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Monografia-Proposta de um modelo de gestão de ... - Unisalesiano

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UNISALESIANO<br />

Centro Universitário Católico Salesiano Auxili<strong>um</strong><br />

Curso <strong>de</strong> Ciências Contábeis<br />

Alex Henrique Gelmi<br />

Ana Paula Marques<br />

Maria Regina Martins<br />

Solange da Silva Sousa Batista<br />

PROPOSTA DE UM MODELO DE GESTÃO DE<br />

FROTAS SOB A ÓTICA DO GECON<br />

Abreu Turística – Cafelândia - SP<br />

LINS – SP<br />

2009<br />

0


ALEX HENRIQUE GELMI<br />

ANA PAULA MARQUES<br />

MARIA REGINA MARTINS<br />

SOLANGE DA SILVA SOUSA BATISTA<br />

PROPOSTA DE UM MODELO DE GESTÃO DE FROTAS SOB A ÓTICA DO<br />

GECON<br />

Trabalho <strong>de</strong> Conclusão <strong>de</strong> Curso<br />

apresentado a Banca Examinadora do<br />

Centro Universitário Católico Salesiano<br />

Auxili<strong>um</strong>, curso <strong>de</strong> Ciências Contábeis<br />

sob a orientação do Prof. M.Sc. André<br />

Ricardo Ponce dos Santos e orientação<br />

técnica da Profª. M.Sc. Heloisa Helena<br />

Rovery da Silva<br />

LINS – SP<br />

2009<br />

1


G283p<br />

Gelmi, Alex Henrique; Marques, Ana Paula; Martins, Maria Regina;<br />

Batista, Solange da Silva Sousa<br />

<strong>Proposta</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>gestão</strong> <strong>de</strong> frotas sob a ótica do<br />

GECON: Abreu Turística / Alex Henrique; Ana Paula Marques;<br />

Maria Regina Martins; Solange da Silva Sousa. Lins, 2009.<br />

75p. il. 31cm.<br />

<strong>Monografia</strong> apresentada ao Centro Universitário Católico<br />

Salesiano Auxili<strong>um</strong> – UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em<br />

Ciências Contábeis, 2009.<br />

Orientadores: André Ricardo Ponce dos Santos; Heloisa<br />

Helena Rovery da Silva<br />

1. GECON. 2. Gestão Econômica. 3. Otimização do resultado.<br />

4. Resultado Econômico. 5. Eficácia empresarial. I Título.<br />

CDU 657<br />

1


ALEX HENRIQUE GELMI<br />

ANA PAULA MARQUES<br />

MARIA REGINA MARTINS<br />

SOLANGE DA SILVA SOUSA BATISTA<br />

PROPOSTA DE UM MODELO DE GESTÃO DE FROTAS SOB A ÓTICA DO<br />

GECON<br />

<strong>Monografia</strong> apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxili<strong>um</strong>,<br />

para obtenção do título <strong>de</strong> Bacharel em Ciências Contábeis.<br />

Aprovada em: ____/____/______<br />

Banca Examinadora:<br />

Prof. Orientador: André Ricardo Ponce dos Santos<br />

Titulação: Mestre em Administração pela Unimep<br />

Assinatura: ________________________________<br />

1º Prof.(a): ______________________________________________________<br />

Titulação: _______________________________________________________<br />

_______________________________________________________________<br />

Assinatura: ________________________________<br />

2º Prof.(a): ______________________________________________________<br />

Titulação: _______________________________________________________<br />

_______________________________________________________________<br />

Assinatura: ________________________________<br />

2


Dedico este trabalho aos meus pais, José e Maria, a quem <strong>de</strong>vo a vida e<br />

a minha formação moral, e que colaboraram muito para que eu realizasse esse<br />

sonho.<br />

As minhas filhas Amanda e Roberta, que são tesouros que Deus me<br />

<strong>de</strong>u, e a razão <strong>de</strong> todo meu esforço para que tenham <strong>um</strong>a vida mais<br />

confortável e feliz.<br />

Ao meu noivo Leandro, que me acompanhou com paciência,<br />

compreen<strong>de</strong>ndo sempre que precisei me ausentar para que o trabalho fosse<br />

realizado.<br />

A todos meus familiares e amigos que direta ou indiretamente me<br />

ajudaram, apoiaram e me <strong>de</strong>ram força para prosseguir.<br />

E aos meus amigos <strong>de</strong> TCC, Alex, Solange e Regina, que dividiram<br />

comigo momentos cansativos <strong>de</strong>ssa jornada, mas também muitos momentos<br />

felizes que ficarão guardados pra sempre em meu coração. Obrigada por<br />

serem meus amigos.<br />

A minha família<br />

3<br />

Ana Paula Marques<br />

Que sempre confiou e acreditou em mim, a vocês <strong>de</strong>vo tudo o que sou<br />

hoje. Se hoje cheguei até aqui, é graças ao apoio <strong>de</strong> vocês. Obrigado por tudo.<br />

Hoje e sempre Amo Vocês<br />

Aos meus amigos e as colaboradoras da biblioteca<br />

O que dizer a essas pessoas tão especiais que trilharam junto a mim<br />

essa jornada? Levarei comigo todas as lembranças <strong>de</strong>sse período, as risadas,<br />

as dificulda<strong>de</strong>s que enfrentamos juntos, as duvidas e incertezas que<br />

compartilhamos e as escolhas que fizemos juntos. Enfim chegamos até aqui e<br />

embora nossos caminhos tomem r<strong>um</strong>os diferentes nós estaremos sempre<br />

unidos em nossos corações<br />

Alex Gelmi


Dedico este trabalho <strong>de</strong> conclusão e graduação aos meus pais Paulo e<br />

Aparecida, os quais não tiveram acesso ao conhecimento literário.<br />

Ao meu querido esposo Eduardo e meu filho Luís Paulo que por muitas<br />

vezes toleraram minha ausência, mantendo-se pacientes e expressando<br />

solidarieda<strong>de</strong> e companheirismo.<br />

Nobres colegas Alex, Ana Paula e Solange; sem vocês não conseguiria<br />

concluir esta graduação!<br />

estudo.<br />

Ao Programa Escola da Família pela concessão <strong>de</strong> minha bolsa <strong>de</strong><br />

4<br />

Maria Regina<br />

Dedico este trabalho em primeiro lugar a Jesus Cristo, meu salvador.<br />

Sem ele a guiar os meus passos, minha chegada até aqui não seria possível.<br />

Dedico especialmente ao meu pai Paulo (in memorian), que sempre<br />

acreditou em minha capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vencer, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> minha infância, até a sua<br />

precoce <strong>de</strong>spedida <strong>de</strong>sta terra.<br />

Dedico também com muito carinho ao meu marido Rodrigo, que apesar<br />

<strong>de</strong> muitas vezes disputar minha atenção com meus companheiros <strong>de</strong> curso, me<br />

ajudou muito no <strong>de</strong>correr <strong>de</strong>sta estrada.<br />

Aos meus colegas <strong>de</strong> classe, que através das experiências que vivemos<br />

juntos se tornaram muito mais que simples colegas e passaram a ser amigos<br />

<strong>de</strong> verda<strong>de</strong>.<br />

Solange da Silva Sousa Batista


AGRADECIMENTOS<br />

A Deus, único que é digno <strong>de</strong> receber a honra e a glória, a força e o<br />

po<strong>de</strong>r. Ao Rei eterno imortal; invisível, mas real, a Ele agra<strong>de</strong>ço pela minha<br />

vida e pelas oportunida<strong>de</strong>s que me conce<strong>de</strong>u até hoje. Agra<strong>de</strong>ço todos os dias<br />

por fazer <strong>um</strong>a morada no meu coração, por estar sempre ao meu lado, me<br />

guiando e me protegendo <strong>de</strong> todos os perigos, agra<strong>de</strong>ço pelo seu infinito amor<br />

e por me dar coragem para atingir meus objetivos e assim realizar meus<br />

sonhos.<br />

À Abreu Turística, nosso muito obrigado por abrir suas portas, nos<br />

dando oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vivenciar experiências práticas para enriquecer nossos<br />

conhecimentos, contribuindo para a realização <strong>de</strong>ste importante trabalho.<br />

Ao nosso orientador Prof. M. Sc. André Ricardo, pelo seu espírito<br />

inovador e empreen<strong>de</strong>dor na tarefa <strong>de</strong> distribuir seus conhecimentos, nos<br />

ensinando a importância da pesquisa científica.<br />

À Profª. M. Sc. Heloisa Helena, pela simpatia e presteza no auxílio às<br />

ativida<strong>de</strong>s e discussões sobre o andamento e normatização <strong>de</strong>ste Trabalho <strong>de</strong><br />

Conclusão <strong>de</strong> Curso.<br />

Às nossas famílias, que muitas vezes sentiram a nossa ausência, mas<br />

compreen<strong>de</strong>ram com carinho, a importância da realização <strong>de</strong>ste trabalho.<br />

Alex, Ana Paula, Maria Regina e Solange<br />

5


RESUMO<br />

Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>gestão</strong> <strong>de</strong>fine-se como <strong>um</strong> conjunto <strong>de</strong> princípios que traduz<br />

as diretrizes <strong>de</strong> seus gestores. Nele são <strong>de</strong>finidas as formas <strong>de</strong> como a<br />

empresa será administrada. Os resultados econômicos <strong>de</strong>correm do<br />

<strong>de</strong>sempenho em <strong>de</strong>terminado período, <strong>de</strong>monstrando se a empresa terá ou<br />

não condições <strong>de</strong> sobrevivência e <strong>de</strong>senvolvimento. A eficácia <strong>de</strong> <strong>um</strong> sistema<br />

<strong>de</strong> <strong>gestão</strong> é atingida através da junção da eficiência <strong>de</strong> seus subsistemas, da<br />

melhoria contínua na execução das operações e na criação <strong>de</strong> alternativas que<br />

maximizem os resultados e minimizem o uso <strong>de</strong> recursos. Para viabilizar a<br />

contabilização divisional, o GECON vale-se do efetivo conhecimento <strong>de</strong> como a<br />

organização é estruturada, consi<strong>de</strong>rando a existência <strong>de</strong> diversas áreas <strong>de</strong>ntro<br />

<strong>de</strong> <strong>um</strong>a única organização, sendo cada <strong>um</strong>a responsável pelos custos e<br />

resultados econômicos. Sob a ótica do GECON, o equilíbrio <strong>de</strong> funcionamento<br />

entre essas áreas reflete no resultado da empresa como <strong>um</strong> todo. A proposta<br />

<strong>de</strong> <strong>um</strong> mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>gestão</strong> <strong>de</strong> frotas <strong>de</strong> ônibus sob a ótica do GECON<br />

<strong>de</strong>senvolve <strong>um</strong> mo<strong>de</strong>lo que contribui na otimização dos resultados econômicos.<br />

O mo<strong>de</strong>lo representado pela sigla GECON ass<strong>um</strong>e o lucro como a variável que<br />

reúne as melhores condições <strong>de</strong> servir <strong>de</strong> indicador da eficácia da empresa.<br />

Por serem escassos, os recursos cons<strong>um</strong>idos no <strong>de</strong>correr das ativida<strong>de</strong>s<br />

operacionais das organizações possuem valor econômico, o que requer sua<br />

utilização <strong>de</strong> forma eficiente. Partindo <strong>de</strong>ste ponto <strong>de</strong> vista, enten<strong>de</strong>-se que<br />

respostas são necessárias, mas não suficientes para garantir a sobrevivência<br />

da empresa. É <strong>de</strong> extrema necessida<strong>de</strong> que estas respostas sejam eficazes,<br />

conduzindo a organização ao alcance <strong>de</strong> seus propósitos além da obtenção do<br />

lucro, focando também sua continuida<strong>de</strong>. Um dos aspectos que mais chamam<br />

a atenção no mo<strong>de</strong>lo GECON é o modo <strong>de</strong> mensuração. O lucro corretamente<br />

mensurado refere-se ao resultado econômico que representa o a<strong>um</strong>ento da<br />

riqueza da empresa, <strong>de</strong> seu patrimônio ou <strong>de</strong> seu valor, ou seja, <strong>um</strong> a<strong>um</strong>ento<br />

do patrimônio <strong>de</strong> <strong>um</strong> período para o outro. A variação da riqueza da empresa<br />

ocorre <strong>de</strong>vido a fatores internos e externos como a participação <strong>de</strong> mercado,<br />

nível <strong>de</strong> tecnologia utilizada, preços dos serviços, imagem, entre outros. A<br />

partir <strong>de</strong>sses conceitos, foi proposta à empresa Abreu Turística a implantação<br />

<strong>de</strong> <strong>um</strong> mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>gestão</strong> econômica <strong>de</strong> frotas que viabiliza a otimização dos<br />

resultados, através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a análise individualizada, proporcionando ao gestor<br />

informações que o auxiliem na tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões.<br />

Palavras-chave: GECON. Gestão econômica. Otimização do resultado.<br />

Resultado econômico. Eficácia empresarial.<br />

6


ABSTRACT<br />

Management mo<strong>de</strong>l it is <strong>de</strong>fined as a set of principles that reflect the<br />

gui<strong>de</strong>lines of its managers. In it are <strong>de</strong>fined the forms of as the company will<br />

management. The economic results go of the performance period,<br />

<strong>de</strong>monstrating if the company will have or not conditions for survival and<br />

<strong>de</strong>velopment. The effectiveness of a management system is achieved by<br />

combining the efficiency of its subsystems, of the continuous improvement in<br />

the performance of its operations and of alternatives that maximize results and<br />

minimize the use of resources. To make the division accounting, the GECON<br />

relies itself on effective knowledge of as the organization is structured,<br />

consi<strong>de</strong>ring the existence of several areas within a single organization, each<br />

responsible for the costs and economic results. From the viewpoint of GECON<br />

the balance operation is between these areas that reflect the result of the<br />

company as a whole. The proposed management fleet mo<strong>de</strong>l of buses from the<br />

viewpoint of GECON <strong>de</strong>velops a mo<strong>de</strong>l that contributes in the optimization of<br />

the economic results. The mo<strong>de</strong>l represented by the acronym GECON takes<br />

the profit as the variable that combines the best position to serve of indicator of<br />

the company effectiveness. Because they are scarce, the resources cons<strong>um</strong>ed<br />

during the operational activities of the organizations there are economic value,<br />

which require the use efficiently. From this point of view, it is meant that<br />

responses are necessaries but it doesn´t sufficient to ensure the survival of<br />

company. It is necessary that these responses are effective, leading the<br />

organization to reach of its purposes beyond getting the profit, also focusing its<br />

continuity. One of the aspects that draw attention in GECON mo<strong>de</strong>l is the<br />

method of measurement. The profit measured correctly referred to the<br />

economic result that represents the increase in wealth of the company, its<br />

sharehol<strong>de</strong>rs or its value, i.e. an increase in wealth of period to another. The<br />

variation of the company's wealth occur in the function of internal and external<br />

factors like to market share, level of technology used, prices of services, image,<br />

among others. Within of these concepts, it was proposed to the Abreu Travel<br />

Company the implementation a mo<strong>de</strong>l of economic management of fleets that<br />

enables the optimization of results, through of an individual analyze to the<br />

information`s manager that auxiliary him in <strong>de</strong>cision making.<br />

Keywords: GECON. Economic management. Outcome’s Optimization.<br />

Economic results. Managerial Efficiency.<br />

7


LISTA DE FIGURAS<br />

Figura 1: Sistema <strong>de</strong> informações............................................................ 33<br />

Figura 2: Dimensões operacional, econômica, financeira e patrimonial.. 42<br />

LISTA DE QUADROS<br />

Quadro 1: Lucro sob diferentes óticas contábil e econômica..................... 35<br />

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS<br />

ANTT: Agência Nacional <strong>de</strong> Transportes Terrestres<br />

ARTESP: Agência Reguladora <strong>de</strong> Transporte do Estado <strong>de</strong> São Paulo<br />

CONTRAN: Conselho Nacional <strong>de</strong> Trânsito<br />

DER: Departamento <strong>de</strong> Estradas <strong>de</strong> Rodagem<br />

DRE: Demonstrativo do Resultado do Exercício<br />

GECON: Gestão Econômica<br />

8


SUMÁRIO<br />

INTRODUÇÃO ........................................................................................... 12<br />

CAPÍTULO I - A EMPRESA ABREU TURÍSTICA ........................................ 14<br />

1 HISTORICO E DESENVOLVIMENTO......................................... 14<br />

1.1 Missão e objetivos........................................................................ 15<br />

1.2 Descrição do negócio................................................................... 15<br />

1.3 Organização administrativa.......................................................... 16<br />

1.4 Legislação e regulamentação do segmento <strong>de</strong> fretamento.......... 16<br />

1.4.1 Modalida<strong>de</strong> linha regular.............................................................. 16<br />

1.4.2 Modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fretamento............................................................ 18<br />

1.4.3 Locação <strong>de</strong> veículos..................................................................... 19<br />

1.5 Cálculo dos custos pela empresa................................................. 20<br />

1.6 Relacionamento com os clientes.................................................. 21<br />

1.7 Perspectivas <strong>de</strong> crescimento........................................................ 21<br />

CAPÍTULO II - REFERENCIAL TEÓRICO GECON – MODELO DE<br />

GESTAO ECONÕMICA..................................................................................... 23<br />

2 CONSIDERAÇÕES INICIAIS....................................................... 23<br />

2.1 Teoria geral dos sistemas............................................................ 24<br />

2.2 A empresa como sistema e seus componentes........................... 25<br />

2.3 Lucro como medida <strong>de</strong> eficácia do sistema empresa.................. 26<br />

2.3.1 Eficiência e eficácia...................................................................... 27<br />

2.3.2 Medidas <strong>de</strong> eficácia empresarial.................................................. 28<br />

2.4 A Controladoria como responsável pela <strong>gestão</strong> econômica........ 29<br />

2.5 Teoria da <strong>de</strong>cisão......................................................................... 30<br />

2.6 Teoria da mensuração.................................................................. 31<br />

2.7 Teoria da informação.................................................................... 32<br />

2.8 Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>gestão</strong> x Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>gestão</strong> sob a ótica do GECON... 34<br />

2.8.1 Histórico do GECON.................................................................... 35<br />

2.8.2 Premissas do GECON.................................................................. 36<br />

9


2.8.3 Processo <strong>de</strong> <strong>gestão</strong> econômica................................................... 37<br />

