GESTÃO DE FONTES RADIOATIVAS SELADAS ... - Ipen
GESTÃO DE FONTES RADIOATIVAS SELADAS ... - Ipen
GESTÃO DE FONTES RADIOATIVAS SELADAS ... - Ipen
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
2. DIMENSÃO DO PROBLEMA<br />
O inventário de fontes seladas do país é detenninante para a escolha do processo de<br />
gestão e da tecnologia de deposição desse rejeito radioativo. É a dimensão desse inventário<br />
que define a escala do empreendimento. Além disso, é importante estimar a extensão que o<br />
problema assumirá no ftituro, ou seja, é necessário avaliar se a taxa de reposição das fontes<br />
tenderá a manter-se nos valores atuais, tenderá a desaparecer, pela concorrência de outras<br />
tecnologias, ou a crescer, aumentando a demanda pelo serviço de tratamento desse rejeito.<br />
Avaliar o número de fontes seladas existentes atualmente no Brasil é o objetivo<br />
deste capítulo. Antes, porém, é necessário descrevê-las e estabelecer os critérios para<br />
inclusão de diferentes tipos de fontes radioativas no rol das fontes seladas objeto do<br />
presente estudo.<br />
2.1 - Descrição das fontes seladas<br />
As várias definições oficiais de fonte radioaüva selada são conflitantes. O OIEA, o<br />
Instituto Nacional Americano de Padronização, o Departamento de Energia e a Comissão<br />
Reguladora Nuclear dos EUA são órgãos que definem fontes seladas de formas diversas. A<br />
proposta de definição das fontes seladas feita por LEE e SHINGLETON, (1996), com a<br />
intenção de excluir ambigüidades, não coincide também com as definições mencionadas<br />
anteriormente. A Comissão Nacional de Energia Nuclear do Brasil (CNEN), em seus<br />
regulamentos, utiliza os termos "fonte selada" e "fonte não selada" para classificar<br />
instalações radiativas sujeitas a licenciamento, sem porém, definir o que sejam uma e outra<br />
(CNEN, 1984). De forma genérica, fonte radioativa selada é o material radioativo<br />
encapsulado ou aderido fortemente em material não radioativo, capaz de prevenir a perda<br />
ou dispersão do material radioativo sob as condições mais graves que possam ocorrer em<br />
situação normal de uso. Outros materiais radioativos são considerados fontes não seladas.<br />
A fabricação das fontes é padronizada (ISO, 1980; ISO, 1992; ISO, 1994; NBS,<br />
1978), mas há grande variedade nas dimensões, na geometria de construção, nos materiais<br />
de encapsulamento e nos radionuclídeos utilizados. Tipicamente, uma fonte selada é um