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Florestal_260Web

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ENTREVISTA<br />

Pablo Ruival, presidente da AFOA, fala do desenvolvimento da silvicultura na Argentina<br />

CONEXÃO FORTE<br />

ATENDIMENTO E PRODUTOS DE QUALIDADE<br />

IMPULSIONAM INDÚSTRIA DE MANGUEIRAS<br />

STRONG<br />

CONNECTION<br />

SERVICE AND QUALITY<br />

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no mercado. Os melhores e<br />

mais robustos trituradores.<br />

Sempre estudando e<br />

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soluções de trituração para<br />

as necessidades específicas<br />

do mercado brasileiro.


SUMÁRIO<br />

MARÇO 2024<br />

52<br />

TRADIÇÃO,<br />

TECNOLOGIA<br />

E CUIDADO<br />

12 Editorial<br />

14 Cartas<br />

16 Bastidores<br />

18 Notas<br />

32 Coluna CIPEM<br />

34 Frases<br />

36 Entrevista<br />

50 Coluna<br />

52 Principal<br />

58 Carbono<br />

64 Plantio<br />

68 Manejo<br />

74 Compostagem<br />

78 Operação<br />

80 Evento<br />

82 Pesquisa<br />

86 Agenda<br />

88 Espaço Aberto<br />

58<br />

68<br />

ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />

25 Agroceres<br />

49 Algar Farming<br />

15 BKT<br />

13 Bruno<br />

17 Carrocerias Bachiega<br />

85 D’Antonio Equipamentos<br />

39 Denis Cimaf<br />

02 Dinagro<br />

35 DRV Ferramentas<br />

61 Duffatto<br />

31 Engeforest<br />

92 Envimat<br />

23 Envimat / CBI<br />

77 Envimat / Compostagem<br />

11 Envu<br />

29 Fex<br />

51 Hennings<br />

04 Himev<br />

41 J de Souza<br />

67 Lignum<br />

06 Lion Equipamentos<br />

63 Mill Indústrias<br />

71 Neutraliza<br />

47 Potenza<br />

89 Prêmio REFERÊNCIA<br />

83 Remsoft<br />

43 Rocha Facas<br />

19 Rotary-Ax<br />

08 Rotor Equipamentos<br />

90 Sparta Brasil<br />

21 Syngenta<br />

73 Tech Forestry<br />

27 Tecmater<br />

33 Vantec<br />

45 WDS Pneumática<br />

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Floresta<br />

Juntos,<br />

construímos um legado.<br />

Agora,<br />

vamos construir o futuro.<br />

Somos Envu, uma nova empresa<br />

com 50 anos de experiência<br />

Envu é uma nova visão para uma empresa com meio século de história no segmento<br />

de saúde ambiental, que detém um sólido portfólio de produtos comprovados e<br />

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Em cada uma de suas linhas de negócio, a Envu concentra seu trabalho na química e<br />

além, colaborando com os clientes para criar soluções que funcionarão hoje e no<br />

futuro.<br />

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EDITORIAL<br />

Fatores de crescimento<br />

Ao analisar uma área de plantio florestal são levadas em conta todas as<br />

variáveis que podem influenciar o desenvolvimento das mudas em árvores.<br />

Clima, solo, umidade, potencial de pragas e outros inumeráveis tópicos que dão<br />

razão à atividade dos profissionais envolvidos no processo. Da mesma forma, ao<br />

atender seus clientes, cada empresa que participa do mercado de base florestal<br />

precisa mais do que atender uma demanda, é necessário entender o que seus<br />

clientes buscam. Como diz o ditado, o remédio de um pode não funcionar no<br />

outro e por isso, analisar cada situação de forma específica garante o sentimento<br />

de dever cumprido. Produtos de qualidade, prazo de entrega, atendimento<br />

rápido e precisão são as chaves para crescer e se destacar. Nessa edição, o Leitor<br />

irá conhecer um pouco mais sobre os produtos e serviços da Hennings, empresa<br />

especializada na fabricação e venda de mangueiras e acessórios, a importância<br />

do eucalipto no mercado de carbono, as ações do poder público no fomento do<br />

carbono, as novidades do mercado de trituradores, a cobertura completa de um<br />

evento sobre formigas cortadeiras, além de uma entrevista exclusiva com Pablo<br />

Ruival, presidente da AFOA (Associação <strong>Florestal</strong> Argentina), que apresenta a<br />

realidade do país vizinho no mercado de silvicultura, além dos planos para o<br />

desenvolvimento da atividade naquele país.<br />

2<br />

1<br />

Na capa dessa edição, a<br />

Hennings, com sua linha<br />

completa de mangueiras<br />

e conexões para<br />

implementos florestais<br />

A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />

www.referenciaflorestal.com.br<br />

Ano XXVI • Nº260• Março 2024<br />

ENTREVISTA<br />

Pablo Ruival, presidente da AFOA, fala do desenvolvimento da silvicultura na Argentina<br />

CONEXÃO FORTE<br />

ATENDIMENTO E PRODUTOS DE QUALIDADE<br />

IMPULSIONAM INDÚSTRIA DE MANGUEIRAS<br />

STRONG<br />

CONNECTION<br />

SERVICE AND QUALITY<br />

PRODUCTS BOOST HOSE<br />

DISTRIBUTOR<br />

GROWTH FACTORS<br />

The analysis of a forest plantation area takes into account all the variables<br />

that can influence the development of seedlings into trees. Climate, soil,<br />

humidity, pest potential, and a myriad of other issues justify the activity of<br />

the professionals involved in this process. In the same way, when serving its<br />

customers, every company that participates in the forest-based market needs to<br />

do more than meet a demand, it is necessary to understand what its customers<br />

are looking for. As the saying goes, one’s remedy may not work for another, and<br />

therefore, analyzing each situation in a specific way ensures a sense of accomplishment.<br />

Quality products, timely delivery, fast service, and accuracy are the<br />

keys to growing and standing out. In this issue, the reader learns more about the<br />

products and services of Hennings, a company specializing in the manufacture<br />

and sale of hoses and accessories, the importance of eucalyptus in the carbon<br />

market, the actions of the government in the promotion of carbon, the news of<br />

the shredder market, full coverage of an event on leaf-cutting ants, as well as an<br />

exclusive interview with Pablo Ruival, President of the Argentine Forestry Association<br />

(AFOA), who presents the reality of the neighboring country in the forestry<br />

market and the plans for the development of the activity in that Country.<br />

EXPEDIENTE<br />

ANO XXVI - EDIÇÃO 260 - MARÇO 2024<br />

Entrevista com<br />

Pablo Ruival,<br />

presidente da<br />

AFOA<br />

Compostagem florestal<br />

3<br />

Diretor Comercial / Commercial Director<br />

Fábio Alexandre Machado<br />

fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />

Diretor Executivo / Executive Director<br />

Pedro Bartoski Jr<br />

bartoski@revistareferencia.com.br<br />

Redação / Writing<br />

Vinicius Santos<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br<br />

Colunista<br />

Cipem<br />

Gabriel Dalla Costa Berger<br />

Depto. de Criação / Graphic Design<br />

Fabiana Tokarski - Supervisão<br />

Julia Harumi<br />

criacao@revistareferencia.com.br<br />

Redes Sociais/ Social media<br />

Guilherme Leodoro<br />

Tradução / Translation<br />

John Wood Moore<br />

Depto. Comercial / Sales Departament<br />

Gerson Penkal<br />

comercial@revistareferencia.com.br<br />

fone: +55 (41) 3333-1023<br />

Depto. de Assinaturas / Subscription<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

0800 600 2038<br />

ASSINATURAS<br />

0800 600 2038<br />

Periodicidade Advertising<br />

GARANTIDA GARANTEED<br />

Veículo filiado a:<br />

A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente,<br />

dirigida aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira,<br />

instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais,<br />

ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente<br />

ligados ao segmento de base florestal. A Revista REFERÊNCIA do Setor<br />

Industrial Madeireiro não se responsabiliza por conceitos emitidos em<br />

matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais<br />

de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,<br />

armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos<br />

textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista REFERÊNCIA são<br />

terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos<br />

direitos autorais, exceto para fins didáticos.<br />

Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication<br />

directed at the producers and consumers of the good and services of the<br />

lumberz industry, research institutions, university students, governmental<br />

agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked<br />

to the forest based segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself<br />

responsible for the concepts contained in the material, articles or columns<br />

signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors,<br />

themselves. The use, reproduction, appropriation and databank storage<br />

under any form or means of the texts, photographs and other intellectual<br />

property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited<br />

without the written authorization of the holders of the authorial rights.<br />

12 www.referenciaflorestal.com.br


CARTAS<br />

A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />

MERCADO Novo picador florestal Thor combina robustez, potência, tecnologia e alta performance<br />

FORÇA E PRODUTIVIDADE<br />

CONJUNTO DE CORTE PROPORCIONA ALTO<br />

RENDIMENTO E SEGURANÇA NA OPERAÇÃO<br />

FLORESTAL<br />

Capa da Edição 259 da<br />

Revista REFERÊNCIA FLORESTAL,<br />

mês de fevereiro de 2024<br />

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ISSN 2359-4659<br />

<br />

ANO 26 Nº 259 FEVEREIRO 2024<br />

Ano XXVI • Nº259• Fevereiro 2024<br />

STRENGTH AND<br />

PRODUCTIVITY<br />

CUTTING CHAIN PROVIDES HIGH<br />

PERFORMANCE AND SAFETY IN<br />

FORESTRY OPERATIONS<br />

PRINCIPAL<br />

Por Carlos Ribeiro, Lebon Régis (SC)<br />

A mecanização da atividade florestal incentiva as empresas a fazer cada vez<br />

mais e melhor. Ótimo trabalho da Oregon para garantir mais produtividade.<br />

ENTREVISTA<br />

Por Maria Ester Gomes, São Paulo (SP)<br />

A floresta é incrível, cresce onde nós nem imaginamos. Parabéns para o<br />

pessoal de Goiás, que faz um trabalho sério onde poucos sabem o que<br />

acontece.<br />

Foto: Emanoel Caldeira<br />

TRANSPORTE<br />

Por Joaquim Almeida, Astorga (PR)<br />

Já se foi o tempo que o caminhoneiro sofria dentro do caminhão. A melhoria<br />

na qualidade e na estrutura do trabalho é um ganho para o profissional e<br />

para as empresas.<br />

Foto: divulgacão Scania<br />

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14 www.referenciaflorestal.com.br<br />

Revista Referência <strong>Florestal</strong><br />

@referenciaflorestal<br />

@revistareferencia9702<br />

E-mails, críticas e sugestões podem ser<br />

enviados também para redação<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br<br />

Mande sua opinião sobre a Revista REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

ou a respeito de reportagem produzida pelo veículo.


BASTIDORES<br />

Revista<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

CAPA<br />

A empresa Oregon Tool foi a capa da Edição<br />

de Fevereiro de 2024 da Revista REFERÊNCIA<br />

FLORESTAL. A entrega do exemplar foi realizada pelo<br />

diretor comercial da Revista, Fábio Machado, para o<br />

gerente de marketing e operações da América Latina<br />

da Oregon Tool, Jeferson Souza.<br />

EM CAMPO<br />

A Revista REFERÊNCIA FLORESTAL recebeu um<br />

convite da empresa Komatsu Forest para assistir ao<br />

jogo entre Coritiba 1x1 Athletico Paranaense, no<br />

camarote da empresa, no estádio Major Antônio<br />

Couto Pereira, em Curitiba (PR). Quem representou a<br />

Revista foi o diretor comercial Fábio Machado ao lado<br />

do marketing da Komatsu Forest, Rafael Milarch.<br />

ALTA<br />

CAFÉ E FLORESTA JUNTOS<br />

Uma pesquisa demonstrou a viabilidade econômica<br />

da restauração florestal em áreas produtoras<br />

de café, na Mata Atlântica. Publicado na revista<br />

One Earth, o estudo é assinado por pesquisadores<br />

da USP (Universidade de São Paulo) e pelo diretor-executivo<br />

da Fundação SOS Mata Atlântica,<br />

Luís Fernando Guedes Pinto. O estudo aponta,<br />

que o aumento dos serviços ecossistêmicos<br />

impulsionados pelo reflorestamento, entre eles<br />

a polinização, pode levar à maior produtividade<br />

cafeeira, compensando os custos referentes à<br />

restauração da floresta. Além disso, um valor de<br />

CO₂ de pelo menos US$ 20 por tonelada melhoraria<br />

a viabilidade financeira da restauração.<br />

MARÇO 2024<br />

TRAGÉDIA CHILENA<br />

Os incêndios que atingem a região turística<br />

costeira de Valparaíso, no centro do Chile, já<br />

deixaram pelo menos 122 mortos, número que<br />

pode aumentar à medida que os bombeiros<br />

combatem os cerca de 40 focos de fogo. O presidente<br />

Gabriel Boric afirmou que o país enfrenta<br />

uma tragédia de grande magnitude. Segundo as<br />

autoridades, centenas de pessoas continuam<br />

desaparecidas, o que faz prever que o número<br />

de mortos aumente à medida que os corpos<br />

são encontrados nas encostas e nas habitações<br />

devastadas pelas chamas.<br />

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NOTAS<br />

Atendimento<br />

facilitado<br />

A Bruno, especialista na fabricação de trituradores e picadores<br />

florestais passa a contar com um CDP (Centro de Distribuição<br />

de Peças) na cidade de Rondonópolis (MT). O novo centro chega<br />

com a proposta de expandir o mercado e suprir as necessidades<br />

dos clientes Bruno. Situada no meio-oeste de Santa Catarina,<br />

a empresa Bruno é uma das líderes no mercado e acaba de<br />

anunciar a implantação de um CDP, em Rondonópolis (MT).<br />

Estrategicamente localizado, próximo aos principais anéis viários<br />

da região, ocupa uma área de 400 m² (metros quadrados) e conta<br />

com uma área administrativa.<br />

Tendo como diretriz a satisfação do cliente, o novo espaço<br />

chega com a intenção de proporcionar uma entrega mais rápida<br />

e eficiente de peças e serviços aos nossos clientes situados na região.<br />

A Bruno se destaca pela confiabilidade, eficiência e robustez<br />

em todas as operações. Além disso, oferece serviços especializados,<br />

que atendem às necessidades específicas dos clientes. Não é<br />

a toa que a empresa ocupa uma posição de destaque no mercado,<br />

sendo reconhecida como uma marca de tradição e confiança.<br />

O diretor da Bruno, Angelo Henz, reforça o comprometimento<br />

com a entrega e satisfação. Segundo o diretor, com o novo CDP,<br />

será fortalecido o compromisso da Bruno em oferecer excelência<br />

e qualidade em todas as interações com seus clientes. “Estamos<br />

entusiasmados com esta nova fase e ansiosos para continuarmos<br />

a fornecer soluções de alta qualidade e serviço excepcional”,<br />

destacou Angelo.<br />

Fotos: divulgação Bruno<br />

18 www.referenciaflorestal.com.br


NOTAS<br />

Foto: divulgação<br />

Nova direção<br />

Foto: divulgação AMIF<br />

A presidente da AMIF (Associação Mineira de Florestas), Adriana Maugeri, foi nomeada pelo Ministro Carlos Fávaro, como a<br />

nova presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Florestas Plantadas do MAPA (Ministério da Agricultura e Pecuária). É a<br />

primeira vez que uma mulher assume este posto.<br />

Para Adriana Maugeri, essa é uma oportunidade única e estratégica para promover a necessária integração e o desenvolvimento<br />

de parcerias em prol do fortalecimento das múltiplas cadeias produtivas da agroindústria florestal brasileira. “O nosso objetivo<br />

na presidência da Câmara Setorial será ampliar e direcionar a voz e a força das cadeias produtivas do nosso setor, desenvolvendo<br />

com estratégia as necessárias alianças que compactuem com a urgente necessidade de dar amplitude ao desenvolvimento da<br />

economia verde nacional por meio do seu maior vetor na atualidade, as florestas produtivas”, destaca.<br />

Ainda de acordo com Adriana Maugeri, a nomeação no MAPA representa a conquista de credenciais frente à lideranças nacionais<br />

e internacionais que discutem questões sensíveis, como a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas e a ampliação do<br />

acesso à renda e à dignidade humana, dois produtos indiscutíveis da agroindústria florestal brasileira.<br />

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NOTAS<br />

Manejo valorizado<br />

O IFT (Instituto Floresta Tropical) iniciou em outubro de 2023 as ações de um novo projeto destinado ao fortalecimento<br />

do manejo florestal sustentável nas RESEX (Reservas Extrativistas) Arióca Pruanã e Mapuá, na região do Marajó (PA). Financiado<br />

pelo Fundo Vale, o projeto: Valorização da floresta; prevê a estruturação da produção madeireira local, a promoção de<br />

novas cadeias da sociobiodiversidade e o fortalecimento de dois planos de manejo florestal comunitários, um em cada reserva<br />

atendida pelo IFT.<br />

Em outubro de 2023 foram realizadas duas reuniões de apresentação das ações do projeto, uma no município de Breves<br />

e outra em Oeiras do Pará, com lideranças das organizações sociais desses territórios, como cooperativas, associações e grupo<br />

de manejadores, além da participação de analistas do Núcleo de Gerenciamento Integrado Breves, do ICMBio.<br />

Na RESEX Mapuá, o projeto realizou ainda uma reunião sobre comercialização de madeira, com a participação de manejadores<br />

comunitários, lideranças locais, representantes da cooperativa de produtores agroextrativistas dos rios Aramã e<br />

Mapuá (Coama), técnicos do IFT e o dono de uma empresa madeireira de São Miguel do Guamá, no nordeste paraense. No<br />

encontro, sediado na comunidade Boa Esperança, os manejadores apresentaram a dinâmica da produção madeireira na unidade<br />

de conservação e discutiram com os outros participantes sobre potencial produtivo, comercialização, logística e acesso<br />

ao mercado. A iniciativa é uma forma de aproximar os extrativistas locais com o setor comercial madeireiro e esclarecer dúvidas<br />

sobre o manejo florestal comunitário.<br />

Foto: divulgação<br />

22 www.referenciaflorestal.com.br


NOTAS<br />

Detalhes do eucalipto<br />

Uma dissertação de mestrado, desenvolvida<br />

na área experimental do Programa<br />

Cooperativo sobre Produtividade e<br />

EUCFLUX (Fluxos de Carbono e Água em<br />

Eucalyptus), do IPEF (Instituto de Pesquisas<br />

e Estudos Florestais), avaliou o uso de<br />

sensoriamento remoto na estimativa da ET<br />

(evapotranspiração) em um povoamento<br />

de eucalipto. De autoria de Luca Nunes,<br />

com orientação do professor Clayton Alcarde<br />

Alvares, da UNESP/FCA (Universidade<br />

Estadual Paulista/Faculdade de Ciências<br />

Agronômicas), o estudo acompanhou o<br />

desempenho do tradicional algoritmo sebal<br />

na área experimental do Eucflux utilizando<br />

imagens do Landsat 8, entre os anos de<br />

2014 e 2018. O professor Clayton explica<br />

que o cultivo de eucalipto, impulsionado<br />

pela crescente demanda por madeira,<br />

se destaca por sua rápida adaptação e<br />

crescimento em diversas regiões. Contudo,<br />

as variáveis climáticas, especialmente a ET,<br />

desempenham um papel crítico em seu<br />

desenvolvimento. “A ET, que abrange a<br />

soma da transpiração das plantas e a evaporação<br />

da água na superfície terrestre, é<br />

fundamental para entender espacialmente<br />

o consumo hídrico dessa cultura. Embora<br />

a medição direta da ET por meio de uma<br />

torre de fluxo seja precisa, ela é pontual e<br />

dispendiosa”, alerta o professor e esclarece<br />

que entre os métodos indiretos, o uso de<br />

sensoriamento remoto emerge como uma<br />

opção promissora e acessível para pesquisadores<br />

e gestores florestais.<br />

Sobre a dissertação de mestrado, Lucas<br />

pontua que em geral, o modelo testado<br />

apresentou uma superestimação da ET.<br />

“Embora o algoritmo seja amplamente<br />

utilizado há mais de 15 anos para estimar a<br />

evapotranspiração em plantações florestais,<br />

esse é o primeiro estudo a validar o<br />

modelo com observações de campo, sendo<br />

que novas pesquisas serão essenciais para<br />

consolidar a qualidade do modelo Sebal e<br />

determinar se ajustes paramétricos para<br />

a cultura do eucalipto são necessários”,<br />

conclui Lucas.<br />

Foto: divulgação<br />

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Qualidade<br />

Sistema de Gestão de Qualidade<br />

certificado pela ISO 9001: 2015,<br />

em desenvolvimento, produção,<br />

comercialização e serviços pós-venda.<br />

Eficiência<br />

Resultados de controle comprovado em<br />

campo e por ensaios técnicos de universidades.<br />

Precisão


NOTAS<br />

Recompensa devida<br />

Em Mazagão (AP), um modelo inovador de gestão florestal impulsiona a economia e gera empregos na região sul do<br />

