, e foi reconduzida ao cargo em<br />
1º de janeiro de 2023, durante a cerimônia de posse do governador<br />
Mauro Mendes para o seu segundo mandato. É presidente<br />
da ABEMA (Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio<br />
Ambiente), associação que reúne as 26 secretarias de Estado e 22<br />
autarquias e fundações de meio ambiente do Brasil. A experiência<br />
na área ambiental e na gestão pública inclui passagens pela própria<br />
Sema, atuando como secretária adjunta de Licenciamento Ambiental<br />
e Recursos Hídricos entre 2010 e 2012, além de 2016 e 2017.<br />
A gestora possui especialização em Direito Tributário, Perícia e<br />
Auditoria Ambiental e Processo Civil. Na carreira jurídica, ela também<br />
foi vice-presidente da Comissão do Meio Ambiente da Ordem dos<br />
Advogados do Brasil entre 2013 e 2016 e presidiu a mesma comissão<br />
no biênio 2016/2018.<br />
Appointed the State of Mato Grosso Secretariat for the Environment<br />
(Sema/MT) in January 2019 and reappointed to the position<br />
on January 1, 2023, during the inauguration ceremony of Governor<br />
Mauro Mendes for his second term. She is President of the Brazilian<br />
Association of State Environmental Entities (Abema), an association<br />
that brings together the 26 State Secretariats and 22 environmental<br />
agencies and foundations in Brazil. Her experience in the environmental<br />
area and public management includes periods at Sema itself,<br />
serving as Assistant Secretary of Environmental Licensing and Water<br />
Resources between 2010 and 2012, as well as between 2016 and<br />
2017. She studied Tax Law, Inspection, Environmental Auditing, and<br />
Civil Procedure. In her legal career, she was also Vice-president of the<br />
Environment Commission of the Brazilian Bar Association between<br />
2013 and 2016 and chaired the Commission between 2016 and 2018.<br />
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ENTREVISTA<br />
>> De onde surgiu seu interesse pelo meio ambiente?<br />
Vem de muito cedo. O primeiro contato se deu na indústria<br />
madeireira do meu pai, quando era criança. Ele tinha um jeito<br />
peculiar de defender que o madeireiro não desmata, a floresta<br />
é essencial para manutenção da indústria, por isso fazia a defesa<br />
do manejo florestal, que gera emprego, renda e conserva<br />
a floresta. Acho que este é um dos motivos que me tornaram<br />
uma entusiasta do manejo florestal e das ações que impactam<br />
positivamente o meio ambiente. Na faculdade, a professora<br />
de direito ambiental me incentivou durante a apresentação<br />
de um trabalho, dizendo que ela via em mim a aptidão para<br />
defender esse ramo do direito, que há época era pouco conhecido.<br />
Assim, nos primeiros anos tive a oportunidade de<br />
trabalhar com direito ambiental e foi tudo tão natural que não<br />
consigo me ver fazendo outra coisa. Realmente me realizo diariamente<br />
trabalhando para encontrar o equilíbrio na execução<br />
da agenda ambiental.<br />
>> Como foi sua entrada na vida pública? Além da Sema, é<br />
presidente da ABEMA (Associação Brasileira de Entidades<br />
Estaduais de Meio Ambiente). Como é a atividade na associação?<br />
Iniciei como assessora jurídica da extinta Fundação de Meio<br />
Ambiente de Mato Grosso em 2003, e durante os últimos<br />
20 anos ocupei cargos de Secretária Adjunta por duas oportunidades,<br />
assumindo em 2019 a secretaria de Estado. Em<br />
2019 fui eleita na ABEMA como vice-presidente e depois em<br />
2021 como presidente, reconduzida agora em 2023. É uma<br />
grande honra presidir a ABEMA, associação que representa<br />
todos os órgãos estaduais de meio ambiente do país e existe<br />
há 37 anos, sendo a primeira vez que Mato Grosso preside<br />
a instituição. Os associados da ABEMA são responsáveis por<br />
90% da execução das políticas públicas ambientais do Brasil,<br />
representando as 26 secretarias de Estado de meio ambiente<br />
e as 22 autarquias e fundações estaduais ligadas ao tema.<br />
Nessa perspectiva, se consolida cada vez mais como entidade<br />
de relevância para o avanço da política ambiental brasileira,<br />
e se fortaleceu muito nos últimos anos, ocupando espaços<br />
na agenda climática nacional e mundial. A entidade adota<br />
estratégias em âmbito nacional para implantação da política<br />
ambiental sem perder o foco nas peculiaridades estaduais.<br />
Nesse sentido, está organizada em coordenações para cada<br />
um dos seis biomas brasileiros, que conduzem as discussões<br />
e as tratativas regionais, integrando, assim, todos os Estados<br />
nas propostas políticas da ABEMA. Nos últimos anos, uma das<br />
principais conquistas da ABEMA tem sido a ampla cooperação<br />
entre os Estados brasileiros que, muitas vezes, enfrentam desafios<br />
ambientais semelhantes. Por isso, nos organizamos internamente<br />
em coordenações por bioma e criamos uma série<br />
de CT (Câmaras Técnicas) permanentes e GT (Grupos de Trabalho),<br />
entre os quais estão a Câmara de Mudança Climática<br />
(CT Clima) e o GT Licenciamento Ambiental. As Câmaras têm<br />
tido um papel fundamental para que possamos estudar, com<br />
propriedade, temas relevantes com base em situações reais vivenciadas<br />
pelos Estados. É por meio desses espaços que temos<br />
Where did your interest in the environment come from?<br />
It began from very early on. My first contact was with my<br />
father’s company when I was a child. He had a peculiar way of<br />
defending the forest harvester who does not deforest, saying<br />
that the forest is essential for the maintenance of the Company,<br />
so he defended Forest Management, which generates jobs<br />
and income and conserves the forest. I think this is one of the<br />
reasons that made me an enthusiast of Forest Management<br />
and actions that positively impact the environment. In college,<br />
the Professor of Environmental Law encouraged me during<br />
the presentation of a paper, saying that she saw in me the<br />
aptitude to defend this branch of law, which at the time was<br />
little known. So, in the first few years, I had the opportunity to<br />
work with Environmental Law, and it was all so natural that<br />
I could not see myself doing anything else. On a daily basis,<br />
I really find fulfillment in working to find the balance in the<br />
execution of the environmental agenda.<br />
How did you enter public life? In addition to Sema, you are<br />
President of the Brazilian Association of State Environmental<br />
Entities (Abema). What are the major activities of the<br />
Association?<br />
I started as a legal advisor to the now-extinct Mato Grosso<br />
Environment Foundation in 2003, and during the last 20 years,<br />
I have held positions as Assistant Sema Secretary for two opportunities,<br />
assuming in 2019 the Secretary of State. In 2019,<br />
I was elected Vice-president at Abema, and then in 2021, as<br />
President, now reelected in 2023. It is a great honor to preside<br />
over Abema, an association that represents all state environmental<br />
agencies in the Country and has existed for 37 years.<br />
It was the first time that someone from Mato Grosso presided<br />
over the Association. Abema members are responsible for<br />
90% of the implementation of environmental public policies in<br />
Brazil, representing the 26 State Secretariats of the Environment<br />
and the 22 Autarchies and State Foundations linked<br />
to the Environment. From this perspective, it is increasingly<br />
consolidated as an entity of relevance for the advancement<br />
of Brazilian environmental policy. It has been dramatically<br />
strengthened in recent years, occupying spaces in the<br />
domestic and global climate agenda. The Association adopts<br />
strategies at the national level for the implementation of environmental<br />
policy without losing focus on state peculiarities.<br />
In this sense, it is organized in coordination with each of the<br />
six Brazilian biomes, which conduct regional discussions and<br />
negotiations, thus integrating all States into Abema’s policy<br />
proposals. In recent years, one of Abema’s main achievements<br />
has been the broad cooperation between Brazilian states,<br />
which often face similar environmental challenges.<br />
For this reason, we organized ourselves internally in coordination<br />
by biome. We created a series of permanent Technical<br />
Chambers (TCs) and Work Groups (WGs), among which are<br />
the Climate Change Chamber (CT Clima) and WG Environmental<br />
Licensing. The Chambers have played a fundamental<br />
role in ensuring that we can study relevant issues adequately<br />
based on real situations experienced by the States. It is<br />
36 www.referenciaflorestal.com.br
ENTREVISTA<br />
Do you believe that the partnership between the Public and<br />
Private Sectors is critical to generating even more transparency<br />
in Forest Management?<br />
Undoubtedly. The challenge of implementing the environcontribuído,<br />
de forma substancial, na construção e aprimoramento<br />
das políticas ambientais do país. Os Estados também<br />
têm demonstrado que estamos repletos de boas práticas que<br />
devem ser conhecidas, fomentadas e melhor financiadas por<br />
parceiros institucionais.<br />
>> Quais os planos de ação da SEMA para essa gestão?<br />
Iniciamos em 2019 uma gestão voltada para resultados que realmente<br />
impactem o cidadão, como aumento da eficiência do<br />
licenciamento ambiental, investimentos para combater o desmatamento<br />
ilegal, o fomento às atividades de uso sustentável<br />
dos recursos naturais no âmbito do Programa Carbono Neutro<br />
MT 2035, que destaca 12 ações prioritárias que reforçam a<br />
capacidade do Estado de produzir e conservar. Já avançamos<br />
muito, entregando ao cidadão maior eficiência na prestação<br />
de serviços, notadamente no licenciamento ambiental; mas,<br />
apesar de estarmos entre os Estados com melhor performance<br />
na implantação do Código <strong>Florestal</strong> no Brasil, para nós ainda<br />
é grande o desafio de aplicar na plenitude todas as regras de<br />
regularização ambiental dos imóveis rurais por meio do CAR<br />
(Cadastro Ambiental Rural). Nesse sentido, está entre as prioridades<br />
da gestão a validação dos cadastros e a implementação<br />
das diversas formas de regularização, restauração e compensação.<br />
De igual modo, evoluímos muito da responsabilização dos<br />
infratores nos primeiros anos da gestão e agora estamos tratando<br />
de todo o fluxo, incluindo a modernização do processo<br />
administrativo, implementação dos mecanismos de conciliação<br />
e cobranças de multa; de modo a promover o efeito pedagógico<br />
almejado. Tudo isso possibilita um ambiente propício para o<br />
desenvolvimento econômico sustentável de Mato Grosso.<br />
>> Acredita que a parceria entre iniciativa pública e privada<br />
é chave para gerar ainda mais transparência no manejo florestal?<br />
Sem dúvida. O desafio de execução da agenda ambiental é tão<br />
grande quanto a extensão territorial de nosso Estado. Temos<br />
trabalhado de forma cooperada e integrada de modo a prio-<br />
through these spaces that we have contributed substantially<br />
to the construction and improvement of the Country’s environmental<br />
policies. States have also demonstrated that all carry<br />
out good practices that should be made known, fostered, and<br />
better funded by institutional partners.<br />
What are Sema’s action plans during your term as Secretary?<br />
In 2019, we started a management focused on results that<br />
really impact citizens, such as increasing the efficiency of<br />
environmental licensing, investments to combat illegal<br />
deforestation, the promotion of activities for the sustainable<br />
use of natural resources within the scope of the MT 2035<br />
Carbon Neutral Program, which noted 12 priority actions that<br />
highlight the State’s capacity to produce and conserve. We<br />
have already made great strides, delivering greater efficiency<br />
to the citizens in the provision of services, notably in environmental<br />
licensing; but, despite being among the states with the<br />
best performance in the implementation of the Forest Code in<br />
Brazil, for us, there is still a great challenge to fully apply all<br />
the rules for environmental regularization of rural properties<br />
through the Rural Environmental Registry (CAR). In this sense,<br />
the validation of registrations and the implementation of<br />
various forms of regularization, restoration, and compensation<br />
are among my term’s priorities. Likewise, the Secretariat<br />
