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Entrevista Fernando Gouveia destaca os avanços das pesquisas do Laboratório de Produtos Florestais<br />

EFICIÊNCIA TÉCNICA<br />

SOLUÇÕES INOVADORAS CONSOLIDAM<br />

O MERCADO DE ACABAMENTO PARA<br />

MOLDURAS<br />

TECHNICAL EFFICIENCY<br />

INNOVATIVE SOLUTIONS<br />

CONSOLIDATE THE FINISHING<br />

MARKET FOR MOLDINGS


SUMÁRIO<br />

INDUSTRIAL<br />

56<br />

2024<br />

36<br />

52<br />

44<br />

MADEIRA<br />

ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />

Benecke 07<br />

Burntech 33<br />

Bruno 09<br />

Cipem 29<br />

Contraco 31<br />

DRV Ferramentas 13<br />

Engecass 17<br />

Eurothermo 55<br />

Formóbile 63<br />

Fhaizer 67<br />

Gaidzinski 35<br />

Impacto 21<br />

Mendes Máquinas 02<br />

Mill Indústrias 68<br />

Montana Química 05<br />

MSM Química 19<br />

Prêmio REFERÊNCIA 65<br />

Nazzareno 23<br />

Omil 51<br />

Rotteng 11<br />

Termolegno 25<br />

TTS - Timber Treatment Solutions 61<br />

Vantec 15<br />

Walter Fundidos e Usinagem 47<br />

SUMÁRIO<br />

06 Editorial<br />

08 Cartas<br />

10 Bastidores<br />

12 Notas<br />

22 Aplicação<br />

24 Frases<br />

26 Entrevista<br />

36 Principal Inovação e eficiência<br />

42 Investimento<br />

44 Marcenaria<br />

48 Negócios<br />

52 Máquinas<br />

56 Química na Madeira<br />

58 Artigo<br />

64 Agenda<br />

66 Espaço Aberto<br />

04<br />

referenciaindustrial.com.br MARÇO 2024


EDITORIAL<br />

EM BUSCA<br />

DA INOVAÇÃO<br />

NA CAPA<br />

A Revista da Indústria da Madeira / The Magazine for the Forest Product<br />

www.referenciaindustrial.com.br<br />

Entrevista Fernando Gouveia destaca os avanços das pesquisas do Laboratório de Produtos Florestais<br />

A<br />

mais recente edição da Revista REFERÊNCIA<br />

MADEIRA INDUSTRIAL, traz como destaque<br />

a Gaidzinski Máquinas, empresa que atua no<br />

desenvolvimento de equipamentos para área<br />

de acabamento no setor moldureiro civil e<br />

decorativo. Reconhecida pelos seus clientes como uma empresa<br />

confiável e comprometida em apresentar as melhores<br />

soluções, a Gaidzinski completa 45 anos com sua trajetória<br />

marcada pela busca incessante da inovação industrial. Hoje<br />

a empresa, que tem sede no sul de Santa Catarina, está presente<br />

nos quatro cantos do mundo. Na editoria de Entrevista,<br />

conversamos com o coordenador do LPF (Laboratório de<br />

Produtos Florestais), Fernando Nunes Gouveia, que contou<br />

sobre as evoluções já apresentadas pela equipe do LPF. A<br />

edição também traz uma matéria sobre a missão técnica do<br />

Napi Wood Tech na Alemanha, os preparativos para a 10ª<br />

Formóbile e a projeção de aquecimento do mercado de<br />

máquinas e equipamentos. Além disso, a edição traz notícias<br />

sobre economia, exportações e produtos de madeira.<br />

Tenha uma ótima leitura!<br />

IN THE SEARCH FOR<br />

INNOVATION<br />

T<br />

he latest issue of the REFERÊNCIA Madeira<br />

<strong>Industrial</strong> highlights Gaidzinski Máquinas, a<br />

company that manufactures finishing equipment<br />

for the housing and decorative woodworking<br />

industry. Recognized by its customers as a reliable<br />

company committed to presenting the best solutions,<br />

Gaidzinski completes 45 years with its trajectory marked<br />

by the incessant search for industrial innovation. Today, the<br />

Company, which is headquartered in the South of the State<br />

of Santa Catarina, is present in the four corners of the world.<br />

In the Interview Section, we spoke with Fernando Nunes<br />

Gouveia, Coordinator of the Forest Products Laboratory<br />

(LPF), who told us about the developments already presented<br />

by the LPF team. The issue also features an article about<br />

the Napi Wood Tech technical mission to Germany, the preparations<br />

for the 10th Formóbile, and the projection that the<br />

machinery and equipment market is growing. In addition,<br />

the issue features news about the economy, exports, and<br />

wood products. Pleasant reading!<br />

06<br />

referenciaindustrial.com.br MARÇO 2024<br />

A CAPA DESTA EDIÇÃO DESTACA<br />

O MAQUINÁRIO DA GAIDZINSKI<br />

MÁQUINAS, EMPRESA CONSOLIDADA<br />

NO MERCADO GLOBAL DE<br />

ACABAMENTO PARA O SETOR<br />

MOLDUREIRO CIVIL E DECORATIVO<br />

EXPEDIENTE<br />

ANO XXVI - EDIÇÃO 260 - MARÇO 2024<br />

Diretor Comercial / Commercial Director - Fábio Alexandre Machado<br />

fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />

Diretor Executivo / Executive Director - Pedro Bartoski Jr.<br />

bartoski@revistareferencia.com.br<br />

Redação / Writing<br />

Gisele Rossi<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br<br />

Depto. de Criação / Graphic Design<br />

Fabiana Tokarski / Supervisão<br />

Julia Harumi<br />

criacao@revistareferencia.com.br<br />

Redes Sociais/ Social media<br />

Guilherme Leodoro<br />

Depto. Comercial / Sales Departament - Gerson Penkal<br />

comercial@revistareferencia.com.br<br />

fone: +55 (41) 3333-1023<br />

ASSINATURAS<br />

0800 600 2038<br />

Periodicidade Advertising<br />

GARANTIDA GARANTEED<br />

Ano XXVI • Nº260 • Março 2024<br />

EFICIÊNCIA TÉCNICA<br />

SOLUÇÕES INOVADORAS CONSOLIDAM<br />

O MERCADO DE ACABAMENTO PARA<br />

MOLDURAS<br />

Tradução / Translation - John Wood Moore<br />

Depto. de Assinaturas / Subscription<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

0800 600 2038<br />

Veículo filiado a:<br />

TECHNICAL EFFICIENCY<br />

INNOVATIVE SOLUTIONS<br />

CONSOLIDATE THE FINISHING<br />

MARKET FOR MOLDINGS<br />

A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente, dirigida aos produtores e<br />

consumidores de bens e serviços em madeira, instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos<br />

governamentais, ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente ligados ao<br />

segmento madeireiro. A Revista REFERÊNCIA do Setor <strong>Industrial</strong> Madeireiro não se responsabiliza por<br />

conceitos emitidos em matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais de<br />

responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação, armazenamento de banco<br />

de dados, sob qualquer forma ou meio, dos textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista RE-<br />

FERÊNCIA são terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos direitos autorais,<br />

exceto para fins didáticos.<br />

Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication directed at the producers and<br />

consumers of the good and services of the lumberz industry, research institutions, university students,<br />

governmental agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked to the forest based<br />

segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself responsible for the concepts contained in the material,<br />

articles or columns signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors, themselves. The<br />

use, reproduction, appropriation and databank storage under any form or means of the texts, photographs<br />

and other intellectual property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited without<br />

the written authorization of the holders of the authorial rights.


A Benecke é uma tradicional fabricante de<br />

caldeiras, máquinas para o segmento madeireiro<br />

e sistemas de secagem de grãos direto e indireto.<br />

Ao longo dos nossos 70 anos de mercado e<br />

presença em 21 países, com um parque fabril de<br />

18.500 metros quadrados, a Benecke estabeleceu<br />

uma sólida reputação, atendendo diversos<br />

mercados ao redor do mundo com mais de 5.400<br />

equipamentos vendidos.<br />

Com uma engenharia qualificada, aliada ao uso<br />

do software ANSYS e compromisso com a<br />

excelência e qualidade, nos posicionando como<br />

líder indiscutível no mercado.<br />

Projetamos e desenvolvemos toda a automação<br />

dos equipamentos, desta forma conseguimos o<br />

melhor rendimento e uma assistência técnica<br />

remota ágil.<br />

A unidade Caldeira é voltada para qualquer<br />

indústria que necessite de água quente, vapor<br />

saturado, superaquecido ou óleo térmico.<br />

Customizamos a caldeira de acordo com a<br />

necessidade da indústria, oferecendo soluções<br />

sustentáveis e com a garantia de qualidade,<br />

eficiência energética e confiabilidade de um<br />

produto robusto.<br />

Processos verticalizados em todas as áreas<br />

da indústria, garantindo mais qualidade no<br />

produto final entregue ao cliente.<br />

Caldeiras Flamotubulares e<br />

Aquatubulares, com capacidade<br />

produtiva de até 60ton/h e até 45 bar de<br />

pressão.<br />

Projetos customizados de acordo com a sua<br />

necessidade, garantindo qualidade e<br />

principalmente a confiabilidade em quem<br />

carrega 70 anos de experiência no mercado.


PRESENT THE NEWS FROM THE<br />

SECTOR'S PRODUCTION CHAIN<br />

Entrevista vice-presidente da Fiep, Roni Junior Marini, destaca os princípios ESG e o futuro do mercado<br />

CARTAS<br />

A Revista da Indústria da Madeira / The Magazine for the Forest Product<br />

MÓVEIS E MADEIRA<br />

FEIRA INTERNACIONAL VAI APRESENTAR<br />

AS NOVIDADES DA CADEIA PRODUTIVA<br />

DO SETOR<br />

FURNITURE AND WOOD<br />

INTERNATIONAL TRADE SHOW WILL<br />

CAPA DA EDIÇÃO 259 DA<br />

REVISTA REFERÊNCIA INDUSTRIAL, MÊS DE FEVEREIRO DE 2024<br />

www.referenciaindustrial.com.br<br />

CARTAS<br />

PRINCIPAL<br />

Ano XXVI • Nº259 • Fevereiro 2024<br />

INOVAÇÃO<br />

Por Angela Fontes –<br />

Formosa (GO)<br />

Por Aguinaldo Marcondes –<br />

Divinópolis (MG)<br />

Esta 10ª edição da Formóbile promete! Sempre<br />

vale a pena visitar a feira.<br />

Viva a ciência e a<br />

pesquisa. Nunca imaginei<br />

ser possível deixar a<br />

madeira transparente<br />

como os pesquisadores<br />

suecos fizeram. Incrível!<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: Gelson Bampi<br />

ENTREVISTA<br />

Por Diogo Meireles –<br />

Ponta Grossa (PR)<br />

Esclarecedora a entrevista<br />

com Roni Junior Marini.<br />

Não dá para fugir do ESG.<br />

INVESTIMENTO<br />

Por Marcos Serra –<br />

Água Clara (MS)<br />

Excelente registro sobre a inauguração do<br />

Napi Wood Tech, um passo importante<br />

para o desenvolvimento do setor.<br />

08<br />

Leitor, participe de nossas pesquisas online respondendo os<br />

e-mails enviados por nossa equipe de jornalismo.<br />

As melhores respostas serão publicadas em CARTAS. Sua opinião é<br />

fundamental para a Revista REFERÊNCIA INDUSTRIAL.<br />

referenciaindustrial.com.br MARÇO 2024<br />

E-mails, críticas e sugestões podem ser enviados para redação ou siga:<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br<br />

CURTA NOSSAS PÁGINAS<br />

E INSCREVA-SE NO NOSSO<br />

CANAL NO YOUTUBE<br />

Referência Madeira <strong>Industrial</strong><br />

@referenciamadeira<br />

@revistareferencia9702


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Sistemas de Alimentação de CaldeirA<br />

A Bruno Biomass apresenta soluções customizadas, utilizando biomassa como combustível<br />

para alimentação de caldeiras. Finalizamos o ano de 2023 com o fechamento<br />

bem-sucedido de grandes projetos, demonstrando nossa eficiência e compromisso com<br />

a excelência.<br />

Da madeira ao bagaço de cana, nossos sistemas se adaptam a diversas necessidades.<br />

Trabalhamos com uma variedade de combustíveis, incluindo biomassa derivada da madeira<br />

