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medidas de comércio do g-20<br />

7º Relatório: maio de 2012<br />

Abrangeu o período de meados de outubro de 2011 a meados<br />

de maio de 2012. O relatório inicia com a seguinte afirmação<br />

”Os últimos sete meses não testemunharam nenhuma<br />

desaceleração na imposição de novas medidas restritivas<br />

de comércio das economias do G-20”. Concomitantemente,<br />

ressalta a questão do viés protecionista nas diretrizes das<br />

políticas industriais de alguns países do G-20. Compras governamentais<br />

como instrumento de estímulo às indústrias<br />

domésticas, políticas setoriais voltadas para aumento do<br />

conteúdo local, são exemplos citados como formas de protecionismo,<br />

embora difíceis de monitorar (avaliar). No cômputo<br />

geral das medidas protecionistas, as mais utilizadas ao longo<br />

dos períodos são as investigações sobre dumping.<br />

8º Relatório: outubro de 2012<br />

Abrangeu o período de meados de maio de 2012 a meados<br />

de outubro de 2012. Não destaca nenhuma mudança<br />

nas políticas comerciais dos países do G-20. Alerta para<br />

a insistente continuação de medidas que deveriam ser<br />

temporárias. Somente 21% das medidas relativas ao comércio<br />

que foram introduzidas desde outubro de 2008<br />

foram removidas.<br />

Fonte: Wto/oeCD/UnCtAD (2012) RepoRt on G20 tRADe AnD Investment meAsURes,<br />

váRIos RelAtóRIos.<br />

8<br />

Logo, embora os relatórios do G-20 não apontem<br />

para um acirramento do protecionismo que possa lembrar<br />

os anos 30, chama a atenção para uso de medidas<br />

que teriam o potencial de distorcer os fluxos de comércio.<br />

A questão seguinte é, portanto, como medir esse<br />

protecionismo?<br />

Segundo Cadot e Malouche (2012), as tarifas de importação<br />

caíram ao longo das duas últimas décadas nos<br />

países desenvolvidos e em desenvolvimento, além de<br />

ter aumentado o número de países que consolidaram<br />

as suas tarifas de cláusula de nação mais favorecida na<br />

OMC. 5 No entanto, cresceu o número de medidas não tarifárias<br />

(MNT) tanto nos países desenvolvidos como nas<br />

grandes economias emergentes. Aqui entramos num<br />

terreno nebuloso. Algumas MNT, como as barreiras fitossanitárias<br />

e normas técnicas, visam assegurar normas<br />

e padrões de segurança e qualidade que são considerados<br />

importantes para o bem estar das sociedades. Medidas<br />

de defesa comercial, como as investigações sobre<br />

dumping e subsídios, embora restrinjam o comércio, são<br />

instrumentos legais reconhecidos pela OMC e podem ser<br />

alvo de painéis de solução de controvérsias, se o seu uso<br />

for considerado improcedente.<br />

O gráfico 1 mostra o percentual das medidas restritivas,<br />

por principais grupos coletadas pela OMC, referente<br />

aos países do G-20. Desde o início da publicação, em<br />

2009, dos relatórios foram identificadas 710 medidas<br />

relativas ao comércio. Fica evidente, porém, a concentração<br />

de medidas de defesa comercial, o que seria esperado<br />

em tempos de crise associada com desalinhamentos<br />

cambiais.<br />

Em segundo lugar, estão computadas as medidas na<br />

fronteira, com mudanças tarifárias, licenças de importações,<br />

barreiras técnicas e fitossanitárias.<br />

Em terceiro lugar, estão as medidas de exportação, as<br />

quais se referem às limitações impostas às exportações<br />

de produtos agropecuários e minerais e/ou subsídios às<br />

exportações agrícolas.<br />

Embora seja desejável a estimativa de algum indicador<br />

quantitativo do protecionismo, aqui se esbarra no<br />

tema de como mensurar o efeito restritivo de MNTs de

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