12.04.2013 Views

13/12/1990 - Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco ...

13/12/1990 - Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco ...

13/12/1990 - Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Ata da Centésima Quinquagésima Quarta Reunião Ordinária Quarta Sessão<br />

<strong>Legislativa</strong> da Décima Primeira Legislatura.<br />

Realizada em <strong>13</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>1990</strong>.<br />

Presidência <strong>do</strong> Excelentíssimo<br />

Senhores Deputa<strong>do</strong> Argemiro Pereira e<br />

Severino Cavalcanti.<br />

Aos treze (<strong>13</strong>) dias <strong>do</strong> mês <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro<br />

<strong>do</strong> ano <strong>de</strong> mil novecentos e noventa<br />

(<strong>1990</strong>), às quatorze (14) horas e trinta (30)<br />

minutos. Comparecem os Deputa<strong>do</strong>s<br />

A<strong>do</strong>lfo José, Almeida Filho, Álvaro Ribeiro,<br />

Antônio Mariano, Argemiro Pereira, Arthur<br />

Correia, Áureo Bradley, Carlos Lapa,<br />

Carlos Porto, Clo<strong>do</strong>al<strong>do</strong> Torres, Fausto<br />

Freitas, Felipe Coelho, Fernan<strong>do</strong> Pessoa,<br />

Ferreira Lima Filho, Garibaldi Gurgel,<br />

Geral<strong>do</strong> Barbosa, Geral<strong>do</strong> coelho,<br />

Geral<strong>do</strong> Pinho, Gilvan Coriolano, Henrique<br />

Queiroz, Humberto Barradas, Inal<strong>do</strong> Lima,<br />

João Lyra, Joel <strong>de</strong> Hollanda, José<br />

Aglailson, José Amorim, José Humberto,<br />

José Liberato, Lúcia Heráclio, Luiz<br />

Epaminondas, Marcus Cunha, Manoel<br />

Alves, Manoel Ferreira, Manoel Luna,<br />

Manoel Ramos, Maviael Cavalcanti,<br />

Men<strong>do</strong>nça Filho, Murilo Paraíso, Nilton<br />

Carneiro, Osval<strong>do</strong> Rabelo, Paulo Guerra,<br />

Pedro Eurico, Ranilson Ramos, Roberto<br />

Fontes, Roldão Joaquim, Sérgio Guerra,<br />

Severino Cavalcanti e Vital Novaes.<br />

Ocupam respectivamente, as Ca<strong>de</strong>iras <strong>de</strong><br />

Primeiro e Segun<strong>do</strong> Secretários, os<br />

Deputa<strong>do</strong>s Severino Cavalcanti e Gilvan<br />

Coriolano.<br />

O Sr. PRESIDENTE - Haven<strong>do</strong> número<br />

legal <strong>de</strong> Srs. Deputa<strong>do</strong>s, <strong>de</strong>claro aberta a<br />

Reunião.<br />

Passa-se à leitura da Ata da Reunião<br />

anterior.<br />

(O Sr. 2° Secretário lê a Ata.)<br />

O Sr. PRESIDENTE - Está em discussão<br />

a Ata que acaba <strong>de</strong> ser lida.<br />

(Pausa.)<br />

Não haven<strong>do</strong> impugnação, consi<strong>de</strong>ro-a<br />

aprovada.<br />

Passa-se à leitura <strong>do</strong> Expediente.<br />

(O Sr. 1º Secretário lê o Expediente.)<br />

EXPEDIENTE<br />

OFÍCIO Nº 116/90 - DA SECRETARIA DO<br />

GOVERNO, remeten<strong>do</strong> a esta Casa<br />

Cópias das Leis nºs 10.523 a 10.526,<br />

datadas em 10 <strong>do</strong> mês corrente.<br />

Inteirada.<br />

OFÍCIO Nº 4.830/90 - DA ASSEMBLÉIA<br />

LEGISLATIVA DO ESTADO DO CEARÁ,<br />

encaminhan<strong>do</strong> a esta Casa, Cópia <strong>do</strong><br />

Requerimento <strong>de</strong> autoria <strong>do</strong> Deputa<strong>do</strong><br />

João Alfre<strong>do</strong>, aprova<strong>do</strong> naquela Casa<br />

<strong>Legislativa</strong>.<br />

Inteirada.<br />

O Sr. PRESIDENTE - Encerrada a leitura<br />

<strong>do</strong> Expediente, passamos ao Pequeno<br />

Expediente.<br />

(De parte <strong>do</strong>s Senhores Deputa<strong>do</strong>s<br />

Manoel Ferreira, Geral<strong>do</strong> Barbosa e Pedro<br />

Eurico (08), vêm à Mesa,<br />

respectivamente, as seguintes<br />

proposições):<br />

Requerimento Nº 3023<br />

Requeremos à Mesa, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong><br />

observadas as disponibilida<strong>de</strong>s <strong>do</strong><br />

Regimento, seja consigna<strong>do</strong> na Ata <strong>de</strong><br />

hoje um voto <strong>de</strong> profun<strong>do</strong> pesar pelo<br />

trágico falecimento <strong>do</strong> estudante Fabiano<br />

Formiga Gue<strong>de</strong>s, ocorri<strong>do</strong> recentemente<br />

nesta Capial.<br />

Da resolução <strong>de</strong>sta Casa dê-se<br />

conhecimento à família enlutada na<br />

pessoa <strong>de</strong> sua genitora Jeane Formiga<br />

Gue<strong>de</strong>s resi<strong>de</strong>nte na rua <strong>do</strong> Futuro, 157,<br />

Aflitos, nesta cida<strong>de</strong> e direção <strong>do</strong> Colégio<br />

Americano Batista.<br />

Justificativa<br />

E com pesar que registramos no; Anais da<br />

Casa o falecimento prematuro <strong>do</strong> jovem<br />

estudante <strong>do</strong> Colégio Americano Batista,<br />

Fabiano Formiga Gue<strong>de</strong>s, ocorri<strong>do</strong> a<br />

semana passada, vitima <strong>de</strong> um aci<strong>de</strong>nte,<br />

nesta cida<strong>de</strong>. Era, Fabiano, filho <strong>de</strong>


tradicional família paraibana, parte <strong>de</strong>la,<br />

atualmente, radicada em <strong>Pernambuco</strong>.<br />

Fabiano tinha apenas um pouco mais <strong>de</strong><br />

quinze anos e era um jovem bem cria<strong>do</strong>,<br />

educa<strong>do</strong>, alegre, dinâmico, estudioso,<br />

bom filho, bom neto, bom irmão, bom<br />

colega, bom amigo e bom surfista, esporte<br />

que sempre praticou com o apoio <strong>de</strong> sua<br />

mãe que o levava e trazia para as praias,<br />

muitas vezes cansada das suas ativida<strong>de</strong>s<br />

comerciais, mas o levava com o seu<br />

companheiro amigo Tarcisio, tu<strong>do</strong> para<br />

satisfazer o <strong>de</strong>sejo esportivo <strong>de</strong> seu filho.<br />

Fabiano era um bom menino, cria<strong>do</strong> num<br />

lar com muito carinho e receben<strong>do</strong> <strong>de</strong> sua<br />

mãe to<strong>do</strong> apoio para tu<strong>do</strong> o que fazia.<br />

Fabiano era um lí<strong>de</strong>r entre os seus<br />

colegas <strong>de</strong> Colégio. A presença <strong>de</strong> mais<br />

<strong>de</strong> 400 jovens no Hospital Santa Joana,<br />

on<strong>de</strong> esteve interna<strong>do</strong> na UTI comprovou<br />

sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fazer amigos e<br />

preservá-los. Seus amigos não estavam<br />

apenas prestan<strong>do</strong> ali sua solidarieda<strong>de</strong>,<br />

mas estavam choran<strong>do</strong> inconsola<strong>do</strong>s com<br />

a perda <strong>do</strong> amigo e colega. Fabiano era<br />

assim, um garoto calmo, <strong>de</strong> boa índloe um<br />

menino generoso, compreensivo, que<br />

Deus o levou para on<strong>de</strong> um dia iremos<br />

to<strong>do</strong>s nós. Ele agora está em boas mãos,<br />

ao la<strong>do</strong> <strong>do</strong>s anjos, on<strong>de</strong> um dia também,<br />

iremos to<strong>do</strong>s nós. Este é o nosso maior<br />

conforto, saber que Fabiano está sob a<br />

proteção divina, moran<strong>do</strong> em um lugar<br />

on<strong>de</strong> não há choro, nem tristeza. Ali não<br />

existe noite, e não necessitam <strong>de</strong><br />

lâmpadas, nem <strong>de</strong> luz <strong>do</strong> sol, porque o<br />

Senhor Deus é quem o iluminará.<br />

Sala das Reuniões, em <strong>12</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro<br />

<strong>de</strong> <strong>1990</strong>.<br />

Manoel Ferreira<br />

Deputa<strong>do</strong><br />

Requerimento Nº3022<br />

Requeremos à Mesa, cumpridas as<br />

formalida<strong>de</strong>s regimentais, seja consigna<strong>do</strong><br />

na Ata <strong>do</strong>s nossos trabalhos um voto <strong>de</strong><br />

aplauso com a Rádio Capibaribe (Jovem<br />

Cap), pela passagem <strong>do</strong> seu 30º<br />

aniversário.<br />

Da <strong>de</strong>cisão <strong>do</strong> Plenário, dê-se<br />

conhecimento à Dra. Carminha Pereira,<br />

Diretora da Emissora.<br />

Justificativa<br />

A Rádio Capibaribe tem presta<strong>do</strong> gran<strong>de</strong><br />

serviço ao povo <strong>de</strong> pernambuco.<br />

A programação é das melhores e a<br />

população prestigia os seus trabalhos.<br />

Através da divulgação das notícias<br />

mantém to<strong>do</strong>s informa<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s<br />

acontecimentos <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong>, <strong>do</strong> Brasil<br />

e <strong>do</strong> Mun<strong>do</strong>.<br />

Com a música transmite alegria e bemestar<br />

aos seus ouvintes.<br />

Formulo votos <strong>de</strong> que permaneça<br />

divertin<strong>do</strong> e informan<strong>do</strong> a nossa gente, ao<br />

mesmo tempo em que parabenizo os seus<br />

dirigentes por ocasião <strong>do</strong> seu 30º<br />

aniversário.<br />

Sala das Reuniões, <strong>13</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong><br />

<strong>1990</strong>.<br />

Geral<strong>do</strong> Barbosa<br />

Deputa<strong>do</strong><br />

Indicação Nº 4331<br />

Indicamos à Mesa, ouvi<strong>do</strong> o Plenário e<br />

cumpridas as formalida<strong>de</strong>s regimentais,<br />

que seja formula<strong>do</strong> um apelo ao Exmo. Sr.<br />

Prefeito da Cida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Recife, Dr. Gilberto<br />

Marques Paulo, no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> que seja<br />

<strong>de</strong>fini<strong>do</strong> uma data para o reinicio das<br />

obras <strong>de</strong> recuperação <strong>do</strong> Merca<strong>do</strong> São<br />

José.<br />

Da <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong>sta Casa dê-se<br />

conhecimento ao Sr. Cinésio Roberto, à<br />

rua Santa Tereza, 210 - Vara<strong>do</strong>uro -<br />

Olinda e Paulo, à rua José <strong>de</strong><br />

Vasconcelos, nº 103 - Tamarineira.<br />

Justificativa<br />

O incêndio que <strong>de</strong>struiu meta<strong>de</strong> <strong>do</strong><br />

Merca<strong>do</strong> São José, ocorreu há mais <strong>de</strong><br />

um ano, tu<strong>do</strong> continua <strong>do</strong> mesmo jeito,<br />

apenas muitas promessas <strong>de</strong> reinicio das<br />

obras <strong>de</strong> recuperação, mais na verda<strong>de</strong><br />

nada <strong>de</strong> concreto foi feito. Razão pela<br />

qual, solicitamos <strong>do</strong> Exmo. Sr. Prefeito,<br />

que <strong>de</strong>termine uma data certa. A situação<br />

é bem mais grave <strong>do</strong> que aparenta, vez<br />

que, 190 locatários que foram transferi<strong>do</strong>s<br />

para o Merca<strong>do</strong> <strong>do</strong> Cais <strong>de</strong> Santa Rita,<br />

não suportaram os prejuízos e hoje estão<br />

por aí, negocian<strong>do</strong> na rua como<br />

ambulantes. Este já não é mais um<br />

problema <strong>do</strong>s locatários atingi<strong>do</strong>s pelo<br />

incêndio, é também um problema <strong>do</strong>


Patrimônio da Cida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> importância<br />

nacional, aban<strong>do</strong>na<strong>do</strong> pelas autorida<strong>de</strong>s<br />

competentes.<br />

Diante <strong>do</strong> acima exposto, apelamos aos<br />

Srs. Deputa<strong>do</strong>s para que aprovem a<br />

presente proposição.<br />

Sala das Reuniões, 11 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong><br />

<strong>1990</strong>.<br />

Pedro Eurico<br />

Deputa<strong>do</strong><br />

Indicação N° 4332<br />

Indicamos à Mesa, ouvi<strong>do</strong> o, Plenário e<br />

cumpridas as formalida<strong>de</strong>s regimentais,<br />

seja formula<strong>do</strong> um apelo ao Prefeito da<br />

Cida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Recife, Dr. Gilberto Marques<br />

Paulo, no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> ser autoriza<strong>do</strong> aos<br />

camelôs da rua <strong>do</strong> Rangel,<br />

comercializarem suas merca<strong>do</strong>rias com<br />

Baú.<br />

Da <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong>sta Casa, dê-se<br />

conhecimento ao Sr. Manoel Gomes <strong>do</strong><br />

Nascimento, à rua <strong>do</strong> Córrego <strong>do</strong><br />

Eucli<strong>de</strong>s, nº 739.<br />

Justificativa<br />

Sugerimos a comercialização das<br />

merca<strong>do</strong>rias através <strong>de</strong> Baú, por se tratar<br />

<strong>de</strong> uma solicitação <strong>do</strong>s camelôs da rua <strong>do</strong><br />

Rangel. Por acharem <strong>de</strong> dupla utilida<strong>de</strong>,<br />

pois além <strong>de</strong> servir para guardar a<br />

merca<strong>do</strong>ria com mais segurança, servirá<br />

também como expositor.<br />

Sala das Reuniões, 11 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong><br />

<strong>1990</strong>.<br />

Pedro Eurico<br />

Deputa<strong>do</strong><br />

Indicação Nº 4333<br />

Indicamos à Mesa, ouvi<strong>do</strong> o Plenário e<br />

cumpridas as formalida<strong>de</strong>s regimentais;<br />

que seja feito um veemente apelo ao<br />

Exmo. Sr. Comandante da Polícia Militar,<br />

Coronel Genival<strong>do</strong> Cerqueira <strong>de</strong><br />

Albuquerque, no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> que seja<br />

provi<strong>de</strong>ncia<strong>do</strong> um policiamento<br />

permanente para as ruas: Rangel, Direita,<br />

Nossa Senhora da Penha e Praça <strong>do</strong><br />

Merca<strong>do</strong> São José, no horário <strong>de</strong> 4:00 às<br />

7:00 da manhã.<br />

Da <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong>sta Casa, dë-se ciência ao<br />

Sr. José Ferreira <strong>de</strong> Lima à rua Itaúba, nº<br />

156 - Imbiribeira e à Sra. Cizane Maria da<br />

Silva, à 1ª rua <strong>do</strong> Colégio, nº <strong>12</strong>7-A -<br />

Prazeres.<br />

Justificativa<br />

Os comerciantes das referidas ruas são<br />

vítimas constantes da ação <strong>do</strong>s marginais,<br />

no horário <strong>de</strong> 4:00 às 7:00 da manhã,<br />

viven<strong>do</strong> sob constante tensão. Os<br />

comerciantes se ressentem da falta <strong>de</strong><br />

policiamento na área e consi<strong>de</strong>ram <strong>de</strong><br />

fundamental importância o plantão<br />

permanente no referi<strong>do</strong> horário.<br />

Esperan<strong>do</strong> contar com a sensibilida<strong>de</strong> da<br />

PM em relação ao problema, apelamos<br />

aos Srs. Deputa<strong>do</strong>s para que aprovem a<br />

presente proposição.<br />

Sala das Reuniões, 11 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong><br />

<strong>1990</strong>.<br />

Pedro Eurico<br />

Deputa<strong>do</strong><br />

Indicação Nº 4334<br />

Indicamos à Mesa, ouvi<strong>do</strong> o Plenário e<br />

cumpridas as formalida<strong>de</strong>s regimentais,<br />

que seda formula<strong>do</strong> apelo ao Comandante<br />

da Polícia Militar, Coronel Genival<strong>do</strong><br />

Cerqueira <strong>de</strong> Albuquerque, para que<br />

instale um módulo da PMPE, na rua<br />

Oiticica Lins em frente ao n° 222 - Vila<br />

Industriários - em Areias.<br />

Da <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong>sta Casa, dê-se<br />

conhecimento a Eral<strong>do</strong> á rua Arapuá, 45 -<br />

Areias.<br />

Justificativa<br />

A população <strong>de</strong> Areias vem sen<strong>do</strong> vítima<br />

frequente da ação <strong>do</strong>s marginais, viven<strong>do</strong><br />

sob constante tensão. Os mora<strong>do</strong>res se<br />

ressentem da falta <strong>de</strong> policiamento na<br />

área e consi<strong>de</strong>ram <strong>de</strong> fundamental<br />

importância a implantação <strong>de</strong> um módulo<br />

da Polícia Militar no bairro.<br />

Esperan<strong>do</strong> contar com a sensibilida<strong>de</strong> da<br />

PM em relação ao problema, apelamos<br />

aos Srs. Deputa<strong>do</strong>s para que aprovem a<br />

presente proposição.<br />

Sala das Reuniões, 30 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong><br />

<strong>1990</strong>.<br />

Pedro Eurico<br />

Deputa<strong>do</strong>


Indicação N° 4335<br />

Indicamos à Mesa, ouvi<strong>do</strong> a Plenário e<br />

cumpridas as formalida<strong>de</strong>s regimentais,<br />

que seja formula<strong>do</strong> um apelo ao<br />

Presi<strong>de</strong>nte da Celpe, Dr. José Marques<br />

Mariz, no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> retirar o poste <strong>de</strong> nº<br />

4140/20 da rua Córrego Idalino n° 24.<br />

Da <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong>sta Casa dê-se ciência à<br />

Associação <strong>de</strong> Mora<strong>do</strong>res <strong>de</strong> Guabiraba,<br />

à rua Cassiterita, S/Nº Guabiraba.<br />

Justificativa<br />

O proprietário <strong>do</strong> terreno on<strong>de</strong> está<br />

localiza<strong>do</strong> irregularmente o poste <strong>de</strong> nº<br />

4140/20, encontra-se prejudica<strong>do</strong>, sem<br />

condições <strong>de</strong> construir seu imóvel. Razão<br />

pela qual solicitamos a compreensão <strong>do</strong><br />

Exmo. Dr. José Marques Mariz, para as<br />

providências cabíveis.<br />

Sala das Reuniões, 30 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong><br />

<strong>1990</strong>.<br />

Pedro Eurico<br />

Deputa<strong>do</strong><br />

Indicação Nº 4336<br />

Indicamos à Mesa, ouvi<strong>do</strong> o Plenário e<br />

cumpridas as formalida<strong>de</strong>s regimentais,<br />

que seja formula<strong>do</strong> um veemente apelo ao<br />

Exmo. Sr. Prefeito da Cida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Recife,<br />

Dr. Gilberto Marques Paulo, no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

provi<strong>de</strong>nciar a retirada <strong>do</strong>s escombros<br />

causa<strong>do</strong>s pelo incêndio <strong>do</strong> Merca<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

São José.<br />

Da <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong>sta Casa dê-se ciência ao<br />

Sr. Cinésio Roberto à rua Santa Tereza n°<br />

210 - Vara<strong>do</strong>uro - Olinda, e Paulo à rua<br />

Jose <strong>de</strong> Vasconcelos no 103 -<br />

Tamarineira.<br />

Justificativa<br />

Um ano <strong>de</strong>pois <strong>do</strong> incêndio que <strong>de</strong>struiu<br />

to<strong>do</strong> o pavilhão direito <strong>do</strong> prédio <strong>do</strong><br />

Merca<strong>do</strong> São José, os escombros<br />

permanecem no mesmo local,<br />

prejudican<strong>do</strong> e geran<strong>do</strong> insatisfação <strong>do</strong>s<br />

locatários que precariamente<br />

comercializam suas merca<strong>do</strong>rias na área<br />

atingida pelo fogo.<br />

Não é justo que o Sr. Prefeito continue<br />

alheio a um problema tão grave e que já<br />

foi objeto <strong>de</strong> tantas reclamações. Em<br />

razão <strong>do</strong> exposto, esperamos contar com<br />

á compreensão <strong>do</strong>s meus nobres pares e<br />

a sensibilida<strong>de</strong> das autorida<strong>de</strong>s ligadas ao<br />

problema.<br />

Sala das Reuniões, <strong>13</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong><br />

<strong>1990</strong>.<br />

Pedro Eurico<br />

Deputa<strong>do</strong><br />

Indicação Nº 4337<br />

Indicamos à Mesa, ouvi<strong>do</strong> o Plenário e<br />

cumpridas as formalida<strong>de</strong>s regimentais,<br />

que sejà formula<strong>do</strong> apelo ao Prefeito da<br />

Cida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Recife, Dr. Gilberto Marques<br />

Paulo, no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> provi<strong>de</strong>nciar a<br />

manutenção das calhas <strong>do</strong> Merca<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

Afoga<strong>do</strong>s.<br />

Da <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong>sta Casa dê-se ciência à<br />

Associação <strong>do</strong>s locatários <strong>do</strong> Merca<strong>do</strong><br />

Público <strong>de</strong> Afoga<strong>do</strong>s, Estrada <strong>do</strong>s<br />

Remédios S/N.<br />

Justificativa<br />

Devi<strong>do</strong> à falta <strong>de</strong> conservação das calhas,<br />

os problemas estão se agravan<strong>do</strong> a cada<br />

dia que passa, aumentan<strong>do</strong> os<br />

vazamentos e infiltrações, <strong>de</strong>ixan<strong>do</strong><br />

bastante úmidas as pare<strong>de</strong>s e<br />

ocasionan<strong>do</strong> o estrago das merca<strong>do</strong>rias,<br />

causan<strong>do</strong> um gran<strong>de</strong> prejuízo aos<br />

locatários.<br />

Sala das Reuniões, 29 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong><br />

<strong>1990</strong>.<br />

Pedro Eurico<br />

Deputa<strong>do</strong><br />

Indicação Nº 4338<br />

Indicamos a Mesa, ouvi<strong>do</strong> o Plenário e<br />

cumpridas as formalida<strong>de</strong>s regimentais,<br />

seja formula<strong>do</strong> veemente apelo ao<br />

Presi<strong>de</strong>nte da Celpe, Exmo. Sr. Dr. José<br />

Marques Mariz, no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> aue selam<br />

tomadas providências administrativas,<br />

para a implantação <strong>do</strong> sistema <strong>de</strong><br />

eletrificação na rua Alto da Bica - Vila da<br />

Cohab - PE.<br />

Da <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong>sta Casa dê-se ciência a<br />

Maria Amélia <strong>de</strong> Oliveira à rua José<br />

Carvalheira nº 390 - Tamarineira.<br />

Justificativa<br />

As famílias que compõem a rua <strong>do</strong> Alto da<br />

Bica, não estão <strong>do</strong>tadas <strong>do</strong>s benefícios <strong>de</strong><br />

energia elétrica, serviços básico presta<strong>do</strong>s


pela Celpe.<br />

Constituídas <strong>de</strong> famílias carentes,<br />

formadas por subemprega<strong>do</strong>s que não<br />

possuem, por força da falta <strong>de</strong><br />

energização <strong>de</strong> suas residências, <strong>de</strong><br />

condições mínimas <strong>de</strong> lazer, e a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong><br />

preparo <strong>de</strong> alimentos.<br />

Formulamos este apelo, na certeza <strong>de</strong><br />

que o Exmo. Sr. Presi<strong>de</strong>nte se sensibilize<br />

e autorize, o mais breve possível, a<br />

implantação da energia na referida rua.<br />

Sala das Reuniões, 11 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong><br />

<strong>1990</strong>.<br />

Pedro Eurico<br />

Deputa<strong>do</strong><br />

(Os Deputa<strong>do</strong>s Geral<strong>do</strong> Coelho, Inal<strong>do</strong><br />

Lima, João Coelho, José Amorim. José<br />

humberto, Luiz Epaminondas, Marcus<br />

Cunha, Manoel Alves, Manoel Ramos,<br />

Paulo Guerra, Ranilson Ramos e Roldão<br />

Joaquim na reunião <strong>do</strong> dia 07-<strong>12</strong>-90<br />

encontravam-se em missão autorizada.)<br />

O Sr. PRESIDENTE - Não haven<strong>do</strong><br />

ora<strong>do</strong>res inscritos no Pequeno<br />

Expediente, passamos ao Gran<strong>de</strong><br />

Expediente.<br />

Com a palavra o <strong>de</strong>puta<strong>do</strong> Gilvan<br />

Coriolano.<br />

O Sr. GILVAN CORIOLANO - Sr.<br />

Presi<strong>de</strong>nte, Srs. Deputa<strong>do</strong>s.<br />

(Lê):<br />

Escolhi esta tar<strong>de</strong> para fazer uma<br />

avaliação sobre minha breve passagem<br />

por esta casa, porque esses quatro anos<br />

<strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> foram importantes para to<strong>do</strong>s<br />

nós que representamos e povo <strong>de</strong><br />

<strong>Pernambuco</strong>.<br />

Tivemos pouca sorte durante esse<br />

perío<strong>do</strong> no campo econômico, politico e<br />

climático. Muitos po<strong>de</strong>mos colher na<br />

politica com a realização <strong>de</strong> três eleições,<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1986 quan<strong>do</strong> fomos eleitos.<br />

Tivemos muitos problemas econômicos e<br />

continuamos enfrentan<strong>do</strong> dificulda<strong>de</strong>s.<br />

Essas dificulda<strong>de</strong>s se ampliam na região<br />

sertaneja e no agreste com a volta <strong>do</strong><br />

fisgelo, ocasionan<strong>do</strong> por mais uma crise<br />

no abastecimento dágua e na falta <strong>de</strong><br />

alimento.<br />

Somos um povo corajoso. Uma gente que<br />

apesar <strong>de</strong> tu<strong>do</strong> os problemas ainda temos<br />

entusiasmo, sabe superar os momentos<br />

<strong>de</strong> tristeza; costuma agir com lealda<strong>de</strong> e<br />

persegue boas ações com a convivência,<br />

no dificil caminho da luta <strong>de</strong>mocrática.<br />

A Casa <strong>de</strong> Joaquim Nabuco é o retrato<br />

<strong>de</strong>sse povo por excelência. É aqui on<strong>de</strong><br />

se apren<strong>de</strong> a fazer a convivência <strong>do</strong>s<br />

contrários. As querelas partidárias e<br />

i<strong>de</strong>ológicas costumam a passar <strong>do</strong> último<br />

batente da rua da Aurora, até porque na<br />

posição que estamos hoje, no Anexo I,<br />

pisamos primeiro a rua da União. As<br />

emoções não <strong>de</strong>scambam para as<br />

paixões, e estas não têm duração. O<br />

equilibrio está sim é dura<strong>do</strong>uro.<br />

Esta é também a Casa que guarda no seu<br />

interior gran<strong>de</strong> muro das lamentações.<br />

Isso po<strong>de</strong>mos constatar nestes quatro<br />

anos <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s. Parece que o lugar<br />

mais longe <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> está ali, <strong>do</strong> outro<br />

la<strong>do</strong> <strong>do</strong> Rio Capibaribe. Lá no casarão <strong>do</strong><br />

Palácio das Princesas a linguagem <strong>do</strong><br />

parlamentar nem sempre é <strong>de</strong>cifreda. Ali,<br />

costuma-se ampliar os chás das sextasfeiras,<br />

<strong>de</strong> outrora, para os chás <strong>de</strong> ca<strong>de</strong>ira<br />

<strong>de</strong> sempre.<br />

No interior, nossos correligionários jamais<br />

pensaram que <strong>de</strong>puta<strong>do</strong> recebe “Não”<br />

sofre maçada e tem seus pleitos<br />

relega<strong>do</strong>s a segun<strong>do</strong> plano. Mas, os<br />

apelos <strong>de</strong>sta tribuna e as repercussões<br />

<strong>do</strong>s nossos pronunciamentos po<strong>de</strong>m até<br />

encher as páginas <strong>do</strong>s jornais, ocupar o<br />

horário nobre da televisão, mas nunca<br />

sensibilizem os homens <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r, que<br />

não sabem o que é a consagração <strong>de</strong> um<br />

mandato pelo voto popular, e que o po<strong>de</strong>r<br />

é efêmero.<br />

Vivi momentos inesqueciveis, nesta Casa.<br />

Levarei daqui a lembrança imorre<strong>do</strong>ura <strong>de</strong><br />

gran<strong>de</strong>s acontecimentos, como por<br />

exemplo, <strong>do</strong>s pronunciamentos corajosos<br />

<strong>de</strong> João Ferreira Lima, das posições<br />

firmes <strong>do</strong> sau<strong>do</strong>so Paulo Leite, das<br />

<strong>de</strong>cisões in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>do</strong> nosso<br />

irrequieta Humberto Barradas, <strong>do</strong><br />

memorável e corajoso <strong>de</strong>sabafo <strong>do</strong><br />

gran<strong>de</strong> Presi<strong>de</strong>nte Clo<strong>do</strong>al<strong>do</strong> Torres.<br />

Lá muito longe, no Sertão, on<strong>de</strong> seca<br />

inclemente tu<strong>do</strong> <strong>de</strong>vasta<strong>do</strong>ra, o sertanejo<br />

tem a certeza <strong>de</strong> que estamos batalhan<strong>do</strong>


em favor da região. Ele até que acredita<br />

no seu representante, mas per<strong>de</strong> a<br />

esperança com o passar <strong>do</strong> tempo, e se<br />

transforma em um <strong>de</strong>scrente a mais <strong>do</strong>s<br />

políticos.<br />

Os <strong>de</strong>puta<strong>do</strong>s costumam ser visto como<br />

políticos com po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> resolver as coisas,<br />

embora sem o mínimo <strong>de</strong> força para<br />

resolver até questões pequenas. O po<strong>de</strong>r<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão está sim no Executivo.<br />