(cavacos, serragem, casca de pinus ou eucalipto), bagaço de cana, resíduos agrícolas,<br />

casca de arroz, fibra de dendê, caroço de açaí e algodão.<br />

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BASTIDORES<br />

BASTIDORES<br />

Foto: divulgação<br />

VISITA<br />

O DIRETOR COMERCIAL DA REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

CONHECEU A PLANTA DE PELLETS DA EMPRESA<br />

MADEIREIRA RODRIGUES, EM CORREIA PINTO (SC). NA<br />

FOTO, ESTÁ AO LADO DO DIRETOR DA EMPRESA SÉRGIO<br />

RONI RODRIGUES (ESQ.) E DO GERENTE DE OPERAÇÕES,<br />

RENAN RODRIGUES (DIR.).<br />

Foto: divulgação<br />

PARCERIA<br />

ALÉM DA FÁBRICA DE COMPENSADOS, A EMPRESA MADEIREIRA<br />

RODRIGUES CONSTRUIU DUAS PLANTAS DE PELLETS NA<br />

CIDADE DE CORREIA PINTO (SC), EM PARCERIA COM A<br />

EMPRESA ITALIANA COSTRUZIONI NAZZARENO. NA FOTO, O<br />

DIRETOR COMERCIAL DA REFERÊNCIA, FÁBIO MACHADO (ESQ.),<br />

O GERENTE DE OPERAÇÕES DA MADEIREIRA RODRIGUES,<br />

RENAN RODRIGUES (CENTRO) E O GERENTE COMERCIAL DA<br />

NAZZARENO, FRANCESCO STELLA (DIR.).<br />

ALTA<br />

RECORDE EM ENERGIA<br />

DE FONTES RENOVÁVEIS<br />

De acordo com levantamento<br />

feito pela CCEE (Câmara<br />

de Comercialização de Energia<br />

Elétrica) de toda a energia<br />

produzida em 2023 no<br />

país, 93,1% foi proveniente<br />

de fonte renovável, um recorde<br />

histórico. O índice de<br />

emissão de carbono também<br />

foi menor. Em 2023, o Brasil<br />

atingiu a menor taxa dos<br />

últimos 11 anos, de acordo<br />

com o SIN (Sistema Interligado<br />

Nacional). A produção<br />

foi de 38,5 kg de dióxido de<br />

carbono, o CO 2<br />

, por MWh<br />

(megawatt/hora) gerado.<br />

BAIXA<br />

INTENÇÃO DE<br />

CONSUMO CAI<br />

O indicador ICF (Intenção de<br />

Consumo das Famílias) caiu<br />

em fevereiro pelo terceiro<br />

mês seguido. O índice calculado<br />

pela CNC (Confederação<br />

Nacional do Comércio<br />

de Bens, Serviços e Turismo),<br />

fechou o mês em 105,7 pontos,<br />

0,5% a menos que o mês<br />

anterior. De acordo com a<br />

CNC, o resultado negativo<br />

na comparação entre meses<br />

imediatamente seguidos é<br />

resultado das famílias estarem<br />

mais preocupadas em<br />

pagar e diminuir dívidas do<br />

que fazer mais aquisições.<br />

10 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2024


NOTAS<br />

EXPORTAÇÃO<br />

PARADA<br />

A Fiemt (Federação das Indústrias de Mato Grosso), em conjunto com o Cipem (Centro das Indústrias<br />

Produtoras e Exportadoras de Madeira de Mato Grosso) e do FNBF (Fórum Nacional de Base Florestal),<br />

se reuniram com o presidente do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais<br />

Renováveis), Rodrigo Agostinho, para tratar da desburocratização das exportações dos produtos do<br />

setor de base florestal do Estado. O objetivo da reunião foi resolver problemas como a paralisação de<br />

mercadorias nos portos devido à falta de agentes de fiscalização do órgão federal, o que tem gerado<br />

prejuízos à industrial regional. Durante o encontro, os presidentes das entidades produtivas solicitaram<br />

ao Ibama a disponibilização de servidores para atuarem no Porto Seco de Cuiabá, a fim de resolver essas<br />

demandas e agilizar as exportações. O setor florestal de Mato Grosso negociou com 62 países em 2023.<br />

As exportações de produtos florestais nesse período totalizaram US$ 104,6 milhões, com destaque para<br />

mercados dos EUA (Estados Unidos da América), Índia e China, maiores compradores. Os principais<br />

produtos exportados incluem madeira bruta, serrada e perfilada, conforme informações do MDIC (Ministério<br />

do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços).<br />

12 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2024<br />

Foto: divulgação


PICAR EM ALTA<br />

PRODUTIVIDADE É<br />

UMA ARTE PARA POUCOS!<br />

Para obter um alto potencial<br />

produtivo em operações de<br />

picagem, além do picador<br />

robusto, você precisa de facas<br />

de alta performance e uma<br />

afiação eficaz.<br />

A DRV tem as ferramentas<br />

certas para cada<br />

operação!<br />

SERRAS E FACAS INDUSTRIAIS


NOTAS<br />

Foto: Augusto Tomasi<br />

MERCADO EM RETRAÇÃO<br />

O setor moveleiro gaúcho encerrou 2023 com faturamento nominal de R$ 11.9 bilhões. Esse montante<br />

representa um aumento de 3,4% na comparação com 2022, mas, utilizando o IPCA (Índice Nacional de<br />

Preços ao Consumidor Amplo) como referência de inflação, o montante não apresentou crescimento real,<br />

conforme informações apresentadas pela Movergs (Associação das Indústrias de Móveis do Estado do Rio<br />

Grande do Sul). A produção física industrial e a geração de empregos também são parâmetros analisados<br />

pela Movergs. De acordo com os dados fornecidos pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística),<br />

a produção do setor moveleiro gaúcho foi 2,7% menor em 2023. Já o balanço do Caged (Cadastro<br />

Geral de Empregados e Desempregados) aponta que o ano encerrou com retração de 2,05% no comparativo<br />

com 2022 – passando de 6.530 para 6.396 profissionais em atividade no Rio Grande do Sul. Para o<br />

presidente da associação, Euclides Longhi, o desempenho do segmento é reflexo de um conjunto de fatores<br />

que impactam as indústrias moveleiras de todo o Brasil. “Além dos altos custos de produção, ainda<br />

estamos em um momento de redução nas compras de bens duráveis, como móveis. Havendo manutenção<br />

efetiva do controle inflacionário, diminuição dos juros, incentivo ao consumo, ao crédito e ao mercado<br />

imobiliário, é possível que o segundo semestre de 2024 seja mais favorável para o setor moveleiro”, anseia<br />

Longhi.<br />

14 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2024


NOTAS<br />

RECUAM<br />

EXPORTAÇÕES NO PARÁ<br />

O setor madeireiro do Pará apresentou redução nas exportações em 2023. Ao todo, foram embarcadas<br />

242 mil toneladas de madeira, 39% a menos na comparação com 2022 – quando 262 mil toneladas foram<br />

exportadas. Os dados são da Aimex (Associação das Indústrias Exportadoras de Madeira do Estado<br />

do Pará), com base nas informações do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e<br />

Serviços). Na avaliação da Aimex, alguns fatores como os conflitos entre Rússia e Ucrânia, Israel e Hamas<br />

impactaram nos estoques globais de madeira e por isso os preços e as exportações sofreram revezes<br />

em 2023. Outro fator que impactou negativamente foi a queda no preço pago pela madeira no mercado<br />

internacional. Na comparação entre 2022 e 2023, o valor caiu de US$ 1,3 mil por tonelada para US$<br />

877. Dentre os principais mercados da madeira do Pará, os EUA (Estados Unidos da América) foram<br />

responsáveis por 30% de todos os embarques em 2023. A União Europeia também teve participação<br />

importante, com 45% de toda a madeira embarcada pelo Pará – especialmente produtos como pisos,<br />

decks, tacos, frisos e madeira serrada.<br />

Foto: divulgação<br />

16 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2024


NOTAS<br />

PEQUENAS<br />

E MÉDIAS EMPRESAS<br />

Os pequenos e médios negócios demonstraram mais um<br />

sinal de avanço e de destaque no cenário econômico no ano<br />

de 2023. Isto porque o IODE-PME (Índice Omie de Desempenho<br />

Econômico das Pequenas e Médias Empresas) mostrou<br />

que o crescimento do setor foi mais do que o dobro do PIB<br />

(Produto Interno Bruto). Enquanto o crescimento do país foi<br />

de aproximadamente 2,9%, as pequenas e médias empresas<br />

cresceram cerca de 7% no último ano - o índice considera a<br />

movimentação financeira real dos negócios (descontada a<br />

inflação). “Os pequenos negócios já são responsáveis por<br />

30% do PIB e geraram oito em cada dez postos de trabalho<br />

em 2023, então, mais uma vez demonstram o seu potencial<br />

e a sua capacidade de contribuir ainda mais na economia<br />

do nosso país. São os que fazem a distribuição de renda no<br />

país”, apontou o presidente do Sebrae, Décio Lima.<br />

O maior avanço foi registrado na pequena e média indústria,<br />

com um crescimento de faturamento da ordem de 17%. O<br />

setor de serviços também apresentou resultados positivos<br />

e fechou o ano com um avanço de 4,4% em comparação a<br />

2022. O IODE-PME funciona como um termômetro econômico<br />

das empresas com faturamento até R$ 50 milhões por<br />

ano. Para 2024, os responsáveis pelo índice apontam para<br />

um crescimento dos pequenos e médios negócios de 3,1%,<br />

puxado pela redução da taxa básica de juros (Selic) que vem<br />

sendo realizada.<br />

Foto: divulgação<br />

18 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2024


CUPIM SUBTERRÂNEO<br />

NORMA ASTM D:3345-74 (1999)<br />

AVALIAÇÃO 10<br />

CIPERTRIN MD foi aplicado em painéis compensados pelo processo de adição à cola e tratamento superficial, posteriormente<br />

estes painéis foram submetidos ao ataque de CUPINS SUBTERRÂNEOS conforme NORMA ASTM D:3345-74 (1999)<br />

(Stabd Test Method for Laboratory Evoluation of Wood and Other Cellulosic Materials for Resistence to Termites), obtendo<br />

resultados de avaliação 10, onde demonstra total eficiência contra o ataque dos CUPINS SUBTERRÂNEOS, atendendo<br />

assim, a Norma de Preservação de Madeira ABNT 16143 (Sistema de Categoria de Uso).<br />

• Líder no tratamento inseticida de painéis de<br />

madeira, (compensados, MDF, HDF, OSB, e outros)<br />

por adição à cola e tratamento superficial;<br />

• Indicadores: EC 257-842-9 /<br />

CAS 52315-07-08 / EPA 70506-10;<br />

• Compatível com resinas de última geração;<br />

• Formulado líquido de emulsão concentrada a<br />

base d’água, não contendo Hidrocarbonetos<br />

aromáticos;<br />

• Fácil diluição em água, para tratamentos por<br />

imersão de madeiras serradas.<br />

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NOTAS<br />

Foto: divulgação<br />

MADEIRA DIGITAL<br />

A ABIMAQ (Associação Brasileira das Indústrias de Máquinas e Equipamentos) se juntou à Plataforma Brasil Exportação,<br />

visando impulsionar as exportações no setor de máquinas e equipamentos. A parceria impulsiona a presença<br />

global do setor ao divulgar o portfólio da ABIMAQ na Plataforma operada pela ApexBrasil (Agência Brasileira de<br />

Promoção de Exportações e Investimentos), hub digital que reúne mais de 400 serviços de apoio ao comércio exterior.<br />

Com a adesão da ABIMAQ, empresas do setor de máquinas e equipamentos ganham acesso a uma variedade<br />

de serviços de apoio à exportação. Desde estudos de mercado até suporte logístico, a Plataforma Brasil Exportação<br />

se torna o ponto de partida para empresas que buscam expandir sua presença global. “A presença na plataforma<br />

é essencial para nos conectarmos às empresas interessadas em exportação e ampliar nossa atuação no setor de<br />

máquinas e equipamentos. Ao oferecer nossos serviços na Plataforma Brasil Exportação, ganhamos a oportunidade<br />

de ter um diálogo direto com o público e prospectar novos integrantes para nossas ações de promoção comercial<br />

e inteligência”, resume Paulo Guerra, Gerente de Relações Institucionais da ABIMAQ.<br />

De acordo com o gerente da Plataforma Brasil Exportação, Juarez Leal: “o setor de máquinas e equipamentos é<br />

fundamental para a agregação de valor nas exportações brasileiras e sua participação na plataforma contribuirá<br />

para o portfólio de soluções com informações estratégicas sobre mercados potenciais para exportação e ações de<br />

promoção comercial em países com demanda para produtos brasileiros.”<br />

20 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2024


APLICAÇÃO<br />

ITENS UTILITÁRIOS<br />

COM MDF<br />

Foto: divulgação<br />

A designer Marta Manente, em parceria<br />

com a Casa Guararapes, criou uma coleção<br />

de objetos de design exclusivos<br />

produzidos com MDF. A Coleção Grão<br />

traz peças versáteis, funcionais, que se<br />

encaixam na decoração e trazem praticidade<br />

no dia a dia, como bandejas,<br />

organizadores e objetos decorativos. A<br />

coleção é formada por oito itens, com<br />

bandejas de diferentes formatos e funcionalidades,<br />

como o trio de bandejas<br />

grandes com porta copos, bandejas<br />

com revisteiro, floreira e apoio de braço<br />

de sofá.<br />

DESIGN<br />

DIFERENCIADO<br />

Para desenvolver a coleção, a designer<br />

utilizou traços fluidos, enaltecendo e<br />

diferenciando o uso do MDF. “A inspiração<br />

veio do grão de uva, que representa<br />

o embrião de grandes criações,<br />

é a partir dele que nascem as múltiplas<br />

possibilidades de transformação. Com<br />

formas orgânicas, as peças transbordam<br />

suavidade e delicadeza”, explica Marta.<br />

A designer é formada em Tecnologia de<br />

Produção Moveleira e tem especialização<br />

em Design de Produtos com ênfase<br />

em móveis, além de ter mais de 20 anos<br />

de experiência no desenvolvimento de<br />

projetos.<br />

Foto: divulgação<br />

22 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2024


FRASES<br />

“O SETOR MOVELEIRO NACIONAL CUMPRE UM PAPEL<br />

ESTRATÉGICO PARA O PAÍS, AO CONTRIBUIR COM O EQUILÍBRIO<br />

E O POSICIONAMENTO DA ECONOMIA E DA INDÚSTRIA BRASILEIRA<br />

NO MERCADO INTERNO E GLOBAL, GERANDO EMPREGOS E SENDO<br />

RESPONSÁVEL PELO DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS QUE FORAM<br />

