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GESTÃO DE FONTES RADIOATIVAS SELADAS ... - Ipen

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Quanto à reciclagem, em algims países, se propõem programas que visam<br />

minimizar o problema da deposição (DINEHART et al., 1997). Por exemplo, o programa<br />

de reprocessamento das fontes de Am-Be e de ^^^Pu-Be, utilizadas em perfilagem de<br />

poços de petróleo, proposto nos EUA (LAAO, 1995), deverá gerar até 2010, 1 kg de<br />

plutonio e 3 kg de americio e reduzir os voliunes de rejeito primário de fatores 8000 e 700,<br />

respectivamente.<br />

Contudo, a reciclagem tem viabilidade em poucos casos. A razão é, em parte, o<br />

custo das instalações para processar as fontes e, em parte, os preços de mercado dos<br />

radioisótopos. Um exemplo que ilustra esse fato, é a iniciativa no IPEN de<br />

reaproveitamento do ^"^'Am contido nos pára-raios radioativos, que estão sendo<br />

substituídos e recolhidos como rejeito radioativo. É necessário processar entre 2.000 e<br />

12.000 pára-raios para obter 1 grama de ^'*'Am, dependendo do número de fontes em cada<br />

dispositivo. Uma avaliação preliminar de custo indicou um investimento em instalações da<br />

ordem de US$ 150 mil (AQUINO, 2000), sem incluir os custos operacionais e do<br />

tratamento dos rejeitos secundários. Em contrapartida, dióxido de americio pode ser<br />

adquirido no mercado ao preço de US$ 750 por grama (LANL, 2001; ORNL, 1998).<br />

Portanto, o reemprego das fontes ou do radioisótopo é aplicável somente em casos<br />

especiais. Além disso, os três R's não excluem a necessidade de um repositório; apenas<br />

diminuem o inventário total de fontes e retardam o seu descarte definitivo. Como a<br />

meia-vida de grande parte das fontes é muito superior ao período de uso conceptível, todas<br />

acabarão por ingressar nos sistemas de gestão de rejeitos radioativos, mesmo que tenham<br />

sido reutilizadas ou recicladas.<br />

3.2 - Alternativas de deposição como rejeito radioativo<br />

A última etapa da gestão das fontes seladas é a deposição definitiva em um<br />

repositório. Como essa deposição é um destino inescapável e como deixá-las em depósitos<br />

temporários, indefinidamente, é legar o problema para as gerações ftituras, é necessário<br />

encontrar meios de viabilizar a deposição segura agora. Na busca da solução definitiva, é<br />

preciso analisar as várias tecnologias de deposição dos rejeitos radioativos em uso ou<br />

sendo projetadas.<br />

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