Diante <strong>de</strong> um quadro tão difícil como este<br />

que estamos atravessan<strong>do</strong>, com tantos<br />

problemas no País e particularmente em<br />

nosso Esta<strong>do</strong>, <strong>de</strong>sejamos que os<br />

companheiros que aqui vão continuar a<br />

sua longa jornada e àqueles que foram<br />

<strong>de</strong>fendi<strong>do</strong>s pelo voto popular, em três <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> outubro, busquem atingir os seu<br />

objetivo <strong>de</strong> servir aos pernambucanos e<br />

para isso tenham a inspiração <strong>de</strong> DEUS e<br />

apoio da socieda<strong>de</strong>.<br />

Para mim que volto a s li<strong>de</strong>s <strong>do</strong> Araripe<br />

sinto-me na condição <strong>de</strong> dizer para to<strong>do</strong>s<br />

os compnaheiros <strong>de</strong>puta<strong>do</strong>s da minha<br />

bancada e <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os parti<strong>do</strong>s<br />

indistintamente, que tenho a consciência<br />

<strong>do</strong> <strong>de</strong>ver cumpri<strong>do</strong>: fiz o que pu<strong>de</strong>. Soube<br />

dizer sim na hora <strong>de</strong> dizer sime não e não<br />

tive coragem <strong>de</strong> discordar na hora <strong>de</strong><br />

discordar, pois é melhor seguir sem<br />

mandato porém, em paz com a minha<br />

consciência.<br />

Posso dizer agora, como alguns que por<br />

aqui passaram: “ninguém se per<strong>de</strong> no<br />

caminho <strong>de</strong> volta”. Desejo <strong>de</strong> coração a<br />

to<strong>do</strong>s os companheiros <strong>de</strong>puta<strong>do</strong>s, a<br />

to<strong>do</strong>s os servi<strong>do</strong>res <strong>de</strong>sta Casa, aos<br />

radialistas e jornalistas, com os quais tive<br />

o prazer <strong>de</strong> conviver, muito sucesso e um<br />

Natal <strong>de</strong> Paz e um Ano Novo <strong>de</strong><br />

prosperida<strong>de</strong>.<br />

O Sr. Humberto Barradas - Meu amigo,<br />

Dep. Gilvan Coriolano, V. Exa., não<br />

precisa dizer o tamanho da emoção que<br />

sente neste momento. A emoção <strong>de</strong> quem<br />

pensa que vai embora, <strong>de</strong> quem pensa<br />

que vai <strong>de</strong>ixar esta Casa <strong>de</strong>ixar os amigos<br />

V. Exa., por mais que queira sair, sai<br />

fican<strong>do</strong>, porque no coração <strong>de</strong> cada um<br />

<strong>de</strong> nós tem ai um lugar reserva<strong>do</strong> sempre<br />

para a esse amigo sertanejo Gilvan<br />

Coriolano e nos Anais <strong>de</strong>sta Casa, sem<br />

dúvida alguma, permanecerão os<br />

pronunciamentos feitos por V.Exa. em<br />

beneficio da sua comunida<strong>de</strong>, <strong>do</strong> seu<br />

queri<strong>do</strong> e sofri<strong>do</strong> povo sertanejo e ao Dep.<br />

Humberto Barradas que tem a honra e o<br />

privilégio <strong>de</strong> estar inclui<strong>do</strong> entre aqueles<br />

que V.Exa. consi<strong>de</strong>ra amigo, não po<strong>de</strong>ria<br />

neste momento, que sem dúvidas alguma<br />

marca a presença <strong>do</strong> parlamentar na<br />

Casa muito mais <strong>do</strong> que aqui,<br />

continuarão, V.Exa. como eu, neste<br />

momento, vamos levar a marca da<br />

sauda<strong>de</strong> daqueles que aqui vão ficar. Mas<br />

<strong>de</strong> um coisa, Deputa<strong>do</strong>, V.Exa. fique certa<br />

<strong>de</strong> que nós não vamos conseguir sair<br />

<strong>de</strong>sta Casa, por uma série <strong>de</strong> motivos<br />

<strong>de</strong>ntre eles reputo aquele <strong>de</strong> afinida<strong>de</strong><br />

que ligou V.Exa. a to<strong>do</strong>s os Deputa<strong>do</strong>s<br />

<strong>de</strong>sta Casa. V.Exa. tem si<strong>do</strong> aqui, ao<br />

longo <strong>de</strong>sses quatro anos um Deputa<strong>do</strong><br />

alegre, um Deputa<strong>do</strong> que mostra e<br />

<strong>de</strong>monstra a espontaneada<strong>de</strong> <strong>do</strong><br />

sertanejo, um Deputa<strong>do</strong> viril, forte um<br />

Deputa<strong>do</strong> que não se abate com as<br />

adversida<strong>de</strong>s, um Deputa<strong>do</strong> que sabe<br />

levar esportivamente as criticas que aqui<br />

surgem, um Deputa<strong>do</strong> que <strong>de</strong>monstrou,<br />

nesses quatro anos a competência <strong>de</strong><br />

jurista, a competência <strong>de</strong> administra<strong>do</strong>r<br />

que foi á frente da Prefeitura <strong>de</strong> Ouricuri, o<br />

político que V.Exa. é Lamento<br />

profundamente, Dep. Gilvan Coriolano,<br />

não po<strong>de</strong>r no próximo ano, ao visitar esta<br />

Assembléia visitar também o companheiro<br />

Deputa<strong>do</strong>, No entanto tenho certeza que<br />

nós iremos fazer com que a nossa<br />

amiza<strong>de</strong> encurte o caminho entre<br />

Jaboatão e Ouricuri, que passamos<br />

freqüentemente, lá em Ourucuri e lá em<br />

Jaboatão começar a discutir os problemas<br />

<strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong> e até relembrar episódios<br />

<strong>de</strong>sta Casa que V.Exa., sem dúvida, este<br />

inseri<strong>do</strong> nos gran<strong>de</strong>s episódios que<br />

ocorreram nesta Casa.<br />

Mas faça Deputa<strong>do</strong> Gilvan Coriolano,<br />

como eu , não faça uma <strong>de</strong>spedida, dê um<br />

até logo um até breve. V.Exa. não tem <strong>do</strong><br />

que ficar triste tenho certeza que to<strong>do</strong>s<br />

nós sabemos que nho certe.a que to<strong>do</strong>s<br />

nos aqui sabemos que V.Exa. cumpriu<br />

com sua obrigação <strong>de</strong> parlamentar.<br />

Volte Para Ouricuri, Deputa<strong>do</strong>, e abrace o<br />

Deputa<strong>do</strong> e amigo Humberto Barradas,<br />

aquele que tem em V.Exa. um verda<strong>de</strong>iro<br />

amigo, um Deputa<strong>do</strong> que apren<strong>de</strong>u a


admirar o cidadão Gilvan Coriolano, o<br />

amigo Gilvan o Dep. Humberto Barradas<br />

que tem V. Exa., hoje, como se fosse um<br />

membro da sua familia e que por isso<br />

mesmo po<strong>de</strong> dizee publicamente e<br />

carinhosarnente que o meu amigo como<br />

está <strong>de</strong>ixan<strong>do</strong> a Assembléia <strong>Legislativa</strong>.<br />

Mas gostaria que to<strong>do</strong>s soubesssem que<br />

muitas vezes brinca<strong>de</strong>iras aqui foram<br />

tiradas para alegrar este ambiente e que o<br />

Dep. Gilvan soube sempre receber com o<br />

maior carinho e sempre enten<strong>de</strong>u que<br />

aqui to<strong>do</strong>s tinham um zelo to<strong>do</strong> especial<br />

uma admiração e até mesmo o carinho<br />

que to<strong>do</strong>s nós nutrimos por V.Exa..<br />

Lembro-me <strong>de</strong> quan<strong>do</strong> começamos aqui e<br />

o Dep. Gilvan Coriolano como <strong>de</strong> rasto<br />

to<strong>do</strong>s nos tivemos os nossos apeli<strong>do</strong>s,<br />

tivemos aqui a intimida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s amigos<br />

quan<strong>do</strong> chamavamos o Dep. Gilvan<br />

Coriolano <strong>de</strong> Coalhada e nunca vimos, em<br />

hora nenhuma, outra coisa que não fosse<br />

um riso o riso largo aberto e franco <strong>do</strong><br />

Deputa<strong>do</strong> e amigo Gilvan Coriolano.<br />

Lembro-me bem que nós, o intuito <strong>de</strong><br />

amenizar as tensões provocadas nas<br />

votações <strong>de</strong>sta Casa fazíamos aqui a<br />

briga que nunca houve entre o Deputa<strong>do</strong><br />

Gilvan Coriolano e o tigre <strong>do</strong> Araripe,<br />

companheiro e amigo Felipe Coelho e o<br />

Dep. Gilvan Coriolano continuava<br />

sorrin<strong>do</strong>. Nós estamos <strong>de</strong>monstran<strong>do</strong>, na<br />

pratica, o que é um político <strong>de</strong> larga<br />

escala, que sabe aceitar as críticas, sabe<br />

aceitar as brinca<strong>de</strong>iras, mas, sempre<br />

esteve muito acima <strong>de</strong> qualquer coisa que<br />

pu<strong>de</strong>sse ser entendi<strong>do</strong> como perjorativo.<br />

Meu queri<strong>do</strong> Deputa<strong>do</strong>, meu preza<strong>do</strong> e<br />

dileto amigo Gilvan Coriolano, queria eu<br />

ter aqui nessa hora e, nesse momento a<br />

inspiração <strong>de</strong> Rui Barbosa pra po<strong>de</strong>r<br />

saudá-lo na hora que se <strong>de</strong>spe<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssa<br />

Casa. No entanto como não tenho a<br />

riqueza <strong>de</strong>sse vocabulário, peço a V.Exa.<br />

que, leve daqui simplesmente, a<br />

lembrança <strong>de</strong> um Deputa<strong>do</strong> amigo,<br />

Humberto Barradas. Que nesse momento<br />

não podia <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> estar nesse microfone<br />

<strong>de</strong> Aparte, <strong>de</strong>sejan<strong>do</strong> a V.Exa., a toda a<br />

sua família, aqueles que são seus amigos,<br />

aqueles que são seus conterrâneos,<br />

levasse o testemunho que eu posso dar,<br />

que to<strong>do</strong>s nós po<strong>de</strong>remos dar, <strong>do</strong> trabalho<br />

eficaz que V.Exa. <strong>de</strong>senvolveu aqui nesta<br />

Casa. V. Exa., sem dúvida, é exemplo pra<br />

familia, é exemplo pros amigos e, hoje é<br />

exemplo pra <strong>Pernambuco</strong>. Deputa<strong>do</strong>, até<br />

logo, nós nos encontraremos, sem dúvida<br />

nenhuma, no caminho que nós<br />

conhecemos, o caminho da volta. Não se<br />

preocupe, não saia daqui com mágoa,<br />

com recentemento, porque esse nunca foi<br />

o comportamento <strong>de</strong> V. Exa.. Saia como<br />

sempre, com aquele sorriso bonito,<br />

aberto, franco, <strong>de</strong>ixe que o chame <strong>de</strong><br />

qualhada, <strong>de</strong>ixe que o chame <strong>de</strong> Corí,<br />

<strong>de</strong>ixe que o chame <strong>de</strong> sertanejo, mas,<br />

ninguém, sem dúvida nenhuma, <strong>de</strong>ixará<br />

<strong>de</strong> respeitar o Deputa<strong>do</strong>, o homem e o<br />

amigo Gilvan Coriolano. Um abraço<br />

Deputa<strong>do</strong>.<br />

O Sr. GILVAN CORIOLANO - Agra<strong>de</strong>ço<br />

<strong>de</strong> to<strong>do</strong> coração as palavras elogiosas <strong>do</strong><br />

gran<strong>de</strong> amigo Humberto Barradas,<br />

Betinho e, me lembro nesse momento,<br />

quan<strong>do</strong> chegarmos aqui, nesta<br />

Assembléia e, <strong>de</strong> infcio a conversa que<br />

havia em todas as ocasiões era que, a<br />

batalha que seria travada entre eu e o<br />

tigre <strong>do</strong> Araripe seria feroz. Mas, muitos<br />

que falavam <strong>de</strong>ssa maneira, falavam<br />

pensan<strong>do</strong> que nós, o Município <strong>de</strong><br />

Ouricuri vivíamos o tipo da política que se<br />

vive em Exú. Não, nada disso acontece.<br />

Com toda a nossa <strong>de</strong>ficiência, com toda a<br />

nossa precarieda<strong>de</strong>, nós sabemos nos<br />

respeitar. Eu, acho que nós <strong>de</strong>mos até<br />

lição aqui nessa Assembléia. Eu acho que<br />

o comportamento que o comportamento<br />

que tivemos aqui nessa Assembléia serviu<br />

até <strong>de</strong> lição para muitos que, se<br />

<strong>de</strong>gladiam, que as vezes partem até para<br />

o <strong>de</strong>respeito pessoal.<br />

Embora tivemos sempre, otimamente em<br />

campos opostos, eu e o Deputa<strong>do</strong> Felipe<br />

Coelho, mas, jamais em comício ou em<br />

qualque oportunida<strong>de</strong>, lá na nossa<br />

Região, alguém viu, eu ou o Deputa<strong>do</strong><br />

Felipe Coelho, se <strong>de</strong>gradiar ou se<br />

<strong>de</strong>respeitar, sempre nos tratamos <strong>de</strong><br />

forma educada, <strong>de</strong> forma elevada. Porque<br />

o povo da nossa Região não aceita outro<br />

tipo <strong>de</strong> conduta a não ser este. E, aqui<br />

tivemos essa convivência até hoje e,<br />

graças a Deus vou sair daqui sem que<br />

tenha agi<strong>do</strong> <strong>de</strong> outra forma e, levan<strong>do</strong><br />

comigo a certeza <strong>de</strong> que procurei fazer o


possivel para ser digno <strong>do</strong>s votos que<br />

recebi da minha Região. Mas, eu<br />

continuan<strong>do</strong> ouço com muita felicida<strong>de</strong>, o<br />

gran<strong>de</strong> Lí<strong>de</strong>r <strong>do</strong> PFL, Deputa<strong>do</strong> Arthur<br />

Corrêa.<br />

O Sr. Arthur Corrêa - Deputa<strong>do</strong> Gilvan<br />

Coriolano, cada homem <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a<br />

sua dimensão, tem os seus sonhos, as<br />

suas aspirações. Há poucos instantes eu<br />

ouvia, o Deputa<strong>do</strong> Humberto Barradas<br />

<strong>de</strong>sejar ser possui<strong>do</strong>r <strong>do</strong>s <strong>do</strong>tes oratorios<br />

<strong>de</strong> Rui Barbosa, para po<strong>de</strong>r fazer uma<br />

saudação a V.Exa. Eu matuto como<br />

V.Exa., mo<strong>de</strong>sto, representante <strong>do</strong>s<br />

agrestinos, <strong>de</strong>sejaria menos, <strong>de</strong>sejaria os<br />

<strong>do</strong>tes oratórios <strong>do</strong> Dep. Humberto<br />

Barradas, já´seriam suficientes para nesta<br />

hora aparteá-lo. E dizer que este bravo<br />

sertanejo <strong>de</strong> Ouricuri, chegou a esta<br />

Casa, com o seu próprio estilo, <strong>de</strong> homem<br />

<strong>do</strong> interiorano, e que daqui sai ao meu<br />

verm, e acredito que na ótica <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os<br />

companheiros, V.Exa. sai <strong>de</strong> fronte<br />

erguida. V.Exa. aqui cumpriu o <strong>de</strong>ver<br />

politico <strong>de</strong> um interiorano, sempre<br />

reivindican<strong>do</strong>, pedin<strong>do</strong> e lutan<strong>do</strong> no<br />

senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> diminuir o sofrimento <strong>do</strong>s seus<br />

conterrâneos sofri<strong>do</strong>s <strong>do</strong> sertão <strong>de</strong><br />

Ouricuri, a região que V. Exa.,<br />

representou nesta Casa. E em meu nome<br />

pessoal, em nome da Bancada <strong>do</strong> PFL,<br />

quero dizer que V. Exa., só nos <strong>de</strong>ixa,<br />

aliás como V. Exa., sabe, acredito que na<br />

casa só <strong>de</strong>ixa sauda<strong>de</strong>s sauda<strong>de</strong>s e<br />

amiza<strong>de</strong>s que soube construir no <strong>de</strong>correr<br />

<strong>do</strong>s 4 anos. Muitas vezes tivemos<br />

divergências, principalmente no inicio,<br />

quan<strong>do</strong> V.Exa. ainda estava com aquela<br />

ilusão, ilusão que contaminou a gran<strong>de</strong><br />

maioria <strong>do</strong>s pernambucanos. V.Exa.<br />

<strong>de</strong>monstrou uma in<strong>de</strong>pendência muito<br />

gran<strong>de</strong>. E quan<strong>do</strong> ao sentir a <strong>de</strong>cepção<br />

não escon<strong>de</strong>u, veio a Tribuna e tornou<br />

público, <strong>de</strong>u conhecimento a <strong>Pernambuco</strong><br />

da sua <strong>de</strong>silusão. Traduzin<strong>do</strong> assim a<br />

franqueza, <strong>do</strong> bravo sertanejo que V.Exa.<br />

é. Tenho certeza, Dep. Gilvan Coriolano,<br />

que o povo <strong>de</strong> Ouricuri, e <strong>de</strong> to<strong>do</strong> sertão,<br />

receberá V.Exa. <strong>de</strong> braços abertos, pois<br />

aqui nunca V.Exa., foi omisso, sempre<br />

procurou a confiança mais honrosa que<br />

um cidadão recebe, a confiança <strong>do</strong> voto.<br />

Muito obriga<strong>do</strong> Deputa<strong>do</strong>.<br />

O Sr. GILVAN CORIOLANO - Agra<strong>de</strong>ço<br />

as palavras sinceras <strong>do</strong> gran<strong>de</strong> Lí<strong>de</strong>r <strong>do</strong><br />

PFL, Dep. Artur Correa. Encontrei no Dep.<br />

esse homem que no início temos a<br />

impressão <strong>de</strong> ser uma pessoa difícil.<br />

Entretanto, encontrei no Dep. Artur<br />

Correia, nesta convivência, a sincerida<strong>de</strong><br />

<strong>do</strong> homem que mantém em qualquer<br />

qualquer das circunstâncias. Portanto foi<br />

para mim uma felicida<strong>de</strong>, ter a amiza<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

V. Exa., porque a sua personalida<strong>de</strong><br />

assemelha-se muito a minha. Portanto<br />

agra<strong>de</strong>ço a sincerida<strong>de</strong> <strong>de</strong> V. Exa., e saio<br />

daqui com acerteza <strong>de</strong> que arranjei um<br />

gran<strong>de</strong> amigo sério e <strong>de</strong> todas as horas.<br />

Muito obriga<strong>do</strong> e ouço o gran<strong>de</strong> sertanejo<br />

e Lí<strong>de</strong>r <strong>do</strong> Governo, Dep. Àureo Bradley.<br />

O Sr. Áureo Bradley - Dep. Gilvan<br />

Coriolano a bifurcação <strong>do</strong>s caminhos<br />

po<strong>de</strong>m afastar os homens<br />

geometricamente, geograficamente, mas<br />

não necessariamente afastá-los na<br />

afetivida<strong>de</strong>, no carinho. E essa<br />

afetivida<strong>de</strong>, o carinho e o respeito, nós<br />

sempre mantivemos nesta Casa, quan<strong>do</strong><br />

estavamos no mesmo caminho,<br />

percorren<strong>do</strong> caminhos íngre<strong>de</strong>s, difíceis<br />

no início <strong>de</strong> Governo, e também <strong>de</strong>pois<br />

quan<strong>do</strong> houve a bifurcação. Pelo respeito,<br />

talvez nós, pela própria formação, ou até,<br />

mesmo pela estrutura <strong>de</strong> matuto,<br />

mantivemos intacto. V. Exa., foi como<br />

muito bem disse o Dep. Artur Correia, o<br />

vigilante em <strong>de</strong>fesa da nossa região. A<br />

região que infelizmente, assistimos no<br />

<strong>de</strong>correr <strong>de</strong> toda a nossa existência,<br />

diariamente se existissem pessoas<br />

qualificadas como V. Exa., no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

que se veja com melhores olhos para uma<br />

região tão sofrida. Infelizmerte, to<strong>do</strong>s<br />

sabemos que a seca é ciclica, a história<br />

comprova isso. Sempre quiseram dar<br />

soluções e jamais irem <strong>de</strong> encontro as<br />

verda<strong>de</strong>iras causas, que levam o nosso<br />

povo a uma situação <strong>de</strong> penúria em certos<br />

<strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s momentos. Mas, V.Exa. foi<br />

este vigilante, foi este homem que<br />

estan<strong>do</strong> ao nosso la<strong>do</strong> na bifurcação<br />

anteriormente citada, esteve sempre<br />

presente nesta Casa, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> aquilo<br />

que V.Exa. acreditava,. E em tu<strong>do</strong> aquilo<br />

que V.Exa. acreditava, V.Exa. <strong>de</strong>dicava


to<strong>do</strong> seu tempo, seu ar<strong>do</strong>r, sua<br />

inteligência e toda a sua vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

serviço sertão <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong>. Então em<br />

<strong>de</strong>corrência disso, eu gosto <strong>de</strong> dizer que o<br />

povo nunca erra, o povo é sempre sábio,<br />

po<strong>de</strong> equivocar-se em certos momentos<br />

da história, mais haverei <strong>de</strong> rever seus<br />

equívocos, para no futuro bem próximo e<br />

colocar verda<strong>de</strong>iramente para representálo<br />

aqueles que tem compromisso com ele,<br />

aqueles que em momento algum, ouvidam<br />

da sua Região, ouvidam <strong>do</strong> seu povo.<br />

Por isso eu queria <strong>de</strong>ixar em nome <strong>do</strong><br />

meu parti<strong>do</strong>, em nome <strong>do</strong> passa<strong>do</strong> on<strong>de</strong><br />

nós caminhávamos na mesma vereda em<br />

nome <strong>do</strong> Presente quan<strong>do</strong> houve a<br />

bifurcação o meu gran<strong>de</strong> abraço a V.Exa.<br />

e a esperança <strong>de</strong> que homens da<br />

dignida<strong>de</strong>, da honra<strong>de</strong>z <strong>do</strong> Deputa<strong>do</strong><br />

Gilvan Coriolano, não po<strong>de</strong> em<br />

<strong>de</strong>corrência e algum fracasso eleitoral<br />

cruzar os raços e <strong>de</strong>ixar a sua luta<br />

partidária, mantenhase na luta política,<br />

mantenha-se em <strong>de</strong>fesa <strong>do</strong> seu povo,<br />

porque o seu povo precisa <strong>do</strong> Sr.<br />

Deputa<strong>do</strong> Gilvan Coriolano, muito<br />

obriga<strong>do</strong>.<br />

O Sr. GILVAN CORIOLANO - Agra<strong>de</strong>ço<br />

ao Nobre Deputa<strong>do</strong> Áureo Bradley, um<br />

Sertanejo que vive nos umbraz <strong>do</strong> Sertão,<br />

porque Arcover<strong>de</strong>, embora seja Sertão,<br />

mas Arcover<strong>de</strong>, ainda é um pouco <strong>de</strong><br />

Agreste, mas o Deputa<strong>do</strong> Áureo que<br />

conhece<strong>do</strong>r <strong>do</strong> nosso problema das<br />

dificulda<strong>de</strong>s que enfrentamos, tambem<br />

sofre na pele a tristeza <strong>de</strong> ver aquela<br />

Terra na situação que estar hoje.<br />

Mas Deputa<strong>do</strong> Áureo Bradley, eu <strong>de</strong>via<br />

talvez uma explicação a V.Exa. o nosso<br />

Lí<strong>de</strong>r Companheiro das primeiras horas, a<br />

respeito justamente <strong>de</strong>sta minha posição<br />

tomada nesse <strong>de</strong>correr <strong>de</strong> tempo, o<br />

compromisso que eu havia afirma<strong>do</strong> com<br />

o povo da minha Região, era muito gran<strong>de</strong><br />

para que o que ficasse aqui, aceitan<strong>do</strong><br />

tu<strong>do</strong> isso que era imposto, porque<br />

Deputa<strong>do</strong> Áureo Bradley, chegan<strong>do</strong> nesta<br />

Casa, eu trazia o compromisso e a<br />

responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tu<strong>do</strong> fazer por aquele<br />

povo, para que pu<strong>de</strong>sse nos formar uma<br />

infraestrutura hídrica capaz <strong>de</strong> enfrentarmos<br />

essas situações como aqui estamos<br />

atravessan<strong>do</strong> hoje, que o Sertão é viável<br />

como V.Exa. sabe, existe gran<strong>de</strong>s rios,<br />

existe locais para fazer gran<strong>de</strong>s açu<strong>de</strong>s, a<br />

nossa terra da mas fértil que existe no<br />

mun<strong>do</strong>, on<strong>de</strong> o agricultor não conhece<br />

nem o que é correção <strong>do</strong> solo não<br />

conhece o que é nada da agricultura que<br />

se faz por aqui, porque lá a nossa terra<br />

não precisa <strong>de</strong> adubar <strong>de</strong> preparar-lá<br />

<strong>de</strong>ssa maneira que se faz por aqui mas<br />

acontece que o nosso problema único e<br />

exclusivo é a distribuição <strong>de</strong> água, já<br />

temos como V.Exa. sabe gran<strong>de</strong>s<br />

mananciais, o que falta. apenas, é alguém<br />

que faça com que essa água seja<br />

distribuida para os terrenos, e que aí se<br />

possa fizer irrigação, e o exemplo estar lá<br />

para quem quiser ver, o exemplo se nós<br />

chegamos no Brígida, no Municipio <strong>de</strong><br />

Parnamirim, to<strong>do</strong> mun<strong>do</strong> vai ficar<br />

impressiona<strong>do</strong>, o Deputa<strong>do</strong> José<br />

Humberto, conhece <strong>de</strong> perto, as<br />

barragens <strong>do</strong>s cessivas, estão hoje<br />

produzin<strong>do</strong> riqueza e alimentos para os<br />

povos, nada foi feito, só as barragens, e<br />

colocada energia elétrica, o agricultor<br />

colocou a bomba, a eletrobomba e estar<br />

fazen<strong>do</strong> irrigação, portanto é um<br />

verda<strong>de</strong>iro oáses naquela Região.<br />

O Sr. PRESIDENTE - Deputa<strong>do</strong> Gilvan,<br />

V.Exa., já falou meia hora, tem outros<br />

ora<strong>do</strong>res inscritos, gostaria que pu<strong>de</strong>sse<br />

encerrar.<br />

O Sr. GILVAN CORIOLANO - Pois não<br />

Sr. Presi<strong>de</strong>nte. Então foi por isso que eu<br />

tive que tomar uma posição, quer dizer<br />

<strong>de</strong>ixan<strong>do</strong> <strong>de</strong> ser Governo, <strong>de</strong>ixan<strong>do</strong> <strong>de</strong> ser<br />

Vice-Lí<strong>de</strong>r <strong>do</strong> Governo, <strong>de</strong>ixan<strong>do</strong> tu<strong>do</strong> que<br />

pu<strong>de</strong>sse ficar a minha disposição mas<br />

para ficar ao la<strong>do</strong> <strong>do</strong> povo, o povo que me<br />

confiou já que não havia condição para<br />

realizar aquilo que o povo havia nos<br />

confia<strong>do</strong> eu tive que ficar ao la<strong>do</strong> <strong>do</strong> povo,<br />

mas eu ouço o gran<strong>de</strong> Deputa<strong>do</strong> Severino<br />

Cavalcanti.<br />

O Sr. Severino Cavalcanti - Dep. Gilvan<br />

Coriolano, por <strong>de</strong>legação <strong>do</strong> Lí<strong>de</strong>r <strong>do</strong> meu<br />

Parti<strong>do</strong>, Parti<strong>do</strong> Liberal, quero trazer aqui<br />

a nossa mais profunda e sincera<br />

recordação <strong>do</strong> tempo que passamos aqui<br />

com V.Exa. apren<strong>de</strong>n<strong>do</strong> a <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r os<br />

interesses das nossas regiões no exemplo


que V.Exa., tem da<strong>do</strong> o que é um<br />

emper<strong>de</strong>ni<strong>do</strong> <strong>de</strong>fensor das gran<strong>de</strong>s lutas,<br />

das gran<strong>de</strong>s batalhas <strong>do</strong> sertanejo, V.Exa.<br />

passa por esta Casa <strong>de</strong>ixan<strong>do</strong> uma<br />

marca. A marca <strong>do</strong> luta<strong>do</strong>r.<br />

Do bravo, daquele que não se intimida.<br />

Daquele que <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> la<strong>do</strong> os próprios<br />

interesses pessoais para afirmar alto e<br />

bom som, aquilo que se comprometeu<br />

com os seus conterrâneos, com aqueles<br />

que sofrem lá no Sertão. Quero dizer que<br />

em nome <strong>do</strong> meu parti<strong>do</strong>, quero informar<br />

a esta Casa, que o Dep. Gilvan Coriolano,<br />

sempre foi um homem que nunca recuou<br />

quan<strong>do</strong> se tratava <strong>de</strong> <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r os<br />

interesses da sua região. Com sauda<strong>de</strong><br />

nós vamos <strong>de</strong>ixar, V.Exa. segue o seu<br />

caminho mas o caminho <strong>de</strong> V.Exa. será<br />

esta Casa porque nós esperamos V.Exa.<br />

<strong>de</strong> volta Dep.Gilvan Coriolano a sua<br />

passagem por esta Casa ficou marcada<br />

pela sua coragem e a sua bravura.<br />

Parabenizo esses 4 anos <strong>de</strong> atuação <strong>de</strong><br />

V.Exa. e digo que a sauda<strong>de</strong> da sua<br />

atuação nós vemos ter durante os<br />

seguintes 4 anos que iremos passar nesta<br />

Casa.<br />

O Sr. GILVAN CORIOLANO - Muito<br />

obriga<strong>do</strong> Dep. Severino Cavalcanti,<br />

gran<strong>de</strong> Lí<strong>de</strong>r <strong>do</strong> PL, o PL <strong>do</strong> gran<strong>de</strong><br />

pernambucano que é o Dr. Cid Sampaio.<br />

Eu recebo as palavras <strong>de</strong> V.Exa, como<br />

uma <strong>de</strong>monstração <strong>de</strong> carinho, <strong>de</strong><br />

amiza<strong>de</strong>, <strong>de</strong> fraternida<strong>de</strong> e um incentivo<br />

para que nós continuemos na luta em<br />

benefício <strong>de</strong>sse povo sofre<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong>.<br />

E ouço com muito prazer o colega e<br />

amigo.<br />

O Sr. Roldão Joaquim - Dep. Gilvan<br />

Coriolano absolutamente eu não po<strong>de</strong>ria<br />

<strong>de</strong>ixar, nem teria justificativa nem<br />

explicação, <strong>de</strong> integrar o grupo <strong>de</strong><br />

companheiros que aparteam. V.Exa. na<br />

<strong>de</strong>spedida <strong>de</strong>sta Assembléia. E queria<br />

aduzir ao seu discurso, quem sabe,<br />

alguma coisa sem maior significação, mas<br />

<strong>de</strong> um sentimento mais profun<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />

homem <strong>do</strong> agreste que sofre entre as<br />

crises <strong>do</strong> Sertão. E quem sabe a aparente<br />

opulência da Zona da Mata. Assim é o<br />

Agreste. No Agreste não há os gran<strong>de</strong>s<br />

projetos, no Agreste não tem os gran<strong>de</strong>s<br />

investimentos. Sempre se pensa em<br />

investir mais na Mata ou investir mais no<br />

Sertão on<strong>de</strong> existem as gran<strong>de</strong>s secas e<br />

as gran<strong>de</strong>s dificulda<strong>de</strong>s. E no Agreste nós<br />

nos exprememos como <strong>de</strong>spreza<strong>do</strong>s aos<br />

olhos <strong>do</strong> Governo. E na sua <strong>de</strong>spedida <strong>de</strong><br />

um homem que tem compromisso com a<br />

sua região e o compromisso é acima <strong>de</strong><br />

tu<strong>do</strong>, o torna até intolerante na medida em<br />

que as reivindicações, os pleitos <strong>de</strong> sua<br />

terra Ouricuri não são atendi<strong>do</strong>s eu queria<br />

levar também a preocupação <strong>do</strong> Agreste<br />

através da palavra <strong>do</strong> amigo como diz<br />

V.Exa. e certo Dep. Gilvan Coriolano<br />

como dizia Santo Agostinho, que a criança<br />

se alegra com a calça curta nova, os<br />

adultos se alegram com a calça comprida<br />

nova, para cada momento para cada<br />

situação há uma alegria há uma<br />

satisfação. E muitas vezes a mudança da<br />

calça curta para a calça comprida e viceversa,<br />

nos <strong>de</strong>ixa como admitir não está<br />

feliz.<br />

Como se não reconhecesse ser a ânsia<br />

<strong>de</strong> adaptar-se aquela nova realida<strong>de</strong>.<br />

V.Exa., <strong>de</strong> Ouricuri Verea<strong>do</strong>r, Prefeito com<br />

aquele discurso que realmente empolgava<br />

a sua gente, empolgava a sua terra veio<br />

para a Assembléia e está claro que os rios<br />

temporários e sequidão <strong>do</strong> Sertão não<br />

po<strong>de</strong> se comparar com a placi<strong>de</strong>z <strong>do</strong><br />

