12 OUTUBRO <strong>2023</strong> que pesaram na escolha foram diversos e de caráter pessoal, incluindo a sua dupla cidadania luso-brasileira, a língua, a ligação com a família no Porto e a segurança que o país lhe oferece. Portugal venceu por 4x0 nessas questões. No âmbito profissional, Bernardo percebeu que Portugal oferecia oportunidades interessantes na área da logística. Reconhece que há sete anos, quando chegou, o mercado de trabalho português enfrentava escassez de mão de obra qualificada em vários setores, incluindo a logística. "Obviamente com poucos cargos executivos, por conta da dimensão do país, mas ainda assim importantes, e grandes empresas, nacionais ou internacionais, estão cá", diz Bernardo. No entanto, a adaptação ao ritmo de trabalho em Portugal foi um desafio inicial. Notou que as empresas em Portugal tinham um ritmo de trabalho mais "desacelerado" em comparação com o Brasil. Em relação à logística, a transição foi tranquila, pois percebeu que, apesar de algumas particularidades, a área era muito semelhante em todas as empresas e países. Uma das principais diferenças que destaca, entre o setor da logística em Portugal e no Brasil, é a dimensão territorial. O Brasil, um país continental, apresenta desafios logísticos significativos devido à sua vasta extensão territorial. Portugal, por outro lado, sendo um país menor e parte da União Europeia, possui uma infraestrutura logística mais favorável, com boas estradas e portos acessíveis. Outra diferença notável, segundo o nosso interlocutor, é o ritmo de trabalho, com o Brasil a operar num ambiente e ritmo mais acelerados. "Isso, embora gere stress, oferece uma velocidade de execução maior em comparação com Portugal”. Mas Portugal também tem os seus próprios pontos fortes, como a sua infraestrutura de transporte bem estabelecida e a sua posição estratégica como um hub logístico europeu. A burocracia é um ponto de atenção, pois, apesar de estar na União Europeia, Portugal ainda enfrenta desafios burocráticos que podem retardar os processos. Em relação às tendências e inovações em logística, Bernardo Cartolano observa que a pandemia e as questões geopolíticas, como a guerra na Ucrânia e agora os conflitos em Israel e na faixa de Gaza, têm impulsionado a busca por alternativas à dependência excessiva da Ásia. Isso reflete-se na diminuição da dependência de produtos asiáticos e no aumento da demanda por produtos "made in Europe". A necessidade de reduzir custos e aumentar a eficiência está a impulsionar a adoção de tecnologia, como robôs colaborativos, e a busca por soluções internas. Quando questionado sobre o futuro da logística em Portugal, Bernardo acredita que a tecnologia desempenhará um papel fundamental. À medida que os custos aumentam, as empresas estão à procura de soluções tecnológicas para otimizar processos e reduzir gastos. A inovação e a adaptação às mudanças são cruciais para o sucesso no setor logístico em constante evolução. •
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