has evolved a lot in the accountability of offenders in the first<br />
years. Now, we are dealing with the entire flow, including the<br />
modernization of the administrative process, implementation<br />
of conciliation mechanisms, and collection of fines in a way<br />
that promotes the desired pedagogical effect. All of this leads<br />
to an environment conducive to the sustainable economic<br />
development of Mato Grosso.<br />
Hoje, podemos dizer que Mato Grosso foi o primeiro Estado<br />
a implementar a cadeia de custódia e rastreabilidade da<br />
madeira na plenitude, em toda cadeia de base florestal, mas<br />
isso não seria possível sem termos uma parceria com o<br />
Governo Federal e a integração total ao DOF+ Rastreabilidade<br />
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ENTREVISTA<br />
Recently, the team that fights illegal deforestation has been<br />
strengthened. Is this also a way to enhance the work of<br />
those who follow regulations?<br />
Undoubtedly, when we intensify monitoring both on-site<br />
and remotely, we are valuing even more those who produce<br />
legally in Mato Grosso. We have already made great strides<br />
in recent years, with the most significant investment in history<br />
in the fight against illegal deforestation using forest fires of<br />
more than R$ 260 million in the last four years (between 2019<br />
and 2023). We became the state that most acts on deforestation<br />
alerts, with 74.3% of deforestation alerts answered<br />
in 2022, according to the RAD released by MapBiomas. It is<br />
part of this challenge to demobilize offenders and show that<br />
environmental crime does not pay in Mato Grosso. We have<br />
high-resolution satellite images and a methodology that alrizar<br />
estrategicamente as ações que fortalecem a legalidade e<br />
auxiliam no combate ao ilegal. Hoje, podemos dizer que Mato<br />
Grosso foi o primeiro Estado a implementar a cadeia de custódia<br />
e rastreabilidade da madeira na plenitude, em toda cadeia<br />
de base florestal, mas isso não seria possível sem termos uma<br />
parceria com o Governo Federal e a integração total ao DOF+<br />
Rastreabilidade. Todavia, o trabalho é contínuo para a fiscalização,<br />
controle ambiental e transparência.<br />
>> Quais as principais ações práticas da Sema em relação ao<br />
manejo florestal?<br />
O manejo da floresta está entre as 12 ações prioritárias da política<br />
estadual para o alcance da meta de neutralizar as emissões<br />
de carbono até 2035, por meio do Programa Carbono<br />
Neutro MT. Esta ação, sozinha, é capaz de reduzir em 16% as<br />
emissões até 2035. Além disso, mantém a floresta conservada,<br />
gera renda para a população e possibilita uma economia sustentável.<br />
Para fomentar esta atividade a Sema (MT) focou em<br />
aumentar a eficiência do licenciamento nesta área, diminuindo<br />
o tempo médio dos processos, e também na implantação do<br />
novo SISFLORA 2.0 (Sistema de Comercialização e Transporte<br />
de Produtos Florestais), implantado em abril de 2023. Com o<br />
novo sistema, cada árvore retirada da floresta recebe um QR<br />
Code que mostra, pelo celular, o local exato de onde foi colhida<br />
a madeira, facilitando o controle e a fiscalização ambiental.<br />
>> As florestas plantadas têm se desenvolvido em Mato<br />
Grosso. Qual a atuação da SEMA em relação a estes plantios?<br />
Como o manejo auxilia na preservação da fauna e flora?<br />
A biodiversidade da Amazônia depende da conservação da floresta.<br />
A maneira mais eficiente de combater o desmatamento<br />
é gerando renda para as pessoas com atividades que ajudam a<br />
manter a floresta, como o manejo florestal. A Sema (MT) exige<br />
a reposição florestal para desmates lícitos e ilícitos, o que fomenta<br />
a floresta plantada, além do PSS (Plano de Suprimento<br />
Sustentável) para grandes consumidores de biomassa.<br />
>> Recentemente foi fortalecida a equipe que combate o desmatamento<br />
ilegal. Isso é também uma forma de fortalecer o<br />
trabalho de quem segue as regras?<br />
Sem dúvida nenhuma, quando intensificamos a fiscalização<br />
tanto in loco, quanto de forma remota, estamos valorizando<br />
ainda mais aqueles que produzem de forma legal em Mato<br />
Grosso. Já avançamos muito nos últimos anos, com o maior<br />
investimento da história no combate ao desmatamento ilegal<br />
em incêndios florestais, de mais de R$ 260 milhões nos<br />
últimos 4 anos (entre 2019 e 2023). Chegamos a ser o Estado<br />
que mais age sobre os alertas de desmatamento, com 74,3%<br />
dos alertas de desmatamento atendidos em 2022, conforme o<br />
RAD divulgado pelo MapBiomas. Faz parte deste desafio desmobilizar<br />
os infratores e mostrar que o crime ambiental não<br />
compensa em Mato Grosso. Temos imagens de satélite de alta<br />
resolução e uma metodologia que possibilita que as equipes<br />
em campo façam o flagrante do desmatamento ainda no início,<br />
impedindo o aumento da área desmatada e apreendendo<br />
mental agenda is as great as the territorial extension of our<br />
State. We have been working in a cooperative and integrated<br />
manner to strategically prioritize actions that strengthen<br />
legality and help in the fight against illegality. Today, we can<br />
say that Mato Grosso was the first state to implement the<br />
chain of custody and traceability of timber in total throughout<br />
the forest-based chain, but this would not be possible without<br />
having a partnership with the Federal Government and full<br />
integration with DOF+ Traceability. However, the inspection,<br />
environmental control, and transparency work is continuous.<br />
What are Sema’s main practical actions in relation to Forest<br />
Management?<br />
Forest Management is among the 12 priority actions of the<br />
State policy to achieve the goal of neutralizing carbon emissions<br />
by 2035 through the MT Carbon Neutral Program. This<br />
action alone is capable of reducing emissions by 16% by 2035.<br />
In addition, it keeps the forest conserved, generates income<br />
for the population, and leads to a sustainable economy. To<br />
promote this activity, Sema (MT) focused on increasing the<br />
efficiency of licensing in this area, reducing the average time<br />
of the processes, and implementing the new System for the<br />
Commercialization and Transport of Forest Products (Sisflora<br />
2.0), implemented in April 2023. With the new system, each<br />
tree removed from the forest receives a QR Code that shows,<br />
by cell phone, the exact location from which the timber was<br />
harvested, facilitating environmental control and monitoring.<br />
The number of Planted forests has grown in Mato Grosso.<br />
What is Sema’s role in relation to these plantations? How<br />
does management help in the preservation of fauna and<br />
flora?<br />
The Amazon’s biodiversity depends on forest conservation.<br />
The most efficient way to combat deforestation is to generate<br />
income for people with activities that help maintain the<br />
forest, such as Forest Management. Sema (MT) requires forest<br />
replacement for licit and illicit deforestation, which promotes<br />
planted forests, in addition to the Sustainable Supply Plan<br />
(PSS) for large biomass consumers.<br />
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maquinários, aplicando embargos e multas. Também temos<br />
cobrado vigorosamente as multas aplicadas com processos de<br />
responsabilização mais céleres e com a conciliação ambiental.<br />
>> Quais as ações de combate a incêndios florestais no Mato<br />
Grosso?<br />
O Governo do Estado quadruplicou os investimentos em tecnologia<br />
e estratégias para a prevenção e combate ao fogo nos<br />
últimos 3 anos. O plano para o combate ao desmatamento<br />
ilegal e incêndios florestais de 2023 previu recursos da ordem<br />
de R$ 78 milhões. Para as ações de combate aos incêndios florestais<br />
o recurso é de R$ 40 milhões.<br />
>> Qual a importância do SISFLORA para a preservação da<br />
floresta?<br />
O novo SISFLORA 2.0 fez com que Mato Grosso fosse o primeiro<br />
Estado a ter a cadeia de custódia e a rastreabilidade efetiva<br />
da madeira. Com isso, temos maior controle e monitoramento<br />
do produto florestal, transparência das informações e a garantia<br />
da legalidade do produto. Estamos fortalecendo a atividade<br />
do manejo florestal sustentável, que mantém a floresta em<br />
pé, e garantindo renda e dignidade social para aqueles que<br />
executam o manejo. E isso tem um impacto muito grande em<br />
Mato Grosso, pois, fomentando essa atividade, conseguimos<br />
manter a floresta conservada. A nossa meta inclusive é ampliar<br />
a área sob manejo florestal sustentável, alcançando 6 milhões<br />
de hectares até 2030.<br />
>> E sobre o legado de sua gestão?<br />
O nosso trabalho na Sema (MT) é concentrado em três pilares:<br />
a efetiva eficiência do órgão na prestação de serviços à sociedade,<br />
a manutenção dos recursos naturais e a preservação<br />
das nossas unidades de conservação, sem esquecer de incluir<br />
as pessoas nas soluções aplicadas. O legado é fazer com que<br />
a percepção da sociedade seja a de que o órgão ambiental<br />
executa com eficiência a sua missão de proteção dos recursos<br />
naturais ao mesmo tempo em que garante o seu uso racional,<br />
conduzindo de forma rápida e transparente o licenciamento<br />
ambiental e a regularização dos imóveis rurais, bem como, o<br />
combate forte aos ilícitos ambientais, não permitindo que a<br />
transgressão dos crimes corrompa a cadeia virtuosa da produção<br />
sustentável no Estado.<br />
lows the teams in the field to catch deforestation at the beginning,<br />
preventing the increase in the deforested area, seizing<br />
machinery, and applying embargoes and fines. We have also<br />
vigorously collected the fines applied with faster accountability<br />
processes and environmental conciliation.<br />
What actions are being taken to combat forest fires in Mato<br />
Grosso?<br />
The State Government has quadrupled investments in technology<br />
and strategies for fire prevention and firefighting in the<br />
last three years. The 2023 plan to combat illegal deforestation<br />
and forest fires calls for resources in the order of R$ 78 million.<br />
Just to fight forest fires, the value is R$ 40 million.<br />
What is the importance of Sisflora for the preservation of<br />
the forest?<br />
The new Sisflora 2.0 led Mato Grosso to become the first state<br />
to create the chain of custody and effective traceability of timber<br />
produced in the State. With this, we have greater control<br />
and monitoring of the forest product, transparency of information,<br />
and the guarantee of the legality of the product. We<br />
are strengthening the activity of sustainable forest management,<br />
which keeps the forest standing, ensuring income and<br />
social dignity for those who carry out Management. And this<br />
has a significant impact in Mato Grosso because by promoting<br />
this activity, we are able to conserve the forest. Our goal is to<br />
expand the area under Sustainable Forest Management to 6<br />
million hectares by 2030.<br />
What about the legacy of your term as Secretary of Sema?<br />
The work at Sema (MT) is focused on three pillars: the effective<br />
efficiency of the Agency in providing services to society,<br />
the maintenance of natural resources, and the preservation of<br />
our Conservation Units, without forgetting to include people<br />
in the solutions applied. The legacy is to ensure that society’s<br />
perception is that the Environmental Agency efficiently<br />
executes its mission of protecting natural resources while<br />
ensuring their rational use, conducting in a fast and transparent<br />
manner the environmental licensing and regularization of<br />
rural properties, as well as the vigorous fight against ecological<br />
crimes not allowing the transgression of crimes to corrupt<br />
the virtuous chain of sustainable production in the State.<br />
Estamos fortalecendo a atividade do manejo<br />
florestal sustentável, que mantém a floresta em pé,<br />
e garantindo renda e dignidade social para aqueles<br />
que executam o manejo<br />
42 www.referenciaflorestal.com.br
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COLUNA<br />
Consequências de uma<br />
escolha errada - quando a<br />
motosserra não é a ideal<br />
Prejuízos para a saúde do operador, para o meio ambiente e ainda financeiros<br />
são algumas das consequências da má escolha de uma motosserra.<br />
Aaquisição de uma motosserra é uma decisão<br />