EXPORTADOS PARA MAIS DE 180 PAÍSES APENAS EM 2023”<br />

CÂNDIDA CERVIERI, DIRETORA-EXECUTIVA DA ABIMÓVEL<br />

(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS DO MOBILIÁRIO)<br />

E GERENTE DO PROJETO BRAZILIAN FURNITURE<br />

“O BRASIL ESTÁ<br />

ARTICULARMENTE<br />

BEM POSICIONADO<br />

PARA SE BENEFICIAR<br />

DA TRANSIÇÃO GLOBAL<br />

PARA UMA ECONOMIA DE<br />

CARBONO NEUTRO. O BRASIL<br />

TEM A VANTAGEM DE UMA<br />

MATRIZ ENERGÉTICA QUE JÁ<br />

É MUITO BASEADA EM FONTES<br />

RENOVÁVEIS, QUE SERÁ UM DOS<br />

PRINCIPAIS ATIVOS”<br />

“NÃO EXISTE EMPRESA QUE CRESCEU SEM TER<br />

UM SISTEMA DE GESTÃO EFICIENTE. ISSO TAMBÉM<br />

VALE PARA UM PAÍS. O BRASIL ESTÁ ESQUECENDO<br />

DE PRATICAR ESSE PRINCÍPIO. TEM QUE SER ALGO<br />

DIFERENTE, TEM QUE SER DISRUPTIVO”<br />

MAURO MENDES,<br />

GOVERNADOR DO MATO GROSSO<br />

JANET YELLEN,<br />

SECRETÁRIA DO<br />

TESOURO DOS EUA<br />

(ESTADOS UNIDOS<br />

DA AMÉRICA),<br />

EM EVENTO<br />

ORGANIZADO PELA<br />

AMCHAM (CÂMARA<br />

AMERICANA DE<br />

COMÉRCIO PARA<br />

O BRASIL).<br />

Foto: HM Treasury<br />

“MUITOS MERCADOS ESTÃO<br />

EXIGINDO CADA VEZ MAIS PRODUTOS<br />

E SERVIÇOS AMBIENTALMENTE<br />

RESPONSÁVEIS. CUMPRIR AS<br />

OBRIGAÇÕES AMBIENTAIS PODE<br />

ABRIR NOVAS OPORTUNIDADES DE<br />

NEGÓCIOS, ALÉM DE FACILITAR O<br />

ACESSO A OUTROS MERCADOS E<br />

ATRAIR MAIS CLIENTES”<br />

MIRELA CHIAPANI SOUTO, PRESIDENTE<br />

DO COEMAS (CONSELHO TEMÁTICO DE<br />

MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE)<br />

DA FINDES (FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS<br />

DO ESPÍRITO SANTO)<br />

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de alta qualidade<br />

e durabilidade.<br />

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elétricos e térmicos<br />

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ENTREVISTA<br />

EXPERIMENTAÇÕES<br />

COM A MADEIRA<br />

Foto: divulgação<br />

EXPERIMENTS<br />

WITH WOOD<br />

ENTREVISTA<br />

C<br />

om mais de 50 anos de atividade, o LPF (Laboratório<br />

de Produtos Florestais) é um importante espaço de<br />

pesquisa para área da madeira. Vinculado ao MMA<br />

(Ministério do Meio Ambiente) o laboratório tem a<br />

proposta de desenvolver estudos, pesquisas e transferir<br />

tecnologias para utilização dos recursos florestais. O modelo de<br />

Habitação Popular em Madeira é resultado de uma das iniciativas<br />

de estudos do LPF. Trata-se de um novo modelo de sistema construtivo<br />

que já foi implantado em alguns municípios da região norte<br />

do país. Para entender melhor sobre o funcionamento da instituição,<br />

conversamos com o coordenador do laboratório, Fernando<br />

Nunes Gouveia, funcionário de carreira do IBAMA (Instituto Brasileiro<br />

do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).<br />

W<br />

ith more than 50 years of activity, the Forest Products<br />

Laboratory (LPF) is an important research<br />

space for the Forest Sector. Affiliated with the<br />

Ministry of the Environment (MMA), the Laboratory<br />

aims to carry out studies and research, as well as<br />

transfer technologies for the use of forest resources. The model of Popular<br />

Housing in Wood is the result of one of the LPF’s study initiatives.<br />

It is a new construction system model that has already been implemented<br />

in some municipalities in the Northern Region of the Country.<br />

To better understand how the institution works, we spoke with the<br />

laboratory coordinator, Fernando Nunes Gouveia, a career employee<br />

of the Brazilian Institute of the Environment and Renewable Natural<br />

Resources (Ibama).<br />

FERNANDO NUNES<br />

GOUVEIA<br />

FORMAÇÃO PROFISSIONAL: ENGENHARIA FLORESTAL PELA<br />

UNB (UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA); MESTRADO EM CIÊNCIA<br />

FLORESTAL PELA UFV (UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA) E<br />