Estado. O PAE (Projeto de Assentamento Agroextrativista) Maracá garante renda sustentável à comunidade por meio da<br />

Bolsa Floresta, benefício acordado entre o Governo do Estado e a iniciativa privada, que reflete o compromisso conjunto<br />

com práticas que preservam a natureza e impulsionam o desenvolvimento local.<br />

O plano de manejo florestal sustentável executado pela Associação dos Trabalhadores do Assentamento Agroextrativista<br />

do Maracá em parceria com a empresa Ecoforte Bioenergia, destina 98% dos recursos da extração da madeira para a<br />

comunidade. O valor representa R$ 1 milhão mensal na economia da região e a renda de R$ 1.058 para mais de mil famílias<br />

da região.<br />

Aliar desenvolvimento e sustentabilidade pode ser possível com boas práticas, como a do manejo, que está mudando<br />

a vida das pessoas da região. Esse é um dos passos para iniciar a transformação que pode elevar os indicadores sociais do<br />

Amapá, que já tem os maiores índices de preservação ambiental.<br />

A técnica em enfermagem, Paula Dias, de 65 anos, é uma das beneficiárias da Bolsa Floresta. O auxílio vai permitir que<br />

a moradora da comunidade Maracá realize a reforma da casa dela, além de quitar as prestações que estava devendo. “Com<br />

certeza está tendo evolução na nossa comunidade, está crescendo as coisas, as pessoas estão conseguindo comprar seus<br />

materiais de casa, como geladeira, freezer, televisão, muitas coisas que a gente não poderia comprar hoje sem essa ajuda, a<br />

gente está conseguindo. Espero que nós continuemos assim, com essa parceria, que tenho certeza de que vai dar certo para<br />

a vida de muitas pessoas, principalmente dos assentados, que é um benefício que vai alcançar a todos”, celebra Paula.<br />

Foto: divulgação<br />

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NOTAS<br />

Madeira nativa sustentável<br />

Foto: divulgação<br />

Se o Brasil atingir 20 milhões de ha (hectares) em concessão de florestas, o PIB (Produto Interno Bruto) seria aumentado em<br />

R$ 3,3 bilhões, proporcionando uma arrecadação de impostos da ordem de R$ 250 milhões, com a geração de cerca de 170 mil<br />

empregos e um valor da produção em 2030 equivalente a R$ 6,3 bilhões. A avaliação é de estudo do FNBF (Fórum Nacional das<br />

Atividades de Base <strong>Florestal</strong>), entidade criada em 1999 que congrega cerca de 3.500 empresas associadas. Conforme a entidade, o<br />

Brasil tem perto de 450 milhões de ha de florestas, o segundo país no mundo em extensão florestal. No entanto, representa apenas<br />

6% do suprimento industrial de madeira. O restante vem de floresta plantada. No Brasil, há apenas 1,4 milhão de ha em área<br />

concedida pelo Estado ou pela união. “Dentre os gargalos do setor florestal estão a falta de linha de crédito para um setor competitivo<br />

e que mantém a floresta de pé. Também existe confusão entre quem produz legalmente a madeira e os grupos criminosos que<br />

promovem o desmatamento ilegal”, destaca em comunicado o presidente do FNBF, Frank Rogieri, que em março estará à frente<br />

do evento: Madeira Sustentável - O Futuro do Mercado; uma iniciativa do FNBF e do CIPEM (Centro das Indústrias Produtoras e<br />

Exportadoras de Madeira de Mato Grosso), que ocorrerá no dia 15 de março, no Rio de Janeiro (RJ).<br />

O FNBF esclarece que a produção sustentável de madeira consiste no manejo florestal correto, realizado de forma a respeitar<br />

a legislação e garantir a preservação ambiental. No Pará, o manejo florestal gera 90 mil empregos diretos e indiretos, que atende a<br />

uma demanda anual de 6 milhões de m³ (metros cúbicos) e proporciona US$ 200 milhões em exportações, principalmente para os<br />

EUA (Estados Unidos da América) e para a Europa, em particular para França, Países Baixos e Portugal.<br />

28 www.referenciaflorestal.com.br


NOTAS<br />

Fora de época<br />

O período de proibição para exploração do manejo florestal sustentável está em vigor em Mato Grosso e segue até o<br />

dia 1º de abril. A restrição se aplica ao corte, derrubada, arraste e transporte de toras. O objetivo da medida, que começou<br />

a valer a partir do dia 1º de fevereiro, é proteger o solo do impacto da retirada de madeira, principalmente no período das<br />

chuvas.<br />

Em Mato Grosso, cerca de 6% do território é atingido pela proibição, totalizando 52 mil km2 (quilômetros quadrados)<br />

de áreas que possuem PMFS (Planos de Manejo <strong>Florestal</strong> Sustentável) autorizados pela SEMA-MT (Secretaria de Estado de<br />

Meio Ambiente de Mato Grosso). De acordo com a superintendente de Gestão <strong>Florestal</strong> da Sema (MT), Tatiana Paula Marques<br />

de Arruda, até abril só será possível emitir a guia florestal e transportar o volume e espécie das madeiras que foram<br />

estocadas na esplanada principal e cadastradas no sistema Sisflora antes do início do período proibitivo.<br />

Segundo Tatiana, respeitar essa fase de reserva da madeira é importante para manter o equilíbrio entre o desenvolvimento<br />

ambiental, o econômico e o social. A medida está prevista em resolução do Conama (Conselho Nacional de Meio<br />

Ambiente) e é regulamentada pela Câmara Técnica <strong>Florestal</strong> de Mato Grosso, por meio da resolução 10/2017, que dispõe<br />

sobre o período proibitivo de exploração florestal sob o regime de Manejo <strong>Florestal</strong> Sustentável de Baixo Impacto.<br />

Foto: divulgação<br />

30 www.referenciaflorestal.com.br


COLUNA<br />

Madeira nativa é<br />

o caminho para a<br />

descarbonização<br />

A matéria-prima<br />

proveniente dos<br />

PMFS é um vetor de<br />

desenvolvimento<br />

sustentável que<br />

abrange duas<br />

vertentes: o sequestro<br />

de carbono e a não<br />

emissão de gases de<br />

efeito estufa<br />

Manejo florestal sustentável é uma<br />

das chaves para o desenvolvimento<br />

de uma economia mais verde e<br />

sustentável<br />

Amadeira nativa, proveniente de PMFS (Planos de Manejo <strong>Florestal</strong> Sustentável),<br />

é um material resistente e versátil que continua revolucionando<br />

a construção civil mundial. Utilizada desde a antiguidade, há mais de<br />

10 mil anos, essa matéria-prima pode ser empregada em várias etapas<br />

das obras, desde aquelas em estágio temporário, até estruturas definitivas.<br />

Nas edificações, confere conforto térmico e arquitetura diferenciada. Propicia,<br />

ainda, a redução de impactos ambientais e auxilia na mitigação da crise climática por<br />

ser um material natural e renovável.<br />

Trata-se de uma solução que agrega tecnologia e sustentabilidade nas construções,<br />

após submetida a processos industriais, como por exemplo a MLC (Madeira<br />

Laminada Colada), que resulta em um sistema de alto desempenho que substitui o<br />

uso de concreto e aço em elementos como lajes, vigas, pilares, coberturas, paredes e<br />

treliças.<br />

Unindo tradição e inovação, a madeira oferece ganhos ambientais e econômicos<br />

na construção civil. O duplo benefício advém da economicidade dessa matéria-prima<br />

associada à redução do impacto ambiental com absorção de CO2 (gás carbônico), que<br />

fica capturado na própria edificação. Segundo a pesquisadora do MMA (Ministério do<br />

Meio Ambiente), Maria de Fátima Brito Lima, as edificações em madeira custam 30%<br />

menos que as obras de alvenaria.<br />

Em Mato Grosso, o incremento de 3,6 milhões de ha (hectares) de áreas de manejo<br />

florestal, até 2050, possibilitará uma redução de 1 milhão de toneladas métricas<br />

de CO2, segundo cálculos da SEMA-MT (Secretaria Estadual de Meio Ambiente de<br />

Mato Grosso). Este é um passo essencial para que o Estado alcance o objetivo de<br />

neutralizar emissões de carbono dentro deste horizonte.<br />

Carbono Neutro – Os PMFS contribuem significativamente para o sequestro de<br />

carbono e desempenham um papel crucial na proteção das florestas. A matéria-prima<br />

proveniente dos PMFS é um vetor de desenvolvimento sustentável que abrange<br />

duas vertentes: o sequestro de carbono e a não emissão de GEE (gases de efeito<br />

estufa).<br />

A fixação do carbono na estrutura da árvore contribui para o aumento de seu volume<br />

e crescimento por meio da fotossíntese, processo em que há sequestro de CO2<br />

e liberação de O2 (oxigênio) na atmosfera. Colher apenas árvores maduras nas áreas<br />

de PMFS evita quedas desordenadas das espécies arbóreas nas florestas, preservando<br />

a biodiversidade. Além disso, a árvore colhida armazena massa física de CO2.<br />

https://cipem.org.br<br />

32 www.referenciaflorestal.com.br<br />

Foto: divulgação


FRASES<br />

Foto: divulgação<br />

A confusão do desmatamento<br />

ilegal com manejo florestal<br />

sustentável leva muitos<br />

profissionais da área de<br />

arquitetura, urbanismo e<br />

engenharia a não indicarem o<br />

uso da madeira nos projetos<br />

para não contribuir com o<br />

desmatamento da Floresta<br />

Amazônica, e isso não tem<br />

nada a ver<br />

Frank Rogieri, presidente do FNBF (Fórum<br />

Nacional de Base <strong>Florestal</strong>) sobre o potencial<br />

da atividade no Brasil<br />

“A inclusão expressa da região<br />

como prioritária nas aplicações<br />

de recursos financeiros do FNMA<br />

visa atender a uma demanda<br />

urgente e estratégica para a<br />

proteção do meio ambiente<br />

brasileiro, tendo em vista as<br />

crescentes demandas por<br />

preservação ambiental e a seca,<br />

especialmente exacerbada este<br />

ano, na Amazônia”<br />

“Mato Grosso do Sul está<br />

consolidando sua posição de<br />

grande produtor de eucalipto<br />

com mais de 1,2 milhão de<br />

hectares cultivados. E mais<br />

gerando renda para inúmeras<br />

famílias!”<br />

Duda Ramos, deputado do MDB (RR), autor do<br />

projeto que prevê prioridade na aplicação dos<br />

recursos do FNMA (Fundo Nacional do Meio<br />

Ambiente) para projetos que tenham como área<br />

de atuação a Amazônia Legal<br />

Jaime Verruck, secretário de meio ambiente<br />

do Mato Grosso do Sul, sobre os programas<br />

de fomento e inclusão social no ciclo do<br />

eucalipto no Estado<br />

34 www.referenciaflorestal.com.br


PICAR EM ALTA<br />

PRODUTIVIDADE É<br />

UMA ARTE PARA POUCOS!<br />

Para obter um alto potencial<br />

produtivo em operações de<br />

picagem, além do picador<br />

robusto, você precisa de facas<br />

de alta performance e uma<br />

afiação eficaz.<br />

A DRV tem as ferramentas<br />

certas para cada<br />

operação!<br />

SERRAS E FACAS INDUSTRIAIS


ENTREVISTA<br />

Floresta<br />

ARGENTINA<br />

Forests in Argentina<br />

Foto: divulgação<br />

ENTREVISTA<br />

N<br />

o mercado sul americano, o Brasil é a grande<br />

liderança dentro do segmento florestal, sendo<br />

um dos grandes players globais nesse campo.<br />

O que poucos têm contato é com a realidade<br />

da produção florestal em outros países da América Latina,<br />

que vêem o Brasil como exemplo e as florestas plantadas<br />

como uma grande oportunidade de desenvolvimento econômico.<br />

Pablo Ruival, presidente da AFOA (Associação <strong>Florestal</strong><br />

Argentina), compartilha sua experiência, planos para o setor<br />

e o que nossos vizinhos têm feito para crescer e fortalecer<br />

sua indústria de base florestal.<br />

Pablo Ruival<br />

I<br />

n the South American market, Brazil is a major leader<br />

in the forestry segment and is one of the major global<br />

players in this field. What few people are aware of is<br />

the reality of forestry production in other Latin American<br />

countries, that see Brazil as an example and its planted<br />

forests as an excellent opportunity for economic development.<br />

Pablo Ruival, president of the Argentine Forestry Association<br />

(AFOA), shares his experience, plans for the Sector, and what<br />

our neighbors have done to grow and strengthen their forest-<br />

-based industry.<br />

ATIVIDADE/ ACTIVITY:<br />

Diretor Nacional da Arauco Argentina, ingressou na empresa<br />

em julho de 2002 como Gerente Comercial de Madeira e<br />

Painéis. Posteriormente, atuou como Gerente de Assuntos<br />

Públicos e Comerciais. Pablo é formado em Administração<br />

de Empresas, pela Universidade Católica da Argentina.<br />

The National Director of Arauco Argentina, joined the<br />

Company in July 2002 as Sales Manager for Wood and<br />

Panels. Subsequently, he served as Public and Sales Affairs<br />

Manager. Ruival holds a degree in Business Administration<br />

from the Catholic University of Argentina.<br />

36 www.referenciaflorestal.com.br


Qual é a situação atual do setor florestal argentino?<br />

O setor florestal e silvo-industrial é muito importante no país,<br />

embora esteja longe do seu potencial e tenha ficado aquém do<br />

crescimento que teve nos países vizinhos. Temos novas expectativas<br />

de que isso possa ser revertido. Para dar dimensão ao setor,<br />

as províncias reconheceram uma área de cerca de 55 milhões de<br />

ha (hectares) de florestas nativas no planejamento realizado no<br />

âmbito da lei 26.331. Por outro lado, a indústria de base florestal<br />

fornece 95% da madeira de plantações florestais. Neste sentido,<br />

1,3 milhões de ha foram reflorestados com pinus, eucaliptos e<br />

salicáceas, majoritariamente na Mesopotâmia e no Delta, 55%<br />

deles certificados com selos de gestão sustentável reconhecidos<br />

internacionalmente. O valor acrescentado da madeira florestal<br />

inclui a produção de pasta e papel; madeira e tábuas para habitação<br />

e móveis; energia elétrica e térmica e diversos produtos<br />

químicos. Com 13 mil produtores florestais e mais de 6 mil empresas,<br />

a indústria florestal emprega direta e formalmente cerca<br />

de 100 mil pessoas e exporta cerca de US$ 700 milhões anualmente.<br />

Historicamente, apresenta saldo comercial negativo, principalmente<br />

devido à importação de papel.<br />

>> Como se interessou por florestas?<br />

Desde que ingressei na Arauco Argentina em 2002, conheci um<br />

setor comprometido com a gestão, gerando processos e modelos<br />

de trabalho integradores ao longo de todo o ciclo produtivo na<br />

busca constante pela melhoria. Além disso, o fato de trabalhar<br />

em uma empresa que tem a sustentabilidade como núcleo do<br />

seu negócio - com a convicção de que o setor florestal e silvo-<br />

-industrial pode dar respostas à agenda mais importante para o<br />

futuro imediato: colaborar para mitigar as alterações climáticas e<br />

proporcionar opções de desenvolvimento sustentável -, faz com<br />

que meu compromisso cresça e se expanda dia a dia. Através<br />

do trabalho na Arauco, que é uma empresa que tem todo o seu<br />

patrimônio florestal Certificado para Gestão Sustentável com os<br />

dois mais reconhecidos selos internacionais (FSC e PEFC), que<br />

seguem elevados padrões de gestão ambiental em suas operações<br />

e gerando processos de economia circular, pude também<br />

expandir os meus conhecimentos para outras áreas de gestão,<br />

especialmente em diversas entidades como a AFOA e outros protagonistas<br />

do setor.<br />

>> Como foi sua trajetória dentro da associação?<br />

Profundamente ligado ao setor, também sou presidente do CER-<br />

FOAR – PEFC Argentina representando a AFOA. O PEFC trabalha<br />

para proteger as florestas e os ecossistemas florestais, além de<br />

promover a gestão florestal sustentável através de certificações,<br />

considerando uma perspectiva social e local que gera benefícios<br />

para todos. Na AFOA ocupei especialmente vários cargos no<br />

conselho de administração, até ano passado, altura em que fui<br />

nomeado Presidente até 2025.<br />

>> Poucos anos antes, a AFOA cumpriu um papel importante<br />

para dar maior segurança jurídica ao setor. Considera uma das<br />

vitórias mais marcantes para o segmento?<br />

Sim, foi um dos acontecimentos mais marcantes da história.<br />

Foi em 2004, quando assinei um acordo com o Ministério do<br />

Trabalho, Emprego e Segurança Social - ainda em vigor - pelo<br />

What is the current situation in the Argentine Forest-based<br />

Sector?<br />

The Forest-based Sector is very important in the Country,<br />

although it is far from achieving its potential and has fallen<br />

short of the growth it has had in neighboring countries. We<br />

have new expectations that this can be reversed. To give<br />

dimension to the Sector, the Provinces recognized an area of<br />

about 55 million ha as native forests in the planning carried<br />

out under Law 26.331. On the other hand, the forest-based<br />

industry provides 95% of the wood from forest plantations.<br />

In this regard, 1.3 million ha have been reforested with pine,<br />

eucalyptus, and salicaceous species, mainly in Mesopotamia<br />

and the Delta, 55% of them certified with internationally recognized<br />

Sustainable Management seals. The added value of<br />

forest wood includes pulp and paper production, sawn wood<br />

for housing and furniture, electrical and thermal energy, and<br />

various chemicals. With 13 thousand forest producers and<br />

more than six thousand companies, the forest-based industry<br />

directly and formally employs about a hundred thousand people<br />

and exports about US$ 700 million annually. Historically, it<br />

has a negative trade balance, mainly due to paper imports.<br />

How did you become interested in forests?<br />

Since I joined Arauco Argentina in 2002, I have met a Sector<br />

committed to Management, generating integrative processes<br />

and work models throughout the entire production cycle in<br />

the constant search for improvement. In addition, the fact<br />

that I work in a Company that has sustainability as the core of<br />

its business - with the conviction that the Forest-based Sector<br />

can respond to the most critical agenda for the immediate<br />

future, collaborating to mitigate climate change and providing<br />

sustainable development options - makes my commitment<br />

grow and expand day by day. Through my work at Arauco, a<br />

company that has all its forest assets Certified for Sustainable<br />

Management with the two most recognized international<br />

seals (FSC and PEFC), which follow high standards of environmental<br />

management in their operations and generating<br />

circular economy processes, I was also able to expand my<br />

knowledge to other areas of management, especially in various<br />

entities such as AFOA and other players in the Sectors.<br />

What has been your path within the Association?<br />

Deeply connected to the Sectors, I am also President of<br />

CERFOAR – PEFC Argentina representing AFOA. PEFC works<br />

to protect forests and forest ecosystems, as well as promote<br />

sustainable forest management through certification, considering<br />

a social and local perspective that generates benefits for<br />

all. At AFOA, I held various positions on the Board of Directors<br />

until last year, when I was appointed Chairman until 2025.<br />

A few years ago, AFOA played an important role in providing<br />

greater legal certainty to the Forest-based Sector. Do<br />

you consider it one of the most remarkable victories for the<br />

Sector?<br />

Yes, it was one of the most remarkable events in its history. It<br />

was in 2004 when it signed an agreement with the Ministry<br />

of Labor, Employment, and Social Security - still in force - by<br />

Março 2024<br />

37


ENTREVISTA<br />

qual a AFOA, em colaboração com a UATRE, foi designada como:<br />

Organismo Certificador de Trabalhadores Florestais. Uma tarefa<br />

que ambas as entidades realizam atualmente em todo o país de<br />

forma incessante, na qual já foram avaliadas e certificadas mais<br />

de 7 mil pessoas por competências, dando maior segurança e<br />

empregabilidade aos trabalhadores do setor. A favor da sustentabilidade,<br />

destacam-se a colaboração no desenvolvimento do<br />

sistema argentino de certificação florestal para a gestão sustentável<br />

(CERFOAR) e o apoio à criação do escritório nacional do<br />

sistema de certificação florestal FSC. Mas não é só isso, desde<br />

1946, a AFOA tem participado ativamente em todos os espaços<br />

de diálogo público-privado, tanto a nível nacional como provincial,<br />

representando o setor florestal. Atualmente faz parte do<br />

CONFIAR (Conselho <strong>Florestal</strong>-Industrial Argentino), que reúne as<br />