2.8.3.1 Planejamento................................................................................ 38<br />

2.8.3.1.1 Planejamento estratégico............................................................. 39<br />

2.8.3.1.2 Planejamento operacional............................................................ 39<br />

2.8.3.2 Execução...................................................................................... 40<br />

2.8.3.3 Controle........................................................................................ 40<br />

2.8.4 Resultado econômico................................................................... 41<br />

2.8.4.1 Dimensões.................................................................................... 41<br />

2.8.4.2 Formação do resultado econômico.............................................. 43<br />

2.8.4.3 Otimização do resultado econômico............................................ 43<br />

2.8.4.4 Mensuração do resultado............................................................. 44<br />

CAPÍTULO III - PESQUISA - METODOLOGIA DE DESENVOLVIMENTO<br />

DO MODELO ....................................................................................................<br />

3 Introdução..................................................................................... 47<br />

3.1 Processo <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> áreas cinzentas na empresa........ 48<br />

3.1.1 As possíveis áreas cinzentas da empresa................................... 48<br />

3.1.1.1 Alocação dos custos fixos e variáveis.......................................... 49<br />

3.1.1.2 Controle <strong>de</strong> manutenção.............................................................. 49<br />

3.1.1.3 Reserva financeira........................................................................ 49<br />

3.1.1.4 Custos das locações.................................................................... 50<br />

3.1.1.5 Desenvolvimento do planejamento estratégico............................ 50<br />

3.1.1.6 Controle da execução das ativida<strong>de</strong>s........................................... 51<br />

3.1.1.7 Cálculo do custo do combustível.................................................. 51<br />

3.1.1.8 Formação do preço das locações............................................. 52<br />

3.2 Estruturação das informações...................................................... 52<br />

3.3 Desenvolvimento dos campos do mo<strong>de</strong>lo.................................... 53<br />

3.3.1 Dados da empresa....................................................................... 53<br />

3.3.2 Gestão econômica por viagem..................................................... 54<br />

3.3.3 Dados da viagem.......................................................................... 54<br />

3.3.4 Demonstração dos custos variáveis da viagem........................... 55<br />

3.3.5 Valor da locação........................................................................... 55<br />

3.3.6 Margem líquida............................................................................. 56<br />

3.3.7 Média por passageiro................................................................... 56<br />

10<br />

47


3.3.8 Observações................................................................................ 56<br />

3.4 Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>gestão</strong> econômica por viagem.................................... 56<br />

3.4.1 Res<strong>um</strong>o geral do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>gestão</strong> econômica por viagem....... 56<br />

3.4.2 Demonstração do resultado econômico....................................... 57<br />

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO...................................................................... 59<br />

CONCLUSÃO.................................................................................................... 60<br />

REFERÊNCIAS................................................................................................. 61<br />

APÊNDICES...................................................................................................... 63<br />

ANEXOS............................................................................................................ 71<br />

11


INTRODUÇÃO<br />

Diante <strong>de</strong> <strong>um</strong> cenário formado por inúmeras variáveis consi<strong>de</strong>radas<br />

incontroláveis, faz-se importante e necessário que os gestores tomem suas<br />

<strong>de</strong>cisões com base nas informações <strong>de</strong> seu segmento, e suas informações<br />

gerenciais, mais precisamente, sobre os custos que formam seus produtos ou<br />

serviços.<br />

Neste sentido, muitos autores propõem mo<strong>de</strong>los que possam viabilizar a<br />

eficácia dos resultados. Assim sendo, foram explorados nesta pesquisa, os<br />

conceitos sobre o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>gestão</strong> econômica, mais conhecido como GECON<br />

que foi <strong>de</strong>senvolvido no final da década <strong>de</strong> 70, pelo então professor Dr.<br />

Armando Catelli, pesquisador da FEA-USP naquele período.<br />

O Sistema <strong>de</strong> <strong>gestão</strong> econômica é <strong>um</strong>a ferramenta que na atualida<strong>de</strong><br />

tornou-se indispensável aos gestores como auxílio na tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões <strong>de</strong><br />

<strong>um</strong>a forma mais rápida e eficaz. A globalização foi <strong>um</strong> dos fatores<br />

<strong>de</strong>terminantes à adaptação das empresas às novas exigências do mercado.<br />

O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>gestão</strong> econômica GECON tem como objetivo principal<br />

aprimorar os resultados da empresa por área, ou unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> negócio,<br />

realizando <strong>um</strong>a análise do processo <strong>de</strong> planejamento, execução e controle<br />

operacional <strong>de</strong> suas ativida<strong>de</strong>s. Na empresa Abreu Turística, essa análise será<br />

realizada por veículo da frota, visando à otimização do resultado final da<br />

empresa.<br />

O objetivo <strong>de</strong>ssa pesquisa foi <strong>de</strong>senvolver <strong>um</strong> mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>gestão</strong><br />

econômica que contribua na <strong>gestão</strong> dos resultados, segundo a ótica do<br />

GECON, para apoio às <strong>de</strong>cisões. I<strong>de</strong>ntificar os custos e <strong>de</strong>spesas inci<strong>de</strong>ntes<br />

nas operações da empresa e <strong>de</strong>senvolver <strong>um</strong> mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> contabilida<strong>de</strong><br />

divisional, consi<strong>de</strong>rando cada veículo como <strong>um</strong> centro <strong>de</strong> custos.<br />

Durante a pesquisa questionou-se: a aplicação <strong>de</strong> <strong>um</strong> sistema <strong>de</strong> <strong>gestão</strong><br />

econômica permite resultados mais eficazes nas <strong>de</strong>cisões empresariais?<br />

Surgiu a hipótese: através da aplicação do sistema GECON a empresa<br />

consegue otimizar seu lucro por área <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong>, influenciando as<br />

<strong>de</strong>cisões empresariais, visando a eficácia operacional e o resultado positivo da<br />

empresa.<br />

12


Para <strong>de</strong>monstrar que o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>gestão</strong> econômica GECON<br />

proporciona <strong>um</strong>a melhoria do resultado global da empresa através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a<br />

análise individualista <strong>de</strong> cada área <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>, foi realizada pesquisa <strong>de</strong><br />

campo na Abreu Turística, no período <strong>de</strong> fevereiro a outubro <strong>de</strong> 2009.<br />

Para a realização da pesquisa <strong>de</strong> campo foram utilizados os métodos e<br />

técnicas <strong>de</strong>scritos no Capítulo III.<br />

O trabalho está assim estruturado:<br />

Capítulo I: apresenta a evolução histórica da empresa Abreu Turística,<br />

<strong>de</strong>screve o ramo <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> e informa os principais conceitos sobre a<br />

legislação <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> fretamento.<br />

Capítulo II: trata da fundamentação teórica sobre o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>gestão</strong><br />

econômica GECON.<br />

Turística.<br />

Capítulo III: <strong>de</strong>screve e analisa a pesquisa realizada na empresa Abreu<br />

Por fim, vem a proposta <strong>de</strong> intervenção e a conclusão.<br />

13


CAPÍTULO I<br />

A EMPRESA ABREU TURÍSTICA<br />

1 HISTÓRICO E DESENVOLVIMENTO<br />

A empresa Abreu Turística está situada na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Cafelândia, interior<br />

do estado <strong>de</strong> São Paulo, Distrito Industrial, na via <strong>de</strong> acesso José Fre<strong>de</strong>rico <strong>de</strong><br />

Brito, 355, inscrita no Cadastro Nacional <strong>de</strong> Pessoas Jurídicas, no Ministério da<br />

Fazenda, CNPJ 08.150.679/0001-07 e Inscrição Municipal sob o nº 5.107.<br />

A empresa é constituída <strong>de</strong> <strong>um</strong> pátio <strong>de</strong> 1650 m² on<strong>de</strong> são realizadas a<br />

limpeza, a manutenção corretiva e preventiva e a revisão dos ônibus. Neste<br />

local, encontra-se o escritório em que funciona a administração da empresa,<br />

exceto o setor contábil que é terceirizado, <strong>um</strong> alojamento para os motoristas e<br />

também, a residência da família.<br />

O Senhor Germano Abreu, em socieda<strong>de</strong> com sua esposa Vera Abreu,<br />

possuía <strong>um</strong>a empresa <strong>de</strong> transporte <strong>de</strong> passageiros intermunicipal, que<br />

realizava apenas o trajeto Cafelândia-Bacuriti e Bacuriti-Cafelândia. Pela<br />

inviabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> oferecer transporte interestadual aos clientes, através da Abreu<br />

Ltda., foi necessária a constituição <strong>de</strong> <strong>um</strong>a nova empresa, a Abreu Turística.<br />

Esta empresa encontra-se <strong>de</strong>vidamente registrada na Jucesp nº 35121689017<br />

como firma individual em nome <strong>de</strong> seu filho, sob a razão social Diego Mo<strong>de</strong>sto<br />

<strong>de</strong> Abreu ME.<br />

No início <strong>de</strong> suas ativida<strong>de</strong>s, a Abreu Turística possuía <strong>um</strong> veículo <strong>de</strong><br />

pequeno porte com capacida<strong>de</strong> para doze passageiros. Devido ao crescimento<br />

da <strong>de</strong>manda, tornou-se necessária a substituição <strong>de</strong>ste veículo por <strong>um</strong> micro-<br />

ônibus. Buscando aten<strong>de</strong>r cada vez mais clientes, a empresa <strong>de</strong>u<br />

prosseguimento à ampliação <strong>de</strong> seu negócio adquirindo <strong>um</strong> ônibus<br />

convencional. Atualmente a frota é composta <strong>de</strong> quatro ônibus, sendo dois<br />

convencionais e dois executivos.<br />

14


1.1 Missão e objetivos<br />

A Abreu Turística, pela experiência no ramo <strong>de</strong> transporte <strong>de</strong><br />

passageiros, tem como missão a prestação <strong>de</strong> <strong>um</strong> serviço <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong><br />

diferenciado, visando aten<strong>de</strong>r as expectativas e principalmente, as<br />

necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> seus usuários a fim <strong>de</strong> garantir a satisfação <strong>de</strong> seus clientes,<br />

traçando a cada dia <strong>um</strong> caminho <strong>de</strong> confiabilida<strong>de</strong>. Seu objetivo é aten<strong>de</strong>r as<br />

diversas classes sociais existentes no mercado, conforme suas exigências,<br />

trabalhando <strong>de</strong> forma personalizada. Este é seu principal diferencial.<br />

1.2 Descrição do negócio<br />

É indispensável para a caracterização da locação, a entrega do veículo<br />

pelo locador ao locatário para usá-lo livremente. De posse do veículo, o<br />

locatário tem total liberda<strong>de</strong>, ou seja, vai para on<strong>de</strong> quiser, na hora que quiser,<br />

escolhe o percurso que melhor lhe agrada, sem se preocupar com nada, afinal<br />

ele tem a posse do veículo por aquele período previsto no contrato. O objetivo<br />

do serviço <strong>de</strong> locação é o aluguel do veículo, mas eventualmente, po<strong>de</strong> ser<br />

disponibilizado <strong>um</strong> profissional motorista. Para o setor <strong>de</strong> locação, não há<br />

regulamentação e inspeção por parte dos órgãos que fiscalizam o regime <strong>de</strong><br />

fretamento.<br />

A empresa Abreu Turística utiliza <strong>um</strong> contrato no ato do fechamento da<br />

locação do ônibus. O cliente paga antecipadamente <strong>de</strong>z por cento do valor<br />

combinado para a viagem e o restante <strong>de</strong>ve ser pago <strong>um</strong>a semana antes da<br />

data da mesma.<br />

Se <strong>um</strong> veículo particular é locado e junto com ele <strong>um</strong> motorista, não se<br />

configura fretamento. A empresa faz uso <strong>de</strong> <strong>um</strong> cadastro <strong>de</strong> profissionais<br />

motoristas, sugerindo, se for o caso, a pedido do cliente, a prestação <strong>de</strong> seus<br />

serviços, através <strong>de</strong> <strong>um</strong> contrato em regime eventual individual autônomo sem<br />

vínculo empregatício com o contratante.<br />

15


1.3 Organização administrativa<br />

Por tratar-se <strong>de</strong> <strong>um</strong>a empresa prestadora <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> locação <strong>de</strong><br />

ônibus sem condutor, a Abreu Turística não possui motoristas registrados. As<br />

outras funções são subdivididas em administrativas, operacionais e comerciais,<br />

distribuídas entre os membros da família.<br />

1.4 Legislação e regulamentação<br />

A Agência Reguladora <strong>de</strong> Transporte do Estado <strong>de</strong> São Paulo<br />

(ARTESP) foi criada pela Lei Complementar nº 914, <strong>de</strong> 14 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2002,<br />

tem como finalida<strong>de</strong> a regulamentação e fiscalização <strong>de</strong> todas as modalida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> serviços públicos <strong>de</strong> transporte autorizados, permitidos ou concedidos a<br />

entida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> direito privado, no âmbito da Secretaria <strong>de</strong> Estado dos<br />

Transportes.<br />

Consi<strong>de</strong>rada como a principal agência reguladora, a ARTESP classifica<br />

o transporte terrestre <strong>de</strong> passageiros, sob duas modalida<strong>de</strong>s, a modalida<strong>de</strong><br />

Regular e a modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Fretamento que serão <strong>de</strong>scritas a seguir.<br />

1.4.1 Modalida<strong>de</strong> Linha Regular<br />

A modalida<strong>de</strong> Regular, segundo a ARTESP, classifica-se em: rodoviário<br />

convencional, rodoviário especial, rodoviário leito, suburbano convencional e<br />

auto-lotação. A classificação como rodoviário convencional é formada pelas<br />

seguintes características:<br />

a) as passagens são adquiridas com antecedência à realização das<br />

viagens, proporcionando reserva <strong>de</strong> lugares;<br />

b) a origem e o <strong>de</strong>stino das viagens se processam em terminais<br />

rodoviários e, na falta <strong>de</strong>stes, em agências <strong>de</strong> vendas <strong>de</strong> passagens,<br />

16


ambos dotados <strong>de</strong> requisitos mínimos <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong>, segurança,<br />

higiene e conforto;<br />

c) utiliza ônibus tipo rodoviário convencional, com especificação própria,<br />

i<strong>de</strong>ntificado, entre outros, por apresentar poltronas individuais,<br />

reclináveis, estofadas e n<strong>um</strong>eradas; bagageiros externos e porta-<br />

embrulhos internos <strong>de</strong>stinados ao acondicionamento dos vol<strong>um</strong>es<br />

que acompanham os passageiros e ao transporte <strong>de</strong> encomendas;<br />

d) não permissão <strong>de</strong> transporte <strong>de</strong> passageiros em pé;<br />

e) as viagens em geral expressas com número reduzido <strong>de</strong> paradas,<br />

adstritas aos pontos <strong>de</strong> apoio;<br />

f) utiliza rodovias inseridas em regiões predominantemente não<br />

conturbadas proporcionando viagens em velocida<strong>de</strong>s relativamente<br />

uniformes.<br />

Já, na modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> rodoviário especial, além das características<br />

mencionadas anteriormente, os ônibus <strong>de</strong>vem dispor <strong>de</strong> equipamentos ou<br />

atributos adicionais, a serem <strong>de</strong>finidos segundo o padrão do serviço e tipo <strong>de</strong><br />

percurso, com tarifa diferenciada.<br />

Enten<strong>de</strong>-se como rodoviário leito aquele que apresenta as mesmas<br />

características do serviço rodoviário convencional, diferenciando-se <strong>de</strong>ste por<br />

dispor <strong>de</strong> poltronas leito e <strong>de</strong> gabinete sanitário.<br />

No caso do suburbano convencional, é aquele que apresenta as<br />

seguintes características:<br />

a) as passagens são, em geral, cobradas no interior dos ônibus, durante<br />

a realização das viagens que, por sua vez, po<strong>de</strong>rão ser registradas<br />

em dispositivos controladores do número <strong>de</strong> passageiros;<br />

b) a origem, as paradas intermediárias e o <strong>de</strong>stino relativo às viagens,<br />

processam-se, geralmente, em abrigos <strong>de</strong> passageiros<br />

convencionais;<br />

c) utiliza ônibus tipo urbano convencional, com especificação própria,<br />

i<strong>de</strong>ntificado, entre outros, por apresentar poltronas fixas, sem<br />

n<strong>um</strong>eração; por dispor no mínimo <strong>de</strong> duas portas, <strong>um</strong>a dianteira e<br />

outra traseira, <strong>de</strong>stinadas à entrada e saída <strong>de</strong> passageiros e por não<br />

possuírem bagageiros nem porta-pacotes;<br />

17


d) permite o transporte <strong>de</strong> passageiros em pé com taxa <strong>de</strong> ocupação<br />

pré-fixada;<br />

e) utiliza vias inseridas predominantemente em regiões com <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>mográficas significativas e que, <strong>de</strong>vido à frequentes paradas,<br />

proporcionam viagens com velocida<strong>de</strong> média inferior àquelas<br />

realizadas no serviço rodoviário.<br />

O serviço <strong>de</strong> auto-lotação apresenta as mesmas características<br />

mencionadas no serviço rodoviário convencional, diferenciando-se,<br />

substancialmente <strong>de</strong>ste, quanto aos veículos que são <strong>de</strong> quatro rodas, cinco a<br />

doze lugares, excluídas o do condutor, não propiciando a circulação <strong>de</strong><br />

passageiros no seu interior.<br />

1.4.2 Modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Fretamento<br />

A modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fretamento tem como objetivo a condução <strong>de</strong> grupo<br />

<strong>de</strong>finido <strong>de</strong> pessoas, com contrato específico, sem cobrança individual <strong>de</strong><br />

passagens, po<strong>de</strong>ndo ser contratado por pessoas ou grupos para a realização<br />

<strong>de</strong> <strong>um</strong>a viagem com finalida<strong>de</strong> específica ou turística. Po<strong>de</strong>-se consi<strong>de</strong>rar a<br />

contratação <strong>de</strong> <strong>um</strong> motorista <strong>de</strong> ônibus profissional. Motoristas <strong>de</strong> ônibus<br />

fretados recebem cerca <strong>de</strong> <strong>um</strong> terço <strong>de</strong> seu pagamento como gratificação, <strong>de</strong>z<br />

por cento é o padrão.<br />

O serviço <strong>de</strong> transporte profissional <strong>de</strong> pessoas por ônibus <strong>de</strong><br />

fretamento é regulamentado e inspecionado periodicamente por quatro órgãos<br />

públicos, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo da área geográfica em que é realizado. Na área<br />

interestadual e internacional, a competência é da ANTT – Agência Nacional <strong>de</strong><br />

Transportes Terrestres. No estado <strong>de</strong> São Paulo, a regulamentação está sob<br />

responsabilida<strong>de</strong> da ARTESP. Sem pelo menos <strong>um</strong> <strong>de</strong>stes registros, o<br />

transporte <strong>de</strong> passageiros não po<strong>de</strong> ser realizado e será consi<strong>de</strong>rado como<br />

transporte clan<strong>de</strong>stino.<br />

Segundo a ARTESP, a modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fretamento compreen<strong>de</strong> o<br />