DOUTORADO EM CIÊNCIAS FLORESTAIS PELA UNB<br />

CARGO: COORDENADOR DO LPF (LABORATÓRIO DE<br />

PRODUTOS FLORESTAIS) DO MMA (MINISTÉRIO DO MEIO<br />

AMBIENTE)<br />

PROFESSIONAL EDUCATION: FOREST ENGINEERING FROM THE UNIVERSITY<br />

OF BRASILIA (UNB); MASTER’S DEGREE IN FOREST SCIENCE FROM THE FEDERAL<br />

UNIVERSITY OF VIÇOSA (UFV) AND PHD IN FOREST SCIENCES FROM UNB<br />

FUNCTION: COORDINATOR OF THE FOREST PRODUCTS LABORATORY (LPF) OF<br />

THE MINISTRY OF THE ENVIRONMENT (MMA)<br />

26 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2024


CONTE DE FORMA RESUMIDA COMO FOI A<br />

TRAJETÓRIA DO LPF DESDE A CRIAÇÃO ATÉ OS<br />

DIAS ATUAIS.<br />

O LPF (Laboratório de Produtos Florestais) foi concebido<br />

para integrar o Centro Nacional de Treinamento<br />

e Pesquisa Florestal, órgão idealizado no início de 1970<br />

para promover a pesquisa florestal no Brasil, a capacitação<br />

de pessoal técnico necessário ao desenvolvimento<br />

do setor florestal brasileiro, e a cooperação com o setor<br />

industrial madeireiro. Seria o órgão precursor para a implantação<br />

e estruturação da área de pesquisa no então<br />

IBDF (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal).<br />

Naquela época, o IBDF era basicamente um órgão administrativo,<br />

logo não dispunha de um local apropriado<br />

para a instalação de um laboratório de pesquisa. Em<br />

razão disto, o LPF foi instalado na UnB (Universidade de<br />

Brasília) em 1973, onde funcionou até 1985, ano em que<br />

se instalou na área onde se encontra até hoje. Em 1989,<br />

o LPF foi integrado ao Ibama, na qualidade de centro<br />

especializado, o que otimizou o desempenho de suas<br />

atividades e potencializou suas entregas à sociedade.<br />

Em 2007, o LPF foi incorporado ao SFB (Serviço Florestal<br />

Brasileiro), mantendo sua principal missão de realizar<br />

pesquisas relacionadas com a tecnologia e utilização de<br />

produtos florestais.<br />

ONDE O LABORATÓRIO ESTÁ SEDIADO E COMO<br />

É COMPOSTA SUA EQUIPE?<br />

O LPF está localizado em Brasília (DF), na sede do<br />

SFB e ocupa uma área de aproximadamente 4.500 m²<br />

(metros quadrados). É dividido em sete áreas técnicas,<br />

cada uma dotada de laboratórios bem equipados,<br />

capazes de realizar diversos projetos de pesquisa nas<br />

principais áreas relacionadas à tecnologia e utilização<br />

de produtos florestais. Além disso, possuímos também<br />

uma carpintaria onde todas as amostras são preparadas.<br />

O quadro atual de servidores do LPF é composto por<br />

38 pessoas, entre servidores públicos da carreira de especialista<br />

em meio ambiente, servidores contratados e<br />

estagiários. É uma equipe multidisciplinar composta por<br />

doutores, mestres e especialistas. Também contamos<br />

com o apoio de sete bolsistas de iniciação científica,<br />

que atuam por período de um ano.<br />

QUAIS FORAM AS PRINCIPAIS CONQUISTAS<br />

NESTES MAIS DE 50 ANOS DE EXISTÊNCIA?<br />

As entregas realizadas pelo LPF à sociedade brasileira<br />

nestes últimos 50 anos foram muitas e das mais variadas.<br />

Desde os clássicos estudos produzidos sobre as<br />

características tecnológicas de mais de 300 espécies de<br />

madeira, até a capacitação de vários profissionais que<br />

hoje atuam como pesquisadores, peritos, consultores<br />

e professores em diferentes instituições. O laboratório<br />

atuou também em projetos construtivos em madeira,<br />

instalados por todo o país e até na Antártida. Tem colaborado<br />

para a definição de normas técnicas junto à<br />

ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Possui<br />

TELL US BRIEFLY ABOUT THE EVOLUTION OF<br />

THE LPF FROM ITS CREATION TO THE PRESENT<br />

DAY.<br />

The LPF was conceived to integrate the National<br />

Center for Forestry Training and Research, an agency<br />

created in the early 1970s to promote forestry research<br />

in Brazil, the training of technical personnel necessary<br />

for the development of the Brazilian Forest Sector, and<br />

cooperation with the Forest Product Sector. It would be<br />

the forerunner of the implementation and structuring of<br />

the research area at the then Brazilian Institute of Forest<br />

Development (IBDF). At that time, the IBDF was basically<br />

an administrative body, so it did not have an appropriate<br />

place to set up a research laboratory. For this reason, in<br />

1973, the LPF was installed at the University of Brasilia<br />

(UnB), where it operated until 1985, when it was moved<br />

to its current location. In 1989, the LPF was integrated<br />

into Ibama as a Specialized Center, which optimized the<br />

performance of its activities and improved its services to<br />

society. In 2007, the LPF was incorporated into the Brazilian<br />

Forest Service (SFB), retaining its main mission of<br />

conducting research related to the technology and use<br />

of forest products.<br />

WHERE IS THE LAB BASED, AND HOW IS THE<br />

TEAM COMPOSED?<br />

LPF is located at the SFB offices in Brasília (DF) and<br />

occupies an area of approximately 45 hundred m². It is<br />

divided into seven technical areas, each with well-equipped<br />

laboratories capable of carrying out various research<br />

projects in the main areas related to the technology<br />

and use of forest products. In addition, we also have a<br />

woodworking shop where all samples are prepared. The<br />

current staff of the LPF is composed of 38 people, including<br />

civil servants such as career environmental specialists,<br />

contracted workers, and interns. It is a multidisciplinary<br />

team composed of PhDs, Masters, and specialists.<br />

We also have the support of seven scientific intern scholarship<br />

holders, who work for periods of one year.<br />

WHAT HAVE BEEN THE MAIN ACHIEVEMENTS<br />

IN THESE MORE THAN 50 YEARS OF EXISTENCE?<br />

The work carried out by the LPF and delivered to<br />

the Brazilian society in the last 50 years has been much<br />

AS ENTREGAS REALIZADAS<br />

PELO LPF À SOCIEDADE<br />

BRASILEIRA NESTES ÚLTIMOS 50<br />

ANOS FORAM MUITAS E DAS MAIS<br />

VARIADAS<br />

MARÇO 2024 27


ENTREVISTA<br />

produtos e processos patenteados, coleções de referência<br />

e produziu diversas publicações técnicas.<br />

EXISTE UM ESTUDO PARA IMPLANTAÇÃO DE<br />

HSM (HABITAÇÃO SOCIAL DE MADEIRA)?<br />

Existe um projeto técnico, elaborado, prototipado e<br />

implantado em condições reais de uso para avaliar a sua<br />

aplicabilidade enquanto instrumento de política pública<br />

habitacional. Em 2001, o LPF entregou à sociedade<br />

brasileira a primeira versão do projeto Habitação Popular<br />

em Madeira. O LPF, enquanto Centro de Pesquisa,<br />

cumpre sua missão de oferecer respostas técnicas aos<br />

problemas que lhe são apresentados. O estudo está finalizado,<br />

e sempre existe algo que pode ser melhorado.<br />

Recentemente ele foi revisitado e atualizado, tendo sido<br />

comprovado sua maior economicidade em relação a<br />

projetos semelhantes em alvenaria.<br />

O QUE MOTIVOU O DESENVOLVIMENTO DESTE<br />

ESTUDO?<br />

O Programa Comunidade Solidária do Governo Federal,<br />

iniciado em 1995, buscava desenvolver, dentre outras<br />

ações, políticas públicas habitacionais destinadas a<br />

populações de baixa renda. O projeto Habitação Popular<br />

em Madeira foi concebido para atender esta demanda,<br />

fazendo uso de madeiras apreendidas pelo Ibama.<br />

Entre 2001 e 2003, foram edificadas as primeiras unidades<br />

habitacionais do projeto arquitetônico concebido<br />

em municípios amazônicos. Em 2013, surgiu uma nova<br />

demanda, desta vez pelo CNS (Conselho Nacional de<br />

Populações Extrativistas), que buscava informações técnicas<br />

que permitissem o subsídio ou financiamento de<br />

moradias pelo Programa Nacional de Habitação Rural.<br />

Para isso, foi criado um grupo de trabalho, formado por<br />

diferentes instituições públicas, que definiu o projeto<br />

Habitação Popular em Madeira, como modelo apto para<br />

ser observado quando há solicitação de financiamentos<br />

para moradias rurais, conforme consta na Portaria Interministerial<br />

nº 318/2014.<br />

QUAIS SERIAM AS CARACTERÍSTICAS DESSAS<br />

HABITAÇÕES? ALGUMA MADEIRA ESPECÍFICA?<br />

O projeto é de uma casa de 52 m², construída em<br />

madeira maciça, contendo sala, dois quartos, cozinha,<br />

banheiro, varanda e área de serviço. É composto por um<br />

sistema estrutural e construtivo flexível, adaptável a vários<br />

tipos de fechamentos, com ênfase na simplificação<br />

do processo construtivo e independência entre estrutura<br />

e fechamento. Possui modulação estrutural em múltiplos<br />

de 90 cm (centímetros), opções diferenciadas de<br />

soluções de conforto ambiental para diferentes regiões<br />

de implantação e possibilidade de expansão da moradia.<br />

Além disso, a varanda principal valoriza a estética<br />

arquitetônica. Já a varanda da área de serviço oferece<br />

proteção contra intempéries e representa um prolongamento<br />

da área da cozinha. Não existe uma madeira<br />

and varied, from the classic studies produced on the<br />

technological characteristics of more than three hundred<br />

wood species, to the training of several professionals<br />

who today work as research scientists, expert technicians,<br />

consultants, and professors in different institutions.<br />

The Laboratory has also worked on wood construction<br />

projects that have been installed throughout the Country<br />

and even in Antarctica. It has collaborated in the definition<br />

of technical standards with the Brazilian Association<br />

of Technical Standards (ABNT). It has patented products<br />

and processes, reference collections and has produced<br />

several technical publications.<br />

IS THERE A STUDY ON THE IMPLEMENTATION<br />

OF SOCIAL HOUSING IN WOOD (HSM)? IS IT A FI-<br />

NISHED STUDY?<br />

There is a technical project, elaborated, prototyped,<br />

and implemented in real conditions of use to evaluate its<br />

applicability as an instrument of public housing policy.<br />

In 2001, the LPF delivered to Brazilian society the first<br />

version of the project “Popular Housing in Wood”. The<br />

LPF, as a Research Center, fulfills its mission of providing<br />

technical answers to the problems presented to it. The<br />

study is finished, and there is always room for improvement.<br />

Recently, it was revisited and updated, having<br />

been proven to be more economical in relation to similar<br />

projects in brick.<br />

WHAT MOTIVATED THE DEVELOPMENT OF<br />

THIS STUDY?<br />

The Federal Government’s Solidarity Community<br />

Program, initiated in 1995, sought, among other things,<br />

to develop public housing policies aimed at low-income<br />

populations. The Popular Housing in Wood project<br />

was designed to meet this need, making use of wood<br />

confiscated by Ibama. Between 2001 and 2003, the first<br />

housing units of the architectural project were built in<br />

Amazonian municipalities. In 2013, a new demand arose,<br />

this time from the National Council of Extractive Populations<br />

(CNS), which sought technical information that<br />

would allow the subsidy or financing of housing through<br />

the National Rural Housing Program. To this end, a<br />

workgroup was created, formed by different public institutions,<br />

which defined the Popular Housing in Wood project<br />

as a model suitable to be observed when applying<br />

for financing for rural housing, as stated in Interministerial<br />

Ordinance No. 318/2014.<br />

WHAT WOULD BE THE CHARACTERISTICS OF<br />

THESE DWELLINGS? ANY PARTICULAR TYPE OF<br />

WOOD?<br />

The project is a house of 52 m², built in solid wood,<br />

with a living room, two bedrooms, kitchen, bathroom,<br />

porch, and service area. It consists of a flexible structural<br />

and construction system, adaptable to various types of<br />

panels, with an emphasis on simplifying the construction<br />

28 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2024


ENTREVISTA<br />

específica, mas sim um conjunto de espécies que são<br />

sugeridas, pois, de acordo com suas propriedades, algumas<br />

são mais indicadas para uso estrutural, outras para<br />

fechamento, piso ou forro. Mas a principal característica<br />

de habitações em madeira é a redução da pegada de<br />

carbono. Estima-se que na construção de uma casa de<br />

alvenaria de 35 m² são emitidas cerca de 7,84 toneladas<br />

de CO 2<br />

para a natureza, enquanto para a edificação<br />

de uma casa de madeira (apenas com os alicerces em<br />

concreto), com as mesmas dimensões, o saldo é positivo<br />

em 1,07 toneladas de CO 2<br />

sequestrado, uma vez que o<br />

carbono é fixado e permanece durante toda a vida útil<br />

do imóvel.<br />

QUAIS OS PRINCIPAIS RESULTADOS DESTE ES-<br />

TUDO?<br />

Do ponto de vista acadêmico e científico, este<br />

projeto gerou artigos científicos em periódicos especializados,<br />

congressos e seminários afins, além de livros<br />

e manuais. O principal resultado deste estudo é a comprovação<br />

da viabilidade técnica, econômica e como<br />

instrumento de política pública social, pois as unidades<br />

habitacionais construídas entre os anos de 2001 e 2003<br />

estão, em sua maioria, em perfeitas condições de uso<br />

até hoje, o que comprova a qualidade do projeto arquitetônico<br />

e a viabilidade de se construir em madeira.<br />

Além disso, os estudos mais recentes comprovam a<br />

maior economicidade deste projeto em relação a propostas<br />

similares em alvenaria. Cálculos indicam que este<br />

projeto, quando construído em madeira, é 30% mais<br />

barato do que se fosse feito com tijolos. Finalmente,<br />

dentro das ações para celebrar o cinquentenário do LPF,<br />

lançamos uma edição revista e ampliada do projeto, renomeado<br />

Habitação Social em Madeira.<br />

EXISTE A EXPECTATIVA DE QUE ESTE ESTUDO<br />

SE TORNE UM PROGRAMA DE HABITAÇÃO?<br />

Alguns municípios da região norte do Brasil implantaram<br />

algumas unidades no início da década de 2000.<br />

Várias casas estão em perfeitas condições de uso até<br />

hoje, o que colabora para a quebra de paradigmas sobre<br />

casas de madeira, principalmente sobre aqueles relacionados<br />

à durabilidade. Quanto à possiblidade deste<br />

O LABORATÓRIO ATUOU<br />

TAMBÉM EM PROJETOS<br />

CONSTRUTIVOS EM MADEIRA,<br />

INSTALADOS POR TODO O PAÍS E<br />

ATÉ NA ANTÁRTIDA<br />

process and independence between structure and panel.<br />

It has structural modulation in multiples of 90 cm, differentiated<br />

options of environmental comfort solutions<br />

for different regions of implantation, and the possibility<br />

of expansion of the house. In addition, the main porch<br />

enhances the architectural aesthetics. The service area<br />

porch offers protection from the weather and represents<br />

an extension of the kitchen area. There are no specific<br />

wood species, but rather a set of species that are suggested<br />

because, depending on their characteristics,<br />

some are more suitable for structural use, and others<br />