muito importante e deve estar alinhada com os<br />
objetivos e a finalidade do trabalho. A escolha<br />
de uma máquina inadequada, muitas vezes,<br />
tem consequências mais profundas e amplas do<br />
que se pode imaginar. Afinal, uma motosserra é muito mais<br />
do que uma máquina - é uma aliada na tarefa de executar o<br />
manejo de árvores de maneira segura, responsável e eficaz. É<br />
a melhor amiga do profissional da árvore.<br />
Quando ela é escolhida de forma errada, as consequências<br />
negativas podem ser:<br />
1. Lentidão: Uma motosserra com potência insuficiente<br />
pode tornar o trabalho lento e árduo. Isso pode levar a atrasos<br />
no cumprimento das tarefas, custos adicionais e necessidade<br />
de mais esforço físico para concluir o trabalho.<br />
2. Risco de acidentes: Uma motosserra que não corresponde<br />
ao trabalho em questão aumenta significativamente o<br />
risco de acidentes. O esforço excessivo necessário para cortar<br />
a madeira pode resultar em fadiga, perda de controle sobre a<br />
máquina e ferimentos graves.<br />
3. Desperdício de recursos: A escolha de uma motosserra<br />
inadequada pode resultar em aumento na manutenção da<br />
máquina, gasto de combustível, óleo e tempo. Isso não apenas<br />
aumenta os custos operacionais, mas também tem um<br />
impacto ambiental negativo.<br />
A escolha de uma máquina<br />
inadequada, muitas vezes, tem<br />
consequências mais profundas e<br />
amplas do que se pode imaginar<br />
44 www.referenciaflorestal.com.br<br />
Gabriel Dalla Costa Berger<br />
Engenheiro <strong>Florestal</strong> e Segurança do Trabalho<br />
Ms. em Manejo <strong>Florestal</strong><br />
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4. Desconforto e fadiga: Uma motosserra mal dimensionada<br />
pode causar desconforto e fadiga ao operador devido a<br />
peso e vibração excessivos e manuseio desconfortável. Isso<br />
não prejudica apenas a produtividade, mas também a saúde<br />
do operador.<br />
5. Resultados de baixa qualidade: Cortes imprecisos e<br />
inconsistentes devido a uma motosserra inadequada podem<br />
resultar em madeira danificada e de qualidade inferior. Isso é<br />
especialmente problemático se a madeira estiver sendo colhida<br />
para fins comerciais.<br />
6. Impacto ambiental: Uma motosserra mal escolhida<br />
pode levar a prejuízos ao meio ambiente, incluindo a poluição<br />
excessiva causada por um motor ineficiente, aumento de ruído<br />
e ainda o corte inadequado de árvores.<br />
7. Desgaste prematuro da máquina e de seus componentes:<br />
O uso de uma motosserra em um trabalho para o qual ela<br />
não foi projetada pode resultar em desgaste prematuro, elevando<br />
os custos de manutenção de maneira geral e gerando<br />
substituição mais frequente de peças.<br />
8. Frustração e descontentamento: Operar uma motosserra<br />
inadequada pode levar à frustração, ao descontentamento,<br />
à perda do foco e da atenção durante o trabalho,<br />
podendo resultar em acidentes.<br />
Essas consequências podem se estender muito além do<br />
local de trabalho. A escolha de uma motosserra errada afeta<br />
não apenas a eficiência e a segurança do trabalho, mas também<br />
a qualidade do resultado final, a saúde do operador e o<br />
impacto ambiental.<br />
Por isso, a seleção de uma motosserra deve ser feita com<br />
cuidado e consideração, levando em conta as necessidades<br />
específicas do trabalho a ser realizado. Afinal, a escolha certa<br />
pode fazer toda a diferença na qualidade e no sucesso das<br />
operações de manejo de árvores.<br />
Foto: divulgação Foto: divulgação
Floresta<br />
Juntos,<br />
construímos um legado.<br />
Agora,<br />
vamos construir o futuro.<br />
Somos Envu, uma nova empresa<br />
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Envu é uma nova visão para uma empresa com meio século de história no segmento<br />
de saúde ambiental, que detém um sólido portfólio de produtos comprovados e<br />
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PRINCIPAL<br />
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RESTAURAÇÃORAÇÃO<br />
Herbicida dedicado<br />
ao controle de<br />
daninhas em áreas<br />
de restauração é<br />
solução ambiental<br />
e financeira para o<br />
mercado florestal<br />
Fotos: divulgação<br />
46 www.referenciaflorestal.com.br
Strength in forest<br />
site restoration<br />
An herbicide dedicated to weed control<br />
in forest site restoration areas provides<br />
an environmental and financial solution<br />
for the forestry market<br />
Novembro 2023<br />
47
PRINCIPAL<br />
É<br />
comum ouvir que a natureza tem suas formas de<br />
agir e com o tempo ela retoma os espaços outrora<br />
tomados pelo homem. Mas e se pudéssemos trazer<br />
uma ajuda nesse processo e facilitar o que aconteceria<br />
naturalmente de maneira mais rápida, eficiente e<br />
sustentável? Essa é a proposta do Esplanade NA (Não Agrícola),<br />
herbicida pré-emergente desenvolvido pela Envu, que acelera a<br />
regeneração florestal impedindo a matocompetição e permite que<br />
as árvores possam crescer e se desenvolver com mais nutrientes e<br />
atingir a maturidade em um período mais curto.<br />
A Envu tem em seu DNA a preocupação ambiental, uma vez que<br />
seu nome vem da união de duas palavras em inglês: environment<br />
(meio ambiente) e view (visão). Essa essência unida ao legado de<br />
mais de 50 anos que a empresa traz consigo, direcionou as ações<br />
da Envu para além dos espaços onde ela já estava consolidada.<br />
Buscar novos campos de trabalho e tratar cada desafio como uma<br />
oportunidade trouxe o trabalho com árvores nativas para o radar<br />
da empresa, que aliou sua expertise em florestas plantadas com a<br />
pesquisa e desenvolvimento para trazer um herbicida exclusivo para<br />
essa função. O grande conhecimento e experiência no mercado de<br />
florestas plantadas de eucalipto e pinus, habilitou a Envu a atender<br />
o setor de restauração de áreas degradadas e de conservação de<br />
natureza com grande propriedade.<br />
André de Sousa e Silva, gerente de novos modelos de negócios<br />
da Envu, explica que o Esplanade NA surgiu da percepção da Envu<br />
para o mercado de restauração, que não tinha um herbicida específico,<br />
mesmo que a matocompetição seja responsável por mais<br />
de 50% dos custos da recuperação florestal, e para o mercado de<br />
créditos de carbono, que vem crescendo e tem no Brasil o potencial<br />
de ser um dos líderes mundiais. “A Envu tem um viés pioneiro e<br />
inovador, e quando a restauração florestal aparece como um campo<br />
de trabalho promissor, voltamos nossos esforços para trazer algo<br />
único dentro da atividade”, destaca André.<br />
O gerente aponta que a utilização de herbicidas em áreas de<br />
restauração florestal não era uma atividade vista como necessária e<br />
essencial pelos atores da cadeia, mesmo tendo ganhos de eficiência<br />
O<br />
ne often hears that nature has its ways of acting,<br />
and over time, it retakes the spaces once taken by<br />
man. But what if we could provide a helping hand<br />
in this process and facilitate what would happen<br />
naturally in a faster, more efficient, and more<br />
sustainable way? This is the proposal of Esplanade NA (Non-Agricultural),<br />
a pre-emergent herbicide developed by Envu, which<br />
accelerates forest site restoration by preventing weed competition<br />
and allows trees to grow and develop with more nutrients and<br />
reach maturity in a shorter period.<br />
Envu has environmental concerns in its DNA since its name<br />
comes from the union of two words: environment and vu (view).<br />
This essence, together with the legacy of more than 50 years<br />
that the Company brings with it, directed Envu’s actions beyond<br />
the spaces where it was already consolidated. Seeking new fields<br />
of work and treating each challenge as an opportunity brought<br />
working with native trees to the Company’s radar, which combined<br />
its expertise in planted forests with research and development to<br />
bring a unique herbicide to this function. The ample knowledge<br />
and experience in the market of planted eucalyptus and pine forests<br />
enabled Envu to serve the degraded area restoration segment<br />
and nature conservation appropriately.<br />
André de Sousa e Silva, Manager of New Business Models at<br />
Envu, explains that Esplanade NA arose from Envu’s perception<br />
of the forest site restoration market, which did not have a specific<br />
herbicide, even though weed competition is responsible for more<br />
than 50% of the costs of forest-land recovery. For the carbon credit<br />
market, which has been growing, Brazil has the potential to be<br />
one of the world leaders. “Envu has a pioneering and innovative<br />
bias. And as a promising field of work, when forest site restoration<br />
appears, we turn our efforts to bring something unique within the<br />
activity,” says de Sousa e Silva.<br />
The Manager points out that the use of herbicides in forest<br />
site restoration areas was not an activity seen as essential by<br />
the actors in the chain, even though there were significant efficiency<br />
gains in the process. On the contrary, there was a lot of<br />
48 www.referenciaflorestal.com.br
expressivos no processo, pelo contrário, havia muita desconfiança<br />
e insegurança no uso. “As universidades fizeram um trabalho de<br />
conscientização e esclarecimento junto aos governos e atores da<br />
restauração, desmistificando o uso e demonstrando os benefícios<br />
do uso dos herbicidas. Apoiamos também esse movimento em<br />
conjunto com o nosso time de pesquisa e desenvolvimento demonstrando<br />
a segurança e a eficiência do uso do Esplanade NA<br />
na restauração florestal. Hoje, felizmente o uso de herbicidas em<br />
áreas de restauração já é aceito e utilizado”, exalta André sobre o<br />
produto que foi desenvolvido exclusivamente para acompanhar<br />
os investimentos das empresas neste segmento de restauração,<br />
otimizar os manejos, reduzir custo total de operação, em que a Envu<br />
projeta atender em torno de 40 mil ha (hectares) nos próximos anos.<br />
DESENVOLVIMENTO<br />
Foram mais de 5 anos de experimentação em laboratório, estufa<br />
e campo, estudando principalmente a eficácia e seletividade em<br />
mais de 100 espécies florestais, quando expandimos os estudos<br />
junto à USP-ESALQ (Universidade de São Paulo/Escola Superior<br />
de Agricultura Luiz de Queiroz) para investigarmos também qual<br />
a relação que esta matocompetição, então controlada, teria na<br />
floresta nativa, como velocidade de fechamento, ganhos em biodiversidade,<br />
ganhos em biomassa, e principalmente, a segurança<br />
de que a floresta terá seu desenvolvimento garantido. O professor<br />
Pedro Brancalion, especialista em restauração florestal da USP e<br />
coordenador do Laboratório de Silvicultura Tropical, relata que<br />
não existia um produto semelhante ao Esplanade NA. “Tínhamos o<br />
glifosato e outros herbicidas, mas estes exigiam um número muito<br />
alto de aplicações, algo em torno de 6 a 10 aplicações, enquanto<br />
o Explanade NA reduz esse número para uma ou duas aplicações,<br />
a depender do clima ou volume pluviométrico da área”, descreve<br />
Pedro.<br />
Na visão do professor, o impacto positivo do Esplanade NA tem<br />
um potencial muito grande no mercado de carbono, pois sua ação<br />
potencializa o crescimento das árvores, o que implica diretamente<br />
na captura de carbono. “Quando a árvore cresce mais ela absorve<br />
mais o carbono e nas áreas onde o herbicida foi aplicado foi possível<br />
verificar um crescimento em torno de 30% a mais que nas<br />
mistrust and insecurity in the use. “Universities have worked to<br />
raise awareness and clarify with governments and restoration<br />
actors, demystifying the use and demonstrating the benefits of<br />
using herbicides. We also support this movement together with<br />
our research and development team, demonstrating the safety<br />
and efficiency of using Esplanade NA in forest site restoration.<br />
Today, fortunately, the use of herbicides in forest site restoration<br />
areas is already accepted and used,” extols de Sousa e Silva about<br />
the product that was developed exclusively to accompany the<br />
investments of companies in this forest site restoration segment,<br />
optimize management, reduce total cost of operation, in which<br />
Envu projects to serve around 40 thousand ha in the coming years.<br />
DEVELOPMENT<br />
It took more than five years of experimentation in the laboratory,<br />
greenhouse, and field, mainly studying the efficacy and<br />