entidades representativas da cadeia de valor florestal-industrial,<br />

aquelas que participaram da elaboração do Plano Estratégico<br />

<strong>Florestal</strong>-Industrial 2030, juntamente com representantes do<br />

setor público e entidades da sociedade civil, o que marca o trabalho<br />

a ser realizado nos próximos anos (disponível em http://<br />

www.AFOA.org.ar/web/PublicacionForestales-11Dic2019.pdf).<br />

No referido contexto, a primeira preocupação é aumentar as taxas<br />

de plantação florestal e enriquecimento de florestas nativas<br />

para cumprir o objetivo de atingir 2 milhões de ha até 2030. Este<br />

tem sido o compromisso do país no Acordo de Paris e o objetivo<br />

estabelecido no Plano Estratégico <strong>Florestal</strong>-Industrial 2030. Isto<br />

implica aumentar a atual taxa de reflorestamento de cerca de 35<br />

mil ha (menos que a taxa de substituição) para cerca de 100 mil<br />

ha anualmente durante os próximos 10 anos.<br />

>> O que mais a AFOA inclui em sua agenda?<br />

Inclui, além da promoção florestal, a promoção da pecuária florestal<br />

com modelos que melhorem a produtividade, o bem-estar<br />

animal e permitam a produção de carne neutra em carbono;<br />

uma forte aposta nos trabalhadores florestais, promovendo a<br />

certificação de competências e a formação contínua com programas<br />

específicos com o MTEySS; apoio à certificação florestal para<br />

a gestão sustentável, como ferramenta fundamental para a sustentabilidade<br />

e possibilidades de exportação e, em particular, o<br />

acompanhamento do Plano Estratégico 2030. Para tal, as associações<br />

representativas desta cadeia de valor (AFOA, AFCP, FAIMA,<br />

ASORA e SRA) se uniram no CONFIAR e trabalham juntas.<br />

>> Quais as principais diretrizes do plano florestal e industrial<br />

2030?<br />

Este Plano Estratégico <strong>Florestal</strong> e <strong>Florestal</strong>-Industrial Argentina<br />

2030 é um marco histórico para o setor, produto da articulação<br />

alcançada entre o setor público, a sociedade civil e o setor privado<br />

no contexto da Mesa Redonda de Competitividade <strong>Florestal</strong>-<br />

-Industrial (que retornará em breve a se encontrar). Seus objetivos<br />

incluem conservar e valorizar as florestas nativas; aumentar<br />

a área de florestas cultivadas para 2 milhões de ha, conseguir<br />

investimentos de US$ 7 bilhões em indústrias da cadeia de valor:<br />

biorrefinarias; papéis; construção com madeira; energia; móveis<br />

com uma importante agenda de inovação ali estabelecida. Isto<br />

geraria quase 187 mil novos empregos e reverteria o histórico<br />

déficit comercial do setor graças à exportação de mais de US$<br />

2,5 bilhões. Estes objetivos são especialmente importantes<br />

which AFOA, in collaboration with UATRE, was designated<br />

as the Certification Body for Forestry Workers. This is a task<br />

that both entities currently carry out throughout the Country<br />

incessantly, and more than seven thousand workers have<br />

already been evaluated and certified for skills, giving greater<br />

security and employability to workers in the forestry segment.<br />

In favor of sustainability, we highlight the collaboration in the<br />

development of the Argentine forest certification system for<br />

sustainable management (CERFOAR) and the support for the<br />

creation of the national office of the FSC forest certification<br />

system. Not only that, since 1946, AFOA has actively participated<br />

in all public-private dialogue spaces, both at national<br />

and provincial levels, representing the Forest-based Sector.<br />

It is currently part of the Argentine Forest-Industrial Council<br />

(CONFIAR), which brings together the representative entities<br />

of the forest product value chain, those that participated in<br />

the preparation of the Forest-Industrial Strategic Plan 2030,<br />

together with representatives of the Public Sector and Civil<br />

Society entities, which marks the work to be carried out in the<br />

coming years (available on http://www.AFOA.org.ar/web/<br />

PublicacionForestales-11Dic2019.pdf.) In this context, the first<br />

concern is to increase forest planting rates and enrichment of<br />

native forests to meet the goal of reaching two million ha by<br />

2030. This has been the Country’s commitment to the Paris<br />

Agreement and the objective set out in the strategic plan,<br />

Forest-Industrial Plan 2030. This entails increasing the current<br />

reforestation rate from about 35 thousand (less than the replacement<br />

rate) to about one hundred thousand ha annually<br />

over the next ten years.<br />

What else does AFOA have on its agenda?<br />

Included, in addition to the promotion of forestry, are the<br />

promotion of forest livestock with models that improve<br />

productivity and animal welfare and promote the production<br />

of carbon-neutral meat; a strong focus on forestry workers,<br />

promoting the certification of skills and continuous training<br />

with specific programs such as MTEySS; support for forest certification<br />

for Sustainable Management, as a fundamental tool<br />

for sustainability and export possibilities and, in particular,<br />

the monitoring of the 2030 Strategic Plan. To this end, the associations<br />

representing this value chain (AFOA, AFCP, FAIMA,<br />

ASORA, and SRA) have joined CONFI and work together.<br />

What are the main guidelines of the 2030 forest-based plan?<br />

This Argentine Forest-based Strategic Plan 2030 is a historic<br />

milestone for the Sector, the product of the articulation<br />

achieved between the Public Sector, Civil Society, and the<br />

Private Sector in the context of the Roundtable on Forest<br />

Product Competitiveness (which will meet again shortly). Its<br />

objectives include conserving and enhancing native forests,<br />

increasing the area of planted forests to two million hectares,<br />

achieve investments of US$ 7 billion in industries in the value<br />

chain: biorefineries, paper making, construction with wood,<br />

and energy, with an important innovation agenda established<br />

there. This would generate almost 187 thousand new jobs<br />

and reverse the Sector’s historic trade deficit thanks to exports<br />

of more than US$ 2.5 billion. These goals are especially<br />

38 www.referenciaflorestal.com.br


produção<br />

nacional<br />

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ENTREVISTA<br />

How has the Country’s economic situation influenced forest<br />

production?<br />

Argentina has numerous comparative advantages for forest<br />

production. Regarding forest plantations, about one million ha<br />

(80% of the total) are in Mesopotamia and the Delta, which<br />

is one of the most productive regions in the world for species<br />

such as Pine, Eucalyptus, and Salicaceae. Expansion possiquando<br />

a agenda internacional dá prioridade à mitigação das<br />

alterações climáticas e à descarbonização da economia. O setor<br />

florestal e florestal industrial pode ser uma fonte de crescimento<br />

econômico em uma base renovável e de baixa intensidade carbônica.<br />

É um dos setores com maior capacidade para aumentar o<br />

desenvolvimento regional de forma sustentável, proporcionando<br />

empregos tanto nas zonas rurais como nas urbanas.<br />

>> A associação oferece cursos ou treinamentos para seus associados?<br />

A entidade organiza diversos seminários gratuitos sobre diversos<br />

temas ligados à atividade florestal e florestal industrial. Nos últimos<br />

anos, vários temas têm sido desenvolvidos, em uma média<br />

de 3 ou 4 seminários por ano, incluindo: estimativa da oferta disponível<br />

de madeira nas regiões da Mesopotâmia Argentina (províncias<br />

do nordeste Argentino); exportações e cadeias produtivas<br />

livres de desmatamento; experiências de certificação no grupo<br />

PEFC (Sistema de certificações florestais) argentina; sistemas<br />

florestais e carne de baixo e neutro carbono; e a chave para controlar<br />

os incêndios florestais e rurais. Como um de seus eventos<br />

mais importantes, organiza o Congresso <strong>Florestal</strong> Argentino, que<br />

em sua quinta edição, foi realizado em conjunto com o VIII CON-<br />

FLAT (Congresso <strong>Florestal</strong> Latino-americano) em março de 2023<br />

na cidade de Mendoza, capital da província de Mendoza.<br />

>> Qual a importância do congresso florestal para promover a<br />

atividade na Argentina?<br />

O Congresso <strong>Florestal</strong> de 2023 teve como fio condutor conceitual:<br />

o papel vital da floresta em tempos complexos e de<br />

mudança. Foi um evento muito concorrido, com mais de 1.000<br />

participantes de diversos atores do setor em um espaço onde foram<br />

analisados os desafios econômicos, ambientais e sociais que<br />

a atividade enfrenta hoje. Contou com oradores internacionais<br />

com grande experiência, empresas, universidades, entidades de<br />

diversas áreas, governos nacionais e provinciais, além de outros<br />

stakeholders. Mais de 200 trabalhos de pesquisa foram apresentados.<br />

O encontro, organizado pela Universidade Nacional de<br />

Cuyo, CONICET (Conselho nacional de pesquisa científica e técnicas),<br />

INTA (Instituto Nacional de Tecnologia Argentina), AFOA e<br />

com o apoio do governo da Província de Mendoza, do CFI (Conselho<br />

Federal de Investimentos), do Ministério de Ciência e Tecnologia,<br />

entre diversas entidades públicas e privadas, baseou-se<br />

em cinco eixos temáticos fundamentais: alterações climáticas,<br />

ecologia, biodiversidade e genética florestal, sustentabilidade<br />

social e educação florestal, biometria, silvicultura e inovação<br />

produtiva e competitividade econômica. Informações completas<br />

sobre as apresentações e trabalhos de pesquisa apresentados<br />

podem ser vistas em https://congresoforestal2023.org.ar<br />

>> Como a situação econômica do país influenciou a produção<br />

florestal?<br />

A Argentina tem inúmeras vantagens comparativas para a produção<br />

florestal. Em relação às plantações florestais, cerca de 1<br />

milhão de ha (80% do total) estão na Mesopotâmia e no Delta,<br />

que é uma das regiões mais produtivas do mundo para espécies<br />

como pinus, eucalipto e salicáceas. As possibilidades de<br />

expansão são muito importantes. Um estudo realizado pela FAO<br />

important when the international agenda prioritizes climate<br />

change mitigation and the decarbonization of the economy.<br />

The Forest-based Sector can be a source of economic growth<br />

on a renewable and low-carbon basis. It is one of the sectors<br />

with the greatest capacity to increase regional development<br />

sustainably, providing jobs in both rural and urban areas.<br />

Does the Association offer seminars and training courses for<br />

its members?<br />

The Association organizes several free seminars on various<br />

topics related to forestry and forest product activity. In recent<br />

years, several themes have been developed, on an average<br />

of three or four seminars per year, including estimation of<br />

the available supply of timber in the Argentine Mesopotamia<br />

Regions (Provinces of Northeastern Argentina); deforestation-free<br />

exports and production chains; certification<br />

experiences in the Argentine Forest Certification System<br />

(PEFC) group; low- and carbon-neutral forestry and meat<br />

systems; and the key to controlling forest and rural fires. As<br />

one of its most important events, it organizes the Argentine<br />

Forest-based Congress, which, in its fifth event, was held in<br />

conjunction with the VIIIth Latin American Forest-based Congress<br />

(CONFLAT) in March 2023 in the city of Mendoza, capital<br />

of the Province of Mendoza.<br />

What is the importance of Congress in promoting the activity<br />

in Argentina?<br />

The 2023 Congress had as its conceptual theme: The vital role<br />

of the forest in complex and changing times. It was a very<br />

popular event, with more than a thousand participants from<br />

various professionals in the Sectors. It was a space where<br />

the economic, environmental, and social challenges that the<br />

activity faces today were analyzed. It featured international<br />

speakers with much experience, companies, universities, entities<br />

from various areas, national and provincial governments,<br />

and other stakeholders. More than two hundred research<br />

papers were submitted. The meeting, organized by the National<br />

University of Cuyo, the National Council for Scientific<br />

and Technical Research (CONICET), the National Institute of<br />

Argentine Technology (INTA), and AFOA, and with the support<br />

of the government of the Province of Mendoza, the Federal<br />

Investment Council (CFI), and the Ministry of Science and<br />

Technology, among several public and private entities, It was<br />

based on five key thematic axes: climate change, ecology,<br />

forest biodiversity and genetics, social sustainability and forest<br />

education, biometrics, forestry and productive innovation<br />

and economic competitiveness. Full information about the<br />

presentations and research papers presented can be found at<br />

https://congresoforestal2023.org.ar.<br />

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•Maior vida útil da corrente e do rebolo;<br />

•Afiação consistente;<br />

•Fácil de operar e ajustar;<br />

•Economia de tempo e dinheiro;<br />

•Fabricado nos EUA.


