SCMedia News | Revista | Fevereiro 2024
A revista dos profissionais de logística e supply chain.
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<strong>Fevereiro</strong> <strong>2024</strong><br />
porque até lá temos dificuldade em fazer<br />
muito mais.<br />
Oxalá que haja também políticas sustentáveis<br />
e equilibradas entre modos<br />
de transporte, que é a situação que nos<br />
preocupa neste momento, e cujos efeitos<br />
no curto prazo levam a uma desmotivação<br />
dos clientes do uso da ferrovia para<br />
o uso da rodovia, porque os cujos custos<br />
diretos imputados na utilização da infraestrutura<br />
baixaram significativamente<br />
para a rodovia e aumentaram significativamente<br />
para a ferrovia.<br />
Como foi o caso das taxas de acesso<br />
à APS que, entretanto, já foram retiradas<br />
devido a esta pressão do setor e à<br />
desvantagem face à rodovia?<br />
Eu acho que é muito importante reconhecer<br />
aquilo que foi o diálogo, o trabalho<br />
feito e a decisão tomada pela Autoridade<br />
do Porto de Sines, e sobretudo<br />
pelo seu presidente, porque tinham toda<br />
a legitimidade de aplicar taxas que lhes<br />
permitam recuperar e pagar os gastos<br />
que têm com os investimentos do porto,<br />
uma vez que a Autoridade Portuária tem<br />
de ser autossustentável, mas, efetivamente,<br />
a incapacidade de o fazer para os<br />
dois modos gerava aqui um fator discriminatório<br />
relevante, entre a utilização da<br />
rodovia e da ferrovia. Aquilo que sempre<br />
defendemos é que não somos contra<br />
o princípio. Somos sim não favoráveis a<br />
que se faça só para um dos modos, e que<br />
não se apliquem os mesmos critérios<br />
a todos, porque aí não estaremos em efetiva<br />
igualdade concorrencial.<br />
A APS reconheceu isso, e a AMT também<br />
teve um papel importante, e eu<br />
penso que é um resultado muito positivo,<br />
que nos permite continuar a entrar<br />
no caminho da procura por competitividade<br />
do transporte ferroviário. Temos<br />
essa boa notícia, mas infelizmente a má<br />
de que, para <strong>2024</strong>, surge um aumento<br />
de 23% na taxa de uso da infraestrutura<br />
ferroviária, portanto, da portagem ferroviária.<br />
Apesar de terem havido propostas<br />
em orçamento de Estado para o conge-