Capibaribe até a placi<strong>de</strong>z aparente ou<br />

para<strong>do</strong>xal, que ai e perene, que aí está a<br />

fazer poesia, estar a fazer me<strong>do</strong> o V.Exa.<br />

<strong>de</strong>ve ter senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> súbito aquela<br />

dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> adaptar o discurso <strong>do</strong><br />

menino e <strong>do</strong> rapaz <strong>de</strong> Ouricuri ao<br />

Deputa<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong> em Recife e<br />

essa diferença mais se acentuou quan<strong>do</strong><br />

V.Exa. sonhou com o Governo, por ele<br />

lutou, com ele lutou e o aju<strong>do</strong>u a eleger e<br />

este Governo. não aten<strong>de</strong>u as<br />

reivindicações <strong>de</strong> V.Exa. Não há uma,<br />

critica ao Governo Arraes ao que eu estou<br />

dizen<strong>do</strong>, porque creio que o Governo<br />

Arraes foi um Governo comprometi<strong>do</strong> com<br />

as causas populares, com as aspirações<br />

<strong>do</strong> povo, mas isso sé não era suficiente<br />

para aten<strong>de</strong>r as aspirações <strong>do</strong> povo, mas<br />

isso só não era suficiente para aten<strong>de</strong>r as<br />

<strong>do</strong> seu povo, as aspirações <strong>de</strong> sua Região<br />

e aí vemos a inquietação <strong>do</strong> Deputa<strong>do</strong><br />

Gilvan Coriolano e foi nessa inquietação


que nós o i<strong>de</strong>ntificamos como autêntico<br />

Deputa<strong>do</strong> <strong>do</strong> Sertão, jovem <strong>de</strong> Ouricuri,<br />

Prefeito daquela terra. É com a análise<br />

<strong>de</strong>ssas parcelas <strong>de</strong> sua vida que nos o<br />

i<strong>de</strong>ntificamos como gran<strong>de</strong> amigo <strong>do</strong> qual<br />

não queremos nos <strong>de</strong>spedir, queremos,<br />

apenas, trazer um testemunho <strong>de</strong> que<br />

essa afeição que foi <strong>de</strong>sportada na Casa<br />

<strong>de</strong> Joaquim Nabuco haverá <strong>de</strong> se<br />

perenizar.<br />

Desejamos, Deputa<strong>do</strong> Gilvan Coriolano<br />

que V.Exa. leve nessa sua <strong>de</strong>spedida<br />

<strong>de</strong>sta Casa a certeza <strong>de</strong> que nós o<br />

enten<strong>de</strong>mos, não ha ninguém, aqui, que,<br />

<strong>de</strong> sã consciência não haja entendi<strong>do</strong><br />

V.Exa. Até nos seus peca<strong>do</strong>s, nos seus<br />

exageros, nos seus erros, porque peca<strong>do</strong>,<br />

erro ou exagero por amor passa a ser<br />

virtu<strong>de</strong> e tu<strong>do</strong> que V.Exa. fez que agra<strong>do</strong>u<br />

ou <strong>de</strong>sagra<strong>do</strong>u foi por amor a Ouricuri.<br />

É em nome <strong>de</strong>sse amor, a sua terra, que<br />

nós seus amigos queremos também fazer<br />

parte. Nós somos o amor <strong>de</strong> Ouricuri na<br />

sua vidas no seu coração e queremos que<br />

ele seja perene.<br />

O Sr. GILVAN CORIOLANO - Gran<strong>de</strong><br />

Deputa<strong>do</strong> Argemiro Pereira, conterrâneo<br />

<strong>de</strong> Serra Talhada, eu queria pedir <strong>de</strong><br />

V.Exa. mais um pouco <strong>de</strong> complascência<br />

para ouvir o nobre Deputa<strong>do</strong> Almeida<br />

Filho.<br />

Mas, Deputa<strong>do</strong> Roldão Joaquim, V.Exa.<br />

sabe muito bem externar o seu<br />

pensamento com essas palavras tão<br />

lindas e eloquentes e toca em cheio o<br />

coração. Diz, realmente o que a gente<br />

está sentin<strong>do</strong>.<br />

Mas Deputa<strong>do</strong> Roldão, é isso mesmo que<br />

V.Exa., diz, é o que se passa conosco.<br />

Conce<strong>do</strong> o aparte ao nobre Deputa<strong>do</strong><br />

Almeida Filho.<br />

O Sr. Almeida Filho - Meu caro Deputa<strong>do</strong><br />

Gilvan Coriolano, nós assistimos na tar<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> hoje a responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> V.Exa., no<br />

discurso que ora realiza aqui, fazen<strong>do</strong> as<br />

suas <strong>de</strong>spedidas da vida Parlamentar e<br />

nós que tivemos uma convivência antes<br />

como companheiros na Secretaria <strong>de</strong><br />

Segurança Pública e mesmo no dia a dia<br />

da vida pública on<strong>de</strong> muitas vezes V.Exa.,<br />

naquela época Prefeito e eu Deputa<strong>do</strong>, e<br />

assistia a preocupação <strong>de</strong> V.Exa., a<br />

responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> V.Exa., o amor, a<br />

<strong>de</strong>dicação à sua região, a sua Ouricuri <strong>de</strong><br />

coração, que V.Exa. tanto fala e tanto<br />

proclama por to<strong>do</strong>s os recantos <strong>do</strong><br />

Esta<strong>do</strong>. E tivemos, também, a convivência<br />

partidária quan<strong>do</strong> V.Exa. <strong>de</strong>ixava o<br />

PMDB, ingressava no nosso Parti<strong>do</strong><br />

Municipalista Brasileiro que <strong>de</strong>pois foi<br />

extinto, <strong>de</strong>pois voltamos a mesma<br />

convivência partidária no PRN. E, aqui,<br />

tivemos oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conviver com<br />

V.Exa. na luta <strong>do</strong> dia a dia pela Casa <strong>de</strong><br />

<strong>Pernambuco</strong>. A vida pública nos ensina e<br />

ensina muita. As <strong>de</strong>cepções, as alegrias,<br />

as emoções naturais que nós to<strong>do</strong>s<br />

sentimos e a contingência natural <strong>de</strong><br />

quem disputa <strong>de</strong> per<strong>de</strong>r ou ganhar.<br />

Mas V.Exa., <strong>de</strong>ixou, aqui, no nosso meio<br />

um espirito <strong>de</strong> cavaleirismo, um espirito <strong>de</strong><br />

solidarieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> companheiro que<br />

não po<strong>de</strong>ria ser diferente, não po<strong>de</strong>ria<br />

negar a tradição <strong>do</strong> sertanejo bravo, <strong>do</strong><br />

sertanejo humil<strong>de</strong> mas <strong>de</strong> um sertanejo<br />

que sabe ter amor próprio, que sabe<br />

ultrapassar as barreiras, da dificulda<strong>de</strong>s. E<br />

V.Exa., hoje, nesta tar<strong>de</strong>, <strong>de</strong>ixa para os<br />

seus companheiros a saudação <strong>de</strong> um<br />

<strong>de</strong>spedida, talvez, temporária porque a<br />

vida pública e assim mesmo. Ela é cheia<br />

<strong>de</strong> surpresas, ela é cheia <strong>de</strong> perspectivas<br />

e vamos aguardar o futuro para ver o que<br />

e que o futuro nos reserva. Mas <strong>de</strong> uma<br />

coisa estou certo, Deputa<strong>do</strong> Gilvan<br />

Coriolano que valeu a pena, Ouricuri ter<br />

lhe trazi<strong>do</strong> para esta Casa, para ficar mais<br />

lembra<strong>do</strong>, ainda, no pensamento <strong>do</strong>s<br />

homens que governam nosso Esta<strong>do</strong> e a<br />

nossa Nação. Dos problemas<br />

angustiantes daquele sertão sofri<strong>do</strong>, sem<br />

água, sem emprego, sem oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

trabalho para tanto on<strong>de</strong> a fome e, talvez,<br />

o maior <strong>de</strong>safio daquela região. Há o<br />

problema da educação, o problema da<br />

saú<strong>de</strong>, o problema, em fim generaliza<strong>do</strong> e<br />

que V.Exa. <strong>de</strong>ixou, aqui, o seu grito <strong>de</strong><br />

guerra <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> a sua Ouricuri,<br />

<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> a sua região.<br />

Deputa<strong>do</strong> Gilvan Coriolano, como bem<br />

disse, aqui, o nosso queri<strong>do</strong> Deputa<strong>do</strong> e<br />

amigo Humberto Barradas; não vai haver<br />

nem <strong>de</strong>spedida e nem separação, porque<br />

os quilômetros por mais que sejam não<br />

irão nos separar. Nos continuaremos na<br />

trincheira da <strong>de</strong>mocracia, da lealda<strong>de</strong>, <strong>do</strong>


amor a <strong>Pernambuco</strong> e da<br />

responsabilida<strong>de</strong> com aqueles que<br />

confiaram em nós. Com os problemas que<br />

temos, ainda, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente, <strong>do</strong><br />

exercício <strong>do</strong> mandato parlamentar. Mas<br />

haveremos <strong>de</strong> dar uma colaboração<br />

<strong>de</strong>cisiva a <strong>Pernambuco</strong> para que possa<br />

amenizar o sofrimento e enfrentar os seus<br />

angustiantes problemas.<br />

Deputa<strong>do</strong> Gilvan Coriolano, a minha<br />

saudação amiga, a minha saudação<br />

fraternal.<br />

O Sr. GILVAN CORIOLANO - Deputa<strong>do</strong><br />

Ameida Filho, agra<strong>de</strong>ço a V.Exa., Lí<strong>de</strong>r <strong>do</strong><br />

sau<strong>do</strong>so PMDB. Quero, nesta tar<strong>de</strong>, reunir<br />

estes pronunciamentos que fazem V.Exa.<br />

para guardar bem guarda<strong>do</strong> e para<br />

sempre, e, <strong>de</strong> quan<strong>do</strong> em vez, pela<br />

oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ouvir esta gravação e me<br />

lembrar <strong>do</strong>s bons momentos que vivi ao<br />

la<strong>do</strong> <strong>de</strong> Vs. Exas..<br />

Ouço o nobre Deputa<strong>do</strong> Men<strong>do</strong>nça Filho.<br />

O Sr. Men<strong>do</strong>nça Filho - Deputa<strong>do</strong> Gilvan<br />

Coriolano, <strong>de</strong>vo neste instante vir á<br />

Tribuna <strong>de</strong> Aparte da Assembléia<br />

pernambucana para dar o meu<br />

testemunho, o meu testemunho a respeito<br />

da sua passagem, da passagem <strong>de</strong><br />

V.Exa. por esta Casa, nesses últimos<br />

quatro anos.<br />

V.Exa. foi um companheiro fiel, amigo<br />

sincero, uma pessoa solidária, um<br />

parlamentar autêntico. Autêntico,<br />

principalmente, porque nunca renegou a<br />

sua terra, nunca renegou sua região. Sertanejo<br />

bravo sempre lutou pelas coisas <strong>do</strong><br />

povo daquela região.<br />

Homem vivi<strong>do</strong> e cresci<strong>do</strong> no Município <strong>de</strong><br />

Ouricuri, veio a Assembléia <strong>Legislativa</strong> <strong>do</strong><br />

Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong> para, justamente,<br />

bem representar a sua população, bem<br />

representar os seus conterrâneos. E eu<br />

lembraria uma afirmação que eu<br />

consi<strong>de</strong>ro intensamente verda<strong>de</strong>ira:<br />

Homem que não presta para a sua terra,<br />

não presta para a terra <strong>de</strong> ninguém. V.<br />

Exa., sempre foi um homem que prestou<br />

bem para Ouricuri e para o Sertão<br />

pernambucano.<br />

Portanto, V. Exa., é um pernambucano<br />

valioso, um homem que vai <strong>de</strong>ixar<br />

sauda<strong>de</strong>s aqui na Casa <strong>de</strong> Joaquim<br />

Nabuco.<br />

O Sr. GILVAN CORIOLANO - Agra<strong>de</strong>ço<br />

as palavras generosas <strong>do</strong> gran<strong>de</strong><br />

Deputa<strong>do</strong> Men<strong>do</strong>nça Filho, jovem,<br />

i<strong>de</strong>alista, autêntico, luta<strong>do</strong>r por<br />

<strong>Pernambuco</strong>.<br />

E, gostaria <strong>de</strong> dizer aos colegas que me<br />

ouvem nesta tar<strong>de</strong>, tar<strong>de</strong> em que eu faço<br />

a minha <strong>de</strong>spedida <strong>de</strong>sta Assembléia<br />

<strong>Legislativa</strong>.<br />

Muitas vezes, nobre Deputa<strong>do</strong> Humberto<br />

Barradas, algumas pessoas não<br />

entendiam o porque da nossa insatisfação<br />

da nossa exigência constante. Mas, não<br />

sabiam muitos <strong>do</strong> compromisso que<br />

temos com o povo daquela região o que<br />

necessita <strong>de</strong> uma verda<strong>de</strong>ira<br />

movimentação para que possamos sair<br />

daquela escravidão absurda, que é a<br />

escravidão da seca que constantemente<br />

arrasa o nosso povo.<br />

Então, não po<strong>de</strong>ria ser outra a minha<br />

posição nesta Casa. Caleja<strong>do</strong>s das lutas<br />

diuturnas, procuran<strong>do</strong> o melhor possível<br />

para aquele povo, eu não podria, ao<br />

chegar nesta assembléia, me quedar e<br />

ficar, apenas, a bater palmas, esquecen<strong>do</strong><br />

os compromissos maiores com o nosso<br />

povo.<br />

Então, nobres companheiros, encerran<strong>do</strong>,<br />

eu quero <strong>de</strong>ixar aqui, nesta tar<strong>de</strong>, o meu<br />

agra<strong>de</strong>cimento a to<strong>do</strong>s os que fazem esta<br />

Casa, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o contínuo, o servente, to<strong>do</strong>s<br />

os que fazem esta Assembléia <strong>Legislativa</strong>.<br />

Quero <strong>de</strong>ixar, aqui, o abraço fraterno a<br />

to<strong>do</strong>s os Deputa<strong>do</strong>s a to<strong>do</strong>s que fazem<br />

esta Casa, e a certeza <strong>de</strong> que a nossa<br />

caminhada não termina aqui, daqui<br />

sairemos para novas trincheiras <strong>de</strong>luta<br />

porque o compromisso que temos com o<br />

Sertão e com <strong>Pernambuco</strong> é muito gran<strong>de</strong><br />

e não é apenas um problema <strong>de</strong><br />

percursso que tenhamos que <strong>de</strong>ixar a vida<br />

pública e <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r o povo.<br />

Portanto, nesta tar<strong>de</strong>, quero levar o meu<br />

agra<strong>de</strong>cimento ao nobre Presi<strong>de</strong>nte<br />

Severino Cavalcanti e Argemiro Pereira, a<br />

Clo<strong>do</strong>al<strong>do</strong> Torres, a to<strong>do</strong>s os<br />

companheiros,da oposição, inclusive, ao<br />

gran<strong>de</strong> socialista Sérgio Guerra, ao<br />

gran<strong>de</strong> luta<strong>do</strong>r Pedro Eurico, a to<strong>do</strong>s,<br />

enfim que fazem a gran<strong>de</strong> Assembléia


<strong>Legislativa</strong> <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Pernambuo, eu<br />

quero levar o meu abraço nesta tar<strong>de</strong>, e<br />

pedir <strong>de</strong>sculpas a alguns que porventura<br />

tenham alguma mágoa porque nesta<br />

caminhada tivemos, muitas vezes, alguns<br />

entrechoques. Mas tu<strong>do</strong> isso foi feito<br />

pensan<strong>do</strong> na melhoria <strong>do</strong> povo.<br />

Mas, ouço o Deputa<strong>do</strong> Antônio Mariano.<br />

O Sr. Antônio Mariano - Deputa<strong>do</strong> Gilvan<br />

Coriolano, V.Exa., nesta tar<strong>de</strong>, faz um<br />

pronunciameto <strong>de</strong><strong>de</strong>spedida na<br />

Assembléia <strong>Legislativa</strong>.<br />

V.Exa. prestou gran<strong>de</strong>s serviços a<br />

população da sua região e <strong>de</strong><br />

<strong>Pernambuco</strong> durante o tempo que aqui<br />

estava e V.Exa. volta a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ouricuri,<br />

tenho certeza que novamente será<br />

Prefeito daquela terra, on<strong>de</strong> o povo<br />

sempre tem um gran<strong>de</strong> amor a V.Exa..<br />

V.Exa. foi Prefeito comigo, na mesma<br />

época, eu <strong>de</strong> Afoga<strong>do</strong>s da Ingazeira e<br />

V.Exa. <strong>de</strong> Ouricuri. Des<strong>de</strong> daquele tempo,<br />

eu me lembro da preocupação que tinha<br />

V.Exa. em <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r não só seus<br />

municípios, mais toda a região.<br />

Sempre nos encontrávamos nas<br />

Secretarias, a preocupação é para com a<br />

sua terra e para com a sua região. V.Exa<br />

sai daqui, mais tem a certeza quan<strong>do</strong><br />

estiver, que teremos como Deputa<strong>do</strong><br />

amigo, coerente, o que esta Casa, sentirá<br />

a falta <strong>de</strong> um sertanejo, autêntico,<br />

dinâmico e que não per<strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong><br />

para falar <strong>de</strong> sua origem, da sua terra e <strong>do</strong><br />

seu povo.<br />

Parabéns, Deputa<strong>do</strong> que tem pela<br />

atuação V.Exa. nesta Casa, eperamos<br />

futuro bem próximo, nos encontremos<br />

mais uma vez, V.Exa. dirigin<strong>do</strong> o seu<br />

município o nos Pajeú, lutan<strong>do</strong> pela<br />

<strong>de</strong>fesa <strong>do</strong> nosso povo.<br />

Muito obriga<strong>do</strong>.<br />

O Sr. PRESIDENTE - Dep. Severino<br />

Cavalcanti V.Exa., Deputa<strong>do</strong> Gilvan<br />

Coriolano, já se exce<strong>de</strong>u por mais <strong>de</strong> uma<br />

hora e nós não po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ouvir<br />

os <strong>do</strong>is companheiros. Então, logo ouça o<br />

aparte <strong>do</strong> nobre Deputa<strong>do</strong> Geral<strong>do</strong> Coelho<br />

e V.Exa. encerre as suas consi<strong>de</strong>rações.<br />

O Sr. GILVAN CORIOLANO - Pois, não,<br />

eu não po<strong>de</strong>ria <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ouvir a palavra<br />

<strong>do</strong> sertanejo <strong>do</strong> São Francisco e<br />

companheiro <strong>de</strong> sofrimento e <strong>de</strong> luta,<br />

Deputa<strong>do</strong> Geral<strong>do</strong> Coelho.<br />

O Sr. Geral<strong>do</strong> Coelho - Deputa<strong>do</strong>, São<br />

Francisco se agasalha e se encosta na<br />

fralda <strong>do</strong> Araripe, lá na sua terra. Nós<br />

somos a mesma gente, o mesmo povo e<br />

<strong>de</strong> lá <strong>do</strong> alto da serra, nós estamos<br />

vislumbran<strong>do</strong> o to<strong>do</strong> sertão que V.Exa.<br />

aqui falou tanto nesses quatro anos.<br />

Chegou aqui, cheio <strong>de</strong> esperanças <strong>do</strong><br />

Governo novo, diferente, folga<strong>do</strong> e as<br />

<strong>de</strong>cepções Deputa<strong>do</strong>, mais uma vez se<br />

plantaram, mais o engo<strong>do</strong>, mais a<br />

<strong>de</strong>sesperança, mais engano. E agora, no<br />

final <strong>do</strong> término <strong>de</strong> seu mandato, nós<br />

estamos a ler nas páginas <strong>do</strong> Jornal <strong>do</strong><br />

Brasil <strong>de</strong> ontem, não sei se V.Exa. leu,<br />

reportagem especificamente sobre<br />

Ouricuri. Aquela página mais vergonhosa,<br />

que se po<strong>de</strong>ria apresentar perante o<br />

Governo.<br />

O Governo <strong>de</strong> esperança <strong>de</strong> quatro anos,<br />

que está alí o retrato, on<strong>de</strong> foi sepulta<strong>do</strong><br />

todas as esperanças e V.Exa. vem<br />

representan<strong>do</strong> daquela da terra das<br />

esperanças que trouxe, das <strong>de</strong>cepções<br />

que leva ao fim <strong>de</strong> seu mandato.<br />

Continue, <strong>de</strong>puta<strong>do</strong>, V.Exa. é forte, V.Exa.<br />

tem condições <strong>de</strong> continuar lutan<strong>do</strong>,<br />

brigan<strong>do</strong> pelo seu Ouricuri. E eu aqui<br />

estarei ainda por maio quatro anos e<br />

quero ser o seu alia<strong>do</strong>, solidário nas<br />

reivindicações da nossa gente.<br />

Vamos rasgar essas páginas, Deputa<strong>do</strong>,<br />

não po<strong>de</strong>, <strong>Pernambuco</strong> não po<strong>de</strong> aceitar<br />

mais essa vergonha, a retórica tem que<br />

esgotar, tem, que acabar. Nós não<br />

po<strong>de</strong>mos ser permanentemente os<br />

motivos da retórica <strong>do</strong>s gran<strong>de</strong>s discursos<br />

e <strong>de</strong> soluções.<br />

Vamos lutar, Deputa<strong>do</strong>, boa norte.<br />

O Sr. GILVAN CORIOLANO - Muito<br />

obriga<strong>do</strong>, Deputa<strong>do</strong> Gertl<strong>do</strong> Coelho e<br />

encerran<strong>do</strong> Sr. Presi<strong>de</strong>nte, li Deputa<strong>do</strong><br />

Geral<strong>do</strong> Coelho, e fiquei mais uma vez<br />

entristeci<strong>do</strong> em ver nas páginas <strong>do</strong> Jornal<br />

<strong>do</strong> Sul, jornal <strong>de</strong> circulação nacional, a<br />

triste realida<strong>de</strong> que é a seca que está<br />

acaban<strong>do</strong> com o nosso povo. O resulta<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong> tu<strong>do</strong> isto Dep. Geral<strong>do</strong> Coelho, é como<br />

diz V. Exa. é o resulta<strong>do</strong> da inoperância


<strong>do</strong>s governos que nós sempre<br />

reclamamos, governos impie<strong>do</strong>sos que<br />

não têm sensibilida<strong>de</strong> suficiente para<br />

saber compreen<strong>de</strong>r o sofrimento daquele<br />

povo, um povo altaneiro, um povo legal,<br />

um povo corajoso, um povo trabalha<strong>do</strong>r,<br />

que está relega<strong>do</strong> ao plano <strong>de</strong> viver a<br />

pedir esmola, para não morrer <strong>de</strong> fome.<br />

Deputa<strong>do</strong> Severino Cavalcanti,<br />

encerran<strong>do</strong> as minhas palavras, eu quero<br />

levar o meu agra<strong>de</strong>cimento a V. Exa., a<br />

to<strong>do</strong>s os nobres Deputa<strong>do</strong>s que fazem<br />

esta Assémbléia, <strong>de</strong> coração, pela<br />

felicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ter convivi<strong>do</strong> aqui. Dep.<br />

Severino Cavalcanti, o Dep. José<br />

Humberto está alí pedin<strong>do</strong> a clemência <strong>de</strong><br />

V. Exa., a complacência, para dizer<br />

algumas palavras. Gostaria que V. Exa.<br />

conce<strong>de</strong>sse <strong>do</strong>is minutos para ouvi-lo.<br />

O Sr. José Humberto - Dep. Gilvan<br />

Coriolano, nós teríamos <strong>de</strong> agra<strong>de</strong>cer a<br />

complacência aí <strong>do</strong> nosso Presi<strong>de</strong>nte, o<br />

Dep. Severino Cavalcanti que vai ficar na<br />

Casa e vai ter muito tempo, e nós temos<br />

pouco tempo. Mas Dep. Gilvan, eu<br />

gostaria <strong>de</strong> dizer a V. Exa., e aos<br />

companheiros aqui da Assembléia<br />

<strong>Legislativa</strong> e a <strong>Pernambuco</strong> que nos nos<br />

conhecemos há algum tempo, eu como<br />

funcionário da FIAM e o Dep. Gilvan<br />

Coriolano, naquela época como Prefeito<br />

<strong>do</strong> município <strong>de</strong> Ouricuri, eu posso dar o<br />

testemunho da bravura, da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

trabalho <strong>do</strong> Dep. Gilvan Coriolano, que<br />

algumas vezes, diante <strong>de</strong> autorida<strong>de</strong>s<br />

maiores, <strong>de</strong> Ministros, <strong>de</strong> Superinten<strong>de</strong>nte<br />

<strong>de</strong> SUDENE, <strong>de</strong> Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r <strong>de</strong><br />

CORDEC, o Dep. Gilvan Coriolano se<br />

comportava com essa pertinêcia,<br />

cobran<strong>do</strong>, exigin<strong>do</strong>, <strong>de</strong>nuncian<strong>do</strong>, aquilo<br />

que não ia para a região <strong>do</strong> sertão <strong>do</strong><br />

Araripe, para especificamente o seu<br />

município <strong>de</strong> Ouricuri. Município gran<strong>de</strong>,<br />

com muitos problemas, mas o Dep. Gilvan<br />

Coriolan<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> Prefeito, administrou e<br />

administrou muito bem. Ouricuri é um <strong>do</strong>s<br />

municípios maiores <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong>, com<br />

problemas seríssimos <strong>de</strong> recursos<br />

hídricos, e o Dep. Gilvan Coriolano teve<br />

durante a época em que eu estive como<br />

coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r <strong>de</strong> Programas especiais, na<br />

FIAM, como Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Programa <strong>de</strong><br />

Emergência, teve a assistência que<br />

merecia o Município <strong>de</strong> Ouricuri e que<br />

mereciam os municípios <strong>do</strong> sertão.<br />

Portanto, nesta tar<strong>de</strong>, neste final <strong>de</strong><br />

legislativa, quan<strong>do</strong> o companheiro Gilvan<br />

Coriolano aqui se <strong>de</strong>spe<strong>de</strong> da Assembléia<br />

<strong>Legislativa</strong>, quan<strong>do</strong> o companheiro Gilvan<br />

Coriolano não diz um a<strong>de</strong>us mas um até<br />

logo, porque tenho certeza <strong>de</strong> que V.Exa.<br />

antes <strong>de</strong> retornar a esta Casa, irá voltar a<br />

Prefeitura <strong>de</strong> Ouricuri. Portanto Dep.<br />

Gilvan Coriolano, receba a nossa<br />

solidarieda<strong>de</strong>, nós sairemos juntos <strong>de</strong>sta<br />

Casa, e quem sabe lá, retornaremos<br />

juntos no futuro. São estas as minhas<br />

palavras.<br />

O Sr. GILVAN CORIOLANO - Muito<br />

obriga<strong>do</strong> Dep. José Humberto, encerran<strong>do</strong><br />

Sr. Presi<strong>de</strong>nte, eu quero agra<strong>de</strong>cer a<br />

complacência <strong>de</strong> V.Exa. e os<br />

agra<strong>de</strong>cimentos fraternos, um abraço a<br />

to<strong>do</strong>s os colegas e companheiros e a<br />

certeza <strong>de</strong> que nós vamos continuar,<br />

embora sem mandato, mas na mesma<br />

trincheira <strong>de</strong> luta, lutan<strong>do</strong> e gritan<strong>do</strong> em<br />

benefício daquele povo sofre<strong>do</strong>r. Muito<br />

obriga<strong>do</strong> Sr. Presi<strong>de</strong>nte.<br />

O Sr. PRESIDENTE - Coma a palavra o<br />

Dep. Manoel Luna.<br />

O Sr. MANOEL LUNA - Sr. Presi<strong>de</strong>nte e<br />

Srs. Deputa<strong>do</strong>s.<br />

A tar<strong>de</strong> <strong>de</strong> hoje, não estar tão fria, tão<br />

alegre como a tar<strong>de</strong> <strong>de</strong> ontem. Porque<br />

ontem nós ouvíamos nessa Tribuna o<br />

Parlamentar Humberto Barradas, que com<br />

sabe<strong>do</strong>ria, com inteligência nos levou a<br />

emoção a ponto <strong>de</strong> conduzir ao aparte<br />

to<strong>do</strong>s os Deputa<strong>do</strong>s aqui presentes. A sua<br />

facilida<strong>de</strong>, a sua literatura nos encantou<br />

sempre. E, ontem ela se <strong>de</strong>u como um<br />

final <strong>de</strong> perío<strong>do</strong>, em que o Deputa<strong>do</strong><br />

Humberto Barradas, com a gradiosida<strong>de</strong><br />

<strong>do</strong> seu coração, nos oferou, nos<br />

engran<strong>de</strong>ceu e nos tornou mais forte.<br />

Porque ele se <strong>de</strong>spedia e nos <strong>de</strong>ixava<br />

coragem, nos <strong>de</strong>ixava esperança. Hoje,<br />

Sr. Presi<strong>de</strong>nte e Srs. Deputa<strong>do</strong>s, nós<br />

acabamos <strong>de</strong> ouvir esse Deputa<strong>do</strong><br />

sertanejo, que gran<strong>de</strong> na sua<br />

compativida<strong>de</strong>. Porque durante to<strong>do</strong> este<br />

perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> Governo, eu olhava para o<br />

Deputa<strong>do</strong> Coriolano e, sentia nas suas


palavras, na sua gran<strong>de</strong>za <strong>de</strong> coração<br />

aquilo que o povo sertanejo carecia, ajuda<br />

<strong>do</strong> Governo, ajuda daqueles que nas<br />

praças públicas, nos perío<strong>do</strong>s eleitorais<br />

levava as promesas e os projetos dizen<strong>do</strong><br />

sempre que se eleito faria isto ou aquilo<br />

em benefício <strong>do</strong> povo pernambucano. E o<br />

Gilvan Coriolano foi aquela figura que,<br />

permanentemente estava na Tribuna, para<br />

pedir, para reclamar, para agra<strong>de</strong>cer ao<br />

povo e ao Governo <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Pernambuco</strong>. Acabamos <strong>de</strong> ouvir a S.Exa.<br />

e, agora esse mo<strong>de</strong>sto Deputa<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />

Agreste Meridional, tem também, <strong>de</strong>ntro<br />

<strong>de</strong> um principio clássico também <strong>de</strong> se<br />

<strong>de</strong>spedir <strong>do</strong>s nobres Deputa<strong>do</strong>s que aqui<br />

irão ficar. Nós iremos <strong>de</strong>ixar esta<br />

Assembléia, esta Assembléia que neste<br />

perío<strong>do</strong> é um vale <strong>de</strong> lagrimas, porque é<br />

um vale <strong>de</strong> <strong>de</strong>spedida. Aqui nos ouvimos<br />

e, aqui nos encanta a sabe<strong>do</strong>ria <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s<br />

os Srs. Deputa<strong>do</strong>s. Porque nesta Casa,<br />

para que fique o povo pernambucano<br />

saben<strong>do</strong>, que ninguém vem para aqui<br />

atoa. Aqui, quan<strong>do</strong> se vem para ser<br />

Deputa<strong>do</strong>, para representar o povo<br />

pernambucano é porque o Deputa<strong>do</strong> tem<br />

algo importante na sua vida. Aqui estar<br />

um trabalho, aqui estar uma vida, aqui<br />

estar uma gran<strong>de</strong>za Srs. Deputa<strong>do</strong>s.<br />

Durante esse perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> Deputa<strong>do</strong> que<br />

por aqui passei, eu fui um homem<br />

silencioso, eu fui um homem que mais<br />

ouvi <strong>do</strong> que falei. Eu sequer não<br />

aparteava os nobres Deputa<strong>do</strong>s. Porque<br />

aqui foi a minha gran<strong>de</strong> escola, aqui foi<br />

on<strong>de</strong> eu ouvi com exatidão a gran<strong>de</strong>za <strong>de</strong><br />

cada um <strong>do</strong>s Srs. Deputa<strong>do</strong>s que, nesta<br />

Tribuna falavam aquilo que precisavam<br />

falar em benefício <strong>do</strong> povo. E, eu com a<br />

minha experiência parlamentar mirim <strong>de</strong><br />

Verea<strong>do</strong>r, com a minha preocupação <strong>de</strong><br />

Prefeito <strong>do</strong> Município durante <strong>de</strong>z anos,<br />

eu sentia que os Srs. Deputa<strong>do</strong>s tinham<br />

no coração e na consciência a gran<strong>de</strong>za<br />

<strong>de</strong> um Parlamentar e <strong>do</strong> homem público.<br />

Meus amigos, eu conce<strong>do</strong> o aparte ao<br />

gran<strong>de</strong> Deputa<strong>do</strong> e gran<strong>de</strong> amigo Almeida<br />

Filho.<br />

O Sr. Almeida Filho - Meu caro Deputa<strong>do</strong><br />

Manoel Luna, eu acho que a emoção que<br />

V. Exa. no momento senti e, que não<br />

consegue escon<strong>de</strong>r, pela maneira<br />

vibrante, pela maneira como V. Exa. se<br />

dirige aos Srs. companheiros e, a to<strong>do</strong>s<br />

aqueles que fazem o Po<strong>de</strong>r Legislativo <strong>do</strong><br />

Esta<strong>do</strong>. Deixa naturalmente em to<strong>do</strong>s nós<br />

aquela satisfação incomum da<br />

convivência nossa sadia <strong>do</strong>s bons<br />

momentos que aqui vivemos tantos<br />

momentos incertos na luta pelas coisas e<br />

pelas causas <strong>do</strong> esta<strong>do</strong>, e aquilo que nos<br />

traz nesse momento para dizer a V.Exa.<br />

que a nossa luta não termina aqui e não<br />

terminará hoje, porque conheço o seu<br />

teperamento, conheço aqui a não<br />

terminará hoje, porque conheço o seu<br />

temperamento, conheço a sua maneira <strong>de</strong><br />

ser, e eu tenho certeza que em outra<br />

oportunida<strong>de</strong>, nós assistiremos o mesmo<br />

discurso emociona<strong>do</strong> como hora V.Exa.<br />

realiza, lembran<strong>do</strong> aquela fase <strong>de</strong> que se<br />

diz que ninguém se per<strong>de</strong> no caminho da<br />

volta, porque voltar é a mais bela forma <strong>de</strong><br />

se renascer, portanto meu caro Deputa<strong>do</strong><br />

Manoel Luna, o meu abraço <strong>de</strong><br />

confraternização, o meu abraço,<br />

parabeniza<strong>do</strong>r, pela sua conduta correta,<br />

não só aqui mas em to<strong>do</strong>s os setores, e<br />

vá em frente Deputa<strong>do</strong> Manoel Luna,<br />

V.Exa ainda tem mocida<strong>de</strong> e talento, para<br />

<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r <strong>Pernambuco</strong> em outras<br />

questões.<br />

O Sr. MANOEL LUNA - Deputa<strong>do</strong><br />

Almeida Filho, eu gostaria <strong>de</strong> ser sintético<br />

ao conceito em V. parte, quero dizer a<br />

esta Casa, que V.Exa. não é um simples<br />

Deputa<strong>do</strong>, V. Exa. é um gran<strong>de</strong> amigo, a<br />

V.Exa. nesse instante, minhas<br />

homenagem e o meu muito obroga<strong>do</strong>.<br />

Mas meus Srs. essa Câmara tem uma<br />

ressonância importante, aqui é a<br />

verda<strong>de</strong>ira Casa <strong>do</strong> povo, e foi inseri<strong>do</strong><br />

nesse sentimento que nós trabalhamos,<br />

que nós lutamos, e aqui chegamos hoje<br />

como ontem, a emoção, é gran<strong>de</strong>, não é<br />

gran<strong>de</strong> porque eu, não tenha me<br />

candidata<strong>do</strong> a reeleição não, essa minha<br />

<strong>de</strong>sistência, foi fundamentada pelo<br />

sentimento maior <strong>de</strong> Cidadão, ninguém<br />

tem o direito <strong>de</strong> penetrar no seutimento<br />

alheio, e eu, quan<strong>do</strong> senti que o atual<br />

Governa<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, não dava aquele<br />

andamento aos seus sentimentos <strong>de</strong><br />

cumprrir aquilo que prometeram eu não<br />

tive Sr. Deputa<strong>do</strong> outra alternativa, foi


dizer a sua Excelência com toda<br />

franqueza, mas com toda cordialida<strong>de</strong>,<br />

que não tinha condição política e<br />

psicológica <strong>de</strong> tentar uma reeleição para<br />

<strong>de</strong>puta<strong>do</strong>, conce<strong>do</strong> a palavra ao Deputa<strong>do</strong><br />

e queri<strong>do</strong> amigo Humberto Barradas.<br />

O Sr. Humberto Barradas - Meu preza<strong>do</strong><br />

amigo, Deputa<strong>do</strong> Manoel Luna, V.Exa.,<br />

marcou presença nesta Casa, pelo fato<br />

talvez mas relevante, fato <strong>de</strong> ter<br />

consegui<strong>do</strong> a unânimida<strong>de</strong> aos<br />

companheiros <strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rá-lo o homem<br />

harmonia <strong>de</strong>ssa Casa, a presença <strong>de</strong><br />

cada parlamentar é marcada nesta<br />

Assembléia, pelo comportamento, pelo<br />

discurso, pela coerência que V.Exa.<br />

marcou a presença velo conjunto <strong>de</strong> tu<strong>do</strong><br />

isso, V.Exa. foi Deputa<strong>do</strong> Manoel Luna,<br />

<strong>de</strong>ixar como eu essa Assembléia<br />

<strong>Legislativa</strong>, mas <strong>de</strong>ixan<strong>do</strong> a sauda<strong>de</strong>, só<br />

em saber que nós vamos ter um perío<strong>do</strong><br />

maior, para se encontrar, para nós nos<br />

encontrarmos.<br />

A convivência, fez com que nós<br />

começassemos a admirar, mas também<br />

connhecen<strong>do</strong>, e a cada minuto que nós<br />

pudiamos enxergar nos seus gestos, nas<br />

suas palavras podíamos ter certeza que<br />

estávamos verda<strong>de</strong>iramente abraçan<strong>do</strong><br />

aqui nesta Casa além <strong>de</strong> um gran<strong>de</strong><br />

parlamentar um cidadão exemplo.<br />

Conheco-o <strong>de</strong> perto. Sei quem V.Exa. é e<br />

<strong>de</strong> on<strong>de</strong> veio. E logicamente para on<strong>de</strong><br />

vai. Por isso não me faltam palavras que<br />

po<strong>de</strong>riam até faltar para outros<br />

companheiros. Para nesta hora hipotecar<br />

solidarieda<strong>de</strong> por uma pessoa que cabem<br />

to<strong>do</strong>s os adjetivos qualificativos. Porque<br />

V.Exa. significa nesta Casa o exemplo <strong>do</strong><br />

colega, <strong>do</strong> companheiro e <strong>do</strong> amigo.<br />

V.Exa. reporta-se nesta hora a sua<br />

<strong>de</strong>sistência a reeleição a Dep. Estadual. E<br />

V.Exa. teve sem dúvida nenhuma a<br />

gran<strong>de</strong> chance <strong>de</strong> não passar pelo<br />

sacrifício que passamos nós outros<br />

<strong>de</strong>puta<strong>do</strong>s sem condições financeiras <strong>de</strong><br />

disputar com aqueles que se não mandam<br />

no povo compram a consciência <strong>de</strong>sse<br />

povo. V.Exa. saiu como saiu o Dep. Arthur<br />

Correia e o companheiro Murilo Paraíso<br />

ilumina<strong>do</strong> pela consciência <strong>do</strong> que aqui<br />

não mais nos cabia. Infelizmente Dep. nós<br />

temos que dizer que com raríssimas<br />

excessões ficaram aqui alguns<br />

companheiros que ao longo <strong>do</strong>s seus<br />

mandatos pu<strong>de</strong>ram passar para a<br />

socieda<strong>de</strong> pernambucana o resulta<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

um trabalho produtivo.<br />

Meu queri<strong>do</strong> amigo Dep. Manoel Luna,<br />

Deus nos dará esses direitos, o direito <strong>de</strong><br />

continuarmos juntos, o direito <strong>de</strong> dizermos<br />

que a distância não nos <strong>de</strong>parará. Porque<br />

estamos liga<strong>do</strong>s irmamente. Estamos<br />

intimamente liga<strong>do</strong>s, pela comunhão <strong>do</strong>s<br />

nossos pensamentos que estão<br />

inteiramente volta<strong>do</strong>s sem dúvida<br />

nenhuma para a gran<strong>de</strong> maioria daquele<br />

povo que vive na miséria, daquele povo<br />

que não tem vez nem tem voz. Vai Dep.<br />

Manoel Luna, e volta ao convívio <strong>do</strong>s teus,<br />

sem se esquecer no entanto que nós que<br />

aqui ficamos somos seus amigos, seus<br />

admira<strong>do</strong>res, e aqueles que torcerão<br />

sempre para que V.Exa. tenha um<br />

repouso <strong>de</strong> um guerreiro que só <strong>de</strong>ixará<br />

<strong>de</strong> sê-lo na hora em Deus o levar. V.Exa.<br />

Não estar na curva como disse ontem<br />

V.Exa. <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>nte, V.Exa. acabou<br />

mesmo <strong>de</strong> afirmar que muito me alegou,<br />

que no seu silêncio V.Exa. criava o<br />

aprendiza<strong>do</strong> que esta Casa era pródiga<br />

em fazê-lo. V.Exa. vai aproveitar sem<br />

dúvida nenhuma fora <strong>de</strong>sta Casa tu<strong>do</strong><br />

aquilo que nós também apren<strong>de</strong>mos aqui<br />

<strong>de</strong> bom. Segue o teu caminho Dep.<br />

Manoel Luna. Vai em frente que eu tenho<br />

certeza que o seu caminho é longo e<br />

dura<strong>do</strong>uro.<br />

Parabéns, felicida<strong>de</strong>s e tua família e teus<br />

amigos te esperam <strong>de</strong> braços abertos. Um<br />

abraço.<br />

O Sr. MANOEL LUNA - Dep. Barradas,<br />

como Sempre V.Exa. é um parlamentar<br />

amável. V.Exa. durante to<strong>do</strong> esse tempo<br />

nesta Casa nunca soube agredir. Soube<br />

sempre lançar conselhos e procurar<br />

sempre soluções para as dificulda<strong>de</strong>s que<br />

se apresentavam. O conceito que V.Exa.<br />

estabelece sobre a minha pessoa me<br />

gratifica imensamente.<br />

Saio daqui efetivamente alegre, regozija<strong>do</strong><br />

e satisfeito por um conceito <strong>de</strong> V.Exa., em<br />

particular o <strong>do</strong>s <strong>de</strong>mais colegas que me<br />

tributam nesta tar<strong>de</strong> e sempre a gran<strong>de</strong>za<br />

<strong>do</strong>s vossos corações.<br />

Portanto, a V.Exa. o meu carinho e o meu


afeto, dizen<strong>do</strong> que a reciproca é<br />

verda<strong>de</strong>ira.<br />

Conce<strong>do</strong> o aparte ao gran<strong>de</strong> amigo e<br />

gran<strong>de</strong> Parlamentar que é, Deputa<strong>do</strong><br />

Roldão Joaquim.<br />

O Sr. Roldão Joaquim - Deputa<strong>do</strong><br />

Manoel Luna, eu ouvia com entusiamo<br />

contagiante as palavras <strong>de</strong> V.Exa. e fazia<br />

<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> mim duas observações<br />

verda<strong>de</strong>iras, duas reflexões coerentes, a<br />

primeira <strong>de</strong>las é que esse discurso <strong>de</strong><br />

V.Exa. é um discurso para ficar na<br />

história. Faz tempo que a gente nesta<br />

Assembléia não pára para ouvir palavras<br />

tão bonitas, tão bem ditas como ao que<br />

iniciou V.Exa. no seu discurso e fiquei até,<br />

sem enten<strong>de</strong>r muito porque nós quan<strong>do</strong><br />

muito sabemos, sabemos que nada<br />

sabemos, porque e que não havia um<br />

silêncio geral para se ouvir palavras tão<br />

bonitas. Porque esse discurso náo<br />

<strong>de</strong>spertava, quem sabe, a atenção maior<br />

<strong>de</strong> to<strong>do</strong>s que aqui estão e não cometia<br />

injustiça com ninguém, porque ao<br />

aprofundar a minha reflexão eu comecei a<br />

ver também em V.Exa. essa<br />

transparência, não nesses termos em que<br />

os politicos usamos para <strong>de</strong>finir metas,<br />

governos mas a transparência <strong>do</strong> que diz<br />

V.Exa., <strong>do</strong> que sente, <strong>do</strong> que é e notei que<br />

nós também cometemos <strong>de</strong>terminadas<br />

injustiças aparentes com as coisas belas<br />

da vida, com os gran<strong>de</strong>s atos e ações, e<br />

se a gente verificar, por exemplo, o que a<br />

natureza por vezes embeleza os campos<br />

com as suas flores e nós não paramos<br />

para admirá-la, acostuma<strong>do</strong>s que estamos<br />

talvez aquela beleza com as suas<br />

florestas, com os seus animais, com os<br />

seus regatos cristalinos que encantam a<br />

quantos viram e a quantos não viram e a<br />

gente também passa indiferente, refleti<br />

essas coisas para enten<strong>de</strong>r que esta<br />

Assembléia não esta indiferente, não<br />

<strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> reconhecer a beleza <strong>de</strong> sua<br />

palavras <strong>de</strong> sua pessoal <strong>de</strong> sua simpatia.<br />

É que V.Exa., Deputa<strong>do</strong> Manoel Luna,<br />

consegue se misturar com o que diz,<br />

consegue se confundir com o que pensa e<br />

se transforma numa simpatia<br />

transcen<strong>de</strong>nte, numa simpatia que a to<strong>do</strong>s<br />

encantam e essa coisa e <strong>de</strong> tal mo<strong>do</strong><br />

verda<strong>de</strong>iro que V.Exa. na sua <strong>de</strong>spedida<br />

faz-nos sentir aquela preocupação, aquele<br />

sentimento <strong>de</strong> que falava Camões: “um<br />

não sei que, que nasce nao sei como,<br />

vem não sei <strong>do</strong>n<strong>de</strong> e dói ao sei porque”. A<br />

gente sente essa contradição no que diz<br />

V.Exa., a gente sente tristeza, alegria,<br />

sente vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> ficar na sua companhia<br />

e vonta<strong>de</strong> que V.Exa. vá, volte para a sua<br />

terra para dividir e distribuir com o seu<br />

povo essa mesma alegria, “é um não sei<br />

que, que nasce não sei como, vem não<br />

sei <strong>do</strong>n<strong>de</strong> e dói não sei porque”.<br />

Meus parabéns, Deputa<strong>do</strong>.<br />

O Sr. MANOEL LUNA - O aparte <strong>do</strong><br />

ilustre Deputa<strong>do</strong> Roldão, é, afetivamente,<br />

emocionante. S.Exa. com sua inteligência<br />

tem uma razão <strong>de</strong> ser, o povo<br />

pernambucano, mais uma vez, soube<br />

reconduzir V.Exa. a esta Casa e, V.Exa.,<br />

irá continuar no seu trabalho dan<strong>do</strong> ao<br />

povo pernambucano preferência ao povo<br />

pobre a concepção maior da sua<br />

inteligência.<br />

A V.Exa., pelos conceitos a mim dirigi<strong>do</strong>s<br />

eu diria <strong>de</strong> viva voz multo Obriga<strong>do</strong> e eu<br />

levarei, conduzirei <strong>de</strong> volta a minha casa,<br />

ele volta a minha terra o carinho que os<br />

Senhores Deputa<strong>do</strong>s, com as suas<br />

inteligências me tributaram nesta tar<strong>de</strong>,<br />

nesta Assembléia <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>. Muito<br />

obriga<strong>do</strong>, Deputa<strong>do</strong> Roldão.<br />

Mas, povo pernambucano, venho <strong>do</strong><br />

interior, venho <strong>de</strong> um Distrito, venho <strong>de</strong><br />

uma cida<strong>de</strong> pequena <strong>do</strong> Agreste. Sou um<br />

homem pobre, para poucos eu sou rico.<br />

Sou homem que não tive infância. O meu<br />

brinque<strong>do</strong>, a minha vida era um cavalo <strong>de</strong><br />

pau. E, hoje, estou nesta Casa; hoje, eu<br />

iria ao Palácio como Deputa<strong>do</strong> se<br />

quisesse, ia a uma Secretaria <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong><br />

discutir os problemas <strong>do</strong> povo, isso é para<br />

mim empolgante, isso ë para mim uma<br />

distinção muito gran<strong>de</strong>.<br />

Cabe, portanto, neste momento, <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>spedida, <strong>de</strong> <strong>de</strong>spedida <strong>de</strong>sta Casa<br />

Joaquim Nabuco, nesta Casa on<strong>de</strong> a<br />

sabe<strong>do</strong>ria está, aqui on<strong>de</strong> presenciei<br />

muitos momentos - até, eu diria e peço<br />

perdão aos Senhores - confusões,<br />

confusões <strong>de</strong> idéias. Eu ficava no meu<br />

canto senta<strong>do</strong> a apreciar e a verificar,<br />

procurar solução para os casos que aqui,<br />

se apresentavam. Dentro <strong>de</strong> fração <strong>de</strong>


segun<strong>do</strong>s ou <strong>de</strong> minutos a solução<br />

chegava.<br />

Então, esta é uma Casa <strong>do</strong> povo. Esta é<br />

uma Casa <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong>, é uma escola e<br />

eu fui o aluno. Eu fui o aluno novo que<br />

cheguei, aqui, ,já, com a ida<strong>de</strong> avançada.<br />

Fui o aluno que não falei, que não discuti,<br />

com meu mestre, mas que ouvi, observei.<br />

E volto para as minhas plagas com a<br />

consciência, também, <strong>do</strong> <strong>de</strong>ver cumpri<strong>do</strong>.<br />

Tem a palavra, o meu queri<strong>do</strong> amigo,<br />

Arthur Correia, que está na Tribuna <strong>de</strong><br />

aparte.<br />

O Sr. Arthur Correia - Nobre Deputa<strong>do</strong><br />

Manoel Luna, falar sobre um amigo é<br />

difícil, porque inibe, especialmente,<br />

matutos como eu e como V.Exa.<br />

V.Exa., é <strong>de</strong> uma cida<strong>de</strong> que tem a marca<br />

<strong>de</strong> ser celeiro, <strong>de</strong> políticos competentes e<br />

habili<strong>do</strong>sos. Nesta Casa tivemos há,<br />

muitos anos um homem que talvez V.<br />

Exa., seja um discípulo <strong>de</strong>le, o Ex-<br />

Deputa<strong>do</strong> José Abílio D'Ávila. Famoso<br />

pelos seus posicionamentos, pela sua<br />

inteligência, pela sua luci<strong>de</strong>z. V.Exa. é um<br />

<strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s com quem consegui fazer<br />

uma amiza<strong>de</strong> que acredito que será<br />

permanente, enquanto Deus permitir que<br />

tenhamos vida.<br />

Portanto, fica difícil para mim falar sobro<br />

V.Exa., dada a admiração e a amiza<strong>de</strong><br />

que nos une. Quero, apenas, em nome da<br />

Bancada <strong>do</strong> PFL dizer que V.Exa.,<br />

dignificou esta Casa com a sua<br />

passagem. E, aqui, V.Exa., só fez somar,<br />

somar amigos. Não per<strong>de</strong>u nenhum. Mas<br />

tenho certeza que construiu muitas<br />

amiza<strong>de</strong>s e <strong>de</strong>ixará sauda<strong>de</strong>s entre<br />

aqueles que, aqui, irão permanecer. E<br />

outros, que como V.Exa., e como eu não<br />

pleiteamos a renovação <strong>do</strong> mandato. E<br />

outros ainda, que pleitean<strong>do</strong> foram, ao<br />

meu ver, na maioria <strong>do</strong>s casos<br />

incompreendi<strong>do</strong>s e injustiça<strong>do</strong>s. Porque<br />

esta Casa per<strong>de</strong> entre os que disputaram<br />

e não tiveram êxito <strong>do</strong>s valores.<br />

A V. Exa, <strong>de</strong>sejo to<strong>do</strong> o sucesso e<br />

acredito que o .respeito e a admiração <strong>de</strong><br />

V.Exa., conseguiu impor aos colegas será<br />

uma marca permanente da passagem <strong>de</strong><br />

Manoel Tenório <strong>de</strong> Luna na Assembléia<br />

<strong>Legislativa</strong>.<br />

Muito obriga<strong>do</strong>.<br />

O Sr. MANOEL LUNA - Caríssimo<br />

Deputa<strong>do</strong> Arthur Correia, a V.Exa., eu<br />

direi simplesmente muito obriga<strong>do</strong>.<br />

Mas meus Senhores, retornan<strong>do</strong> as<br />

minhas consi<strong>de</strong>rações, eu gostaria <strong>de</strong><br />

dizer que em 1986 eu chegava a esta<br />

Casa pela legenda <strong>do</strong> PMDB, parti<strong>do</strong> que<br />

tem um passa<strong>do</strong>, tem um programa, tem<br />

uma vida que, po<strong>de</strong> muito bem levar ao<br />

povo brasileiro uma cobrança maior da<br />

sua sigla. E aqui cheguei e permaneci<br />

durante muitos anos fiel da orientação da<br />

Li<strong>de</strong>rança <strong>do</strong> PMDB nesta Casa. Nunca<br />

faltei em nenhum momento o meu apoio<br />

ao Ex-Governa<strong>do</strong>r Dr. Miguel Arraes.<br />

Sou homem oriun<strong>do</strong> <strong>do</strong> PMDB, mas tenho<br />

a minha raiz política no gran<strong>de</strong> parti<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

Agamenon Magalhães, parti<strong>do</strong>s <strong>do</strong> meu<br />

pai. Her<strong>de</strong>i <strong>do</strong> meu pai essa herança e<br />

permaneci durante muitos anos e toda a<br />

vida, até ser extinta essa legenda. De lá<br />

para cá essas modificações e essas<br />

transferências <strong>de</strong> siglas se <strong>de</strong>u, e eu<br />

<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>corrência tive quer<br />

abraçar outras siglas e terminei no PMDB<br />

<strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong>. Mas V. Exa., sabem <strong>do</strong><br />

meu comportamento e durante um<br />

perío<strong>do</strong> para cá eu fui obriga<strong>do</strong>, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong><br />

um princípio, <strong>de</strong> uma consciência que se<br />

dizia forte, mudar <strong>de</strong> orientação política a<br />

até mesmo na eleição passada eu tive<br />

que votar em Joaquim Francisco, pedin<strong>do</strong>,<br />

também, aos meus amigos que<br />

sufragassem o seu nome.<br />

Não fiz isso como a<strong>de</strong>sista, porque não<br />

tenho cara <strong>de</strong> a<strong>de</strong>sista, não faço política<br />

por interesse. Não, meus senhores. Sou<br />

um homem que tenho trinta e cinco anos<br />

<strong>de</strong> política e nunca, sequer, eu procurei<br />

me aproximar <strong>de</strong> quem quer que seja em<br />

busca <strong>de</strong> favores políticos, tanto que,<br />

quan<strong>do</strong> <strong>de</strong>ixei o parti<strong>do</strong> para apoiar o Dr.<br />

Miguel Arraes, eu estive em Palácio<br />

falan<strong>do</strong> com o Dr. Roberto Magalhães por<br />

duas vezes dizen<strong>do</strong> a sua Exa., que ele<br />

teria que verificar os problemas da minha<br />

cida<strong>de</strong> e se não o fizesse eu teria por<br />

obrigação e em nome da minha<br />

população, <strong>de</strong> mudar <strong>de</strong> parti<strong>do</strong> e, até<br />

mesmo ir para uma sigla <strong>de</strong> oposição a S.<br />

Exa., e o fiz. Durante esse perío<strong>do</strong>, esta<br />

Casa sabe, que eu nunca me preocupei,<br />

eu nunca falei aqui, nunca comentei o


comportamento <strong>do</strong>s Governa<strong>do</strong>res que<br />

antece<strong>de</strong>ram o Dr. Miguel Arraes.<br />

Deixei também, o parti<strong>do</strong> <strong>do</strong> Dr. Miguel<br />

Arraes, mas também não comentei em<br />

praça pública e nem aqui, que ele <strong>de</strong>ixou<br />

<strong>de</strong> fazer ou fez. Silenciei. Procurei, sim,<br />

dar expansão e compreen<strong>de</strong>r, sobretu<strong>do</strong>,<br />

que o povo pernambucano precisava <strong>de</strong><br />

um comportamento diferente <strong>de</strong> minha<br />

pessoa.<br />

O Sr. PRESIDENTE - Deputa<strong>do</strong> Manoel<br />

Luna, o tempo <strong>de</strong> V.Exa., se encontra<br />

esgota<strong>do</strong>. Mas, o Parti<strong>do</strong> Liberal quer<br />

homenagear V.Exa. O Deputa<strong>do</strong> Manoel<br />

Ferreira ce<strong>de</strong> seu tempo para que V. Exa.,<br />

possa continuar nesta brilhante oração<br />

que empolga e <strong>de</strong>svanece toda a Casa.<br />

O Sr. MANOEL LUNA - Eu agra<strong>de</strong>ço, Sr.<br />

Presi<strong>de</strong>nte, e em particular o Deputa<strong>do</strong><br />

Manoel Ferreira.<br />

Mas, Sr, Presi<strong>de</strong>nte, cota minha conduta<br />

<strong>de</strong> homem público, fez com que eu, nesse<br />

perío<strong>do</strong> legislativo me conduzisse com<br />

serenida<strong>de</strong> e me pusesse aqui mais como<br />

observa<strong>do</strong>r. No entretanto, na<br />

Constituição que nós elaboramos, eu tive<br />

a preocupação <strong>de</strong> apresentar três<br />

emendas e tive sete emendas minhas,<br />

aprovadas e inserida na Constituição <strong>do</strong><br />

Esta<strong>do</strong>.<br />

Sempre procurei ser comedi<strong>do</strong>, sempre<br />

procurei apresentar muitas emendas,<br />

apresentei-as sim, aquilo que eu achava<br />

que <strong>de</strong>veria apresentar é <strong>de</strong>ixava para<br />

outros colegas, a oportunida<strong>de</strong> também<br />

<strong>de</strong> trabalhar em benefício <strong>de</strong> uma<br />

Constituição bem orientada e <strong>do</strong> povo<br />

pernambucano.<br />

Assim é que aqui apoiei inúmeras<br />

mensagens <strong>do</strong> Governa<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, até<br />

mesmo <strong>do</strong> Governa<strong>do</strong>r Carlos Wilson, que<br />

vem uma vez ou outra nos jornais <strong>do</strong><br />

Esta<strong>do</strong>, comenta<strong>do</strong> um o comportamento<br />

<strong>de</strong> Deputa<strong>do</strong>s.<br />

Mas, V. Exa., <strong>de</strong>ve saber com exatidão,<br />

porque eu estive no Palácio das Princesas<br />

no dia 24 <strong>de</strong> maio e no dia 25 <strong>de</strong> maio, eu<br />

mandava um relatório para sua Exa.,<br />

pensan<strong>do</strong> que ele procuraria cumprir<br />

aquilo que haveria prometi<strong>do</strong> ao Deputa<strong>do</strong><br />

Manoel Luna. E como sua Exa., não<br />

cumpriu, eu consi<strong>de</strong>rava sem nenhuma<br />

obrigação para com o Palácio e para com<br />

o Governo <strong>de</strong> V. Exa..<br />

Não fui mais no Palácio das Princesas e<br />

me per<strong>do</strong>e, porque eu sou um Deputa<strong>do</strong><br />

<strong>do</strong> povo, eu sou um homem que tenho<br />

uma, obrigação com a comunida<strong>de</strong>, tem<br />

obrigação com o povo pernambucano.<br />

Mais eu me sinto acanha<strong>do</strong>, me sinto<br />

triste <strong>de</strong> ir para aquele palanque, para<br />

conviver com o cidadão que prometeu<br />

realizar e não realizou, não somente para<br />

o Deputa<strong>do</strong> Manoel Luna, que nada exigiu<br />

para ele e nem para a sua família, mais<br />

para o povo pernambucano.<br />

Mais o tratamento que ele dispensou a<br />

minha pessoa, foi um tratamento idêntico<br />

aos ilustres colegas <strong>de</strong>sta Casa, há quase<br />

to<strong>do</strong>s, eu direi assim. É porque o<br />

comportamento político, nós não pu<strong>de</strong>mos<br />

muita vezes nos manifestarmos, criticar.<br />

Não é possível a gente sente a <strong>do</strong>r e não<br />

diz aon<strong>de</strong>, diz apenas, meu amigos, que a<br />

<strong>do</strong>r chegou, que está incomoda<strong>do</strong>, isso é<br />

uma verda<strong>de</strong>, isso se passou e se passa,<br />

hoje na política <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong>.<br />

Mais, meus Deputa<strong>do</strong>s amigos, aqui<br />

nesse momento, nós estamos aqui <strong>de</strong>ntro<br />

<strong>de</strong> uma minoria Parlamentar, a tar<strong>de</strong><br />

realmente não oferece aquele fluxo <strong>de</strong><br />

Deputa<strong>do</strong>s, mais aqui tem realmente uma<br />

Assembléia constituída e ela funciona<br />

normalmente.<br />

E é nesse instante que eu achei, que no<br />

final <strong>do</strong> meu mandato, era a oportunida<strong>de</strong><br />

que eu não po<strong>de</strong>ria <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> fazer, <strong>de</strong> me<br />

<strong>de</strong>spedir <strong>do</strong>s Srs. da diretoria. Me dirigir<br />

aos Srs. funcionários <strong>de</strong>sta Casa, <strong>do</strong> vigia,<br />

da telefonista <strong>do</strong> Diretor Geral, enfim <strong>de</strong><br />

to<strong>do</strong>s os funcionários <strong>de</strong>sta Casa, que<br />

imbuí<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s bons propósitos tem nos<br />

lega<strong>do</strong>s o seu trabalho e a sua inteligência<br />

em benefício <strong>de</strong> colaboração <strong>do</strong> povo<br />

pernambucano.<br />

A esses funcionários que me ouvem, há<br />

outros tantos que não estão neste recinto,<br />

mas que estão nas suas <strong>de</strong>pendências <strong>de</strong><br />

trabalho, quero, neste momento <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>spedida levar a eles a minha satisfação<br />

e emoção mais profunda dizen<strong>do</strong> que vi,<br />

que presenciei trabalha<strong>do</strong>res funcionários<br />

lutan<strong>do</strong> em beneficio <strong>do</strong> povo<br />

pernambucano a cumprin<strong>do</strong>, <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong>s<br />

princípios legais, o seu trabalho. Esta é a<br />

verda<strong>de</strong> e este <strong>de</strong>poimento não po<strong>de</strong>ria