are for paneling, flooring, or ceiling. But the main feature<br />

of a wood-dwelling is the reduction of the “carbon<br />

footprint”. It is estimated that in the construction of a 35<br />

m² masonry house, about 7.84 tons of CO 2<br />

are emitted<br />

into nature. In contrast, for the construction of a wooden<br />

dwelling (with only concrete foundations) with the same<br />

dimensions, the balance is positive in 1.07 tons of CO 2<br />

sequestered since the carbon is fixed and remains throughout<br />

the useful life of the property.<br />

WHAT ARE THE MAIN RESULTS OF THIS STUDY?<br />

From an academic and scientific point of view, this<br />

project has generated scientific articles in specialized<br />

journals, congresses, and related seminars, as well as<br />

books and manuals. The main result of this study is the<br />

proof of technical and economic feasibility as an instrument<br />

of social public policy, since the housing units<br />

built between 2001 and 2003 are, for the most part, in<br />

perfect conditions of use today, proving the quality of<br />

the architectural project and the feasibility of building in<br />

wood. In addition, the most recent studies demonstrate<br />

the greater economy of this project compared to similar<br />

proposals in brick. Calculations indicate that this design,<br />

when built in wood, is 30% cheaper than if it were made<br />

in brick. Finally, as part of the actions to celebrate the<br />

LPF’s fiftieth anniversary, we launched a revised and expanded<br />

edition of the project, renamed Habitação Social<br />

em Madeira (Social Housing in Wood).<br />

IS THERE AN EXPECTATION THAT THIS STUDY<br />

WILL BECOME A HOUSING PROGRAM? IF SO,<br />

WOULD IT BE APPLICABLE NATIONWIDE?<br />

Several municipalities in the Northern Region of<br />

Brazil built some units in the early 2000s. Several houses<br />

are in perfect condition of use to this day, which contributes<br />

to the breaking of paradigms about wooden<br />

houses, especially those related to durability. As for the<br />

possibility of this study becoming a housing program, we<br />

understand that it is a solution that is not only feasible<br />

from a technical point of view, with evident benefits in<br />

relation to housing policy, but also economical. As it is a<br />

relatively simple building project, it can be implemented<br />

in small and medium-sized woodworking shops, generating<br />

income and employment in the municipalities where<br />

30 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2024


ENTREVISTA<br />

estudo se tornar um programa de habitação, entendemos<br />

que é uma solução não apenas viável do ponto de<br />

vista técnico, com benefícios evidentes em relação à política<br />

habitacional, mas também econômicos. Por ser um<br />

projeto construtivo relativamente simples, ele pode ser<br />

executado em marcenarias de pequeno e médio porte,<br />

gerando renda e emprego nos municípios onde venha<br />

a ser instalado, alavancando a atividade econômica da<br />

região. E sim, ele é aplicável em todo o país, desde que<br />

se faça o uso das adaptações necessárias, principalmente<br />

em razão da amplitude do teor de umidade de<br />

equilíbrio local, como também dos tipos de fechamento<br />

utilizados, conforme indicados na nova versão do livro<br />

Habitação Social em Madeira.<br />

COMO OS ESTUDOS DESENVOLVIDOS PELO LPF<br />

PODEM CONTRIBUIR PARA MAIOR UTILIZAÇÃO DA<br />

MADEIRA EM CONSTRUÇÕES E ESTRUTURAS?<br />

Basicamente de duas maneiras: a primeira é ofertando<br />

informações precisas, confiáveis, sobre o comportamento<br />

de espécies madeireiras quando submetidas a<br />

esforços e cargas relacionados ao seu uso estrutural. A<br />

segunda é comprovando a viabilidade do emprego da<br />

madeira e derivados por meio da elaboração de projetos<br />

construtivos e divulgação do uso. Afinal, antes do<br />

retorno de alta procura de construções em madeira, o<br />

LPF já preconizava o uso deste material como solução<br />

construtiva.<br />

A SECAGEM É UM MOMENTO IMPORTANTE<br />

PARA GARANTIR O BOM DESEMPENHO DA MA-<br />

DEIRA. QUAL A PRINCIPAL LINHA DE PESQUISA<br />

DESENVOLVIDA NESSA ÁREA DENTRO DO LPF?<br />

A secagem é fundamental para o uso adequado da<br />

madeira, isso para qualquer finalidade. A principal linha<br />

de pesquisa do LPF é a caracterização das propriedades<br />

tecnológicas de espécies madeireiras, principalmente<br />

das pouco conhecidas. Quando o assunto é a relação<br />

água-madeira, nosso foco principal está em entender<br />

o comportamento das diferentes espécies florestais estudadas<br />

durante o processo de secagem. Desta forma<br />

conseguimos elaborar programas de secagem melhor<br />

adaptados para cada espécie. Por exemplo, em nosso<br />

livro: Programas de secagem para madeiras brasileiras;<br />

apresentamos 134 programas de secagem e como foi<br />

o comportamento de 280 espécies de madeira durante<br />

este processo. Atualmente, estamos focados em investigar<br />

o PSF (ponto de saturação das fibras) de algumas<br />

espécies amazônicas, pois já foi comprovado que várias<br />

espécies deste bioma possuem PSF diferente dos 30%<br />

preconizados pela bibliografia. Paralelamente, temos realizado<br />

estudos sobre propriedades elétricas, importante<br />

para a programação de medidores de teor de umidade.<br />

Finalmente, estamos trabalhando na elaboração de<br />

um novo mapa de teor de umidade equilíbrio do Brasil,<br />

it will be installed and leveraging the economic activity<br />

of the Region. And yes, it is applicable throughout the<br />

Country, as long as the necessary adaptations are used,<br />

mainly due to the amplitude of the local equilibrium<br />

moisture content, as well as the types of closure used,<br />

as indicated in the new version of the book Habitação<br />

Social em Madeira.<br />

HOW CAN THE STUDIES DEVELOPED BY THE<br />

LPF CONTRIBUTE TO THE INCREASED USE OF<br />

WOOD IN BUILDINGS AND STRUCTURES?<br />

Basically, there are two ways. The first is by providing<br />

accurate and reliable information on the behavior<br />

of wood species when subjected to stresses and loads<br />

related to their structural use. The second is to prove<br />

the feasibility of using wood and derivatives through the<br />

elaboration of construction projects and dissemination<br />

of use. After all, before the demand for wooden constructions<br />

returned, the LPF advocated the use of this<br />

material as a constructive solution.<br />

DRYING IS AN IMPORTANT TIME TO ENSURE<br />

GOOD PERFORMANCE OF THE WOOD. WHAT IS<br />

THE MAIN LINE OF RESEARCH DEVELOPED IN THIS<br />

AREA WITHIN THE LPF?<br />

Drying is essential for the proper use of wood, be<br />

it for any purpose. The main line of research of the LPF<br />

is the characterization of the technological properties<br />

of wood species, especially those that are little known.<br />

When it comes to the water-wood relationship, our<br />

primary focus is on understanding the behavior of the<br />

different forest species studied during the drying process.<br />

In this way, we are able to develop drying programs<br />

that are better adapted to each species. For example,<br />

in our book Drying Programs for Brazilian Woods, we<br />

present 134 drying programs and how 280 wood species<br />

behaved during this process. Currently, we are focused<br />

on investigating the fiber saturation point (PSF) of some<br />

Amazonian species, as it has already been demonstrated<br />

that several species in this biome have a PSF different<br />

from the 30% recommended in the bibliography. At the<br />

same time, we have been conducting studies on electrical<br />

properties, which is important for the programming<br />

of moisture content meters. Finally, we are working on<br />

elaborating a new map of the equilibrium moisture content<br />

of Brazil to verify if there has been any change due<br />

to the global climate changes that we have observed.<br />

IN 2023, THE REGULATORY STANDARD FOR<br />

THE CONSTRUCTION OF HOUSES USING THE LI-<br />

GHT WOOD-FRAME SYSTEM WAS PUBLISHED. HAS<br />

THE LPF ALREADY DEVELOPED ANY STUDIES ON<br />

THIS CONSTRUCTION MODEL?<br />

At the end of the 1990s, we developed some studies<br />

using Oriented Strand Board (OSB) panels, commonly<br />

32 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2024


ENTREVISTA<br />

para verificar se houve alguma alteração em razão das<br />

mudanças climáticas globais que temos observado.<br />

EM 2023 FOI PUBLICADA A NORMA REGULA-<br />

MENTADORA PARA CONSTRUÇÃO DE CASAS PELO<br />

SISTEMA LIGHT WOOD FRAME. O LPF JÁ DESEN-<br />

VOLVEU ALGUM ESTUDO SOBRE ESTE MODELO<br />

CONSTRUTIVO?<br />

No final da década de 1990, desenvolvemos alguns<br />

estudos com painéis do tipo OSB (Oriented Strand<br />

Board), comumente utilizados no sistema light wood-<br />

-frame. Naquela época, estávamos focados em avaliar a<br />

utilização da madeira de eucalipto como matéria-prima<br />

para a confecção desses painéis. Infelizmente, não conseguimos<br />

avançar até a elaboração de sistemas construtivos,<br />

assim não tivemos oportunidade de desenvolver<br />

estudos ou projetos que tivessem como base o sistema<br />

light wood-frame.<br />

COMO AS PESSOAS PODEM TER ACESSO AOS<br />

ESTUDOS DO LPF E SUAS CONCLUSÕES?<br />

Os estudos gerados no LPF podem ser acessados de<br />

diferentes formas. Alguns se transformaram em livros,<br />

boletins, cartilhas e até aplicativos para smartphones.<br />

Como acontece em outros centros de pesquisa, boa<br />

parte da produção científica do LPF está publicada na<br />

forma de artigos, em diversos periódicos, nacionais e<br />

internacionais, em sua maioria, com grande fator de<br />

impacto e relevância perante a comunidade científica.<br />

Existem também diversos textos, resumos e dados que<br />

estão disponíveis em nossa página. Caso alguém tenha<br />

interesse em adquirir alguma de nossas publicações,<br />

basta enviar uma mensagem eletrônica para lpf@florestal.gov.br.<br />

Nossa equipe irá responder com a maior<br />

brevidade possível, informando sobre o passo a passo.<br />

Agora, se o interessado for uma instituição pública, basta<br />

nos enviar um ofício solicitando a doação. Além disso,<br />

boa parte do acervo já se encontra digitalizado, assim,<br />

basta acessar a nossa página (lpf.florestal.gov.br) e fazer<br />

o download.<br />

COMO ÓRGÃO PÚBLICO, O QUE A SOCIEDADE<br />

BRASILEIRA PODE ESPERAR DE RESULTADOS DO<br />

LPF?<br />

O LPF é um dos poucos centros de pesquisa em atividade<br />

no país que tem como foco o estudo de madeiras<br />

e produtos florestais. Enquanto pudermos desempenhar<br />

nossa missão de realizar atividades de pesquisa,<br />

desenvolvimento e inovação, continuaremos entregando<br />

à sociedade brasileira estudos clássicos e de vanguarda<br />

na área de tecnologia e utilização de produtos florestais.<br />

Sem contar no desenvolvimento de ferramentas e<br />

soluções tecnológicas para otimizar o uso racional dos<br />

recursos das florestas nacionais.<br />

used in the light wood-frame system. At that time, we<br />

were focused on evaluating the use of eucalyptus wood<br />

as a raw material for the manufacture of these panels.<br />

Unfortunately, we were not able to advance to the elaboration<br />

of construction systems, so, as such, we did not<br />

have the opportunity to develop studies or projects that<br />

were based on the light wood-frame system.<br />

HOW CAN PEOPLE ACCESS THE LPF STUDIES<br />

AND THEIR CONCLUSIONS?<br />

The studies generated in the LPF can be accessed<br />

in different ways. Some have turned into books, newsletters,<br />

brochures, and even smartphone apps. As is<br />

the case in other research centers, much of the LPF’s<br />

scientific production is published in the form of articles in<br />

several national and international journals, most of them<br />

with a high impact factor and relevance to the scientific<br />

community. Several texts, abstracts, and data are available<br />

on our page at the address “c/. “ If anyone is interested<br />

in purchasing any of our publications, just send an<br />

email to lpf@florestal.gov.br. Our team will respond as<br />

soon as possible, informing you step by step. Now, if the<br />

interested party is a public institution, send us a letter<br />

requesting the donation. In addition, a good part of the<br />

collection is already digitized, so access our page (lpf.<br />

florestal.gov.br) and download it.<br />

AS A PUBLIC AGENCY, WHAT CAN BRAZILIAN<br />

SOCIETY EXPECT FROM THE RESULTS OF THE LPF?<br />

The LPF is one of the few active research centers in<br />

the Country that focuses on the study of wood and forest<br />

products. As long as we can carry out our mission of<br />

research, development, and innovation activities, we will<br />

continue to provide Brazilian society with classic and cutting-edge<br />

studies in the area of technology and the use<br />

of forest products, not to mention the development of<br />

technological tools and solutions to optimize the rational<br />

use of national forest resources.<br />

A HABITAÇÃO SOCIAL EM<br />

MADEIRA É UM PROJETO<br />

TÉCNICO, ELABORADO,<br />

PROTOTIPADO E IMPLANTADO EM<br />

CONDIÇÕES REAIS DE USO PARA<br />

AVALIAR A SUA APLICABILIDADE<br />

34 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2024


PRINCIPAL<br />

INOVAÇÃO<br />

E EFICIÊNCIA<br />

EMPRESA CATARINENSE<br />

COMPLETA 45 ANOS<br />

RECONHECIDA NO MERCADO<br />

PELO DESENVOLVIMENTO DE<br />

SOLUÇÕES E ATENDIMENTO<br />

PERSONALIZADO<br />

Fotos: Gaidzinski<br />

36 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2024


INNOVATION AND<br />

EFFICIENCY<br />

A COMPANY FROM THE STATE OF<br />

SANTA CATARINA COMPLETES 45 YEARS<br />

RECOGNIZED IN THE MARKET FOR THE<br />

DEVELOPMENT OF SOLUTIONS AND<br />

PERSONALIZED SERVICE<br />

MARÇO 2024 37


PRINCIPAL<br />

V<br />

isando proporcionar eficiência e evolução<br />

contínua nas indústrias, a Gaidzinski<br />

Máquinas é reconhecida pelos seus<br />

clientes como uma empresa confiável e<br />

comprometida em apresentar as melhores<br />

soluções. A confiança e a inovação estão no DNA<br />

da empresa que completou 45 anos e está no mercado<br />

global, oportunizando às indústrias soluções inovadoras<br />

de equipamentos sob medida para suas operações,<br />

oferecendo um suporte resolutivo e de excelência.<br />

Conciliando investimentos em inovação e tecnologia,<br />

trabalho em equipe, qualidade das máquinas e atendimento<br />

diferenciado, a empresa se consolidou no<br />

mercado como uma das principais no segmento de<br />

equipamentos para indústria madeireira, moveleira e<br />

outras aplicações na linha de produção de madeira.<br />

A Gaidzinski atua na fabricação de maquinários<br />

para área de embalagem, extrusão, pintura, secagem,<br />

transferência, armazenagem, recobrimento, fresamento,<br />

lixamento e polimento, gravação, corte e modelagem,<br />

entre outras, além de oferecer linhas de produção<br />

completas, compostas por grupo de equipamentos<br />

que trabalham de forma conjunta e, assim, aceleram<br />