Fretamento contínuo e Fretamento Eventual.<br />

18


De acordo com o artigo 7 da Lei 29.912/89, fretamento contínuo é o<br />

serviço <strong>de</strong> transporte <strong>de</strong> passageiros prestado a pessoa jurídica, mediante<br />

contrato escrito, para <strong>um</strong> <strong>de</strong>terminado número <strong>de</strong> viagens, <strong>de</strong>stinados ao<br />

transporte <strong>de</strong> usuários <strong>de</strong>finidos, que se qualificam por manterem vínculo<br />

específico com a contratante para <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> sua ativida<strong>de</strong>.<br />

Já o Fretamento eventual, segundo o artigo 8 da mesma legislação, é o<br />

serviço prestado a <strong>um</strong> cliente ou a <strong>um</strong> grupo <strong>de</strong> pessoas, mediante contrato<br />

escrito, para <strong>um</strong>a viagem. É importante salientar que durante as viagens será<br />

<strong>de</strong> porte obrigatório a Nota Fiscal correspon<strong>de</strong>nte ao serviço <strong>de</strong> fretamento.<br />

Cabe à empresa transportadora a comunicação mensal, mais<br />

especificamente, até o último dia útil do mês seguinte ao DER - Departamento<br />

<strong>de</strong> Estradas <strong>de</strong> Rodagem, do número <strong>de</strong> viagens realizadas sob fretamento<br />

eventual, com indicação da data <strong>de</strong> início e fim <strong>de</strong> cada <strong>um</strong>a, origem e <strong>de</strong>stino,<br />

bem como o número <strong>de</strong> passageiros transportados.<br />

Para registrar a empresa, é preciso c<strong>um</strong>prir <strong>um</strong>a série <strong>de</strong> exigências<br />

com relação à capacida<strong>de</strong> econômica, técnica e operacional da empresa e<br />

também <strong>de</strong> seus dirigentes.<br />

Todos os veículos são submetidos à vistoria <strong>de</strong> segurança com<br />

periodicida<strong>de</strong> anual ou menor, conforme a ida<strong>de</strong> do veículo.<br />

1.4.3 Locação <strong>de</strong> veículos<br />

Segundo Instrução Normativa da ARTESP, para <strong>um</strong>a empresa ser<br />

consi<strong>de</strong>rada como locadora <strong>de</strong> veículos, primeiramente ela <strong>de</strong>ve estar inscrita<br />

na Receita Fe<strong>de</strong>ral (CNPJ) e no Posto Fiscal do Estado <strong>de</strong> São Paulo<br />

(inscrição estadual) como ramo <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> locação <strong>de</strong> veículos sem<br />

condutor.<br />

Outra recomendação é que a razão social da empresa possua a<br />

expressão locadora e que os veículos atendam as exigências dos<br />

<strong>de</strong>partamentos <strong>de</strong> trânsito fe<strong>de</strong>ral, estadual e <strong>de</strong> seu município <strong>de</strong> origem. Para<br />

tanto, recomenda-se que a viagem seja exclusivamente particular, ou seja, não<br />

19


se configurando, portanto, transporte remunerado individualmente que, em<br />

outras palavras, significa a cobrança individual <strong>de</strong> passagens.<br />

Para a realização da locação, são necessários os seguintes doc<strong>um</strong>entos<br />

que <strong>de</strong>verão estar a bordo do veículo:<br />

a) doc<strong>um</strong>ento do veículo em nome da empresa locadora;<br />

b) contrato <strong>de</strong> locação do veículo;<br />

c) Carteira Nacional <strong>de</strong> Habilitação categoria D, para o condutor do<br />

veículo;<br />

d) curso <strong>de</strong> capacitação <strong>de</strong> condutores <strong>de</strong> veículos <strong>de</strong> transporte<br />

coletivo <strong>de</strong> passageiros exigido pela Resolução do CONTRAN<br />

Conselho Nacional <strong>de</strong> Trânsito n. 169/05, para o condutor do veículo;<br />

e) lista <strong>de</strong> passageiros contendo o nome completo dos passageiros,<br />

seus respectivos RGs, origem, <strong>de</strong>stino e data da viagem, em papel<br />

timbrado da empresa com assinatura i<strong>de</strong>ntificada;<br />

f) contrato <strong>de</strong> prestação <strong>de</strong> serviços do motorista para a viagem,<br />

firmado entre o locatário do veículo e o motorista, caso o veículo não<br />

seja dirigido pelo contratante.<br />

Caso a razão social da empresa não conste a palavra locadora, será<br />

obrigatória a apresentação <strong>de</strong> cópia autenticada do Contrato Social da<br />

empresa on<strong>de</strong> conste a ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> locação <strong>de</strong> veículos.<br />

1.5 Cálculo dos custos pela empresa<br />

Após o contato com o cliente e antes <strong>de</strong> firmar o contrato, a Abreu<br />

Turística faz <strong>um</strong>a estimativa dos custos incorridos com pedágios, combustível e<br />

<strong>de</strong>sgastes <strong>de</strong> peças e pneus, durante o percurso que o locatário <strong>de</strong>seja<br />

realizar. O cálculo <strong>de</strong>sses custos somados a experiência do locador são os<br />

principais elementos para formação do preço da locação.<br />

Para a contenção <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas mecânicas, a empresa mantém em suas<br />

próprias instalações <strong>um</strong>a pequena oficina com equipamentos que possibilitam<br />

a conservação dos ônibus, executando os serviços <strong>de</strong> manutenção preventiva<br />

e corretiva, diminuindo as <strong>de</strong>spesas. Estes procedimentos têm como objetivo<br />

20


prevenir interrupções em seus trajetos assegurando a pontualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> suas<br />

viagens.<br />

Preocupada com o alto custo da frota, a empresa firmou <strong>um</strong> convênio<br />

com <strong>um</strong> posto <strong>de</strong> combustíveis para abastecimento dos ônibus a <strong>um</strong> preço<br />

menor do que o do mercado.<br />

O setor administrativo da Abreu Turística atualmente não utiliza <strong>um</strong><br />

sistema <strong>de</strong> informações específico para reconhecimento <strong>de</strong> seus custos. O<br />

cálculo é feito através <strong>de</strong> planilhas em Excel on<strong>de</strong> as receitas por locação são<br />

discriminadas juntamente com os custos fixos e variáveis incorridos durante o<br />

mês <strong>de</strong> forma a apresentar o lucro do período.<br />

Outra ação que a empresa tomou para redução <strong>de</strong> custos foi<br />

disponibilizar <strong>um</strong> membro da família para ficar responsável pelos atendimentos<br />

e agendamentos das locações.<br />

1.6 Relacionamento com clientes<br />

A Abreu Turística iniciou suas ativida<strong>de</strong>s aten<strong>de</strong>ndo clientes <strong>de</strong> menor<br />

po<strong>de</strong>r aquisitivo. Por meio <strong>de</strong> <strong>um</strong> trabalho <strong>de</strong> propaganda <strong>de</strong>senvolvido, em<br />

gran<strong>de</strong> parte por esses mesmos clientes, e investimentos em outdoors e<br />

divulgação em lista telefônica, surgiram novos usuários <strong>de</strong> maior po<strong>de</strong>r<br />

aquisitivo, forçando a empresa a se reestruturar para o mercado <strong>de</strong> transporte<br />

<strong>de</strong> passageiros, oferecendo aos clientes mais qualida<strong>de</strong>, conforto e segurança.<br />

Os clientes da Abreu Turística são, em gran<strong>de</strong> parte, membros da<br />

Associação <strong>de</strong> Japoneses e grupos <strong>de</strong> terceira ida<strong>de</strong>, cerca <strong>de</strong> 30 a 40%. O<br />

restante divi<strong>de</strong>-se <strong>de</strong> forma variada, compreen<strong>de</strong>ndo estudantes da região,<br />

prefeitura <strong>de</strong> Cafelândia, grupos evangélicos e particulares.<br />

A empresa fornece <strong>um</strong> treinamento <strong>de</strong> atendimento ao motorista<br />

indicado, visando à prestação <strong>de</strong> <strong>um</strong> serviço <strong>de</strong> melhor qualida<strong>de</strong> aos<br />

passageiros.<br />

1.7 Perspectivas <strong>de</strong> crescimento<br />

21


A Abreu Turística tem como projeto <strong>de</strong> expansão, a partir <strong>de</strong> 2010,<br />

renovar sua frota <strong>de</strong> ônibus a fim <strong>de</strong> disponibilizar <strong>um</strong> atendimento diferenciado<br />

às diversas classes sociais presentes hoje no mercado. Para isso, fará uso <strong>de</strong><br />

diferentes mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> ônibus:<br />

a) convencionais que são equipados com som ambiente, toalete a<br />

bordo e capacida<strong>de</strong> para cinqüenta passageiros;<br />

b) executivos que dispõem <strong>de</strong> ar condicionado, toalete a bordo, TV e<br />

CD player e menor quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> poltronas o que oferece maior<br />

espaço interno e mais comodida<strong>de</strong> aos passageiros;<br />

c) leito com poltronas totalmente reclináveis, TV e DVD, toalete a bordo,<br />

travesseiro, manta e ar condicionado.<br />

22


CAPÍTULO II<br />

REFERENCIAL TEÓRICO GECON – MODELO DE GESTÃO ECONÔMICA<br />

2 CONSIDERAÇÕES INICIAIS<br />

O gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>safio das organizações diante da efetiva implantação e<br />

consequente operacionalização <strong>de</strong> <strong>um</strong> sistema <strong>de</strong> <strong>gestão</strong> inicia-se no<br />

levantamento <strong>de</strong> informações. A geração da informação a<strong>de</strong>quada, em tempo<br />

oportuno, compõe o alicerce <strong>de</strong> <strong>um</strong> processo <strong>de</strong> <strong>gestão</strong> em todas as suas<br />

fases, partindo do planejamento criterioso das ativida<strong>de</strong>s da empresa,<br />

passando pela execução <strong>de</strong>las e, tendo como ponto culminante, o seu controle.<br />

Em razão disto, tornou-se necessária a formação <strong>de</strong> <strong>um</strong>a ciência que<br />

tratasse as ativida<strong>de</strong>s operacionais e administrativas das organizações<br />

empresariais sob <strong>um</strong> novo aspecto. Foi a partir <strong>de</strong>ssa necessida<strong>de</strong> que se <strong>de</strong>u<br />

início à Controladoria.<br />

Schimidt (apud SANTOS, 2006), afirma que a expansão dos negócios e<br />

a fusão <strong>de</strong> empresas nos mais diversos segmentos foram os gran<strong>de</strong>s<br />

responsáveis pela origem da Controladoria no início do século XX, que surgiu<br />

com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> centralizar e realizar <strong>um</strong> rígido controle das operações<br />

<strong>de</strong>stes novos tipos <strong>de</strong> empresas, agora compostas sob forma <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>partamentos e divisões. “Dessa forma, a missão da controladoria é otimizar<br />

os resultados econômicos da empresa, para garantir sua continuida<strong>de</strong> por meio<br />

da integração dos esforços das diversas áreas”. (MOSIMANN; FISCH, 1999, p.<br />

90)<br />

Sendo a Controladoria a unida<strong>de</strong> administrativa responsável pelo<br />

monitoramento da eficácia da organização, enten<strong>de</strong>-se que o ponto-chave é o<br />

lucro como medida da eficácia empresarial, consistindo sua ativida<strong>de</strong> em<br />

apoiar a alta administração no tocante a assegurar a obtenção do resultado<br />

planejado pelos gestores.<br />

A controladoria é o ramo da Ciência que cuida do patrimônio<br />

empresarial, por meio da i<strong>de</strong>ntificação, mensuração, comunicação e<br />

23


<strong>de</strong>cisão sobre os eventos econômicos e, portanto, é igual à<br />

Contabilida<strong>de</strong>. A controladoria é o exercício da função contábil em<br />

toda sua plenitu<strong>de</strong>. (PADOVEZE apud SANTOS, 2006, p. 71)<br />

A controladoria busca a eficácia no processo <strong>de</strong> <strong>gestão</strong>, por meio <strong>de</strong> três<br />

raízes da teoria contábil, na qual Glautier e Un<strong>de</strong>rdown (apud SANTOS, 2006)<br />

<strong>de</strong>screvem como teoria da <strong>de</strong>cisão, da mensuração e da informação.<br />

Salienta-se a velocida<strong>de</strong> com que a Tecnologia da Informação<br />

<strong>de</strong>senvolve constantemente formas <strong>de</strong> tornar viáveis aplicações práticas<br />

geradas por outras ciências (entre elas a própria contabilida<strong>de</strong>). Além disso, as<br />

organizações estão expostas a fatores externos, como a globalização, as<br />

oscilações da economia e a consequente adaptação às novas exigências do<br />

mercado. Estes acontecimentos afetam diretamente a mensuração <strong>de</strong> seus<br />

resultados.<br />

Diante <strong>de</strong>sta realida<strong>de</strong>, tornou-se necessário <strong>um</strong> reexame dos sistemas<br />

tradicionais <strong>de</strong> contabilida<strong>de</strong> e dos sistemas <strong>de</strong> controle gerenciais para<br />

mensuração dos resultados das empresas.<br />

Mais recentemente, em particular nas últimas duas décadas a,<br />

Contabilida<strong>de</strong> Gerencial tem sido objeto <strong>de</strong> críticas acentuadas<br />

quanto à valida<strong>de</strong> <strong>de</strong> suas práticas, quando analisadas em relação às<br />

características do atual ambiente operacional das empresas.<br />

(SOUZA; LISBOA; ROCHA apud SILVA; PENARIOL, 2004, p. 12)<br />

A Controladoria age como elemento fundamental do processo <strong>de</strong><br />

<strong>gestão</strong>, atuando no planejamento estratégico das organizações. Sua<br />

importância vem crescendo substancialmente nos últimos anos, o que lhe<br />

garantiu a posição <strong>de</strong> <strong>um</strong>a ciência evolutiva da Ciência Contábil.<br />

2.1 Teoria geral dos sistemas<br />

A teoria dos Sistemas, sob a ótica do seu fundador, Von Bertalanffy:<br />

(...) é <strong>um</strong>a nova visão da realida<strong>de</strong> que transcen<strong>de</strong> os problemas<br />

tecnológicos, exige <strong>um</strong>a reorientação das ciências, atinge <strong>um</strong>a ampla<br />

gama <strong>de</strong> ciências <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a física até as ciências sociais e é operativa<br />

com vários graus <strong>de</strong> sucesso (apud CATELLI, 2001, p. 36)<br />

24


De acordo com Beer (apud CATELLI, 2001, p. 36), a <strong>de</strong>finição genérica<br />

<strong>de</strong> sistema é: “qualquer coisa que consiste em partes unidas entre si po<strong>de</strong> ser<br />

chamada <strong>de</strong> sistema...”.<br />

Destacando a interação entre seus componentes, Chiavenato (1979, p.<br />

383) enten<strong>de</strong> que “sistemas são conjuntos <strong>de</strong> elementos inter-relacionados<br />

<strong>de</strong>senvolvendo <strong>um</strong>a função para atingir <strong>um</strong> ou mais objetivos ou propósitos”.<br />

Realçando a inter-relação entre os elementos que compõem <strong>um</strong><br />

sistema, estas <strong>de</strong>finições <strong>de</strong>stacam a existência <strong>de</strong> certa or<strong>de</strong>m entre suas<br />

partes. Diante disso, Bio (apud CATELLI, 2001, p. 37) conceitua sistema como<br />

“<strong>um</strong> conjunto <strong>de</strong> elementos inter<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes, ou <strong>um</strong> todo organizado, ou<br />

partes que interagem formando <strong>um</strong> todo unitário e complexo”.<br />

A formação dos objetivos <strong>de</strong> <strong>um</strong> sistema é consi<strong>de</strong>rada o mais<br />

importante elemento, o que canaliza a intenção para qual o sistema foi<br />

elaborado. Padoveze (apud SANTOS, 2006), afirma que toda a construção <strong>de</strong><br />

<strong>um</strong> sistema parte da <strong>de</strong>finição clara <strong>de</strong> seus objetivos, ou seja, qual será a<br />

finalida<strong>de</strong> para a qual o sistema foi criado.<br />

Observa-se que alg<strong>um</strong>as características dos sistemas lhes são<br />

peculiares, entre as mais importantes, está a possibilida<strong>de</strong> dos sistemas serem<br />

diferentes quanto a sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> interação com o ambiente em que se<br />

inserem.<br />

Os sistemas po<strong>de</strong>m ser classificados em:<br />

a) abertos: capazes <strong>de</strong> interagir com o ambiente em que estão<br />

inseridos;<br />

b) fechados: não são capazes <strong>de</strong> interagir com o ambiente;<br />

c) estáticos: não realizam ativida<strong>de</strong>s, portanto não alteram sua<br />

estrutura;<br />

d) dinâmicos: realizam ativida<strong>de</strong>s e portanto tem suas características<br />

alteradas conforme a ocorrência <strong>de</strong> eventos externos ou internos<br />

2.2 A empresa como sistema e seus componentes<br />

25


Sob o enfoque da teoria dos sistemas <strong>um</strong>a empresa é consi<strong>de</strong>rada <strong>um</strong><br />

sistema aberto e dinâmico que realiza <strong>um</strong>a ativida<strong>de</strong>, ou <strong>um</strong> conjunto <strong>de</strong>las em<br />

constante mutação. Devido a esta condição, o sistema empresa requer<br />

constantemente orientações para a sua finalida<strong>de</strong> principal. A empresa <strong>de</strong>ve<br />

ser visualizada como <strong>um</strong> processo <strong>de</strong> transformação <strong>de</strong> recursos materiais,<br />

h<strong>um</strong>anos, financeiros e tecnológicos em produtos e serviços.<br />

O controle e a avaliação do sistema empresa têm a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

verificar se os resultados estão coerentes com os objetivos firmados<br />

anteriormente.<br />

De acordo com a expressão <strong>de</strong> Catelli e Padoveze (apud SANTOS,<br />

2006) que afirmam o lucro como medida <strong>de</strong> eficácia do sistema empresa po<strong>de</strong>-<br />

se dizer que, na medida em que os subsistemas da empresa alcançam a<br />

eficiência <strong>de</strong> suas ativida<strong>de</strong>s, o sistema empresa certamente almejará a sua<br />

eficácia, configurando assim, a importância da inter-relação <strong>de</strong> todos os<br />

subsistemas <strong>de</strong> <strong>um</strong>a organização.<br />

Por serem escassos, os recursos cons<strong>um</strong>idos no <strong>de</strong>correr das ativida<strong>de</strong>s<br />

operacionais das organizações possuem valor econômico, o que requer sua<br />

utilização <strong>de</strong> forma eficiente. “O termo econômico diz respeito a valores<br />

validados pelo mercado em <strong>de</strong>terminada data, levando-se em consi<strong>de</strong>ração o<br />

valor do dinheiro no tempo, dos recursos e dos produtos <strong>de</strong> <strong>um</strong>a ativida<strong>de</strong>”.<br />