selectivity in more than 100 forest species, when we also expanded<br />
the studies to include the University of São Paulo/Luiz de Queiroz<br />
College of Agriculture (USP-ESALQ) to investigate what the relationship<br />
is that this then controlled weed competition would have<br />
in the native forest, such as coverage, biodiversity, biomass, and<br />
mainly, security gains that the forest will have its development<br />
guaranteed. Professor Pedro Brancalion, a specialist in forest<br />
restoration at USP and coordinator of the Tropical Silviculture<br />
Laboratory, reports that there was no product like Esplanade NA.<br />
“We had glyphosate and other herbicides, but these required a<br />
very high number of applications, something like six to ten applications,<br />
while Esplanade NA reduces that number to one or two<br />
applications, depending on the climate or rainfall volume of the<br />
area,” according to Professor Brancalion.<br />
In the Professor’s view, the positive impact of Esplanade<br />
NA has enormous potential in the carbon market, as its action<br />
enhances the growth of trees, which directly implies carbon capture.<br />
“When the tree grows more, it absorbs more carbon. Thus,<br />
in the areas where the herbicide was applied, it was possible to<br />
verify a growth of around 30% more than in the areas where it<br />
was not used. When we talk exponentially, this provides results of<br />
great value to the forest and to those who invest in this market,”<br />
Novembro 2023<br />
49
PRINCIPAL<br />
áreas não aplicadas. Quando falamos de forma exponencial, isso<br />
traz resultados de grande valia para a floresta e para quem investe<br />
nesse mercado”, destaca Pedro. O professor afirma que a parceria<br />
com a empresa gerou grandes oportunidades, não apenas para ele,<br />
mas também para estudantes que puderam presenciar o progresso<br />
dos testes. “Os alunos viveram algo único e além deles pudemos<br />
mostrar os resultados para representantes do poder público, que<br />
também tem grande interesse na aplicação de um produto como<br />
esse”, complementa Pedro.<br />
Pelo time da Envu, Fabricio Sebok, gerente de desenvolvimento<br />
de produtos explica que o Esplanade NA segue o mesmo padrão<br />
aplicado no Esplanade, produto já consolidado no mercado para<br />
produção de pinus e eucalipto. “O Esplanade NA é uma ótima<br />
solução desenvolvida pela Envu, pois conseguimos trazer o nosso<br />
melhor para segmento de restauração proporcionando grande diferencial<br />
no controle da matocompetição para a restauração florestal<br />
com um herbicida registrado pelo IBAMA (Instituto Brasileiro de<br />
Meio Ambiente e Recursos Renováveis) para este fim, o que traz<br />
a certeza de que todos os pré-requisitos necessários para sua segurança<br />
e eficácia fossem atendidos, além de todo o respaldo que<br />
a empresa pode proporcionar aos seus clientes”, explica Fabricio.<br />
O gerente aponta que o grande desafio trazido na aplicação do<br />
herbicida no trabalho de restauração florestal está na variação de<br />
espécies presentes, áreas irregulares e de difícil acesso, enquanto<br />
na silvicultura para indústria madeireira são clones prontos para<br />
receber produtos químicos e áreas preparadas para a ação humana.<br />
“Com eucalipto temos grande experiência, mas com nativas temos<br />
terrenos acidentados e com muitas dobras, espécies de crescimento<br />
variado e uma realidade desafiadora, mas conseguimos replicar<br />
o sucesso das florestas plantadas com nativas”, ressalta Fabricio.<br />
APLICAÇÕES E RESULTADOS<br />
O Esplanade NA é aplicado diretamente no solo e possui um<br />
longo residual com uma durabilidade que se estende em até,<br />
aproximadamente, 6 meses. Laís Silva de Oliveira, especialista de<br />
marketing e inovação da América Latina da Envu, explica que essas<br />
highlights Professor Brancalion. He says that the partnership<br />
with the Company has generated tremendous opportunities, not<br />
only for him but also for students who have been able to witness<br />
the progress of the tests. “The students experienced something<br />
unique, and in addition to them, we were able to show the results<br />
to representatives of the public authorities, who also have a great<br />
interest in the application of a product like this,” adds Professor<br />
Brancalion.<br />
On behalf of the Envu team, Fabricio Sebok, Product Development<br />
Manager, explains that Esplanade NA follows the same<br />
pattern as applied to Esplanade, a product already consolidated<br />
in the market for pine and eucalyptus production. “Esplanade NA<br />
is an excellent solution developed by Envu, as we were able to<br />
bring our best to the forest site restoration segment, providing a<br />
major differential in the control of weed competition for forest site<br />
restoration with a herbicide registered by the Brazilian Institute of<br />
Environment and Renewable Resources (Ibama) for this purpose,<br />
which provides the certainty that all the necessary prerequisites<br />
for its safety and efficacy are met, in addition to all the support<br />
that the Company can provide to its customers,” says Sebok.<br />
The Manager points out that the great challenge brought<br />
about by the herbicide application for forest site restoration work<br />
is the variation of species present. In silviculture crops for the timber<br />
industry, some clones can already receive chemicals and may<br />
be planted in very irregular and difficult-to-access areas. “With<br />
eucalyptus we have great experience, but with natives we have<br />
rugged terrain with many folds, species of varied growth and a<br />
challenging reality, but we managed to replicate the success of<br />
forests planted with natives,” points out Sebok.<br />
APPLICATIONS AND RESULTS<br />
Esplanade NA is applied directly to the soil and has a long<br />
residual, with a durability that extends up to approximately six<br />
months. Laís Silva de Oliveira, Marketing and Innovation Specialist<br />
for Latin America at Envu, explains that these characteristics give<br />
the herbicide a significant advantage over all its possible compe-<br />
50 www.referenciaflorestal.com.br
características dão ao herbicida uma grande vantagem em relação<br />
a todos os seus possíveis concorrentes. “Temos uma dosagem baixa<br />
de aplicação, que é realizada através de jato dirigido, por hectare,<br />
que garante o controle da matocompetição para as árvores se<br />
desenvolverem”, afirma Laís.<br />
Um ponto de grande relevância levantado pela especialista é<br />
que há uma demora maior para que a copa das árvores nativas<br />
consiga se desenvolver e impedir que a luz solar chegue até as<br />
plantas daninhas no solo em relação ao pinus e eucaliptos. “Com<br />
a alta incidência de luz e um volume de chuva grande no país, a<br />
duração do efeito do Esplanade NA garante o controle do banco<br />
de sementes de daninhas o que faz com que as árvores nativas não<br />
sofram com a perda de nutrientes”, destaca Laís.<br />
A Envu tem grande apreço pelas práticas de ESG (Environment,<br />
Social and Governance) e a Esplanade NA foi desenvolvido levando<br />
em conta essas práticas e Laís destaca pelo menos duas delas que<br />
chamam muita atenção. “A diminuição do número de aplicações<br />
faz com que os trabalhadores tenham menor contato com o herbicida<br />
e um volume menor de trabalho e, além disso, a baixa dose<br />
do produto por hectare garante menor incidência de químicos no<br />
ambiente”, relata Laís.<br />
André de Sousa aponta o Esplanade NA como uma chave para o<br />
desenvolvimento do mercado de restauração e regeneração florestal<br />
no Brasil, mas o gerente acredita que vai ser muito útil, também,<br />
para profissionais de vários campos de atuação. “Investidores do<br />
mercado de créditos de carbono, organizações não governamentais<br />
voltadas à preservação e restauração florestal e prestadores de<br />
serviços florestais têm em mãos um produto que diminuirá custos<br />
e facilitará o desenvolvimento do trabalho de todos”, realça André.<br />
titors. “We have a low application dosage, which is applied using<br />
a directed jet that guarantees the control of weed competition<br />
for the trees to develop,” says de Oliveira.<br />
A point of great relevance raised by the Specialist is that it<br />
takes longer for the canopy of native trees to develop and prevent<br />
sunlight from reaching the weeds in the soil in relation to pine<br />
and eucalyptus canopies. “With the high incidence of light and<br />
the large volume of rain in the Country, the duration of the effect<br />
of Esplanade NA ensures the control of the weed seedlings, which<br />
means that native trees do not suffer from the loss of nutrients,”<br />
highlights de Oliveira.<br />
Envu has a great appreciation for ESG practices, and Esplanade<br />
NA was developed taking these practices into account. de Oliveira<br />
highlights at least two of them that draw a lot of attention. “The<br />
decrease in the number of applications means that workers have<br />
less contact with the herbicide and a smaller volume of work. In<br />
addition, the low dose of the product per hectare ensures a lower<br />
incidence of chemicals in the environment,” says de Oliveira.<br />
New Business Model Manager de Sousa points out Esplanade<br />
NA as a key to the development of the forest site restoration and<br />
regeneration market in Brazil. Also, the Manager believes that it<br />
will be beneficial for professionals from various fields of activity.<br />
“Investors in the carbon credit market, non-governmental organizations<br />
focused on forest preservation and forest site restoration,<br />
and forest service providers have in their hands a product that<br />
will reduce costs and facilitate the development of everyone’s<br />
work,” he highlights.<br />
A ENVU tem um viés pioneiro<br />
e inovador, e quando a<br />
restauração florestal aparece<br />
como um campo de trabalho<br />
promissor, voltamos nossos<br />
esforços para trazer algo<br />
único dentro da atividade<br />
André de Sousa e Silva,<br />
gerente de novos modelos<br />
de negócios da Envu<br />
Novembro 2023<br />
51
LEGISLAÇÃO<br />
CARBONO<br />
APROVADO<br />
Votação em comissão especial aprova a criação do<br />
mercado de carbono no Brasil, mas exclui agronegócio<br />
52 www.referenciaflorestal.com.br
Fotos: divulgação<br />
A<br />
CMA (Comissão de Meio Ambiente) aprovou<br />
por unanimidade o projeto de lei - PL<br />
412/2022 -, que regulamenta o mercado<br />
de carbono no Brasil. A senadora Leila<br />
Barros (PDT-DF), presidente da CMA e relatora<br />
da matéria, apresentou um novo substitutivo que<br />
exclui o agronegócio de obrigações previstas no SBCE<br />
(Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de GEE -<br />
gases de efeito estufa). A matéria segue para a câmara<br />
dos deputados, a menos que haja pedido para votação<br />
no plenário.<br />
O SBCE prevê cotas de emissão anual de GEE distribuídas<br />
aos operadores. De acordo com a proposição,<br />
quem reduzir as próprias emissões pode adquirir créditos<br />
e vendê-los a quem não cumprir suas cotas. O objetivo<br />
é incentivar a redução das emissões, atendendo<br />
a determinações da Política Nacional sobre Mudança<br />
do Clima (Lei 12.187, de 2009) e acordos internacionais<br />
firmados pelo Brasil.<br />
Novembro 2023<br />
53
LEGISLAÇÃO<br />
De acordo com o PL 412/2022, ficam sujeitas ao<br />
SBCE empresas e pessoas físicas que emitirem acima de<br />
10 mil toneladas de gás carbônico equivalente (tCO2e)<br />
por ano. Esses operadores devem monitorar e informar<br />
suas emissões e remoções anuais de gases de efeito<br />
estufa. Quem emitir mais de 25 mil tCO2e também deve<br />
comprovar o cumprimento de obrigações relacionadas<br />
à emissão de gases.<br />
A votação da matéria foi possível após um acordo<br />
firmado com a Frente Parlamentar da Agropecuária,<br />
que sugeriu emendas ao texto. A última versão do relatório<br />
traz um novo parágrafo que não considera a produção<br />
primária agropecuária como atividades, fontes<br />
ou instalações reguladas e submetidas ao SBCE. Outro<br />
dispositivo aprovado retira do sistema as emissões<br />
indiretas decorrentes da produção de insumos ou de<br />
matérias-primas agropecuárias.<br />
Segundo a senadora Leila Barros, o mérito das<br />
emendas reflete o que se observa nos principais mercados<br />
regulados de carbono em que a agropecuária não<br />
é incluída na regulação, sobretudo pela importância do<br />