<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> dar, neste momento nesta<br />

Assembléia <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> aos seus<br />

funcionários meus amigos.<br />

Tem a palavra o Dep. Gilvan Coriolano.<br />

O Sr. Gilvan Coriolano - Gran<strong>de</strong> Dep.<br />

Manoel Luna, ouvi com muita atenção o<br />

pronunciamento <strong>de</strong> <strong>de</strong>spedida <strong>de</strong> V. Exa.<br />

e analisei bem o que foi dito. V. Exa., foi<br />

sempre um homem comedi<strong>do</strong> <strong>de</strong>mais,<br />

cuida<strong>do</strong>so <strong>de</strong>mais pon<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> em suas<br />

ações, mas nós acompanhávamos o<br />

<strong>de</strong>senrolar daquela luta que travamos na<br />

Assembléia <strong>Legislativa</strong>, ven<strong>do</strong> V. Exa.,<br />

cala<strong>do</strong> sempre à espera <strong>de</strong> ver as<br />

reivindicações <strong>do</strong> seu povo atendidas mas<br />

como eu dizia há pouco, o que aconteceu<br />

em <strong>Pernambuco</strong> foi urna mudança radical<br />

no relacionamento entre Governo e<br />

Assembléia <strong>Legislativa</strong>. Nunca, em toda a<br />

minha vida, assisti um <strong>de</strong>sprezo tão<br />

gran<strong>de</strong> pelo Parlamento pernambucano<br />

como este que passamos a viver. O Dep.<br />

Estadual. Segun<strong>do</strong> a Constituição, é o<br />

representante <strong>do</strong> povo, é o intermediário<br />

entre povo e Governo, e quem sente no<br />

dia-a-dia as necessida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> povo e as<br />

transmite aos Governantes que procuram<br />

as melhores soluções para o povo. Mas o<br />

que se implantou, <strong>de</strong> 86 para cá, foi o<br />

<strong>de</strong>sprezo total aos parlamentares. apenas<br />

uma meia dúzia foram privilegia<strong>do</strong>s.<br />

Houve uma divulgação <strong>de</strong> toda a<br />

Imprensa da palavra fisiologismo. Diziam<br />

que tu<strong>do</strong> que queríamos era fisiologismo.<br />

Não era verda<strong>de</strong>, porque não enten<strong>do</strong> ser<br />

fisiologismo a recuperação <strong>de</strong> um açu<strong>de</strong>,<br />

<strong>de</strong> uma escola, <strong>de</strong> um hospital, um pedi<strong>do</strong><br />

eletrificação, <strong>de</strong> construção <strong>de</strong> estrada, <strong>de</strong><br />

manutenção <strong>de</strong> estrada. É essa a nossa<br />

obrigação, é disso que o povo necessita.<br />

Nós não pedimos ao Governo a<br />

nomeação, facilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> empréstimos ou<br />

coisas assim. Isso sim po<strong>de</strong>ria ser taxa<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong> fisiologismo, mas, procurar trazer as<br />

reais reivindicações <strong>do</strong> povo é um <strong>de</strong>ver<br />

nosso. Foi o que aconteceu comigo, com<br />

V. Exa., e com tantos outros que tiveram<br />

que sair, porque sain<strong>do</strong> teríamos a<br />

certeza que estávamos <strong>de</strong>cepciona<strong>do</strong>s e<br />

<strong>de</strong>siludi<strong>do</strong>s. Mas Deputa<strong>do</strong> vou<br />

encerran<strong>do</strong> a minha intervenção<br />

parabenizan<strong>do</strong> este gran<strong>de</strong> amigo, este<br />

nobre parlamentar, esta figura humana q<br />

manoelzinho da nossa intimida<strong>de</strong>. Quero<br />

levar o meu abraço e fraterno nesta tar<strong>de</strong>,<br />

meu abraço afetuoso, nesta tar<strong>de</strong> fria que<br />

estamos viven<strong>do</strong> on<strong>de</strong> o sol já está se<br />

escon<strong>de</strong>n<strong>do</strong> os seus raios, está chegan<strong>do</strong><br />

a noite, vislumbran<strong>do</strong> aqui neste horizonte<br />

o rio Capibaribe e amais adiante o<br />

Atlântico.<br />

Que se prolonga até o infinito com essa<br />

imensidão <strong>de</strong> água e, me recor<strong>do</strong> nesta<br />

tar<strong>de</strong> novamente da minha terra. Não e<br />

nada extravagante, eu sempre me lembrar<br />

da minha terra <strong>do</strong> povo que não tem esta<br />

água, <strong>do</strong> povo que sofre tanto. Mas, ao<br />

ver um momento <strong>de</strong>sse <strong>de</strong> <strong>de</strong>spedida,<br />

momento <strong>de</strong> afinida<strong>de</strong>, eu não po<strong>de</strong>ria<br />

<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> trazer o meu abraço fraterno a<br />

V.Exa., mais uma vez falar em nome <strong>do</strong><br />

meu povo. Neste momento to<strong>do</strong>s<br />

passarinhos talvez já procurem aquela<br />

revoada o seu ninho para o seu agasalho.<br />

Neste momento em que a noite começa a<br />

se aproximar, eu me lembro que talvez<br />

nos se mesmo momento a Siriema já<br />

esteja cantan<strong>do</strong>, andan<strong>do</strong> naquelas secas<br />

com o seu canto triste, <strong>do</strong>loroso em busca<br />

<strong>de</strong> água. E, quanto sofrimento naquela<br />

região. Mas, eu tenho a certeza, plena<br />

nobre Deputa<strong>do</strong>, isto é apenas um<br />

momento da vida nossa. Mas, eu tenho<br />

certeza que <strong>Pernambuco</strong> vai reencontrar o<br />

seu <strong>de</strong>stino. Nós ainda teremos oportunida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> vir aqui, <strong>de</strong> abraçar cada um<br />

<strong>de</strong> to<strong>do</strong>s nós e, <strong>de</strong> dizer que foi feito algo<br />

<strong>de</strong> concreto para amenizar aquele<br />

sofrimento. Eu, tenho certeza que esse<br />

Brasil tão gran<strong>de</strong> e tão rico, este povo tão<br />

bom que é o povo pernambucano, eu<br />

tenho certeza que nós vamos reencontrar<br />

o nosso <strong>de</strong>stino. As dificulda<strong>de</strong>s são<br />

gran<strong>de</strong>s no Cenário Nacional, no Cenário<br />

Estadual. Mas esse Brasil tem futuro.<br />

Ninguém mais <strong>do</strong> que eu tem otimismo e<br />

tem a certeza <strong>de</strong> que esse Brasil vai ser<br />

uma gran<strong>de</strong> Nação. Eu tenho certeza que<br />

em pouco tempo nós vamos ter a felicida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> contemplar to<strong>do</strong>s os sertanejos <strong>do</strong><br />

Araripe, <strong>do</strong> Agreste, vamos ter a felicida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> abraçar e <strong>de</strong> ver eles viverem <strong>de</strong><br />

maneira mais digna e com menos<br />

sofrimento. Parabéns Deputa<strong>do</strong> Manoel<br />

Luna. E, Deus que estará sempre ao<br />

nosso la<strong>do</strong>, ao la<strong>do</strong> <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os brasileiros<br />

e pernambucanos, vai encontrar a forma e


vai dar as condições para que nós<br />

possamos nos libertar <strong>de</strong>sse sofrimento e<br />

<strong>de</strong>sse momento tão difícil que vivemos<br />

agora. Muito obriga<strong>do</strong> Deputa<strong>do</strong>.<br />

O Sr. MANOEL LUNA - Deputa<strong>do</strong><br />

Coriolano, o seu la<strong>do</strong> cívico, nos empolga<br />

nos encanta V. Exa., durante to<strong>do</strong> esse<br />

tempo, ocupou a Tribuna, e a Tribuna <strong>de</strong><br />

Aparte, durante centenas e milhares <strong>de</strong><br />

vezes e, sempre teve esse mesmo calor,<br />

essa mesma esperança. Seu<br />

comportamento foi um comportamento<br />

altivo nesta Casa. Muito obriga<strong>do</strong> Sr.<br />

Deputa<strong>do</strong> Gilvan Coriolano.<br />

Mas eu diria aos Srs., vin<strong>do</strong> <strong>do</strong> interior <strong>do</strong><br />

Esta<strong>do</strong>, para a capital maior, volto para as<br />

minhas plagas, sem me modificar. Vim e<br />

vou voltar <strong>do</strong> mesmo mo<strong>do</strong>. E, ou até<br />

<strong>de</strong>talhava uma coisa nessa tar<strong>de</strong> meus<br />

amigos, Parlamentar, apresentei várias<br />

Proposições nesta Casa, algumas <strong>de</strong>las<br />

aprovadas, creio que não executada.<br />

Nunca poupei, nunca critique a Imprensa.<br />

Mas, saio daqui, dizen<strong>do</strong> aos Srs. que<br />

nunca, pedi que nenhum jornalista<br />

colocasse uma matéria minha em jornal,<br />

nem televisão. Fui um verda<strong>de</strong>iro matuto,<br />

meu silêncio me conduziu a isto a eu volto<br />

com a consciência tranqüila <strong>de</strong> que não<br />

me modifiquei. Volto o mesmo homem, a<br />

mesma personalida<strong>de</strong>. Não me confundi,<br />

não bajulei, fui mo<strong>de</strong>sta parto atencioso,<br />

não somente com os meus colegas <strong>de</strong>sta<br />

Casa que era o meu <strong>de</strong>ver, mas, com<br />

Secretário <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong>, com Governa<strong>do</strong>r <strong>de</strong><br />

Esta<strong>do</strong>, com to<strong>do</strong>s aquelas que fazia a<br />

administração em Âmbito Executivo o<br />

também Parlamentar.<br />

Portanto meus amigos, já me alonguei<br />

<strong>de</strong>mais, quero agra<strong>de</strong>cer a to<strong>do</strong>s esta<br />

atenção, essa maneira cortês <strong>de</strong> me<br />

consi<strong>de</strong>rar, mas quero dizer que volto<br />

para as minhas plagas intactas, volto ,<br />

porque vim para a capital, e colaborei com<br />

a administração <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, participei<br />

<strong>de</strong>sta assembléia Constituinte, cumprin<strong>do</strong><br />

simplesmente minha obrigação, tenha a<br />

palavra o ilustre Deputa<strong>do</strong> e amigo José<br />

Humberto.<br />

O Sr. José Humberto - Deputa<strong>do</strong> Manoel<br />

Luna, não posso dizer que ouvi<br />

atentamente o seu pronunciamento, mas<br />

alguns trechos da fala <strong>de</strong> V. Exa., eu vi<br />

com atenção, e ouvi exatamente, suan<strong>do</strong><br />

o Deputa<strong>do</strong> Manoel Luna, dizia que veio<br />

aqui para apren<strong>de</strong>r, discor<strong>do</strong> <strong>de</strong> V. Exa, V.<br />

Exa, veio aqui e nos <strong>de</strong>u gran<strong>de</strong>s lições,<br />

V. Exa., no convívio diário com os<br />

companheiros <strong>de</strong>sta Casa, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />

<strong>de</strong> co-partidária, V. Exa., teve gestos <strong>de</strong><br />

gran<strong>de</strong>za durante esses quatro anos que<br />

aqui conviveu com os outros, nós já nos<br />

conhecíamos antes, como eu me referi ao<br />

Deputa<strong>do</strong> Gilvan Coriolano, V. Exa.,<br />

Prefeito <strong>do</strong> Município <strong>de</strong> sua Terra,<br />

estima<strong>do</strong>, queri<strong>do</strong> e ama<strong>do</strong> pelos seus<br />

municípios, e aqui na Assembléia, V.Exa.,<br />

conseguiu irradiar tu<strong>do</strong> isso que a sua<br />

terra lhe <strong>de</strong>dica, aos companheiros, com<br />

os companheiros, com os funcionários<br />

com to<strong>do</strong>s aqueles que pertencem a esse<br />

Po<strong>de</strong>r, aqueles que estão aqui,<br />

transitoriamente como nós que vamos<br />

retornar para a planície e aqueles outros<br />

que vão continuar nessa Casa, V. Exa.,<br />

sai daqui, sai por cima, até porque V.<br />

Exa., não disputou a reeleição enten<strong>de</strong>u:<br />

que estava na hora <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar, não <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> participar da vida pública<br />

sugerin<strong>do</strong>, vigilante a to<strong>do</strong>s os<br />

acontecimentos <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong> e <strong>de</strong> sua<br />

Terra, e da Região, mas V. Exa., sai <strong>de</strong>sta<br />

Casa, engran<strong>de</strong>ci<strong>do</strong> e com a amiza<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

to<strong>do</strong>s os companheiros, era isso que eu<br />

tinha a dizer.<br />

Nós durante esse perío<strong>do</strong>, <strong>de</strong> quatro anos<br />

que aqui estamos, sempre conversarmos<br />

bastante, sentávamos juntos, lá no Prédio<br />

principal da Assembléia e continuamos<br />

fazen<strong>do</strong> aqui no auditório, e juntos<br />

também na Comissão <strong>de</strong> Justiça, portanto<br />

Deputa<strong>do</strong> Manoel Luna, V. Exa., quan<strong>do</strong><br />

fala, fala com a alma, fala com toda<br />

sincerida<strong>de</strong> que um ser humano po<strong>de</strong> ter<br />

fica também aqui registra<strong>do</strong> a nossa<br />

palavra <strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong> amigo a<br />

este companheiro que sai conosco em 15<br />

<strong>de</strong> fevereiro.<br />

O Sr. MANOEL LUNA - Deputa<strong>do</strong> José<br />

Humberto, muito obriga<strong>do</strong> a V. Exa., eu<br />

diria ainda que conhecia realmente<br />

V.Exa., <strong>de</strong> muito tempo, me recor<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

quan<strong>do</strong> era Prefeito <strong>do</strong> meu Município<br />

chegava angustia<strong>do</strong> na FIAM e V.Exa.,<br />

com to<strong>do</strong> discernimento, procurava nos


aten<strong>de</strong>r aquele perío<strong>do</strong> critico <strong>de</strong> seca na<br />

área <strong>do</strong> Agreste, V.Exa., é portanto<br />

homem público por excelência a<br />

socieda<strong>de</strong> pernambucana, talvez for<br />

equívoco, não reconduziu V.Exa., mas<br />

V.Exa., é um homem que po<strong>de</strong> estar a<br />

vonta<strong>de</strong> e sair daqui ciente <strong>de</strong> que a sua<br />

consciência não foi <strong>de</strong> maneira nenhuma<br />

atingida, V.Exa., é um homem público<br />

capaz <strong>de</strong> fazer um gran<strong>de</strong> trabalho como<br />

fez em beneficio <strong>do</strong> povo Pernambucano.<br />

Mas meus amigos, continuan<strong>do</strong> as minhas<br />

<strong>de</strong>spedidas, eu diria ainda que vou, voltar,<br />

voltar para conviver como homem <strong>do</strong><br />

campo, voltar para viver no campo<br />

aprecian<strong>do</strong> e verifican<strong>do</strong> o valor da<br />

ecologia, vou ver o ver<strong>de</strong>, vou ver<br />

produção agrícola, vou ver sim o homem<br />

<strong>do</strong> campo trabalhan<strong>do</strong> manejan<strong>do</strong> a<br />

enxada, manejan<strong>do</strong> a terra, é essa a<br />

minha, preocupação, então estou aqui<br />

preocupa<strong>do</strong> com nenhuma volta, estou<br />

aqui saben<strong>do</strong> e consciente <strong>de</strong> que<br />

simplesmente cumpri as minhas<br />

obrigações, estou aqui para lhes dizer<br />

neste momento, Srs. Deputa<strong>do</strong>s, que<br />

<strong>de</strong>vo, estou antecipan<strong>do</strong> a minha<br />

ausência, a minha <strong>de</strong>spedidas porque no<br />

dia 15 <strong>de</strong> fevereiro nós estaremos é certo,<br />

nós Deputa<strong>do</strong>s <strong>de</strong> hoje, Deputa<strong>do</strong>s que<br />

não foram reeleito encerran<strong>do</strong> perío<strong>do</strong><br />

terminan<strong>do</strong> realmente o seu perío<strong>do</strong><br />

eleitoral <strong>de</strong> 4 anos. Tem a palavra o meu<br />

queri<strong>do</strong> amigo, o Dep. Vital Novaes.<br />

O Sr. Vital Novaes - Dep. Manuel Luna,<br />

havíamos combina<strong>do</strong> no velho prédio da<br />

Assembléia. Mas, V.Exa. antecipa a sua<br />

<strong>de</strong>spedida. Eu já conhecia bastante<br />

V.Exa., como Prefeito <strong>de</strong> Bom Conselho,<br />

como lí<strong>de</strong>r, como cidadão, mas, a<br />

convivência nossa aqui na Assembléia<br />

serviu para que eu aperfeiçoa-se o<br />

julgamento que eu po<strong>de</strong>ria fazer <strong>de</strong>ssa<br />

criatura singular que chegou à Assembléia<br />

com seus cabelos grisalhos, cheio <strong>de</strong><br />

humilda<strong>de</strong>, com o coração volta<strong>do</strong> para os<br />

municípios que representava, cativan<strong>do</strong> a<br />

to<strong>do</strong>s nós que respeitamos, admiramos e<br />

temos uma profunda amiza<strong>de</strong> a esse<br />

Parlamentar que veio <strong>do</strong> Agreste mas,<br />

que não é apenas é representante <strong>do</strong><br />

Agreste é um homem que tem um coração<br />

<strong>do</strong> tamanho <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong>. No momento<br />

em que V.Exa., se <strong>de</strong>spe<strong>de</strong> <strong>de</strong>sta Casa,<br />

V.Exa. po<strong>de</strong> sair daqui com a consciência<br />

<strong>do</strong> <strong>de</strong>ver cumpri<strong>do</strong>. Tanto pela sua<br />

<strong>de</strong>dicação, tanto pela amiza<strong>de</strong> que<br />

sempre semeou pelos seus<br />

companheiros. Se já admirávamos a<br />

gran<strong>de</strong> figura <strong>de</strong> Bom Conselho, nesta<br />

Casa nos <strong>de</strong>u os bons conselhos, para<br />

que nós pudéssemos continuar nesse<br />

trabalho que muita <strong>de</strong>dicação e muito<br />

amor a <strong>Pernambuco</strong> nós procuramos<br />

fazer. V.Exa., participou <strong>de</strong> momentos<br />

importantes. Talvez <strong>do</strong> momento mais<br />

importante que eu vivi durante a minha.<br />

trajetória <strong>de</strong> 24 anos. V.Exa., participou<br />

<strong>de</strong>sta Casa por 4 anos e eu praticamente<br />

nasci nesta Casa. Aos meus 47 anos <strong>de</strong><br />

vida, mais da meta<strong>de</strong> <strong>de</strong> minha vida foi<br />

nesta Assembléia <strong>Legislativa</strong>. V.Exa.<br />

logicamente está emociona<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> se<br />

<strong>de</strong>spe<strong>de</strong> <strong>de</strong> seus companheiros.<br />

Multiplique V.Exa., essa emoção por 6.<br />

V.Exa. tem 4 anos, eu tenho 24 anos<br />

nesse Po<strong>de</strong>r. Hoje não é a minha<br />

<strong>de</strong>spedida. Farei a minha <strong>de</strong>spedida no<br />

prédio on<strong>de</strong> eu comecei. Mas, eu<br />

confesso a V. Exa, que durante alguns<br />

dias fiz uma auto-reflexão se <strong>de</strong>veria<br />

daqui mesmo <strong>de</strong>sse plenário, mais<br />

aconchegante e pequeno mas em muitos<br />

momentos comecei a pensar que não<br />

sabia se iria resistir a emoção, V. Exa. se<br />

<strong>de</strong>spe<strong>de</strong>, Não é uma <strong>de</strong>spedida. Nós<br />

vamos conviver sempre juntos. Aqui será<br />

como uma turma <strong>de</strong> faculda<strong>de</strong> que está<br />

terminan<strong>do</strong> o seu curso. Esperamos<br />

sempre nos rever. No primeiro ano<br />

quan<strong>do</strong> <strong>de</strong>ixarmos a Assembléia, e quem<br />

sabe daqui há muitos anos quan<strong>do</strong> um dia<br />

nos encontrarmos para comemorarmos<br />

<strong>de</strong>z ou vinte anos que tínhamos <strong>de</strong>ixa<strong>do</strong> a<br />

Assembléia <strong>Legislativa</strong>. Mas, acima <strong>de</strong><br />

tu<strong>do</strong> com o <strong>de</strong>ver cumpri<strong>do</strong>. E <strong>de</strong> ter<br />

servi<strong>do</strong> bem a <strong>Pernambuco</strong>.<br />

O Sr. MANOEL LUNA - Dep. Vital<br />

Novaes, V.Exa. ao longo <strong>de</strong> sua vida<br />

pública, estar incrementa<strong>do</strong> na história<br />

<strong>de</strong>ste Esta<strong>do</strong>, Na história <strong>de</strong>sta<br />

Assembléia. É com muita emoção que<br />

ouvi V. Exa. pelo seu gran<strong>de</strong> trabalho,<br />

pelo seu equilíbrio. Muito obriga<strong>do</strong> pelos<br />

conceitos a mim tributa<strong>do</strong>s.<br />

Mas meus amigos, outros ora<strong>do</strong>res irão a


mim suce<strong>de</strong>r, eu gostaria nesse momento,<br />

não é momento <strong>de</strong> tristeza, é um<br />

momento <strong>de</strong> autenticida<strong>de</strong>, é um<br />

momento <strong>de</strong> alegria, é um momento <strong>de</strong><br />

equilíbrio. Eu direi aos Srs. se aqui<br />

cheguei a cometer, cheguei a me furtar,<br />

cheguei a esquecer o cumprimento <strong>de</strong><br />

algumas <strong>de</strong>terminações, eu pediria aos<br />

Srs. <strong>de</strong>sculpas, a Mesa Diretora, ou<br />

nobres Deputa<strong>do</strong>s to<strong>do</strong>s, enfim, porque<br />

aqui eu tenho consciência <strong>de</strong> que se<br />

cometi, se não cumpri o meu <strong>de</strong>ver <strong>de</strong><br />

Deputa<strong>do</strong> foi, talvez, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma<br />

concepção que não foi a minha<br />

consciência, foi, eu diria aos Senhores, o<br />

esquecimento.<br />

Deixo esta Casa, <strong>de</strong>ixo esses meus<br />

amigos que muito <strong>de</strong>les eu já os conhecia<br />

como é o caso <strong>de</strong> Severino Cavalcanti,<br />

essa figura intrépida, valente na tribuna,<br />

Novaes, José Humberto, Roldão, o Pedro<br />

Eurico, Henrique Queiroz, Arthur, o meu<br />

queri<strong>do</strong> amigo e colega Aglailson, também<br />

esta figura que não se entrega fácil e<br />

to<strong>do</strong>s foram os meus companheiros no<br />

passa<strong>do</strong>, companheiros na política,<br />

companheiros no convívio, então, meus<br />

amigos, eu tenho uma convivência salutar<br />

com to<strong>do</strong>s os Senhores, eu estou liga<strong>do</strong>,<br />

também, a história <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong><br />

mesmo que <strong>de</strong>ixe esta Casa, porque eu<br />

fui Verea<strong>do</strong>r, Prefeito, eu conheci <strong>de</strong><br />

Etelvino Lins para cá to<strong>do</strong>s os<br />

Governa<strong>do</strong>res <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, entrava naquele<br />

Palácio e os Senhores po<strong>de</strong>m muito bem<br />

saber que eu nunca e até agora, procurei<br />

<strong>de</strong>sfazer, ferir, comentar <strong>de</strong>sairosamente<br />

o sentimento e o comportamento <strong>do</strong><br />

Governa<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, não porque<br />

temesse <strong>de</strong> o criticar, é porque aquilo em<br />

que eles me ajudaram, ajudam o meu<br />

Município, que ajudaram o povo<br />

pernambucano nós não temos o <strong>de</strong>ver <strong>de</strong><br />

usar esta tribuna e fazer coisas diferentes.<br />

Então, eu tenho a consciência tranqüila <strong>de</strong><br />

que fui político e o meu silêncio é isto, é<br />

aquilo que eu recebi eu não tenho o <strong>de</strong>ver<br />

e não posso jamais esquecer e procurar<br />

criticar aquele homem que procurou<br />

através da política ou da administração<br />

beneficiar o povo.<br />

Ouço o meu queri<strong>do</strong> amigo Severino<br />

Cavalcanti.<br />

O Sr. Severino Cavalcanti - Deputa<strong>do</strong><br />

Manoel Luna, eu quero aproveitar esse<br />

finzinho <strong>de</strong> tempo <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> uma brilhante<br />

oração <strong>de</strong> V.Exa., dizer da tristeza em não<br />

tê-lo como companheiro nesses quatro<br />

anos que se aproximam e V.Exa. durante<br />

esse tempo em que conviveu conosco,<br />

sempre com essa fidalguia, essa maneira<br />

<strong>de</strong> tratar os companheiros procuran<strong>do</strong><br />

sempre o bem, levan<strong>do</strong> o carinho e o<br />

amor, a prova inconteste <strong>de</strong> que a sua<br />

formação foi sempre humanista, <strong>de</strong> um<br />

homens volta<strong>do</strong> exclusivamente para os<br />

interesses <strong>do</strong> seu povo e da sua gente.<br />

Quero dizer, Deputa<strong>do</strong> Manoel Luna, que<br />

hoje esta Casa está ren<strong>de</strong>n<strong>do</strong><br />

homenagens a um Parlamentar que<br />

procurou passar sem levar aos seus<br />

conte<strong>do</strong>res a intriga ou a inveja ou<br />

qualquer outra coisa. V.Exa. só <strong>de</strong>u<br />

gran<strong>de</strong>za, gran<strong>de</strong>za esta que a sua<br />

família, os seus filhos irão perpetuar<br />

porque nós sabemos que os<br />

ensinamentos principais é <strong>do</strong> pai e V.Exa.,<br />

além <strong>de</strong> um bom pai foi um gran<strong>de</strong><br />

Parlamentar e eu quero trazer a<br />

solidarieda<strong>de</strong> <strong>do</strong> Parti<strong>do</strong> Liberal, esse que<br />

se preocupa com o social, exatamente<br />

coincidin<strong>do</strong> com os pontos <strong>de</strong> vista que<br />

V.Exa., <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> nesta Casa.<br />

Manoel Luna, a sua saída <strong>de</strong>sta Casa é<br />

realmente lamentável, porque não quis<br />

disputar as eleições porque eu tinha<br />

certeza que se tivesse disputa<strong>do</strong>, aqui,<br />

voltaria.<br />

Fica o abraço e o nosso afeto pela sua<br />

gran<strong>de</strong>za <strong>de</strong> alma e pela gran<strong>de</strong> figura<br />

que o é.<br />

O Sr. MANOEL LUNA - Agra<strong>de</strong>ço ao<br />

Deputa<strong>do</strong> Severino Cavalcanti e eu havia<br />

dito, aqui, há, pouco, que o conhecia<br />

muito antes <strong>de</strong> estar nesta Casa.<br />

Conhecia V.Exa., sei da sua bravura, sei<br />

<strong>do</strong> seu comportamento. É um Parlamentar<br />

autêntico, é um homem que se manifesta<br />

aqui nesta Casa e lá fora, com toda<br />

bravura e equilíbrio.<br />

Muito obriga<strong>do</strong>, Deputa<strong>do</strong> Severino<br />

Cavalcanti.<br />

Ouço o Deputa<strong>do</strong> Henrique Queiroz, esse<br />

gran<strong>de</strong> colega meu e vizinho <strong>de</strong> Gabinete.<br />

O Sr. Henrique Queiroz - Deputa<strong>do</strong>


Manoel Luna, V.Exa., <strong>de</strong>ixa sauda<strong>de</strong>s<br />

nesta Casa, principalmente pela sua voz,<br />

essa voz cantada <strong>do</strong> sertanejo. Nós, nesta<br />

Casa, temos vários representantes <strong>do</strong><br />

Sertão, <strong>do</strong> Agreste mas nenhum,<br />

po<strong>de</strong>mos dizer, traz a autenticida<strong>de</strong> da<br />

voz <strong>do</strong> sertanejo, a voz cantada daquele<br />

povo sofri<strong>do</strong>, daquele povo que leva na<br />

sua voz a felicida<strong>de</strong>, as mágoas mas, que<br />

acima <strong>do</strong> tu<strong>do</strong>, <strong>de</strong>monstra uma força <strong>de</strong><br />

vonta<strong>de</strong> muito gran<strong>de</strong>. Tem uma posição<br />

firme, correta e V.Exa., <strong>de</strong>monstrou<br />

nesses quatro danos que passou nesta<br />

Casa que é homem <strong>de</strong> bem, o homem <strong>de</strong><br />

cabelos brancos, também, po<strong>de</strong>m trazer<br />

para esse Plenário as lágrimas <strong>de</strong> uma<br />

sincerida<strong>de</strong>, as, lágrimas <strong>do</strong> homem, na<br />

verda<strong>de</strong>, que sofre com o seu povo. Nós<br />

já tivemos oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ouvir<br />

discursos; gran<strong>de</strong>s, empolgantes mas, na<br />

verda<strong>de</strong>, poucas oportunida<strong>de</strong>s nesta<br />

Casa, tivemos <strong>de</strong> sentir num homem<br />

como V.Exa., as lágrimas verda<strong>de</strong>iras <strong>de</strong><br />

um Parlamentar, as lágrimas <strong>de</strong> um<br />

homem que sofre pelo seu povo e V.Exa.,<br />

<strong>de</strong>rramou, nesta Casa, as lágrimas da<br />

sincerida<strong>de</strong>, as lágrimas <strong>de</strong> sentimento e<br />

isso irá marcar muito esta Casa, porque<br />

eu acredito que nos teremos muita<br />

dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> vir a ter, nesta Casa, um<br />

Parlamentar que <strong>de</strong> fato sofra pelo seu<br />

povo como V. Exa., tem sofri<strong>do</strong>, como V.<br />

Exa., tem <strong>de</strong>monstra<strong>do</strong> no <strong>de</strong>correr<br />

<strong>de</strong>sses quatro anos e eu que tive uma<br />

satisfação muito maior porque juntos nós<br />

convivemos em plenário e nós<br />

convivemos, também, no corre<strong>do</strong>r <strong>do</strong><br />

quinto andar <strong>de</strong> gabinetes pega<strong>do</strong>s,<br />

muitas vezes eu usava o seu gabinete e<br />

como V.Exa. usava o meu, porque juntos<br />

nós temos, acredito, os mesmos objetivos<br />

que é <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r o Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong><br />

e, com isso V.Exa., <strong>de</strong>ixa marca<strong>do</strong><br />

sincerida<strong>de</strong> pelo homem, pelo<br />

Parlamentar que <strong>de</strong> fato sente o<br />

sofrimento <strong>de</strong> sua gran<strong>de</strong> Região, uma<br />

Região sofrida <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong>.<br />

Parabéns, V. Exa., pela sua passagem<br />

brilhante que teve nesta Casa durante os<br />

quatro avos e, acredito, que no <strong>de</strong>correr<br />

<strong>de</strong> nossas vidas extra-parlamentares<br />

teremos muita oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> nos<br />

encontrarmos, <strong>de</strong> conversarmos <strong>de</strong> juntos<br />

trocarmos idéias e pegar com V. Exa, a<br />

sabe<strong>do</strong>ria e a firmeza <strong>de</strong> conduta que V.<br />

Exa., sempre teve durante o tempo que<br />

passou como Deputa<strong>do</strong>.<br />

O Sr. MANOEL LUNA - Deputa<strong>do</strong><br />

Henrique Queiroz, a Vossa cordialida<strong>de</strong><br />

me empolga e alegra mais ainda e faz<br />

com que, que saia <strong>de</strong>sta Casa e <strong>de</strong>sta<br />

Tribuna enriqueci<strong>do</strong> porque, na realida<strong>de</strong>,<br />

a gente que conviveu, aqui, durante tanto<br />

tempo sabe perfeitamente da gran<strong>de</strong>za <strong>de</strong><br />

cada um. Se me fosse da<strong>do</strong> o direito <strong>de</strong><br />

falar <strong>de</strong> cada um, eu diria no meu trabalho<br />

não fui, aqui, um pesquisa<strong>do</strong>r e nem um<br />

observa<strong>do</strong>r, mas fui um homem que<br />

sempre sentia e via o comportamento <strong>de</strong><br />

cada um cidadão. Vi <strong>de</strong>ssa tribuna, aqui,<br />

muitas vezes <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r com to<strong>do</strong> o calor o<br />