(CATELLI, 2001, p. 114). Partindo <strong>de</strong>ste ponto <strong>de</strong> vista, enten<strong>de</strong>-se que<br />

respostas são necessárias, mas não suficientes para garantir a sobrevivência<br />

da empresa. É <strong>de</strong> extrema necessida<strong>de</strong> que estas respostas sejam eficazes,<br />

conduzindo o sistema empresa ao alcance <strong>de</strong> seus propósitos, além da<br />

obtenção do lucro, focando também sua continuida<strong>de</strong>.<br />

2.3 Lucro como medida <strong>de</strong> eficácia do sistema empresa<br />

De acordo com o propósito <strong>de</strong> continuida<strong>de</strong>, <strong>um</strong>a empresa <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> dos<br />

resultados obtidos em suas ativida<strong>de</strong>s. Assim Catelli e Guerreiro (apud<br />

CATELLI, 2001, p. 72) concluem que “o lucro corretamente mensurado (...) é a<br />

melhor e a mais consistente medida <strong>de</strong> eficácia da organização”.<br />

26


O lucro corretamente mensurado refere-se ao resultado econômico que<br />

representa o a<strong>um</strong>ento da riqueza da empresa, <strong>de</strong> seu patrimônio ou <strong>de</strong> seu<br />

valor. Po<strong>de</strong> ser entendido como <strong>um</strong>a variação positiva, ou seja, <strong>um</strong> a<strong>um</strong>ento do<br />

patrimônio <strong>de</strong> <strong>um</strong> período para o outro.<br />

A variação da riqueza da empresa ocorre em função <strong>de</strong> fatores internos<br />

e externos como a participação <strong>de</strong> mercado, nível <strong>de</strong> tecnologia utilizada na<br />

produção, preços <strong>de</strong> produtos, imagem, entre outros. Portanto, o resultado<br />

econômico representa <strong>um</strong>a medida ativa do a<strong>um</strong>ento do patrimônio da<br />

empresa <strong>de</strong>monstrando sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> lidar com as diversas formas <strong>de</strong><br />

pressão e riscos ligados à ativida<strong>de</strong> empresarial.<br />

Os resultados da empresa são <strong>de</strong>correntes do <strong>de</strong>sempenho em<br />

<strong>de</strong>terminado período, bem como a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> fluxos <strong>de</strong> caixa<br />

futuros, <strong>de</strong>monstrando, ao longo do tempo, se a empresa terá ou não<br />

condições <strong>de</strong> sobrevivência e <strong>de</strong>senvolvimento. Eles po<strong>de</strong>m revelar<br />

<strong>de</strong>ficiências que estão cons<strong>um</strong>indo seu potencial <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> benefícios.<br />

(CATELLI, 2001)<br />

A eficácia da empresa está relacionada também às várias ativida<strong>de</strong>s<br />

nela <strong>de</strong>senvolvidas, em suas diversas operações. O lucro, resultante da<br />

realização <strong>de</strong>ssas ativida<strong>de</strong>s, se reconhecido e i<strong>de</strong>ntificado individualmente,<br />

expressa a contribuição à eficácia da empresa, assim como a contribuição da<br />

área que a <strong>de</strong>senvolve.<br />

2.3.1 Eficiência e eficácia<br />

A busca da eficácia compreen<strong>de</strong> <strong>um</strong>a melhoria dos resultados<br />

econômicos. Para que existam <strong>de</strong>cisões eficazes é necessário <strong>um</strong> amplo<br />

conhecimento da realida<strong>de</strong> da empresa, favorecido pelo uso eficiente dos<br />

recursos financeiros e <strong>um</strong>a correta avaliação dos gestores para a tomada das<br />

<strong>de</strong>cisões mais a<strong>de</strong>quadas. Uma empresa eficaz <strong>de</strong>ve ser capaz <strong>de</strong> adaptar-se,<br />

sendo flexível a mudanças em seus procedimentos, estrutura ou produtos à<br />

medida que sejam necessárias.<br />

27


É fundamental, além da eficiência nas suas operações, a contemplação,<br />

sobretudo da eficácia. Um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão centrado na eficácia <strong>de</strong>manda<br />

informações <strong>de</strong> resultados das ativida<strong>de</strong>s, portanto, <strong>de</strong> custos variáveis, dos<br />

recursos organizacionais, das receitas dos produtos e serviços, dos custos<br />

fixos das áreas <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> e dos centros <strong>de</strong> resultados. Abrange não<br />

só a mensuração dos resultados realizados, mas também os resultados<br />

planejados, estabelecendo <strong>um</strong>a ligação entre o sistema <strong>de</strong> informação contábil<br />

e o processo <strong>de</strong>cisório.<br />

A eficácia <strong>de</strong> <strong>um</strong> sistema <strong>de</strong> <strong>gestão</strong> é atingida pela junção da eficiência<br />

operacional <strong>de</strong> seus subsistemas. Partindo <strong>de</strong>sta <strong>de</strong>finição, enten<strong>de</strong>-se que só<br />

po<strong>de</strong> ser atingida através da melhoria contínua na execução <strong>de</strong> suas<br />

operações, e na criação <strong>de</strong> alternativas criativas que maximizem seus<br />

resultados e minimizem o uso <strong>de</strong> seus recursos.<br />

Eficiência, no entanto, refere-se “ao processo pelo qual a organização<br />

maximiza seus fins com o uso mínimo <strong>de</strong> recursos”. (CATELLI, 2001, p. 64)<br />

2.3.2 Medidas <strong>de</strong> Eficácia empresarial<br />

Alg<strong>um</strong>as ações são indispensáveis para a obtenção da eficácia, entre<br />

elas <strong>um</strong> planejamento estratégico. Os planos <strong>de</strong>vem ser estabelecidos a partir<br />

<strong>de</strong> <strong>um</strong> sistema <strong>de</strong> orçamento, mensuração e controle das ativida<strong>de</strong>s da<br />

empresa, <strong>de</strong>vendo envolver curto e longo prazo. Os custos e receitas dos<br />

produtos e/ou serviços <strong>de</strong> <strong>um</strong>a empresa, <strong>de</strong>vem ser <strong>de</strong>monstrados separados,<br />

para que o gestor tenha a informação clara dos resultados <strong>de</strong> cada <strong>um</strong>,<br />

permitindo a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão mais acertada por meio <strong>de</strong> <strong>um</strong> sistema <strong>de</strong><br />

informação integrado com todas as áreas <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> da empresa<br />

(subsistemas).<br />

O papel crucial dos gestores consiste em canalizar recursos e iniciativas<br />

da empresa para oportunida<strong>de</strong>s que promovam resultados econômicos<br />

consi<strong>de</strong>ráveis. A <strong>gestão</strong> <strong>de</strong>ve estar voltada para a rentabilida<strong>de</strong>, enfatizando “a<br />

questão do atingimento dos resultados <strong>de</strong>sejados como requisito <strong>de</strong> <strong>um</strong><br />

<strong>de</strong>sempenho eficaz” (CATELLI, 2001, p. 69), com revisões e ajustes quando<br />

28


ocorrerem mudanças internas e externas, ao exemplo <strong>de</strong> a<strong>um</strong>ento da<br />

<strong>de</strong>manda, queda na procura e oscilações econômicas.<br />

A flexibilida<strong>de</strong> e a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> adaptação da empresa ao ambiente<br />

em que está operando são <strong>de</strong> fundamental importância, por influenciar<br />

diretamente nos resultados econômicos. Uma empresa só é consi<strong>de</strong>rada eficaz<br />

quando caminha ao r<strong>um</strong>o <strong>de</strong> sua missão, garantindo <strong>de</strong>sta forma a<br />

continuida<strong>de</strong>.<br />

básicos:<br />

Eficácia diz respeito a resultados, a produtos <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> <strong>um</strong>a<br />

ativida<strong>de</strong> qualquer. Trata-se da escolha da solução certa para<br />

<strong>de</strong>terminado problema ou necessida<strong>de</strong>. A eficácia é <strong>de</strong>finida pela<br />

relação entre resultados pretendidos /resultados obtidos. (BIO apud<br />

CATELLI, 2001, p. 65)<br />

As medidas <strong>de</strong> eficácia empresarial fundamentam-se em três conceitos<br />

a) missão: <strong>de</strong>corre do papel que a organização preten<strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenhar<br />

no cenário social e das crenças e valores das pessoas que a dirigem,<br />

contemplando os valores fundamentais da entida<strong>de</strong>, produtos e<br />

serviços oferecidos, mercado <strong>de</strong> atuação e clientela a ser atendida.<br />

b) continuida<strong>de</strong>: a capacida<strong>de</strong> da empresa em manter-se e sobreviver<br />

no mercado, ajustando-se às novas exigências.<br />

c) resultados: retorno líquido suficiente para assegurar a reposição <strong>de</strong><br />

todos os ativos cons<strong>um</strong>idos no processo <strong>de</strong> realização <strong>de</strong> tais<br />

ativida<strong>de</strong>s.<br />

A garantia da continuida<strong>de</strong> da empresa só é obtida quando as ativida<strong>de</strong>s<br />

realizadas geram <strong>um</strong> resultado líquido no mínimo suficiente para assegurar a<br />

reposição <strong>de</strong> todos os seus ativos cons<strong>um</strong>idos no processo <strong>de</strong> realização <strong>de</strong><br />

tais ativida<strong>de</strong>s. (CATELLI, 2001)<br />

2.4 A Controladoria como responsável pela <strong>gestão</strong> econômica<br />

Através da observação dos modos <strong>de</strong> operação e as características <strong>de</strong><br />

administração <strong>de</strong> <strong>um</strong>a organização, é possível avaliar <strong>de</strong> que forma são<br />

29


aplicados seus recursos organizacionais, e qual enfoque é dado ao processo<br />

<strong>de</strong> planejamento, execução e controle <strong>de</strong>la. A causa <strong>de</strong>sses diferentes<br />

posicionamentos baseia-se principalmente, na varieda<strong>de</strong> das crenças, valores,<br />

convicções e expectativas dos empreen<strong>de</strong>dores e gestores, <strong>de</strong>terminando o<br />

conjunto <strong>de</strong> regras que irão compor as diretrizes da empresa, portanto seu<br />

mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>gestão</strong>.<br />

Consi<strong>de</strong>rada como <strong>um</strong>a ferramenta <strong>de</strong> apoio à <strong>gestão</strong>, Mosimann e Fish<br />

(apud SANTOS, 2006, p. 69), “afirmam que a Controladoria consiste em <strong>um</strong><br />

corpo <strong>de</strong> doutrinas e conhecimentos relativos à <strong>gestão</strong> econômica”, <strong>de</strong>vendo<br />

ser entendida como responsável pelo projeto, elaboração, implementação e<br />

manutenção do sistema integrado <strong>de</strong> informações operacionais, financeiras e<br />

contábeis <strong>de</strong> <strong>um</strong> sistema empresa.<br />

Desta forma, a Controladoria é <strong>de</strong>finida como <strong>um</strong>a unida<strong>de</strong><br />

administrativa responsável pela utilização <strong>de</strong> todo o conjunto da Ciência<br />

Contábil <strong>de</strong>ntro da organização, garantindo informações a<strong>de</strong>quadas ao<br />

processo <strong>de</strong>cisório <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o planejamento, passando pela execução e atuando<br />

crucialmente no controle das operações.<br />

Catelli (2001) afirma que a controladoria, por ser a única área com visão<br />

ampla, tem como missão assegurar a otimização do resultado econômico da<br />

organização. Segundo ele, para que a missão da empresa possa ser c<strong>um</strong>prida,<br />

a controladoria tem como objetivos a promoção da eficácia organizacional, a<br />

viabilização da <strong>gestão</strong> econômica e a promoção da integração das áreas <strong>de</strong><br />

responsabilida<strong>de</strong> da empresa.<br />

A Controladoria atua nas etapas da <strong>gestão</strong> empresarial, não apenas <strong>de</strong><br />

forma preditiva como a Ciência Contábil, mas <strong>de</strong> forma evolutiva, através das<br />

teorias <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão, mensuração e informação, as quais serão <strong>de</strong>scritas<br />

<strong>de</strong>talhadamente nessa pesquisa.<br />

2.5 Teoria da <strong>de</strong>cisão<br />

As <strong>de</strong>cisões surgem para resolver problemas ou aproveitar<br />

oportunida<strong>de</strong>s nas etapas <strong>de</strong> planejamento, execução e controle.<br />

30


Decisão segundo Bross (apud CATELLI, 2001, p. 311), é o ato “(...) <strong>de</strong><br />

selecionar <strong>um</strong>a ação entre <strong>um</strong> número <strong>de</strong> cursos alternativos <strong>de</strong> ação...”. Essas<br />

ações são formas diversas <strong>de</strong> se fazer a mesma coisa.<br />

O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão é <strong>um</strong> instr<strong>um</strong>ento utilizado pelos gestores para<br />

prever as consequências obtidas pela escolha das alternativas disponíveis é,<br />

portanto, voltado para o futuro.<br />

Na ótica <strong>de</strong> Mosimann e Fish (1999), eles <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m que em <strong>um</strong> mundo<br />

contemporâneo que se caracteriza pelas constantes alterações ambientais que<br />

consequentemente geram <strong>um</strong> alto grau <strong>de</strong> incertezas, torna-se extremamente<br />

relevante que as predições sobre o futuro estejam fundamentadas em<br />

informações a<strong>de</strong>quadamente mensuradas.<br />

O processo <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão ocorre durante todo o ciclo gerencial<br />

<strong>de</strong> planejamento, execução e controle. No planejamento o gestor verifica as<br />

necessida<strong>de</strong>s da empresa, formulando assim, seus objetivos e como po<strong>de</strong>rão<br />

ser alcançados, levanta informações importantes para as alternativas <strong>de</strong><br />

solução <strong>de</strong> problemas, analisa se essas alternativas contribuirão para alcançar<br />

os objetivos e, a partir <strong>de</strong>ssas avaliações, opta pela melhor alternativa <strong>de</strong> ação.<br />

Na execução, o gestor implementa a opção escolhida e, no controle,<br />

avalia os resultados e aplica medidas corretivas, se necessário.<br />

Para que o objetivo planejado seja alcançado, é necessário <strong>de</strong>finir<br />

mo<strong>de</strong>los que uniformizem a busca <strong>de</strong> objetivos.<br />

O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão visa à otimização dos resultados auferidos por<br />

todas as partes que compõem o sistema empresa. Assim as <strong>de</strong>cisões por área<br />

<strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>vem ter como diretrizes teóricas a maximização do<br />

resultado global da empresa. Para isso, torna-se indispensável <strong>um</strong>a conciliação<br />

entre a missão <strong>de</strong> cada área com a missão da empresa, focando a eficácia<br />

global do sistema principal que é a empresa em si.<br />

2.6 Teoria da mensuração<br />

31


Para que a empresa consiga otimizar o resultado com sucesso, é<br />

necessário que o resultado ocorrido das transações <strong>de</strong> cada área <strong>de</strong><br />

responsabilida<strong>de</strong>, esteja corretamente mensurado.<br />

Segundo Figueiredo e Caggiano (1997), mensuração é <strong>um</strong> conjunto <strong>de</strong><br />

procedimentos específicos para atribuir valores n<strong>um</strong>éricos a objetos e eventos<br />

<strong>de</strong> caráter econômico, com o objetivo <strong>de</strong> prover informação útil, confiável,<br />

relevante e econômica, a<strong>de</strong>quada para os tomadores <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão. Decisões <strong>de</strong><br />

quais eventos ou objetos <strong>de</strong>vem ser medidos, qual unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mensuração<br />

será utilizada e quais os padrões ou escalas serão usados, abrangem o mo<strong>de</strong>lo<br />

<strong>de</strong> mensuração. “Um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> mensuração é <strong>um</strong>a proposta conceitual que<br />

visa expressar em forma <strong>de</strong> padrão as metas já claramente <strong>de</strong>finidas em<br />

relação às quais as <strong>de</strong>cisões serão tomadas”. (FIGUEIREDO; CAGGIANO,<br />

1997, p. 34)<br />

De acordo com Catelli (2001), <strong>um</strong> mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> mensuração po<strong>de</strong> ser<br />

compreendido como <strong>um</strong>a representação abstrata <strong>de</strong> como são medidas as<br />

qualida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> alg<strong>um</strong> objeto.<br />

Para Cornachione Júnior (2001), o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> mensuração visa<br />

mensurar os eventos e elementos presentes que a<strong>de</strong>ntram as diversas partes<br />

do sistema empresa.<br />

Esta teoria é utilizada como instr<strong>um</strong>ento pelo sistema <strong>de</strong> informações<br />

para <strong>de</strong>terminar como os dados serão medidos. Sua importância e significância<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m da perfeita correspondência da relação entre os sistemas.<br />

2.7 Teoria da informação<br />

Beal (2004) enfatiza que a teoria <strong>de</strong> informação é composta <strong>de</strong> entradas,<br />

mecanismos <strong>de</strong> processamento e saídas. A entrada correspon<strong>de</strong> à obtenção<br />

dos dados. O processamento transforma os dados em informações úteis e a<br />

saída é a produção <strong>de</strong>ssas informações em forma <strong>de</strong> relatórios.<br />

O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> <strong>um</strong> mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> informação objetiva otimizar o<br />

fluxo <strong>de</strong> informações <strong>de</strong>ntro das organizações, provocando assim <strong>um</strong> processo<br />

<strong>de</strong> conhecimento, tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão e intervenção na realida<strong>de</strong>.<br />

32


O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> informação é aquele que se preocupa com a obtenção<br />

<strong>de</strong> dados, seu processamento e a forma <strong>de</strong> como a informação<br />

gerada no processamento chegará aos usuários em tempo hábil e <strong>de</strong><br />

maneira inteligível, para lhes assegurar qualida<strong>de</strong> em suas <strong>de</strong>cisões.<br />

(MOSIMANN; FISCH, 1999, p. 59, 60)<br />

Figueiredo e Caggiano (1997) citam que a finalida<strong>de</strong> da informação é<br />

auxiliar a organização a atingir seus objetivos pelo uso eficiente dos recursos<br />

disponíveis: pessoas, materiais, equipamentos, tecnologia, dinheiro e a própria<br />

informação. Portanto, é necessário consi<strong>de</strong>rar a relação custo e benefício da<br />

obtenção <strong>de</strong> <strong>um</strong> mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> informação.<br />

Só haverá redução <strong>de</strong> incertezas ou alterações <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões ligadas a<br />

