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Revista SÍNTESE, v 6, n. 1 e 2, jan/dez de 2011. - ECG / TCE-RJ

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A mediana do período <strong>de</strong> tempo entre a entrada<br />

e a realização da cirurgia foi <strong>de</strong> seis meses,<br />

com intervalo variando entre zero e 21 meses.<br />

O tempo transcorrido <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a suspeita até o<br />

momento da cirurgia teve mediana estimada<br />

em 13 meses, variando <strong>de</strong> quatro a 71 meses.<br />

Outra variável a ser observada é o tempo<br />

transcorrido entre a suspeita clínica e a primeira<br />

consulta com o especialista no hospital <strong>de</strong><br />

referência.<br />

Este dado reflete um gargalo a ser transpassado<br />

pelas pacientes, <strong>de</strong>monstrando a importância<br />

da reestruturação da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> local,<br />

criando um efetivo sistema <strong>de</strong> referência e contrarreferência,<br />

bem como a criação <strong>de</strong> centros<br />

secundários para o diagnóstico e o tratamento<br />

da doença. Devido à inexistência <strong>de</strong> centros<br />

secundários <strong>de</strong> referência para as pacientes<br />

com suspeita <strong>de</strong> câncer <strong>de</strong> mama, a triagem é<br />

realizada nos centros terciários, retardando o<br />

tratamento daquelas que realmente necessitam<br />

e, <strong>de</strong>vido ao gran<strong>de</strong> tempo <strong>de</strong> espera para uma<br />

consulta especializada, algumas <strong>de</strong>sistem <strong>de</strong><br />

procurar este atendimento, já que geralmente,<br />

são assintomáticas nos estágios iniciais da<br />

doença.<br />

Trufelli et al (2008) encontraram maior atraso<br />

na condução dos casos <strong>de</strong> câncer <strong>de</strong> mama,<br />

o intervalo entre a mamografia e a realização<br />

da biópsia. Entretanto, neste trabalho, não há<br />

relato quanto ao intervalo <strong>de</strong> tempo, referido<br />

pela paciente, entre a suspeita da doença e a<br />

primeira consulta especializada.<br />

Diante <strong>de</strong>sse quadro, chama a atenção o<br />

intervalo entre o momento da suspeita até o<br />

tratamento efetivo com mediana <strong>de</strong> 13 meses,<br />

ou seja, as pacientes levaram em média, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

o momento em que suspeitaram da doença<br />

– o câncer <strong>de</strong> mama, mais <strong>de</strong> um ano para<br />

obter seu efetivo tratamento pela re<strong>de</strong> local<br />

que presta serviço ao SUS. Vimos, assim, que<br />

o elevado tempo para a instituição do efetivo<br />

tratamento <strong>de</strong>monstra a expressiva ineficiência<br />

do sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, <strong>de</strong>monstrando que urge a<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma reestruturação <strong>de</strong>ssa re<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> assistência local.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>TCE</strong>-<strong>RJ</strong>, v. 6, n. 1 e 2, p. 86-99, Rio <strong>de</strong> Janeiro, <strong>jan</strong>./<strong><strong>de</strong>z</strong>. 2011<br />

95<br />

ESTUDOS<br />

CÂNCER DE MAMA EM CAMPOS DOS GOYTACAZES<br />

6

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