Parque E - Senderos latinoamericanos
Parque E - Senderos latinoamericanos
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Geologia<br />
A região do <strong>Parque</strong> Estadual do Desengano está inserida no cinturão de<br />
rochas denominado “Faixa da Ribeira”, que consiste numa parte erodida da<br />
cadeia de montanhas que forma a Serra do Mar. Originário da colisão de duas<br />
placas tectônicas, entre 650 e 480 milhões de anos, este evento conhecido<br />
como Orogênese Brasiliana provocou a movimentação, a quebra e o<br />
surgimento dos maciços rochosos adjacentes à Baixada Campista. Observase<br />
com facilidade na região afloramentos que sofreram falhas, fraturas e<br />
contínua erosão pela exposição de rochas mais profundas, como os granitos e<br />
gnaisses, resultantes da solidificação do magma.<br />
Formado sob elevadas pressões e temperaturas, o afloramento, é constituído<br />
basicamente por quatro tipos de rochas de idade pré-cambriana (mais de 550<br />
milhões de anos). Dentre estes tipos, três constituem rochas magmáticas<br />
(ígneas) intrusivas com textura gnáissica, que são o Charnockito Bela Joana,<br />
que se concentra nas vertentes Leste e Atlântica, ao longo do alinhamento da<br />
Serra Morumbeca, da Serra das Agulhas, da Serra da Malhada Branca, da<br />
Serra das Cinco Pontas, Mata Cavalo, das Almas e da Gaivota; o Granito<br />
Porfirítico da Pedra do Desengano, na Vertente Oeste, na Serra do<br />
Desengano e em parte da Serra Grande; o Leucogranito Serra Itacolomi, que<br />
aflora na Vertente Continental Norte, na Serra Pedra Marial, na Serra Itacolomi<br />
e na Serra Barra Alegre. A outra é um gnaisse derivado de antigas rochas<br />
sedimentares; o Gnaisse São Fidélis, associado ao Leucogranito Serra<br />
Itacolomi, aflora pontualmente na Vertente Continental e na extremidade<br />
sudoeste, ao longo de parte da Serra da Rifa e da Serra do Maribondo.<br />
No aspecto geomorfológico, trata-se de uma macro-unidade de grande<br />
relevância, consistindo no quinto domínio geomorfológico denominado de<br />
Planalto Dissecado do Desengano.<br />
A dinâmica desses processos erosivos (ação dos fluxos de água, falhas,<br />
fraturas, esfoliações e gravidade – deslizamentos, escorregamentos e<br />
quedas) que resultam na degradação e no recuo das encostas, influencia<br />
também, ao longo do tempo, o desenvolvimento das coberturas florestais.<br />
Portanto, a dinâmica geomorfológica, por meio da atuação dos processos<br />
erosivos, é de fundamental importância na formação e evolução das florestas<br />
em ambientes montanhosos úmidos.<br />
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