<strong>um</strong>a informação, se ela foi distribuída com eficiência e em tempo hábil a esta<br />

<strong>de</strong>cisão.<br />

O processo <strong>de</strong> planejamento e controle tem a função <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar as<br />

informações prioritárias, consequentemente, i<strong>de</strong>ntifica a forma <strong>de</strong> avaliação e<br />

controle necessário <strong>de</strong> acordo com o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>gestão</strong> a<strong>de</strong>rido pela<br />

organização.<br />

Fonte: Catelli, 2001, p. 62<br />

Figura 1: Sistema <strong>de</strong> informações<br />

33


Através da teoria da informação e do suporte das teorias <strong>de</strong> mensuração<br />

e <strong>de</strong>cisão, são <strong>de</strong>senvolvidas com gran<strong>de</strong> êxito informações gerenciais que<br />

irão dirimir aos gestores melhores formas <strong>de</strong> se evi<strong>de</strong>nciar os efeitos<br />

econômicos das mudanças organizacionais.<br />

2.8 Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>gestão</strong> x Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>gestão</strong> sob a ótica do sistema GECON<br />

Um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>gestão</strong> po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>finido como <strong>um</strong> conjunto <strong>de</strong> princípios<br />

e <strong>de</strong>finições traduzindo as idéias e valores <strong>de</strong> seus principais gestores. Nele<br />

são <strong>de</strong>finidas as diretrizes <strong>de</strong> como os gestores serão avaliados e <strong>de</strong> como a<br />

empresa será administrada. Quase sempre o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>gestão</strong> não é<br />

<strong>de</strong>vidamente <strong>de</strong>finido e explicitado, o que ocasiona conflitos gerenciais.<br />

Por essa razão, entre os princípios básicos <strong>de</strong> <strong>um</strong> mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>gestão</strong><br />

está a integração <strong>de</strong>ste com os mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão, informação e mensuração<br />

da empresa. Um dos aspectos que mais chamam a atenção entre os mo<strong>de</strong>los<br />

tradicionais e o Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Gestão Econômica, GECON, é o seu modo <strong>de</strong><br />

mensuração. O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> mensuração do GECON visa à correta mensuração<br />

do patrimônio e do resultado <strong>de</strong> <strong>um</strong>a organização <strong>de</strong>ntro dos conceitos<br />

econômicos, por cada área da empresa visando atingir o resultado global da<br />

entida<strong>de</strong>.<br />

Determinados princípios fundamentais da contabilida<strong>de</strong>, como o custo<br />

histórico como base <strong>de</strong> valor, a objetivida<strong>de</strong> e o conservadorismo, são<br />

<strong>de</strong>scartados pelo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> mensuração, para incorporar os conceitos<br />

econômicos <strong>de</strong> avaliação.<br />

Para viabilizar a contabilização divisional, o GECON vale-se do efetivo<br />

conhecimento <strong>de</strong> como a organização é estruturada, consi<strong>de</strong>rando a existência<br />

<strong>de</strong> diversas áreas <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> <strong>um</strong>a única organização, cada <strong>um</strong>a responsável<br />

pelos resultados econômicos e, consequentemente, pelos centros <strong>de</strong> custos.<br />

A eficácia da empresa é a função da eficácia das áreas. O resultado<br />

da empresa é igual a soma do resultado das áreas. As áreas somente<br />

são <strong>de</strong>bitadas/creditadas por eventos sobre os quais tenham<br />

responsabilida<strong>de</strong>, as eficiências/ineficiências não são transferíveis<br />

34


para outras áreas e nem repassadas aos produtos/serviços.<br />

(CATELLI, 2001, p. 31)<br />

Sob a ótica do sistema <strong>de</strong> <strong>gestão</strong> econômica GECON, o equilíbrio <strong>de</strong><br />

funcionamento entre essas áreas acaba por refletir no resultado da empresa<br />

como <strong>um</strong> todo.<br />

2.8.1 Histórico do GECON<br />

No final da década <strong>de</strong> setenta, o então pesquisador da FEA-USP,<br />

professor Dr. Armando Catelli, começou a basear suas pesquisas na fragilida<strong>de</strong><br />

das informações proporcionadas apenas pelas práticas e conceitos contábeis.<br />

Junto a ele, ao longo do tempo, foram sendo incorporadas pesquisas<br />

realizadas por outros estudiosos, o que resultou em <strong>um</strong> novo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>gestão</strong><br />

econômica, <strong>de</strong>sta vez, voltado a nortear o processo <strong>de</strong> <strong>gestão</strong> das<br />

organizações <strong>de</strong> <strong>um</strong>a forma mais realista e contun<strong>de</strong>nte com a realida<strong>de</strong><br />

operacional das organizações, bem como ao ambiente em que estão<br />

interagindo.<br />

O novo mo<strong>de</strong>lo representado pela sigla GECON passaria a ass<strong>um</strong>ir o<br />

lucro como a variável que reúne as melhores condições <strong>de</strong> servir <strong>de</strong> indicador<br />

da eficácia da empresa.<br />

LUCRO<br />

CONTÁBIL ECONÔMICO<br />

1. Maior objetivida<strong>de</strong>. 1. Maior subjetivida<strong>de</strong>.<br />

2. Apurado pelo confronto entre receitas<br />

realizadas pelas vendas e custos cons<strong>um</strong>idos<br />

(ativos expirados).<br />

3. Os ativos são avaliados na base <strong>de</strong> custos<br />

originais.<br />

35<br />

2. Apuração pelo incremento no valor presente<br />

do patrimônio líquido.<br />

3. Os ativos são avaliados pelo valor presente do<br />

fluxo <strong>de</strong> benefícios futuros.<br />

4. O patrimônio líquido a<strong>um</strong>enta pelo lucro. 4. O lucro <strong>de</strong>riva do a<strong>um</strong>ento do patrimônio<br />

liquido da entida<strong>de</strong>.<br />

5. Ênfase em custos 5. Ênfase em valores.<br />

6. Não reconhece ganhos não realizados. 6. Reconhecimento <strong>de</strong> ganhos realizados e não<br />

realizados.<br />

(continua)


7. Não se efetuam ajustes em função <strong>de</strong><br />

mudanças nos níveis <strong>de</strong> preços dos bens.<br />

8. “Amarração“ do lucro à condição <strong>de</strong><br />

distribuição <strong>de</strong> divi<strong>de</strong>ndos.<br />

36<br />

7. São efetuados ajustes <strong>de</strong>vido a mudanças nos<br />

níveis <strong>de</strong> preços dos bens na economia.<br />

8. “Amarração do lucro à condição <strong>de</strong> a<strong>um</strong>ento<br />

da riqueza, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da condição <strong>de</strong><br />

distribuição <strong>de</strong> divi<strong>de</strong>ndos.<br />

9. Não reconhecimento do goodwill 9. Reconhecimento do goodwill<br />

10. Utilização <strong>de</strong> regras e critérios dogmáticos 10. Utilização <strong>de</strong> regras e critérios econômicos.<br />

Fonte: Catelli, 2001, p. 88<br />

Quadro 1: O Lucro sob diferentes óticas – contábil e econômica<br />

O sistema GECON visa contestar a diferença entre o lucro contábil e o<br />

resultado econômico auferido em <strong>de</strong>terminados períodos. Desta forma são<br />

analisados criticamente os pontos mais relevantes das tomadas <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões<br />

nas diversas áreas que compõem a empresa.<br />

O sistema GECON – Gestão Econômica – é <strong>um</strong> mo<strong>de</strong>lo gerencial<br />

utilizado para administração por resultados econômicos que incorpora<br />

<strong>um</strong> conjunto <strong>de</strong> conhecimentos integrados que visa à eficácia<br />

empresarial. O GECON é estruturado <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> <strong>um</strong>a concepção<br />

“holística” e compreen<strong>de</strong> a integração dos seguintes elementos:<br />

mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>gestão</strong>, mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão, mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> mensuração e<br />

mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> informação. (GUERREIRO apud SILVA; PENARIOL, 2004,<br />

p. 16)<br />

No <strong>de</strong>correr <strong>de</strong> seu <strong>de</strong>senvolvimento, o GECON <strong>de</strong>finiu-se como <strong>um</strong><br />

mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>gestão</strong> que possibilita a i<strong>de</strong>ntificação dos resultados econômicos<br />

gerados por áreas distintas das organizações, possibilitando assim o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> análises <strong>de</strong> resultados econômicos individuais aos<br />

gestores. Essa observação holística facilita a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> quais áreas<br />

contribuem ou não para o c<strong>um</strong>primento da missão <strong>de</strong> <strong>um</strong>a organização, assim<br />

como também expressa as não conformida<strong>de</strong>s presentes em cada <strong>um</strong>a das<br />

áreas que compõem o sistema empresa.<br />

2.8.2 Premissas do GECON<br />

(conclusão)


O GECON baseia-se em alg<strong>um</strong>as premissas utilizadas no seu mo<strong>de</strong>lo<br />

<strong>de</strong> mensuração, visando obter <strong>um</strong> conceito <strong>de</strong> lucro e patrimônio corretos,<br />

sobre critérios econômicos. Estas premissas estão sendo aqui apresentadas<br />

res<strong>um</strong>idamente:<br />

a) mercado como validador do potencial <strong>de</strong> serviços dos ativos;<br />

b) valor do dinheiro no tempo;<br />

c) cada ativo é analisado <strong>de</strong> acordo com sua função <strong>de</strong>ntro da empresa;<br />

d) ativo que não é vinculado à ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve ser avaliado pelo valor <strong>de</strong><br />

venda;<br />

e) a riqueza <strong>de</strong> <strong>um</strong>a empresa a<strong>um</strong>enta (diminui) à medida que o<br />

mercado reconhece <strong>um</strong> maior (menor) valor para os bens e serviços<br />

que ela possui;<br />

f) a riqueza <strong>de</strong> <strong>um</strong>a empresa a<strong>um</strong>enta pela agregação <strong>de</strong> valor durante<br />

processo <strong>de</strong> transformação <strong>de</strong> ins<strong>um</strong>os em produtos e serviços;<br />

g) o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão do gestor busca a otimização do resultado<br />

econômico <strong>de</strong> sua ativida<strong>de</strong>, por meio <strong>de</strong> agregação <strong>de</strong> valor e<br />

valorizações proporcionadas pelo mercado;<br />

Quanto vale a empresa em <strong>um</strong> <strong>de</strong>terminado momento do tempo é a<br />

medida i<strong>de</strong>al para a avaliação <strong>de</strong> resultados gerais e dos gestores da empresa.<br />

2.8.3 Processo <strong>de</strong> <strong>gestão</strong> econômica<br />

A palavra processo tem como sentido fazer acontecer, executar, ou<br />

simplesmente processar atos. Já a palavra <strong>gestão</strong>, que <strong>de</strong>riva do latim<br />

gestione, quer dizer ato <strong>de</strong> gerir ou gerenciar. Assim, enten<strong>de</strong>-se que o<br />

processo <strong>de</strong> <strong>gestão</strong> é executar atos relacionados à gerência, segundo Catelli<br />

(apud FERNANDEZ, 2004, p. 2) “... gerir é fazer as coisas acontecerem. A<br />

pessoa que faz a gerência, <strong>de</strong>nominada gestor, é quem toma as <strong>de</strong>cisões para<br />

que as coisas aconteçam, <strong>de</strong> tal forma que a empresa atinja seus objetivos...”.<br />

A necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> adaptação às transformações ambientais,<br />

i<strong>de</strong>ntificando ameaças e oportunida<strong>de</strong>s, exige que a empresa faça uso <strong>de</strong> <strong>um</strong><br />

processo <strong>de</strong> <strong>gestão</strong> flexível, que esteja apoiado em <strong>um</strong> sistema <strong>de</strong> informações<br />

37


econômico-financeiras confiável. Estas i<strong>de</strong>ntificações ocorrem por causa<br />

função do comportamento previsto <strong>de</strong>stas variáveis e <strong>de</strong> como elas interagem<br />

em termos <strong>de</strong>: mudanças comportamentais dos cons<strong>um</strong>idores, escassez ou<br />

abundância das fontes <strong>de</strong> abastecimento, alterações políticas,<br />

<strong>de</strong>senvolvimentos tecnológicos, entre outros.<br />

Por meio <strong>de</strong>stas avaliações, a empresa <strong>de</strong>fine que produtos ou serviços<br />

ofertar, <strong>de</strong> quais mercados participará, quais serão seus canais <strong>de</strong> distribuição,<br />

seu nível <strong>de</strong> produção, estrutura organizacional e principalmente quais serão<br />

seus objetivos econômicos e financeiros.<br />

Sendo assim <strong>um</strong> processo <strong>de</strong> <strong>gestão</strong>, é na realida<strong>de</strong> <strong>um</strong> gran<strong>de</strong><br />

processo <strong>de</strong> controle, que tem por objetivo assegurar a eficácia empresarial,<br />

ativida<strong>de</strong> esta que vem sendo consi<strong>de</strong>rada pelos teóricos da administração<br />

como <strong>um</strong> processo contínuo <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões.<br />

De forma sintética, o processo <strong>de</strong> <strong>gestão</strong> po<strong>de</strong> ser entendido através das<br />

três fases que o compõe: planejamento, execução e controle.<br />

No GECON, a fase <strong>de</strong> planejamento está dividida em planejamento<br />

estratégico e planejamento operacional. Na fase <strong>de</strong> execução, obtém-se <strong>um</strong><br />

sistema <strong>de</strong> custeio que mensure as transações a valores reais e a valores<br />

padrão, e o controle <strong>de</strong>ve ser executado nas áreas operacionais, na<br />

administração das áreas operacionais e na empresa em sua totalida<strong>de</strong>.<br />

2.8.3.1 Planejamento<br />

O planejamento caracteriza-se por <strong>de</strong>cisões presentes tendo em vista <strong>um</strong><br />

estado futuro <strong>de</strong>sejável e os caminhos para atingi-lo. Estas são alg<strong>um</strong>as <strong>de</strong><br />

suas principais características:<br />

a) o planejamento <strong>de</strong>ve antece<strong>de</strong>r as operações;<br />

b) o planejamento sempre existirá em <strong>um</strong>a empresa, mesmo que<br />

informal, e quando informal está presente nas idéias do dirigente;<br />

c) planejamento em sinergia com o controle permite a avaliação <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> áreas específicas e da empresa como <strong>um</strong> todo.<br />

O planejamento subdivi<strong>de</strong>-se em planejamento estratégico e operacional.<br />

38


2.8.3.1.1 Planejamento estratégico<br />

No planejamento estratégico, a empresa <strong>de</strong>fine os objetivos gerais que<br />

preten<strong>de</strong> alcançar em longo prazo e a or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> importância e priorida<strong>de</strong> em<br />

<strong>um</strong>a hierarquia <strong>de</strong> objetivos, estabelecendo os caminhos a serem percorridos<br />

para atingir a situação <strong>de</strong>sejada. Esta ação visa garantir o c<strong>um</strong>primento da<br />

missão da organização.<br />

Nesta etapa do planejamento, são geradas diretrizes que <strong>de</strong>verão<br />

possibilitar a escolha <strong>de</strong> alternativas para o aproveitamento das oportunida<strong>de</strong>s,<br />

evitando as ameaças do ambiente externo, utilizando os pontos fortes e<br />

superando as <strong>de</strong>ficiências. Tais ações orientarão a próxima etapa que é o<br />

planejamento operacional. Segundo Drucker (apud FERNANDEZ, 2004, p. 2),<br />

“o planejamento estratégico não envolve <strong>de</strong>cisões futuras e sim, a futurida<strong>de</strong><br />

das <strong>de</strong>cisões atuais”.<br />

2.8.3.1.2 Planejamento operacional<br />

Fundamentado no conjunto <strong>de</strong> diretrizes e cenários traçados no<br />

planejamento estratégico, elabora-se o planejamento operacional que<br />

correspon<strong>de</strong> ao <strong>de</strong>talhamento das alternativas aprovadas com o objetivo <strong>de</strong><br />

otimizar o resultado da organização no curto, médio e longo prazos.<br />

O planejamento operacional <strong>de</strong>ve contar com a participação dos<br />

responsáveis <strong>de</strong> todos os setores da empresa, para refletir a realida<strong>de</strong> das<br />

operações e para que haja compromisso no c<strong>um</strong>primento do resultado.<br />

O processo <strong>de</strong> planejamento operacional abrange:<br />

a) objetivos operacionais;<br />

b) meios e recursos;<br />

c) alternativa <strong>de</strong> ações;<br />

d) simulação das alternativas i<strong>de</strong>ntificadas;<br />

e) escolha das alternativas incorporadas ao plano;<br />

f) estruturação e quantificação do plano;<br />

39


g) aprovação e divulgação do plano.<br />

A finalida<strong>de</strong> do planejamento operacional é <strong>de</strong> assegurar a escolha das<br />

melhores alternativas que viabilizem tomadas <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão acertadas.<br />

2.8.3.2 Execução<br />

É a etapa do processo <strong>de</strong> <strong>gestão</strong> em que as coisas realmente<br />

acontecem, sendo necessário que estas ações estejam em sintonia ao que foi<br />

planejado anteriormente.<br />

Na execução, dados são armazenados no que diz respeito ao<br />

<strong>de</strong>sempenho realizado para comparação com os planos e padrões da fase<br />

subsequente, que é controle.<br />

Na fase da execução, realiza-se o cons<strong>um</strong>o dos recursos da empresa<br />

dando origem a seus produtos ou serviços.<br />

2.8.3.3 Controle<br />

Segundo o professor Nakagawa (apud FERNANDEZ, 2004), o controle<br />

possui quatro fases distintas:<br />

a) conhecer a realida<strong>de</strong>;<br />

b) compará-la com o que <strong>de</strong>veria ser;<br />

c) tomar conhecimento rápido das divergências e suas origens;<br />

d) tomar atitu<strong>de</strong>s para sua correção.<br />

Para que haja sucesso no processo como <strong>um</strong> todo, os resultados <strong>de</strong>vem<br />

ser medidos e avaliados nas áreas operacionais como também em toda a<br />

empresa.<br />

Faz-se necessário <strong>um</strong> sistema que reúna as informações <strong>de</strong> todos os<br />

setores, fornecendo dados reais para que possa ser feito <strong>um</strong> comparativo entre<br />

o planejado e o realizado.<br />

40


Nesta fase do processo, <strong>de</strong>vem ser tomadas ações corretivas para<br />

ajustes, caso haja divergências, para assegurar os objetivos do plano <strong>de</strong> ação.<br />

