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28 DE DEZEMBRO DE 2008 CAUSA OPERÁRIA MOVIMENTO OPERÁRIO 11<br />

Diante da ofensiva dos patrões<br />

que estão preparando,<br />

Causa Operária fez um chamado<br />

a organizar uma ampla<br />

mobilização independente do<br />

movimento operário, “Todas<br />

as categorias devem se organizar<br />

para lutar contra as demissões.<br />

Uma campanha sistemática<br />

de “nenhuma demissão!”<br />

deve ser feita entre os<br />

trabalhadores. Nos casos em<br />

que a empresa vem com o<br />

CONTRA AS DEMISSÕES<br />

Ocupar as empresas<br />

No final do ano de 2008 os patrões colocam operários em férias coletivas e preparam milhares de demissões<br />

“disfarce” do PDV, como nos<br />

Correios, a campanha deve<br />

ser de Boicote ao PDV! O<br />

PDV serve para desarmar os<br />

trabalhadores para a luta contra<br />

as demissões, impedindo<br />

que se organizem e se unifiquem<br />

contra o dos patrões.<br />

Por isso, a Corrente de Oposição<br />

Nacional nos Correios do<br />

PCO, Ecetistas em Luta, está<br />

lançando desde já uma campanha<br />

contra o PDV e chama os<br />

trabalhadores a não aceitarem<br />

a chantagem da empresa. O<br />

chamado deve ser estendido a<br />

todas as categorias.<br />

A luta contra as demissões<br />

está colocada em primeiro<br />

plano nesse momento. Os patrões<br />

querem utilizar a crise<br />

para explorar ainda mais os<br />

trabalhadores, que devem se<br />

preparar para enfrentar esses<br />

ataques.<br />

A luta virá de maneira<br />

... e grandes traições<br />

MG: Ecetistas em Luta<br />

ganha processo<br />

contra a terceirização<br />

Em maio de 2008, a única<br />

ação na Justiça contra a terceirização<br />

tem ganho de causa<br />

favorável aos trabalhadores. A<br />

decisão foi uma enorme vitória<br />

dos trabalhadores e daqueles<br />

que realmente querem lutar<br />

contra a traição do governo<br />

Lula, que se diz representante<br />

do movimento sindical,<br />

na qualidade de ex-sindicalista,<br />

mas na realidade colocou<br />

em prática ataques aos trabalhadores<br />

não vistos durante o<br />

governo de FHC e de burgueses<br />

ainda mais direitistas<br />

No dia 19 de maio foi publicada<br />

a decisão sobre o processo<br />

aberto pela Corrente Ecetistas<br />

em Luta, no Estado de<br />

Minas Gerais, contra a terceirização<br />

de carteiros, motoristas,<br />

otts etc.<br />

A decisão foi uma enorme<br />

vitória dos trabalhadores e<br />

daqueles que realmente querem<br />

lutar contra a traição do<br />

governo Lula.<br />

Em nenhum outro governo,<br />

as terceirizações na ECT<br />

– Empresa Brasileira de Correios<br />

e Telégrafos foram tão<br />

intensas como no atual, apesar<br />

das diretoriais regionais do<br />

correio em nível nacional terem<br />

a participação em cargos<br />

de cúpula de ex- sindicalistas<br />

do PT e do PCdoB.<br />

A Oposição Ecetistas em<br />

Luta entrou com processos<br />

em vários estados, uma vez<br />

que não tem o poder de representar<br />

de uma vez só, nacionalmente,<br />

todos os trabalhadores.<br />

Este poder legal é<br />

monopólio da Fentect – Federação<br />

Nacional dos Trabalhadores<br />

do Correio – dirigida por<br />

PT, PCdoB, PSTU e Psol e,<br />

por isso, não existe nenhum<br />

processo nacional contra as<br />

terceirizações, nem para manter<br />

as aparências. Eles não<br />

acionam a justiça contra a<br />

ECT porque estão totalmente<br />

comprados pelo atual governo.<br />

A decisão não deixa mar-<br />