Vosso Parti<strong>do</strong>, a Vossa Bancada.<br />

V.Exa. é , portanto, um parlamentar que<br />

tem gran<strong>de</strong>za, que tem calor, que tem<br />

vibração. Portanto, a V. Exa., muito<br />

obriga<strong>do</strong>.<br />

Mas, finalizan<strong>do</strong>, Sr. Presi<strong>de</strong>nte, ou quero<br />

dizer a V.Exa. sertanejo que é, Argemiro<br />

Pereira, esta figura excepcionalíssima <strong>de</strong><br />

parlamentar, homem cumpri<strong>do</strong>r <strong>do</strong><br />

regulamento <strong>de</strong>sta Casa que sempre esta,<br />

aqui, rigorosamente, nos horários eu<br />

quero dizer a V.Exa. que ao vosso la<strong>do</strong> eu<br />

sempre estive, aqui, procuran<strong>do</strong> dar<br />

número a esta Casa para que ela tentasse<br />

funcionar sem procurar interromper os<br />

Trabalhos Legislativos.<br />

Portanto, neste momento, eu quero dizer<br />

a to<strong>do</strong>s, neste momento <strong>de</strong> alegria, <strong>de</strong><br />

vibração, quero agra<strong>de</strong>cer ao povo <strong>de</strong><br />

<strong>Pernambuco</strong>, em particular aos Senhores<br />

Deputa<strong>do</strong>s pela acolhida, pela<br />

manifestação <strong>de</strong> apreço que a mim<br />

tributaram. Aos senhores eu estarei em<br />

Bom Conselho, estarei na Fazenda Caixa<br />

D'água <strong>de</strong> braços abertos e esperan<strong>do</strong> um<br />

dia que os Senhores Deputa<strong>do</strong>s chegue<br />

até Bom Conselho e que me procurem<br />

para que eu, pousa abraçá-los naquele<br />

rincão, naquela água <strong>do</strong>ce, naquele local<br />

on<strong>de</strong> a água soberba, não é a água <strong>do</strong><br />

Ouricuri <strong>do</strong> meu queri<strong>do</strong> amigo Gilvan<br />

Coriolano que falta e que o povo sertanejo<br />

vive tão carente o tão sofri<strong>do</strong>. Bom<br />

Conselho, na realida<strong>de</strong>, on<strong>de</strong> tenho a<br />

minha fazenda, tem bastante água. E um<br />

dia eu tenho a satisfação e a emoção


incontida <strong>de</strong> recebê-los lá, no meu<br />

casebre, na minha choupana para abraçar<br />

um por um o a gente passar uma tar<strong>de</strong>,<br />

um dia, quem sabe, até mais <strong>de</strong> um dia<br />

<strong>de</strong>lician<strong>do</strong>-se <strong>do</strong> clima, daquele ver<strong>de</strong>,<br />

daquelas montanhas <strong>de</strong> Bom Conselho.<br />

Aos Senhores, portanto, nesta tar<strong>de</strong>, o<br />

meu abraço, a minha satisfação profunda,<br />

meu muito obriga<strong>do</strong> pela atenção que a<br />

mim foi tributada neste momento. Até<br />

logo.<br />

(Reassume a Presidência o Deputa<strong>do</strong><br />

Argemiro Pereira.)<br />

O Sr. PRESIDENTE - Com a palavra, o<br />

Deputa<strong>do</strong> Marcus Cunha.<br />

O Sr. MARCUS CUNHA - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,<br />

Srs. Deputa<strong>do</strong>s, quero, inicialmente,<br />

testemunhar a eficiência <strong>do</strong> trabalho que<br />

foi realiza<strong>do</strong> nesta Casa durante esses<br />

últimos anos pela chamada Oposição<br />

Parlamentar ao Governo <strong>do</strong> Ex-<br />

Governa<strong>do</strong>r Miguel Arraes <strong>de</strong> Alencar.<br />

Inicialmente li<strong>de</strong>rada pelo Deputa<strong>do</strong><br />

Maviael Cavalcanti, <strong>de</strong>pois pelo Deputa<strong>do</strong><br />

Carlos Porto e, recentemente, a Bancada<br />

Oposicionista li<strong>de</strong>rada pelo Deputa<strong>do</strong><br />

Arthur Correia trabalhou, como já disse,<br />

com bastante eficiência na análise critica<br />

que segun<strong>do</strong> a ótica da oposição o<br />

Governo estaria erran<strong>do</strong>. E a Oposição<br />

trabalhou com tanta eficiência que foi,<br />

inclusive, capaz <strong>de</strong> vocalizar a oposição<br />

feita ao Governo <strong>do</strong> Dr. Miguel Arraes <strong>de</strong><br />

Alencar através <strong>do</strong>s meios <strong>de</strong><br />

comunicação.<br />

Por isso mesmo, Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Srs.<br />

Deputa<strong>do</strong>s, quan<strong>do</strong> nós, praticamente,<br />

estamos encerran<strong>do</strong> a atual legislatura, eu<br />

gostaria <strong>de</strong> ler não um discurso, mas,<br />

talvez, um <strong>do</strong>cumento, não tão profun<strong>do</strong><br />

como eu gostaria, mas um <strong>do</strong>cumento<br />

para ficar registra<strong>do</strong> nos Anais <strong>de</strong>sta<br />

Casa, dizen<strong>do</strong> aquilo que sob a minha<br />

ótica houve <strong>de</strong> positivo no Governo <strong>do</strong> Ex-<br />

Governa<strong>do</strong>r Miguel Arraes <strong>de</strong> Alencar.<br />

(Lê):<br />

Senhor Presi<strong>de</strong>nte, Senhores Deputa<strong>do</strong>s:<br />

O segun<strong>do</strong> Governo <strong>de</strong> Miguel Arraes não<br />

suce<strong>de</strong>u apenas a uma administração<br />

conserva<strong>do</strong>ra e anti-popular. Vitoriosa nas<br />

urnas, confirmada pelas pesquisas <strong>de</strong><br />

opinião que lhe creditaram os maiores<br />

índices <strong>de</strong> aprovação, e consagrada na<br />

eleição que fez <strong>do</strong> Ex-Governa<strong>do</strong>r o<br />

Deputa<strong>do</strong> Fe<strong>de</strong>ral mais vota<strong>do</strong> <strong>do</strong> País, a<br />

segunda administração <strong>de</strong> Arraes<br />

significou, na verda<strong>de</strong>, a ruptura com um<br />

mo<strong>de</strong>lo econômico, social e político,<br />

imposto pela força das armas em<br />

<strong>Pernambuco</strong> e no Brasil. Nesse senti<strong>do</strong>,<br />

este segun<strong>do</strong> perío<strong>do</strong> guarda estreita<br />

ligação com o primeiro, no início da<br />

década <strong>de</strong> 60, quan<strong>do</strong> a gran<strong>de</strong> maioria<br />

da população pernambucana participou <strong>de</strong><br />

um governo prioritariamente volta<strong>do</strong> para<br />

suas reais necessida<strong>de</strong>s e justas<br />

reivindicações.<br />

Ao la<strong>do</strong> <strong>de</strong> tantos outros companheiros,<br />

tive a honra <strong>de</strong> integrar o segun<strong>do</strong><br />

governo <strong>de</strong> Miguel Arraes. Inicialmente<br />

como lí<strong>de</strong>r da Maioria na Assembléia<br />

<strong>Legislativa</strong>, e em seguida como Secretário<br />

da Casa Civil, cargo <strong>do</strong> qual me<br />

<strong>de</strong>sincompatibilizei para disputar a<br />

Prefeitura <strong>do</strong> Recife, com o apoio <strong>do</strong><br />

governa<strong>do</strong>r, <strong>do</strong> então Prefeito Jarbas<br />

Vasconcelos e da Frente Popular <strong>do</strong><br />

Recife.<br />

Tais fatos - ou mesmo a proximida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

meses da conclusão daquele perío<strong>do</strong><br />

administrativo - não turvam uma visão<br />

correta <strong>do</strong> que foi efetivamente realiza<strong>do</strong>,<br />

em favor da gran<strong>de</strong> maioria <strong>do</strong>s<br />

pernambucanos, <strong>de</strong>ntro das diretrizes<br />

<strong>de</strong>finidas: estabelecimento <strong>de</strong><br />

mecanismos <strong>de</strong> integração e<br />

racionalização na aplicação <strong>do</strong>s recursos<br />

públicos; promoção <strong>do</strong> entendimento<br />

como base para a solução <strong>de</strong> conflitos <strong>de</strong><br />

interesse coletivo; incentivo à promoção<br />

da cidadania através <strong>do</strong> estímulo à<br />

participação <strong>do</strong> povo marginaliza<strong>do</strong>, na<br />

concepção e execução <strong>de</strong> programas e<br />

pela oferta <strong>de</strong> serviços públicos que o<br />

integrou à socieda<strong>de</strong>; priorida<strong>de</strong> às ações<br />

que beneficiam a maior parte <strong>de</strong><br />

população; recuperação <strong>do</strong> patrimônio <strong>do</strong><br />

Esta<strong>do</strong> e eficientização <strong>do</strong>s órgãos e<br />

empresas governamentais e ampliação e<br />

melhoria da infra-estrutura econômica.<br />

Para tanto, constituir-se uma equipe <strong>de</strong><br />

governo unitária, <strong>do</strong> ponto <strong>de</strong> vista político<br />

e administrativo, foi o passo primeiro e


essencial. Ele permitiu o surgimento <strong>de</strong><br />

um quadro favorável à ação integrada,<br />

numa prática diferente daquela <strong>do</strong><br />

loteamento <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> entre grupos <strong>de</strong><br />

interesses os mais diversos, que não<br />

aqueles volta<strong>do</strong>s para os reais objetivos<br />

<strong>de</strong> um Governo Popular.<br />

Como no primeiro, o segun<strong>do</strong> governo <strong>de</strong><br />

Miguel Arraes afirmou, na prática, a<br />

viabilida<strong>de</strong> tecnológica <strong>de</strong> pequena<br />

produção, ao contrário <strong>do</strong>s programas<br />

paternalistas e compensatórios <strong>do</strong><br />

passa<strong>do</strong>. E apontou para a criação <strong>de</strong> um<br />

amplo espaço produtivo no Esta<strong>do</strong> que, se<br />

for consolida<strong>do</strong>, criará condições <strong>de</strong><br />

equilíbrio sócio-econômico, interferin<strong>do</strong><br />

nas situações <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> <strong>de</strong> trabalho,<br />

<strong>de</strong>scentralizan<strong>do</strong> a produção e a renda.<br />

O agravamento da crise econômica, via<br />

aumento acelera<strong>do</strong> das pressões<br />

inflacionárias, resultan<strong>do</strong> no acirramento<br />

das <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s sociais, levou à<br />

ampliação <strong>do</strong>s conflitos sociais. A busca<br />

<strong>do</strong> diálogo e <strong>do</strong> entendimento, como base<br />

para a solução <strong>do</strong>s conflitos, foi uma das<br />

diretrizes prioritárias da atuação<br />

consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> um elemento essencial para<br />

a construção <strong>de</strong> uma socieda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>mocrática e pluralista.<br />

Recuperar o patrimônio público e tornar a<br />

máquina estatal eficiente foi mais que uma<br />

simples questão gerencial. Representou<br />

uma diretriz, em resposta política <strong>do</strong><br />

governo Miguel Arraes à situação <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sgoverno e aban<strong>do</strong>no a que foi<br />

relega<strong>do</strong> o Esta<strong>do</strong>, por aqueles que o<br />

geriram no passa<strong>do</strong>, quan<strong>do</strong> os interesses<br />

priva<strong>do</strong>s passaram a <strong>do</strong>minar a gestão da<br />

coisa pública, colocan<strong>do</strong>-a a serviço <strong>de</strong><br />

segmentos políticos não comprometi<strong>do</strong>s<br />

com o atendimento <strong>do</strong>s interesses <strong>de</strong><br />

maioria.<br />

Em coerência com essas diretrizes, são<br />

muitos os exemplos <strong>de</strong> realizações a<br />

<strong>de</strong>stacar. Na área da produção <strong>de</strong><br />

alimentos e ampliação da oferta <strong>de</strong><br />

trabalho no campo, a ação <strong>do</strong> governo<br />

voltou-se para os segmentos majoritários<br />

<strong>do</strong>s mais necessita<strong>do</strong>s. Em uma iniciativa<br />

que integrou praticamente to<strong>do</strong>s os<br />

órgãos da administração, foi enfrenta<strong>do</strong> o<br />

secular <strong>de</strong>safio <strong>do</strong> <strong>de</strong>semprego na entresafra<br />

da agricultura canavieira, através <strong>do</strong><br />

Programa Chapéu <strong>de</strong> Palha. Esta<br />

iniciativa, amplamente apoiada pelos cem<br />

mil trabalha<strong>do</strong>res temporários que, nos<br />

governos passa<strong>do</strong>s, durante a<br />

entressafra, se transformavam em “bóiasfrias”<br />

<strong>de</strong>semprega<strong>do</strong>s, migran<strong>do</strong> para as<br />

cida<strong>de</strong>s próximas e para a região<br />

metropolitana <strong>do</strong> Recife, agravan<strong>do</strong> a<br />

miséria urbana. Os trabalha<strong>do</strong>res foram<br />

emprega<strong>do</strong>s em obras públicas e no<br />

plantio, em 1989, <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 1.000<br />

hectares arrenda<strong>do</strong>s, <strong>de</strong>sapropria<strong>do</strong>s ou<br />

cedi<strong>do</strong>s na Zona da Mata.<br />

Foi ainda pela região canavieira que o<br />

governo Arraes iniciou o Programa Mata<br />

Livre, para a liberação <strong>de</strong> terras para o<br />

plantio ou ampliação <strong>de</strong> estrutura urbana<br />

<strong>de</strong> povoa<strong>do</strong>s isola<strong>do</strong>s no meio <strong>de</strong><br />

canaviais. Para tanto, o governo buscou<br />

inicialmente o entendimento com usineiros<br />

e fornece<strong>do</strong>res <strong>de</strong> cana. On<strong>de</strong> isso não foi<br />

possível, ocorreu a <strong>de</strong>sapropriação <strong>de</strong><br />

áreas, inclusive em outras regiões. Ao<br />

to<strong>do</strong>, mais <strong>de</strong> três mil hectares na zona <strong>de</strong><br />

mata e no agreste passaram das mãos<br />

<strong>do</strong>s mais ricos para a exploração coletiva<br />

<strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res nos três anos <strong>do</strong><br />

governo <strong>de</strong> Miguel Arraes - numa ação<br />

que há 25 anos não era empreendida pelo<br />

Executivo Estadual em pernambuco.<br />

Conflitos que se estendiam há décadas,<br />

como o <strong>do</strong> Engenho Patrimônio, foram<br />

soluciona<strong>do</strong>s, em benefício <strong>do</strong>s<br />

trabalha<strong>do</strong>res e suas famílias.<br />

Conce<strong>do</strong> um aparte ao nobre Deputa<strong>do</strong><br />

Sérgio Guerra.<br />

O Sr. Sérgio Guerra - Deputa<strong>do</strong> Marcus<br />

Cunha, primeiro para parabenizá-lo pelo<br />

<strong>do</strong>cumento que V.Exa. <strong>de</strong>ixa hoje para o<br />

conhecimento <strong>do</strong>s pernambucanos. Com<br />

a competência que ninguém lhe nega,<br />

V.Exa. reúne num texto uma síntese rara<br />

<strong>do</strong> que foi possível fazerem <strong>Pernambuco</strong><br />

numa situação <strong>de</strong> extrema dificulda<strong>de</strong>.<br />

Um ponto que V.Exa. já chamou a<br />

atenção foi das iniciativas <strong>do</strong> Governo<br />

Arraes no campo da terra e na<br />

regularização <strong>do</strong> patrimônio <strong>de</strong> muitos<br />

trabalha<strong>do</strong>res.<br />

Valeria a pena, ainda, acrescentar a<br />

afirmação que V.Exa. introduz na<br />

discussão <strong>de</strong> hoje, um da<strong>do</strong> que, para<br />

mim, foi extremamente relevante. A


capacida<strong>de</strong> que teve o Governo Arraes <strong>de</strong><br />

harmonizar socialmente o Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Pernambuco</strong>. Havia uma previsão <strong>de</strong> que<br />

a posse <strong>de</strong> Arraes era o começo <strong>de</strong> uma<br />

situação <strong>de</strong> ruptura social em<br />

<strong>Pernambuco</strong> Essa ruptura não se <strong>de</strong>u. A<br />

custa <strong>de</strong> uma ação forte e responsável foi<br />

possível manter o equilíbrio <strong>de</strong> to<strong>do</strong> um<br />

conjunto social extremamente difícil,<br />

empobreci<strong>do</strong> e socialmente radicaliza<strong>do</strong>.<br />

A competência <strong>do</strong> Governo Arraes <strong>de</strong><br />

administrar o conflito latente da socieda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong>, evitan<strong>do</strong> que este Esta<strong>do</strong><br />

se transformar-se num turbilhão <strong>de</strong> lutas<br />

sociais, foi seguramente uma gran<strong>de</strong><br />

realização política e administrativa <strong>do</strong><br />

Governo que junto fizemos.<br />

Eu me recor<strong>do</strong> muito bem que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o<br />

seu primeiro discurso como Lí<strong>de</strong>r da<br />

Bancada <strong>do</strong> Governo, V.Exa. chamava a<br />

atenção da necessida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Governa<strong>do</strong>r<br />

eleito e <strong>do</strong> Governo que ele formou,<br />

trabalhar para que as forças <strong>de</strong><br />

<strong>Pernambuco</strong> se harmonizassem, para que<br />

houvesse um mínimo <strong>de</strong> unida<strong>de</strong> e o<br />

Esta<strong>do</strong> não fosse prejudica<strong>do</strong>, para que,<br />

<strong>de</strong> uma forma ou <strong>de</strong> outra, to<strong>do</strong>s se<br />

sentissem, mais ou menos, responsáveis<br />

por uma situação que atingia a to<strong>do</strong>s, <strong>de</strong><br />

uma forma ou <strong>de</strong> outra, mais ou menos<br />

negativamente, mais ou menos<br />

positivamente. Foi o Deputa<strong>do</strong>, Marcus<br />

Cunha, na época, que chamou a atenção<br />

para essa necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> convergência<br />

social. Eu me recor<strong>do</strong> que V.Exa. fez,<br />

inclusive, uma série <strong>de</strong> visitas a entida<strong>de</strong>s<br />

sociais, as <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res e <strong>do</strong>s<br />

patrões e que nessas visitas o seu esforço<br />

foi para que tivesse um conjunto <strong>de</strong><br />

informações que pu<strong>de</strong>sse <strong>do</strong>tar ao<br />

Governo e ao Governa<strong>do</strong>r <strong>de</strong> condições<br />

para atuar, manten<strong>do</strong> esse equilíbrio<br />

indispensável a preservação <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> e<br />

da socieda<strong>de</strong> em <strong>Pernambuco</strong>.<br />

Quero parabenizá-lo pelo discurso que<br />

faz, na certeza que a Assembléia ouve,<br />

hoje, como em raras oportunida<strong>de</strong>s, mais<br />

um pronunciamento amplo, tenso, sério<br />

que foi a marca da sua atuação<br />

parlamentar nos vários mandatos que<br />

teve.<br />

O Sr. MARCUS CUNHA - Agra<strong>de</strong>ço o<br />

vosso aparte, Deputa<strong>do</strong> Sérgio Guerra, e<br />

sublinho exatamente aquele trecho <strong>do</strong> seu<br />

aparte em que V.Exa. chama a atenção<br />

para a capacida<strong>de</strong> que teve o Governo<br />

Miguel Arraes <strong>de</strong> harmonizar os conflitos,<br />

<strong>de</strong> administrar <strong>de</strong>ntro da harmonia os<br />

conflitos sociais <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Pernambuco</strong>. Foi importante sobretu<strong>do</strong>,<br />

quan<strong>do</strong> nós temos consciência <strong>de</strong> que o<br />

Governa<strong>do</strong>r Arraes, a maior parte da sua<br />

administração, ele realizou essa<br />

administração quan<strong>do</strong> o Governo Fe<strong>de</strong>ral<br />

se encontrava em plena <strong>de</strong>composição,<br />

sem nenhum prestigio perante e opinião<br />

pública, com todas as estruturas da<br />

socieda<strong>de</strong> brasileira cancerosas e<br />

<strong>Pernambuco</strong> que sempre foi um Esta<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong> muita tradição <strong>de</strong> luta, continuou<br />

tranqüilo no meio <strong>de</strong>sse mar revolto sob o<br />

coman<strong>do</strong> <strong>do</strong> Ex-Governa<strong>do</strong>r que<br />

Governou com to<strong>do</strong>s os segmentos<br />

sociais e produtivos <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Pernambuco</strong>.<br />

Mas, Sr. Presi<strong>de</strong>nte.<br />

Simultaneamente, a irrigação chegou a 3<br />

mil hectares <strong>de</strong> pequenos produtores, e<br />

base da agricultura <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, amplian<strong>do</strong><br />

e produção <strong>de</strong> alimentos em 62 mil<br />

toneladas. Os financiamentos através <strong>do</strong><br />

Programa <strong>de</strong> Apoio ao Pequeno Produtor<br />

cresceram oito vezes <strong>de</strong> 1987 a 1909,<br />

atingin<strong>do</strong> 16 milh6es <strong>de</strong> dólares no último<br />

ano. Houve um gran<strong>de</strong> esforço <strong>de</strong><br />

integração entre os órgãos <strong>de</strong> pesquisa,<br />

distribuição <strong>de</strong> sementes, armazenagem<br />

construção e manutenção <strong>de</strong> estradas e<br />

distribuição <strong>de</strong> safras, para que a comida<br />

chegasse mais barata na mesa <strong>do</strong>s<br />

trabalha<strong>do</strong>res.<br />

Nesse esforço, foi <strong>de</strong>cisivo o programa<br />

Cestão <strong>de</strong> Povo, uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> 200 lojas<br />

populares espalhadas por diversas<br />

regiões <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong>, on<strong>de</strong> <strong>13</strong> produtos<br />

básicos são vendi<strong>do</strong>s, em média 30%<br />

mais baratos <strong>do</strong> que nos merca<strong>do</strong>s<br />

convencionais. Milhares <strong>de</strong> famílias<br />

passaram a comprar semanalmente no<br />

Cestão <strong>do</strong> Povo, consumin<strong>do</strong> <strong>do</strong>is milhões<br />

e meio <strong>de</strong> quilos <strong>de</strong> merca<strong>do</strong>rias.<br />

Na área <strong>do</strong> abastecimento d’água, apesar<br />

<strong>do</strong>s profun<strong>do</strong>s cortes <strong>do</strong>s recursos<br />

fe<strong>de</strong>rais para o setor, as atenções <strong>do</strong><br />

governo Arraes foram prioritárias - não<br />

apenas em função <strong>de</strong> sua importância<br />

imediata, mas também pela correlação


entre a oferta da água tratada e a<br />

diminuição <strong>de</strong> <strong>do</strong>enças transmissíveis,<br />

especialmente em crianças. Nos três<br />

anos, mais <strong>de</strong> 1 milhão <strong>de</strong> pessoas sem<br />

abastecimento em suas casas, ou<br />

atendidas <strong>de</strong> forma esparsa e irregular,<br />

passaram a ter água limpa para beber. A<br />

re<strong>de</strong> <strong>de</strong> distribuição foi aumentada em<br />

mais <strong>de</strong> 900 quilômetros. Na região<br />

metropolitana, o sistema Botafogo foi<br />

reforça<strong>do</strong>, e no interior, através <strong>do</strong><br />

trabalho integra<strong>do</strong> <strong>de</strong> Compesa, Cisagro e<br />

Cohab, 300 mil, pessoas que viviam em<br />

bairros da periferia urbana e distritos<br />

isola<strong>do</strong>s da zona rural, passaram a ter<br />

abastecimento regular, a partir <strong>de</strong> poços,<br />

cisternas e açu<strong>de</strong>s.<br />

A seca - momento em que a crise da água<br />

se agudiza - foi igualmente enfrentada <strong>de</strong><br />

urna forma nova, <strong>de</strong>mocrática e popular.<br />

Antes <strong>de</strong> completar seis meses, o governo<br />

<strong>de</strong> Miguel Arraes era leva<strong>do</strong> a <strong>de</strong>cretar a<br />

emergência em 118 municípios assola<strong>do</strong>s<br />

pela falta <strong>de</strong> chuvas. Se continuassem a<br />

valer as práticas <strong>de</strong> governos passa<strong>do</strong>s,<br />

seria mais uma oportunida<strong>de</strong> para os<br />

privilegia<strong>do</strong>s <strong>de</strong> sempre enriquecerem<br />

com o dinheiro público ou trocarem votos<br />

por latas d'água. Mas isso também<br />

mu<strong>do</strong>u. Terminada a seca, o governo<br />

tinha concluí<strong>do</strong> 19.731 açu<strong>de</strong>s, barragens,<br />

barreiros e passagens molhadas, com o<br />

trabalho <strong>de</strong> 220 mil homens alista<strong>do</strong>s nas<br />

frentes, <strong>de</strong> emergência, sob a fiscalização<br />

<strong>do</strong>s Grupos <strong>de</strong> Ação municipal. Forma<strong>do</strong>s<br />

por funcionários públicos, representantes<br />

<strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res e das comunida<strong>de</strong>s, os<br />

GAM´s faliram a chamada “indústria da<br />

seca”.<br />

Os alistamentos contemplaram apenas os<br />

agricultores necessita<strong>do</strong>s, os pagamentos<br />

foram feitos em cheques nominais <strong>do</strong><br />

Ban<strong>de</strong>pe, as obras realizadas foram<br />

listadas em computa<strong>do</strong>r e registradas em<br />

cartório, com garantia <strong>de</strong> usufruto<br />

comunitário. Um exemplo <strong>de</strong> criativida<strong>de</strong>,<br />

austerida<strong>de</strong> e rigor na aplicação <strong>do</strong>s<br />

recursos públicos, por parte <strong>do</strong> governo,<br />

que terminou sen<strong>do</strong> segui<strong>do</strong> por outros<br />

esta<strong>do</strong>s nor<strong>de</strong>stinos.<br />

Com a mesma disposição foi enfrenta<strong>do</strong> o<br />

<strong>de</strong>safio das empresas e companhias<br />

estatais, uma herança caótica recebida<br />

em 1987. O melhor exemplo é o <strong>do</strong><br />

Ban<strong>de</strong>pe, que em fevereiro daquele ano<br />

encontrava-se sob risco <strong>de</strong> intervenção<br />

fe<strong>de</strong>ral. Saneadas suas finanças e<br />

profissionalizada sua direção, o banco<br />

estadual passou a trabalhar pela maioria.<br />

No governo anterior, em quatro anos o<br />

Ban<strong>de</strong>pe havia realiza<strong>do</strong> 31.008<br />

financiamentos a pequenos agricultores.<br />

Em 1988, já no governo Arraes, o banco<br />

igualava esse número e em 1989 o<br />

Crédito Popular chegou a 60 mil<br />

agricultores, proprietários <strong>de</strong> até 60 mil<br />

hectares, impulsionan<strong>do</strong> a recuperação da<br />

agricultura <strong>de</strong> alimentos em <strong>Pernambuco</strong>.<br />

Em 1988, o Ban<strong>de</strong>pe foi escolhi<strong>do</strong> pela<br />

conceituada revista “EXAME” como o<br />

segun<strong>do</strong> melhor banco estadual <strong>do</strong> Brasil,<br />

em <strong>de</strong>sempenho global, apenas supera<strong>do</strong><br />

pelo gigantesco BANESPA. E em 1989, a<br />

revista “VEJA” apontava o Ban<strong>de</strong>pe como<br />

o banco estadual com a política mais<br />

profissional na tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões.<br />

A <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> investimento e recuperação<br />

das estatais - como uma comprovação da<br />

sua viabilida<strong>de</strong>, quan<strong>do</strong> voltadas para o<br />

interesse da maioria - abrangeu também o<br />

IPA, e SEMEMPE, a CILPE e o LAFEPE.<br />

Com apoio <strong>de</strong> experimentos<br />

biotecnológicos inéditos, o IPA<br />

transformou-se na única empresa <strong>de</strong><br />

pesquisas <strong>do</strong> País a trabalhar com mudas<br />

<strong>de</strong> proveta <strong>de</strong> culturas básicas - como<br />

mandioca, batata-<strong>do</strong>ce, batata inglesa,<br />

inhame e banana, benefician<strong>do</strong> milhares<br />

<strong>de</strong> pequenos agricultores. A SEMEPE<br />

triplicou e sua produção <strong>de</strong> sementes,<br />

comercializadas com 145 mil pequenos e<br />

médios produtores. Ao final <strong>do</strong>s três anos<br />

<strong>do</strong> governo Arraes, a CILPE teve sua<br />

capacida<strong>de</strong> industrial elevada em 51%, o<br />

que significou 180 mil litros <strong>de</strong> leite a mais<br />

no merca<strong>do</strong>, por dia.<br />

O LAFEPE - recebi<strong>do</strong> com o patrimônio<br />

dilapida<strong>do</strong>, dividas <strong>de</strong> 345 mil dólares e<br />

linha <strong>de</strong> produção estagnada -<br />

praticamente renasceu. Em 1909 já<br />

lançava <strong>12</strong> novos medicamentos,<br />

aumentava sua produção em 220% e<br />

apresentava um lucro operacional <strong>de</strong> 1,1<br />

milhão <strong>de</strong> dólares.<br />

Nesta política em relação às estatais, a<br />

CELPE merece especial <strong>de</strong>staque, pela<br />

dimensão que sua ação ganhou no<br />

Governo Miguel Arraes. De 1966, quan<strong>do</strong>


foi inicia<strong>do</strong> o programa <strong>de</strong> eletrificação<br />

rural no Esta<strong>do</strong>, até março <strong>de</strong> 1997,<br />

quan<strong>do</strong> o governo Arraes tomou posse,<br />

haviam si<strong>do</strong> eletrificadas 30 mil<br />

proprieda<strong>de</strong>s rurais nas diversas regiões,<br />

uma média <strong>de</strong> 1.500 por ano. Em três<br />

anos <strong>do</strong> governo Arraes a energia elétrica<br />

chegou a nada menos <strong>do</strong> que 23 mil<br />

proprieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> até 10 hectares, um<br />

recor<strong>de</strong> histórico, que beneficiou<br />

diretamente pequenos agricultores<br />

produtores <strong>de</strong> alimentos. Até março <strong>de</strong><br />

1991, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a programação<br />

<strong>de</strong>ixada, esse número irá chegar a 31 mil<br />

proprieda<strong>de</strong>s. Ou seja realizar, em quatro<br />

anos, no setor, mais <strong>do</strong> que os governos<br />

passa<strong>do</strong>s só conseguiram fazer em 21<br />

anos. Igual esforço foi empreendi<strong>do</strong> nas<br />

ligações <strong>do</strong>mésticas.<br />

Mas, conce<strong>do</strong> o aparte ao nobre<br />

Deputa<strong>do</strong> Pedro Eurico.<br />

O Sr. Pedro Eurico - Deputa<strong>do</strong> Marcus<br />

Cunha, não venho á Tribuna <strong>de</strong> aparte<br />

para ter comenta<strong>do</strong> o lustre<br />

pronunciamento <strong>de</strong> V.Exa. o que toca ao<br />

conjunto das ações, aos acertos, ao<br />

lega<strong>do</strong> positivo que o Governo Arraes<br />

<strong>de</strong>ixa para o povo <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong>, no<br />

perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> profunda crise econômica<br />

como ressaltou V.Exa..<br />

Mas venho à Tribuna, porque sei que<br />

V.Exa., faz uma <strong>de</strong>spedida <strong>de</strong>sta Casa, <strong>de</strong><br />

uma forma diferente. V.Exa faz a<br />

<strong>de</strong>spedida <strong>de</strong>sta Casa, <strong>de</strong>monstran<strong>do</strong><br />

espírito <strong>de</strong> luta, garra, coragem o<br />

efetivamente o pronunciamento <strong>de</strong> V.Exa.,<br />

foi uma prova disso, a ma prova que<br />

V.Exa. não o político só <strong>de</strong> Parlamento. E<br />

não vai restringir a sua militância, a sua<br />

vida pública ao Parlamento.<br />

Nós temos um viés, que nós vemos ter<br />

que romper com ele, com o passa <strong>do</strong>s<br />

anos. Esse viés, hoje é o seguinte,<br />

Deputa<strong>do</strong> Marcus Cunha, ainda e a visão<br />

pequena, uma visão atrasada, <strong>de</strong> quem só<br />

é político quem tem mandato, só<br />

sobrevive, só participa da vida pública ou<br />

o Deputa<strong>do</strong> o ou Secretário <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, e<br />

nunca militante partidário.<br />

E é por isso que nós não constituímos<br />

parti<strong>do</strong>s políticos, é por isso que nós não<br />

constituímos ativida<strong>de</strong>s políticas<br />

permanentes e dura<strong>do</strong>uras. E, eu sei<br />

porque tenho conversa<strong>do</strong> nos últimos<br />

dias, longamente com V. Exa., e sei que<br />

V. Exa., vai continuar na trincheira.<br />

Conheci V.Exa., conheci o Deputa<strong>do</strong><br />

Marcus Cunha, quan<strong>do</strong> ainda era<br />

estudante da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Direito, estava<br />

ingressan<strong>do</strong> na Faculda<strong>de</strong>, nos tempos<br />

brabos da Ditadura Militar em 1970 e já ali<br />

aprendi a conviver com V. Exa., a ver a<br />

sua luta. V. Exa., enfrentou aquela eleição<br />

em 1970, que foi quase um kamicase<br />

naquela eleição, porque os<br />

pronunciamentos <strong>de</strong> V. Exa., no horário<br />

gratuito <strong>de</strong> televisão, assombrava o povo<br />

<strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong> pela coragem que V.<br />