ENTREVISTA<br />

(Divisão da ONU dedicada a produção agrícola e alimentação<br />

- 2020) no âmbito de biomassa, para avaliar o potencial de plantações<br />

para energia madeireira na Argentina, detectou quase<br />

15 milhões de ha potencialmente adequados para plantações<br />

florestais em todo o país. Esta estimativa não incluiu solos utilizados<br />

na agricultura ou áreas consideradas no planejamento de<br />

florestas nativas. A esta área podemos somar outros estudos realizados<br />

pelo INTA para espécies de alto valor, como o Toona (que<br />

substitui o cedro), que identifica cerca de 2 milhões de ha de<br />

alta e média aptidão para esta espécie na área de Salta e Jujuy,<br />

bem como os interessantes avanços genéticos que estão sendo<br />

alcançados para o plantio de quebracho e alfarroba na região do<br />

Gran Chaco.<br />

>> Quais vantagens o segmento florestal argentino oferece para<br />

o mercado?<br />

As vantagens competitivas para o setor florestal-industrial incluem:<br />

ótimas condições naturais: a Argentina possui áreas de<br />

alta produtividade florestal que permitem turnos de corte de 9 a<br />

15 anos em média (nos países nórdicos é de 30 a 45 anos) e solos<br />

adequados que não competem com a agricultura ou áreas de<br />

florestas nativas; Demanda interna significativa: a Argentina tem<br />

uma balança comercial negativa no papel, um déficit habitacional<br />

que pode ser resolvido com a construção em madeira, a possibilidade<br />

de expansão da produção de móveis e o uso de energia<br />

renovável na forma de chips e pellets, bem como capacidade<br />

tecnológica para inovação em biomateriais; Crescente procura<br />

internacional de produtos derivados da madeira: este é o caso<br />

tanto dos produtos tradicionais (celulose, determinados papéis,<br />

mobiliário) como das novas aplicações na construção com madeira<br />

e biomateriais, impulsionadas pela sua capacidade de substituir<br />

produtos não renováveis associados a elevadas emissões<br />

de GEE (gases de efeito estufa), como plásticos, cimento, tijolos<br />

e combustíveis fósseis; Capacidades científico-tecnológicas qualificadas:<br />

estão presentes nas principais regiões do país (recursos<br />

humanos, institutos, cursos universitários, observatórios, redes);<br />

e conhecimento e mapeamento abrangente do território: o que<br />

permite identificar e preservar ambientes críticos e a biodiversidade.<br />

>> Existem políticas públicas para promover o reflorestamento?<br />

As plantações florestais são promovidas pela lei 25.080 de promoção<br />

de investimentos em florestas cultivadas, que foi prorrogada<br />

até 2029. Esta Lei prevê estabilidade fiscal, benefícios fiscais<br />

e uma contribuição econômica não reembolsável (AENR) que<br />

cobre parte do custo do plantio, poda e desbaste. Os períodos<br />

entre a plantação e a colheita – cerca de 16 anos – reduzem os<br />

incentivos à silvicultura comercial, o que tem justificado o seu<br />

apoio em todo o mundo até que, pelo menos, sejam desenvolvidos<br />

investimentos industriais em valor acrescentado que<br />

promovam as plantações florestais e fechem um círculo virtuoso.<br />

Infelizmente, o financiamento da promoção tem estado sujeito<br />

às crises financeiras do país. O pagamento das contribuições tem<br />

sido feito com atraso (em média mais de 4 anos após o plantio).<br />

Por outro lado, os grandes investimentos florestais-industriais<br />

necessários para atender à demanda global dos últimos 20 anos<br />

foram feitos no Brasil, no Uruguai e no Chile e não chegaram à<br />

bilities are very important. A study carried out by FAO (UN<br />

Division dedicated to Agricultural Production and Food - 2020)<br />

in the field of biomass, to assess the potential of plantations<br />

for timber energy in Argentina, detected almost 15 million ha<br />

potentially suitable for forest plantations across the Country.<br />

This estimate did not include land used in agriculture or areas<br />

considered in the planning of native forests. To this area, we<br />

can add other areas included in studies carried out by INTA<br />

for high-value species, such as Toona (which replaces cedar),<br />

which identifies about two million ha of high and medium<br />

aptitude for this species in the Salta and Jujuy area, as well<br />

as the interesting genetic advances that are being achieved<br />

for the planting of Quebracho and Carob in the Gran Chaco<br />

Region.<br />

What advantages does the Argentine Forest-based Sector<br />

offer to the market?<br />

Competitive advantages for the Sector include optimal natural<br />

conditions. Argentina has areas of high forest productivity<br />

that allow cutting cycles of nine to 15 years on average (in<br />

the Nordic countries, it is 30 to 45 years) and suitable soils<br />

that do not compete with agriculture or native forest areas,<br />

significant domestic demand. Argentina has a negative trade<br />

balance for paper, a housing deficit that can be solved with<br />

constructions in wood, the possibility of expanding furniture<br />

production, and the use of renewable energy in the form of<br />

chips and pellets, as well as technological capacity for innovation<br />

in biomaterials. Growing international demand for woodbased<br />

products: this is the case for both traditional products<br />

(cellulose, certain papers, and furniture) and new applications<br />

in construction with wood and biomaterials, driven by their<br />

ability to replace non-renewable products associated with<br />

high Greenhouse emissions, such as plastics, cement, bricks,<br />

and fossil fuels; a qualified scientific-technological workforce,<br />

present in the main regions of the Country (human resources,<br />

institutes, university courses, observatories. networks);<br />

and comprehensive knowledge and mapping of the territory:<br />

which allows the identification and preservation of critical<br />

environments and biodiversity.<br />

Are there public policies to promote reforestation?<br />

Forest plantations are promoted by Law 25.080 for the promotion<br />

of investments in planted forests, which was extended<br />

until 2029. This Law provides for fiscal stability, tax benefits,<br />

and a non-refundable economic contribution (AENR) that<br />

covers part of the cost of planting, pruning, and thinning. The<br />

periods between planting and harvesting – about 16 years –<br />

reduce incentives for commercial forestry, which has justified<br />

its support around the world, at least, until value-added<br />

industrial investments are developed that promote forest<br />

plantations and close a virtuous circle. Unfortunately, the<br />

funding for the promotion has been subject to the Country’s<br />

financial crises. The payment of contributions has been made<br />

late (on average more than four years after planting). On the<br />

other hand, the large forest product investments needed to<br />

meet the global demand of the last 20 years have been made<br />

in Brazil, Uruguay, and Chile and have not reached Argentina.<br />

42 www.referenciaflorestal.com.br


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ENTREVISTA<br />

Argentina. A falta de investimento na agregação de valor também<br />

reduziu o incentivo para plantar.<br />

>> No Brasil vivemos uma realidade de muito preconceito com<br />

as atividades florestais na sociedade civil. Existe algo semelhante<br />

na Argentina?<br />

Sim, partilhamos de fato alguns mitos na sociedade que, apesar<br />

de solidamente demolidos pela realidade, continuam a assombrar<br />

a opinião pública. Este é um ponto preocupante e com altíssimo<br />

nível de desconhecimento por parte da sociedade argentina.<br />

Seja no que diz respeito aos níveis de reciclagem de papel e<br />

papelão, como principalmente no que diz respeito ao fato de não<br />

serem derrubadas árvores de florestas nativas para a produção<br />

de papel e celulose. Por um lado, no que diz respeito ao aspecto<br />

da reciclagem, é necessário saber que não é possível reciclar<br />

infinitamente, pois é necessário o aporte de fibras virgens incorporadas,<br />

uma vez que o reciclado se desgasta após vários ciclos<br />

de uso, o que o torna inutilizável para Indústria. Mas, além disso,<br />

é paradoxal constatar que existe uma profunda consciência sobre<br />

o quão fundamental é para o ambiente plantar árvores, mas este<br />

fato está totalmente dissociado da necessidade industrial da sua<br />

utilização, o que faz com que as opiniões sobre a utilização de<br />

árvores, por desconhecimento, sejam negativas, principalmente<br />

entre os mais jovens. A realidade é que as fábricas de pasta e<br />

papel à base de madeira têm promovido a plantação de centenas<br />

de milhares de hectares que fazem parte do patrimônio florestal<br />

do país. A Argentina possui atualmente cerca de 1,3 milhão de<br />

ha de plantações florestais, 55% delas certificadas com selos de<br />

gestão sustentável reconhecidos internacionalmente, como o<br />

FSC (Conselho de Monitoramento de Florestas) e o PEFC. A indústria<br />

florestal argentina é abastecida com 95% da madeira dessas<br />

plantações. O valor agregado inclui a produção de celulose<br />

e papel na parte de trituração, mas, além disso, são produzidas<br />

madeiras e tábuas para residências e móveis, além de energia<br />

elétrica e térmica e diversos produtos químicos. Com 13 mil produtores<br />

florestais e mais de 6 mil empresas, a indústria florestal<br />

emprega direta e formalmente cerca de 100 mil pessoas e exporta<br />

cerca de US$ 700 milhões anualmente. O setor florestal-industrial<br />

é fonte de empregos e crescimento sustentável para o país.<br />

Toda a produção de papel que utiliza madeira na Argentina é<br />

abastecida com madeira certificada para manejo sustentável ou<br />

madeira controlada auditada por selos internacionais como FSC<br />

e PEFC, incluindo cadeias de custódia até a origem. Essa madeira<br />

não provém de florestas nativas e é produzida sob princípios<br />

e critérios internacionalmente aceitos de manejo sustentável.<br />

Também é neutro em carbono e colabora com a mitigação das<br />

mudanças climáticas e pode colaborar na transição energética<br />

e produtiva para a neutralidade de carbono no país. Ou seja, o<br />

papel que usamos e consumimos, em todas as suas formas, é<br />

feito de árvores que foram plantadas especialmente para serem<br />

consumidas, da mesma forma que um tomate ou um milho - por<br />

exemplo - são plantados para posterior colheita e consumo.<br />

>> Quais são os seus principais objetivos para a associação?<br />

Desde a sua criação em 1946, a AFOA promove o desenvolvimento<br />

florestal em todo o território da República Argentina. A sua<br />

missão atual é promover o desenvolvimento da silvicultura e da<br />

The lack of investment in adding value has also reduced the<br />

incentive to plant.<br />

In Brazil, we live in a reality of prejudice against forest activities<br />

by Civil Society. Is there something similar in Argentina?<br />

Yes, we do share some myths in Society that, although solidly<br />

demolished by reality, continue to haunt public opinion. This<br />

is a worrying point, as there is a very high level of ignorance<br />

on the part of Argentine Society. Be it with regard to the recycling<br />

of paper and cardboard or especially with regard to the<br />

fact that trees from native forests are not harvested for pulp<br />

and paper production. On the one hand, with regard to the<br />

recycling aspect, it is necessary to know that it is not possible<br />

to recycle infinitely, as it is necessary to incorporate virgin<br />

fibers since the recycled pulp wears out after several cycles of<br />

use, which makes it unusable for Industry. But in addition, it<br />

is paradoxical to note that there is a deep awareness about<br />

how fundamental it is for the environment to plant trees. Still,<br />

this fact is totally dissociated from the industrial need for<br />

their use, which makes the opinions about the use of trees,<br />

due to lack of knowledge grow, negative, especially among<br />

the younger. The reality is that wood-based pulp and paper<br />

mills have promoted the planting of hundreds of thousands of<br />

hectares that are part of the Country’s forest heritage. Argentina<br />

currently has about 1.3 million ha of forest plantations,<br />

55% of which are certified with internationally recognized<br />

sustainable management seals such as the FSC and PEFC.<br />

The Argentine Forest Product Sector is supplied with 95%<br />

of its wood needs from these plantations. The added value<br />

includes the production of pulp and paper and even sawn<br />

wood for homes and furniture, as well as producing electrical<br />

and thermal energy and various chemicals. With 13 thousand<br />

forest producers and more than six thousand companies, the<br />

forest product industry directly and formally employs about<br />

one hundred thousand people and exports about US$ 700<br />

millions annually. The Sector is a source of jobs and sustainable<br />

growth for the Country. All paper production using wood<br />

in Argentina is sourced with wood certified for sustainable<br />

management or controlled wood audited by international<br />

seals such as FSC and PEFC, including chain of custody back<br />

to origin. This wood does not come from native forests but<br />

is produced under internationally accepted principles and<br />

criteria of Sustainable Management. It is also carbon neutral<br />

and collaborates with the mitigation of climate change. It<br />

can also collaborate in the energy and productive transition<br />

to carbon neutrality in the Country. That is, the paper we use<br />

and consume, in all its forms, is made of trees that have been<br />

planted especially to be consumed, in the same way, that a<br />

tomato or corn - for example - are planted for later harvesting<br />

and consumption.<br />

What are your main goals for the Association?<br />

Since its creation in 1946, AFOA has promoted forest development<br />

throughout the Argentine Republic. Its current mission<br />

is to promote the development of the forestry, forest-based<br />

services, and forest product industry in an economically competitive,<br />

socially responsible, and environmentally sustainable<br />

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ENTREVISTA<br />

indústria e dos serviços de base florestal de uma forma economicamente<br />

competitiva, socialmente responsável e ambientalmente<br />

sustentável. Para cumprir os seus objetivos, a AFOA realiza as<br />

seguintes ações: dialoga e articula ações com o Estado Nacional,<br />

autoridades provinciais, ONGs e instituições públicas e privadas,<br />

promove o conhecimento científico e técnico através da organização<br />

e participação em congressos, seminários e palestras,<br />

promove programas de treinamento e educação continuada para<br />

o trabalho, participa de fóruns internacionais, elabora e promove<br />

notas de interesse e estudos setoriais, treina e informa jornalistas<br />

e formadores de opinião, é uma fonte para funcionários públicos<br />

e legisladores, comunica e orienta a sociedade e grupos de<br />

interesse, fornece informações de interesse aos seus associados,<br />

promove o manejo sustentável de florestas nativas, promove e<br />

monitora leis e regulamentos que envolvem o setor. Além disso<br />

a AFOA é membra da Comissão Consultiva da Lei 25.080 de Promoção<br />

de Florestas Cultivadas, do Conselho Nacional de Certificação<br />

de Competências Laborais e Formação Contínua do setor,<br />

bem como dos Organismos de Certificação de Competências<br />

Laborais dos trabalhadores dos setores florestal, madeireiro e de<br />

gestão de incêndios, coordena a Rede de Consórcios de Gestão<br />

de Incêndios Florestais, participa da Mesa Redonda sobre Carbono<br />

<strong>Florestal</strong>, é membra da Associação Civil responsável pela Administração<br />

do Sistema Nacional de Certificação <strong>Florestal</strong> aprovado<br />

com o selo PEFC, participa do sistema de certificação FSC, faz<br />

parte do Conselho Consultivo INTA e é parceira e integrante do<br />

CD da RITIM (Rede de Instituições de Desenvolvimento Tecnológico<br />

da Indústria da Madeira), promovendo o fortalecimento da<br />

rede de instituições de formação contínua do setor, bem como<br />

o financiamento da formação, participando no Fórum Madeira e<br />

Móveis INET e colaborando na orientação da formação profissional,<br />

além de fazer parte do CONFIAR.<br />

>> Existe um bom relacionamento entre os produtores florestais<br />

da Argentina e do Brasil?<br />

Argentina e Brasil fazem parte de uma mesma região produtiva<br />

e estamos unidos por uma visão comum de desenvolvimento<br />

sustentável da silvicultura e promoção de investimentos. Em<br />

particular, as empresas ligadas à indústria da pasta e do papel<br />

mantêm um diálogo constante. Vários parceiros da AFOA têm<br />

investimentos no Brasil e convidamos representantes do IBÁ (Indústria<br />

Brasileira de Árvores) para diversos eventos.<br />

Como tem sido administrado o mercado de carbono no setor<br />

florestal argentino?<br />

É um ponto nevrálgico da gestão da AFOA, pois precisamente<br />

no início de 2022, fomos uma das entidades impulsionadoras da<br />

criação da MCFN (Mesa Redonda Nacional de Carbono <strong>Florestal</strong>).<br />

Os últimos registros de 2023 mostram que projetos que cobrem<br />

uma área superior a 400 mil ha estão sendo avaliados, desenvolvidos<br />

e certificados por diferentes membros da entidade, o que<br />

equivale ao dobro da área de floresta perdida em 2022, segundo<br />

o Ministério do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável<br />

da Nação. Essa área também equivale a quase 20 vezes a área da<br />

Cidade de Buenos Aires, que possui 20,3 mil ha. Se esses projetos<br />

forem implementados, permitirão a captura e prevenção de<br />

manner. To meet its objectives, AFOA carries out the following<br />

actions: dialogues and articulates actions with the National<br />

State, provincial authorities, NGOs, and public and private<br />

institutions; promotes scientific and technical knowledge<br />

through the organization and participation in congresses,<br />

seminars, and lectures; promotes training and continuing<br />

education programs for work; participates in international<br />

forums; prepares and promotes notes of interest and sectoral<br />

studies, trains and informs journalists and opinion leaders; is<br />

a source for public officials and legislators; communicates and<br />

guides society and interest groups; provides information of interest<br />

to its members; promotes the sustainable management<br />

of native forests; and promotes and monitors laws and regulations<br />

that involve the Sectors. In addition, AFOA is a member<br />

of the Advisory Committee for Law 25.080 for the Promotion<br />

of Planted Forests, the National Council for the Certification<br />

of Labor Skills and Continuous Training of the Sector, as well<br />

as the Certification Bodies of Labor Skills of workers in the<br />

forestry, timber, and fire management segments, coordinates<br />

the Network of Forest Fire Management Consortia, participates<br />

in the Roundtable on Forest Carbon; is a member of<br />

the Civil Association responsible for the Administration of the<br />

National Forest Certification System approved with the PEFC<br />

seal; participates in the FSC certification system; is part of the<br />

INTA Advisory Board, is a partner; and member of the CD of<br />

Network of Institutions for the Technological Development of<br />

the Timber Industry (RITIM), promoting the strengthening of<br />

the network of continuing education institutions in the Sector,<br />

as well as the financing of training, participates in the INET<br />

Wood and Furniture Forum, collaborating in the guidance of<br />

professional training, and is part of CONFIAR.<br />

Is there a good relationship between Argentine and Brazilian<br />

forest producers?<br />

Argentina and Brazil are part of the same productive region,<br />

and a common vision of sustainable development of the<br />

forest and promotion of investments unites us. In particular,<br />

companies involved in the Pulp and Paper Sector maintain a<br />

constant dialogue. Several AFOA partners have investments<br />

in Brazil, and we have invited representatives of the Brazilian<br />

Tree Industry (IBÁ) to various events.<br />

How has the carbon market been managed in the Argentine<br />

Forest-based Sector?<br />

It is a neuralgic point in AFOA’s management, as precisely<br />

at the beginning of 2022, we were one of the driving forces<br />

behind the creation of the National Forest Carbon Roundtable<br />

(MCFN). The latest records from 2023 show that projects covering<br />

an area of more than four hundred thousand ha are being<br />

evaluated, developed, and certified by different members<br />

of the entity, which is equivalent to double the forest area lost<br />

in 2022, according to the Ministry of Environment and Sustainable<br />

Development of the Nation. This area is also equivalent<br />

to almost 20 times the area of the City of Buenos Aires, which<br />

has 20.3 thousand hectares. If these projects are implemented,<br />

they will allow for the capture and prevention of emissions<br />

46 www.referenciaflorestal.com.br


ENTREVISTA<br />

emissões de um total de aproximadamente 50 milhões de toneladas<br />

de CO2 (gás carbônico), o que equivale a mais de 60% da<br />

meta de redução de emissões até 2030, estabelecida pela Argentina<br />

em seu Plano Nacional de Florestas e Mudanças Climáticas.<br />

Na Argentina, projetos de carbono florestal são desenvolvidos há<br />

mais de 15 anos em diferentes regiões e com diferentes tipos de<br />

abordagens, em aproximadamente 20 mil ha e com potencial de<br />

mitigação de mais de 1,6 milhão de toneladas de CO2, dos quais<br />

já foram mitigados mais de 500 mil toneladas de carbono. Os<br />

projetos de carbono florestal podem ser para evitar ou reduzir<br />

as emissões de carbono, por exemplo, conservando florestas<br />

nativas (desmatamento evitado) e melhorando a eficiência do<br />

uso produtivo da floresta ou plantação florestal (utilização melhorada),<br />

ou para capturar carbono através do desenvolvimento<br />

de plantações florestais e reflorestamento ou regeneração de<br />

florestas nativas. No âmbito do MCFN, existem atualmente projetos<br />

de carbono florestal em fase de avaliação, desenvolvimento<br />

e certificação em um total de 400 mil ha, o que permitiria capturar<br />

e prevenir emissões num total de cerca de 50 milhões de<br />

toneladas de CO2, o que é equivalente a mais de 60% da meta de<br />

redução de emissões para 2030 estabelecida pela Argentina em<br />

seu Plano Nacional para Florestas e Mudanças Climáticas para<br />

contribuir para a redução de emissões apresentada pela Argentina<br />

em sua NDC (Contribuição Nacionalmente Determinada) à<br />

Convenção-Quadro da ONU sobre Alterações Climáticas. Além<br />

disso, se na Argentina fossem desenvolvidos e certificados projetos<br />

de captura e redução de emissões em apenas 10% da área<br />

florestal do país, seria possível estimar preliminarmente uma<br />

redução de emissões de 400 milhões de toneladas de CO2, o que<br />

equivale a mais de quatro vezes a meta nacional. Hoje, a MCFN é<br />

composta por aproximadamente 40 empresas, instituições e pessoas<br />

focadas no setor florestal argentino, mas com uma visão de<br />

futuro multissetorial para um trabalho conjunto e integrador. Na<br />

verdade, os seus membros trabalham na conservação, melhor<br />

gestão e restauração de florestas nativas e na produção florestal,<br />

representando neste último caso 80% das plantações florestais<br />

do país.<br />

of a total of approximately 50 million tons of CO2, which is<br />

equivalent to more than 60% of the emission reduction target<br />

by 2030 established by Argentina in its National Plan for Forests<br />

and Climate Change. In Argentina, forest carbon projects<br />

have been developed for more than 15 years in different<br />

regions and with different approaches, in approximately 20<br />

thousand ha and with the potential to mitigate more than 1.6<br />

million tons of CO2, of which more than five hundred thousand<br />

tons of carbon have already been mitigated. Forest carbon<br />

projects can be used to avoid or reduce carbon emissions, for<br />

example, by conserving native forests (avoiding deforestation)<br />

and improving the efficiency of productive forest use or forest<br />

plantation (improved utilization) or capturing carbon through<br />

the development of forest plantations and reforestation or<br />

regeneration of native forests. Within the scope of the MCFN,<br />

there are currently forest carbon projects in the evaluation,<br />

development, and certification phase in a total of four hundred<br />

thousand ha, which would allow the capture and prevention<br />

of emissions totaling about 50 million tons of CO2, which<br />

is equivalent to more than 60% of the emission reduction<br />

target for 2030 established by Argentina in its National Plan<br />

for Forestry, to contribute to the reduction of emissions presented<br />

by Argentina in its Nationally Determined Contribution<br />

(NDC) to the UN Framework Convention on Climate Change.<br />

In addition, if projects to capture and reduce emissions in just<br />

10% of the Country’s forest area were developed and certified<br />

in Argentina, it would be possible to preliminarily estimate an<br />

emission reduction of four hundred million tons of CO2, which<br />

is equivalent to more than four times the national target.<br />

Today, MCFN is made up of approximately 40 companies, institutions,<br />

and people focused on the Argentine Forest-based<br />

Sector, but with a multisectoral vision of the future for joint<br />

and integrative work. In fact, its members work on the conservation,<br />

better management, and restoration of native forests<br />

and forest production, which, in the latter case, represents<br />

80% of the Country’s forest plantations.<br />

O setor florestal e florestal industrial pode ser uma fonte<br />

de crescimento econômico em uma base renovável e de<br />

baixa intensidade carbônica. É um dos setores com maior<br />

capacidade para aumentar o desenvolvimento regional de<br />

forma sustentável, proporcionando empregos tanto nas<br />

zonas rurais como nas urbanas<br />

48 www.referenciaflorestal.com.br


COLUNA<br />

As árvores são o<br />

grande motivo do<br />

desabastecimento de<br />

energia elétrica nas<br />

cidades. Será?<br />

Gabriel Dalla Costa Berger<br />

Engenheiro <strong>Florestal</strong> e Segurança do Trabalho<br />

gabrielberger.com.br<br />

gabriel@gabrielberger.com.br<br />

Foto: divulgação<br />

Com conhecimento técnico, cultura de segurança e consciência ambiental podemos<br />

promover o equilíbrio entre as árvores urbanas e a rede de energia elétrica<br />