gem a dúvida de que a ECT atua<br />

de forma totalmente ilegal, contando,<br />

unicamente, que não será<br />

sequer processada pela Fentect<br />

controlada pelo Bando dos<br />

Quatro.<br />

A sentença diz o seguinte:<br />

“Em face ao exposto, resolvo,<br />

nos termos da fundamentação<br />

retro, rejeitar as preliminares e,<br />

no mérito, julgar procedentes,<br />

em parte, os pedidos formulados<br />

para determinar que a ECT<br />

se abstenha de terceirizar atividades<br />

que envolvam coleta,<br />

expedição, transporte e entrega<br />

de objetos de correspondência,<br />

valores e encomendas. Ressalvo<br />

que não está incluída na<br />

vedação a hipótese de transporte<br />

(movimentação) interno da<br />

empresa, sob pena de multa de<br />

R$ 1000,00 por trabalhador<br />

terceirizado encontrado a partir<br />

do trânsito em julgado desta<br />

decisão, que se reverterá em<br />

favor do FAT.”<br />

A própria justiça burguesa,<br />

que não atende no fundamental<br />

as reivindicações dos trabalhadores<br />

condenou a ECT, mostrando<br />

o nível de abuso feito pelo<br />

governo contra os trabalhadores.<br />

A Fentect é mais patronal<br />

que a própria justiça burguesa,<br />

na medida em que estão sendo<br />

pagos diretamente pelo governo<br />

Lula. Os sindicalistas do<br />

Bando dos Quatro PT-PCdoB-<br />

PSTU-Psol repetem exatamente<br />

a política dos antigos pelegos<br />

da ditadura militar, os quais para<br />

defender o governo se recusavam<br />

a tomar qualquer medida<br />

que pudesse trazer qualquer tipo<br />

de inconveniente aos militares e<br />

aos patrões, são caninamente<br />

traidores dos trabalhadores.<br />

A Corrente Ecetistas em Luta<br />

desde maio realiza intensa campanha<br />

nacional, entre os trabalhadores,<br />

protestando contra as<br />

terceirizações, totalmente ilegais<br />

e contrárias ao interesse do<br />

trabalhador, fazendo atos públicos,<br />

passeatas e manifestações<br />

para que elas sejam suspensas<br />

imediatamente!<br />

A maior de todas<br />

as traições<br />

Na última assembléia de<br />

greve, em abril, na primeira<br />

paralisação em defesa do adicional<br />

e periculosidade de<br />

30%, o bloco PT-PCdoB-<br />

PSTU-Psol que dirige a Fentect<br />

– Federação Nacional dos<br />

Trabalhadores do Correio - e<br />

os mais importantes sindicatos<br />

em nível nacional, como o<br />

de São Paulo, Rio de Janeiro e<br />

Brasília armaram uma das<br />

maiores, senão precisamente a<br />

maior traição já feita aos trabalhadores<br />

dos correios.<br />

Esconderam das assembléias<br />

que a direção da ECT<br />

simplesmente não iria incorporar<br />

o adicional de risco em<br />

julho, prometeram nas assembléias.<br />

Publicamente forçaram o<br />

fim da greve com a mentira de<br />

que havia sido assinado novo<br />

acordo incorporando o adicional<br />

de risco após três meses,<br />

quando a própria empresa já<br />

lhes havia entregue documen-<br />

to em que formaliza o cargo amplo,<br />

acabando com o adicional<br />

de risco, transformando-o em<br />

Adicional de Atividade de Distribuição<br />

ou Coleta – AADC.<br />

A direção da Fentect e o bloco<br />

PT-PCdoB-PSTU-Psol acabaram<br />

com a greve em São<br />

Paulo e Brasília, aceitando a<br />

proposta da empresa, tendo<br />

pleno conhecimento de que<br />

estavam entregando os 30% dos<br />

salários dos carteiros e aceitando<br />

o GCR e a política de absenteísmo<br />

da empresa definitivamente.<br />

Atuaram deliberada e cinicamente<br />