Exa., tinha.<br />

Depois, como Verea<strong>do</strong>r em 1972, chegou<br />

até a amargar até mesmo a prisão nas<br />

<strong>de</strong>pendências <strong>do</strong> DDI - CODI.<br />

Posteriormente, em 1974, V.Exa., se<br />

elege o Deputa<strong>do</strong> mais vota<strong>do</strong> em<br />

<strong>Pernambuco</strong>. Em 1978 vai á Brasília,<br />

retorna a <strong>Pernambuco</strong>, volta á<br />

Assembléia, é nosso candidato á Prefeito<br />

<strong>de</strong> Recife e agora V.Exa., <strong>de</strong>spe<strong>de</strong>-se da<br />

Assembléia legislativa, mas não dá vida<br />

pública. E é preciso uma reflexão também.<br />

Que tipo <strong>de</strong> Parlamento estamos<br />

construin<strong>do</strong> hoje? Qual é a ameaça que<br />

se abate sobre o Parlamento Brasileiro?<br />

Quais são os vícios que vão conviver no<br />

Parlamento Brasileiro, na próxima<br />

legislatura, muitos anos <strong>do</strong> que nesta? O<br />

Parlamento brasileiro hoje corre risco <strong>de</strong><br />

ser parlamento to<strong>do</strong> ele preso pelo po<strong>de</strong>r<br />

econômico, aos nobres e aos gran<strong>de</strong>s<br />

grupos, ou preso ao ranço <strong>do</strong><br />

corporativismo que vem comprometen<strong>do</strong> o<br />

aparelho <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong>, que vem<br />

comprometen<strong>do</strong> a função pública em<br />

nosso País. Sei que talvez por isso V.<br />

Exa., seja hoje penaliza<strong>do</strong> pela perda <strong>do</strong><br />

mandato, mas não vamos enten<strong>de</strong>r a<br />

perda <strong>do</strong> mandato como uma pena, como<br />

uma <strong>de</strong>rrota, somente. Não é por aí.<br />

Neste momento V.Exa., <strong>de</strong>ixa o<br />

Parlamento, mas vai participar conosco da<br />

resistência que vamos travar aqui em<br />

<strong>Pernambuco</strong> contra o nosso Governo que<br />

vem aí. Não vamos fazer um Oposição<br />

sistemática, uma Oposição pela Oposição,<br />

temos também discuti<strong>do</strong> isso com V. Exa..<br />

Os tempos são outros, exigem <strong>de</strong> nós<br />

propostas, análise e ninguém melhor <strong>do</strong>


que V. Exa., para, <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong>s Parti<strong>do</strong>s <strong>de</strong><br />

Oposição, ajudar a fazer análise lúcida da<br />

situação <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong>, da situação <strong>do</strong><br />

Recife, da Região Metropolitana, mas<br />

acima <strong>de</strong> tu<strong>do</strong> <strong>do</strong> enfrentamento a essa<br />

política econômica que nos leva hoje a um<br />

processo recessivo, á <strong>de</strong>snacionalização,<br />

ao sucateamento <strong>do</strong> nosso Parque<br />

Industrial ao empobrecimento <strong>do</strong> nosso<br />

povo.<br />

Então Dep. Marcus Cunha, quero me<br />

congratular com V.Exa., como amigo<br />

pessoal, que já tive momentos duros,<br />

momentos plurais, porque enten<strong>do</strong> que<br />

<strong>de</strong>mocracia se constrói no pluralismo e o<br />

pluralismo se constrói a partir da<br />

contradição. Do contrário nós vamos<br />

construir o novo. Por vários momentos<br />

estivemos em posições contrárias, mas<br />

por vários momentos também construímos<br />

o novo <strong>Pernambuco</strong>. Sei, que V.Exa., vai<br />

ajudar a Bancada que vai ficar aqui a<br />

construir uma Oposição sólida para<br />

garantir o processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />

da <strong>de</strong>mocracia no Brasil.<br />

O Sr. MARCUS CUNHA - Agra<strong>de</strong>ço o<br />

aparte <strong>de</strong> V.Exa., Dep. Pedro Eurico. O<br />

testemunho carinhoso que <strong>de</strong>u aqui na<br />

Tribuna <strong>de</strong> apartes da Assembléia<br />

<strong>Legislativa</strong> sobre a minha vida<br />

universitária e sobre os inícios da minha<br />

vida pública e reafirman<strong>do</strong>, como já tenho<br />

dito a V.Exa., que na verda<strong>de</strong>, a partir <strong>do</strong><br />

dia 16 <strong>de</strong> fevereiro, serei um solda<strong>do</strong> da<br />

construção aqui das nossas bases,<br />

procuran<strong>do</strong> sempre uni-las para que já<br />

nas eleições municipais nós comecemos e<br />

recuperar o terreno político no Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Pernambuco</strong>.<br />

Conce<strong>do</strong> o aparte ao Deputa<strong>do</strong> Arthur<br />

Correia.<br />

O Sr. Arthur Correia - Nobre Deputa<strong>do</strong><br />

Marcus Cunha, tinha até pouco tempo a<br />

impressão <strong>de</strong> que sairia <strong>de</strong>sta Casa sem<br />

<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> fazer aquilo que tivesse ao meu<br />

alcance e, que fosse extremamente<br />

necessário, para a segurança, para o bem<br />

estar, para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />

<strong>Pernambuco</strong>. No entanto, hoje ao ouvir<br />

V.Exa., Parlamentar <strong>do</strong>s mais brilhantes<br />

<strong>de</strong>sta Casa, político sério, homem que se<br />

revelou como relator da nossa Carta<br />

Magna e, que ganhou no convívio <strong>do</strong>s<br />

quatros anos, especialmente no convívio<br />

mais aperta<strong>do</strong> na Comissão <strong>de</strong><br />

Sistematização, a minha admiração. E,<br />

fiquei sem per<strong>do</strong>ar o povo pernambucano<br />

por ter esqueci<strong>do</strong> o número 15<strong>13</strong>3,<br />

número <strong>de</strong> V. Exa., que <strong>de</strong>via ter volta<strong>do</strong> a<br />

esta Casa. Mas, hoje observan<strong>do</strong> ali, ao<br />

la<strong>do</strong> <strong>do</strong> sertanejo Vital Novaes, quan<strong>do</strong> V.<br />

Exa. disse, que o Governo Arraes fez<br />

<strong>de</strong>zenove mil e poucas barragens no<br />

Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong>, eu tenho a<br />

impressão que aí estar uma das razões <strong>do</strong><br />

povo ter rejeita<strong>do</strong> o nome <strong>de</strong> V. Exa.,<br />

como relator da Constituinte e, talvez até<br />

dai eu ter senti<strong>do</strong> a dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

reeleição e, com perspícacia <strong>de</strong> matuto<br />

interiorano, ter <strong>de</strong>sisti<strong>do</strong>. Porque, certa<br />

vez eu disse aqui ao Lí<strong>de</strong>r Áureo Bradley<br />

quan<strong>do</strong> anunciou um número <strong>de</strong><br />

barragens bem menor <strong>do</strong> que esse que<br />

V.Exa. traz hoje. Naquela hora eu já dizia<br />

ao Lí<strong>de</strong>r Áureo Bradley, vou apresentar<br />

um Projeto, meu caro Deputa<strong>do</strong> Áureo<br />

Bradley, tentan<strong>do</strong> incluir nataçáo, como<br />

matéria obrigátória nas escolas Estaduais<br />

<strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong>, acima da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Caruaru. Agora, eu me preocupo e,<br />

chamo a atenção <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s<br />

sertanejos, Vital Novaes, <strong>do</strong> Presi<strong>de</strong>nte<br />

Argemiro Pereira to<strong>do</strong>s que tem área <strong>de</strong><br />

atuação na Zona seca <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong>.<br />

Vamos os que irão continuar na Casa,<br />

tratar <strong>de</strong> incluir natação como matéria<br />

obrigatória. Porque vamos ter um gran<strong>de</strong><br />

número <strong>de</strong> mortes <strong>de</strong> crianças, com essas<br />

<strong>de</strong>zenove mil barragens espalhadas em<br />

<strong>Pernambuco</strong>, principalmente , porque o<br />

nosso agrestino e o nosso sertanejo não<br />

são como os homens da faixa <strong>do</strong> litoral,<br />

acostuma<strong>do</strong>s ao convívio com as gran<strong>de</strong>s<br />

barragens <strong>de</strong> qualquer forma Deputa<strong>do</strong><br />

Marcus Cunha, eu fico feliz com essa<br />

noticia, porque não posso duvidar, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

que V. Exa. é o veiculo <strong>de</strong>la para dar<br />

conhecimento a Assembléia <strong>Legislativa</strong>.<br />

Era apenas esse registro que eu queria<br />

fazer e, agra<strong>de</strong>cer a V. Exa. a gentileza <strong>do</strong><br />

aparte.<br />

O Sr. MARCUS CUNHA - Deputa<strong>do</strong><br />

Arthur Correia, quan<strong>do</strong> V.Exa. se<br />

aproximou <strong>do</strong> microfone <strong>de</strong> aparte, eu<br />

tinha certeza <strong>de</strong> que as palavras <strong>de</strong>


V.Exa., seriam exatamente nesta direção.<br />

Eu não po<strong>de</strong>ria esperar outra coisa <strong>de</strong><br />

V.Exa. Primeiramente, um aparte<br />

generoso para com o amigo que apren<strong>de</strong>u<br />

a lhe admirar, também na construção da<br />

nossa Carta Magana da nova Constituição<br />

já em vigor <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong>.<br />

V.Exa. foi generoso para comigo, como<br />

tem si<strong>do</strong> generoso para comigo em várias<br />

oportunida<strong>de</strong>s nesta Casa. Eu sabia que<br />

V.Exa., ia me fazer um elogio, mas,<br />

também eu tinha consciência, por<br />

conhecer V.Exa. como conheço, <strong>de</strong> que<br />

apesar <strong>do</strong> elogio apesar da amiza<strong>de</strong>,<br />

apesar <strong>do</strong> bom entendimento, V.Exa. não<br />

voltaria as costas ao seu passa<strong>do</strong>, a sua<br />

coerência <strong>de</strong> homem público engaja<strong>do</strong><br />

num la<strong>do</strong> político que não é o meu la<strong>do</strong>.<br />

E, aí V.Exa. fez a crítica, a crítica é<br />

marcada também pela ironia, pelo bom<br />

humor, que V.Exa. tem revela<strong>do</strong> nesta<br />

Casa. Eu diria apenas, que V.Exa., repetiu<br />

muito a palavra barragem e, quan<strong>do</strong> eu<br />

enumerei as realizações, nesta área, eu<br />

não falei apenas em barragens: Eu falei<br />

também em açu<strong>de</strong>, em barragens, em<br />

barreiros e, passagens molhadas que<br />

V.Exa. conhece.<br />

Mas, Sr. Presi<strong>de</strong>nte, dan<strong>do</strong> continuida<strong>de</strong>,<br />

com a mesma disposição, foi enfrenta<strong>do</strong> o<br />

<strong>de</strong>safio das Empresas e Companhias<br />

Estatais, uma herança caótica recebida<br />

em 87. O melhor exemplo é o <strong>do</strong><br />

BANDEPE, que em fevereiro daquele ano<br />

encontrava-se sob risco <strong>de</strong> Intervenção<br />

Fe<strong>de</strong>ral. Saneadas as suas finanças e,<br />

profisionalizada a sua direção, o Banco<br />

Estadual passou a trabalhar pela maioria.<br />

No Governo anterior, em quatro anos, o<br />

BANDEPE, havia realiza<strong>do</strong>, 38.008<br />

financiamentos a pequenos agricultores.<br />

Em 88, já no Governo Arraes, por<br />

milhares <strong>de</strong> pequenos agricultores. A<br />

SEMENTE triplicou a sua produção <strong>de</strong><br />

sementes, comercializadas com 145.000<br />

pequenos e médios produtores. ao final<br />

<strong>do</strong>s três anos <strong>do</strong> Governo, a CILPE teve a<br />

sua capacida<strong>de</strong> industrial elevada em 51<br />

%, o que sigiificou 180 mil litros <strong>de</strong> leite a<br />

mais no merca<strong>do</strong> por dia. O LAFEPE,<br />

recebi<strong>do</strong> como património <strong>de</strong>lapida<strong>do</strong>,<br />

dívidas <strong>de</strong> 345 mil dólares, em linha <strong>de</strong><br />

produção estagnada, praticamente<br />

renasceu em 89 já lançava <strong>do</strong>ze novos<br />

medicamentos. Aumentava a sua<br />

produção em 220 % e apresentava um<br />

lucro operacional <strong>de</strong> 1,1 milhão <strong>de</strong><br />

dólares. Nesta política, em relação as<br />

Estatais, a CELPE merece especial<br />

<strong>de</strong>staque, pela dimensão que sua ação<br />

ganhou no Governo Arraes, <strong>de</strong> 1966<br />

quan<strong>do</strong> foi inicia<strong>do</strong> o programa <strong>de</strong><br />

eletrificação rural no Esta<strong>do</strong>, até março<br />

<strong>de</strong> 1987, quan<strong>do</strong> o Governo Arraes tomou<br />

posse, haviam si<strong>do</strong> eletrificadas trinta mil<br />

proprieda<strong>de</strong>s rurais nas diversas regiões.<br />

Uma média <strong>de</strong> um mil e quinhentas por<br />

ano. Em três anos <strong>do</strong> Governo Arraes, a<br />

enegia elétrica chegou a nada menos <strong>do</strong><br />

que 23 mil proprieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> até <strong>de</strong>z<br />

hectares um recor<strong>de</strong> histórico, que<br />

beneficiou diretamente pequenos<br />

agricultores e produtores <strong>de</strong> alimentos.<br />

Até março <strong>de</strong> 91, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a<br />

programação <strong>de</strong>ixada, esse número irá<br />

chegar a 31 mil proprieda<strong>de</strong>s. Ou seja,<br />

realizar em quatro anos, no setor mais<br />

que os Governos passa<strong>do</strong>s ao<br />

conseguiram fazer em vinte e um anos.<br />

Igual esforço foi empreendi<strong>do</strong> nas<br />

ligações <strong>do</strong>mésticas, em residências <strong>de</strong><br />

baixa renda, a meta era <strong>do</strong>ze mil ligações<br />

por ano, um total <strong>de</strong> trinta e seis mil<br />

ligações em três anos. Mas, no final <strong>do</strong><br />

Governo Arraes, um novo recor<strong>de</strong> foi<br />

alcança<strong>do</strong> quarenta e uma mil ligações<br />

em casas <strong>de</strong> famílias pobres, benefician<strong>do</strong><br />

mais <strong>de</strong> duzentas mil pessoas que<br />

trocaram o can<strong>de</strong>eiro pelo interruptor <strong>de</strong><br />

luz.<br />

Conce<strong>do</strong> o aparte ao Deputa<strong>do</strong> Humberto<br />

Barradas.<br />

O Sr. Humberto Barradas - Meu caro<br />

amigo Deputa<strong>do</strong> Marcus Cunha, V. Exa.,<br />

me <strong>de</strong>ixa satisfeito e feliz na tar<strong>de</strong> <strong>de</strong> hoje<br />

começo <strong>de</strong> noite, quan<strong>do</strong> vem a Tribuna<br />

<strong>de</strong>sta Casa, fazer uma narrativa das<br />

realizações <strong>do</strong> Governo Arraes, e o<br />

Deputa<strong>do</strong> Humberto Barradas, que foi<br />

Vice-Lí<strong>de</strong>r <strong>do</strong> Governo <strong>de</strong> Dr. Arraes,<br />

consequentemente li<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> <strong>do</strong> meu li<strong>de</strong>r<br />

Marcus Cunha, não po<strong>de</strong>ria nesse<br />

momento, <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> parábenizá-lo por<br />

<strong>do</strong>is gran<strong>de</strong>s motivos, primeiro lugar que<br />

vejo V.Exa., novamente na Tribuna da<br />

Casa, dan<strong>do</strong> <strong>de</strong>monstração da sua<br />

competência, e dizen<strong>do</strong> taxativamente


palavras elogiosas, ao Governo Dr.<br />

Arraes.<br />

Em segun<strong>do</strong> lugar Deputa<strong>do</strong> Mlarcus<br />

Cunha, amigo meu não tem <strong>de</strong>feito, e<br />

inimigo quan<strong>do</strong> não tem eu boto, e não<br />

po<strong>de</strong>ria corno amigo <strong>de</strong> Dr. Miguel Arraes,<br />

embora hoje, o la<strong>do</strong> oposto, <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ver<br />

exatamente a essa Tribuna, para dizer<br />

que <strong>do</strong> la<strong>do</strong> <strong>de</strong> cá, e que eu posso dá o<br />

testemunho das qualificações pessoais <strong>do</strong><br />

Governo Miguel Arraes, e gostaria que V.<br />

Exa. soubesse, que me alegra<br />

profundamente, vê-lo repito fazen<strong>do</strong> uma<br />

análise positiva, daquilo que foi o Governo<br />

que nós <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>mos, acho que V. Exa e<br />

eu, pu<strong>de</strong>mos ao apagar das luzes <strong>do</strong><br />

nosso mandato, <strong>de</strong>ixar essa Casa <strong>do</strong><br />

mesmo jeito que entramos, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> as<br />

mesmas coisas e as mesmas idéias que<br />

<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>mos quan<strong>do</strong> aqui chegamos,<br />

muito bom e muito bonito porque mas<br />

uma vez se prova quan<strong>do</strong> as coisas existe<br />

são verda<strong>de</strong>iras palpaveis concretas, não<br />

se precisa usar uma sigla partidária, para,<br />

se dizer que estamos juntos, quero que V.<br />

Exa., saiba, que a distancia que nos<br />

separa, não é mais nem menos <strong>do</strong> que<br />

essa sigla partidária, nós estamos juntos<br />

Deputa<strong>do</strong> Marcus Cunha, porque nós<br />

enten<strong>de</strong>mos, nós po<strong>de</strong>mos na<br />

convivência, po<strong>de</strong>r dizer hoje, quem é o<br />

Governa<strong>do</strong>r Miguel Arraes <strong>de</strong> Alencar em<br />

to<strong>do</strong> canto, em qualquer local, on<strong>de</strong> falar<br />

<strong>do</strong> Governa<strong>do</strong>r Miguel Arraes, estará lá o<br />

Deputa<strong>do</strong> Humberto Barradas, para dizer<br />

que ele é um homem Inteiro, homem<br />

sério, competente e <strong>de</strong> bem, pularia <strong>de</strong><br />

galho para esquecer aquilo tu<strong>do</strong> que pu<strong>de</strong><br />

apren<strong>de</strong>r e que o povo <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong><br />

reconheceu na eleição passada, acho que<br />

V. Exa. mas uma vez trilha pelo caminho<br />

certo, volta V. Exa., a ser aquele<br />

Deputa<strong>do</strong> como ativo e combatente, V.<br />

Exa. que teve algum tempo por traz <strong>do</strong>s<br />

basti<strong>do</strong>res, V. Exa., que tirou umas férias<br />

que reputo merecidas pelo <strong>de</strong>scanço, mas<br />

imerecidas porque a falta <strong>de</strong> V. Exa. foi<br />

sentida, não só pelo Governo Dr. Arraes,<br />

mas principalmente pelos seus<br />

companheiros <strong>de</strong> Casa Parabéns<br />

Deputa<strong>do</strong> Marcus Cunha, V. Exa. continua<br />

sen<strong>do</strong> aquele li<strong>de</strong>r que eu aprendi a<br />

adumirar, parabéns e volte sempre essa<br />

Tribuna para nos brindar com<br />

Pronunciamentos como esse, com<br />

discurso sério e com um análise<br />

simplesmente honesta daquilo que<br />

aconteceu em <strong>Pernambuco</strong> no Governos<br />

<strong>do</strong> eminente homem púbico Miguel<br />

Arraes.<br />

O Sr. MARCUS CUNHA - Deputa<strong>do</strong><br />

Humberto Barradas, muito obriga<strong>do</strong> pelas<br />

palavras <strong>de</strong> V. Exa., palavras que<br />

traduzem realmente o que V. Exa. é<br />

enquanto pessoa humana, um homem<br />

verda<strong>de</strong>iro, um homem sincero, um<br />

homem que não se abate diante das<br />

dificulda<strong>de</strong>s, e uma pessoa que é capaz<br />

<strong>de</strong> mesmo estan<strong>do</strong> hoje, por motivos que<br />

não vale nem apenas, analisar, <strong>do</strong> outro<br />

la<strong>do</strong> V. Exa., é, capaz <strong>de</strong> ver com isenção<br />

e testemunhar com correçao, com retidão,<br />

com honestida<strong>de</strong> o que ocorreu no Esta<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong> durante o três anos e<br />

poucos meses <strong>do</strong> Governo Miguel Arraes<br />

<strong>de</strong> Alencar.<br />

(Lê):<br />

(...) A meta era <strong>de</strong> <strong>12</strong> mil ligações por<br />

anos o total <strong>de</strong> 36 mil ligações em três<br />

anos. Mas no final <strong>do</strong> Governo Miguel<br />

Arraes, um novo recor<strong>de</strong> foi alcança<strong>do</strong>: 41<br />

mil ligaçõeas em casa <strong>de</strong> famílias pobres,<br />

benefician<strong>do</strong> mais <strong>de</strong> 200 mil pessoas que<br />

trocaram o can<strong>de</strong>eiro pelo interruptor <strong>de</strong><br />

luz.<br />

A coerência com as reinvindicações da<br />

maioria, presente no programa <strong>de</strong><br />

eletrificação, também orientou o programa<br />

Cidadão e a ampliação da Assistência<br />

Judiciária <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>. Nos três anos <strong>do</strong><br />

governo Miguel Arraes, o programa<br />

Cidadão entrgou cerca <strong>de</strong> 1 milhão <strong>de</strong><br />

<strong>do</strong>cumentos a 600 mil pessoas, através<br />

<strong>do</strong> trabalho integra<strong>do</strong> <strong>de</strong> diversas<br />

Secretarias, pessoas que por serem<br />

pobres nunca tinham recebi<strong>do</strong> <strong>do</strong>s órgãos<br />

públicos um <strong>do</strong>cumento, nem mesmo o<br />

registro cívil. Esse apoio à cidadania foi<br />

amplia<strong>do</strong> com a recuperação da<br />

Assistência Judiciária, em um trabalho<br />

que envolveu 500 advoga<strong>do</strong>s e, em três<br />

anos, assegurou a cerca <strong>de</strong> 250 mil<br />

pessoas pobres o direito à <strong>de</strong>fesa na<br />

Justiça.<br />

Na área <strong>de</strong> habitação, os direitos da


maioria foram igualmente respeita<strong>do</strong>s.<br />

Enfrentan<strong>do</strong> un déficit habitacional <strong>de</strong> 500<br />

mil residências e o corte drástico <strong>de</strong><br />

verbas fe<strong>de</strong>rais para o setor o Governo<br />

Miguel Arraes investiu em programas<br />

habitacionais alternativo, que<br />

benefeciaram meio milhão <strong>de</strong> pessoas.<br />

Como o Banco da Construção, que atuou<br />

em 260 favelas, baratean<strong>do</strong> em 60 % os<br />

custos da casa própria construída em<br />

mutirão. O programa <strong>de</strong> urbanização <strong>de</strong><br />

favelas e a regulamentação da posse <strong>de</strong><br />

áreas ocupadas há décadas pelo povo,<br />

sob constante pressão <strong>de</strong> ações judiciais<br />

e violência por parte <strong>do</strong>s latifundiários<br />

urbanos. O governo Arraes também <strong>de</strong>u<br />

fim ao apadrinhamento político na entrega<br />

<strong>de</strong> casas e apartamentos da Cohab,<br />

realizan<strong>do</strong> o primeiro recadastramento <strong>de</strong><br />

mutuários <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong>.<br />

Na educação pública, a priorida<strong>de</strong> <strong>do</strong><br />

Governo Miguel Arraes foi o cambate ao<br />

analfabetismo, um <strong>de</strong>safio gigantesco. As<br />

escolas estaduais receberam, por ano<br />

cerca <strong>de</strong> um milhão <strong>de</strong> crianças, e 25 mil<br />

adultos apren<strong>de</strong>ram a ler e a escrever nos<br />

“círculos <strong>de</strong> educação e cultura”. Pela<br />

primeira vez na história <strong>de</strong> ensino público<br />

<strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong>, 100 % das crianças<br />

matriculadas nas escolas estaduais<br />

apren<strong>de</strong>ram os mecanismos da<br />

alfabetização e 80 % foram alfabetiza<strong>do</strong>s,<br />

estrutura física e <strong>de</strong> equipamentos das<br />

escolas, recebi<strong>do</strong>s em péssimas<br />

condições pelo Governo Miguel Arraes, foi<br />

permanentemente restaurada.<br />

Levantamento realiza<strong>do</strong> em março <strong>de</strong><br />

1987 i<strong>de</strong>ntificou 1.015 escolas sem as<br />

mínimas condições <strong>de</strong> funcionamento.<br />

Mesmoa com a queda abrupta das<br />

tranferências <strong>de</strong> recursos pelo Ministério<br />

da Educação, o governo Miguel Arraes,<br />

nos três anos, reformou, ampliou e<br />

construiu 917 escolas, equipada com 238<br />

mil novas carteiras. Em três anos, foram<br />

distribuí<strong>do</strong>s com os alunos mais <strong>de</strong> 5<br />

milhões <strong>de</strong> livros didáticos e 3 milhões <strong>de</strong><br />

módulos <strong>de</strong> equipamentos escolares.<br />

Na área <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, <strong>Pernambuco</strong> foi um<br />

<strong>do</strong>s primeiros Esta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> País a erradicar<br />

a poliomelite, com resulta<strong>do</strong> <strong>de</strong> ação<br />

preventiva constante ao longo <strong>de</strong> três<br />

anos e <strong>do</strong> trabalho <strong>de</strong> 20 mil voluntários<br />

nas campanhas <strong>de</strong> vacinação. Em 1986,<br />

no final <strong>do</strong> governo anterior, <strong>Pernambuco</strong><br />

batera um triste recor<strong>de</strong>: 79 criança foram<br />

vitimadas pela paralisia infantil. Um<br />

número duas vezes superior ao <strong>de</strong> 1985 e<br />

quase 9 vezes maior <strong>do</strong> que os 9 casos<br />

constata<strong>do</strong>s em 1984. A Secretaria <strong>de</strong><br />

Saú<strong>de</strong> no governo Arraes enfrentou esse<br />

<strong>de</strong>safio como priorida<strong>de</strong>. Em 1987, o<br />

número <strong>de</strong> casos já havia caí<strong>do</strong> para 35.<br />

Em 1988, foram registra<strong>do</strong>s apenas 14 e,<br />

finalmente, em 1989, nenhum caso foi<br />

confirma<strong>do</strong>. Um marco histórico <strong>do</strong><br />

governo Miguel Arraes A pólio estava sob<br />

total controle em <strong>Pernambuco</strong>, antes <strong>do</strong>s<br />

prazos fixa<strong>do</strong>s pelo Ministério da Saú<strong>de</strong>.<br />

Ao assumir o Governo Miguel Arraes não<br />

encontrou um só lote industrial no Esta<strong>do</strong>.<br />

Pois bem! Ampliou os Distritos Industriais<br />

<strong>de</strong> Petrolina, Garanhuns, Caruaru e Belo<br />

Jardim - que estavam esgota<strong>do</strong>s.<br />

No governo Arraes não se permitiu o<br />

fechamento <strong>de</strong> um única gran<strong>de</strong> indústria<br />

em <strong>Pernambuco</strong>, e o Esta<strong>do</strong> retomou a<br />

li<strong>de</strong>rança <strong>de</strong> Projetos na Su<strong>de</strong>ne,<br />

multiplican<strong>do</strong> por 4 o número <strong>de</strong> Cartas<br />

Consulta - o que <strong>de</strong>monstra o crescimento<br />

<strong>do</strong> interesse <strong>do</strong>s empresários em investir<br />

em nossa terra.<br />

O Centro <strong>de</strong> Convenções, antes <strong>de</strong><br />

março/1987, era <strong>de</strong>stina<strong>do</strong> as famosas<br />

feiras da Alcântara Macha<strong>do</strong> - <strong>do</strong> Sul <strong>do</strong><br />

País - que recebia subsídios passaram a<br />

ser da<strong>do</strong>s às empresas pernambucanas -<br />

em cerca<strong>de</strong> 50 % - para participarem <strong>de</strong><br />

feiras no Esta<strong>do</strong>, no Nor<strong>de</strong>ste e até no<br />

exterior. Maios <strong>de</strong> 3 mil indústrias <strong>de</strong><br />

confecções, couro, calça<strong>do</strong>, móveis e<br />

reparação <strong>de</strong> veículos. Foram subsidia<strong>do</strong>s<br />

o que evitou que o setor <strong>de</strong> confecções<br />

quebrasse aqui no Esta<strong>do</strong>, permitin<strong>do</strong>, ao<br />

contrário, o seu crescimento.<br />

Várias fabricas foram implantadas na área<br />

<strong>de</strong> Suape como a Bung-Born - Conjunto<br />

industrial com investimento <strong>de</strong> 40 milhões<br />

<strong>de</strong> dólares, refinação <strong>de</strong> Milho <strong>do</strong> Brasil<br />

em Garanhuns representan<strong>do</strong> um<br />

investimento inicial <strong>de</strong> 16 milhões <strong>de</strong><br />

dólares. E mais a Suape Textil, a Inducon,<br />

a CIPESA em Jaboatão, etc...<br />

Este discurso, Senhores Deputa<strong>do</strong>s, o<br />

último proferimos na presente legislatura,<br />

nós <strong>de</strong>sejamos que seja um <strong>do</strong>cumento<br />

ainda que supeficial, <strong>de</strong> que foi o governo<br />

<strong>de</strong> Miguel Arraes.