setor para a segurança alimentar e pelas muitas incertezas<br />
ainda existentes na metodologia de estimativa de<br />
emissões. “Entendemos que mais importante do que<br />
regular atividades agropecuárias é incentivar a difusão<br />
de técnicas de agricultura de baixo carbono que, ao<br />
mesmo tempo, aumentem a renda do produtor rural,<br />
tornem os sistemas rurais mais resilientes aos efeitos<br />
adversos da mudança do clima e proporcionem redução<br />
e sequestro de emissões”, afirmou Leila Barros.<br />
A senadora Tereza Cristina (PP-MS), afirmou que<br />
lamenta o agro estar fora, mas que lutará para conseguir<br />
trazer esse segmento para dentro da legislação. “Já<br />
estamos trabalhando para que o agro tenha suas métricas<br />
e possa estar nesse mercado em breve, mas com<br />
segurança e com as nossas métricas”, afirmou Tereza<br />
Cristina.<br />
ATIVOS<br />
Segundo o PL 412/2022, o órgão gestor do SBCE<br />
deve elaborar o PNA (Plano Nacional de Alocação), que<br />
vai definir a quantidade de emissões a que cada operador<br />
tem direito. Essa quantidade é representada pelas<br />
CBEs (Cotas Brasileiras de Emissões). Cada CBE (equivalente<br />
a 1 tCO2e) é considerada um ativo comercializável,<br />
que pode ser recebida gratuitamente pelos operadores<br />
ou comprada para conciliar as metas de emissão.<br />
Além das CBEs, o projeto cria o CRVE (Certificado<br />
de Redução ou Remoção Verificada de Emissões). Outro<br />
ativo comercializável, o CRVE representa o crédito de<br />
carbono gerado pela efetiva redução de emissões ou<br />
remoção de 1 tCO2e de gases de efeito estufa. O certificado<br />
também pode ser comprado pelas empresas e<br />
usado no cálculo para comprovar o cumprimento de<br />
suas metas. Além disso, o CRVE pode ser usado, após<br />
autorização, em transferências internacionais no âmbito<br />
do Acordo de Paris.<br />
Todos os operadores devem apresentar periodicamente<br />
um plano de monitoramento e um relato das<br />
emissões e remoções de GEE. Já aqueles com emissões<br />
54 www.referenciaflorestal.com.br
LEGISLAÇÃO<br />
O Brasil tem papel crucial para<br />
suprir a demanda de ativos<br />
ambientais no contexto de um<br />
mercado global de carbono,<br />
considerando nosso imenso<br />
patrimônio florestal e nossa<br />
matriz energética. Um robusto<br />
marco regulatório é a base<br />
para a transição econômica e<br />
climática pretendida<br />
Leila Barros, presidente do<br />
CMA (PDT-DF)<br />
superiores a 25 mil tCO2e devem comprovar que detêm<br />
CBEs e CRVEs equivalentes a suas emissões. Esses<br />
ativos podem ser transacionados em bolsa de valores<br />
conforme regulamentação a ser feita pela CVM (Comissão<br />
de Valores Mobiliários). Sobre o lucro resultante<br />
da venda incide imposto de renda, calculado sobre o<br />
ganho líquido quando a transação ocorrer na bolsa, ou<br />
sobre o ganho de capital, nas demais situações.<br />
Sobre as transações, não incidem tributos como<br />
PIS/Pasep (Programa de Integração Social/Programa<br />
de Formação do Patrimônio do Servidor Público) ou<br />
COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade<br />
Social). O uso de CBEs e CRVEs para compensar<br />
emissões permite a dedução dos gastos relacionados<br />
na apuração do lucro real e da base de cálculo da CSLL<br />
(Contribuição Social sobre o Lucro Líquido).<br />
Segundo o PL 412/2022, o PNA deve ser aprovado<br />
pelo menos 12 meses antes de entrar em vigor e pode<br />
estabelecer tratamento diferenciado para determinados<br />
setores em razão das características das atividades,<br />
do faturamento, da localização e dos níveis de emissão.<br />
Todos os ativos devem estar inscritos no Registro Central<br />
do SBCE, onde deve ser feita a contabilidade de<br />
CBEs e CRVEs concedidos, adquiridos, detidos, transferidos<br />
e cancelados (usados na conciliação de metas).<br />
PUNIÇÕES<br />
O descumprimento das regras do SBCE pode acarretar<br />
punições como multa de até R$ 5 milhões ou 5%<br />
do faturamento bruto da empresa. Um ato do órgão<br />
gestor do SBCE vai definir as infrações puníveis. Outras<br />
sanções previstas são: embargo da atividade; perda de<br />
benefícios fiscais e linhas de financiamento; proibição<br />
de contratação com a administração pública por três<br />
anos e cancelamento de registro.<br />
O projeto prevê que pessoas físicas e jurídicas<br />
não obrigadas a participar do SBCE podem ofertar voluntariamente<br />
créditos de carbono. A regra vale para<br />
créditos gerados a partir de projetos ou programas de<br />
redução ou remoção de gases de efeito estufa, como a<br />
recomposição de áreas de preservação permanente ou<br />
de RL (reserva legal). Se cumprirem as regras do sistema,<br />
esses créditos podem ser convertidos em CRVEs e<br />
vendidos. Povos indígenas e comunidades tradicionais,<br />
como quilombolas, também podem gerar CRVEs a partir<br />
de projetos realizados nos territórios que ocupam.<br />
GOVERNANÇA<br />
Pelo substitutivo aprovado pela CMA, o SBCE terá<br />
um órgão gestor encarregado de regular o mercado e<br />
rever limites anuais de emissão de GEE acima do qual<br />
56 www.referenciaflorestal.com.br
RECONDICIONAMENTO<br />
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LEGISLAÇÃO<br />
os operadores serão obrigados a monitorar suas emissões.<br />
Outras atribuições do órgão gestor são: elaborar<br />
e implementar o PNA; emitir e leiloar CBEs; apurar<br />
infrações e aplicar punições pelo descumprimento das<br />
regras do sistema.<br />
As diretrizes gerais do SBCE serão estabelecidas<br />
pelo Comitê Interministerial para Mudança do Clima,<br />
ao qual também caberá a aprovação do PNA. O projeto<br />
prevê ainda um órgão consultivo chamado Comitê<br />
Técnico Consultivo Permanente, que deve apresentar<br />
subsídios e recomendações para o aprimoramento do<br />
SBCE.<br />
PERÍODO TRANSITÓRIO<br />
O PL 412/2022 estabelece um prazo transitório para<br />
a entrada em vigor das regras relacionadas ao SBCE. De<br />
acordo com o texto, o órgão gestor terá até dois anos<br />
para regulamentar o sistema. Depois de feita a regulamentação,<br />
os operadores terão mais dois anos antes<br />
de serem obrigados a conciliar suas metas — dentro<br />
desse prazo, devem apenas apresentar planos e relatos<br />
de emissões. De acordo com a relatora, Leila Barros,<br />
o mercado de carbono movimentou cerca de US$ 100<br />
bilhões em 2022, com sistemas em funcionamento<br />
em diversos países. “O Brasil tem papel crucial para<br />
suprir a demanda de ativos ambientais no contexto de<br />
um mercado global de carbono, considerando nosso<br />
imenso patrimônio florestal e nossa matriz energética.<br />
Um robusto marco regulatório é a base para a transição<br />
econômica e climática pretendida”, relatou a parlamentar<br />
no relatório.<br />
Já estamos trabalhando para<br />
que o agro tenha suas métricas<br />
e possa estar nesse mercado<br />
em breve, mas com segurança e<br />
com as nossas métricas<br />
Tereza Cristina (PP-MS)<br />
58 www.referenciaflorestal.com.br
ESPÉCIE<br />
ARAUCÁRIA<br />
em foco<br />
Projeto estimula a restauração<br />
de áreas de Reserva Legal com<br />
árvore símbolo da região sul<br />
Fotos: divulgação<br />
60 www.referenciaflorestal.com.br
O<br />
projeto ConservAção Araucária conclui<br />
sua primeira etapa com a realização<br />
de capacitações de produtores rurais e<br />
agentes multiplicadores, implantação de<br />
16 URTs (Unidades de Referência Tecnológica)<br />
de recuperação de áreas de RL (Reserva Legal)<br />
no Estado do Paraná e de duas coleções genéticas de<br />
araucária. O projeto é uma iniciativa da Embrapa Florestas<br />
e do Sistema de Transmissão Gralha Azul, operado<br />
pela Engie Brasil Energia, com a participação do IDR-PR<br />
(Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná) e apoio<br />
do IAT (Instituto Água e Terra).<br />
As unidades demonstrativas estão localizadas em<br />
onze propriedades rurais de agricultores familiares e<br />
em dois campos experimentais do IDR-Paraná, e serão<br />
utilizadas como exemplo para produtores que queiram<br />
recuperar áreas florestais, especialmente de RL, utilizando<br />
espécies da floresta como a própria araucária,<br />
erva-mate, bracatinga, cedro-rosa, pessegueiro-bravo,<br />
cataia, canela guaicá e espinheira santa.<br />
Os produtores participantes receberam todas as<br />
mudas, adubo e uma roçadeira, para apoio no combate<br />
a plantas daninhas, e puderam escolher entre três modelos<br />
de restauração para implantar em uma área de<br />
aproximadamente 1 ha (hectare). Caixas de abelhas nativas<br />
sem ferrão também foram distribuídas como mais<br />
uma opção de geração de renda, além da realização de<br />
treinamentos e a disponibilização de uma cartilha com<br />
orientações silviculturais para implantação e manejo<br />
inicial das unidades demonstrativas.<br />
Segundo Erich Schaitza, chefe geral da Embrapa<br />
Florestas, a intenção do projeto é mostrar a viabilidade<br />
Novembro 2023<br />
61
ESPÉCIE<br />
do plantio de araucária e demais espécies para recuperação<br />
de passivos ambientais, mas que o produtor<br />
rural veja que também é possível gerar renda. “Por isso,<br />
reunimos instituições como IDR Paraná e o IAT para discutir<br />
a viabilidade de modelos, tanto no aspecto técnico<br />
quanto de atendimento à legislação”, afirma Erich.<br />
Ives Goulart, da Embrapa Florestas, que coordenou<br />
a implantação das URTs, explica que a ideia é que estas<br />
áreas sejam vitrines e mostrem a viabilidade do plantio<br />
da araucária como recuperação ambiental e geração<br />
de renda, junto com outras espécies que compõem seu<br />
ecossistema. Durante os dois anos de implantação do<br />
projeto, foram realizados trabalhos para a escolha das<br />
áreas em 12 municípios, definições dos modelos de recuperação<br />
ambiental, orientações e capacitação de produtores<br />
e técnicos extensionistas, redação de manual<br />
de recomendações, visitas e reuniões técnicas. No total,<br />
foram plantadas 25.400 mudas. “Como todo trabalho<br />
em área rural, enfrentamos algumas dificuldades por<br />
conta da estiagem em 2020 e 2021. Isso foi sanado com<br />
o decorrer do tempo, especialmente com apoio dos viveiros<br />
do IAT, e hoje todas as unidades estão com bom<br />
andamento”, relata Ives.<br />
Durante esse período, cerca de 60 pessoas, entre<br />
produtores rurais e técnicos extensionistas, foram capacitados<br />
no entendimento dos modelos de recuperação:<br />
1) araucária, erva-mate e bracatinga; 2) araucária, erva-<br />
-mate, mais seis espécies florestais nativas e 3) araucária,<br />
bracatinga e bracatinga arapoti.<br />
MODELOS DE APRENDIZADO<br />
Ives explica que diretamente, são onze famílias beneficiadas<br />
pelo projeto, entretanto, os extensionistas do<br />
IDR (PR) já estão difundindo os modelos em outras propriedades<br />
e isso amplia o impacto que o projeto tem<br />
não só nas famílias participantes, mas em toda a região<br />
de floresta com araucárias. “Destes novos produtores,<br />
muitos implantaram em áreas de cultivo, mesmo podendo<br />
cultivar ou produzir outras coisas, demonstrando<br />
o interesse e viabilidade dos modelos”, completa Ives.<br />
Segundo Jonas Bianchin, engenheiro florestal do<br />
IDR (PR), é por meio destas vitrines que a gente conse-<br />
Os produtores vêem com muito bons olhos esse tipo de<br />
ação porque entendem a importância da manutenção de<br />
áreas produtivas e a restauração de áreas degradadas com<br />
espécies que eles possam também utilizar economicamente<br />
Jonas Bianchin, engenheiro florestal do IDR (PR)<br />
62 www.referenciaflorestal.com.br
ESPÉCIE<br />
gue replicar esse conhecimento gerado e aplicado para<br />
os produtores do entorno e isso propicia um impacto<br />
muito positivo. “Os produtores vêem com muito bons<br />
olhos esse tipo de ação porque entendem a importância<br />
da manutenção de áreas produtivas e a restauração<br />
de regiões degradadas com espécies que eles possam<br />
também utilizar economicamente”, valoriza Jonas.<br />
A gerente de meio ambiente da ENGIE Brasil Energia,<br />
Karen Schroder, reforça a importância de apoiar<br />
iniciativas como essa. “É extremamente gratificante<br />
estar ao lado da Embrapa na realização de um projeto<br />
que alinha geração de renda à conservação ambiental<br />
e que, com isso, promove o desenvolvimento sustentável<br />
das comunidades rurais. Sabemos que, como uma<br />
empresa líder em energia renovável, a conservação da<br />
biodiversidade não só precisa integrar um dos nossos<br />
compromissos com o meio ambiente, mas também<br />