para ocultar dos trabalhadores<br />

a entrega daquilo que pelo<br />

menos metade da categoria já<br />

considerava como parte do seu<br />

salário.<br />

Mentiram para os trabalhadores,<br />

ocultaram os fatos e tramaram<br />

com a direção da empresa<br />

para colocar em prática uma<br />

política de ataque geral à categoria<br />

através, ao mesmo tempo,<br />

da implantação do cargo amplo,<br />

da liquidação do adicional de<br />

risco e abrindo caminho para a<br />

privatização da ECT que pode<br />

ocasionar dezenas de milhares<br />

de demissões.<br />

Depois assinaram o veto do<br />

governo Lula ao projeto da periculosidade,<br />

posando para fotografias,<br />

abraçados com Lula,<br />

comemorando o veto.<br />

Cinicamente, mentiram para<br />

os trabalhadores dizendo que o<br />

adicional de risco era a mesma<br />

coisa que periculosidade só que<br />

com outro nome e que a categoria<br />

teria, com certeza, os 30%<br />

do adicional de risco incorporado<br />

ao salário em abril.<br />

Esconderam dos trabalhadores<br />

que a empresa não iria pagar<br />

e que nunca teve a intenção de<br />

pagar, apesar de saberem perfeitamente<br />

que adicional de risco<br />

era carta fora do baralho para<br />

a direção da ECT.<br />

Esconderam tudo isso dos<br />

trabalhadores para impedir uma<br />

verdadeira organização da greve<br />

e para impor uma derrota aos<br />

110 mil trabalhadores dos correios.<br />

Convocaram a greve de<br />

um dia para o outro literalmente,<br />

para impedir qualquer discussão<br />

e qualquer preparação. Dividiram<br />

os carteiros do restante<br />

da categoria para entregá-los<br />

de mãos e pés amarrados à di-<br />

reção lulista da ECT.<br />

Como balanço do fim da greve,<br />

os militantes da Corrente<br />

Ecetistas em Luta anunciaram<br />

que o abono não seria incorporado<br />

ao salário em julho e que a<br />

aceitação do cargo de agente de<br />

correios seria a porta de entrada<br />

da privatização da entrada,<br />

exatamente como está acontecendo<br />

agora com a aprovação<br />

do Plano de Cargos, Carreiras e<br />

Salários pelo Bando dos Quatro.<br />

“As tarefas que decorrem<br />

desta gigantesca traição são três:<br />

“1. É preciso reunir os sindicatos<br />

que continuam em greve<br />

para deliberar a continuidade da<br />

luta, uma vez que aceitar a situação<br />

criada em S. Paulo somente<br />

acarretará duras conseqüências<br />

para toda a categoria;<br />

“2. É preciso abrir uma ampla<br />

discussão em toda a categoria<br />

para que os trabalhadores de<br />

todo o país entendam o tamanho<br />

da traição que foi feita contra os<br />

seus interesses;<br />

“3. É preciso construir uma<br />

sólida oposição nacional, completamente<br />

independente do bloco<br />

de traidores PT-PCdoB-<br />

PSTU-Psol para construir uma<br />

nova direção para o movimento<br />

dos correios. É preciso construir<br />

comitês de base dos trabalhadores<br />

para organizar a luta.<br />

Bando dos Quatro trabalha<br />

pela derrota da greve<br />

Em julho a direção do Correio<br />

passa por cima, novamente, do<br />

acordo feito e não incorpora o<br />

abono de 30% aos salários dos<br />

carteiros, dando ensejo a nova<br />

greve da categoria.<br />

A greve é decretada na maioria<br />

dos estados em assembléias<br />

pequenas, com péssima convocação<br />

e sem nenhuma preparação,<br />

uma vez que o Bando dos<br />

Quatro trabalhava pela derrota<br />

da mobilização para tentar esconder<br />

da categoria o fato de<br />