todo processo. “Acredito que estamos inseridos como<br />

fornecedores para indústria 4.0, por todo trabalho da<br />

Timing to provide efficiency and continuous<br />

industrial evolution, Gaidzinski Máquinas<br />

is recognized by its customers as a reliable<br />

company committed to presenting the best<br />

solutions. Trust and innovation are in the DNA<br />

of the Company, which has completed 45 years and is<br />

found in the global market. It provides companies with innovative<br />

equipment solutions tailored to their customers`<br />

operations, offering problem-solving and reliable support.<br />

Reconciling investment in innovation and technology,<br />

teamwork, machine quality, and differentiated service, the<br />

Company has consolidated itself in the market as one of<br />

the major players in the equipment segment for forest<br />

products, furniture, and other applications for wood production<br />

lines.<br />

Gaidzinski operates in the manufacture of machinery<br />

for packaging, extrusion, painting, drying, handling, storage,<br />

coating, milling, sanding and polishing, engraving,<br />

cutting, and modeling, among others, in addition to<br />

offering complete production lines composed of groups<br />

of equipment that work together, and thus accelerate the<br />

entire process. “I believe that we are suppliers for Industry<br />

4.0 due to all the work of the development team that<br />

has taken place in recent years,” says Gustavo Gaidzinski,<br />

Company Director, proudly. With significant investments<br />

GUSTAVO GAIDZINSKI E JESSICA GAIDZINSKI<br />

GUILHERME SPECK, MARCOS TASCA, AURELIO MONTEIRO, RODRIGO<br />

PIZZOLO, GUSTAVO GAIDZINSKI, GILBERTO GAIDZINSKI, ROBSON DE<br />

CARVALHO, LUAN EFFTING, EWALDO QUINT E MIGUEL MICHELS<br />

JESSICA GAIDZINSKI, ANDREIA GAIDZINSKI,<br />

GILBERTO GAIDZINSKI E GUSTAVO GAIDZINSKI<br />

38 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2024


ANDREIA GAIDZINSKI E GILBERTO GAIDZINSKI<br />

equipe de desenvolvimento que vem acontecendo<br />

nos últimos anos”, orgulha-se o diretor da empresa,<br />

Gilberto Gaidzinski.<br />

Com investimentos significativos em tecnologia e<br />

infraestrutura, a Gaidzinski inaugura em abril seu novo<br />

parque fabril, com área superior a 9 mil m² (metros<br />

quadrados), espaço que acompanha o crescimento<br />

da empresa.<br />

GILBERTO GAIDZINSKI,<br />

SOMOS A EMPRESA LÍDER<br />

NACIONAL EM ACABAMENTO<br />

NO SETOR MOLDUREIRO CIVIL E<br />

DECORATIVO. COMBINAMOS EFICIÊNCIA<br />

TÉCNICA COM INOVAÇÃO, O QUE NOS<br />

LEVOU A SER UMA REFERÊNCIA EM<br />

PRODUTOS DE ALTA QUALIDADE E<br />

SOLUÇÕES EXCLUSIVAS<br />

DIRETOR DA GAIDZINSKI MÁQUINAS<br />

ATENTA AO MERCADO<br />

Sediada em Braço do Norte (SC), região sul do<br />

Estado, a Gaidzinski foi fundada em 1978, por Antônio<br />

Gaidzinski, como uma empresa de ferraria para<br />

atender a atividade agrícola. Ampliou suas atividades<br />

e passou a atender as áreas de usinagem, solda, funilaria<br />

e caldeiraria até entrar no segmento de molduras<br />

onde hoje é uma das principais empresas criadoras e<br />

fabricantes de máquinas para o setor, proporcionando<br />

soluções personalizadas para as linhas de produção,<br />

com suporte próximo e estendendo suas atividades<br />

também ao setor moveleiro. “Somos a empresa líder<br />

nacional em acabamento no setor moldureiro civil e<br />

decorativo. Combinamos eficiência técnica com inovação,<br />

o que nos levou a ser uma referência em produtos<br />

de alta qualidade e soluções exclusivas. Investimos na<br />

integração estratégica, o que nos possibilita parcerias<br />

confiáveis, capacidade para oferecer soluções adaptáveis<br />

e orientadas para o futuro”, ressalta Gilberto. “A<br />

Gaidzinski Máquinas é reconhecida pela introdução<br />

contínua de tecnologias avançadas, garantindo que<br />

nossos clientes estejam à frente no cenário industrial. Ao<br />

mesmo tempo, nos diferenciamos pela flexibilidade em<br />

personalizar projetos exclusivos, adaptando-nos às nein<br />

technology and infrastructure, in April, Gaidzinski inaugurates<br />

its new industrial park, with an area of more than<br />

nine thousand m², a space that follows the Company’s<br />

growth.<br />

ATTENTIVE TO THE MARKET<br />

Headquartered in Braço do Norte (SC), in the Southern<br />

Region of the State, Gaidzinski was founded in 1978<br />

by Antônio Gaidzinski as a blacksmithing company that<br />

served the agricultural activity. It expanded its activities<br />

and started to serve the areas of machining, welding,<br />

bodywork, and boiler making until it entered the woodworking<br />

equipment segment, where today, it is one of<br />

the major companies creating and manufacturing machines<br />

for the Sector, providing customized solutions for<br />

the production lines, with close support, and extending<br />

its activities also to the Furniture Sector. “We are the<br />

leading national finishing equipment manufacturer in<br />

the housing and decorative woodworking segment. We<br />

combine technical efficiency with innovation, which has<br />

led us to be a benchmark in high-quality products and exclusive<br />

solutions. We invest in strategic integration, which<br />

enables us to have reliable partnerships and the ability<br />

to offer adaptable and future-oriented solutions,” says<br />

Gustavo Gaidzinski. “Gaidzinski Máquinas is recognized<br />

for the continuous introduction of advanced technologies,<br />

MARÇO 2024 39


PRINCIPAL<br />

cessidades específicas de cada cliente. Essa abordagem<br />

equilibrada garante soluções sob medida, mantendo<br />

a confiança e a inovação como pilares fundamentais”,<br />

enfatiza o diretor.<br />

MERCADO INTERNACIONAL<br />

Hoje a Gaidzinski está presente em todo Brasil, em<br />

países da América do Sul, América do Norte e Europa,<br />

e vem ampliando sua participação no mercado global<br />

estando também na África e Ásia. “Nosso principal objetivo<br />

nesses anos foi entender o panorama abrangente<br />

do mercado, destacando os elementos diferenciadores,<br />

procurando compreender o funcionamento intricado<br />

do setor e identificar e assimilar a cultura interna dos<br />

clientes para melhor atender”, destaca Gilberto.<br />

Um dos clientes da empresa, a Millpar, indústria de<br />

transformação de madeira em produtos para uso na<br />

construção civil mundial, cuja parceria teve início em<br />

2004, destaca a eficiência alcançada com os equipamentos<br />

da Gaidzinski. “São equipamentos que, ao longo<br />

dos anos, atendem os nossos planos de crescimento,<br />

principalmente no desenvolvimento de acabamentos<br />

com padrões de qualidade superiores, visto que a<br />

Millpar exporta produtos para mercados exigentes,<br />

como EUA (Estados Unidos da América), Canadá e Europa”,<br />

enaltece Gian Carlo Marodin, diretor comercial<br />

ensuring that our customers are ahead of the curve in the<br />

industrial landscape. At the same time, we differentiate<br />

ourselves by the flexibility to customize unique projects,<br />

adapting to the specific needs of each customer. This balanced<br />

approach ensures tailor-made solutions, keeping<br />

trust and innovation as fundamental pillars,” emphasizes<br />

the Director.<br />

INTERNATIONAL MARKET<br />

Today, Gaidzinski is present throughout Brazil, in<br />

countries in South America, North America, and Europe,<br />

and has been expanding its participation in the global<br />

market, including Africa and Asia. “Our main objective in<br />

these years has been to understand the comprehensive<br />

panorama of the market, highlighting the differentiating<br />

elements, seeking to understand the intricate functioning<br />

of the Sector and identifying and assimilating the internal<br />

culture of customers to serve them better,” highlights<br />

Gustavo Gaidzinski.<br />

One of the Company’s customers, Millpar, a company<br />

that transforms wood into products for use in housing<br />

construction worldwide, whose partnership began in 2004,<br />

highlights the efficiency achieved with Gaidzinski’s equipment.<br />

“Their equipment that, over the years, meets our<br />

growth plans, mainly in the development of finishes with<br />

superior quality standards, since Millpar exports products<br />

NO PÓS-VENDA SEMPRE<br />

DEMONSTRARAM<br />

PRONTIDÃO NA BUSCA DE SOLUÇÕES<br />

DOS PROBLEMAS ENCONTRADOS E<br />

DISPONIBILIDADE DE COMUNICAÇÃO<br />

COM AS EQUIPES<br />

GAIDZINSKI NA ÍNDIA<br />

GIAN CARLO MARODIN, DIRETOR COMERCIAL<br />

DA MILLPAR<br />

GAIDZINSKI NA ÍNDIA GAIDZINSKI NA LIGNA ALEMANHA GAIDZINSKI NOS EUA<br />

40 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2024


A BUSCA INCANSÁVEL<br />

POR INOVAÇÃO<br />

INDUSTRIAL DEFINE NOSSA<br />

JORNADA. ENXERGAMOS DESAFIOS<br />

COMO OPORTUNIDADES PARA<br />

EVOLUIR, SEMPRE PROCURANDO<br />

MANEIRAS DE TRANSFORMAR<br />

GILBERTO GAIDZINSKI, DIRETOR<br />

DA GAIDZINSKI<br />

da Millpar. A empresa, com sede em Guarapuava (PR),<br />

possui linhas de pintura para molduras em madeira<br />

finger-joint - desenvolvida em parceria com a Gaidzinski<br />

- sistema no qual a Millpar é pioneira no Brasil, fruto de<br />

investimentos em equipamentos e desenvolvimento de<br />

novas tecnologias.<br />

Sobre o atendimento pós-venda da Gaidzinski, Gian<br />

garante: “sempre demonstraram prontidão na busca de<br />

soluções dos problemas encontrados e disponibilidade<br />

de comunicação com as equipes.”<br />

SETORES ESPECIALIZADOS<br />

No setor de embalagens, a Gaidzinski desenvolve<br />

equipamentos automatizados ou semi-automatizados,<br />

que atendem os processos de embalagem contínuos<br />

ou intermitentes, utilizando como embalagem bobinas<br />

de papel ou plástico. Como é uma linha flexível, pode<br />

operar com perfilados em geral, como móveis, portas,<br />

painéis, entre outros. “A busca incansável por inovação<br />

industrial define nossa jornada. Enxergamos desafios<br />

como oportunidades para evoluir, sempre procurando<br />

maneiras de transformar. Com mais de 45 anos de<br />

experiência, possuímos o know-how necessário para<br />

executar projetos complexos de nível internacional,<br />

consolidando a Gaidzinski como uma das principais<br />

empresas do seu segmento no mundo”, finaliza Gilberto<br />

Gaidzinski.<br />

to demanding markets, such as the USA, Canada, and<br />

Europe,” praises Gian Carlo Marodin, Director of Sales for<br />

Millpar. The Company, headquartered in Guarapuava (PR),<br />

has painting lines for finger-joint wood products - developed<br />

in partnership with Gaidzinski - a system in which<br />

Millpar is a pioneer in Brazil as a result of investments in<br />

equipment and development of new technologies.<br />

Regarding Gaidzinski’s after-sales service, Marodin<br />

guarantees that they have always shown readiness in the<br />

search for solutions to the problems encountered and the<br />

availability of communication with the teams.<br />

SPECIALIZED SEGMENTS<br />

In the packaging segment, Gaidzinski develops automated<br />

or semi-automated equipment that meets continuous<br />

or intermittent packaging processes, using paper<br />

or plastic reels as packaging material. As it is a flexible<br />

line, it can operate with profiles in general, such as furniture,<br />

doors, and panels, among others. “The relentless pursuit<br />

of industrial innovation defines our journey. We see<br />

challenges as opportunities to evolve, always looking for<br />

ways to transform. With more than 45 years of experience,<br />

we have the necessary know-how to execute complex<br />

projects at an international level, consolidating Gaidzinski<br />

as one of the leading companies in its segment in the<br />

world,” concludes Gustavo Gaidzinski.<br />

MARÇO 2024 41


INVESTIMENTO<br />

MISSÃO<br />

TÉCNICA NA<br />

ALEMANHA<br />

Fotos: divulgação<br />

PROFISSIONAIS DO NAPI WOOD TECH<br />

FAZEM VISITAS COM OBJETIVO DE<br />

IMPULSIONAR USO DE MADEIRA NA<br />

CONSTRUÇÃO CIVIL<br />

Professores de cinco instituições de ensino superior<br />

públicas do Paraná estão na Alemanha em<br />

uma missão técnica que visa o aprofundamento<br />

das pesquisas voltadas ao uso de madeira em<br />

setores estratégicos, e cujo objetivo é render<br />

bons frutos para a construção civil. Em visita ao Estado de<br />

Baden-Wurtemberg, o grupo desenvolveu ações previstas<br />

no Napi (Novos Arranjos de Pesquisa e Inovação) Wood<br />

Tech, implementado pela Seti (Secretaria da Ciência, Tecnologia<br />

e Ensino Superior do Paraná) e pela Fundação<br />

Araucária.<br />

Representando a UEL, (Universidade Estadual de Londrina)<br />

o professor Jorge Daniel de Melo Moura, do CTU<br />

(Departamento de Arquitetura e Urbanismo), destaca que<br />

o Napi, que tem sede em Guarapuava (PR) é constituído<br />

por docentes da UEM (Universidade Estadual de Maringá),<br />

Unicentro (Universidade do Centro-Oeste), UFPR (Universidade<br />

Federal do Paraná) e UTFPR (Universidade Tecnológica<br />

Federal do Paraná). Dentro do cronograma da viagem<br />

ocorrem visitas técnicas e entrevistas com pesquisadores e<br />

profissionais alemães, com o objetivo de aumentar o repertório<br />

de possibilidades da equipe do projeto, bem como<br />

prospectar novos acordos de cooperação entre o Paraná e<br />

Baden-Wurtemberg.<br />

REFORÇAR A PARCERIA<br />

Estado irmão do Paraná na Alemanha, Baden-Wurtemberg<br />

conta com iniciativas conceitualmente parecidas<br />

com um Napi, ou seja, são ações que envolvem os ativos já<br />

existentes nos setores da pesquisa e inovação, e as empresas<br />

líderes em diversos setores da economia. Uma destas<br />

iniciativas é a HolzBau Offensive BW, que pode ser definida<br />

como: Campanha para a Construção em Madeira de Baden-Wurtemberg;<br />

em tradução livre. Atualmente, países<br />

como Suécia e Canadá dividem com a Alemanha o posto<br />

de referências internacionais quanto ao uso do principal<br />

42 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2024


produto mercantil florestal – a madeira – na construção<br />

civil.<br />

Por meio da utilização da madeira engenheirada, o trabalho<br />

visa promover o desenvolvimento socioeconômico,<br />

aliando o potencial de inovação aos benefícios ambientais,<br />

servindo para reduzir a emissão de gases poluentes pela<br />

indústria da construção civil. Desta forma, o trabalho passa<br />

a atender aos ODS (Objetivos do Desenvolvimento Sustentável)<br />

da Agenda 2030, da ONU (Organização das Nações<br />

Unidas).<br />

NAPI WOOD TECH<br />

Ao lado do professor da UEL, o grupo de pesquisadores<br />

que está na missão técnica, que termina na primeira semana<br />

de março, é composto por docentes, pelo presidente<br />

da Fundação Araucária, Ramiro Wahrhaftig, e pelo conselheiro<br />

do arranjo de empresas Cilla Tech Park, Paulo César<br />

Rezende de Carvalho Alvim, entre outros.<br />

O Napi Wood Tech envolve docentes e pesquisadores<br />

de cursos como Engenharia Civil, Engenharia Florestal,<br />

Engenharia <strong>Industrial</strong> Madeireira, Arquitetura e Urbanismo,<br />