estar entre as principais estratégias do nosso negócio”,<br />
comenta Karen.<br />
Jair Weisshaar, produtor rural da Colônia Rio Vermelho,<br />
em União da Vitória (PR), considera que esse<br />
projeto é muito importante para os pequenos produtores<br />
pela experiência. “Esperamos começar a colher a<br />
erva-mate antes, já tendo alguma renda. A araucária e<br />
a bracatinga demoram mais, mas vai ter as flores para<br />
as abelhas, para a produção de mel e certamente uma<br />
área protegida com plantas nativas”, comemora Jair.<br />
A participação do IAT como consultor do projeto foi<br />
considerada fundamental. Segundo Ives Goulart, muitas<br />
vezes, é apresentado o ideal agronômico e florestal<br />
da composição e instalação de cada modelo e o IAT ia<br />
informando o que estaria dentro da legislação estadual.<br />
“Com isso, pudemos promover ajustes tanto na implantação<br />
das URTs quanto na redação do manual para que<br />
atendesse tanto os aspectos da restauração florestal<br />
em si quanto a adequação à lei”, explica Ives.<br />
COLEÇÕES GENÉTICAS<br />
Além das URTs, o projeto também contemplou a<br />
instalação de coleções genéticas. Foram coletados mais<br />
de 70 mil pinhões de 118 árvores em diversas regiões<br />
de ocorrência da araucária no Paraná e produzidas<br />
cerca de 4 mil mudas, que foram plantadas em áreas<br />
da Embrapa, em Colombo (PR) e Ponta Grossa (PR).<br />
Segundo a pesquisadora Valderês Sousa, da Embrapa<br />
Florestas, estas coleções genéticas ajudam a garantir<br />
a manutenção da espécie. “São conservadas árvores<br />
filhas de diversas regiões de ocorrência”, complementa<br />
Valderês.<br />
O pesquisador Sergio Silva, coordenador geral do<br />
projeto, avalia que o trabalho com os produtores rurais,<br />
aliado à instalação das coleções genéticas, colocam<br />
foco na viabilidade de usar a araucária ao mesmo tempo<br />
em que se promove a conservação.<br />
Esperamos começar a colher<br />
a erva-mate antes, já tendo<br />
alguma renda. A araucária e<br />
a bracatinga demoram mais,<br />
mas vai ter as flores para<br />
as abelhas, para a produção<br />
de mel e certamente uma<br />
área protegida com plantas<br />
nativas<br />
Jair Weisshaar, produtor rural<br />
da Colônia Rio Vermelho, em<br />
União da Vitória (PR)<br />
64 www.referenciaflorestal.com.br
PRÊMIO REFERÊNCIA<br />
Conheça os vencedores da edição deste ano do<br />
mais tradicional Prêmio do setor de base florestal<br />
N<br />
o dia 4 de dezembro a indústria de base florestal<br />
brasileira estará em festa, pois acontecerá<br />
a cerimônia do Prêmio REFERÊNCIA<br />
2023. O tradicional evento que chega a sua<br />
vigésima XXI é organizado e realizado pela<br />
JOTA Editora, responsável pela publicação das Revistas<br />
REFERÊNCIA CELULOSE & PAPEL, REFERÊNCIA PRODUTOS<br />
DE MADEIRA, REFERÊNCIA MADEIRA INDUSTRIAL, REFE-<br />
RÊNCIA BIOMAIS e REFERÊNCIA FLORESTAL.<br />
Nesta edição o evento conta com o apoio de: ABIMCI<br />
(Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada<br />
Mecanicamente), ACIMDERJ (Associação do Comércio e<br />
Indústria de Madeiras e Derivados do estado do Rio de<br />
Janeiro), AIMEX (Associação das Indústrias Exportadoras<br />
de Madeiras do Estado do Pará), CIPEM (Centro das Indústrias<br />
Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado<br />
de Mato Grosso), DRV, Effisa, Formóbile, Himev, Montana<br />
Química, MSM Química e Vale do Tibagi.<br />
A abertura do Prêmio REFERÊNCIA 2023 contará com<br />
um podcast ao vivo sobre o mercado de carbono. Os dois<br />
convidados já confirmados são: Deryck Pantoja Martins,<br />
diretor técnico da AIMEX, e Gleisson Omar Tagliari, vice-<br />
-presidente do CIPEM. O mercado de carbono já é uma<br />
realidade e poder contar com grandes nomes do setor<br />
para tratar desse assunto é uma grande alegria, afirma Fabio<br />
Machado, diretor comercial da JOTA Editora. “Queremos<br />
trazer informações da mais alta qualidade para nosso<br />
público, por isso a iniciativa de um programa ao vivo para<br />
valorizar essas informações e fortalecer ainda mais o setor<br />
que trabalhamos há quase 25 anos”, exalta Fábio.<br />
Conheça agora os vencedores do Prêmio REFERÊNCIA<br />
2023.<br />
CENIBRA<br />
A Celulose Nipo-Brasileira venceu o Prêmio REFERÊN-<br />
CIA 2023 através de uma atuação focada em desempenho<br />
e fortalecimento da região onde está situada. No ano em<br />
que completa meio século de história, a CENIBRA mostrou-se<br />
protagonista para desenvolver a infraestrutura<br />
local, investir em tecnologia, apresentar programas sociais<br />
de alto impacto e se apresentar como uma das grandes<br />
empresas do mercado de celulose, um dos que mais crescem<br />
no Brasil e no mundo.<br />
DALLEGRAVE<br />
Falar de silvicultura no Paraná e não falar de Dallegrave<br />
seria um grande equívoco. A vencedora desta edição<br />
do Prêmio completou 100 anos de história, dedicação e<br />
muito trabalho no interior do Paraná. A empresa, que começou<br />
como uma pequena serraria hoje é uma refloresta-<br />
66 www.referenciaflorestal.com.br
dora focada no fornecimento de madeira para a indústria<br />
da região onde está situada. Além disso, a preocupação<br />
ambiental está no DNA da empresa, que desde os primórdios<br />
da atuação se planejava para ter madeira no futuro<br />
e hoje preserva boa parte de suas áreas florestais, onde<br />
desenvolve o manejo sustentável, também, de erva-mate.<br />
GIACOMELLI<br />
O mercado de biomassa para geração de energia já<br />
deixou de ser algo do futuro e se tornou uma realidade, a<br />
chamada economia verde. A Giacomelli atua desde o ano<br />
de 2021, com a produção de biomassa nativa no Estado<br />
do Mato Grosso e vem crescendo de produção de maneira<br />
exponencial. A conquista deste ano vem de encontro<br />
aos grandes investimentos que a empresa fez em sua<br />
estrutura de campo, proporcionando melhores condições<br />
na captação e um desempenho maior, ainda, de seus<br />
colaboradores, fortalecendo um mercado cada vez mais<br />
emergente.<br />
NEREU RODRIGUES<br />
O segmento de energia renovável está em festa pela<br />
conquista da Nereu Rodrigues, empresa fundada em 2004<br />
por Nereu Rodrigues, que carregou toda sua experiência<br />
na indústria madeireira em mais essa empreitada. Neste<br />
ano a Nereu Rodrigues recebe o Prêmio pelo grande investimento<br />
na segunda planta de pellets em seu parque<br />
fabril. Planejando ter uma fatia maior do crescente mercado<br />
de biomassa, a empresa mostrou ousadia e se fortaleceu<br />
para conquistar ainda mais clientes.<br />
RIACHO FLORESTAL<br />
Sujar as botas, por a mão na massa e prosperar no ciclo<br />
da madeira plantada. Esse é o trabalho da Riacho <strong>Florestal</strong>,<br />
empresa do setor de prestação de serviços que foi<br />
fundada em 1960 e construiu uma forte reputação com<br />
sua atuação no corte, transporte, preparação e venda de<br />
pellets e biomassa no interior de São Paulo, Estado com<br />
grande tradição no segmento florestal. Pelos investimentos<br />
feitos em maquinário e qualificação profissional de<br />
sua equipe, a Riacho <strong>Florestal</strong> é uma das vencedoras do<br />
Prêmio RFERÊNCIA deste ano.<br />
SINCOL<br />
A história da SINCOL e da cidade de Caçador (SC) caminham<br />
lado a lado e uma ajudou a outra a crescer e se<br />
desenvolver. Uma das maiores empresas do setor de portas<br />
do Brasil começou sua história há 80 anos e pode auxiliar<br />
no desenvolvimento do Brasil, fornecendo produtos<br />
de madeira como camas e portas na época da construção<br />
de Brasília e para grandes marcos da engenharia paulistana,<br />
como o edifício COPAN e o Hotel Hilton, nos anos de<br />
1960. Através de muito trabalho e valorização contínua de<br />
seus colaboradores, a SINCOL conquistou o Prêmio REFE-<br />
RÊNCIA de 2023.<br />
ST MADEIRAS<br />
A ST Madeiras leva muito à sério a responsabilidade<br />
de manejar a floresta e fortalecer a imagem da madeira<br />
nacional pelo mundo. A conquista do Prêmio REFERÊNCIA<br />
de 2023 é o reconhecimento do trabalho exemplar feito<br />
pela empresa mato-grossense, que protege a floresta,<br />
mantém a mesma em pé e movimenta a economia do<br />
Estado. Celebrar quem fortalece trabalho florestal e a<br />
imagem do país internacionalmente é um grande orgulho<br />
da Revista REFERÊNCIA do Setor Madeireiro.<br />
UNIVERSIDADE DO PAPEL<br />
Transformar papel em arte e arte em fonte de renda.<br />
Esse é o trabalho que fez da UP (Universidade do Papel)<br />
uma das vencedoras deste ano. Criada pelo chileno Enrique<br />
Rodriguez, a UP utiliza o papel como matéria-prima<br />
para as peças de decoração, prêmios e homenagens que<br />
são feitas com sua arte. Enrique acredita que essa arte é<br />
um trabalho e por isso criou um projeto para ensinar sua<br />
arte e formar novos artistas, proporcionando o desenvolvimento<br />
social e econômico de muitas famílias.<br />
VENTURI<br />
Madeiras Venturi, desde 1954, têm como meta desenvolver<br />
um trabalho em conjunto com seus clientes,<br />
para fornecer pinus do mais alto padrão em cada um de<br />
seus negócios. A nona vencedora dessa edição do prêmio<br />
REFERÊNCIA alia qualidade de produtos com responsabilidade<br />
ambiental e todas as suas atividades, desenvolvendo<br />
e aplicando processos que preservem as florestas nativas<br />
e o meio ambiente. O prêmio desse ano celebra os investimentos<br />
feitos em logística e o cuidado que a tradicional<br />
empresa catarinense tem como cada um de seus clientes,<br />
que são tratados como amigos na Venturi.<br />
MADEIRAS ZORTEA<br />
O manejo florestal sustentável é a melhor forma de<br />
manter a floresta em pé e a Madeiras Zortea leva isso<br />
muito a sério. Com quase 30 anos de história, a Zortea<br />
trabalha manejando, processando e comercializando<br />
madeira de árvores nativas para o Brasil e o mundo. A<br />
Zortea é uma das vencedoras deste ano por sua preocupação<br />
ambiental na proteção da floresta nacional, que<br />
é demonstrada através de uma cultura de excelência no<br />
atendimento, certificação de toda madeira comercializada<br />
e por levar a madeira certificada aos quatro cantos do<br />
mundo.<br />
Interessados em participar<br />
do evento podem adquirir<br />
seu ingresso pelo telefone<br />
(41) 3333-1023 ou pelo e-mail<br />
comercial@jotaeditora.com.br<br />
Novembro 2023<br />
67
COMPOSTAGEM<br />
MERCADO<br />
CRESCENTE<br />
Encontro técnico sobre compostagem florestal<br />
abre os olhos do setor para grandes oportunidades<br />
Fotos: 1º Encontro Técnico de Compostagem de Lodos, Resíduos Industriais e ETEs<br />
68 www.referenciaflorestal.com.br
O<br />
1º Encontro Técnico de Compostagem<br />
de Lodos, Resíduos<br />
Industriais e ETEs, realizado<br />
entre os dias 25 e 26 de outubro<br />
foi uma oportunidade única para<br />
a comunidade técnica e acadêmica, bem como,<br />
para profissionais e empresas interessadas na<br />
gestão sustentável de resíduos e na produção de<br />
composto orgânico de alta qualidade. O evento<br />
reuniu especialistas renomados e pioneiros no<br />
campo da compostagem para discutir temas cruciais<br />
relacionados a processos industriais, soluções<br />
inovadoras e os benefícios da compostagem<br />
na agricultura e no meio ambiente.<br />
Os principais temas do evento foram: processo<br />
de compostagem industrial; exploração das<br />
técnicas e melhores práticas para a compostagem<br />
em escala industrial; cases de sucesso e desafios<br />
enfrentados por indústrias na implementação da<br />
compostagem; produção de composto através de<br />
lodo de esgoto (ETE); e discussões sobre as metodologias<br />
e tecnologias utilizadas na transformação<br />
de lodo de esgoto em composto orgânico.<br />
Além deles, foram abordadas a avaliação dos<br />
benefícios ambientais e econômicos desses processos,<br />
produção de composto através de resíduos<br />
da agroindústria, análise das oportunidades<br />
e desafios na produção de composto orgânico a<br />
partir dos resíduos gerados pela agroindústria e<br />
benefícios de compostos orgânicos na agricultura,<br />
panorama atual da compostagem no Brasil,<br />
incluindo regulamentações, políticas públicas e<br />
tendências e papel da compostagem na gestão<br />
sustentável de resíduo no país.<br />
Novembro 2023<br />
69
COMPOSTAGEM<br />
Cada tema foi abordado por um painel de especialistas<br />
que compartilharam suas experiências<br />
e conhecimentos para enriquecer as discussões e<br />
promover o avanço das práticas de compostagem<br />
no Brasil. Este evento ofereceu oportunidades<br />
