12.04.2013 Views

D. FR. BALTASAR LIMPO NO CONCILIO DE TRENTO ( )

D. FR. BALTASAR LIMPO NO CONCILIO DE TRENTO ( )

D. FR. BALTASAR LIMPO NO CONCILIO DE TRENTO ( )

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

declarar um menor número de impedimentos do que o juiz terá<br />

que examinar na execução do actual decreto; senão, tanto o juiz,<br />

como os Prelados ficarão perplexos na aplicação das penas, hesitando<br />

em declarar legítimos os impedimentos. Portanto, seria bom<br />

que estes ficassem bem expostos.<br />

Não concordo com o decreto, quanto ao estabelecido prazo<br />

de seis meses, pois do modo como está expresso, os Prelados<br />

poderão, anualmente, não residir durante cinco meses, em seguida<br />

residir um mês, para depois se afastarem novamente por cinco<br />

meses; era preciso declarar se os meses, em que não residissem,<br />

deviam ser computados contínuos ou interpolados.<br />

Quanto aos executores das penas, eu aprovaria que em cada<br />

reino fossem nomeados alguns Prelados nacionais, para, de três<br />

em três anos visitarem os Prelados da sua nação, e executarem<br />

as penas em que esses Prelados houverem incorrido, por não residirem.<br />

Pois, se deste modo muito justo é visitado todo o clero<br />

cristão, por que não hão-de ser visitados também os Prelados das<br />

igrejas catedrais, quando até deviam ser visitados com maior cuidado?<br />

Não sei por que modo um Prelado poderá proceder sempre<br />

correctamente, sem nunca ser visitado. Conviria, por conseguinte,<br />

que o Prelado encarregado da execução das penas, visitasse também<br />

os Bispos, ao menos no tocante ao dever da residência, aplicasse<br />

as penas e enviasse as actas da visita ao Concílio Provincial,<br />

ou ao Sumo Pontífice.<br />

Nem quanto aos isentos o decreto me agrada, pois não confere<br />

aos Ordinários a faculdade de visitar os isentos e os seus benefícios.<br />

Pois os clérigos assim isentos, embora cometam algum<br />

delito, frequentemente continuarão impunes, se não forem visitados<br />

pelo seu Bispo.<br />

Do mesmo modo os cabidos nunca serão atingidos, se não<br />

forem visitados pelos Bispos, embora o decreto estabeleça que os<br />

Bispos, por si, podem corrigir os delinquentes que virem. Por isso,<br />

de modo nenhum aprovo as suas isenções, nem o decreto em<br />

quanto as não corta radicalmente»<br />

Com este seu longo parecer, o austero Bispo do Porto fulminou<br />

intrèpidamente o decreto da reforma apresentado nesta Sexta<br />

Sessão solene do Concílio. E muitos outros com ele.<br />

(29) C. T. V pp. 806-807.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!