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livro todo tomo II.qxd - Academia Brasileira de Letras

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Castro <strong>de</strong> Almeida, por incumbência <strong>de</strong> Manuel Cícero, trouxe infindos<br />

esclarecimentos a muitas <strong>de</strong> nossas obscurida<strong>de</strong>s coloniais.<br />

Com outra segurança po<strong>de</strong>mos agora estudar os fatos relativos à dilatação<br />

<strong>de</strong> nosso território, que até do gran<strong>de</strong> Varnhagen não mereceram a <strong>de</strong>vida<br />

atenção.<br />

Avulta hoje a contribuição impressa <strong>de</strong> nossos arquivos municipais,<br />

estaduais e nacionais. Mas muito há, contudo, o que traduzir.<br />

De Portugal, imenso <strong>de</strong>vemos ainda esperar.<br />

Aí está, flagrantíssima, a valia <strong>de</strong> tal contribuição no manancial, opulento<br />

e novo, representado pela admirável História da Colonização Portuguesa, a<br />

cujas páginas assinam nomes do prestígio <strong>de</strong> Antônio Baião, Duarte Leite,<br />

Oliveira Lima, Cortesão, Pedro <strong>de</strong> Azevedo, Malheiro Dias, Júlio Dantas, etc.<br />

E agora mesmo, nos últimos meses, não nos surge um apresentador <strong>de</strong><br />

novida<strong>de</strong>s retumbantes, sacadas dos recessos dos arquivos da Companhia <strong>de</strong><br />

Jesus, como essas relativas ao patriarca João Ramalho e aos primórdios da<br />

cida<strong>de</strong> fluminense?<br />

Que nos reserva em matéria <strong>de</strong> novida<strong>de</strong>s, e do mais alto coturno, a<br />

incansável busca, procedida nos <strong>de</strong>pósitos arquivais do Instituto <strong>de</strong> S. Inácio<br />

<strong>de</strong> Loiola, por esse erudito argutíssimo que é o Dr. Serafim Leite?<br />

Quanta coisa não se terá <strong>de</strong> refazer à vista <strong>de</strong> suas <strong>de</strong>scobertas?<br />

Mais do que nunca e em toda parte a era é a das monografias e não a<br />

das histórias gerais, observava, há pouco, conceituado historiador francês.<br />

Efêmero o apreço das obras globais, em relação às que esquadrinham<br />

restritos setores.<br />

* * *<br />

Incontestável rebuscador das fontes documentais, indignava-se o brando<br />

Pedro Taques contra o “oco e ruidoso autor da História da América<br />

Portuguesa”, do áspero conceito <strong>de</strong> Capistrano. Não lhe perdoava haver fugido<br />

à inspeção pertinaz das fontes.<br />

Tendo à sua disposição os arquivos baianos escrevera, no entanto,<br />

“sem a lição dos cartórios, mais por vaida<strong>de</strong> que por zelo”.<br />

Esta verberação dos processos do acadêmico dos Esquecidos quanto<br />

não é aplicável a uma legião <strong>de</strong> autores antigos, recentes, contemporâneos?<br />

1153<br />

DISCURSOS ACADÊMICOS 1153

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