N<br />

os últimos tempos, tenho visto um movimento<br />

que coloca nas árvores uma parcela significativa<br />

de responsabilidade pelo desabastecimento<br />

de energia elétrica em áreas urbanas.<br />

Embora as árvores desempenhem um papel<br />

na interrupção do fornecimento de energia, elas estão longe<br />

de serem as grandes culpadas por esse problema.<br />

É visto que a vegetação próxima às redes elétricas pode<br />

representar um risco potencial de interrupção do fornecimento<br />

de energia. Galhos que entram em contato com a<br />

rede elétrica podem causar interrupções no sistema. Além<br />

disso, em condições climáticas adversas, como tempestades<br />

e ventos fortes, árvores podem ser derrubadas, danificando<br />

os cabos e postes elétricos.<br />

Em vez de culpar as árvores, é necessário adotar uma<br />

abordagem voltada a promover a coexistência harmoniosa<br />

entre a vegetação urbana e as redes elétricas. Todos querem<br />

os benefícios que as árvores proporcionam e todos querem<br />

energia elétrica nas suas casas.<br />

Isso começa pela preparação de quem faz o manejo dessa<br />

vegetação. Trabalhei por quase 10 anos diretamente com<br />

equipes de manejo de árvores em redes aéreas de energia<br />

elétrica. Como Engenheiro <strong>Florestal</strong> e de Segurança, acompanhei<br />

