18 OUTUBRO <strong>2023</strong> chain da CUF Serviços, e Rui Rocha, supply chain director da Unilabs Portugal. Rúben Loureiro, diretor de aprovisionamento e logística do Hospital Distrital de Santarém E.P.E. moderou a sessão que teve como mote para a conversa aquele que foi também escolhido como tema da conferência: “Tempos de Transformação”. Durante as várias intervenções, houve um assunto transversal: a pandemia de COVID-19. Rui Rocha começou por explicar como é que a Unilabs enfrentou este desafio, nomeadamente através da constante resposta às necessidades de testagem dos portugueses, e assegurando os materiais necessários para continuar no dia seguinte. Segundo o supply chain director, estes processos de disrupção são constituídos por três fases: a primeira é a do “bombeiro”, ou seja, lidar com todos os desafios momentaneamente e tentar solucioná-los o mais rápido possível; a segunda é melhorar as operações com medidas que a médio prazo garantam eficiência; e a terceira foca-se na resiliência da supply chain. Embora tenha sentido que não foram tomadas todas as medidas necessárias, refere que é preciso ir mais além para criar uma supply chain mais resiliente, e isso deverá passar pela antecipação ou previsão de problemas para ter “a capacidade de resistir a estes fenómenos inesperados”. Por sua vez, Marcos Marques, indica que neste momento estamos a viver o “síndrome pós-covid”, e ainda que algumas lições se tenham aprendido, outras perderam-se. Atualmente, as farmácias estão perante o desafio logístico de garantir medicamentos, uma vez que se está a sentir alguma falta de stock. “No pós-covid entendemos que é essencial trabalharmos em rede para tentar antecipar as necessidades do mercado”, indica. A Nuno Flora foi imposta a pergunta “como é que a logística pode ajudar a solucionar problemas da indústria farmacêutica?”, e o responsável da ADIFA ironizou: “o que é aqui pedido é uma volta ao mundo”. Começou por falar dos desafios logísticos durante a pandemia, que passaram muito por “arriscar”, pela compra de materiais de proteção individual, pela difícil gestão no que diz respeito aos motoristas que tinham de fazer as entregas, pois muitos tinham contraído o vírus. Ainda assim, refere que “não é tanto o que nós aprendemos, mas o que a sociedade aprendeu connosco”, uma vez que “a saúde não era vista como uma infraestrutura crítica, como é agora”. No entanto, refere que neste mercado é mais importante falar de otimização do que de inovação, e esse processo passa pela automação. Desta forma, não afasta a necessidade de “mecanismos de previsibilidade” para lidar com o risco que pode impactar as cadeias de abastecimento do medicamento. Já Ricardo Bastos, afirma gostar de colocar a tecnologia no fim. Indica que ainda que a tecnologia tenha esta característica “sexy”, é preciso “ter pessoas com skills, ter uma estrutura de processos. Se não tivermos processos uniformes em todo o lado, não há informática que resista”. A previsão foi um tópico que gerou alguma discórdia. Enquanto alguns a apontaram como uma estratégia de prevenção, Ricardo Bastos contrapôs a ideia, referindo que “os doentes não estão sempre a partir as mesmas partes do corpo”, e por esse motivo, a previsibilidade torna-se difícil. É preciso meios para assegurar todas as necessidades dos doentes. Quanto à pandemia, destacou o papel dos intervenientes da linha da frente (médicos e enfermeiros), e os que estavam mesmo atrás: a logística e a área das compras. • C M Y CM MY CY CMY K
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