únicas de networking, aprendizado e colaboração<br />
para todos os participantes interessados em contribuir<br />
para um futuro mais sustentável e ecologicamente<br />
consciente.<br />
Além das palestras e painéis de discussão, o<br />
encontro ofereceu uma experiência completa de<br />
aprendizado com a realização de uma visita técnica<br />
que inclui demonstrações de equipamentos<br />
e a exibição de amostras de materiais compostáveis<br />
e compostados. Essas atividades práticas<br />
permitiram uma compreensão mais profunda dos<br />
processos e tecnologias envolvidos na compostagem.<br />
Este evento ofereceu oportunidades únicas<br />
de networking, aprendizado e colaboração<br />
para todos os participantes interessados<br />
em contribuir para um futuro mais<br />
sustentável e ecologicamente consciente<br />
70 www.referenciaflorestal.com.br
• MERCADO<br />
• TECNOLOGIA<br />
• NEGÓCIOS<br />
20 a 22 de Março de 2024<br />
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MANEJO<br />
CONHECIMENTO<br />
difundido<br />
72 www.referenciaflorestal.com.br
Conferência IUFRO<br />
2023 América Latina<br />
reúne profissionais<br />
para discutir<br />
manejo sustentável<br />
de florestas<br />
Fotos: EMBRAPA<br />
Adiscussão de temas relacionados a iniciativas<br />
que buscam moldar paisagens<br />
resilientes para o benefício das comunidades<br />
e da biodiversidade, marcou<br />
o início da Conferência IUFRO 2023<br />
América Latina, realizada pela Embrapa Florestas<br />
(Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e a<br />
IUFRO (União Internacional de Organizações de Pesquisa<br />
<strong>Florestal</strong>).<br />
Novembro 2023<br />
73
MANEJO<br />
Com mediação de Martin Sanchez Acosta, do<br />
INTA-Argentina (Instituto Nacional de Tecnologia<br />
Agropecuária), a abertura do evento contou com a<br />
participação do Comitê Organizador e Científico da<br />
conferência, que destacou a importância da programação<br />
diversificada para reflexão do manejo sustentável<br />
em florestas naturais e plantadas, além da<br />
relevância de encontros como a IUFRO 2023 como<br />
oportunidade de networking e discussões sobre o<br />
desenvolvimento de práticas coerentes à sustentabilidade.<br />
Os diferentes usos das florestas para a produção<br />
de madeira foram os tópicos emergentes da solenidade<br />
de abertura, sendo sublinhados por Breno<br />
Campos, que representou o Secretário de Agricultura<br />
e Abastecimento do Paraná, Norberto Ortigara,<br />
na solenidade. A importância da engenharia florestal<br />
para o valor agregado da matéria-prima em construções,<br />
mobiliários, entre outros produtos em que<br />
a madeira é utilizada, foi destaque no contexto do<br />
manejo sustentável.<br />
A gestão territorial em paisagens amplas ou em<br />
propriedades rurais esteve na fala do presidente<br />
do IEP (Instituto de Engenharia do Paraná), José<br />
Carlos Dias Lopes, que explicou o impacto positivo<br />
do gerenciamento da terra para a conservação<br />
da biodiversidade, e, consequentemente, para a<br />
melhor qualidade de vida da população. Dias aproveitou<br />
a oportunidade para divulgar a necessidade<br />
74 www.referenciaflorestal.com.br
do agrupamento entre a área rural e a urbana para<br />
a conservação ambiental em solos heterogêneos e<br />
interativos.<br />
O Brasil ocupa um papel importante na descontaminação<br />
do ambiente pelo manejo sustentável,<br />
imprescindível para a biossegurança, sobretudo em<br />
relação à pesquisa de organismos geneticamente<br />
modificados, apontada por Erich Schaitza, chefe<br />
geral da Embrapa Florestas, como alternativa tecnológica<br />
assertiva para o aumento da produtividade.<br />
As florestas naturais e as plantadas, gerenciadas<br />
sustentavelmente, tornam-se fontes para a geração<br />
de energia, construção de produtos madeireiros e<br />
crescimento econômico, decorrentes da cooperação<br />
nacional e internacional. O melhoramento genético,<br />
o plantio de árvores para a neutralização da emissão<br />
de carbono, os novos usos de florestas plantadas<br />
com matéria prima renovável e sustentável, e a<br />
necessidade da criação de uma comunicação organizada<br />
com a sociedade, estiveram entre os tópicos<br />
considerados urgentes pelos presentes.<br />
A Conferência IUFRO 2023 destaca-se<br />
como incentivadora ao progresso<br />
ambiental, ao propor a troca de<br />
ideias, participação em grupos de<br />
trabalho e reflexões sobre soluções<br />
que promovam o bem-estar da<br />
humanidade<br />
Yeda Malheiros de Oliveira,<br />
pesquisadora da Embrapa Florestas e<br />
presidente da Conferência IUFRO 2023<br />
Novembro 2023<br />
75
MANEJO<br />
Aliado aos ODS (Objetivos de Desenvolvimento<br />
Sustentável), as florestas são fundamentais nos quesitos<br />
de combate à fome, melhoramento da agricultura<br />
e produção responsável, conforme a afirmação<br />
do diretor administrativo do CREA–PR (Conselho Regional<br />
de Engenharia e Agronomia do Paraná), João<br />
Groque. O diretor ressaltou a qualificação de engenheiros<br />
florestais para a resolução de problemas<br />
técnicos na paisagem e minimização dos impactos<br />
da atividade industrial no meio ambiente, além da<br />
obtenção de recursos econômicos angariados dentro<br />
das regras de licenciamento.<br />
A Conferência IUFRO 2023 destaca-se como<br />
incentivadora ao progresso ambiental, ao propor a<br />
troca de ideias, participação em grupos de trabalho<br />
e reflexões sobre soluções que promovam o bem-<br />
-estar da humanidade, como citou Yeda Malheiros<br />
de Oliveira, pesquisadora da Embrapa Florestas e<br />
presidente do evento. Oliveira ainda destacou a<br />
ampla pesquisa realizada pela Embrapa em relação<br />
a benefícios e impactos das e nas florestas, e a necessidade<br />
do trabalho em conjunto com a pesquisa<br />
científica, pensamento também validado pela vice-<br />
-reitora da UFPR, Graciela Bolzon de Muniz. Ambas<br />
ressaltaram a necessidade da construção de estratégias<br />
conjuntas entre as universidades, instituições<br />
públicas, setores produtivos públicos e privados, que<br />
proporcionem o crescimento do país por meio de<br />
uma parceria sólida.<br />
76 www.referenciaflorestal.com.br
A abertura da conferência ainda propôs a promoção<br />
de inter-relações com outros países, ressaltada<br />
pela presença de palestrantes internacionais<br />
e participação da Coordenadora do Programa de<br />
Desenvolvimento de Capacidades da IUFRO, Janice<br />
Burns, que reafirmou a importância da conexão entre<br />
profissionais florestais, cientistas e formuladores<br />
de políticas de desenvolvimento.<br />
Outros assuntos, como o desenvolvimento<br />
tecnológico para impulsionar a gestão ambiental, a<br />
estreita relação entre plantação, produção, consumo<br />
e economia, e a importância do incentivo financeiro<br />
de empresas privadas e órgãos públicos para o progresso<br />
no setor também foram abordados, tendo<br />
sido destacada a necessidade de incentivos fiscais<br />
coerentes a cada modo de produção, como já é realidade<br />
em outros países.<br />
A cerimônia marcou, ainda, a entrega de uma<br />
menção honrosa da Embrapa Florestas à Rede Mulher<br />
<strong>Florestal</strong>, por seu trabalho em prol da igualdade<br />
e equidade de gênero, proporcionando um alinhamento<br />
cada vez maior do setor florestal brasileiro<br />
aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, especialmente<br />
o ODS 5 (igualdade de gênero).<br />
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Novembro 2023<br />
77
SEMINÁRIO<br />
SILVICULTURA<br />
em pauta<br />
Fotos: divulgação<br />
Seminário reúne poder<br />
público e iniciativa<br />
privada para fomentar<br />
a atividade florestal<br />
O<br />
Seminário Sul Brasileiro de Silvicultura, que<br />
aconteceu de 25 a 27 de outubro de 2023, no<br />
Parque do Sesi, em Canela (RS) atingiu plenamente<br />
os objetivos propostos. Integrou o poder<br />
público e a iniciativa privada em assuntos<br />
importantes como licenciamento ambiental, modernização da<br />
legislação do ZAS, oportunidades para atração de novos investimentos<br />
industriais, e atualização tecnológica.<br />
78 www.referenciaflorestal.com.br
O seminário, em seus 3 dias, contou com 22 palestras,<br />
reunindo 30 palestrantes e especialistas, além do público de<br />
540 participantes, com temas variados visando estímulo ao<br />
plantio de florestas comerciais e tecnologias, que auxiliam no<br />
aumento de produtividade florestal e industrial.<br />
Somente o Rio Grande do Sul possui uma área reflorestada<br />
de 926 mil ha (hectares), e movimentou no ano passado<br />
R$ 3,78 bilhões na silvicultura. Em toda a cadeia produtiva<br />
oferece quase 70 mil empregos diretos. O seminário também<br />
contou com uma exposição paralela, onde estavam presentes<br />
32 expositores entre empresas e instituições.<br />
Entre lideranças políticas presentes estavam o senador<br />
Luiz Carlos Heinze, o Secretário de Agricultura, Giovane Feltes,<br />
deputado federal Alceu Moreira e deputado Pompeu de<br />
Matos, Secretário de Desenvolvimento Econômico, Ernani<br />
Polo, Secretário Adjunto de Meio Ambiente, Marcelo Comardelli,<br />
o deputado Carlos Búrigo, presidente da Frente Parlamentar<br />
de Silvicultura da Assembléia Legislativa, entre outras<br />
autoridades.<br />
O seminário foi promovido pelo Sindimadeira-RS (Sindicato<br />
Intermunicipal das Indústrias Madeireiras, Serrarias,<br />
Carpintarias, Tanoarias, Esquadrias, Marcenarias, Móveis, Madeiras<br />
Compensadas e Laminadas, Aglomerados e Chapas de<br />
Fibras de Madeiras do Estado do Rio Grande do Sul), organizado<br />
pela empresa Porthus e contou com o apoio de diversas<br />
entidades, associações e universidades de vários Estados do<br />
país. Na abertura, o presidente do Sindimadeira (RS), Leonardo<br />
de Zorzi, destacou a importância do evento no conjunto<br />
da economia e a necessidade de modernização da legislação<br />
para crescimento setorial. O encontro contou com o patrocínio<br />
do Sicredi, Badesul, Confea, Banrisul, CMPC, BRDE, Tanac,<br />
Senar e Global Prime<br />
Somente o Rio Grande do Sul possui<br />
uma área reflorestada de 926 mil ha,<br />
e movimentou no ano passado<br />
R$ 3,78 bilhões na silvicultura<br />
Luiz Augusto Alves, presidente da AGEFLOR (Associação<br />
Gaúcha de Empresas Florestais), valorizou o evento e a importância<br />
das palestras para a discussão dos silvicultores no<br />
Rio Grande do Sul e também no resto do país. “Conseguimos<br />
atualizar legislação, trazer benefícios para os produtores e<br />
acredito que um evento como esse seja chave para fortalecer<br />
e estruturar essas mudanças”, destacou Luiz.<br />
Leonardo de Zorzi, presidente do Sindimadeira (RS), que<br />
é a organizadora do seminário, ressaltou a importância do<br />
evento para fortalecer a comunicação do setor florestal entre<br />
entidades e sociedade civil. “Esse evento foi uma grande<br />
oportunidade para aproximação entre empresas, associações<br />
e poder público. Facilitar a troca de informações e mostrar<br />
para o grande público o que fazemos e a importância do que<br />
fazemos é chave para o desenvolvimento do setor”, conclui<br />
Leonardo.<br />
Novembro 2023<br />
79
PESQUISA<br />
DESEMPENHO FOTOSSINTÉTICO E TROCAS GASOSAS DE<br />
GENÓTIPOS<br />
DE EUCALIPTO<br />
NA FASE INICIAL DE DESENVOLVIMENTO SOB DEFICIT HÍDRICO<br />
80 www.referenciaflorestal.com.br
RENATO DA SILVA OLIVEIRA<br />
UFAC (UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE)<br />
MARCIO DE OLIVEIRA MARTINS<br />
UFAC (UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE)<br />
PAULO VICTOR ALVES DAS CHAGAS<br />
UFAC (UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE)<br />
Fotos: divulgação<br />
Novembro 2023<br />
81
PESQUISA<br />
RESUMO<br />
O<br />
Brasil cultiva o eucalipto desde o<br />
início do século XX e com o desenvolvimento<br />
da eucaliptocultura,<br />
verifica-se ao longo dos anos uma<br />
expansão dessas áreas plantadas<br />
para outras regiões do país, em que fortes tensões<br />
ambientais podem impactar negativamente a sobrevivência<br />
e ou crescimento destas espécies. O<br />
objetivo deste trabalho foi avaliar o desempenho<br />
fotossintético e as trocas gasosas em seis genótipos<br />
de eucalipto na fase inicial sob deficiência<br />
hídrica. O experimento foi realizado em casa de<br />
vegetação da Universidade Federal do Acre e o delineamento<br />
inteiramente casualizado, no esquema<br />
fatorial 6x2 (seis espécies e híbridos de eucalipto,<br />