2.8.4 Resultado econômico<br />

O resultado econômico correspon<strong>de</strong> à variação do patrimônio da<br />

empresa, mensurado com base em conceitos econômicos em <strong>de</strong>terminado<br />

período. De acordo com Catelli (2001), <strong>de</strong>monstra a capacida<strong>de</strong> da empresa<br />

em gerar produtos e serviços cujo valor econômico seja suficiente para repor,<br />

no mínimo, os recursos cons<strong>um</strong>idos.<br />

O resultado econômico <strong>de</strong> <strong>um</strong>a empresa para <strong>de</strong>terminado período<br />

po<strong>de</strong> ser concebido como a diferença <strong>de</strong> patrimônio líquido apurado<br />

no início e no final <strong>de</strong>sse período; ou como o ac<strong>um</strong>ulado dos<br />

resultados econômicos produzidos pelos eventos econômicos<br />

ocorridos ao longo <strong>de</strong>ste período. (CORNACHIONE JÚNIOR, 2001,<br />

p. 63)<br />

Para Catelli, o resultado econômico expressa todos os esforços e<br />

benefícios obtidos pela empresa no c<strong>um</strong>primento <strong>de</strong> sua missão, <strong>de</strong>terminando<br />

o impacto econômico <strong>de</strong> todos os eventos que alteram seu patrimônio. “O<br />

resultado econômico reflete as condições <strong>de</strong> sobrevivência, <strong>de</strong>senvolvimento,<br />

adaptabilida<strong>de</strong>, produção, eficiência e satisfação”. (CATELLI, 2001, p.73)<br />

2.8.4.1 Dimensões<br />

O resultado econômico reflete as dimensões <strong>de</strong>scritas por Catelli (2001)<br />

como operacional, econômica, financeira e patrimonial da <strong>gestão</strong> que se unem,<br />

respectivamente, aos fluxos físicos, econômicos, financeiros e patrimoniais dos<br />

eventos econômicos.<br />

41


Fonte: Catelli, 2001, p. 70<br />

Figura 2: Dimensões operacional, econômica, financeira e patrimonial.<br />

a) dimensão operacional: o fluxo operacional correspon<strong>de</strong> aos aspectos<br />

físicos os eventos, ou seja, quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> serviços e produtos<br />

gerados e <strong>de</strong> recursos cons<strong>um</strong>idos, qualida<strong>de</strong> e c<strong>um</strong>primento <strong>de</strong><br />

prazos;<br />

b) dimensão econômica: a quantida<strong>de</strong> física <strong>de</strong> recursos cons<strong>um</strong>idos e<br />

<strong>de</strong> produtos gerados passa por <strong>um</strong> processo <strong>de</strong> mensuração<br />

econômica caracterizada pela utilização <strong>de</strong> valores <strong>de</strong> mercados na<br />

condição <strong>de</strong> pagamento a vista;<br />

c) dimensão financeira: toda ativida<strong>de</strong> gera <strong>um</strong> fluxo <strong>de</strong> caixa, ou seja,<br />

<strong>um</strong> fluxo <strong>de</strong> recebimentos e pagamentos. Os valores dos recursos<br />

cons<strong>um</strong>idos e dos produtos gerados po<strong>de</strong>m ser recebidos à vista, em<br />

data futura ou antecipadamente. Esse fluxo financeiro da ativida<strong>de</strong><br />

gera receitas e custos financeiros, que caracterizam o resultado<br />

econômico-financeiro da ativida<strong>de</strong>.<br />

42


d) dimensão patrimonial: em consequência dos impactos financeiros e<br />

econômicos referentes aos eventos ou transações econômicas, o<br />

fluxo patrimonial <strong>de</strong>monstra as mudanças nas contas patrimoniais <strong>de</strong><br />

<strong>um</strong> período <strong>de</strong> tempo inicial para <strong>um</strong> período final. Quando os<br />

eventos estão corretamente mensurados, a variação ocorrida no<br />

patrimônio líquido irá i<strong>de</strong>ntificar o resultado econômico auferido no<br />

período. Desse modo, o valor <strong>de</strong> custo da empresa é representado<br />

pelo patrimônio liquido resultante do período final.<br />

2.8.4.2 Formação do resultado econômico<br />

O resultado econômico da empresa é formado pelos resultados<br />

econômicos <strong>de</strong> suas diversas áreas conhecidas também, como centro <strong>de</strong><br />

responsabilida<strong>de</strong>, que possuem <strong>um</strong> gestor específico para cada área. O<br />

resultado <strong>de</strong> <strong>um</strong>a ativida<strong>de</strong> é constituído pelo resultado dos eventos<br />

necessários para realizá-la como compras, produção, estocagem, vendas,<br />

captação, aplicação, entre outros. Tais eventos são <strong>de</strong>nominados eventos<br />

econômicos porque causam impacto no patrimônio da empresa.<br />

Um evento econômico refere-se a <strong>um</strong> conjunto <strong>de</strong> transações <strong>de</strong><br />

mesma natureza, cujo impacto econômico po<strong>de</strong> ser mensurado da<br />

mesma forma (mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> mensuração econômica dos eventos). A<br />

transação consiste, portanto, no menor nível em que po<strong>de</strong> ser<br />

i<strong>de</strong>ntificado o resultado econômico. (CATELLI, 2001 p. 76)<br />

Os resultados econômicos das transações po<strong>de</strong>m ser ac<strong>um</strong>ulados por<br />

eventos, produtos, ativida<strong>de</strong>s, áreas e empresa. Assim, <strong>de</strong>monstra on<strong>de</strong>,<br />

quando e como são formados os resultados da empresa, auxiliando os<br />

gestores à otimização dos resultados <strong>de</strong> suas <strong>de</strong>cisões.<br />

2.8.4.3 Otimização do resultado econômico<br />

43


As ativida<strong>de</strong>s da empresa <strong>de</strong>vem ser geridas <strong>de</strong> forma eficiente e eficaz,<br />

gerando <strong>um</strong> valor que permita, pelo menos, a reposição dos recursos<br />

cons<strong>um</strong>idos. Os gestores, através <strong>de</strong> suas <strong>de</strong>cisões, <strong>de</strong>vem procurar otimizar<br />

os resultados das ativida<strong>de</strong>s sob sua responsabilida<strong>de</strong> para a otimização do<br />

resultado global da empresa. Mesmo que a empresa <strong>de</strong>cida manter <strong>um</strong>a<br />

ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ficitária, <strong>de</strong>ve ser levada em conta a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> que as<br />

<strong>de</strong>mais ativida<strong>de</strong>s gerem resultados suficientes para manter a continuida<strong>de</strong> da<br />

organização ao longo do tempo.<br />

Os gestores <strong>de</strong>vem ter responsabilida<strong>de</strong> não somente em relação à área<br />

sob seu controle, mas também à empresa em sua totalida<strong>de</strong>.<br />

Segundo Catelli (2001), os gestores, ao <strong>de</strong>cidirem sobre os eventos<br />

econômicos, <strong>de</strong>vem i<strong>de</strong>ntificar as melhores alternativas econômicas para a<br />

empresa, <strong>de</strong> forma que as ativida<strong>de</strong>s sob sua responsabilida<strong>de</strong> sejam<br />

favoráveis para o resultado global.<br />

Tendo em vista que o a<strong>um</strong>ento das contribuições <strong>de</strong> cada área não<br />

garante os melhores resultados para a empresa como <strong>um</strong> todo, <strong>de</strong>ve-se<br />

trabalhar com a noção <strong>de</strong> otimização <strong>de</strong> resultados. A otimização dos<br />

resultados <strong>de</strong> cada <strong>de</strong>cisão sobre os eventos econômicos dá origem à<br />

otimização dos resultados globais da empresa.<br />

A <strong>gestão</strong> da empresa <strong>de</strong>ve ser voltada para rentabilida<strong>de</strong>, sendo<br />

necessária a utilização <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> informações que auxiliem<br />

a<strong>de</strong>quadamente as <strong>de</strong>cisões dos gestores, com informações sobre resultados<br />

econômicos das operações, ativida<strong>de</strong>s, clientes e segmentos relacionados à<br />

área <strong>de</strong> sua responsabilida<strong>de</strong>, possibilitando que atuem continuamente em<br />

busca da eficiência e eficácia <strong>de</strong> suas ativida<strong>de</strong>s.<br />

2.8.4.4 Mensuração do resultado<br />

Segundo Catelli (2001), para se administrar resultado, é necessário<br />

conhecer como ele se forma, isto é, i<strong>de</strong>ntificar as variáveis constituintes e a<br />

relação entre elas.<br />

44


O GECON emprega <strong>um</strong> mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> mensuração que une <strong>um</strong> conjunto <strong>de</strong><br />

conceitos voltados à correta mensuração do resultado e do patrimônio <strong>de</strong> <strong>um</strong>a<br />

organização. O valor real da empresa <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>monstrado através <strong>de</strong> seu<br />

patrimônio líquido. Da mesma maneira que o resultado global da empresa é<br />

constituído pela soma dos resultados <strong>de</strong> suas diversas ativida<strong>de</strong>s, o patrimônio<br />

global da empresa é formado com base na mensuração dos ativos e passivos<br />

individualmente.<br />

A análise individual dos ativos por seus valores econômicos permite, <strong>de</strong><br />

acordo com Catelli (2001, p. 287): “a cobrança do custo <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong> sobre<br />

os ativos operacionais que estão sob a responsabilida<strong>de</strong> dos diversos<br />

gestores”. Este tipo <strong>de</strong> mensuração conduz ao que se <strong>de</strong>nomina valor <strong>de</strong> custo<br />

da empresa, ou seja, quanto ela po<strong>de</strong> valer em <strong>de</strong>terminado momento, levando<br />

em consi<strong>de</strong>ração os custos <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong> em valores <strong>de</strong> mercado. Através<br />

<strong>de</strong>la torna-se possível mensurar a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> serviços dos ativos que a<br />

empresa possui consi<strong>de</strong>rando o valor do dinheiro em tempo real, comprovando<br />

que o resultado <strong>de</strong> <strong>um</strong> período em comparação a outro correspon<strong>de</strong> ao real<br />

a<strong>um</strong>ento no estoque <strong>de</strong> riqueza da organização.<br />

A mensuração do resultado i<strong>de</strong>ntifica, mensura e transmite resultados<br />

das ativida<strong>de</strong>s das diversas partes da empresa, transformando o tradicional<br />

centro <strong>de</strong> custo em centro <strong>de</strong> resultado. Reconhece em cada evento e cada<br />

ativida<strong>de</strong> o aspecto operacional, financeiro, econômico e patrimonial, através<br />

da apuração das margens <strong>de</strong> contribuição e seus resultados econômicos.<br />

Desta forma, afirma-se que a riqueza <strong>de</strong> <strong>um</strong>a organização tem que<br />

refletir a agregação <strong>de</strong> valor proporcionada pelos eventos, provocados ou não,<br />

no processo <strong>de</strong> transformação <strong>de</strong> ins<strong>um</strong>os em produtos e serviços nas diversas<br />

ativida<strong>de</strong>s.<br />

O sistema GECON parte do princípio <strong>de</strong> que os eventos não geram<br />

somente custos, mas também resultados (receitas menos custos).<br />

A informação do resultado econômico gerado pelas transações,<br />

eventos e ativida<strong>de</strong>s, permite a i<strong>de</strong>ntificação da formação do lucro, ou<br />

seja, quais ativida<strong>de</strong>s contribuem mais ou menos para a formação do<br />

resultado global da empresa. (CATELLI; GUERREIRO apud<br />

CATELLI, 2001, p. 288)<br />

45


Consi<strong>de</strong>rando que o foco do GECON está centrado nos resultados,<br />

<strong>de</strong>vem ser corretamente mensurados não só os custos, mas também os<br />

benefícios gerados nas transações, eventos e ativida<strong>de</strong>s.<br />

A correta mensuração do resultado possibilita a i<strong>de</strong>ntificação e<br />

associação direta e objetiva dos benefícios e custos das transações e<br />

ativida<strong>de</strong>s. O rateio dos custos fixos <strong>de</strong>las se preconizados por alg<strong>um</strong>as<br />

técnicas <strong>de</strong> custeio, distorce significativamente o custo e o resultado das<br />

ativida<strong>de</strong>s.<br />

“A mensuração do lucro <strong>de</strong>staca-se como <strong>um</strong>a das saídas mais<br />

importantes <strong>de</strong> <strong>um</strong> sistema <strong>de</strong> mensurações econômico-financeiras”.<br />

(FIGUEIREDO; CAGGIANO, 1997, p. 35)<br />

Os benefícios gerados pelo mo<strong>de</strong>lo GECON são inúmeros,<br />

principalmente, por permitir <strong>um</strong>a transparência maior e <strong>um</strong> envolvimento efetivo<br />

dos gestores. Uma monitoração eficaz do processo <strong>de</strong> <strong>gestão</strong> minimiza os<br />

riscos e elimina as chamadas áreas cinzentas. Essas áreas são setores que<br />

apresentam ineficiências <strong>de</strong>ixando <strong>de</strong> contribuir com os objetivos maiores da<br />

empresa. O GECON também estimula a criativida<strong>de</strong> dos gestores,<br />

evi<strong>de</strong>nciando que os resultados po<strong>de</strong>m ser melhorados, não só pela diminuição<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas, mas, sobretudo, pela utilização eficiente <strong>de</strong> recursos e pela<br />

administração dos aspectos financeiros. O mo<strong>de</strong>lo prega que a ativida<strong>de</strong><br />

produtiva <strong>de</strong> <strong>um</strong>a organização <strong>de</strong>ve agregar valor aos recursos, garantindo<br />

assim a manutenção da riqueza da empresa. Caso contrário seu próprio<br />

potencial <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> riqueza será reduzido e a manutenção <strong>de</strong> <strong>um</strong>a<br />

situação <strong>de</strong>sse tipo ten<strong>de</strong> a cons<strong>um</strong>ir todo o patrimônio da empresa.<br />

46


CAPÍTULO III<br />

PESQUISA - METODOLOGIA DE DESENVOLVIMENTO DO MODELO<br />

3 INTRODUÇÃO<br />

A pesquisa surgiu a fim <strong>de</strong> comprovar que a contabilida<strong>de</strong> divisional<br />

estruturada pelo sistema <strong>de</strong> <strong>gestão</strong> econômica GECON, contribui <strong>de</strong> forma<br />

positiva na otimização dos resultados econômicos das organizações. O<br />

presente mo<strong>de</strong>lo ass<strong>um</strong>e o lucro como a variável que reúne as melhores<br />

condições <strong>de</strong> servir <strong>de</strong> indicador da eficácia empresarial.<br />

A elaboração <strong>de</strong>ste trabalho <strong>de</strong>corre da necessida<strong>de</strong> do<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> <strong>um</strong> mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>gestão</strong> <strong>de</strong> frotas sob a ótica do GECON,<br />

oferecendo ao gestor da empresa Abreu Turística, respostas eficazes,<br />

conduzindo a organização ao alcance dos seus propósitos além da obtenção<br />

do lucro, mas focando também, sua continuida<strong>de</strong>.<br />

In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da avaliação da importância do feeling do<br />

administrador, atualmente a velocida<strong>de</strong> das mudanças ambientais torna<br />

evi<strong>de</strong>nte e corriqueira a perda <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s pela falta <strong>de</strong> planejamento.<br />

A correta mensuração do patrimônio e do resultado <strong>de</strong> <strong>um</strong>a organização<br />

é realizada pelo GECON <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> conceitos econômicos por unida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

negócio, ou seja, por cada ônibus da frota.<br />

De acordo com o propósito <strong>de</strong> continuida<strong>de</strong>, <strong>um</strong>a empresa <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> dos<br />

resultados obtidos, cons<strong>um</strong>indo recursos no <strong>de</strong>correr <strong>de</strong> suas operações. Por<br />

serem escassos, esses recursos necessitam <strong>de</strong> <strong>um</strong>a utilização eficiente.<br />

Esta pesquisa tem como objetivo <strong>de</strong>monstrar a mensuração dos<br />

resultados individualizados, por meio da organização dos custos incorridos em<br />

cada locação. No mo<strong>de</strong>lo GECON, <strong>de</strong>ve ser consi<strong>de</strong>rada a margem <strong>de</strong><br />

contribuição (custos variáveis) por viagem, sendo os custos fixos alocados<br />

somente no final do período (mês).<br />

Para levantamento das informações utilizou-se os métodos <strong>de</strong> estudo <strong>de</strong><br />

caso: para verificação da existência <strong>de</strong> <strong>um</strong> processo <strong>de</strong> <strong>gestão</strong> na empresa<br />

47


sendo também, observados os custos e <strong>de</strong>spesas inci<strong>de</strong>ntes nas locações.<br />

Método da observação sistemática: foram analisados os procedimentos <strong>de</strong><br />

<strong>gestão</strong> utilizados, e se estes aten<strong>de</strong>m às necessida<strong>de</strong>s e a realida<strong>de</strong> do<br />

cenário atual em que a empresa está inserida. Método Histórico: observou-se a<br />

evolução da empresa pesquisada, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a sua fundação.<br />

3.1 Processo <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> áreas cinzentas na empresa<br />

Uma das práticas fundamentais <strong>de</strong> <strong>um</strong>a organização é a clara <strong>de</strong>finição<br />

<strong>de</strong> cargos e funções como forma <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar todos os responsáveis pelas<br />

ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>corridas no processo operacional. Quando essas ativida<strong>de</strong>s não<br />

são corretamente exercidas, não havendo a i<strong>de</strong>ntificação dos respectivos<br />

responsáveis por essas áreas e os custos e receitas gerados por elas não são<br />

apurados individualmente, não há como existir <strong>um</strong> controle efetivo por parte<br />

dos gestores a respeito <strong>de</strong> qual área está apresentando dificulda<strong>de</strong>s em<br />

alcançar a missão da empresa.<br />

Geralmente essas áreas apresentam pouca produtivida<strong>de</strong>, sendo<br />

encobertas pelo resultado obtido por outros setores. Esses setores são<br />

consi<strong>de</strong>rados as áreas cinzentas <strong>de</strong>ntro da organização. Os processos<br />

tradicionais <strong>de</strong> apuração e mensuração dos custos e receitas traduzem-se por<br />

mensurações insipientes e alocações arbitrárias aos <strong>de</strong>partamentos. A<br />

<strong>de</strong>smotivação dos gestores é fato não raro nas empresas, principalmente pelo<br />

reflexo <strong>de</strong> mensurações ina<strong>de</strong>quadas e <strong>de</strong> resultados <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões<br />

tomadas <strong>de</strong> forma geral, sem <strong>um</strong>a análise mais <strong>de</strong>talhada.<br />

3.1.1 As possíveis áreas cinzentas da empresa<br />

Observou-se as seguintes características, que <strong>de</strong>spertam a possibilida<strong>de</strong><br />

da existência <strong>de</strong>ssas áreas.<br />

48


3.1.1.1 Alocação dos custos fixos e variáveis<br />

O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>gestão</strong> econômica GECON, dá ênfase a Margem <strong>de</strong><br />