o dia a dia e desafios dessas equipes e o impacto do<br />

desabastecimento de energia em função da vegetação.<br />

O que percebi nesse tempo e me convenço cada vez<br />

mais à medida em que continuo desenvolvendo treinamentos<br />

e acompanhamento de equipes de manejo, é que a<br />

técnica correta de poda é crucial para a convivência harmoniosa<br />

entre o vegetal e a rede.<br />

Quando o corte no galho não é realizado no lugar correto,<br />

a árvore não cicatriza a lesão e ocorre o crescimento<br />

de brotações no local. Esses pequenos galhos não trazem<br />

nenhum benefício para a árvore e se projetam rapidamente<br />

em direção a rede, provocando o desabastecimento de<br />

energia em pouco tempo.<br />

Como a árvore não cicatriza a lesão, a ferida fica aberta,<br />

funcionando como uma porta de entrada para fungos e bactérias,<br />

o que pode levar a degradação da madeira, enfraquecendo<br />

e desestabilizando a árvore. Esse é o grande motivo<br />

50 www.referenciaflorestal.com.br<br />

pelo qual as árvores tombam em caso de ventos fortes e<br />

temporais.<br />

Já quando a técnica correta é aplicada e o corte é realizado<br />

no lugar certo, a árvore cicatriza naturalmente a lesão,<br />

as brotações não crescem no local e a árvore segue o seu<br />

desenvolvimento normal. O tempo para o novo manejo é<br />

maior e as chances de novos galhos tocarem a rede é muito<br />

menor.<br />

As árvores só apresentam risco para o fornecimento<br />

de energia quando não são manejadas corretamente. Com<br />

conhecimento técnico, cultura de segurança e consciência<br />

ambiental podemos promover o equilíbrio entre as árvores<br />

urbanas e a rede de energia elétrica.<br />

Foto: divulgação


Conheça as:<br />

• Mangueiras Isobáricas;<br />

• Pressão de trabalho 140,<br />

210, 280, 350 e 420 bar;<br />

• Maior flexibilidade;<br />

• Alta resistência à<br />

abrasão, ao ozônio e ao<br />

envelhecimento;<br />

• Atende norma ISO 18752.<br />

Leia o QR Code<br />

e acesse nosso<br />

site<br />

Grupo<br />

@henningsmangueiras<br />

www.hennings.com.br


PRINCIPAL<br />

52 www.referenciaflorestal.com.br


Tradição, tecnologia<br />

E CUIDADO<br />

A Indústria de mangueiras<br />

e conexões catarinense<br />

conquista mercado através<br />

de atendimento único e alta<br />

qualidade de produtos<br />

Fotos: Emanoel Caldeira<br />

TRADITION,<br />

TECHNOLOGY AND CARE<br />

A HOSE AND FITTINGS COMPANY IN THE STATE OF<br />

SANTA CATARINA CONQUERS THE MARKET WITH<br />

UNIQUE SERVICE AND QUALITY PRODUCTS<br />

Março 2024<br />

53


PRINCIPAL<br />

O<br />

setor florestal vive dos detalhes. O trabalho, que<br />

aparenta estar ligado a árvores frondosas de<br />

15m ou 20m (metros), é, na verdade minucioso e<br />

preciso. Cada peça da engrenagem, que começa<br />

na preparação para o plantio e termina no corte<br />

das árvores, precisa estar alinhada corretamente. Para garantir<br />

resultado e performance no campo com produtividade e precisão,<br />

a Hennings traz ao mercado uma linha de produtos com qualidade<br />

reconhecida mundialmente e cuidado para atender as demandas<br />

de seus clientes de maneira personalizada.<br />

Fundada em 1979, na cidade de Blumenau (SC), a Hennings é<br />

especializada na condução de fluidos, oferecendo, ao longo desses<br />

mais de 40 anos, o que há de melhor em tubos rígidos, mangueiras<br />

hidráulicas flexíveis, dente de corte, juntas rotativas e conectores<br />

para os segmentos que atende. O trabalho da Hennings é focado<br />

em uma palavra: responsabilidade. Responsabilidade na qualidade<br />

de seus produtos, com o bem-estar dos colaboradores, na competitividade<br />

de serviços e produtos e, principalmente, na satisfação<br />

de seus clientes. Atualmente, a empresa conta com mais de 700<br />

colaboradores, uma estrutura fabril, estoque de mais de 30 mil<br />

produtos e filiais espalhadas por todo o Brasil.<br />

Michael Dalpiaz, gerente da divisão florestal da Hennings,<br />

explica que, para além das peças e produtos, a Hennings se estabeleceu<br />

no mercado como uma referência, focando sempre na<br />

melhor entrega possível para seus clientes. “A Hennings se aplica<br />

no entendimento e acompanhamento em campo de cada produto<br />

T<br />

he Forestry Sector thrives on detail. The work<br />

associated with 15m or 20m high softwood<br />

trees is, in fact, meticulous and precise.<br />

Every piece of equipment, from planting<br />

preparation to the felling of the trees, must<br />

be aligned correctly. To ensure results and performance in<br />

the field with productivity and precision, Hennings brings<br />

to the market a line of products with world-renowned<br />

quality and care to meet the demands of its customers in<br />

a personalized way.<br />

Founded in 1979 in the city of Blumenau (SC), Hennings<br />

specializes in the fluid conduction. For more than 40<br />

years, has offered the best in rigid pipes, flexible hydraulic<br />

hoses, cutting teeth, rotary joints and connectors for the<br />

segments it serves. Hennings’ work is focused on one<br />

word: responsibility – responsibility for the quality of its<br />

products, the well-being of its employees, the competitiveness<br />

of its services and products, and, above all, the<br />

satisfaction of its customers. At present, the Company has<br />

more than seven hundred employees, a manufacturing<br />

structure, a stock of more than 30 thousand products,<br />

and branches spread throughout Brazil.<br />

Michael Dalpiaz, Forestry Division Manager for Hennings,<br />

explains that, in addition to parts and products,<br />

Hennings has established itself as a benchmark in the market<br />

by always focusing on the best possible equipment for<br />

54 www.referenciaflorestal.com.br


oferecido pela empresa. Apenas assim podemos atender com total<br />

satisfação nossos clientes e fortalecer ainda mais a tradição da<br />

empresa”, destaca Michael.<br />

LINHA FLORESTAL<br />

Oferecer produtos de excelente qualidade em equipamentos<br />

florestais é fundamental por várias razões, como segurança na<br />

operação, tanto para a máquina quanto para o operador, além da<br />

durabilidade do equipamento, que diminui seu volume de manutenções,<br />

oferecendo rendimento e produtividade para os clientes.<br />

Nesse sentido, o que a Hennings quer levar para o campo é uma<br />

experiência completa, focada em satisfação e desempenho.<br />

No segmento florestal, a empresa oferece a linha de mangueiras<br />

Manuli, marca italiana que chega ao Brasil com exclusividade<br />

através da Hennings. A Manuli é hoje um sinônimo mundial de<br />

qualidade, confiabilidade, segurança e eficiência. As mangueiras<br />

e conexões da Manuli são projetadas para suportar o trabalho<br />

extremo presente no florestal, continuamente expostas em situações<br />

que desafiam cada um dos predicados do produto. Algumas<br />

das linhas de mangueiras da fabricante italiana trazidas ao Brasil<br />

pela Hennings são: Manuli Foremaster, Manuli Infinity, Manuli<br />

GoldenIso, entre outros modelos.<br />

A família de mangueiras Foremaster compreende a linha de<br />

mangueiras isobáricas altamente flexíveis da Manuli, compostas<br />

pelas linhas: Foremaster/21, Foremaster/28, Foremaster/35 e<br />

Foremaster/42, que são utilizadas para linhas hidráulicas de alta e<br />

super alta pressão com trabalho pesado. Sua gama de aplicação é<br />

vasta e completa, podendo ser utilizada em diversos equipamentos<br />

florestais, como cabeçotes harvester, forwarder, feller buncher,<br />

braços de tratores e todos os outros pontos que demandem a<br />

condução de fluidos.<br />

O modelo GoldenIso, que também segue o padrão de mangueira<br />

isobáricas, apresenta resistência e durabilidade nas mais<br />

adversas condições de trabalho. Composta pela linha GoldenIso/21,<br />

its customers. “Hennings is committed to understanding<br />

and monitoring every product offered by the Company.<br />

Only in this way can we serve our customers with total<br />

satisfaction and further strengthen the Company’s tradition,”<br />

says Dalpiaz.<br />

FOREST LINE<br />

Offer excellent products quality hoses for forestry equipment<br />

is essential for several reasons, such as operational<br />

safety, both for the machine and for the operator, and<br />

equipment durability, which reduces maintenance and<br />

provides performance and productivity to the customer. In<br />

this sense, what Hennings wants to bring to the field is a<br />

total experience focused on satisfaction and performance.<br />

In the forestry segment, the Company offers the Manuli<br />

hose line, an Italian brand that has arrived in Brazil exclusively<br />

through Hennings. Today, Manuli is synonymous<br />

worldwide with quality, reliability, safety, and efficiency.<br />

Manuli hoses and fittings are designed to withstand<br />

the extreme work present in forestry, which constantly<br />

exposes the product to situations that challenge each of<br />

its predicates. Some of the Italian manufacturer’s hose<br />

lines Hennings has brought to Brazil include the Manuli<br />

Foremaster, Manuli Infinity, and Manuli GoldenIso, among<br />

other models.<br />

The Foremaster hose family comprises Manuli’s<br />

range of highly flexible isobaric hoses, consisting of the<br />

Foremaster/21, Foremaster/28, Foremaster/35, and Foremaster/42<br />

lines, which are used for heavy-duty high- and<br />

super-high-pressure hydraulic lines. Its range of applications<br />

is vast and complete, and it can be used in various<br />

forestry equipment, such as harvester heads, forwarder<br />

heads, feller buncher heads, tractor arms, and all other<br />

points that require fluid movement.<br />

Março 2024<br />

55


PRINCIPAL<br />

GoldenIso/28, GoldenIso/35 e GoldenIso/42, essas mangueiras são<br />

desenvolvidas para integrar sistemas hidráulicos de alta e super<br />

alta pressão, sendo particularmente indicadas para ambientes de<br />

trabalhos robustos. Sua versatilidade é notável, abrangendo uma<br />

extensa gama de aplicações em equipamentos florestais, assim<br />

como as mangueiras da linha Foremaster. Já o modelo Infinity é<br />

fabricado em dois trançados de aço da Manuli. Além da estrutura<br />

base diferente, de forma que a mangueira Infinity exceda a performance<br />

da norma EN 857-2SC, apresentando maior resistência à<br />

fadiga, abrasão e com raio de curvatura reduzido, garantindo assim<br />

uma melhor performance em suas aplicações.<br />

Além das mangueiras, é essencial oferecer o melhor em conexões,<br />

como as juntas rotativas. Juntas rotativas, ou uniões rotativas,<br />

são dispositivos mecânicos projetados para permitir o movimento<br />

rotativo das mangueiras sem danificá-las no processo através da<br />

torção mecânica. São formadas por dois selos, um fixo, preso ao<br />

equipamento, e outro rotativo (preso à mangueira), que garantem<br />

a vedação das mangueiras durante os movimentos.<br />

A utilização das juntas rotativas é destinada à melhoria de<br />

quatro tópicos específicos: manutenção, eficiência, versatilidade e<br />

vida útil da mangueira. Quanto à manutenção, as juntas impedem a<br />

torção das mangueiras, evitando um volume excessivo de paradas<br />

para correções ou ajustes, o que resulta em maior eficiência no campo,<br />

pois a máquina permanece ligada, produzindo por mais tempo.<br />

Quanto à versatilidade, as uniões rotativas proporcionam um<br />

número maior de usos das mangueiras, levando a qualidade e<br />

resistência do produto para um novo patamar de possibilidade.<br />

Por consequência, a vida útil das mangueiras é ampliada, a segurança<br />

para o sistema onde estão aplicadas aumenta e o custo da<br />

operação é reduzido.<br />

The GoldenIso model, which also follows the isobaric<br />

hose standard, offers resistance and durability in the most<br />

adverse working conditions. Comprising the GoldenIso/21,<br />

GoldenIso/28, GoldenIso/35, and GoldenIso/42 lines,<br />

these hoses are designed to integrate high and super-high<br />

pressure hydraulic systems and are particularly suitable for<br />

robust working environments. Its versatility is remarkable,<br />

covering an extensive range of applications in forestry<br />

equipment, just as the hoses in the Foremaster line. The<br />

Infinity model, on the other hand, is made of two Manuli<br />

steel braids. In addition to the different base structures,<br />

the Infinity hose exceeds the performance of the EN 857-<br />

2SC standard, presenting greater resistance to fatigue and<br />

abrasion and with a reduced bending radius, thus ensuring<br />

better performance in its applications.<br />

In addition to hoses, it is essential to offer the best in<br />

connections, such as rotary joints. Rotary joints, or rotary<br />

unions, are mechanical devices designed to allow the<br />

hoses to rotate without being damaged in the process<br />

through mechanical twisting. They consist of two seals,<br />

a fixed one attached to the equipment and a rotating one<br />

(attached to the hose), which ensure the sealing of the<br />

hoses during movement.<br />

The use of rotary joints is designed to improve four<br />

specific issues: maintenance, efficiency, versatility, and<br />

hose life. As for maintenance, the joints prevent the hoses<br />

from twisting, avoiding an excessive volume of stops<br />

for corrections or adjustments, which results in greater<br />

efficiency in the field as the machine remains producing<br />

for longer.<br />

56 www.referenciaflorestal.com.br


DA FÁBRICA AO CAMPO<br />

Mais do que fabricar ou vender, para a Hennings, estar no<br />

campo é de suma importância. Carlos Altini, vendedor externo<br />

da Hennings, comenta que a empresa oferece uma gama de<br />

produtos completa. “Buscamos entender para depois atender o<br />

cliente, assim sabemos como levar o melhor produto de acordo<br />

com sua necessidade, proporcionando os melhores resultados na<br />

operação”, valoriza Carlos. Ele destaca que seu trabalho é parte da<br />

engrenagem que a Hennings oferece, pois há um time completo<br />

de especialistas dedicados a analisar os dados da operação e<br />

oferecer soluções personalizadas. “Quando o cliente nos chama,<br />

fazemos uma avaliação completa da situação e trazemos assim<br />

uma solução pensada exclusivamente para aquela operação.<br />

Assim construímos uma relação de confiança com cada cliente”,<br />

complementa Carlos.<br />

O vendedor externo ressalta que o conjunto entre campo,<br />

comercial e equipe técnica faz da Hennings um sinônimo de<br />

qualidade em todos seus estágios de atuação. “Na fábrica, nas<br />

vendas ou nas soluções técnicas, a Hennings entrega sempre o<br />

melhor e por isso construiu essa grande história com mais de 40<br />

anos de sucesso”, exalta Carlos.<br />

Buscamos entender para<br />

depois atender o cliente,<br />

assim sabemos como levar<br />

o melhor produto de acordo<br />

com sua necessidade,<br />

proporcionando os<br />

melhores resultados<br />

na operação<br />

As for versatility, rotary unions provide a greater<br />

number of uses for hoses, taking the quality and resistance<br />

of the product to a new level of possibility. As a result,<br />

the service life of the hoses is extended, the safety of the<br />

system where they are used is increased, and the cost of<br />

operation is reduced.<br />

FROM THE FACTORY TO THE FIELD<br />

For Hennings, being in the field is more than just manufacturing<br />

or selling; it is of paramount importance. Carlos<br />

Altini, Field Sales Representative for Hennings, explains<br />

that the Company offers a complete range of products.<br />

“We try to understand and then serve the customer, so we<br />

know how to get the best product according to their needs,<br />

providing the best results in the operation,” says Altini.<br />

Altini points out that his work is part of the equipment<br />

service that Hennings offers, as there is a whole team of<br />

specialists dedicated to analyzing the operation`s data<br />

and offering customized solutions. “When the customer<br />

calls us, we make a complete assessment of the situation<br />

and, thus, come up with a solution designed exclusively<br />

for that operation. This is how we build a relationship of<br />

trust with each client,” adds Altini.<br />

The Sales Representative points out that the combination<br />

of field, sales, and technical teams makes Hennings a<br />

synonym for quality in all its stages of operation. “In the<br />

factory, in sales, or in technical solutions, Hennings always<br />

delivers the best, and that is why it has built this great<br />

history with more than 40 years of success,” exalts Altini.<br />

Carlos Altini, vendedor<br />

externo da Hennings<br />

Março 2024<br />

57


CARBONO<br />

Foco em<br />

CARBONO<br />

Eucalipto é capaz de<br />

armazenar grandes<br />

quantidades de<br />

carbono em todo<br />

seu processo de<br />

crescimento<br />

Fotos: divulgação<br />

58 www.referenciaflorestal.com.br


E<br />

studo coordenado pela EMBRAPA (Empresa Brasileira<br />

de Pesquisa Agropecuária) Cerrados, em<br />

parceria com a UNB (Universidade de Brasília),<br />

mostra que os plantios de povoamentos de eucalipto<br />

podem armazenar grandes quantidades de<br />

carbono na biomassa da parte aérea e no solo, assim como<br />

nas áreas de Cerrado nativo, contribuindo para a mitigação<br />

de GEE (gases de efeito estufa), em especial o CO2 (gás carbônico).<br />

Os resultados indicam elevados níveis de carbono em<br />

plantios de eucalipto e na área de vegetação natural analisados<br />

(acima de 183,99 toneladas por hectare - t/ha), acumulado<br />

principalmente no solo, demonstrando que a espécie pode<br />

contribuir para a fixação de mais de 674,17 t/ha de CO2.<br />

As árvores, tanto naturais como plantadas, podem atuar<br />

como drenos de carbono, pois fixam grande quantidade de<br />

carbono pelo processo da fotossíntese e o alocam na biomassa<br />

da parte aérea (tronco e copa), nas raízes e na adição<br />

de resíduos orgânicos ao solo. Pesquisas sugerem que as<br />

florestas, de modo geral, têm papel fundamental não apenas<br />

no ciclo do carbono, mas também podem contribuir para minimizar<br />

o aquecimento global, reduzindo a circulação de GEE<br />

como o N2O (óxido nitroso), o CH4 (metano) e CO2.<br />

Alcides Gatto, pesquisador da UNB e um dos autores<br />

do estudo, afirma que a remoção de GEE da atmosfera por<br />

plantios florestais em savanas deve ser considerada, se não a<br />

longo prazo, pelo menos para compensações de carbono no<br />

curto prazo. “No caso de povoamentos de eucalipto, o corte<br />

é realizado aos 7 anos, aos 14 anos, e aos 21 anos do plantio<br />

para papel e celulose, que é o principal uso no Brasil”, explica<br />

Alcides.<br />

De acordo com o Relatório Anual 2022 da IBÁ (Indústria<br />

Brasileira de Árvores), o Brasil tem uma área aproximada de<br />

10 milhões de ha (hectares) de florestas plantadas, sendo 76%<br />

plantações de eucalipto destinadas a diversos fins comerciais,<br />

desde a produção de carvão, papel e celulose, mourões para<br />

cerca, postes de eletrificação e madeira para móveis e construção<br />

civil, com ciclos do plantio ao corte variando de cinco a<br />

vinte anos, dependendo do destino da madeira produzida.<br />

A pesquisadora da EMBRAPA Alexsandra de Oliveira,<br />

lembra que há diversos estudos sobre estoque de carbono no<br />

solo e mitigação de GEE em áreas de Cerrado convertidas em<br />

lavouras ou pastagens. Por outro lado, apesar da expansão<br />

da cultura do eucalipto no bioma, ainda há pouca informação<br />

quanto ao impacto dos plantios sobre os estoques de carbono<br />

Março 2024<br />

59


CARBONO<br />

e as emissões de GEE. Além disso, os pesquisadores apontam<br />

que muitas pesquisas estão restritas à mensurações do carbono<br />

na biomassa do solo e acima do solo, enquanto havia uma<br />

lacuna em estimar a quantidade de carbono nos diferentes<br />

compartimentos de plantios de eucalipto, como raízes e biomassa<br />

morta no Cerrado.<br />

Eloisa Ferreira, pesquisadora da EMBRAPA Recursos Genéticos<br />

e Biotecnologia, aponta que dada a importância das florestas<br />

na fixação de carbono, e como nos ecossistemas terrestres<br />

a vegetação e o solo são os principais drenos de carbono,<br />

informações sobre o carbono acima do solo e nas raízes são<br />

essenciais. “Essas informações servem para reduzir incertezas<br />

em métricas regionais sobre áreas de plantio de eucalipto no<br />

Cerrado, além de alimentarem modelos nacionais de armazenamento<br />

de carbono e mudanças climáticas”, completa Eloisa.<br />

Assim, o estudo buscou quantificar o estoque de carbono<br />

e a biomassa por compartimentos em plantios de eucalipto<br />

(híbrido Eucalyptus urophylla x Eucalyptus grandis) de diferentes<br />

idades e estimar, por métodos diretos e indiretos, a<br />

biomassa e o estoque de carbono de uma área com vegetação<br />

nativa de Cerrado. O trabalho foi realizado na zona rural<br />

do Paranoá, em áreas vizinhas com dois plantios de eucalipto<br />

– uma com o clone EAC1528 de 4 anos e outra com o clone<br />

GG100 de 6 anos – e uma área de Cerradão, uma das formações<br />

vegetais de Cerrado.<br />

CARBONO DAS ÁRVORES<br />

A equipe realizou um inventário florestal para estudar a<br />

composição florística da área de Cerrado nativo. Foram encontradas<br />

84 espécies de 41 famílias botânicas. As espécies<br />

nativas mostraram diferentes capacidades de armazenamento<br />

de biomassa e carbono. O pau-terra (Qualea grandiflora),<br />

com 161 árvores/ha, foi a espécie que estocou mais carbono,<br />

2,87 t/ha (13% do total), cerca de 17,88 kg/ha de carbono por<br />

árvore. Por outro lado, o pau-terrinha (Q. parviflora), com 24<br />

árvores/ha, foi a espécie que mais estocou carbono por indivíduo:<br />

77,88 kg/ha.<br />

Para a biomassa e o carbono acumulado na parte aérea<br />

das árvores, foi observado que a madeira foi o componente<br />

com a maior contribuição (81,35% no plantio mais jovem e<br />

88,46% no eucalipto mais velho). Segundo os pesquisadores,<br />

no eucalipto, a madeira é a parte da planta que mais acumula<br />

biomassa e carbono, sendo que nas demais partes, como a<br />

casca, folhas e galhos, o acúmulo pode variar de acordo com<br />

as características da área estudada.<br />

O estoque de biomassa e o armazenamento de carbono<br />

aumentaram com a idade do plantio das árvores. No de 4<br />

anos, o carbono e a biomassa acumulados na parte aérea<br />

foram respectivamente de 62,1 t/ha (27,5% do total) e 141,1<br />

t/ha, enquanto no plantio com 6 anos foram de 81,7 t/ha<br />

(37,78% do total) e 189,7 t/ha. A principal reserva de carbono<br />

nas três áreas estudadas está no solo, que fixou cerca de 68%,<br />

58% e 84% do carbono total, respectivamente, nas áreas de<br />

eucalipto de 4 anos, de eucalipto de 6 anos e de Cerrado nativo.<br />

Foi observado que a concentração total de carbono no<br />

solo diminui exponencialmente com a profundidade.<br />

Essas informações servem para<br />

reduzir incertezas em métricas<br />

regionais sobre áreas de plantio<br />

de eucalipto no Cerrado, além de<br />

alimentarem modelos nacionais<br />

de armazenamento de carbono e<br />

mudanças climáticas<br />

Eloisa Ferreira, pesquisadora<br />

da EMBRAPA<br />

60 www.referenciaflorestal.com.br


MUDAS DE<br />

ARAUCÁRIA<br />

ENXERTADA<br />

(produção precoce do pinhão)<br />

Variedades;<br />

BRS 406, BRS 405, BRS 407, BRS 426, BRS 427, BRS 428<br />

Porte mais baixo;<br />

Maior produtividade;<br />

Mudas com produção precoce<br />

(média de 6 a 8 anos de idade).<br />

BOM RETIRO - MONTE CASTELO/SC


CARBONO<br />

DETALHES DA PESQUISA<br />

A pesquisadora Karina Pulrolnik, da EMBRAPA Cerrados,<br />

explica que a maior concentração de carbono na camada superficial<br />

(0 a 5 cm) se deve à deposição de material orgânico e<br />

à lenta decomposição em florestas plantadas e naturais, ricas<br />

em lignina e com uma alta relação carbono/nitrogênio, fatores<br />

que aumentam o tempo de decomposição da serapilheira<br />

e os níveis de carbono no solo. A densidade das raízes finas<br />

também contribui para o aumento dos níveis de carbono no<br />

solo, mesmo naqueles com baixa fertilidade natural, como os<br />

de Cerrado.<br />

Do total de carbono encontrado no perfil do solo de 0 a<br />

100 cm de profundidade, a camada de 0 a 30 cm representou<br />

48% do total na área de plantio de eucalipto de 4 anos, 50%<br />

no plantio de eucalipto de 6 anos e 52% no Cerrado nativo. As<br />

áreas de plantio de eucalipto com 4 anos de idade (154,23 t/<br />

ha) e de Cerrado nativo (154,69 t/ha) estocaram as maiores<br />

quantidades de carbono para todas as camadas de solo estudadas.<br />

Ou seja, após 4 anos da implantação do eucalipto,<br />

não houve redução de carbono no solo, enquanto o plantio<br />

de eucalipto de 6 anos apresentou os menores valores de carbono<br />

no solo (126,26 t/ha). “O plantio de eucalipto de 4 anos<br />

pareceu ter reposto os estoques de carbono do solo no 1m<br />

(metro) de profundidade, apesar de algumas perdas que possam<br />

ter ocorrido logo após o estabelecimento. Por outro lado,<br />

uma perda significativa de carbono no solo de 18% (28,43 t/<br />

ha) foi observada devido ao uso alternativo, onde uma área<br />

natural similar foi convertida em agricultura, principalmente<br />

lavoura de soja e, anos depois, transformada em um plantio<br />

de eucalipto de 6 anos”, comenta Alexsandra de Oliveira.<br />

A pesquisadora acrescenta que estudos científicos mostram<br />

diminuição nos níveis de carbono nos primeiros anos de<br />

conversão da vegetação natural para outros tipos de uso do<br />

solo, como lavouras de grãos, período em que uma proporção<br />

significativa de carbono do solo, que estava fisicamente<br />

protegida em agregados estáveis, é abruptamente oxidada,<br />

resultando na mineralização e na perda para a atmosfera sob<br />

a forma de CO2. As raízes tiveram menor contribuição para<br />

o armazenamento total de carbono – 4,9 t/ha na área com<br />

eucalipto de 4 anos, 1,9 t/ha no eucalipto de 6 anos e 3,1 t/<br />

ha no Cerrado nativo, considerando uma profundidade de 0 a<br />

60 cm de profundidade, o que representa, respectivamente,<br />

2,16%, 0,88% e 1,68% do carbono total nas áreas.<br />

Assim, enquanto o eucalipto de 6 anos teve o maior<br />

estoque de carbono na parte aérea, no eucalipto de 4 anos<br />

ocorreu o maior estoque de carbono nas raízes. Os pesquisadores<br />

apontam que a menor quantidade de raízes superficiais<br />

no plantio mais antigo pode estar relacionada à proporção de<br />

raízes que cresceram em profundidade à medida que a idade<br />

do plantio aumentava.<br />

EUCALIPTO JOVEM ESTOCOU MAIS CARBONO<br />

Apesar dos diferentes resultados de dinâmica de carbono<br />

entre os componentes das árvores, das raízes e do solo nas<br />

três áreas avaliadas, os estoques totais de carbono foram<br />

maiores no plantio de eucalipto mais jovem, com 4 anos de<br />

idade (226,23 t/ha), possivelmente em função da maior produção<br />

de biomassa nos estágios iniciais de crescimento – com<br />

o passar dos anos, o crescimento da planta diminui. Mas esse<br />

resultado, segundo os autores, indica a necessidade de mais<br />

estudos em escala de plantios comerciais e com diferentes<br />

idades para confirmar as similaridades dos dados encontrados<br />

nesse trabalho.<br />

Os pesquisadores destacam a notável capacidade das espécies<br />

florestais, nativas ou plantadas, em fixar o CO2, sempre<br />

apresentando saldo positivo, mesmo descontando as perdas<br />

por respiração, morte das plantas e retorno gradual do CO2<br />

fixado inicialmente para a atmosfera. Eles lembram, no entanto,<br />

que o carbono estocado é mantido nas árvores enquanto<br />

vivas, na serapilheira e na matéria orgânica do solo por décadas,<br />

e até milhares de anos, em formas orgânicas estáveis no<br />

solo.<br />

Fabiana Piontekowski Ribeiro, doutoranda pela UnB à<br />

época da pesquisa, afirma que essa pesquisa tem grande<br />

valia para a definição de metas e planos para os plantios de<br />

eucaliptos. “Isso valida a importância de florestas nativas e<br />

plantadas como drenos de GEE, em especial o CO2, pois mitigam<br />

as mudanças climáticas, mostrando relevância para a<br />

sustentabilidade local e para a geração de mercado de carbono”,<br />

completa Fabiana.<br />

62 www.referenciaflorestal.com.br


PLANTIO<br />

CONTROLE DE QUALIDADE<br />

EM MUDAS PARA OS<br />

PLANTIOS<br />

FLORESTAIS<br />

Por<br />

Marcelo Dionísio dos Santos - Consultor <strong>Florestal</strong> - Especialista em Controle de Qualidade e Silvicultura<br />

Pedro Francio Filho - Consultor <strong>Florestal</strong> - Diretor Francio Soluções Florestais<br />

E-mail: contato@franciosf.com.br<br />

Fotos: Francio Soluções Florestais<br />

S<br />

egundo Deming (1950 apud Horácio, 2016), não se<br />

pode gerir aquilo que não se mede, não se mede<br />

o que não se define, não se define o que não se<br />

entende e não há sucesso no que não se gerencia.<br />

Partindo desta linha de raciocínio, torna-se necessário<br />

gerir este ou qualquer outro processo de forma assertiva<br />

e quantitativa, acreditando que, esta quantificação e metodologia<br />

em controle de qualidade, trarão resultados que otimize os lucros,<br />

sistematizando os processos, fugindo ao máximo da subjetividade,<br />

alcançando melhores resultados, entendendo o que medir, porque<br />

medir, quem fará, quando será feito, como será feito, onde medir,<br />

e quanto custará o processo.<br />

Desta forma, a gestão da qualidade em atividades silviculturais<br />

focadas em mudas florestais, medidos através de parâmetros<br />

quantitativos e qualitativos confiáveis, construídos de forma<br />

metódica e sistemática, tornam-se extremamente necessários.<br />

Entender, medir e verificar as condições em que estas estão sendo<br />

recebidas, como alguns dos quesitos básicos para a formação<br />

de florestas de qualidade e alta produtividade refletem, dentre<br />

outros fatores, no retorno financeiro em função dos custos de<br />

implantação.<br />

Neste ínterim, as mudas que irão formar os maciços tornam-se,<br />

neste cenário, o principal insumo, foco desta discussão,<br />

não desmerecendo todos os outros que antecedem o plantio ou<br />

mesmo após ele.<br />

O sucesso na formação de florestas de alta produção depende,<br />

em grande parte, da qualidade das mudas plantadas, pois, além<br />

de terem que resistir às condições adversas do campo após o<br />

plantio, devem sobreviver e produzir árvores com crescimento<br />

volumétrico economicamente desejável (Gomes et al., 1991).<br />

Alcançar um resultado satisfatório não implica na estagnação<br />

de produtos e processos, pois não há nada tão excelente que não<br />

careça de melhorias, pois a inovação é um processo constante e<br />

dinâmico, não sendo diferente para o setor agroflorestal.<br />

64 www.referenciaflorestal.com.br<br />

Acredita-se que as perdas ocasionadas por mudas de baixo<br />

padrão de qualidade podem chegar a 50% ou mais dependendo<br />

da intensidade e da forma em que as mudas apresentam suas<br />

qualidades aquém do necessário.<br />

A interpretação e, ou, falta de conhecimento do avaliador<br />

podem implicar em grandes perdas para o futuro maciço, acarretando<br />

replantios e onerando o custo de implantação, além de<br />

desuniformidade no crescimento das mudas em campo.<br />

O objetivo deste assunto não será como realizar de forma<br />

quantitativa o recebimento em campo, e sim demonstrar as características<br />

que as mudas, neste caso de eucalipto, deverão ter<br />

para atender às exigências em campo a que serão submetidas.<br />

O ideal é que as mudas adquiridas sejam provenientes de<br />

viveiros registrados no RENASEM (Registro Nacional de Sementes<br />

e Mudas) garantindo segurança do material, principalmente<br />

em doenças que podem impactar em muito a sobrevivência em<br />

campo;<br />

Os viveiros podem ser consultados no site da EMBRAPA:<br />

Fonte: https://www.embrapa.br/codigo-florestal/materiais-<br />

-de-propagacao-vegetativa.<br />

Na tabela da página ao lado, segue o demonstrativo das<br />

características ideais de mudas de eucalipto para se realizar um<br />

plantio satisfatório em campo, com percentuais acima de 95%<br />

de sobrevivência:<br />

A muda que se planta é a<br />

floresta que se colhe<br />

Pedro Francio Filho,<br />

consultor florestal


Características da padronização para análise do índice de qualidade do recebimento das mudas de eucalipto<br />

ITEM AVALIADO<br />

ALTURA DAS MUDAS<br />

NÚMERO DE PARES DE FOLHAS<br />

DANOS FÍSICOS E FITOSSANIDADE<br />

PRESENÇA DE BIFURCAÇÃO DO FUSTE (CAULE)<br />

E/OU RAMOS LATERAIS<br />

NUTRIÇÃO<br />

RUSTICIDADE<br />

DIÂMETRO DO COLETO<br />

CONSISTÊNCIA DO SUBSTRATO (AGREGAÇÃO)<br />

CARACTERÍSTICAS<br />

Medida a partir da inserção do caule (colo) no substrato,<br />

até o ápice da planta, ideal entre 25 cm a 40 cm;<br />

Maior ou igual a 3 pares de folhas, com exceção do ápice<br />

(último par menor de folhas);<br />

Verificação visual da parte aérea da planta a possíveis quebras,<br />

ataque de pragas e doenças;<br />

Verificação da presença de caule duplo ou presença de ramos<br />

em excesso na muda (ausência de toalete);<br />

Verificação da presença de deficiência nutricional, observadas por manchas<br />

e/ou queima nas folhas;<br />

Verificação da turgidez ou maturação da planta;<br />

Verificação do diâmetro, do caule próximo à base de inserção no substrato<br />

com paquímetro ou instrumento equivalente, ideal ≥ 2,5 mm;<br />

Verificação do estado de agregação das raízes no substrato;<br />

PRESENÇA DE RAÍZES ATIVAS<br />

Verificação da presença de raízes novas no substrato.<br />

Abaixo, definições detalhadas do quadro acima para melhor esclarecimento dos itens da tabela:<br />

Ápice<br />

Definições<br />

Altura da parte aérea<br />

DEFINIÇÃO:<br />

• Altura da parte aérea é a altura mensurada da borda<br />

superior do tubete até o ápice da muda<br />

Caule<br />

Pares de folhas<br />

desenvolvidas<br />

APTO<br />

MENSURAÇÃO:<br />

• Régua graduada, trena ou gabarito.<br />

Mudas com parte<br />

aérea ≥ (maior ou<br />

igual) a 25 cm e ≤<br />

(menor ou igual) a<br />

40 cm<br />

Coleto<br />

Tubete<br />

Borda superior do<br />

tubete<br />

INAPTO<br />

Mudas com parte aérea < (menor)<br />

que 25 cm e > (maior) a 40 cm<br />

Pares de folhas<br />

DEFINIÇÃO:<br />

• Mudas com área foliar compatível com o seu desenvolvimento,<br />

sendo considerado somente os pares de folhas desenvolvidas<br />

(não contar o ápice).<br />

MENSURAÇÃO:<br />

• Identificação visual e contagem dos pares de folhas<br />

Danos físicos<br />

DEFINIÇÃO:<br />

• Mudas que sofreram cortes, quebras, perda de ponteiro, rupturas<br />

ou ataque de doenças e insetos nas estruturas anatômicas.<br />

MENSURAÇÃO:<br />

• Identificação visual e contagem das mudas com danos físicos.<br />

APTO<br />

Mudas com no mínimo 03<br />

pares de folhas desenvolvidas<br />

INAPTO<br />

Mudas com menos de 03<br />

pares de folhas desenvolvidas<br />

INAPTO<br />

Mudas inaptas apresentam mais de 30% de danos em sua estrutura<br />

Março 2024<br />

65


PLANTIO<br />

Muda bifurcada<br />

DEFINIÇÃO:<br />

• Muda bifurcada é a muda que apresenta mais de um caule ou<br />

ramos laterais maiores que o ápice.<br />

MENSURAÇÃO:<br />

• Identificação visual e contagem das mudas com bifurcações<br />

Nutrição<br />

DEFINIÇÃO:<br />

• Mudas que apresentam indícios de deficiência nutricional,<br />

observadas por manchas e/ou queima nas folhas.<br />

MENSURAÇÃO: • Identificação visual e contagem das mudas com indícios<br />

de deficiência nutricional – considerar somente as folhas intermediárias.<br />

APTO<br />

INAPTO<br />

INAPTO<br />

Mudas inaptas apresentam mais de 30% de sua estrutura<br />

com indicativos de desnutrição<br />

Mudas rustificadas<br />

DEFINIÇÃO:<br />

• Muda rustificada é a muda madura, com aptidão para suportar as<br />

adversidades ambientais pós-plantio.<br />

MENSURAÇÃO:<br />

• Identificação visual da cor e textura tanto do fuste quanto das<br />

folhas (coriáceas);<br />

• Colocar a muda na posição vertical, fazendo uma leve curvatura do fuste<br />

em direção ao substrato (“meia lua”), soltando-a em seguida. Se ela voltar<br />

rapidamente ao estado original, está madura, senão, está verde.<br />

Diâmetro de coleto<br />

DEFINIÇÃO:<br />

• Diâmetro do coleto é o diâmetro da muda, imediatamente<br />

após a borda superior do tubete.<br />

MENSURAÇÃO:<br />

• Paquímetro ou gabarito com diâmetros.<br />

APTO<br />

INAPTO<br />

APTO<br />

INAPTO<br />

Mudas com coleto ≥<br />

(maior ou igual) 2,5 mm<br />

Mudas com coleto <<br />

(menor) 2,5 mm<br />

Substrato agregado<br />

DEFINIÇÃO:<br />

• Substrato consistente, é o resultado da agregação total deste ao sistema<br />

radicular, sem presença de bolsas de ar.<br />

• Quando o substrato não esta firme, ele se solta facilmente das<br />

raízes (esfacelamento).<br />

MENSURAÇÃO:<br />

• Identificação visual e contagem das mudas com substrato desagregado;<br />

• Retirar com cuidado a muda do tubete;<br />

• Coloque a muda na posição horizontal, balançando levemente para<br />

cima e para baixo).<br />

Raiz ativa<br />

DEFINIÇÃO:<br />

• Raízes ativas são as raízes fisiologicamente funcionais para a<br />

absorção de água e nutrientes para promover o desenvolvimento da planta.<br />

MENSURAÇÃO:<br />

• Identificação visual e contagem das mudas sem raízes ativas - retirar<br />

com cuidado a muda do tubete.<br />

Raiz principal<br />

APTO<br />

Substrato agregado e consistente<br />

INAPTO<br />

Substrato desagregado e flácido<br />

APTO<br />

Presença de raízes brancas e/ou<br />

amareladas – checar principalmente<br />

a raiz principal<br />

INAPTO<br />

Ausência total ou parcial (70% do<br />

substrato sem raízes brancas<br />

e/ou amareladas)<br />

No mundo globalizado, terão sucesso empresas que valorizam a administração, através da gestão da qualidade em tudo o que faz, buscando<br />