além de empresas e órgãos públicos.<br />

A expertise de cada docente envolvido é o que nutre as<br />

esperanças pelo sucesso da estratégia de desenvolvimento<br />

econômico para o Estado. “A questão das influências das<br />

condições de plantio nas propriedades mecânicas vai ser<br />

tratada pela Unicentro. As questões relacionadas à tecnologia<br />

da madeira vão ser tratadas pela UFPR. Questões<br />

relativas ao comportamento dos sistemas de construção e<br />

à própria engenharia do elemento construtivo e o sistema<br />

de construção vão ser tratadas na UTFPR. E a parte de arquitetura,<br />

estrutura e concepção dos sistemas seremos nós<br />

da UEL e a UEM, sendo nosso parceiro o professor Ricardo<br />

Dias Silva, ex-professor da UEL, com larga experiência no<br />

tema”, conclui Jorge Daniel.<br />

MARÇO 2024 43


MARCENARIA<br />

44 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2024


COMO<br />

UTILIZAR OSB<br />

AS PLACAS DE MADEIRA OSB SÃO BASTANTE USADAS EM<br />

CONSTRUÇÕES PARA ESTRUTURA E DECORAÇÃO<br />

Fotos: divulgação<br />

MARÇO 2024 45


MARCENARIA<br />

Asigla OSB vem do nome em inglês:<br />

Oriented Strand Board, denominação<br />

para o painel composto por tiras de<br />

madeiras dispostas na mesma direção.<br />

Sustentável, versátil e com alta resistência,<br />

o OSB tem ganhado cada vez mais espaço na<br />

construção civil, como na área de design de interiores.<br />

É um produto de alta resistência mecânica e com<br />

qualidade uniforme. Por conta dessas características,<br />

é possível considerar o OSB um painel estrutural.<br />

O OSB geralmente é composto de três a cinco camadas.<br />

No Brasil, a maioria das placas de OSB possui<br />

quatro camadas – duas externas, orientadas no sentido<br />

longitudinal, e duas internas, cruzadas no sentido<br />

perpendicular.<br />

Para produzir o OSB, lascas de madeira são<br />

orientadas em camadas perpendiculares, unidas com<br />

resina resistente a intempéries e prensada sob alta<br />

temperatura. Isso aumenta sua resistência mecânica,<br />

rigidez e estabilidade.<br />

APLICAÇÕES DO OSB<br />

A área da construção civil e a área de design de<br />

interiores utilizam amplamente o OSB. Na construção,<br />

é possível aplicá-lo, por exemplo, no fechamento<br />

de estruturas de wood frame, em telhados, paredes,<br />

pisos e lajes. Além disso, ele serve também para tapumes<br />

e barracões de obras. Já na área de design de<br />

interiores, é possível encontrar OSB em itens como<br />

luminárias, mesas, cadeiras, aparadores, bancadas,<br />

pallets, cômodas e outros mobiliários para decoração<br />

de aspecto rústico e industrial.<br />

VANTAGENS DO OSB<br />

O aspecto sustentável do OSB é uma das vantagens.<br />

As placas OSB são feitas a partir de madeira<br />

de reflorestamento e utilizam até 90% do tronco,<br />

diminuindo, portanto, a quantidade de matéria-prima<br />

necessária para sua produção e, consequentemente,<br />

trazendo menor impacto ambiental. Possui bons níveis<br />

de isolamento térmico e acústico, além de ter um<br />

preço mais atrativo em relação a outros derivados de<br />

madeira.<br />

DESVANTAGENS DO OSB<br />

Apesar de ser tratado para ter maior resistência<br />

à umidade, o OSB não pode estar em contato constante<br />

e direto com água, o que impede seu uso em<br />

alguns locais, como áreas externas e banheiros, por<br />

exemplo. Outras desvantagens são o peso das placas,<br />

que costumam ser mais pesadas que outras placas<br />

de madeira, além do aspecto rugoso adquirido na<br />

confecção, que impede a aderência de revestimentos<br />

laminados.<br />

SUSTENTÁVEL, VERSÁTIL E<br />

COM ALTA RESISTÊNCIA, O<br />

OSB TEM GANHADO CADA VEZ MAIS<br />

ESPAÇO NA CONSTRUÇÃO CIVIL E NA<br />

ÁREA DE DESIGN DE INTERIORES<br />

46 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2024


FAÇA UMA COTAÇÃO CONOSCO<br />

Rua Walter Erich Obenaus S/N<br />

89107-000 Pomerode - SC<br />

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NEGÓCIOS<br />

VEM AÍ<br />

A 10ª EDIÇÃO<br />

DA FORMÓBILE<br />

48 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2024


A MELHOR EDIÇÃO DE TODOS OS<br />

TEMPOS ESTÁ CHEGANDO COM DIVERSAS<br />

EXPERIÊNCIAS E INOVAÇÕES PARA O SETOR<br />

Fotos: Formóbile<br />

AForMóbile, maior feira do setor e o<br />

principal evento da indústria de móveis<br />

e madeira na América Latina, está programada<br />

para acontecer de 2 a 5 de<br />

julho de 2024, no São Paulo Expo, com<br />

a participação confirmada de mais de 550 marcas<br />

expositoras e expectativa de receber cerca de 50 mil<br />

profissionais do segmento.<br />

A feira se destaca como um ponto de encontro<br />

essencial para marceneiros, indústrias, fornecedores<br />

e revendedores nacionais e internacionais, além de<br />

arquitetos e designers. Oferecendo um ambiente<br />

propício para oportunidades de negócios, a ForMóbile<br />

proporciona aos participantes a exploração das<br />

últimas novidades e tendências do mercado, promovendo<br />

a integração da cadeia moveleira em torno da<br />

inovação para as empresas do setor.<br />

DIFERENTES ESPAÇOS<br />

Sob a gestão de Tatiano Segalin, business manager<br />

da ForMóbile, a 10ª edição é um marco, que<br />

coincide com o 20º aniversário da feira e contará com<br />

participação recorde da indústria e cadeia moveleira.<br />

Os visitantes terão a oportunidade de explorar<br />

tendências, novidades e conteúdo abrangente sobre<br />

fabricação, acessórios, matérias-primas, insumos,<br />

equipamentos e produtos finais, além de conectar<br />

fornecedores e revendedores.<br />

O Espaço Madeira, que reúne expositores de<br />

madeira maciça e produtos relacionados, será expandido,<br />

incluindo soluções para a construção civil em<br />

resposta ao aumento global do uso da madeira em<br />

edificações para promover a sustentabilidade.<br />

MARÇO 2024 49


NEGÓCIOS<br />

A ForMóbile oferece ações pensadas para promover<br />

o desenvolvimento comercial, econômico, tecnológico<br />

e profissional do setor. Os visitantes poderão<br />

participar de palestras no Palco ForMóbile, além de<br />

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50 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2024


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MÁQUINAS<br />

EXPECTATIVA<br />

DE CRESCIMENTO<br />

Fotos: divulgação<br />

52 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2024


ABIMAQ PROJETA<br />

CRESCIMENTO DE<br />

3,5% NA RECEITA DO<br />

SETOR DE MÁQUINAS<br />

E EQUIPAMENTOS,<br />

DEPOIS DO RECORDE<br />

NA EXPORTAÇÃO<br />

REGISTRADO EM 2023<br />

Apesar das adversidades e dos desafios<br />

enfrentados em 2023 pela indústria de<br />

máquinas e equipamentos do Brasil, refletido<br />

na queda significativa na receita do<br />

mercado interno, as projeções para 2024<br />

são otimistas, com uma expectativa de crescimento de<br />

3,5% na receita total do setor, aponta Cristina Zanella,<br />

diretora de competitividade, economia e estatística da<br />

Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas<br />

e Equipamentos). “A perspectiva positiva é respaldada<br />

por fatores como a inflação controlada, taxa de juros<br />

em queda, e melhora do poder de compra das famílias<br />

que contribuem na melhora da atividade da indústria de<br />

transformação e da construção civil”, explica a diretora.<br />

MARÇO 2024 53


MÁQUINAS<br />

A associação trabalha com um cenário de inflação<br />

em 2024 próximo a meta, de 4,2%; redução da taxa Selic<br />

para 9,25% no final do ano; e um crescimento de PIB<br />

(produto interno bruto) de aproximadamente 2%. Para a<br />

indústria de máquinas e equipamentos, a expectativa é<br />

de crescimento da ordem de 5,5% nas receitas do mercado<br />

interno.<br />

RECORDE NAS EXPORTAÇÕES<br />

Para as exportações, que atingiram um recorde<br />

histórico do setor em 2023, quando movimentou US$<br />

13,9 bilhões, a expectativa é de consolidação, com um<br />

aumento projetado de 0,6% em 2024. O crescimento<br />

registrado no ano passado foi de 14,6% em relação a<br />

2022, superando o ano de 2012, que foi o melhor resultado<br />

do setor de exportação de máquinas e equipamentos.<br />

“Existem ações que estão atuando fortemente para<br />

levar mais empresas para o mercado externo. São ações<br />

para fomentar e incentivar a participação das empresas.<br />

Talvez isso tenha sido um dos motivos que contribuiu<br />

para este aumento nas exportações. É um trabalho<br />

difícil, mas estamos vendo o resultado ser alcançado”,<br />

comentou Cristina Zanella.<br />

A exportação de máquinas para bens de consumo,<br />

onde se enquadram as máquinas de processamento<br />

da madeira, representou 6,5% do total de negócios em<br />

2023, e teve uma redução acumulada no ano de 5,7%<br />

em comparação com 2022.<br />

EXISTEM AÇÕES QUE ESTÃO<br />

ATUANDO FORTEMENTE<br />

PARA LEVAR MAIS EMPRESAS PARA O<br />

MERCADO EXTERNO. É UM TRABALHO<br />

DIFÍCIL, MAS ESTAMOS VENDO O<br />

RESULTADO SER ALCANÇADO<br />

CRISTINA ZANELLA, DIRETORA ABIMAQ<br />

Apesar do desempenho positivo das exportações<br />

no ano passado, o total da receita de máquinas e equipamentos<br />

no período (mercado interno + exportação)<br />

registrou queda de 11%.<br />

54 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2024<br />

INVESTIMENTOS DAS INDÚSTRIAS<br />

Com relação ao anúncio da Nova Indústria Brasil, a<br />

Abimaq diz que o plano de ação da neoindustrialização<br />

é amplo e favorece sob vários aspectos a indústria de<br />

máquinas e equipamentos e a economia nacional. A<br />

expectativa é de que os recursos e medidas destacados<br />

para o projeto se reflitam em ganhos de competitividade<br />

e de produtividade para os setores produtivos, além<br />

de mais uma fonte de crescimento econômico sustentado<br />

e sustentável.<br />

De acordo com Cristina Zanella, a implementação<br />

da depreciação acelerada, medida anunciada pelo Governo<br />

Federal, poderá ser mais um fator positivo para o<br />

crescimento das vendas de máquinas e equipamentos<br />

neste ano. “Terá um papel fundamental na ampliação<br />

do estoque de capital produtivo do país, viabilizando o<br />

fortalecimento da economia e o crescimento econômico<br />

de forma sustentável”, opina Cristina.<br />

A associação também conta com manutenção da<br />

desoneração da folha de pagamentos para melhorar o<br />

volume de negócios no setor, uma vez que a medida<br />

tem sido considerada primordial em termos de ganho<br />

de competitividade dos setores beneficiados, tanto no<br />

mercado nacional como internacional, afirma a diretora<br />

da Abimaq.