Contribuição, ou seja, os custos variáveis incorridos em cada operação<br />

realizada pela empresa. Os custos fixos <strong>de</strong>vem ser alocados somente ao final<br />

<strong>de</strong> cada período em que se preten<strong>de</strong> analisar.<br />

Na empresa pesquisada, observa-se que os custos fixos e variáveis<br />

incorridos em cada locação não são calculados isoladamente, e a empresa<br />

abate do valor total das receitas <strong>de</strong> todos os ônibus o total <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas no<br />

mês.<br />

No mo<strong>de</strong>lo proposto, por este trabalho, o gestor da Abreu Turística,<br />

po<strong>de</strong>rá alocar os custos fixos e variáveis <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> cada locação, em<br />

conformida<strong>de</strong> a área (ônibus) geradora, obtendo <strong>um</strong>a visão individualizada,<br />

para apoio em suas <strong>de</strong>cisões.<br />

3.1.1.2 Controle <strong>de</strong> manutenção<br />

Para o controle da manutenção dos ônibus <strong>de</strong> sua frota a empresa<br />

pesquisada faz uso <strong>de</strong> planilhas em Excel, on<strong>de</strong> são lançados todos os valores<br />

com manutenções dos ônibus <strong>de</strong> forma geral. Por não alocar os custos com<br />

manutenções a cada locação realizada por cada ônibus a empresa não dispõe<br />

<strong>de</strong> <strong>um</strong> histórico individual <strong>de</strong> troca <strong>de</strong> peças.<br />

No <strong>de</strong>senvolvimento do mo<strong>de</strong>lo sugerido, o gestor po<strong>de</strong> alocar os custos<br />

com manutenções em cada locação, po<strong>de</strong>ndo analisar se o seu resultado foi<br />

comprometido em relação à margem aplicada a cada viagem.<br />

3.1.1.3 Reserva financeira<br />

49


A empresa pesquisada <strong>de</strong>senvolve <strong>um</strong>a vistoria por ônibus a cada<br />

retorno <strong>de</strong> viagem, on<strong>de</strong> são i<strong>de</strong>ntificados os possíveis problemas mecânicos e<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> trocas <strong>de</strong> peças antes do seu completo <strong>de</strong>sgaste. Apesar<br />

<strong>de</strong>stes cuidados, a empresa não dispõe atualmente <strong>de</strong> <strong>um</strong> planejamento para<br />

formação <strong>de</strong> <strong>um</strong>a reserva financeira para estas <strong>de</strong>spesas, e nem para a<br />

substituição dos ônibus, apenas acrescenta <strong>um</strong>a porcentagem junto a todos os<br />

custos envolvidos nas locações.<br />

De acordo com o Mo<strong>de</strong>lo GECON as receitas provenientes das locações<br />

são receitas variáveis, e os custos com manutenção, em gran<strong>de</strong> parte possuem<br />

<strong>um</strong>a média fixa, não tendo nenh<strong>um</strong>a relação com o quilômetro rodado.<br />

Pensando na otimização dos resultados da Abreu Turística,<br />

<strong>de</strong>senvolveu-se neste trabalho, <strong>um</strong>a forma <strong>de</strong> planejar essa reserva financeira,<br />

tanto para imprevistos, quanto para renovação da frota. Ao apropriar<br />

proporcionalmente a cada locação <strong>um</strong> valor que correspon<strong>de</strong> a <strong>de</strong>preciação<br />

econômica <strong>de</strong> cada ônibus, a empresa passa a constituir <strong>um</strong>a reserva<br />

financeira, além <strong>de</strong> avaliar seus bens a valor <strong>de</strong> mercado, mensurando o valor<br />

real <strong>de</strong> seus ativos, em moeda corrente, diferentemente da <strong>de</strong>preciação<br />

contábil.<br />

3.1.1.4 Custos das locações<br />

Na Abreu Turística informações consi<strong>de</strong>radas importantes na realização<br />

dos custos das locações como os pedágios, têm seu valor estimado através <strong>de</strong><br />

<strong>um</strong>a média calculada pela própria empresa. Por tratar-se <strong>de</strong> <strong>um</strong>a informação<br />

estratégica, esta se apresenta <strong>de</strong> forma insuficiente.<br />

De acordo com o GECON, as <strong>de</strong>cisões não po<strong>de</strong>m ser tomadas com<br />

base na incerteza <strong>de</strong> custos consi<strong>de</strong>rados importantes na realização dos<br />

serviços prestados.<br />

3.1.1.5 Desenvolvimento do planejamento estratégico<br />

50


De acordo com Catelli (2006), n<strong>um</strong> ambiente <strong>de</strong> turbulências e <strong>de</strong><br />

gran<strong>de</strong> competição entre as empresas, a única saída para os gestores<br />

alcançarem seus objetivos é planejar cuidadosamente as ações que preten<strong>de</strong>m<br />

empreen<strong>de</strong>r reavaliando, <strong>de</strong> tempos em tempos, o <strong>de</strong>sempenho efetuado em<br />

relação ao <strong>de</strong>sempenho planejado. Observou-se que o planejamento<br />

estratégico é realizado na Abreu Turística, mas em gran<strong>de</strong> parte, <strong>de</strong> forma<br />

empírica. Sem o estabelecimento <strong>de</strong> diretrizes <strong>de</strong>senhadas durante esse<br />

processo não há a fixação <strong>de</strong> objetivos, e nem a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> alternativas<br />

<strong>de</strong> ação.<br />

Conforme o GECON, a falta <strong>de</strong>sse processo impe<strong>de</strong> a viabilização <strong>de</strong><br />

<strong>um</strong>a visão <strong>de</strong> longo prazo baseada em conceitos pré-estabelecidos.<br />

3.1.1.6 Controle da execução das ativida<strong>de</strong>s<br />

Entre os principais problemas <strong>de</strong> <strong>gestão</strong> da Abreu Turística está a<br />

execução das ativida<strong>de</strong>s, <strong>um</strong>a vez que o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>gestão</strong> não está explicitado<br />

claramente. Faltam diretrizes aos procedimentos, tanto administrativos, quanto<br />

operacionais.<br />

Conforme Catelli (2006) para que haja <strong>um</strong> processo <strong>de</strong> <strong>gestão</strong> <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong><br />

<strong>um</strong>a organização é necessário dar início ao planejamento estratégico,<br />

passando pelo operacional para enfim se chegar à execução das ativida<strong>de</strong>s, <strong>de</strong><br />

forma estruturada. Estes procedimentos facilitam o controle das operações.<br />

Na empresa pesquisada o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>gestão</strong> não está claramente<br />

<strong>de</strong>finido para todos os gestores. Essa falha no mo<strong>de</strong>lo interfere atualmente <strong>de</strong><br />

forma significativa no controle das ativida<strong>de</strong>s da empresa.<br />

3.1.1.7 Cálculo do custo do combustível<br />

Atualmente na Abreu Turística, o cálculo do custo do combustível é<br />

obtido pela divisão dos quilômetros da viagem, pelo rendimento do veículo<br />

51


(km/l), <strong>de</strong> acordo com o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> cada ônibus, multiplicado pelo preço do<br />

diesel.<br />

Juntamente a esse cálculo <strong>de</strong>ve ser consi<strong>de</strong>rado que o veículo,<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo do percurso, está sujeito a <strong>um</strong>a exigência maior (trechos <strong>de</strong><br />

subida), ou pontos <strong>de</strong> parada que a<strong>um</strong>entam o cons<strong>um</strong>o por quilômetro<br />

rodado. Outro fator importante é a forma <strong>de</strong> condução dos motoristas.<br />

Visando a otimização dos resultados da empresa, esse cálculo <strong>de</strong>ve ser<br />

utilizado apenas como base <strong>de</strong> custos, e não para a apuração real do custo do<br />

combustível. Deve ser feita <strong>um</strong>a análise individual <strong>de</strong> cada percurso levando<br />

em consi<strong>de</strong>ração essas variáveis.<br />

3.1.1.8 Formação do preço das locações<br />

Ao longo <strong>de</strong>sse trabalho observou-se que para a formação do preço das<br />

locações, são acrescentados ao cálculo do combustível os valores dos<br />

pedágios, as diárias do motorista, e <strong>de</strong> acordo com a <strong>gestão</strong> da empresa<br />

acrescenta-se <strong>um</strong>a porcentagem relativa aos custos <strong>de</strong> manutenção<br />

preventiva.<br />

Como já foi citado anteriormente, por não alocar os custos com<br />

manutenções a cada locação, realizada por cada ônibus, a empresa não<br />

dispõe <strong>de</strong> <strong>um</strong> histórico individual <strong>de</strong> troca <strong>de</strong> peças.<br />

O mo<strong>de</strong>lo GECON prega que se o patrimônio da empresa é alterado por<br />

<strong>um</strong>a ação realizada, esta <strong>de</strong>ve ser reconhecida, i<strong>de</strong>ntificada, classificada,<br />

registrada e ac<strong>um</strong>ulada, permitindo ao gestor <strong>um</strong>a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão mais<br />

acertada.<br />

3.2 Estruturação das informações<br />

Uma <strong>de</strong>finição muito simples sobre a informação é <strong>de</strong> que ela se trata <strong>de</strong><br />

<strong>um</strong> dado trabalhado, que permite ao executivo tomar as <strong>de</strong>cisões em <strong>um</strong>a<br />

52


organização. Quando <strong>um</strong> dado é processado e armazenado <strong>de</strong> forma<br />

compreensível para seu receptor, apresenta valor real para as <strong>de</strong>cisões. As<br />

organizações <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m <strong>de</strong> informações <strong>de</strong> naturezas distintas para alcançar<br />

seus objetivos. Segundo SANTOS (2009) as informações são classificadas em<br />

três níveis:<br />

a) informação <strong>de</strong> nível institucional: permite aos diretores, presi<strong>de</strong>ntes<br />

sócios ou proprietários a observação das alterações presentes nos<br />

ambientes externo e interno da organização, com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

monitorar e avaliar o <strong>de</strong>sempenho e subsidiar o planejamento e as<br />

<strong>de</strong>cisões da alta cúpula;<br />

b) informação <strong>de</strong> nível intermediário: permite aos gestores e<br />

supervisores também observar essas variáveis, monitorando e<br />

avaliando seus processos, o planejamento e a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões<br />

<strong>de</strong> nível gerencial;<br />

c) informação <strong>de</strong> nível operacional: possibilita ao nível operacional<br />

executar suas ativida<strong>de</strong>s e tarefas, monitorar o espaço geográfico<br />

sob sua responsabilida<strong>de</strong> e subsidiar o planejamento e a tomada <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> nível operacional.<br />

3.3 Desenvolvimento dos campos do mo<strong>de</strong>lo<br />

Os campos do mo<strong>de</strong>lo proposto por este trabalho foram <strong>de</strong>senvolvidos a<br />

partir da necessida<strong>de</strong> da empresa em utilizar <strong>um</strong>a ferramenta, que permitisse<br />

<strong>um</strong>a análise individual dos custos e da aplicação da margem <strong>de</strong> contribuição<br />

<strong>de</strong>sejada a cada locação.<br />

De acordo com o mo<strong>de</strong>lo GECON, os campos foram criados para<br />

elencar os dados provenientes <strong>de</strong> informações estratégicas, sendo estas,<br />

imprescindíveis para formação do valor da locação.<br />

3.3.1 Dados da empresa<br />

53


locação.<br />

I<strong>de</strong>ntificação da razão social da empresa, da qual o ônibus irá realizar a<br />

3.3.2 Gestão econômica por viagem<br />

I<strong>de</strong>ntificação do ônibus <strong>de</strong> acordo com mo<strong>de</strong>lo, placa e prefixo.<br />

3.3.3 Dados da viagem<br />

a) número da viagem: este campo apresenta o número da viagem<br />

realizada pelo ônibus, antecedido pelo seu prefixo, que é o número<br />

do ônibus. Dessa forma a empresa terá o controle <strong>de</strong> quantas<br />

viagens cada <strong>um</strong> realizará;<br />

b) percurso das viagens: este campo informa a cida<strong>de</strong> origem e a<br />

cida<strong>de</strong> <strong>de</strong>stino;<br />

c) total <strong>de</strong> quilômetros: são os quilômetros percorridos da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

origem até a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong>stino. Deve-se informar somente os<br />

quilômetros <strong>de</strong> ida;<br />

d) responsável pelas viagens: é a pessoa responsável pela locação do<br />

ônibus;<br />

e) telefone: meio <strong>de</strong> comunicação do responsável pela viagem;<br />

f) data e horário da ida <strong>de</strong> volta: data e horário em que o locatário<br />

contrata o ônibus para iniciar e retornar a viagem;<br />

g) dias a disposição: quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dias em que o ônibus estará à<br />

disposição do locatário. Por meio <strong>de</strong>ssa informação, será calculado o<br />

valor da diária do motorista e a <strong>de</strong>preciação econômica do ônibus;<br />

h) en<strong>de</strong>reço para embarque e <strong>de</strong>sembarque: é o local on<strong>de</strong> serão<br />

embarcados e <strong>de</strong>sembarcados os passageiros;<br />

54


i) custos <strong>de</strong> pedágios: este campo <strong>de</strong>ve conter os valores referentes<br />

aos pedágios calculados por eixo <strong>de</strong> acordo com o mo<strong>de</strong>lo do ônibus,<br />

por trecho a ser percorrido, ou seja, na ida e volta;<br />

j) margem aplicada: é a porcentagem <strong>de</strong> lucro que o locador preten<strong>de</strong><br />

obter por locação;<br />

3.3.4 Demonstração dos custos variáveis da viagem<br />

Este item é constituído <strong>de</strong> vários campos que totalizam o valor dos<br />

custos variáveis incorridos em cada locação a seguir:<br />

a) quilômetros percorridos: a soma da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> quilômetros <strong>de</strong> ida<br />

e volta percorridos na viagem;<br />

b) valor do combustível: contém o valor unitário do litro <strong>de</strong> combustível a<br />

preço <strong>de</strong> mercado;<br />

c) combustível necessário: apresenta o total em litros da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

combustível utilizado na viagem;<br />

d) <strong>de</strong>spesa com combustível: apresenta o total em valores da<br />

quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> combustível utilizado na viagem;<br />

e) pedágios: soma dos gastos com pedágio ida e volta;<br />

f) diária do motorista: o valor presente neste campo é calculado <strong>de</strong><br />

acordo com o período em que o ônibus fica a disposição do cliente;<br />

g) <strong>de</strong>preciação: neste campo calcula-se proporcionalmente ao valor da<br />

locação <strong>um</strong> valor que representa a <strong>de</strong>preciação econômica do<br />

ônibus. Este cálculo é realizado através da divisão do valor do ônibus<br />

a preço <strong>de</strong> mercado, pela quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> meses em que a empresa<br />

preten<strong>de</strong> renovar sua frota. O resultado <strong>de</strong>sse cálculo divi<strong>de</strong>-se por<br />

30 que correspon<strong>de</strong> a <strong>de</strong>preciação diária;<br />

h) outros custos: são custos eventuais que po<strong>de</strong>m ocorrer durante a<br />

viagem.<br />

3.3.5 Valor da locação<br />

55


O valor da locação é formado pela soma dos custos variáveis mais a<br />

porcentagem da margem <strong>de</strong> contribuição aplicada pelo locador.<br />

3.3.6 Margem líquida<br />

É o valor total da locação menos o valor total dos custos variáveis, ou<br />

seja, é o lucro líquido obtido por cada locação.<br />

3.3.7 Média por passageiro<br />

Dispõe o valor da passagem. É obtido através da divisão do valor total<br />

da locação pela quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> lugares, <strong>de</strong> acordo com o mo<strong>de</strong>lo do ônibus.<br />

3.3.8 Observações<br />

Deverá constar a avaliação geral do <strong>de</strong>sempenho do ônibus por locação<br />

ou alg<strong>um</strong> outro tipo <strong>de</strong> ocorrência.<br />

3.4 Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>gestão</strong> econômica por viagem.<br />

O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>senvolvido está <strong>de</strong>monstrado no apêndice E.<br />

3.4.1 Res<strong>um</strong>o geral do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>gestão</strong> econômica por viagem<br />

56


De acordo com o princípio da Contabilida<strong>de</strong> divisional estabelecido pelo<br />

GECON, as locações dispostas individualmente para análise dos gestores<br />

apresentam-se consolidadas em <strong>um</strong> res<strong>um</strong>o geral ao final da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

locações realizadas por cada ônibus da frota. Por meio <strong>de</strong>sse res<strong>um</strong>o, essas<br />

informações irão alimentar o <strong>de</strong>monstrativo do resultado econômico<br />

possibilitando a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> qual ônibus, ao final do período, apresentou<br />

maior ou menor contribuição ao resultado final da empresa. Esse res<strong>um</strong>o está<br />

<strong>de</strong>monstrado no apêndice F.<br />

3.4.2 Demonstração do resultado econômico<br />

Para consolidar as receitas e <strong>de</strong>spesas incorridas em cada locação,<br />

<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> <strong>um</strong> período mensal, utiliza-se neste trabalho, o <strong>de</strong>monstrativo do<br />

resultado econômico, que aloca os custos fixos após a retirada da soma dos<br />

custos variáveis do valor da margem <strong>de</strong> contribuição aplicada. Baseando-se<br />

nas premissas do mo<strong>de</strong>lo GECON e visando obter <strong>um</strong> conceito <strong>de</strong> lucro e<br />

patrimônio corretos, sob critérios econômicos, este mo<strong>de</strong>lo foi <strong>de</strong>senvolvido<br />

através do aprimoramento <strong>de</strong> <strong>um</strong>a ferramenta contábil, o <strong>de</strong>monstrativo do<br />

resultado do exercício (DRE).<br />

Será apresentado neste mo<strong>de</strong>lo <strong>um</strong> <strong>de</strong>monstrativo do resultado<br />

econômico para todos os ônibus da frota <strong>de</strong>monstrado no apêndice G.<br />

Cada ônibus é <strong>um</strong> centro <strong>de</strong> resultados e custos e possuem<br />

particularida<strong>de</strong>s distintas, mesmo que os mo<strong>de</strong>los dos ônibus sejam idênticos,<br />

seus resultados não serão. Desta forma, i<strong>de</strong>ntifica-se qual contribuiu mais ou<br />

menos para a formação do resultado econômico da empresa. Ao final do mês<br />

em que serão analisados os dados, os gestores farão uso também, do<br />

<strong>de</strong>monstrativo do resultado econômico consolidado, on<strong>de</strong> se apresenta a soma<br />

