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EDITORIAL

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_Eu tenho medo deficar afeminado": performances e convenções<br />

Resumen<br />

Este es una análisis de las actuaciones y convenciones corporales de género<br />

de hombres homosexuales que frecuentan dos espacios de sociabilidad<br />

homosexual en la ciudad de Belém (Pará/Brasil): Lux y Malícia. Más allá de<br />

pensar esos espacios en específico, estoy interesado en las situaciones en<br />

las cuales los entrevistados mencionaron el miedo de afeminarse o de que<br />

su presencia en algunos de esos lugares pudiera traerles características<br />

femeninas. Con ese objetivo, realisé observaciones directas en los dos<br />

espacios y entrevisté nueve hombres homosexuales, con cuestionarios<br />

semi-estructurados, entre agosto de 2010 y agosto de 2011. Pude constatar<br />

que Lux y Malícia retratan, a través de sus clientes habituales y de los<br />

equipos disponibles, la producción de representaciones corporales y de<br />

género distintos: Lux se caracteriza por la "producción" de una feminilidad<br />

extravagante que es motivo de rechazo por parte de unos, constituyendo-se<br />

como contrapunto a una masculinidad respetable "produzida" por Malícia.<br />

Palabbras chchave:chchave: convenios corporais de género, espacios de sociabilidad,<br />

gay, actuaciones.<br />

O corpo não pode ser visto como uma<br />

tela neutra, uma tabula rasa biológica na<br />

qual masculino e feminino possam ser<br />

projetados de modo indiferenciado.<br />

Apresentando o campo...<br />

Elizabeth Grosz (2000 [1994])<br />

Neste artigo procuro recuperar o<br />

debate sobre perfomances e convenções<br />

corporais de gênero presente em minha<br />

pesquisa de mestrado (Reis, 2012). Para a<br />

dissertação, a ideia foi compreender como se<br />

estabeleciam as relações afetivo-sexuais entre<br />

homens homossexuais 1 num estudo<br />

comparativo em dois espaços de sociabilidade<br />

homossexual de Belém, Lux 2 e Malícia. 3<br />

Não nego a variedade de categorias utilizadas pelos<br />

entrevistados, no entanto me valho desta expressão<br />

como forma de conferir alguma inteligibilidade aos<br />

sujeitos (Facchini, 2008; França, 2012 [2010]).<br />

2 O atual blog da Lux foi desativado, as informações<br />

sobre o espaço estão soltas em vários sites na internet,<br />

trago informações do site A capa. Fonte:<<br />

http://acapa.virgula.uol.com.br/lifestyle/lux-baladaclassica-de-belem-do-para-e-diversaogarantida/1/1/7916>,<br />

acesso em 17/07/12. De 2007<br />

até o final de 2010 a Lux estava situada na Rua Rui<br />

Barbosa, entre Municipalidade e Gaspar Viana, no<br />

74<br />

Minha proposta aqui é trazer à baila questões<br />

que envolvem negociações estabelecidas em<br />

torno do termo "masculinidade", 4 a partir da<br />

análise das posturas corporais e falas dos<br />

entrevistados.<br />

Alargando as análises para além dos<br />

espaços referidos, interessa-me perscrutar<br />

situações em que os entrevistados expuseram<br />

falas de constrangimento ou medo de se<br />

efeminarem e, de que a presença em algum<br />

dos lugares supracitados pudesse trazer<br />

feminilização na constituição de si. Para tanto,<br />

realizei observações diretas na Lux e no<br />

Malícia e entrevistei nove homens<br />

homossexuais, com aplicação de questionário<br />

bairro do reduto. A partir do início de 2011, após o<br />

término do contrato, mudou de endereço para a<br />

Avenida Senador Lemos esquina com a Avenida<br />

Almirante Wandenkolk, no bairro do Umarizal.<br />

Atualmente, a Lux está desativada.<br />

3 Sobre informações comerciais a respeito da Malícia,<br />

ver o site:< http://www.maliciapub.com/2012/>,<br />

acesso em 17/07/12. Desde meados de 2008 até os<br />

dias atuais o Malícia está localizado na Rua Rui<br />

Barbosa, entre Manoel Barata e 28 de Setembro, no<br />

bairro do reduto.<br />

4 O termo "masculinidade" está grafado com o uso de<br />

aspas para indicar que a movimentação dos sujeitos e<br />

suas performances corporais, nos espaços em questão,<br />

são constantemente construídas e reconstruídas.<br />

Rev. NUFEN [online]. v.4, n.1, janeiro-junho, 73-87, 2012.

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