26.02.2013 Views

ViraVida, um projeto em defesa da juventude

ViraVida, um projeto em defesa da juventude

ViraVida, um projeto em defesa da juventude

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

O t<strong>em</strong>po não para<br />

Revista Entre Lagos • Edição 82 • DEZ-2012 4<br />

L<strong>em</strong>bro-me, quando menina, que<br />

meus pais deixavam na prateleira<br />

<strong>da</strong> estante, dois livros educativos a<br />

respeito de sexuali<strong>da</strong>de indicativos<br />

para diferentes faixas etárias. A<br />

mim , era permitido ler o primeiro<br />

deles. Minha irmã, mais velha, tinha<br />

autorização para ler os dois.<br />

Pais cui<strong>da</strong>dosos usualmente<br />

selecionam os programas e as leituras<br />

que os filhos pod<strong>em</strong> ter acesso. Esse<br />

procedimento ocorre porque acreditam<br />

que alg<strong>um</strong>as informações não serão<br />

saudáveis à prole.<br />

O t<strong>em</strong>po passa e começamos a nos<br />

julgar espertos d<strong>em</strong>ais, maduros. Nesse<br />

momento, acreditamos que dev<strong>em</strong>os<br />

ter livre acesso a todos os tipos de<br />

informações. Ledo engano. Ouvimos<br />

com frequência que estamos na era <strong>da</strong><br />

informação. Isso soa como algo esplêndido.<br />

Em certo sentido, é realmente magnífico.<br />

Mas viv<strong>em</strong>os <strong>um</strong>a situação dúbia: ao<br />

mesmo t<strong>em</strong>po que dev<strong>em</strong>os adquirir<br />

conhecimento, informações; também<br />

dev<strong>em</strong>os filtrar essas informações.<br />

Basicamente por dois motivos: primeiro,<br />

porque o que importa é o que você vai<br />

fazer com os <strong>da</strong>dos armazenados no seu<br />

cérebro. Informações pod<strong>em</strong> capacitar-nos<br />

a adquirir competências, que se aplica<strong>da</strong>s<br />

com atitude adequa<strong>da</strong> gerarão habili<strong>da</strong>des,<br />

que poderão gerar hábitos - que irão<br />

mol<strong>da</strong>r-nos.<br />

De fato, escolh<strong>em</strong>os nossos hábitos<br />

depois, com o passar dos anos, eles nos<br />

escolh<strong>em</strong>. Porque eles nos rotulam.<br />

O segundo motivo é que somos o<br />

resultado <strong>da</strong> soma <strong>da</strong>s informações que<br />

ac<strong>um</strong>ulamos.<br />

Adquirimos conhecimento durante<br />

to<strong>da</strong> a vi<strong>da</strong>. Desde o ventre materno, o<br />

bebê sente o amor <strong>da</strong> mamãe, escuta e<br />

procura a voz do pai. Sente se é amado,<br />

desejado. Ao longo <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>, absorv<strong>em</strong>os<br />

várias mensagens por meio de conversas,<br />

filmes, leituras, ex<strong>em</strong>plos.<br />

O fato é que passamos a replicar essas<br />

vivências. Você pode imaginar como esta<br />

história termina, não? Reproduzimos<br />

aquilo que vivenciamos, que aprend<strong>em</strong>os.<br />

Nossa percepção do mundo se baseia<br />

Escolha seus<br />

pensamentos<br />

nas nossas crenças. Advinha como essas<br />

crenças são forma<strong>da</strong>s!? Claro, por meio<br />

<strong>da</strong>s nossas experiências de vi<strong>da</strong>, e de<br />

ensinamentos que absorv<strong>em</strong>os e que muitas<br />

vezes passamos a aceitar como ver<strong>da</strong>des<br />

absolutas. Alguns valores, conseguimos<br />

negociar, porém, exist<strong>em</strong> princípios que<br />

são inegociáveis. Não admitimos negociálos.<br />

São pr<strong>em</strong>issas enraiza<strong>da</strong>s. Crenças<br />

fun<strong>da</strong>mentais. A religião trabalha muito<br />

com elas.<br />

Essas crenças governam nossas vi<strong>da</strong>s<br />

e determinam nossos resultados.<br />

Ac<strong>um</strong>ulamos, com o passar dos anos,<br />

várias crenças. Muitas delas pod<strong>em</strong> ter<br />

poder destruidor sobre nossas expectativas<br />

de <strong>um</strong>a vi<strong>da</strong> promissora. Levam-nos a<br />

pensar de <strong>um</strong> jeito que compromete <strong>um</strong>a<br />

boa performance.<br />

Carla Ribeiro<br />

Mestre <strong>em</strong> Sociologia, advoga<strong>da</strong>, tetracampeã mundial<br />

de karate, campeã mundial de kickboxing.<br />

Se você acreditar que nunca vai<br />

conseguir ser organizado, nunca será rico,<br />

nunca vai conseguir falar com desenvoltura<br />

<strong>em</strong> público, está, provavelmente, muito<br />

certo. Seu subconsciente t<strong>em</strong> to<strong>da</strong>s as<br />

mensagens negativas e positivas que você<br />

ouviu ao longo <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>. Quanto mais<br />

repete para si pensamentos negativos, mais<br />

reforça essas crenças no seu subconsciente.<br />

Resultado: terá <strong>um</strong> inimigo dentro de si,<br />

trabalhando contra, boicotando seus sonhos,<br />

suas metas.<br />

A dica de ouro é: tenha o subconsciente<br />

como <strong>um</strong> aliado. Deixe-o ser seu melhor<br />

amigo. Afastar os pensamentos negativos<br />

deve ser <strong>um</strong> trabalho contínuo, diário, até<br />

que passe a acreditar na nova referência<br />

que deseja <strong>da</strong>r a ele. Creia: pensamentos<br />

pod<strong>em</strong> ser mu<strong>da</strong>dos, mas requer dedicação<br />

e reprogramação mental.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!