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Evolução das características físico-químicas e da maturação

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Capítulo 4 – Queijos <strong>da</strong> Beira Baixa – DOP<br />

4.2 – Queijo Picante <strong>da</strong> Beira Baixa – DOP<br />

4.2.1 – Caracterização<br />

O queijo Picante <strong>da</strong> Beira Baixa é definido no anexo III do Despacho nº 10518/2007 como sendo<br />

um queijo curado, de pasta dura ou semi-dura, cor ligeiramente acinzenta<strong>da</strong>, textura muito<br />

fecha<strong>da</strong> e quebradiça, sem crosta, obtido por esgotamento <strong>da</strong> coalha<strong>da</strong> após coagulação do leite<br />

de ovelha cru, estreme ou mistura de leite de ovelha e cabra, por acção do coalho animal e<br />

produzido na área geográfica delimita<strong>da</strong> de produção. Tem um teor de humi<strong>da</strong>de de 45 a 63%,<br />

referido ao queijo isento de matéria gor<strong>da</strong> e com um teor de gordura de 35 a 60%, referido ao<br />

resíduo seco.<br />

Apresenta uma forma de cilindro baixo (prato), com faces direitas, lisas e bordos definidos e é<br />

isento de crosta. A sua pasta é de textura fecha<strong>da</strong>, sem olhos ou com pequenos olhos<br />

irregulares apresentando uma cor branca-suja a branca – acinzenta<strong>da</strong>. O seu aroma é activo e<br />

característico, e o sabor forte e acentua<strong>da</strong>mente picante.<br />

Quanto às dimensões é admitido um diâmetro entre 10 a 15 cm, uma altura de 3 a 5 cm e um<br />

peso de 400 a 1000 g.<br />

A <strong>maturação</strong> tem um tempo mínimo de 120 a 150 dias, decorre em condições que variam entre<br />

10 a 18ºC para a temperatura e entre os 70 e os 80% para a humi<strong>da</strong>de relativa. Ao contrário de<br />

outras DOPs nacionais, também neste caso não há qualquer referência regulamentar a medi<strong><strong>da</strong>s</strong><br />

de <strong>maturação</strong> do queijo.<br />

4.2.2 - Tecnologia de fabrico<br />

O Queijo Picante <strong>da</strong> Beira Baixa tem uma forma de produção análoga à do Queijo Amarelo <strong>da</strong><br />

Beira Baixa. Assim, a tecnologia de fabrico deste tipo de queijo utiliza<strong>da</strong> na empresa onde foi<br />

efectua<strong>da</strong> parte do trabalho é exactamente a mesma que a utiliza<strong>da</strong> no fabrico do Queijo<br />

Amarelo anteriormente descrita. Em fresco os dois queijos são rigorosamente similares,<br />

podendo, inclusive, proceder do mesmo lote de produção, sendo apenas pelo processo de cura<br />

que estes dois tipos de queijo se distinguem.<br />

O aspecto mais interessante <strong>da</strong> cura é sem dúvi<strong>da</strong> a forma empírica como o queijo é tratado. O<br />

queijo é virado e raspado constantemente, é adicionado sal em to<strong><strong>da</strong>s</strong> as faces do queijo<br />

consoante a necessi<strong>da</strong>de, que é verifica<strong>da</strong> devido à consistência do queijo.<br />

Passado o tempo de cura os queijos são retirados <strong>da</strong> câmara, lavados e enviados para a<br />

expedição onde posteriormente são embalados, rotulados e acondicionados para a ven<strong>da</strong>.<br />

Este tipo de queijo tem também a particulari<strong>da</strong>de de ser apresentado ao consumidor embrulhado<br />

numa folha de alumínio, devi<strong>da</strong>mente rotulado e apresentado sobre o rótulo a marca de<br />

certificação <strong>da</strong> DOP. As fases de fabrico deste tipo de queijo estão representa<strong><strong>da</strong>s</strong> na Figura 4.<br />

P Gomes (2011). Instituto Superior de Agronomia.<br />

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