QUÍMICA NA MADEIRA<br />

COMO APERFEIÇOAR<br />

O CÁLCULO DOS<br />

PRODUTOS PARA O<br />

TRATAMENTO DE MADEIRAS?<br />

Fotos: divulgação<br />

56 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2024


PROCEDIMENTO É NECESSÁRIO PARA<br />

EVITAR DESPERDÍCIO E PROLONGAR A<br />

VIDA ÚTIL DA MADEIRA<br />

O<br />

cálculo preciso para o tratamento de<br />

madeiras sempre representou um desafio<br />

significativo, demandando tabelas<br />

complexas e cálculos manuais para determinar<br />

concentrações e diluições, visando<br />

a retenção final na madeira. Este procedimento<br />

é necessário para que se evite a biodeterioração,<br />

prolongando significativamente a vida útil da madeira<br />

contra o ataque de fungos, brocas e cupins ao longo<br />

de sua permanência em serviço.<br />

Graças ao avanço tecnológico, hoje em dia, este<br />

processo, por muitas vezes confuso, possui soluções<br />

mais práticas para agilizar as demandas e evitar erros<br />

de cálculo. Na Montana Química, por exemplo, é indicado<br />

o uso do Osmose Calc, aplicativo para celular,<br />

desenvolvido pela própria empresa, que auxilia profissionais,<br />

como operadores, gerentes e supervisores<br />

ao realizar automaticamente esses cálculos, tornando<br />

o processo mais eficiente e intuitivo, e eliminando a<br />

complexidade associada às tabelas tradicionais.<br />

A ferramenta leva em consideração variáveis<br />

como o contato com o solo, o tipo de madeira e a<br />

responsabilidade estrutural, conforme estabelecido<br />

pela norma técnica ABNT NBR 16143 (Preservação de<br />

madeiras – Sistema de categorias de uso), resultando<br />

em tratamentos personalizados e eficazes, alinhados<br />

com os mais altos padrões da indústria.<br />

Essa abordagem otimizada considera importantes<br />

fatores, como temperatura, densidade da solução,<br />

volumes e características das espécies de madeira a<br />

serem tratadas, pois oferece suporte crucial e preciso<br />

na determinação do correto uso dos produtos.<br />

O uso do aplicativo apresenta duas grandes vantagens,<br />

pois não apenas reduz o risco de erro, evitando<br />

a deterioração prematura das madeiras, mas também<br />

proporciona economia, reduzindo o desperdício<br />

dos produtos ao utilizar a quantidade suficiente para<br />

a máxima proteção e durabilidade.<br />

GRAÇAS AO AVANÇO<br />

TECNOLÓGICO, HOJE<br />

EM DIA, ESTE PROCESSO, POR<br />

MUITAS VEZES CONFUSO,<br />

POSSUI SOLUÇÕES MAIS<br />

PRÁTICAS PARA AGILIZAR AS<br />

DEMANDAS E EVITAR ERROS DE<br />

CÁLCULO<br />

JACKSON VIDAL<br />

*QUÍMICO PESQUISADOR DA MONTANA<br />

QUÍMICA, É GRADUADO EM QUÍMICA PELA<br />

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA,<br />

POSSUI MBA EM GESTÃO ESTRATÉGICA<br />

EMPRESARIAL, E MESTRADO EM CIÊNCIAS<br />

- TECNOLOGIA DE PRODUTOS FLORESTAIS<br />

PELA ESALQ/USP (ESCOLA SUPERIOR DE<br />

AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ)<br />

MARÇO 2024 57


ARTIGO<br />

INFLUÊNCIA<br />

DA QUALIDADE<br />

DAS LÂMINAS<br />

NO DESEMPENHO MECÂNICO À<br />

FLEXÃO DE PAINÉIS COMPENSADOS<br />

DE HEVEA BRASILIENSIS<br />

HERNANDO ALFONSO LARA PALMA<br />

JAVIER FARAGO ESCOBAR<br />

ADRIANO WAGNER BALLARIN<br />

ELAINE CRISTINA LEONELLO<br />

UNESP (UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA)<br />

Fotos: divulgação<br />

58 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2024


MARÇO 2024 59


ARTIGO<br />

RESUMO<br />

D<br />

epois de concluída a fase principal de<br />

exploração comercial do látex (cerca<br />

de 30 anos), os plantios de seringueira<br />

apresentam-se como fonte alternativa<br />

de madeira para serraria e para outros<br />

produtos à base de madeira com valor agregado<br />

superior ao da lenha, tendência já consagrada em<br />

países do sudeste asiático. O presente trabalho<br />

teve como objetivo principal avaliar a influência do<br />

módulo de elasticidade dinâmico (Ed) das lâminas<br />

no desempenho mecânico à flexão de painéis compensados<br />

de Hevea brasiliensis. Para este estudo,<br />

as lâminas de seringueira foram selecionadas em<br />

três classes de módulo de elasticidade dinâmico,<br />

definidas como baixo (de 4887-7323 MPa), médio (de<br />

8200-8948 MPa) e alto (de 10979-13010 MPa) módulo<br />

de elasticidade. Foram confeccionados painéis<br />

compensados com cinco tratamentos, variando-se<br />

as classes das lâminas utilizadas e seus arranjos. Os<br />

resultados obtidos revelaram influência significativa<br />

dos tratamentos na resistência à flexão dos painéis.<br />

Os painéis com melhor desempenho mecânico foram<br />

confeccionados exclusivamente com lâminas de<br />

alto e médio módulo de elasticidade dinâmico. Os<br />

painéis que utilizaram lâminas com baixo módulo<br />

de elasticidade apresentaram menor desempenho<br />

mecânico, mesmo quando elas estavam combinadas<br />

com lâminas de alto módulo.<br />

INTRODUÇÃO<br />

Devido às dificuldades crescentes na obtenção<br />

de matérias-primas para a produção de lâminas e<br />

compensados provenientes de florestas nativas e<br />

também de espécies plantadas tradicionais, principalmente<br />

no Estado de São Paulo, torna-se importante<br />

o estudo da utilização de espécies alternativas<br />

para suprir a demanda por madeiras de qualidade<br />

para a indústria de laminados.<br />

A cultura da seringueira, estabelecida com o<br />

objetivo principal de produção de látex, apresenta<br />

também boas perspectivas como fornecedora de<br />

matéria-prima para o segmento de produtos laminados,<br />

pela sua disponibilidade de grandes áreas<br />

plantadas no Estado e outras regiões do Brasil e por<br />

ser uma espécie de rápido crescimento (Monteiro et<br />

al., 2006).<br />

Diversos trabalhos internacionais relatam práticas<br />

consolidadas de agregação de valor à madeira da<br />

seringueira pelo seu uso, ao final do ciclo produtivo<br />

de látex, na produção de serrados em geral e outros<br />

produtos à base de madeira (Killmann, 2001).<br />

MATERIAL E MÉTODOS<br />

Para este estudo, foram utilizadas 24 árvores do<br />

clone RRIM600, provenientes de plantios de Hevea<br />

brasiliensis com 30 anos de idade da região de Macaubal<br />

(SP), cujo manejo foi realizado visando apenas<br />

60 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2024


a exploração do látex. A laminação foi realizada em<br />

torno automático de marca Benato S.A. com comprimento<br />

de laminação mínima de 120 cm (centímetros)<br />

e diâmetro mínimo das garras de arrasto de 12 cm.<br />

Foram produzidas lâminas com dimensões nominais<br />

de 2,3 mm (milímetros) de espessura, 1225 mm de<br />

largura e 2380 mm de comprimento. Posteriormente,<br />

as lâminas foram secas até um teor de umidade de<br />

6% a 8%.<br />

As lâminas foram classificadas através de dois<br />

métodos: Método visual - realizado pela indústria<br />

com base no tipo, quantidade e dimensões dos<br />

defeitos apresentados nas lâminas, atribuídos através<br />

da inspeção visual, conforme estabelecido pela<br />

prática industrial, uma vez que não existe norma<br />

específica para esta espécie de madeira. Método<br />

não destrutivo - as lâminas secas e selecionadas<br />

visualmente foram classificadas segundo o módulo<br />

de ED (elasticidade dinâmico) obtido pelo método<br />

de ondas de tensão, com uso do Stress Wave Timer,<br />

modelo Metriguard 238ª.<br />

Para a produção e montagem dos painéis compensados,<br />

foram classificadas 432 lâminas inteiras,<br />

das quais foram selecionadas para a confecção de<br />

Líderes em projeto, fabricação e instalação de<br />

equipamentos de preservação de madeira<br />

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ARTIGO<br />

painéis compensados, 96 lâminas de baixo valor do<br />

MOE, 78 lâminas de médio valor do MOE e 32 lâminas<br />

de alto valor do MOE. Os painéis compensados<br />

foram fabricados na Indústria de Compensados Caribea<br />

S.A. em São Manuel (SP), composto de 9 lâminas<br />

com dimensões comercias de 20,7 mm × 1100 mm ×<br />

2380 mm.<br />

RESULTADOS E DISCUSSÃO<br />

Para a produção dos painéis compensados, estão<br />

apresentadas as faixas de módulo de ED com as<br />

respectivas frequências das lâminas nas cinco classes<br />

definidas, das quais, foram selecionadas lâminas das<br />

classes baixo, médio e alto.<br />

Os valores médios do módulo de elasticidade<br />

e da resistência na direção transversal atingiram<br />

75,56% e 55,17% dos mesmos valores médios avaliados<br />

na direção longitudinal. Os coeficientes de<br />

variação da resistência e do módulo de elasticidade<br />

(longitudinal e transversal) situaram-se na faixa de<br />

15%, revelando a homogeneidade do desempenho<br />

dos corpos de prova dentro de cada tratamento.<br />

Como se podia esperar, obtiveram-se os melhores<br />

valores médios de resistência e de módulo de<br />

elasticidade nos tratamentos T4 e T5. Os tratamentos<br />

T1 e T2 revelaram os menores valores. Este fato<br />

foi influenciado pela origem das lâminas de baixo<br />

módulo de elasticidade que foram condicionantes<br />

do desempenho mecânico inferior à flexão longitudinal.<br />

Mesmo nos casos em que eram selecionadas lâminas<br />

de alto módulo para capa e contracapa como<br />

no tratamento (T2), em que o desempenho não foi<br />

melhorado.<br />

DEVIDO ÀS<br />

DIFICULDADES<br />

CRESCENTES NA OBTENÇÃO DE<br />

MATÉRIAS-PRIMAS, TORNA-SE<br />

IMPORTANTE O ESTUDO DA<br />

UTILIZAÇÃO DE ESPÉCIES<br />

ALTERNATIVAS PARA SUPRIR A<br />

DEMANDA POR MADEIRAS DE<br />

QUALIDADE PARA A INDÚSTRIA<br />

DE LAMINADOS<br />

CONCLUSÕES<br />

A partir dos resultados obtidos no programa<br />

experimental e atendendo aos objetivos deste trabalho,<br />

podem-se extrair as seguintes conclusões:<br />

Os valores médios do módulo de ED das lâminas<br />

variaram de 4887-13010 MPa, com ampla variação<br />

de acordo com a posição radial, assim, foi possível<br />

separar as lâminas de diferentes qualidades com o<br />

uso de ensaios não destrutivos de ondas de tensão.<br />

A classificação das lâminas de seringueira com base<br />

nas classes de módulo de ED influenciou de forma<br />

significativa os resultados de resistência à flexão longitudinal<br />

dos tratamentos. As lâminas de alto e médio<br />

módulo de ED foram condicionantes para o melhor<br />

desempenho mecânico dos tratamentos T3, T4<br />

e T5, que não apresentaram diferenças estatísticas<br />

significativas entre si. As lâminas de baixo módulo de<br />

ED foram condicionantes do desempenho mecânico<br />

inferior à flexão longitudinal. Seu uso, mesmo em<br />

tratamentos em que eram empregadas lâminas de<br />

alto módulo de elasticidade na capa e contracapa<br />

(tratamento T2), condicionou um desempenho inferior.<br />

Essa é uma versão<br />

parcial desse conteúdo,<br />

acesse o texto completo<br />

pelo QRcode:<br />

62 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2024


AGENDA<br />

AGENDA<br />

2024<br />

MAIO 2024<br />

28 A 30<br />

JULHO 2024<br />

2 A 5<br />

AGOSTO 2024<br />

6 A 9<br />

CARREFOUR INTERNATIONAL<br />

DU BOIS<br />

LOCAL: NANTES (FRANÇA)<br />

INFORMAÇÕES:<br />

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FORMÓBILE<br />

LOCAL: SÃO PAULO EXPO<br />

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COM.BR/PT/HOME.HTML<br />

IWF ATLANTA (INTERNATIONAL<br />

WOODWORKING FAIR)<br />

LOCAL: ATLANTA (EUA)<br />

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COM/THE-SHOW/ABOUT/<br />

ENCAPP 2024 - VI ENCONTRO DA<br />

CADEIA PRODUTIVA DA PORTA<br />

17 A 19 DE SETEMBRO<br />

LOCAL: PINHAIS (PR)<br />

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O ENCONTRO É UMA REALIZAÇÃO DA ABIMCI<br />

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MADEIRA PROCESSADA MECANICAMENTE)<br />

POR MEIO DO PSQ-PME (PROGRAMA SETORIAL<br />

DA QUALIDADE DE PORTAS DE MADEIRA PARA<br />

EDIFICAÇÕES). EM SUA SEXTA EDIÇÃO ACONTECERÁ<br />

JUNTO À LIGNUM LATIN AMERICA, COM OBJETIVO<br />

DE APRESENTAR NOVAS SOLUÇÕES DE PRODUTOS,<br />

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MADEIRA E DISCUTIR SOLUÇÕES GLOBAIS PARA ESTE<br />

SETOR.<br />

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64 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2024


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INOVAÇÃO EM BIG CORPS:<br />

OPORTUNIDADES DO MODELO DESCENTRALIZADO<br />

Ainovação é uma necessidade para empresas<br />

que desejam se manter relevantes<br />

e prosperar. Não se trata mais de um<br />

lugar comum, mas sim de uma realidade<br />

inegociável. Crescimento, redução<br />

de custos, aumento de produtividade, alinhamento<br />

com as tendências e tecnologias e a melhor relação<br />

com clientes estão entre os ganhos importantes. Mas,<br />

nesta conversa, gostaria de explorar o modelo descentralizado<br />

para inovação, um caminho para a escala<br />

e bons resultados em grandes corporações.<br />

Sobretudo em um cenário em constante mudança,<br />

estar prontos para o futuro é chave e isso tem que<br />

ser parte do mindset das organizações – e para isso o<br />

modelo descentralizado apresenta muitas vantagens.<br />

Esta exploração foi feita em conversas com colegas<br />

de grandes corporações e na discussão surgiram<br />

alguns pontos interessantes que gostaria de dividir<br />

aqui.<br />

Para avançar em inovação, tradicionalmente,<br />

existia a criação de uma equipe com gestão que se<br />

reporta diretamente à uma liderança específica que<br />

presta contas para um comitê. Esse é um modelo<br />

centralizado, em que as decisões e iniciativas partem<br />

de um núcleo. Na descentralização, há a transferência<br />

das funções de planejamento e tomada de decisão<br />

da organização para longe de uma posição central.<br />

Ao aplicar esta ideia, o processo se abre a todas as<br />

áreas da companhia e as envolve nas várias etapas<br />

da sua estratégia, incluindo stakeholders externos e<br />

clientes na jornada.<br />

NA DESCENTRALIZAÇÃO,<br />

HÁ A TRANSFERÊNCIA<br />

DAS FUNÇÕES DE PLANEJAMENTO<br />

E TOMADA DE DECISÃO DA<br />

ORGANIZAÇÃO PARA LONGE DE<br />

UMA POSIÇÃO CENTRAL<br />

POR<br />

ORNELLA NITARDI<br />

HEAD DE INOVAÇÃO ABERTA E ECOSSISTEMAS<br />

DIGITAIS PARA AMÉRICA DO SUL, DA BASF<br />

E por que muitas organizações estão apostando<br />

no modelo descentralizado? Identificamos algumas<br />

vantagens importantes, como a capacidade de aproveitar<br />

o conhecimento e a criatividade de toda a empresa,<br />

a redução de custos e o aumento da agilidade<br />

– e de crescimento – já referenciadas por consultorias.<br />

Segundo a McKinsey, por exemplo, empresas<br />

que adotaram a inovação descentralizada tiveram um<br />

aumento de 5% a 10% na receita. Em seu relatório:<br />

State of Innovation; a PwC indica um aumento de<br />

18% em seu desempenho financeiro com o modelo.<br />

E um estudo da Deloitte revelou que empresas que<br />

adotaram o formato relataram uma maior satisfação<br />

dos funcionários e uma cultura mais inovadora.<br />

Para além desses benefícios, adicionaria também,<br />

com base em nossa experiência na BASF, um potencial<br />

de maior satisfação do cliente, que passa a ter<br />

acesso a inovação colaborativa bem próxima da sua<br />

realidade.<br />

Claro que identificamos desafios – e são importantes,<br />

mas podem ser manejados. Primeiro é essencial<br />

que a inovação esteja alinhada com a estratégia<br />

geral da empresa. Além disso, há a necessidade de<br />

uma coordenação entre as equipes, com uma comunicação<br />

eficaz para evitar ineficiência, como duplicidades<br />

de iniciativas. A governança é outro ponto de<br />

atenção, pois é suscetível a inconsistências. Por fim,<br />

pode haver o surgimento de múltiplas culturas, o que<br />

exige atenção da liderança e, novamente da comunicação.<br />

A pergunta do milhão que segue é: se todos somos<br />

agentes de inovação, qual é o papel das áreas<br />

de inovação? Entendendo essa evolução, as áreas de<br />

inovação conseguem fazer essas conexões e focar<br />

em novos horizontes de geração de valor. Assim, a<br />

inovação descentralizada nos parece ser o caminho<br />

para transformar grandes empresas em ecossistemas<br />

de criatividade e agilidade para poder resolver os<br />

grandes desafios.<br />

66 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2024

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