sempre a melhoria contínua em toda a sua cadeia produtiva, tornando-se um diferencial competitivo com agregação de valor em todos os seus<br />

produtos e processos, ao longo de sua existência.<br />

Conclui-se então que, o processo de avaliação final para a aceitabilidade das mudas em campo para plantio, torna-se indispensável, por constituir<br />

a principal matéria-prima formadora do povoamento florestal e, ainda que juvenil, tornar-se-á a futura floresta a ser colhida e processada<br />

na atividade comercial a que se destina.<br />

66 www.referenciaflorestal.com.br


MANEJO<br />

Do Brasil à<br />

EUROPA<br />

Governo apresenta política de<br />

manejo florestal no Amapá para<br />

países da União Europeia<br />

Fotos: divulgação<br />

68 www.referenciaflorestal.com.br


O<br />

governador do Estado do Amapá, Clécio<br />

Luís, apresentou a política de manejo florestal<br />

sustentável implantada no Amapá<br />

para embaixadores da UE (União Europeia),<br />

que reúne 27 países. O encontro foi realizado<br />

na Embaixada da Áustria, em Brasília (DF). O convite<br />

partiu do embaixador austríaco Stefan Scholz, que visitou<br />

o Amapá em novembro do ano passado e se surpreendeu<br />

com o sistema de manejo do conceito à prática. O diplomata<br />

estreitou laços com o governo para buscar cooperação em<br />

prol do desenvolvimento socioeconômico e da preservação<br />

do meio ambiente. “Minha visita ao Amapá foi uma verdadeira<br />

descoberta. A apresentação de fatos e números sobre<br />

o sistema de MFS (Manejo <strong>Florestal</strong> Sustentável) do Estado é<br />