O Sr. PRESIDENTE - Com a palavra o<br />

Deputa<strong>do</strong> José Aglailson.<br />

O Sr. JOSÉ AGLAILSON - Sr.<br />

Presi<strong>de</strong>nte, Srs. Deputa<strong>do</strong>s.<br />

(Lê):<br />

Infelizmente a <strong>de</strong>spedida é cruel, mas<br />

acontece entre os homens, uns partem<br />

para sempre e outros não se per<strong>de</strong>m no<br />

caminho da volta.<br />

Esta Sessão é uma das últimas <strong>de</strong>ste<br />

perío<strong>do</strong> Legislativo, que também é o<br />

último <strong>de</strong>ste mandato ; sei que muito <strong>do</strong>s<br />

nossos colegas vão se <strong>de</strong>dicar a política<br />

em suas bases e outros encerram aqui a<br />

vida pública. To<strong>do</strong>s cumpriram seu <strong>de</strong>ver,<br />

uns <strong>de</strong>sempenharam seu mandato como<br />

verda<strong>de</strong>iros professores, outros, porém<br />

como eternos alunos, mas o objetivo <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r o povo e as instituições<br />

<strong>de</strong>mocráticas é o conforto e até mais <strong>do</strong><br />

que isto, é o sentimento <strong>do</strong> <strong>de</strong>ver<br />

cumpri<strong>do</strong>, <strong>de</strong> bem representar seus<br />

eleitores e Ter <strong>de</strong>fendi<strong>do</strong> o seu Esta<strong>do</strong>.<br />

Relembremos:<br />

- 1987 - iniciávamos uma nova batalha.<br />

Uns, primeiro mandato, outros a<br />

renovação <strong>de</strong> uma série <strong>de</strong> mandatos.<br />

- José Áureo Bradley, o menino <strong>de</strong><br />

Arcover<strong>de</strong>, levantan<strong>do</strong> sua voz para<br />

<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r o Governo que se iniciava<br />

“Arraes, a esperança <strong>de</strong> um povo, que<br />

<strong>Pernambuco</strong> soube julgar o seu trabalho.”<br />

- José Humberto, representan<strong>do</strong> Limoeiro<br />

com sua voz firme e eloqüente, teve<br />

coerência como o princípio nortea<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

suas ações.<br />

- Luiz Epaminondas (Luizinho), com<br />

palavras simples soube dizer que veio,<br />

com garbo soube <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r seu povo e<br />

sua gente.<br />

- Arthur Correia (Arturzinho), companheiro<br />

<strong>do</strong> meu irmão no colégio da oposição, que<br />

com sabe<strong>do</strong>ria soube fazer distinção entre<br />

o certo e o erra<strong>do</strong>.<br />

- Joel <strong>de</strong> Hollanda, exemplo <strong>de</strong> cultura e<br />

dignida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>fensor ar<strong>do</strong>roso <strong>do</strong>s<br />

professores <strong>de</strong>ste Esta<strong>do</strong>, classe esta que<br />

ao Deputa<strong>do</strong> Joel <strong>de</strong>ve muito <strong>do</strong> que foi<br />

feito neste mandato.<br />

- Murilo Paraíso, homem prepara<strong>do</strong>, sábio<br />

e inteligente, que não se poupou em<br />

questionar o Governo Arares, mas<br />

<strong>de</strong>vemos <strong>de</strong>stacar que os meus<br />

questionamentos da relação governopovo.<br />

- A<strong>do</strong>lfo José, expressivo, falan<strong>do</strong> manso,<br />

mas sempre procuran<strong>do</strong> <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r os<br />

interesses <strong>de</strong> sua terra, Caruaru. A capital<br />

<strong>do</strong> Agreste teve um Deputa<strong>do</strong> atuan<strong>do</strong><br />

que em muito enriqueceu seu povo, sua<br />

gente.<br />

- Roberto Fontes, irrequieto, saiu <strong>do</strong><br />

Governo que iniciaria para entrar nas<br />

trincheiras da oposição porque o que<br />

pensava era participar intensamente das<br />

ações <strong>do</strong> Governo, com uma forma <strong>de</strong><br />

brincar com a sua bancada os louros <strong>de</strong><br />

uma vitória brilhante e esmaga<strong>do</strong>ra.<br />

Entretanto, valeu a pena sua mudança,<br />

continuou combativo, autêntico e hoje é o<br />

Vice-Governa<strong>do</strong>r eleito <strong>do</strong> nosso Esta<strong>do</strong>.<br />

- Fernan<strong>do</strong> Pessoa, sua lealda<strong>de</strong> e<br />

competência são os marcos <strong>de</strong> seu<br />

mandato. Esta casa sentirá sua falta e o<br />

povo per<strong>de</strong>u um gran<strong>de</strong> representante.<br />

- José Amorim, homem combativo, que<br />

sempre honrou os que nele confiaram seu<br />

voto, <strong>de</strong>ixa esta Casa tranqüilo, porque,<br />

aqui soube se portar com dignida<strong>de</strong>.<br />

- José Liberato, tantos mandatos, tantas<br />

lutas, José Liberato e o povo <strong>de</strong> Caruaru<br />

já se confun<strong>de</strong>m, pois a história <strong>de</strong>ste<br />

povo está sen<strong>do</strong> escrita pelas ações <strong>de</strong>ste<br />

nobre Deputa<strong>do</strong>.<br />

- Lúcia Heráclio, digna representante da<br />

mulher pernambucana, voz firme e<br />

eloqüente que buscou em cada<br />

pronunciamento a re<strong>de</strong>nção da sua gente.<br />

- Manoel Alves, sentiremos sua falta e<br />

mais <strong>do</strong> que sua região per<strong>de</strong>u não<br />

somente um <strong>de</strong>fensor, mas o incansável o<br />

imbatível representante.<br />

- Marcas Cunha, <strong>Pernambuco</strong> fica com a<br />

lacuna no seu cenário político, pois além<br />

<strong>de</strong> suas ações parlamentares, brilhou<br />

como Relator da constituição <strong>de</strong>ste<br />

Esta<strong>do</strong>.<br />

- Manoel Luna, apren<strong>de</strong>mos muito com<br />

seus ensinamentos. Homem sério e<br />

simples, com quem aprendi que a<br />

humilda<strong>de</strong> supera tu<strong>do</strong> e to<strong>do</strong>s.<br />

- João Lyra, exemplo <strong>de</strong> <strong>de</strong>dicação em<br />

<strong>de</strong>fesa <strong>do</strong> seu povo, o agreste per<strong>de</strong>u um<br />

<strong>do</strong>s seus lí<strong>de</strong>res, <strong>do</strong>s seus mais legitimo


epresentantes, mas mesmo sem<br />

mandato continuará nesta Região.<br />

- Osval<strong>do</strong> Rabelo, não somente esta<br />

Casa, mas também <strong>Pernambuco</strong> tem<br />

muito <strong>do</strong>s seus feitos, sentiremos sua<br />

falta, embora tenhamos entre nós, o seu<br />

mais digno representante, Osvaldinho.<br />

- Paulo Guerra, oriun<strong>do</strong> <strong>de</strong> uma escola<br />

política séria e das mais competentes<br />

<strong>de</strong>ste Esta<strong>do</strong>, nesta <strong>de</strong>spedida quero<br />

homenagear o sau<strong>do</strong>so governa<strong>do</strong>r Paulo<br />

Guerra.<br />

- Ranilson Ramos, sua atuação não será<br />

esquecida, o São Francisco resgatará em<br />

outras oportunida<strong>de</strong>s o muito que o ilustre<br />

Deputa<strong>do</strong> realizou pôr aquela Região:<br />

- Sérgio Guerra, sua escalada política é o<br />

reconhecimento <strong>do</strong> povo pernambucano,<br />

no Congresso Nacional <strong>Pernambuco</strong><br />

ganha uma voz forte e <strong>de</strong>stemida que<br />

saberá <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r seus reais interesses.<br />

- Vital Novaes, o trabalho <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong><br />

pôr V. Exa. por mais <strong>de</strong> duas décadas em<br />

muito contribuía para o engran<strong>de</strong>cimento<br />

da sua Região. Nesta Casa os Cargos<br />

ocupa<strong>do</strong>s sempre foram exerci<strong>do</strong>s com<br />

sabe<strong>do</strong>ria e serieda<strong>de</strong> sinceramente<br />

sentimos sua falta.<br />

- Almeida Filho, quantas vezes nos<br />

juntamos para <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r este Esta<strong>do</strong>,<br />

agora você em outras plagas continuará<br />

soman<strong>do</strong> suas ações comigo, buscan<strong>do</strong><br />

cada vez mais o fortalecimento e o<br />

engran<strong>de</strong>cimento <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong>.<br />

- Álvaro Ribeiro, Olinda soube eleger o<br />

seu Deputa<strong>do</strong> Estadual que aqui não<br />

poupou esforços para <strong>de</strong>fendê-lo agora,<br />

em Brasília, tenho certeza que continuará<br />

com o povo mesmo propósito.<br />

- Argemiro Pereira, a nossa convivência<br />

nesta Casa <strong>de</strong> Joaquim Nabuco me<br />

permitiu apren<strong>de</strong>r com o nobre<br />

representante da Serra Talhada que a<br />

política se faz com serieda<strong>de</strong>, honestida<strong>de</strong><br />

e honra<strong>de</strong>z.<br />

- Clo<strong>do</strong>al<strong>do</strong> Torres, seus mandatos foram<br />

coroa<strong>do</strong>s agora com a Presidência <strong>de</strong>sta<br />

Casa. O Po<strong>de</strong>r Legislativo <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong><br />

<strong>de</strong>u um <strong>do</strong>s exemplos ímpares neste País,<br />

austerida<strong>de</strong> foi a tônica <strong>de</strong> sua<br />

Presidência.<br />

- Geral<strong>do</strong> Pinho Alves, jovem, impulsivo,<br />

que buscou durante seu mandato, através<br />

<strong>de</strong> suas brilhantes situações <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r os<br />

interesses <strong>do</strong> povo <strong>de</strong> Paulista,<br />

respalda<strong>do</strong> no Dr. Geral<strong>do</strong>, que com<br />

certeza foi seu mestre maior.<br />

- Gilvan Coriolano, Ouricuri para esta<br />

Assembléia seu representante, que hoje<br />

embora não reeleito tem o sentimento <strong>do</strong><br />

<strong>de</strong>ver cumpri<strong>do</strong>.<br />

- Humberto Barradas, Jaboatão já<br />

reconheceu que per<strong>de</strong>u um gran<strong>de</strong><br />

representante, e nos, seus pares, também<br />

o reconhecimento. Entretanto esperamos<br />

nos reencontrar outras vezes neste<br />

Plenário.<br />

- Inal<strong>do</strong> Lima, seus exemplos contribuíram<br />

da maneira significativa para o<br />

engran<strong>de</strong>cimento <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s nós Médicos,<br />

pastor <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong>s firmes e coerente.<br />

Mas ouço, com gran<strong>de</strong> prazer, a palavra<br />

<strong>do</strong> ilustre e bravo Deputa<strong>do</strong> Humberto<br />

Barradas.<br />

O Sr. Humberto Barradas - Meu caro<br />

amigo José Aglailson, V.Exa. teve a rara<br />

felicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> lembrar, agora, neste<br />

momento, <strong>do</strong> ilustre parlamentares que<br />

passaram pôr esta casa, alguns que como<br />

V.Exa. continuarão. E eu, ali, senta<strong>do</strong><br />

observan<strong>do</strong> V. Exa. via e, imaginava se<br />

nós não conhecêssemos como<br />

conhecemos V.Exa. e ou outros pares<br />

<strong>de</strong>sta Casa, nós diríamos que valor só<br />

tem o Deputa<strong>do</strong> no dia que per<strong>de</strong> a<br />

eleição o vai embora. Mas como nós<br />

sabemos que as palavras ditas por V.Exa.<br />

e por outros companheiros vêm <strong>do</strong> fun<strong>do</strong><br />

da alma, <strong>do</strong> fun<strong>do</strong> <strong>do</strong> Coração, só nos<br />

resta vir a esta Tribuna agra<strong>de</strong>cer a<br />

V.Exa. e, bonda<strong>de</strong>, a atenção que teve<br />

com este Deputa<strong>do</strong> que se <strong>de</strong>spe<strong>de</strong> <strong>de</strong>sta<br />

Casa.<br />

Eu queria que V.Exa. soubesse que é,<br />

realmente, um momento <strong>de</strong> muita emoção<br />

para, to<strong>do</strong>s nós que ouvimos <strong>de</strong> V.Exa.,<br />

exatamente, aquilo que poucos fizeram<br />

nesta Casa: homenagear aquelas que<br />

partem, aqueles que vão embora.<br />

Neste momento eu quero me incorporar a<br />

V.Exa. no seu dia - curso para que juntos<br />

possamos homenagear aqueles<br />

conpanheiros que como eu não tiveram a<br />

feliz sorte <strong>de</strong> permanecer nesta Casa<br />

<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> o povo <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong>.<br />

Embora, temos a obrigação <strong>de</strong> fazê-lo fora


<strong>de</strong>la.<br />

Parabéns, Deputa<strong>do</strong>, pela feliz<br />

oportunida<strong>de</strong>.<br />

O Sr. JOSÉ AGLAILSON - Registro, com<br />

prazer, o aparte <strong>de</strong> V.Exa., Deputa<strong>do</strong> o<br />

que eu faço, aqui, na tar<strong>de</strong> <strong>de</strong> hoje é,<br />

apenas, justiça e justiça.<br />

(Lê):<br />

- João Coelho, mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> lí<strong>de</strong>r adivinha<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong> cargo que aqui, na Capital, soube<br />

conquistar os menos favoreci<strong>do</strong>s e que<br />

temos certeza que embora fora <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r<br />

Legislativo continuará na mesma luta em<br />

<strong>de</strong>fesa <strong>do</strong>s mais necessita<strong>do</strong>s.<br />

- Maviael Cavalcanti, antigo <strong>de</strong> todas as<br />

horas, que aproveitou <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os<br />

momentos que esta casa lhe ofereceu<br />

para buscar o crescimento <strong>de</strong><br />

<strong>Pernambuco</strong> sen<strong>do</strong> única forma <strong>de</strong><br />

resgatar a situação da pobreza e míseria<br />

em que vive parte <strong>do</strong> povo<br />

pernambucano: agora, em Brasília, sua<br />

voz terá eco e conseqüentemente mais<br />

ressonância.<br />

Pôr fim Sr. Presi<strong>de</strong>nte e Srs. Deputa<strong>do</strong>s<br />

que nesse instante posto a minha justa<br />

homenagem, oportunida<strong>de</strong> em que, <strong>de</strong><br />

coração lamento não continuar nesta<br />

Casa ao la<strong>do</strong> <strong>do</strong>s companheiros que<br />

acabei acabei <strong>de</strong> saudar.<br />

Este seu irmãozinho aqui permanecerá da<br />

mesma forma como sempre os acolheu. O<br />

meu gabinete será o seu gabinete, a<br />

minha voz po<strong>de</strong>rá ser a sua voz, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

que assim <strong>de</strong>sejares.<br />

Era só isto Sr. Presi<strong>de</strong>nte a to<strong>do</strong>s um<br />

Natal completo <strong>de</strong> felicida<strong>de</strong>s, que o<br />

Salva<strong>do</strong>r resnasça verda<strong>de</strong>ira, completo<br />

<strong>de</strong> felicida<strong>de</strong> verda<strong>de</strong>iramente no coração<br />

<strong>de</strong> cada um <strong>de</strong> nós e que a lição maior <strong>do</strong><br />

Cristo “AMOR” - seja nossa prática <strong>do</strong> ano<br />

vira<strong>do</strong>uro.<br />

Muito obriga<strong>do</strong> Sr. Presi<strong>de</strong>nte Srs.<br />

Deputa<strong>do</strong>s.<br />

O Sr. PRESIDENTE - Nao haven<strong>do</strong> mais<br />

ora<strong>do</strong>res inscritos, passamos à Or<strong>de</strong>m <strong>do</strong><br />

Dia.<br />

(Em votacão, é aprova<strong>do</strong> em Segun<strong>do</strong><br />

Turno o Projeto Nº 718. Em Discussão<br />

Única é aprova<strong>do</strong> a Indicação Nº 4329).<br />

O Sr. PRESIDENTE - Em discussão a<br />

Indicação nº 4330.<br />

Com a palavra o Deputa<strong>do</strong> Nilton<br />

Carneiro.<br />

O Sr. NILTON CARNEIRO - Sr.<br />

Presi<strong>de</strong>nte, estou aqui para lamentar a<br />

mensagem sobre o Tribunal <strong>de</strong> Contas<br />

que está fora <strong>de</strong> cogitação na atual<br />

legislatura.<br />

Outro fato que merecia <strong>de</strong>ixar aqui<br />

registra<strong>do</strong>, é a criação <strong>de</strong> Municípios.<br />

Passamos o ano to<strong>do</strong> e não veio a<br />

Plenário a solução para a criaçao <strong>de</strong><br />

novos Municípios em <strong>Pernambuco</strong>. Tem<br />

quase cem Distritos em condições <strong>de</strong><br />

serem emancipa<strong>do</strong>s, Sr. Presi<strong>de</strong>nte.<br />

O Deputa<strong>do</strong> Roldão Joaquim, além <strong>de</strong> ser<br />

um Deputa<strong>do</strong>, é, também, Delega<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

Polícia. Ele sabe que nesse Posto Nossa<br />

Senhora, <strong>de</strong> Lour<strong>de</strong>s, na Avenida General<br />

Manoel Rabelo, em Sucupira tem, a<br />

cinqüeta metros <strong>de</strong> distância, urn posto da<br />

Polícia Ro<strong>do</strong>viária que funciona noite e<br />

dia. Se lá não tem policiamento, <strong>de</strong>ve-se<br />

acionar os militares que ficam ali<br />

estaciona<strong>do</strong>s para dá segurança aos<br />

mora<strong>do</strong>res, porque é evi<strong>de</strong>nte que<br />

continua faltan<strong>do</strong> policiamento aqui no<br />

Recife e na sua área metropolitana. Até<br />

agora não houve nenhuma alteração, nem<br />

modificação com relação aos planos <strong>de</strong><br />

policiamento, continuan<strong>do</strong> os mesmos<br />

erros. Basta citar aqui o caso da cavalaria<br />

Dias Car<strong>do</strong>so, em San Martins, que <strong>de</strong>ixa<br />

o bairro aban<strong>do</strong>na<strong>do</strong> e vem policiar no<br />

asfalto, quan<strong>do</strong> aqui não é necessário<br />

cavalos para. policiar e sim viaturas,<br />

porque o cavalo quan<strong>do</strong> veim policiar no<br />

asfalto escorrega. e cai, quebra a canela.<br />

Então, é por isso que o Recife não tem<br />

policiamento, porque os oficiais<br />

encarrega<strong>do</strong>s <strong>de</strong> fazer esse policiamento<br />

no Quartel <strong>do</strong> Derby, no COPOM,<br />

geralmente são homens que têm as suas<br />

casas resgardadas com solda<strong>do</strong>s, como<br />

ocorre na Vila Militar na Avenida General<br />

Abdias <strong>de</strong> Carvalho, on<strong>de</strong> tem quinze<br />

solda<strong>do</strong>s guarnecen<strong>do</strong> cem casa. Os<br />

erros continuam no próprio Quartel <strong>do</strong><br />

Derby. São oficiais que comandam o


policiamento da capital e eles, por si só,<br />

têm a <strong>de</strong>vida segurança. Mas, nós civis<br />

ficamos entregues aos marginais, até<br />

mesmo arriscan<strong>do</strong> ter as nossas<br />

residências invadidas, como ocorre em<br />

San Martins, lugar que tem quatro quartéis<br />

da PM e não há um policiamento lá.<br />

Enquanto eu for Deputa<strong>do</strong>, estarei, aqui,<br />

reclaman<strong>do</strong> revolta<strong>do</strong> o que ocorre no<br />

Recife e <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> especial na área <strong>do</strong>s<br />

quarteis <strong>de</strong> San Martins, on<strong>de</strong> não há<br />

policiamento. O marginal, mata, esfola ,<br />

estrupa e fica zomban<strong>do</strong> da policia,<br />

porque os policiais, ou não querem<br />

trabalhar ou tem me<strong>do</strong> <strong>de</strong> enfrentar os<br />

marginais.<br />

Fica, aqui, o meu protesto, que será o<br />

último que faremos este ano porque no<br />

dia 15 a Assembléia vai fechar para<br />

balanço e não haverá reunião. Então,<br />

quero aproveitar, aqui, ate o ultimo<br />

instante enquanto eu tiver força e andar<br />

normalmente para reclamar a falta <strong>de</strong><br />

policiamento que ocorre no Recife e nos<br />

seus subúrbios.<br />

(Encerrada a Discussão, e esta aprovada.<br />

prosseguin<strong>do</strong>, são aprova<strong>do</strong>s os<br />

Requerimentos <strong>de</strong> n°s 30<strong>12</strong>; 30<strong>13</strong> (este a<br />

unanimida<strong>de</strong>, requerida pelo Deputa<strong>do</strong><br />

Pedro Eurico); 3014 a 3016 (este a<br />

unanimida<strong>de</strong>, requerida pelo Deputa<strong>do</strong><br />

Manoel Ferreira).)<br />

O Sr. PRESIDENTE - Em discussão o<br />

Requerimento nº 3017.<br />

Com a palavra, o Deputa<strong>do</strong> Nilton<br />

Carneiro.<br />

O Sr. NILTON CARNEIRO - Sr.<br />

Presi<strong>de</strong>nte, Srs. Deputa<strong>do</strong>s, o Deputa<strong>do</strong><br />

Geral<strong>do</strong> Coselho, voltou no requerimento<br />

<strong>de</strong> pesar não está aqui presente. E<br />

embora, seja o bravo companheiro<br />

Geral<strong>do</strong> Coelho, o legítimo pernambucano<br />

se esqueceu <strong>de</strong> que a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> casa<br />

nova, não é na Bahia, é em <strong>Pernambuco</strong>,<br />

casa nova e uma cida<strong>de</strong> integrada na<br />

Comarca <strong>de</strong> São Francisco. Portanto, e<br />

uma cida<strong>de</strong> pernambucana e não da<br />

Bahia.<br />

Eu vou votar contra o requerimento,<br />

porque o Deputa<strong>do</strong> não está aqui para<br />

fazer alteração. Porque eu não posso <strong>de</strong><br />

forma nenhuma, Deputa<strong>do</strong> Presi<strong>de</strong>nte,<br />

sen<strong>do</strong> pernambucano aceitar, e mesmo<br />

que está aceitan<strong>do</strong>, entregar <strong>de</strong> mão<br />

beijada sem um protesto, a Comarca <strong>de</strong><br />

São Francisco na Bahia.<br />

Nós vamos lutar até o fim, essa Comarca<br />

precisa vir para <strong>Pernambuco</strong> o mais<br />

rápi<strong>do</strong> possível e talvez no Governo <strong>de</strong><br />

Collor ainda, vão fazer no próximo ano,<br />

um movimento nesse senti<strong>do</strong>.<br />

(Encerrada a Discussão, a proposição é<br />

aprovada Contra o Voto <strong>do</strong> Deputa<strong>do</strong><br />

Nilton Carneiro. Continuan<strong>do</strong>, são<br />

aprova<strong>do</strong>s o Requerimentos nºs 3018<br />

(Este a unanimida<strong>de</strong>, requerida pelo<br />

Deputa<strong>do</strong> Ferreira Lima Filho); 3019 (este<br />

a unanimida<strong>de</strong>, solicitada pelo Deputa<strong>do</strong><br />

Roldão Joaquim): 3020 (este a<br />

unanimida<strong>de</strong>. requerida pelo Deputa<strong>do</strong><br />

Luiz Epaminondas); e 3021.)<br />

O Sr. PRESIDENTE - Esgotada a Pauta,<br />

a Mesa passa a <strong>de</strong>spachar a matéria que<br />

<strong>de</strong>u entrada no Pequeno Expediente.<br />

(Vão à Publicação as Indicações nºs 4331<br />

a 4333 <strong>de</strong> autoria <strong>do</strong> Deputa<strong>do</strong> Pedro<br />

Eurico; O mesmo ocorren<strong>do</strong> com os<br />

Requerimentos nºs 3022 e 3023 <strong>de</strong><br />

autoria <strong>do</strong>s Srs. Geral<strong>do</strong> Barbosa e<br />

Manoel Ferreira.)<br />

O Sr. PRESIDENTE - Nada mais haven<strong>do</strong><br />

a tratar, encerro a presente Reunião e<br />

convoco outra para amanhã, à hora<br />

regimental, com a seguinte Or<strong>de</strong>m <strong>do</strong> Dia:<br />

Discussão Única <strong>do</strong> Parecer Nº 2210.<br />

Autora: 10ª Comissão.<br />

Oferece Redação Final ao Projeto nº 695,<br />

<strong>de</strong> autoria <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r Executivo, que dispõe<br />

sobre a Política Energética Estadual, em<br />

especial sobre o aproveitamento da Ilha<br />

Energética <strong>de</strong> Gravatá e dá outras<br />

providências.<br />

Discussão Única <strong>do</strong> Parecer Nº 2211.<br />

Autora: 10ª Comissão.<br />

Oferece Redação Final ao Projeto nº 718<br />

<strong>de</strong> iniciativa <strong>do</strong> Deputa<strong>do</strong> Men<strong>do</strong>nça Filho,<br />

que estabelece critérios e utilização <strong>do</strong>s<br />

recursos transferi<strong>do</strong>s pela união para o<br />

Esta<strong>do</strong> DE <strong>Pernambuco</strong> para fins <strong>de</strong>


educação.<br />

Discussão Única <strong>do</strong> Parecer Nº 22<strong>12</strong>.<br />

Autora: 10ª Comissão.<br />

Oferece Redação Final ao Projeto nº 853,<br />

<strong>de</strong> autoria <strong>do</strong> Deputa<strong>do</strong> Marcus Cunha,<br />

Presi<strong>de</strong>nte da Comissão <strong>de</strong><br />

Sistematização <strong>Legislativa</strong>, que<br />

regulamenta o Artigo 238 da Constituicão<br />

<strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, estabelecen<strong>do</strong> normas para<br />

<strong>de</strong>claração <strong>de</strong> utilida<strong>de</strong> Pública.<br />

Discussão Única <strong>do</strong> Parecer Nº 2214.<br />

Autora: 10ª Comissão.<br />

Oferece Redação Final ao Projeto nº 867,<br />

<strong>de</strong> autoria <strong>do</strong> Deputa<strong>do</strong> Men<strong>do</strong>nça Filho,<br />

que proibe aos estabelecimentos <strong>de</strong><br />

Ensino <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> ou convenia<strong>do</strong>s impedir<br />

o acesso <strong>do</strong> aluno à instituição por motivo<br />

<strong>de</strong> ausência ou irregularida<strong>de</strong> no seu<br />

fardamento.<br />

Discussão Única <strong>do</strong> Parecer Nº 2215.<br />

Autora: 10ª Comissão.<br />

Oferece Redação Final ao Projeto nº 888,<br />

<strong>de</strong> autoria <strong>do</strong> Deputa<strong>do</strong> Pedro Eurico, que<br />

cria o Conselho Estadual <strong>de</strong> Habitação e<br />

dá outras providências.<br />

Discussão Única <strong>do</strong> Parecer Nº 2216.<br />

Autora: 10ª Comissão.<br />

Oferece Redação Final ao Projeto nº<br />

1076, oriun<strong>do</strong> <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r Executivo, que<br />

Institui a Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>ria <strong>de</strong> Assuntos á<br />

Pessoa Porta<strong>do</strong>ra <strong>de</strong> Deficiência - CEAD<br />

e dá outras providências.<br />

Discussão Única <strong>do</strong> Parecer Nº 2217.<br />

Autora: 10ª Comissão.<br />

Oferece Redação Final ao Projeto nº<br />

1087, oriun<strong>do</strong> <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r Judiciário, que<br />

cria cargos necessários á instalação e<br />

funcionamento <strong>de</strong> juiza<strong>do</strong>s especiais <strong>de</strong><br />

pequenas causas e dá outras<br />

providências.<br />

Discussão Única <strong>do</strong> Parecer Nº 2218.<br />

Autora: 10ª Comissão.<br />

Oferece Redação Final ao Projeto nº<br />

1102, oriun<strong>do</strong> <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r Executivo, que<br />

dispõe sobre o Controle da Poluição<br />

Atmosférica no Esta<strong>do</strong>, e dá outras<br />

providências.<br />

Discussão Única <strong>do</strong> Parecer Nº 2219.<br />

Autora: 10ª Comissão.<br />

Oferece Redação Final ao Projeto nº<br />

1108, oriun<strong>do</strong> <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r Executivo, que<br />

autoriza o Po<strong>de</strong>r Executivo a transferir,<br />

mediante <strong>do</strong>ação, a COHAB-PE, uma<br />

área <strong>de</strong> terra localizada no Distrito <strong>de</strong><br />

Tamandaré, Município <strong>de</strong> Rio Formoso, e<br />

dá outras providências.<br />

Discussão Única <strong>do</strong> Parecer Nº 2220.<br />

Autora: 10ª Comissão.<br />

Oferece Redação Final ao Projeto nº<br />

1110, oriun<strong>do</strong> <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r Executivo, que<br />

estabelece normas sobre consulta em<br />

matéria tributária, <strong>de</strong>fine a base <strong>de</strong> cálculo<br />

<strong>do</strong> ICMS inci<strong>de</strong>nte sobre o fornecimento<br />

<strong>de</strong> alimentação, bebidas e outras<br />

merca<strong>do</strong>rias em restaurantes, bares,<br />

cafés e estabelecimentos similares, e dá<br />

outras providências.<br />

Segunda Discussão <strong>do</strong> Projeto Nº 1069.<br />

Autor: Po<strong>de</strong>r Executivo.<br />

Suspen<strong>de</strong> o reajuste mensal automático<br />

<strong>do</strong>s valores <strong>de</strong> remuneração <strong>do</strong>s Cargos<br />

Comissiona<strong>do</strong>s CCS e CCI, da<br />

Administração Direta e os Cargos em<br />

Comissão das Autarquias e Fundações.<br />

Regime <strong>de</strong> Urgência.<br />

Pareceres favoráveis das 1ª, 3ª e 2ª<br />

Comissões.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!