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MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE

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Vislumbre-se que com a presente ação não se busca aumentar a capacidade do<br />

hospital, mas que ele trabalhe com sua capacidade máxima, conforme foi programado, ou<br />

seja, não se pretende criar mais salas cirúrgicas, mas sim que as três salas dimensionadas<br />

para o hospital trabalhem ininterruptamente.<br />

Denote-se ainda que, na mesma época em que se efetuavam as primeiras<br />

diligencias junto à SESAP, os Conselhos Regionais de Medicina e Enfermagem enviaram<br />

relatórios decorrentes de fiscalizações realizadas no Hospital Deoclécio Marques. Na<br />

oportunidade, dentre as inadequações primordiais apontadas destacou-se a falta de<br />

equipamentos, materiais e medicamentos, falhas na estrutura física e insuficiência de<br />

médicos plantonistas nas escalas de cirurgia geral, anestesistas e técnicos de<br />

enfermagem.<br />

Após a realização de atuações ministeriais voltadas a regularização das<br />

deficiências, foram sanados os problemas quanto ao carrinho de anestesia e ao quantitativo<br />

de médicos, bem como o hospital foi transformado em referência para traumato-ortopedia,<br />

porém quanto aos profissionais de nível médio permaneceu o quadro caótico.<br />

Portanto, o assunto já vem se repetindo exaustivamente, conforme já relatado<br />

acima, sendo público e notório a ausência de funcionamento das três salas cirúrgicas do<br />

nosocômio, o que vem causando prejuízos à prestação dos serviços de saúde pública<br />

provocados pela falta de recursos humanos nas escalas de técnicos de enfermagem e<br />

enfermeiros do centro cirúrgico, sendo perene a transferência de pacientes do HRDML<br />

para o Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, superlotando ainda mais este último,<br />

conforme informações constantes às fls. 376/382 do IC 19/12 repassadas pelo Hospital<br />

Walfredo Gurgel e no depoimento da coordenadora da enfermagem às fls. 20/22 do IC<br />

19/12.<br />

Ressalte-se que o Hospital Regional Deoclécio Marques de Lucena, assim<br />

como os Hospitais Walfredo Gurgel e Tarcísio Maia, constitui porta de atenção ao<br />

politraumatizado em casos de urgência, com pronto-socorro muito movimentado , além<br />

de ser referência na área de ortopedia para o Estado, advindo daí alta carga de trabalho<br />

para as equipes de saúde, que, já, de algum tempo, trabalham com déficits nas escalas de<br />

plantão.<br />

A falta de planejamento do Estado em solucionar o problema de falta de<br />

recursos humanos resta evidente quando se percebe que há concurso público na área de<br />

saúde válido, uma vez que ocorreu em 2010, no qual possui cadastro de reserva para técnicos<br />

de enfermagem, enfermeiros e técnicos de radiologia.<br />

Compulsando todos os documentos já mencionados, como, por exemplo,<br />

inspeções dos Conselhos Regionais de Medicina e Enfermagem e os depoimentos da<br />

coordenadora da enfermagem do centro cirúrgico, do representante dos médicos ortopedistas

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