fantástico, desde o conceito até a prática, me ajudou a compreender<br />

melhor o papel do Amapá como líder nacional no<br />

ramo”, destacou Scholz.<br />

Março 2024<br />

69


MANEJO<br />

AMAPÁ É REFERÊNCIA NO MANEJO<br />

O modelo desenvolvido no Amapá é referência no Brasil<br />

e no mundo. Um dos exemplos é o maior projeto de MFS de<br />

base comunitária do país, gerido pela ATEXMA (Associação<br />

dos Trabalhadores do Assentamento Agroextrativista do Maracá),<br />

em Mazagão. Nessa iniciativa, o uso da floresta é feito<br />

de forma inteligente, por meio do estudo de quais árvores<br />

serão exploradas, e com responsabilidade social, ofertando<br />

o programa: Bolsa Floresta.<br />

Segundo o governador do Amapá, essa reunião serviu<br />

para estreitar laços e fortalecer o trabalho de quem realiza<br />

o MFS no Estado da região norte e foi direto na defesa da<br />

atividade. “Não é desmatamento, é manejo. O governo sabe<br />

o que tem dentro da floresta por meio do inventário e pode<br />

controlar a área”, destacou Clécio. Ainda sobre o tema, o<br />

risco de ter alguém tirando madeira de forma ilegal vai para<br />

zero e o que é produzido é feito de forma legalizada. “Esse<br />

é um dos projetos que vamos apresentar aos embaixadores,<br />

com o objetivo de mostrar como o Amapá é uma terra de<br />

oportunidades e que as pessoas que aqui vivem merecem<br />

os investimentos que estamos buscando”, valorizou Clécio.<br />

Minha visita ao Amapá foi<br />

uma verdadeira descoberta. A<br />

apresentação de fatos e números<br />

sobre o sistema de Manejo<br />

<strong>Florestal</strong> Sustentável do Estado é<br />

fantástico, desde o conceito até a<br />

prática, me ajudou a compreender<br />

melhor o papel do Amapá como<br />

líder nacional no ramo<br />

Fortalecendo as relações internacionais com o continente<br />

europeu, o encontro terá a presença de embaixadores<br />

no Brasil de países-membros da UE como Portugal, Croácia,<br />

Suíça, Noruega, Bélgica, Finlândia, Irlanda e Itália.<br />

POLÍTICAS AMBIENTAIS<br />

Entre os estados da Amazônia Legal, o Amapá garante<br />

o menor índice de desmatamento com uma redução de<br />

quase 15% entre 2022 e 2023. Além do MFS, também serão<br />

apresentadas outras políticas aplicadas pelo Estado, como<br />

as que foram apresentadas pelo governador na Conferência<br />

das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2023<br />

(COP28), em Dubai.<br />

A expectativa do representante brasileiro é criar uma<br />

conexão entre os países e debater as possibilidades de<br />

cooperações econômicas e investimentos em diferentes projetos.<br />

“Quanto mais transparência sobre como os projetos<br />

funcionam, mais a gente ganha credibilidade, não só para o<br />

mercado, mas para o mundo entender que é possível olhar<br />

a Amazônia a partir do seu ativo florestal, mas também sabendo<br />

que aqui moram pessoas”, destacou Clécio Luís.<br />

Lucas Abrahao, o secretário de Estado de Relações Internacionais<br />

e Comércio Exterior, afirmou que o Amapá busca<br />

se apresentar à comunidade internacional como um Estado<br />

que cumpre acordos ambientais e climáticos, mas também<br />

que precisa e quer se desenvolver. “Estamos abertos a parcerias<br />

que possam impulsionar e transformar o nosso potencial<br />

em realidade”, ressaltou Lucas Abrahao.<br />

Stefan Scholz, embaixador<br />

da Áustria<br />

70 www.referenciaflorestal.com.br


Estudo de balanço de<br />

carbono para exportação<br />

de produtos florestais;<br />

Inventário de emissões de<br />

Gases de Efeito Estufa<br />

(GEE);<br />

Compensação de<br />

emissões de GEE;<br />

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MANEJO<br />

Quanto mais transparência sobre<br />

como os projetos funcionam,<br />

mais a gente ganha credibilidade,<br />

não só para o mercado, mas para<br />

o mundo entender que é possível<br />

olhar a Amazônia a partir do seu<br />

ativo florestal, mas também<br />

sabendo que aqui moram pessoas<br />

FUNDO AMAZÔNIA<br />

O Fundo Amazônia, criado pelo governo federal em<br />

2008, recebeu em 2023 um grande volume de novas doações<br />

da UE (20 milhões de euros), Alemanha (35 milhões de<br />

euros), Dinamarca (150 milhões de coroas dinamarquesas),<br />

além de países que não fazem parte da UE, como Reino Unido<br />

(80 milhões de libras), Suíça (5 milhões de francos suíços)<br />

e Noruega (maior doador histórico).<br />

A UE declarou apoiar, em setembro de 2023, um plano<br />

para impulsionar a proteção da Amazônia, comprometendo-<br />

-se a coordenar as contribuições financeiras dos membros<br />

do bloco e a garantir que o dinheiro seja gasto conforme<br />

previsto em seu esquema de investimento Global Gateway.<br />

Cerca de 260 milhões de euros foram prometidos por Espanha,<br />

Itália, Suécia, França, Alemanha e Holanda para conter<br />

o desmatamento na Amazônia.<br />

Durante a COP28, o governador do Amapá se reuniu<br />

com os embaixadores da Noruega e da Finlândia e os convidou<br />

a visitar o estado e manter contato, a fim de avançar na<br />

concretização de oportunidades discutidas na reunião, referentes<br />

à esfera de ciência, tecnologia, inovação, preservação<br />

ambiental e Fundo Amazônia.<br />

Clécio Luís, governador do Amapá<br />

Nesse âmbito, o governo do Amapá deu início à elaboração<br />

de um projeto com objetivo de proporcionar novos caminhos<br />

para a preservação do meio ambiente com recursos<br />

do Fundo Amazônia. As propostas buscam obter apoio para<br />

programas sustentáveis e modelos de referência no desenvolvimento<br />

econômico do Estado.<br />

Com mais de 90% das florestas preservadas, o Amapá<br />

possui um modelo global e exemplar de preservação<br />

baseado na bioeconomia, que alia a preservação das florestas<br />

com a sustentabilidade, como detalha o diretor de<br />

Desenvolvimento Ambiental da Sema (Secretaria de Estado<br />

do Meio Ambiente), Marcos Almeida. “Com o retorno do<br />

fundo, a ideia é formular esse plano e, assim, captar mais<br />

recursos para um maior monitoramento e preservação do<br />

nosso bioma, alinhando com o desenvolvimento sustentável,<br />

podendo gerar mais renda às comunidades locais. Essa<br />

capacitação é mais uma forma de integrar todas as secretarias<br />

estaduais a se adequar às diretrizes de propostas do<br />

programa”, pontuou Marcos.<br />

72 www.referenciaflorestal.com.br


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COMPOSTAGEM<br />

O poder de<br />

TRANSFORMAR<br />

Compostagem florestal é oportunidade<br />

para reaproveitar resíduos e gerar<br />

adubo para os ciclos florestais<br />

Fotos: divulgação<br />

74 www.referenciaflorestal.com.br


Aintensa produção de resíduos, a elevada concentração<br />

demográfica em núcleos urbanos,<br />

o alto consumo de alimentos gerados pela<br />

agroindústria em áreas rurais e urbanas têm<br />

demonstrado uma crescente preocupação<br />

para a humanidade com relação aos grandes impactos<br />

provocados ao meio ambiente. Esse fator tem sido agravado<br />

pela introdução de novas tecnologias de produção e<br />

marketing dos produtos em geral, incentivando, assim, a<br />

prática consumista e, consequentemente, grande geração<br />

de resíduos.<br />

A crescente preocupação com os problemas de poluição<br />

do meio ambiente, associado à escassez de recursos<br />

naturais, tem levado o homem a pensar mais seriamente<br />

sobre a reciclagem e o tratamento do lixo. O processo de<br />

compostagem é uma alternativa à destinação dos resíduos<br />

sólidos orgânicos e originados tanto no setor urbano,<br />

como no setor rural, e seu produto final é um material estabilizado,<br />

tipo húmus, chamado de composto. O composto<br />

produzido a partir dos resíduos orgânicos não representa,<br />

necessariamente, uma solução final para o problema da<br />

escassez de alimentos ou do saneamento ambiental, mas<br />

pode contribuir como um elemento redutor dos danos<br />

causados pela disposição desordenada do lixo no meio<br />

urbano e rural, propiciando a recuperação do solo agrícola<br />

exauridos pela ação de fertilizantes químicos aplicados<br />

indevidamente.<br />

Recentemente, o uso de fertilizantes orgânicos tem<br />

sido reclamado por grande parcela da população mundial,<br />

principalmente pelos movimentos naturalistas. Este<br />

movimento tem colaborado diretamente na difusão dos<br />

compostos orgânicos por exigirem produtos mais saudáveis<br />

e produzidos naturalmente sem adição de fertilizantes<br />

químicos. Esta mudança de hábitos e costumes estimula<br />

a agricultura a utilizar o composto produzido através de<br />

resíduos orgânicos, sendo mais uma alternativa viável e<br />

conciliatória dos dois grandes problemas mundiais: a fome<br />

e a poluição ambiental.<br />

COMPOSTAGEM NA PRÁTICA<br />

A compostagem inicialmente era um processo biológico<br />

destinado a produzir adubos orgânicos para plantios nas<br />

hortas dos agricultores. Esses agricultores recolhiam ou<br />

juntavam os estercos dos animais, principalmente do curral,<br />

da ordenha do leite ou do porquinho que era alimentado<br />

com os restos dos preparos e de ingestas dos alimentos<br />

produzidos diariamente na cozinha da casa e amontoados<br />

num cantinho da propriedade. Esse material amontoado<br />

era esquecido e, quando lembrado, servia de adubo para<br />

a horta. Não havia muito critério técnico e nem a pressa<br />

de ter um adubo orgânico. Era utilizado quando fosse necessário<br />

fazer um novo canteiro ou para plantar uma nova<br />

muda. Em outros casos, o excremento animal era colocado<br />

direto na terra para terminar a sua decomposição enter-<br />

Março 2024<br />

75


COMPOSTAGEM<br />

rada no solo ou, na forma líquida, era aplicado como um<br />

fertilizante orgânico.<br />

Nas áreas florestais, os manejos com cortes, supressões<br />

ou limpeza de troncos para utilização das empresas<br />

de papel e celulose podem ser utilizados e aproveitados<br />

em compostagens. Além dos galhos e folhas das áreas florestais,<br />

as cascas de algumas espécies arbóreas podem ser<br />

tratadas como solução e não como problemas destas áreas<br />

manejadas e utilizadas após uma boa compostagem para<br />

produção de insumos e para serem utilizadas nas próprias<br />

áreas de desenvolvimentos florestais.<br />

Em culturas florestais não é muito comum o manejo<br />

com aplicação de insumos, mas é comum limpar as áreas<br />

de produção para o desenvolvimento das espécies arbóreas<br />

e facilitar a sua colheita e preparo para destinação industrial.<br />

É possível chamar de manejo sustentável florestal<br />

com estas práticas, obtendo benefícios econômicos sem<br />

comprometer a preservação ambiental. Ao manejar estes<br />

resíduos adequadamente após os cortes das árvores, estes<br />

resíduos estarão tratados e prontos para ajudar no desenvolvimento<br />

das novas mudas recém plantadas ou cortadas<br />

facilitando o manejo florestal das espécies, sejam elas<br />

nativas ou manejadas, assim copiando as características de<br />

ambientes de florestas tropicais nativas.<br />

Atualmente, estão disponíveis no mercado equipamentos<br />

adequados para podas, cortes e supressão florestal,<br />

minimizando os riscos de operações manuais expondo<br />

a mão de obra a acidentes na operação. Da mesma forma<br />

estão disponíveis equipamentos de compostagem para<br />

trituração adequada das podas e galhos em partículas<br />

no tamanho necessário, revolvedores para aceleração<br />

de processo, e peneiras para a aplicação de material de<br />

qualidade nos solos, além de aplicadores, contínuos ou de<br />

bateladas, no período de preparo de solo para plantio de<br />

novas mudas.<br />

Para valoração de formação de produtos a partir dos<br />

resíduos florestais, o mercado está rico nos diversos equipamentos<br />

para atendimento à essa demanda e o mercado<br />

está necessitando da transformação dos novos insumos<br />

que podem ser gerados a partir dos resíduos florestais.<br />

Esses produtos podem ser simplesmente um insumo de<br />

potencialização mineral como um produto rico biologicamente<br />

para melhorar a qualidade do solo, minimizando a<br />

degradação ambiental.<br />

Pergunte ao Tomita<br />

A partir da próxima edição desse caderno<br />

contaremos com o especialista em<br />

compostagem José Tomita, que irá responder<br />

perguntas sobre compostagem. Tem dúvidas<br />

sobre o assunto? Então envie sua pergunta<br />

para jornalismo@revistareferência.com.br e<br />

saiba tudo sobre compostagem florestal.<br />

76 www.referenciaflorestal.com.br


OPERAÇÃO<br />

Força bruta<br />

EM CONJUNTO<br />

Fotos: divulgação<br />

Nova linha de equipamentos<br />

para controle de vegetação e<br />

limpeza de área mecanizada<br />

chega ao Brasil<br />

Preparar o terreno para o novo ciclo florestal é um<br />

passo chave para garantir o bom desenvolvimento<br />

das mudas. Esse procedimento vem ganhando<br />

cada vez mais importância dentro da silvicultura<br />

brasileira, graças ao empenho de profissionais que<br />

investiram e lutaram para que essa prática fosse reconhecida<br />

dentro da operação florestal. Agora recebe os reforços da Linha<br />

de equipamentos Prinoth, que chega ao Brasil através da<br />

SPARTA BRASIL, empresa especializada no fornecimento de<br />

equipamentos e implementos para o controle mecanizado de<br />

vegetação.<br />

A AHWI que foi incorporada pela Prinoth, empresa alemã<br />

com amplo conhecimento na fabricação de equipamentos<br />

para controle de vegetação, conta com 25 anos de tradição<br />

nesse mercado. A Prinoth tem uma grande gama de cabeçotes<br />

trituradores e combinados com seus veículos dedicados. São<br />

equipamentos com o mais alto padrão de qualidade e alto<br />

desempenho nas mais variadas condições que o terreno pode<br />

oferecer. Isso é consequência direta do empenho de engenheiros<br />

e especialistas da Prinoth, que se dedicam continuamente<br />

para levar as melhores soluções para seus clientes.<br />

78 www.referenciaflorestal.com.br


Celso Kossaka, diretor da Sparta Brasil, explica que a linha<br />

de equipamentos Prinoth é destinada para empresas e profissionais<br />

que já testaram outras soluções e que entendem que<br />

é necessária uma combinação de ferramentas adequadas para<br />

ter efetividade na produtividade, confiabilidade operacional e<br />

economia. “A SPARTA BRASIL tem o compromisso para que o<br />

cliente receba o melhor direcionamento para obter os melhores<br />

resultados e pronto atendimento de nosso suporte técnico,<br />

pois entendemos que trazer a Prinoth para o Brasil é ir de encontro<br />

com tudo aquilo que acreditamos e vislumbramos para<br />

o desenvolvimento florestal brasileiro”, destaca Celso.<br />

LINHA COMPLETA<br />

A linha de equipamentos Prinoth é dedicada a preparação<br />

do terreno para o novo ciclo florestal, mantendo os nutrientes<br />

no solo, evitando erosão e processando galhadas, raízes e<br />

folhas para o terreno de plantio. São equipamentos versáteis,<br />

potentes e com qualidade sem igual. A linha de implementos<br />

de tomada de força conta com oito modelos projetados para<br />

atender as mais diferenciadas demandas da operação florestal,<br />

com destaque para o M700m e o M650m. Os modelos com sistema<br />

de trituração e fresa formam a linha Ox Rotovators, que<br />

com três opções de tamanho e potência podem transformar o<br />

terreno com velocidade e eficiência, atingindo uma largura de<br />

trabalho de até 2,3m (metros) e 40 cm (centímetros) de profundidade.<br />

A SPARTA BRASIL tem o compromisso<br />

para que o cliente receba o melhor<br />

direcionamento para obter os<br />

melhores resultados e pronto<br />

atendimento de nosso suporte<br />

técnico, pois entendemos que trazer a<br />

Prinoth para o Brasil é ir de encontro<br />

com tudo aquilo que acreditamos e<br />

vislumbramos para o desenvolvimento<br />

florestal brasileiro<br />

Celso Kossaka, diretor da Sparta Brasil<br />

Os modelos Prinoth que mais se assemelham ao que é oferecido<br />

no Brasil estão presentes nas linhas Grizzly, hidráulicas<br />

para escavadeiras e em veículos frontais, mais utilizados em<br />

pás carregadeiras e minicarregadeiras, bem como na TDF, que<br />

transformam tocos de 45 cm em lascas em poucos segundos.<br />

O maior destaque da Prinoth são os veículos dedicados, onde<br />

a empresa apresenta de maneira combinada implementos<br />

desenvolvidos do início ao fim para o controle de vegetação<br />

mecanizada. A chamada linha Raptor parte de equipamentos<br />

pequenos, acionados via controle remoto e chega a modelos<br />

com mais de 25 toneladas.<br />

O diretor da SPARTA BRASIL destaca que as histórias de<br />

sucesso da Prinoth já são conhecidas ao redor do mundo e logo<br />

estarão presentes na realidade brasileira. “Temos relatórios<br />

e equipamentos Prinoth trabalhando a 4km/h (quilômetros<br />

por hora) na Austrália, transformando completamente áreas<br />

de tocos de eucaliptos rebaixados a uma profundidade de 30<br />

cm enquanto passa. Queremos que o florestal brasileiro possa<br />

conhecer e se encantar com o que a Prinoth pode fazer”, completa<br />

Celso.<br />

Março 2024<br />

79


EVENTO<br />

Controle de pragas<br />

FLORESTAIS<br />

Fotos:<br />

Workshop sobre formicida valoriza o<br />

conhecimento e as melhorias na tecnologia<br />

para aumentar a produtividade florestal<br />

REFERÊNCIA<br />

80 www.referenciaflorestal.com.br


Foi realizado em Curitiba (PR), no Campus de<br />

Ciências Agrárias da UFPR (Universidade Federal<br />

do Paraná), o Workshop sobre Inovações no<br />

Controle de Formigas Cortadeiras em plantações<br />

de Pinus spp., uma parceria entre IPEF (Instituto<br />

de Pesquisas e Estudos Florestais) e Syngenta, líder global<br />

no desenvolvimento de tecnologias para o mercado agrícola<br />

no mundo e uma das líderes nacionais no segmento<br />

de manejo a pragas florestais. O workshop faz parte do<br />

PPPIB (Programa de Pesquisa do Pinus) e tem apresentado<br />

resultados do novo formicida ATEXZO® Ant-F em todos os<br />

Estados onde a empresa atua.<br />

Lydiberto Santos, Head de Marketing LATAM de Professional<br />

Solutions da Syngenta, destacou o crescimento<br />

do segmento de silvicultura no Brasil e como isso impulsionou<br />

o trabalho da Syngenta para trazer novos produtos e<br />

atender as novas demandas do mercado. “Nos últimos 10<br />

anos ampliamos significativamente nosso portifólio e nossa<br />

equipe de florestal para poder evoluir e alcançar o melhor<br />

produto para nossos clientes. O resultado disso é o ATEX-<br />

ZO® Ant-F, que é um dos melhores produtos do segmento<br />

que trouxemos ao mercado até agora”, destaca Lydiberto.<br />

Ainda segundo o Head de Marketing, como o ciclo destes<br />

florestamentos é longo, com produção para ser colhida em<br />

7 ou 8 anos, é necessária uma gestão de manejo eficiente.<br />

“Em linhas gerais, o produto ajuda a controlar uma das pragas<br />

primárias mais danosas e uma espécie que infesta áreas<br />

plantadas de florestas, prejudicando o desenvolvimento e<br />

produtividade destas árvores essenciais para a produção de<br />

itens internos e de exportação, como madeira, carvão vegetal<br />

e celulose”, reforça Lydiberto.<br />

Henrique Ferreira, Gerente Técnico de Inseticidas, explicou<br />

que o funcionamento do ATEXZO® Ant-F tem como<br />

foco o controle das formigas-cortadeiras, principal praga<br />

que atinge os cultivos de eucalipto e pinus, sendo o maior<br />

lançamento da Syngenta neste ano para o setor de florestas<br />

plantadas. Por conta de sua composição com base na<br />

tecnologia PLINAZOLIN®, o inseticida atua direto no sistema<br />

nervoso de tais formigas, controlando a infestação do<br />

formigueiro e atingindo indiretamente a rainha da colônia.<br />

“Esse novo formicida tem contágio acelerado entre as<br />

formigas, tomando rapidamente todos os indivíduos, pois<br />

gera grande euforia e potencializa a disseminação. Uma vez<br />

disseminado, o segundo efeito é a diminuição constante da<br />

atividade das formigas em relação ao corte das folhas, que,<br />

por consequência, leva à desestruturação do formigueiro,<br />

evitando danos ao plantio florestal”, apontou Henrique<br />

sobre o novo produto que se mostrou eficaz contra as seis<br />

principais espécies de formigas cortadeiras presentes no<br />

Brasil.<br />

Hugo Gomes, Coordenador de Vendas Brasil, e Carolina<br />

Higasi, Gerente de Marketing T&L, dividiram o palco para<br />

destacar a atuação da Syngenta e a situação atual da silvicultura<br />

brasileira. “Hoje, o mercado de florestas brasileiras<br />

já representa 7,2% do industrial nacional e gera 2,6 milhões<br />

de empregos. Dentro desse universo giram mais de R$ 260<br />

bilhões no setor, e as pragas florestais representam R$ 4,4<br />

bilhões em perdas anuais”, enumerou Carolina. Já Hugo,<br />

ressaltou o que a Syngenta já faz. “Hoje já temos 18 produtos<br />

focados apenas no florestal”, complementou Hugo.<br />

Para finalizar, Norton Borges Junior, pesquisador da<br />

CMPC, apresentou os resultados dos testes feitos nos últimos<br />

3 anos com o formicida nas áreas de plantio da empresa<br />

localizados no Rio Grande do Sul. “As pragas florestais<br />

são os maiores inimigos dos plantios florestais e os resultados<br />

do ATEXZO® Ant-F foram excelentes, tendo eficácia de<br />

100% na eliminação de formigueiros, com um volume baixo<br />

de formicida aplicado”, relatou Norton.<br />

Março 2024<br />

81


PESQUISA<br />

INDIVIDUALIZAÇÃO DE COPAS<br />

DE EUCALYPTUS SPP. EM<br />

AMBIENTE SIG<br />

Fotos: divulgação<br />

FLAVO ELANO DANTAS DE SOUZA<br />

UFRN (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE)<br />

82 www.referenciaflorestal.com.br


O<br />

RESUMO<br />

aumento do acesso às informações geradas<br />

pelos drones e o baixo custo de sua utilização<br />

tem apresentado grande potencial para uso<br />

nos processos da silvicultura de precisão aplicada<br />

no desenvolvimento da gestão florestal<br />

no âmbito dos Estados do nordeste do Brasil, os quais historicamente,<br />

apresentam baixa produtividade no setor. Na busca<br />

por explorar o potencial da utilização dos drones na gestão<br />

florestal de baixo custo voltada para a cadeia produtiva do<br />

nordeste, o objetivo deste trabalho foi descrever de forma<br />

quantitativa a precisão das informações métricas extraídas<br />

de copas de Eucalyptus spp. existentes em um plantio experimental<br />

florestal representados em uma imagem RGB de alta<br />

resolução fornecida por um drone, a partir da confrontação<br />

de dados provenientes de uma OBIA (Classificação Supervisionada<br />

Orientada a Objetos) com dados de referência resultantes<br />

de uma VMR (vetorização manual). O estudo foi realizado<br />

na Área de Experimentação <strong>Florestal</strong> da EAJ (Escola Agrícola<br />

de Jundiaí) – UECIA (Unidade Acadêmica Especializada em<br />

Ciências Agrárias) da UFRN (Universidade Federal do Rio<br />

Grande do Norte). Foram vetorizadas manualmente (VMR) 64<br />

copas/árvores que delimitaram uma área de interesse dentro<br />

do ortomosaico de entrada. A camada classificada gerada<br />

pela OBIA para o ortomosaico foi recortada para a área de<br />

interesse, sendo possível a quantificação da porcentagem de<br />

uso e ocupação da terra para as classes de uso e ocupação do<br />

solo definidas para este trabalho, bem como a execução e a<br />

metodologia de IC (individualização de copas) desenvolvidas<br />

neste estudo, que proporcionaram a aferição das métricas das<br />

áreas das copas já amostradas pela VMR. Os dados obtidos<br />

foram categorizados como pareados e não paramétricos e as<br />

medianas foram submetidas à diferenciação estatística a um<br />

nível de 5% de significância através da aplicação do teste de<br />

Wilcoxon, pelo qual também foi constatado o seu TDE (Tamanho<br />

de Efeito). O teste de Wilcoxon revelou uma diferença<br />

significativa entre os métodos de mensuração das áreas comparadas<br />

(z= 1,1; p< 0,05), com tamanho de efeito pequeno.<br />

Contudo, segundo observação dos resultados, a metodologia<br />

empregada neste trabalho se provou eficaz na geração de informações<br />

pertinentes a gestão florestal de baixo custo.<br />

INTRODUÇÃO<br />

Com os avanços tecnológicos, tem havido transformações<br />

nos processos de produção silvicultural e agrícola. A silvicultura<br />

de precisão é um modelo de gestão que se baseia na coleta<br />

e análise de dados geoespaciais. Esta abordagem permite<br />

correlacionar as variáveis que influenciam a produtividade<br />

florestal por meio do geoprocessamento e cruzamento de<br />

TOP OF MIND EM<br />

PLANEJAMENTO<br />

FLORESTAL<br />

remsoft.com/woodstock-optimization-studio


PESQUISA<br />

dados (Vettorazzi; Ferraz, 2000). Tais ferramentas possibilitam<br />

uma tomada de decisão mais rápida, reduzindo os custos<br />

operacionais e o tempo de execução das atividades, além de<br />

aumentar a produtividade. Com isso, os processos de manejo<br />

e gestão florestal se tornam mais eficientes (G. Câmara; R.J.<br />

Ortiz et al., 2003).<br />

No âmbito desse modelo de gestão, atualmente, destaca-se<br />

o uso de drones para a coleta de informações e dados.<br />

Equipados com sensores ópticos de alta resolução espacial<br />

e integrados a sistemas de posicionamento geográfico (GPS/<br />

GNSS), os drones são capazes de reunir uma quantidade significativa<br />

de informações, ao cobrir extensas áreas em um curto<br />

período, com baixos custos operacionais.<br />

Isso possibilita a coleta de dados em locais de difícil acesso<br />

e flexibiliza as operações para momentos específicos de interesse,<br />

como fases fenológicas das plantas ou condições meteorológicas,<br />

por exemplo. Esses dados, quando combinados<br />

com conhecimentos técnicos em fotogrametria e ferramentas<br />

de geoprocessamento, geram informações altamente precisas<br />

que auxiliam em diversos processos ao longo da cadeia de<br />

produção silvicultural (Araújo, 2022).<br />

Com os contínuos avanços nas tecnologias empregadas<br />

na aerofotogrametria, tem-se obtido resultados cada vez mais<br />

precisos na estimativa de volume e biomassa em plantios<br />

84 www.referenciaflorestal.com.br


florestais por meio de métodos de PDI (processamento digital<br />

de imagens). Grande parte dos estudos de estimativa de produção<br />

florestal utiliza imagens de satélite e câmeras multiespectrais<br />

embarcadas em drones, que fornecem informações<br />

espectrais das bandas nas quais a vegetação tem maior resposta,<br />

como o infravermelho e o infravermelho próximo.<br />

O uso de drones apresenta vantagens em relação aos<br />

satélites, como uma maior resolução espacial e detalhamento.<br />

Embora as câmeras multiespectrais possam ser limitadas<br />

devido ao seu valor de mercado, é possível obter informações<br />

sobre a vegetação utilizando câmeras RGB convencionais, que<br />

captam a reflectância da vegetação na região visível do espectro<br />

eletromagnético (Araújo, 2022).<br />

No nordeste, a produção florestal ainda encontra muitas<br />

barreiras para o seu pleno desenvolvimento, principalmente<br />

na questão da disponibilidade dos recursos hídricos devido às<br />

condições de clima e solo. Aliado a essas questões, soma-se o<br />

baixo emprego de soluções tecnológicas nas iniciativas florestais<br />

para as atividades de reflorestamento da região, sobretudo<br />

na parcelas mais desprovidas da cadeia produtiva, os agricultores<br />

familiares. A principal atividade florestal no nordeste<br />

baseia-se no extrativismo ilegal vegetal de lenha para o uso<br />

em atividades das indústrias de cerâmica e gesso, bem como<br />

para o uso doméstico residencial (Padilha et al., 2022).<br />

Esta abordagem permite<br />

correlacionar as variáveis<br />

que influenciam a<br />

produtividade florestal por<br />

meio do geoprocessamento e<br />

cruzamento de dados<br />

Essa é uma versão parcial<br />

deste artigo, o material<br />

completo pode ser acessado<br />

através do QR Code:<br />

Disco de corte para Feller<br />

Usinagem<br />

• Disco de Corte para Feller<br />

conforme modelo ou amostra,<br />

fabricado em aço de alta<br />

qualidade;<br />

• Discos com encaixe para<br />

utilização de até 20<br />

ferramentas, conforme<br />

diâmetro externo do disco;<br />

Caldeiraria<br />

• Diâmetro externo e encaixe<br />

central de acordo com<br />

padrão do cabeçote;<br />

•Discos especiais;<br />

Detalhe de encaixe para<br />

ferramentas de 4 lados<br />

Soldagem<br />

Prestamos serviços de usinagem, caldeiraria e soldagem em peças e equipamentos conforme<br />

desenho ou amostra. Fabricação e manutenção em pistões hidráulicos.<br />

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Fone: (16) 3942-6855 (16) 99794 1352 | dantonio@dantonio.com.br<br />

www.dantonio.com.br


AGENDA<br />

AGENDA 2024<br />

Dubai Wood Show<br />

Data: 5 a 7<br />

Local: Dubai - EAU (Emirados Árabes<br />

Unidos)<br />

Informações: https://www.<br />

woodshowglobal.com/dubai<br />

Tech Forestry<br />

Data: 20 a 22<br />

Local: Lages (SC)<br />

Informações:<br />

https://techforestry.com.br/<br />

Expoforest<br />

Data: 10 a 14<br />

Local: Santa Cruz de la Sierra (Bolívia)<br />

Informações:<br />

https://fexpocruz.com.bo/expoforest/<br />

MARÇO<br />

2024<br />

MARÇO<br />

2024<br />

ABRIL<br />

2024<br />

MAR<br />

2024<br />

TECH FORESTRY<br />

A realização da TechForestry – IV Feira de Tecnologia para<br />

Indústria de Madeira e Floresta -, tem como objetivo<br />

principal manter a atualização tecnológica, desde o<br />

plantio até o beneficiamento, além de gerar negócios e<br />

aproximar empresas e profissionais, criando informação<br />

para melhor produtividade e produtos de maior valor<br />

agregado. Serão 25 mil m2 (metros quadrados) de área<br />

externa, 2 mil m2 de área interna, exposição de trabalhos<br />

técnicos, espaço para micro e pequenas industrias, além<br />

de dois auditórios com mais de 40 palestras técnicas.<br />

ABR<br />

2024<br />

EXPOFOREST<br />

A Expoforest Bolívia destaca o que há de melhor na<br />

indústria madeireira em uma vitrine onde empresas<br />

do setor expõem móveis, serviços, ferramentas e tudo<br />

relacionado a esse material. São mais de cinco mil<br />

visitantes, em uma área com mais de 4 mil m2 de exibição<br />

onde o florestal boliviano recebe o principal foco. Durante<br />

a feira são realizadas competições corte de toras, reuniões<br />

de negócios com grandes representantes do setor e a<br />

valorização de todo o processo produtivo, partindo do<br />

plantio até os produtos manufaturados.<br />

Imagem: reprodução Imagem: reprodução<br />

86 www.referenciaflorestal.com.br


AGENDA 2024<br />

JULHO<br />

2024<br />

Demo Forest<br />

Data: 30 e 31<br />

Local: Bertrix (Bélgica)<br />

Informações:<br />

https://www.demoforest.be/en/<br />

SETEMBRO<br />

2024<br />

ASSINE AS PRINCIPAIS<br />

REVISTAS DO SETOR<br />

E FIQUE POR DENTRO<br />

DAS NOVIDADES!<br />

Lignum<br />

Data: 17 a 19<br />

Local: Curitiba (PR)<br />

Informações:<br />

https://lignumlatinamerica.com/<br />

INFORMAÇÃO<br />

A ALMA DO NEGÓCIO!<br />

FLORESTAL<br />

INDUSTRIAL<br />

PRODUTOS<br />

BIOMAIS<br />

OUTUBRO<br />

2024<br />

CELULOSE<br />

VI CBCTEM<br />

Data: 16 a 18<br />

Local: Pelotas (RS)<br />

Informações: https://www.cbctem.com.br/<br />

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Foto: divulgação<br />

O melhor<br />

DE CADA UM<br />

Por Kiko Campos,<br />

Formado em economia, tem MBA em<br />

comunicação, especialização em<br />

administração, inovação e negócios.<br />

Atualmente atua como gerente<br />

sênior de recursos humanos, do<br />

grupo Carrefour<br />

Conheça o que são soft<br />

skills e hard skills e como<br />

isso pode fazer diferença<br />

na relação com sua equipe<br />

88 www.referenciaflorestal.com.br<br />

O<br />

mercado exige cada vez mais profissionais completos, que tenham<br />

bem desenvolvidas soft skills e hard skills, de forma a se<br />

complementarem e permitirem uma atuação mais ampla. Nas<br />

descrições de vagas de emprego, é comum ver a exigência de<br />

uma combinação dos dois tipos de habilidades, afinal, ambos<br />

são necessários para uma performance de sucesso e para conquistar posições<br />

mais avançadas.<br />

Soft skills e hard skills são um conjunto de habilidades técnicas e comportamentais<br />

que ajudam o profissional a se destacar no mercado. Enquanto as hard<br />

skills são relacionadas ao conhecimento técnico, específico da profissão, as soft<br />

skills são características de perfil, mais ligadas ao comportamento. Em um currículo,<br />

as hard skills apareceriam nas áreas em que o candidato possui certificados<br />

e as soft skills seriam aquelas características que ajudam a construir melhor<br />

relacionamento com colegas, lideranças e clientes, por exemplo.<br />

As soft skills são traços de personalidade relevantes, habilidades sociais<br />

autodesenvolvidas que aumentam a capacidade de um profissional de realizar<br />

seu trabalho e que não são de uma área específica. Geralmente são adquiridas<br />

por meio de experiências de vida e de trabalho, podem ser aplicadas a uma<br />

série de funções e estão em demanda em diferentes indústrias. Esses atributos<br />

pessoais ajudam os profissionais a prosperar no local de trabalho, independentemente<br />

de seu nível de conhecimento, função ou setor e são mais difíceis de<br />

serem mensuradas. Exemplos de soft skills são: comunicação, liderança, solução<br />

de problemas, adaptabilidade, trabalho em equipe, ética, gerenciamento de<br />

tempo, diplomacia, inteligência emocional, criatividade, empatia, pensamento<br />

crítico, escuta ativa, flexibilidade e tomada de decisão.<br />

As hard skills são o conhecimento e as habilidades técnicas específicas de<br />

um trabalho, relevantes para o desempenho de funções de maneira eficaz em<br />

cada cargo e nível profissional. Ou seja, cada posição em uma empresa exigirá<br />

uma lista exclusiva de hard skills. São a espinha dorsal das atividades, indicando<br />

maestria e expertise para a realização de tarefas, são consideradas pré-requisitos<br />

em muitas profissões para que as responsabilidades sejam atendidas com<br />

segurança e qualidade. Elas podem ser desenvolvidas por meio de educação<br />

formal, cursos e treinamentos, e são mais fáceis de serem mensuradas. Já<br />

exemplos de hard skills são: diploma de graduação ou pós-graduação, certificado<br />

de cursos e treinamentos, computação na nuvem, marketing de SEO,<br />

codificação, escrituração, proficiência em uma língua estrangeira, segurança de<br />

rede e informação, análise estatística e mineração de dados, arquitetura web e<br />

estrutura de desenvolvimento, cirurgia, venda, gestão de fluxo de caixa, técnica<br />

de entrevista, catalogação de recursos informacionais e dados.<br />

ADAPTAR E APRENDER<br />

Por exemplo, se o candidato tem dificuldade de trabalhar em equipe, mas<br />

o emprego dos seus sonhos requer esta habilidade, você pode desenvolvê-la<br />

com atividades em grupo ou até mesmo a prática de um esporte de time ou um<br />

jogo de escape room. Se sua dificuldade é se comunicar de forma eficiente, por<br />

exemplo, o candidato pode participar de grupos de discussão ou observar como<br />

profissionais que dominam essa técnica se posicionam para aprender com eles,<br />

além de ler muito sobre esse assunto. Assim como fazer uma autorreflexão é<br />

importante, receber feedback de colegas, líderes e clientes é uma excelente maneira<br />

de desenvolver soft skills e hard skills. O feedback é uma ferramenta essencial<br />

para fortalecer soft skills e hard skills. Ao pedir feedback para terceiros,<br />

recebemos informações valiosas para o nosso crescimento pessoal e profissional.<br />

O mesmo deve ser feito para as demais pessoas com quem você trabalha:<br />

forneça feedback a elas, de forma educada e construtiva.


VEM AÍ!<br />

02 DE DEZEMBRO - CURITIBA (PR)<br />

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é ê toda a robustez, qualidade<br />

e produtividade da tecnologia Alemã.<br />

A Prinoth é uma das empresas mais respeitadas mundialmente<br />

devido à sua grande capacidade produtiva e confiabilidade de seus<br />

equipamentos mesmo em situações de grande adversidade.<br />

São décadas de experiência que asseguram o desempenho<br />

necessário para seus projetos.<br />

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