dois regimes hídricos - irrigado e não-irrigado),<br />
com cinco repetições. As trocas gasosas e os parâmetros<br />
de clorofila foram avaliadas após 15 dias,<br />
utilizando-se o IRGA, modelo Li6400XT (LI-COR<br />
Inc., CA, EUA - Estados Unidos da América) com<br />
um fluorômetro (modelo Li-6400-40) acoplado.<br />
Também foram mensurados: DM, R/Pa e ABM. Os<br />
dados obtidos pelo experimento base mostraram<br />
diferenças significativas entre os tratamentos hídricos<br />
estudados. Nas análises de trocas gasosas e<br />
fluorescência da clorofila A, os genótipos RIP01 e<br />
AEC0601 destacaram-se. Quanto a R/Pa os genótipos<br />
AEC0601e LCFA030 apresentaram melhores<br />
resultados e quanto à ABM, o LCFA030 apresentou<br />
relação estatística significativa.<br />
INTRODUÇÃO<br />
O Brasil cultiva Eucalyptus spp. desde o início<br />
do século XX, e com o desenvolvimento da<br />
eucaliptocultura, verifica-se ao longo dos anos<br />
uma expansão dessas áreas plantadas em diferentes<br />
regiões do país. No entanto fortes tensões<br />
ambientais podem impactar negativamente a<br />
sobrevivência e/ou crescimento de espécies desse<br />
gênero. Dentre estas, duas se destacam pela<br />
82 www.referenciaflorestal.com.br
associação com as novas fronteiras florestais, o<br />
estresse hídrico e o estresse térmico relacionado<br />
às altas temperaturas (acima de 36°C) (Silva et al.,<br />
2020).<br />
Apesar da Floresta Amazônica ser reconhecida<br />
como a maior reserva tropical da terra, para que<br />
esta região prospere, é imprescindível que haja<br />
o equilíbrio entre a exploração e a preservação<br />
dos recursos florestais. Dentro deste contexto, a<br />
inserção de plantios comerciais são estratégias<br />
viáveis frente à demanda mundial por produtos e<br />
serviços de bases florestais.<br />
O Estado do Acre faz parte da Amazônia Legal,<br />
contando com uma superfície territorial de<br />
164.123,9 km² e possui a cidade de Rio Branco<br />
como capital, que possui o clima é equatorial<br />
quente e úmido, baseada no sistema de Köppen é<br />
do tipo Am, caracterizado por altas temperaturas,<br />
estação chuvosa e estação seca definidas e alta<br />
umidade relativa do ar (Acre, 2010). Incluindo as<br />
transições, a estação chuvosa ocorre de outubro a<br />
maio e a estação seca de junho a setembro (Sousa,<br />
2020).<br />
Dentro deste contexto,<br />
a inserção de plantios<br />
comerciais são estratégias<br />
viáveis frente à demanda<br />
mundial por produtos e<br />
serviços de bases florestais<br />
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evitar danos ao trato;<br />
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E TESTES<br />
SÃO JOSÉ DO CERRITO - SC<br />
Localidade de Bom Jesus
PESQUISA<br />
Segundo Siviero et al. (2019), no Acre, os plantios<br />
comerciais ainda são insipientes, caracterizando-se<br />
pela ocorrência de pequenos plantios-teste,<br />
instalados em 2012 por empresas de reflorestamento<br />
e alguns produtores, visando à seleção<br />
de material genético para uso em futuros povoamentos<br />
florestais. Esses plantios podem ampliar a<br />
capacidade econômica da região, além de auxiliar<br />
na diminuição do desmatamento florestal.<br />
Com isso, conhecer os efeitos dos fatores climáticos<br />
que afetam o estabelecimento de diferentes<br />
procedências de eucalipto e suas implicações<br />
está relacionada ao sucesso ou fracasso da produção<br />
florestal (Tatagiba et al., 2016).<br />
Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi<br />
avaliar o desempenho fotossintético e as trocas<br />
gasosas de seis espécies e híbridos de eucalipto,<br />
na fase inicial de desenvolvimento, sob deficiência<br />
hídrica.<br />
Esses plantios podem<br />
ampliar a capacidade<br />
econômica da região, além<br />
de auxiliar na diminuição do<br />
desmatamento florestal<br />
84 www.referenciaflorestal.com.br
MATERIAL E MÉTODOS<br />
O estudo foi realizado no Campus Rio Branco<br />
da UFAC, localizado na região norte do Brasil, inserido<br />
no bioma Amazônico (Acre, 2010). Segundo<br />
a classificação de Koeppen o clima é equatorial<br />
quente e úmido do tipo Am com período seco<br />
anual de 3 meses.<br />
Os genótipos utilizados para realização deste<br />
experimento foram preparados a partir de sementes<br />
do gênero Eucalyptus obtidas junto ao IPEF<br />
(Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais). Estes<br />
genótipos foram escolhidos seguindo sugestões<br />
de Ferreira e Silva (2004), que recomendam o<br />
plantio de algumas espécies de eucalipto para a<br />
região amazônica com base em dados climáticos<br />
e comportamento dessas espécies em situações<br />
edafoclimáticas semelhantes, e de Flores et. al<br />
(2016), que relatam de forma detalhada as 47 espécies<br />
de eucalipto mais cultivadas no Brasil e as<br />
recomendam conforme as necessidades climáticas<br />
de cada espécie na forma de gráficos, tabelas e<br />
mapas.<br />
As sementes dos 6 genótipos de eucalipto<br />
foram pré-germinadas em sementeiras e acondicionadas<br />
em casa de sombra com sombrite de<br />
50%, sendo que as primeiras plantas germinaram<br />
após 15 dias. A repicagem para a unidade experimental<br />
ocorreu 25 dias após as primeiras plantas<br />
germinarem nas sementeiras. Para isso, utilizou-se<br />
vasos plásticos com capacidade de 8 litros, sendo<br />
uma planta por vaso e o substrato utilizado foi<br />
uma mistura de terra vegetal comercial, da marca<br />
Garden Plus e areia lavada, na proporção 1:1 (v/v),<br />
contendo 7 kg por vaso. Para reduzir a evapotranspiração<br />
e evitar o desenvolvimento de algas,<br />
todas as unidades experimentais tiveram os vasos<br />
cobertos com lona plástica.<br />
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para a indústria interagir, compartilhar insights<br />
e fornecer inovações que promoverão condições de<br />
negócios positivas e práticas inovadoras. Será uma<br />
experiência incrível fazer parte de toda essa emoção<br />
e ver a indústria se reunir para formar conexões<br />
reais, descobrir leads significativos e obter acesso as<br />
lideranças do setor.<br />
Imagem: reprodução<br />
NOVEMBRO<br />
2023<br />
Evian Summit<br />
Data: 25<br />
Local: Evian (França)<br />
Informações: https://www.eviansummit.com/<br />
Woodex Moscow<br />
Data: 28 a 1/12<br />
Local: Moscou (Rússia)<br />
Informações: https://woodexpo.ru/en/<br />
NOVEMBRO<br />
2023<br />
SET<br />
2024<br />
LIGNUM 2024<br />
A Lignum Latin America é uma feira focada na<br />
transformação, beneficiamento, preservação, energia,<br />
biomassa, uso da madeira e manejo florestal. A cada<br />
edição apresenta soluções, lançamentos e tendências<br />
para o setor industrial madeireiro e florestal de forma<br />
estática e dinâmica. Na quarta edição, realizada em 2022,<br />
a Lignum Latin America reuniu 120 expositores e 8.298<br />
visitantes altamente qualificados, gerando vendas e<br />
prospecções. A Lignum Latin America é o principal evento<br />
da SIM – Semana Internacional da Madeira. Além da<br />
exposição, a feira também oferece uma série de palestras<br />
e workshops com especialistas renomados, que podem<br />
ajudar a sua empresa a se manter atualizada sobre as<br />
últimas tendências e desafios do setor.<br />
Imagem: reprodução<br />
86 www.referenciaflorestal.com.br
AGENDA2023/2024<br />
DEZEMBRO<br />
2023<br />
ExpoSul <strong>Florestal</strong> 2023<br />
Data: 5 a 7<br />
Local: Curitibanos (SC)<br />
Informações: https://www.facebook.com/<br />
codornadaflorestal/<br />
DEZEMBRO<br />
2023<br />
ASSINE AS PRINCIPAIS<br />
REVISTAS DO SETOR<br />
E FIQUE POR DENTRO<br />
DAS NOVIDADES!<br />
Cairo Wood Show<br />
Data: 7 a 10<br />
Local: Cairo (Egito)<br />
Informações: https://www.<br />
woodshowglobal.com/global<br />
INFORMAÇÃO<br />
A ALMA DO NEGÓCIO!<br />
FLORESTAL<br />
INDUSTRIAL<br />
PRODUTOS<br />
BIOMAIS<br />
SETEMBRO<br />
2024<br />
CELULOSE<br />
Lignum<br />
Data: 17 a 19<br />
Local: Curitiba (Paraná)<br />
Informações: https://lignumlatinamerica.<br />
com/<br />
LIGUE AGORA PARA NOSSA<br />
CENTRAL DE ATENDIMENTO<br />
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Novembro 2023<br />
87
Foto: divulgação<br />
ESPAÇO ABERTO<br />
Visão<br />
COMPLETA<br />
Por Gilberto Dick,<br />
é formado em administração e pósgraduado<br />
em gestão da produção pela<br />
UNOCHAPECÒ (Universidade Comunitária<br />
da Região de Chapecó) e atua como<br />
diretor de Operações do grupo Soma<br />
Solution, há 4 anos.<br />
Gestão de rastreabilidade<br />
garante qualidade na<br />
indústria<br />
E<br />
stamos vivendo a quarta revolução industrial, conhecida<br />
como a Internet das Coisas ou a Industria 4.0. Ela traz uma<br />
série de avanços para dentro da indústria, entre eles, o<br />
conceito de fábricas inteligentes. Isso não trouxe vantagens<br />
somente para o processo de fabricação em si, mas, principalmente,<br />
para o controle de qualidade dos produtos.<br />
Temos à disposição novas ferramentas que tornam possível a implantação<br />
de sistemas inteligentes de controle de qualidade e rastreabilidade<br />
nas indústrias. O processo consiste na instalação de máquinas (hardware)<br />
e ferramentas de controle (software) nas linhas de produção.<br />
O processo digital de integração entre a informação e os equipamentos<br />
inicia pelas informações dos produtos que serão produzidos,<br />
que são enviados pelo ERP (Enterprise Resource Planning) da indústria<br />
para o software de gestão da rastreabilidade, que, por sua vez, devolve<br />
informações da produção para as codificadoras, apontando quais dados<br />
devem ser impressos na embalagem de cada produto, ou até mesmo<br />
diretamente nele. Este é o primeiro passo para a garantia da qualidade,<br />
pois a informação é precisa, sem risco de erros humanos na transcrição<br />
das informações.<br />
A partir deste momento, quando o produto está codificado, inicia-se<br />
o processo de garantia de qualidade, através da inspeção. Primeiramente,<br />
sistemas de visão avançados podem conferir a codificação realizada<br />
e enviar a informação para o software de gestão de rastreabilidade, que<br />
faz o comparativo com a informação que foi enviada à impressora, bem<br />
como, acionar um alerta em caso de codificação em inconformidade.<br />
Os sistemas de visão têm avançado rapidamente e, hoje, eles podem<br />
conferir a codificação realizada (leitura de códigos e leitura de caracteres<br />
impressos) e, também, verificar outras características dos produtos,<br />
como: se a embalagem está correta, se as dimensões correspondem ou<br />
se os números impressos são de fato os corretos. Todas essas informações<br />
coletadas podem gerar ações corretivas instantâneas e em tempo<br />
real.<br />
Os detectores de metais podem encontrar contaminantes metálicos<br />
dentro dos produtos, não importando se estão dentro ou fora da embalagem.<br />
Normalmente instalados em esteiras (para produtos sólidos, com<br />
ou sem embalagem) ou em dutos e tubos, os detectores de metais inspecionam<br />
a presença de contaminantes metálicos e são programados para<br />
tomar ações, rejeitando os produtos inconformes da linha de produção.<br />
Após todos esses processos, ainda há a oportunidade de inspecionar<br />
o peso dos produtos, que estão sendo produzidos, através de checadores<br />
de peso. Eles podem conferir se o peso dos produtos está dentro dos<br />
padrões estabelecidos individualmente, e rejeitar produtos que destoam.<br />
Além disso, muitas vezes as informações de peso geradas pelos checadores<br />
podem ser impressas na embalagem do produto.<br />
A era digital dentro da indústria tem feito um papel fundamental de<br />
construir uma relação entre as empresas e os seus consumidores, garantindo<br />
para a indústria e seus consumidores a qualidade e a confiabilidade<br />
dos produtos. Os benefícios são imensuráveis e vão desde a proteção da<br />
marca, redução de custos com recall e reprocessamentos, perdas com<br />
embalagens, logística, até eliminação de riscos à saúde e segurança. A<br />
tecnologia que nos serve garante uma indústria eficaz, mais assertiva e<br />
muito mais regular.<br />
88 www.referenciaflorestal.com.br
VEM AÍ!<br />
04 DE DEZEMBRO - CURITIBA (PR)<br />
PATROCINADORES:<br />
ASSOCIAÇÃO DO COMÉRCIO E INDÚSTRIA DE<br />
MADEIRAS E DERIVADOS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO<br />
SERRAS E FACAS INDUSTRIAIS<br />
FEIRA INTERNACIONAL DA<br />
INDÚSTRIA DE MÓVEIS E MADEIRA<br />
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revistareferencia.com.br<br />
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