<strong>de</strong> todas as unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> negócio. Os campos são assim distribuídos:<br />

a) receita operacional bruta: representa os valores das locações;<br />

b) <strong>de</strong>dução sobre a receita bruta: é composta pelos abatimento dos<br />

impostos inci<strong>de</strong>ntes sobre os serviços prestados e <strong>de</strong>scontos<br />

concedidos a clientes;<br />

57


c) receita operacional líquida: é o resultado das receitas brutas menos<br />

as <strong>de</strong>duções;<br />

d) <strong>de</strong>spesas variáveis: são aquelas que inci<strong>de</strong>m diretamente sobre as<br />

locações, tais como <strong>de</strong>spesas com combustível, pedágio, diária do<br />

motorista e outras <strong>de</strong>spesas;<br />

e) margem <strong>de</strong> contribuição: é o valor, ou percentual, que sobra das<br />

locações, menos as <strong>de</strong>spesas variáveis. A margem <strong>de</strong> contribuição<br />

representa o quanto a empresa tem para pagar as <strong>de</strong>spesas fixas e<br />

gerar o lucro líquido;<br />

f) <strong>de</strong>spesas fixas: são as <strong>de</strong>spesas administrativas realizadas no<br />

funcionamento da empresa;<br />

g) o lucro líquido: é o resultado da margem <strong>de</strong> contribuição menos as<br />

<strong>de</strong>spesas fixas, representa o resultado econômico da organização e<br />

tem por objetivo remunerar o investimento e a<strong>um</strong>entar o patrimônio<br />

da empresa.<br />

O principal objetivo <strong>de</strong>ssa pesquisa é a otimização dos resultados<br />

econômicos obtidos pela Abreu Turística.<br />

58


PROPOSTA DE INTERVENÇÃO<br />

Diante das necessida<strong>de</strong>s observadas ao <strong>de</strong>correr <strong>de</strong>ssa pesquisa,<br />

propomos a empresa Abreu Turística:<br />

A implantação do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>gestão</strong> econômica <strong>de</strong>senvolvido, baseado<br />

nas premissas do mo<strong>de</strong>lo GECON, para cada ônibus da frota, possibilitando<br />

i<strong>de</strong>ntificar qual ônibus contribui mais ou menos para a formação do resultado<br />

da empresa. Por meio <strong>de</strong>sse mo<strong>de</strong>lo os gestores passarão a alocar seus<br />

custos fixos apenas após a retirada dos custos variáveis <strong>de</strong> sua margem <strong>de</strong><br />

contribuição. Este procedimento gera resultados mais eficazes, atuando<br />

positivamente nas tomadas <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões e na otimização dos resultados da<br />

organização. O controle <strong>de</strong>ssas informações será atingido através da utilização<br />

<strong>de</strong> <strong>um</strong>a planilha <strong>de</strong>senvolvida <strong>de</strong> forma a permitir <strong>um</strong>a análise individual dos<br />

custos e da aplicação da margem <strong>de</strong> contribuição <strong>de</strong>sejada a cada locação.<br />

Por meio <strong>de</strong> <strong>um</strong> <strong>de</strong>monstrativo consolidado, a Abreu Turística terá em<br />

mãos <strong>um</strong>a ferramenta que disponibilizará respostas eficazes em <strong>um</strong> menor<br />

período <strong>de</strong> tempo, abrindo espaço aos gestores para que partam em busca <strong>de</strong><br />

informações estratégicas, em <strong>um</strong> ambiente extremamente competitivo e em<br />

constante mutação.<br />

59


CONCLUSÃO<br />

Através <strong>de</strong>ssa pesquisa conclui-se que, a aplicação <strong>de</strong> <strong>um</strong> mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />

<strong>gestão</strong> econômica permite resultados mais eficazes nas <strong>de</strong>cisões empresariais.<br />

Segundo a ótica do GECON, a i<strong>de</strong>ntificação dos custos e <strong>de</strong>spesas<br />

inci<strong>de</strong>ntes nas locações da empresa Abreu Turística é importante, mas não<br />

<strong>de</strong>senvolve resultados satisfatórios quando analisados <strong>de</strong> forma generalizada.<br />

Conforme foi constatado, através da opinião dos diversos autores<br />

pesquisados, a Contabilida<strong>de</strong> divisional instituída pelo GECON, tem como<br />

objetivo principal o aprimoramento dos resultados da empresa por unida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

negócio.<br />

Na empresa pesquisada foi consi<strong>de</strong>rado cada ônibus da frota como <strong>um</strong><br />

centro <strong>de</strong> custo individual, gerador <strong>de</strong> custos, <strong>de</strong>spesas e resultados. Esse tipo<br />

<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação permitiu à empresa Abreu Turística <strong>um</strong>a nova visão<br />

administrativa, agregando valor aos seus serviços.<br />

A pesquisa fundamenta que através da aplicação do GECON, a<br />

empresa consegue otimizar os lucros, o que influencia nas <strong>de</strong>cisões, visando a<br />

eficácia operacional e o resultado positivo da empresa.<br />

Para os autores a presente pesquisa agregou <strong>um</strong>a série <strong>de</strong><br />

conhecimentos contábeis, vistos sob outro aspecto, o econômico.<br />

Diante da realida<strong>de</strong> atual das empresas, concluímos que os sistemas<br />

tradicionais <strong>de</strong> contabilida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> controles gerenciais po<strong>de</strong>m ser otimizados,<br />

por meio da utilização do sistema GECON.<br />

60


REFERÊNCIAS<br />

BEAL, A. Gestão estratégica da informação: como transformar a informação<br />

e a tecnologia da informação em fatores <strong>de</strong> crescimento e <strong>de</strong> alto <strong>de</strong>sempenho<br />

nas organizações. São Paulo: Atlas, 2004.<br />

CATELLI, A. Controladoria <strong>um</strong>a abordagem da <strong>gestão</strong> econômica GECON.<br />

São Paulo: Atlas, 2001.<br />

______. Controladoria <strong>um</strong>a abordagem da <strong>gestão</strong> econômica GECON. 2.<br />

ed. São Paulo: Atlas, 2006.<br />

CORNACHIONE JÚNIOR, E. B. Prototipação em sistemas <strong>de</strong> informações<br />

gerenciais: <strong>um</strong>a abordagem <strong>de</strong> <strong>gestão</strong> econômica <strong>de</strong> empresas. Gecon, São<br />

Paulo, 2009. Disponível<br />

em: < http://www.gecon.com.br/down_artigos.asp> Acesso em: 12 jul. 2009.<br />

______. Sistemas integrados <strong>de</strong> <strong>gestão</strong>: arquitetura, método e implantação.<br />

São Paulo: Atlas, 2001.<br />

FERNANDES, J. L. N. O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> mensuração do sistema <strong>de</strong> <strong>gestão</strong><br />

econômica – GECON – como <strong>um</strong>a efetiva resposta para a área <strong>de</strong><br />

controladoria. Núcleo <strong>de</strong> educação a distancia NEAD, Belém, jun. 2004.<br />

Disponível em:<br />

Acesso em<br />

10 jul. 2009.<br />

FIGUEIREDO, S.; CAGGIANO, P. C. Controladoria: teoria e prática. 2. ed.<br />

São Paulo: Atlas, 1997.<br />

MIRANDA, L. C.; WANDERLEY, C. A.; MEIRA, J. M. ABM versus GECON:<br />

<strong>um</strong>a análise comparativa. Scielo Scientific Eletronic Library Online, São<br />

Paulo, abr. 2003. Disponível em: <br />

Acesso em: 23 jul. 2009.<br />

MOSIMANN, C. P.; FISCH, S. Controladoria: seu papel na administração <strong>de</strong><br />

empresas. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1999.<br />

PADOVEZE, C. L. Controladoria estratégica e operacional: conceitos,<br />

estrutura e aplicação. São Paulo: Thomson, 2003.<br />

PEREIRA, G. S. P.; BARAÚNA, M. L. P. S. Custo <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong> sob o<br />

enfoque do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>gestão</strong> econômica GECON. Contábeis UCS – Carvi,<br />

Bento Gonçalves, 13 ago. 2003. Disponível em:<br />

< www.ccontabeis.com.br/conv/t33.pdf> Acesso em 23 jul. 2009.<br />

SANTOS, A.; LEÃO, L. C. G.; MÁRIO, P. C. Avaliação dos passivos exigíveis:<br />

<strong>um</strong>a contribuição ao mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> mensuração segundo a ótica da <strong>gestão</strong><br />

econômica. Gecon, São Paulo, 2009. Disponível<br />

em: < http://www.gecon.com.br/down_artigos.asp> Acesso em: 15 jul. 2009.<br />

61


SANTOS, A. R. P. Contribuição à estruturação <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> informações<br />

<strong>de</strong> controladoria estratégica: <strong>um</strong> estudo <strong>de</strong> caso exploratório em<br />

empresas <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte. 2006. Dissertação (Mestrado em Administração)-<br />

Universida<strong>de</strong> Metodista <strong>de</strong> Piracicaba, Piracicaba.<br />

SILVA, A. R.; PENARIOL, M. C. Uma contribuição à mensuração do<br />

resultado econômico sob a ótica do mo<strong>de</strong>lo GECON (Gestão Econômica).<br />

2004. <strong>Monografia</strong> (Pós-Graduação em Contabilida<strong>de</strong>, Finanças e Auditoria) –<br />

Faculda<strong>de</strong> Salesiana <strong>de</strong> Lins, Lins.<br />

TÓFOLI, I. Administração financeira empresarial: <strong>um</strong>a tratativa prática.<br />

Campinas: Arte Brasil Editora, 2008.<br />

62


APÊNDICES<br />

63


1 INTRODUÇÃO<br />

APÊNDICE A – Roteiro <strong>de</strong> Estudo <strong>de</strong> Caso<br />

Será realizado <strong>um</strong>a analise do sistema <strong>de</strong> <strong>gestão</strong> existente na empresa<br />

Abreu Turística com o objetivo <strong>de</strong> aprimorar esse sistema buscando a<br />

otimização dos resultados econômicos da empresa. Serão apresentados os<br />

objetivos do estudo <strong>de</strong> caso, os métodos e técnicas utilizadas, assim como o<br />

local e o período da coleta <strong>de</strong> dados.<br />

1.1 Relato do trabalho realizado referente ao assunto estudado<br />

(a) Descrição dos sistemas <strong>de</strong> informações e métodos empregados pela<br />

empresa; e<br />

(b) Entrevista com o gerente administrativo e o proprietário,<br />

responsáveis pelo sistema <strong>de</strong> informações.<br />

(c) I<strong>de</strong>ntificar o grau <strong>de</strong> integração entre os sistemas <strong>de</strong> informações<br />

utilizados pela empresa; e<br />

(d) Realizar <strong>um</strong>a análise sobre o processo informacional da empresa<br />

1.2 Discussão<br />

partindo da informação contábil à informação <strong>de</strong> <strong>gestão</strong> econômica.<br />

Serão discutidos os procedimentos práticos utilizados pela empresa em<br />

relação à teoria dos primeiros capítulos.<br />

1.3 Parecer final sobre o caso e sugestões sobre manutenções ou<br />

modificações <strong>de</strong> procedimentos.<br />

64


APÊNDICE B - Roteiro <strong>de</strong> Observação Sistemática<br />

I I<strong>de</strong>ntificação da Empresa<br />

Localização:<br />

Ativida<strong>de</strong> Econômica:<br />

Número <strong>de</strong> Funcionários:<br />

Porte:<br />

II ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS<br />

1- Área Administrativa<br />

2- I<strong>de</strong>ntificação dos custos e <strong>de</strong>spesas inci<strong>de</strong>ntes nas operações da<br />

empresa<br />

3- I<strong>de</strong>ntificar o processo informacional <strong>de</strong> <strong>gestão</strong> contábil e econômica<br />

da empresa<br />

65


APÊNDICE C - Roteiro <strong>de</strong> Entrevista com o Gerente Administrativo<br />

I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO<br />

Qualificação profissional:<br />

Tempo <strong>de</strong> atuação na empresa:<br />

Formação acadêmica:<br />

Residência (cida<strong>de</strong>):<br />

II PERGUNTAS ESPECÍFICAS<br />

1 O que sua empresa consi<strong>de</strong>ra como informações <strong>de</strong> <strong>gestão</strong> econômica?<br />

...............................................................................................................................<br />

...............................................................................................................................<br />

...............................................................................................................................<br />

2 Qual o método utilizado para o controle dos custos da frota da empresa?<br />

...............................................................................................................................<br />

...............................................................................................................................<br />

...............................................................................................................................<br />

3 Existe <strong>um</strong> planejamento estratégico formal na empresa?<br />

...............................................................................................................................<br />

...............................................................................................................................<br />

...............................................................................................................................<br />

4 As <strong>de</strong>cisões da empresa são tomadas com informações provenientes dos<br />

resultados da empresa?<br />

...............................................................................................................................<br />

...............................................................................................................................<br />

...............................................................................................................................<br />

66


APÊNDICE D - Roteiro <strong>de</strong> Entrevista com o Proprietário<br />

I IDENTIFICAÇÃO<br />

Qualificação profissional:<br />

Tempo <strong>de</strong> atuação na empresa:<br />

Formação acadêmica:<br />

Residência (cida<strong>de</strong>):<br />

II PERGUNTAS ESPECÍFICAS<br />

1 Quais as dificulda<strong>de</strong>s encontradas na empresa para a implantação <strong>de</strong> <strong>um</strong><br />

sistema <strong>de</strong> <strong>gestão</strong> econômica?<br />

...............................................................................................................................<br />

...............................................................................................................................<br />

...............................................................................................................................<br />

2 Como empresário você tem recebido atenção necessária do seu contador em<br />

relação ao controle dos custos visando <strong>um</strong>a melhoria do lucro da sua<br />

empresa?<br />

...............................................................................................................................<br />

...............................................................................................................................<br />

...............................................................................................................................<br />

3 Com o sistema utilizado hoje pela sua empresa e possível obter a<br />

mensuração da eficácia <strong>de</strong> seus resultados econômicos?<br />

...............................................................................................................................<br />

...............................................................................................................................<br />

...............................................................................................................................<br />

67


APÊNDICE E – Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>gestão</strong> econômica por viagem<br />

DIEGO MODESTO DE ABREU ME<br />

CNPJ 08.150.679/0001-07<br />

Inscrição Municipal 5.107<br />

GESTÃO ECONÔMICA POR VIAGEM<br />

Carro: Marcopolo Paradiso G6 Placas: Prefixo: 600<br />

DADOS DA VIAGEM Viagem n. 600 1 - 2009<br />

Percurso da Viagem LINS até PROMISSÃO Total (em km) 30<br />

Responsável pela viagem: Telefone:<br />

Data da ida: __/__/__ Horário:<br />

Data do retorno : __/__/__ Horário:<br />

Dias à Disposição do Veículo: 1<br />

En<strong>de</strong>reço para embarque e <strong>de</strong>sembarque:<br />

Custo <strong>de</strong> pedágios Ida: 18,90<br />

Custo <strong>de</strong> pedágios Volta: MARGEM APLICADA 60%<br />

Kilometros percorridos: 60<br />

Valor do combustível: 2,12<br />

Combustível necessário (litros): 22,22<br />

Despesas com combustível: 47,11<br />

Pedágios: 18,90<br />

Diária do motorista: 30,00<br />

Depreciação: 83,33<br />

Outros custos: 25,00<br />

Total dos custos variáveis 204,34<br />

VALOR DA LOCACAO 326,95<br />

MARGEM LIQUIDA 122,61<br />

MEDIA/PASSAGEIRO 6,81<br />

Observações ______________________________________________________<br />

_______________________________________________________________________<br />

_______________________________________________________________________<br />

_______________________________________________________________________<br />

_______________________________________________________________________<br />

_______________________________________________________________________<br />

68


APÊNDICE F – Res<strong>um</strong>o geral do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>gestão</strong> econômica por viagem<br />

DIEGO MODESTO DE ABREU ME<br />

CNPJ 08.150.679/0001-07<br />

Inscrição Municipal 5.107<br />

RESUMO GERAL<br />

Kilometros percorridos: 60<br />

Valor do combustível: 2,12<br />

Combustível necessário (litros): 22,22<br />

Despesas com combustível: 47,11<br />

Pedágios: 18,90<br />

Diária do motorista: 30,00<br />

Depreciação: 83,33<br />

Outros custos: 25,00<br />

Total dos custos variáveis: 204,34<br />

VALOR DA LOCACAO 326,95<br />

MARGEM LIQUIDA 122,61<br />

MEDIA/PASSAGEIRO 6,81<br />

69


DEMONSTRACAO DO RESULTADO ECONOMICO<br />

R$ % R$ % R$ % R$ % R$ %<br />

RECEITA OPERACIONAL BRUTA Carro 600 Carro 1000 Carro 9012 C C Carro 9015 Consolidado<br />

Receitas <strong>de</strong> Locações 326,95 100% 100% 100%<br />

100%<br />

326,95 100%<br />

Dedução sobre a Receita Bruta<br />

Simples Nacional (13,08) 4,0% - 100% - 100% - 100% (13,08) 4,0%<br />

RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA<br />

313,87 96,0% - - - 313,87 96,0%<br />

DESPESAS VARIÁVEIS<br />

Combustíveis 47,11 -14,4% 47,11 -14,4%<br />

Pedágios 18,90 -5,8% 18,90 -5,8%<br />

Diárias dos motoristas 30,00 -9,2% 30,00 -9,2%<br />

Custo <strong>de</strong> reposição (<strong>de</strong>preciação) 83,33 -25,5% 83,33 -25,5%<br />

Outras <strong>de</strong>spesas 25,00 -7,6% 25,00 -7,6%<br />

TOTALDAS DESPESAS VARIÁVEIS 204,34 -62,5 204,34 -62,5%<br />

MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO<br />

122,61 37,5% 122,61 37,5%<br />

DESPESAS FIXAS<br />

Telefone 80,00 -24,5<br />

Energia elétrica<br />

TOTAL DAS DESPESAS FIXAS 80,00 -24,5<br />

LUCRO LÍQUIDO DO PERÍODO<br />

42,61 13,0<br />

APÊNDICE G – Demonstração do resultado econômico<br />

70


ANEXOS<br />

71


Foto 1: Fachada da Empresa<br />

ANEXO A – Fotos<br />

Foto 2: Alojamento para motoristas e residência da família<br />

72


Foto 3: Pátio da empresa<br />

Foto 4: Ônibus mo<strong>de</strong>lo executivo prefixo 600<br />

73


Foto 5: Ônibus mo<strong>de</strong>lo executivo prefixo 1000<br />

Foto 6: Ônibus mo<strong>de</strong>lo convencional prefixo 9012<br />

74


Foto 7: Ônibus mo<strong>de</strong>lo convencional prefixo 9015<br />

75

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