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Revista SÍNTESE, v 6, n. 1 e 2, jan/dez de 2011. - ECG / TCE-RJ

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ealida<strong>de</strong> do câncer <strong>de</strong> mama feminino no Brasil<br />

e os fatores relacionados ao aumento <strong>de</strong> sua<br />

incidência e mortalida<strong>de</strong>. A partir da revisão<br />

da literatura, <strong>de</strong>screve-se um breve histórico<br />

do câncer <strong>de</strong> mama e os fatores ligados às<br />

dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> acesso da paciente ao serviço<br />

público <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> local.<br />

Após análise dos resultados, são apresentados<br />

os entraves relacionados ao acesso da cliente<br />

ao serviço <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, os fatores que possam<br />

estar associados ao retardo do diagnóstico e do<br />

tratamento do câncer <strong>de</strong> mama, e a promoção<br />

<strong>de</strong> nova leitura da realida<strong>de</strong> local, propondo<br />

um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> localização-alocação do serviço<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, proporcionando assim, uma melhor<br />

qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> atendimento e redução dos impactos<br />

negativos à população que necessita dos<br />

serviços especializados.<br />

O CÂNCER DE MAMA E A<br />

ACESSIBILIDADE AO SISTEMA DE SAÚDE<br />

O câncer <strong>de</strong> mama é uma patologia cercada <strong>de</strong><br />

estigmas, preconceitos e mitos, que nos últimos<br />

anos tem registrado aumento significativo <strong>de</strong><br />

sua incidência no Brasil. Vale ressaltar que essa<br />

doença vem, com o passar dos anos, apresentando<br />

taxas <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> crescente no país,<br />

atingindo progressivamente um número cada<br />

vez maior <strong>de</strong> mulheres.<br />

Trata-se da quinta causa <strong>de</strong> morte por câncer<br />

em todo o mundo e o segundo tipo <strong>de</strong> câncer<br />

mais frequente. A cada ano, esta doença causa<br />

502.000 óbitos (7% das mortes por câncer;<br />

quase 1% do total <strong>de</strong> mortes por todas as<br />

causas) em todo o mundo. Mais <strong>de</strong> um milhão<br />

<strong>de</strong> novos casos são diagnosticados anualmente,<br />

segundo dados da Organização Mundial da<br />

Saú<strong>de</strong> (INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER,<br />

2004). No Brasil, o câncer <strong>de</strong> mama é o que<br />

mais causa mortes entre as mulheres (INSTITU-<br />

TO NACIONAL DE CÂNCER, 2008).<br />

As taxas <strong>de</strong> incidência <strong>de</strong>sta patologia variam <strong>de</strong><br />

acordo com as regiões brasileiras. As Regiões Sul<br />

No Brasil, o<br />

câncer <strong>de</strong> mama<br />

é o que mais<br />

causa mortes<br />

entre as<br />

mulheres<br />

e Su<strong>de</strong>ste possuem as maiores taxas brutas <strong>de</strong><br />

incidência <strong>de</strong> câncer <strong>de</strong> mama, apresentando<br />

taxas menores <strong>de</strong> incidência nas Regiões Nor<strong>de</strong>ste<br />

e Centro-Oeste. E quanto à Região Norte<br />

é a que apresenta menor índice (INSTITUTO<br />

NACIONAL DE CÂNCER, 2008).<br />

Se não fosse sua ocorrência causada por múltiplos<br />

fatores associados, po<strong>de</strong>ria se estabelecer<br />

uma relação direta entre a incidência do câncer<br />

<strong>de</strong> mama e o grau <strong>de</strong> urbanização, pois <strong>de</strong>ntro<br />

do território brasileiro, as regiões com maiores<br />

aglomerados urbanos – Sul e Su<strong>de</strong>ste (INSTITU-<br />

TO NACIONAL DE CÂNCER, 2008) – apresentam<br />

as maiores taxas <strong>de</strong> incidência.<br />

Ao compararmos os dados das taxas brutas <strong>de</strong><br />

incidência, em relação à taxa <strong>de</strong> urbanização –<br />

Figura 1 nota-se que nos estados e regiões on<strong>de</strong><br />

a incidência <strong>de</strong> câncer <strong>de</strong> mama é maior, o grau<br />

<strong>de</strong> urbanização também é mais elevado, sendo<br />

o contrário também verda<strong>de</strong>iro.<br />

Analisando somente as taxas <strong>de</strong> urbanização em<br />

comparação com as taxas brutas <strong>de</strong> incidência<br />

<strong>de</strong> novos casos <strong>de</strong> câncer <strong>de</strong> mama por 100.000<br />

mulheres, po<strong>de</strong>-se afirmar que as regiões on<strong>de</strong><br />

se encontram as maiores taxas <strong>de</strong> urbanização<br />

são as regiões com as maiores taxas brutas <strong>de</strong><br />

incidência <strong>de</strong> novos casos da doença (MOLINA<br />

et al, 2003).<br />

<strong>Revista</strong> <strong>TCE</strong>-<strong>RJ</strong>, v. 6, n. 1 e 2, p. 86-99, Rio <strong>de</strong> Janeiro, <strong>jan</strong>./<strong><strong>de</strong>z</strong>. 2011<br />

89<br />

ESTUDOS<br />

CÂNCER DE MAMA EM CAMPOS DOS GOYTACAZES<br />

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