que apóiam o AADC – Adicional<br />

de Atividade de Distribuição<br />

e Coleta e o PCCS – Plano de<br />

Cargos, Carreiras e Salários do<br />

cargo amplo. Em São Paulo era<br />

visível o conluio entre a ECT,a<br />

direção do sindicato (PCdoB) e<br />

seus amigos do PT e do PSTU<br />

para esvaziar a assembléia. A<br />

mesma coisa aconteceu no Rio<br />

de Janeiro.<br />

Vários diretores destes sindicatos<br />

declaravam publicamente<br />

que estavam sendo forçados<br />

a entrar numa greve fraca ou<br />

faziam propaganda no carro de<br />

som de que a greve seria de<br />

esclarecimento sobre o PCCS.<br />

Nos estados menores, a política<br />

da empresa de fazer pres-<br />

são por dentro dos setores tem<br />

muito mais força que em São<br />

Paulo ou Rio de Janeiro, uma vez<br />

que nestes últimos estados a<br />

categoria é muito grande e o<br />

poder da empresa bem mais<br />

fraco.<br />

Apesar de todo esforço do<br />

Bando dos Quatro, é visível a<br />

insatisfação dos trabalhadores<br />

com o AADC e o ódio cada vez<br />

maior a estas manobras de traidores<br />

que tem sua situação garantida,<br />

uma vez que tem estabilidade<br />

no emprego e são amigos<br />

da direção da ECT em Brasília<br />

e dos diretores regionais<br />

nos estados. Os militantes do<br />

PCO participaram da greve<br />

chamando os trabalhadores a<br />

enfrentarem a operação “corpo<br />

mole” do Bando dos Quatro e a<br />

tentativa de sabotagem da direção<br />

da ECT. Chamavam os trabalhadores<br />

a “ampliar a greve e<br />

impulsionar as tendências grevistas<br />

em São Paulo, no Rio de<br />

Janeiro e Brasília, uma vez que<br />

a direção da ECT não tem nenhuma<br />

autoridade sobre os trabalhadores,<br />

da mesma forma<br />

que os sindicalistas “mensalões”<br />

do PT-PCdoB-PSTU-Psol.”<br />

Uma fraude<br />

cuidadosamente<br />

orquestrada a várias mãos<br />

O ano de 2008 se iniciou para<br />

os trabalhadores do Correio com<br />

a escandalosa fraude nas eleições<br />

do sindicato da categoria em São<br />

Paulo, o qual criou as condições<br />

políticas para o total controle da<br />

direção do Correio sobre este importantíssimo<br />

sindicato. O Sintect-SP<br />

foi a principal ferramenta<br />

para a aprovação do Plano de Cargos,<br />

Carreiras e Salários que provocou<br />

inúmeros prejuízos aos<br />

trabalhadores e que prepara neste<br />

momento a privatização da empresa.<br />

A fraude, encabeçada e organizada<br />

pelo PSTU/Conlutas e<br />

pela Força Sindical nas eleições<br />

sindicais do Sinntect-SP<br />

deu como resultado a vitória<br />

da chapa que, nas eleições,<br />

defendeu abertamente, a “reestruturação”<br />

da ECT, isto é,<br />

a privatização e a demissão em<br />

massa, a chapa do PCdoB.<br />

Curiosamente, foi eleita a<br />

facção principal da antiga diretoria,<br />

o PCdoB.<br />

Logo após a eleição, o PCO<br />

assinalou que a votação era<br />

uma verdadeira peça de ficção<br />

criada entre quatro paredes<br />

pela junta eleitoral.<br />

O balanço das eleições foi<br />

completamente independente<br />

de toda a burocracia sindical,<br />

Nem CUT, nem Conlutas,<br />

nem Força Sindical estão<br />

comprometidos com os trabalhadores<br />

e sim com os<br />

patrões, como está provado<br />

pelo histórico de traições.<br />

A única maneira de enfrentar<br />

as demissões em massa<br />

que virão é o controle da produção<br />

pelos trabalhadores.<br />

Os verdadeiros interessados<br />

o seguinte: “A apuração apresentou<br />

o seguinte resultado: votaram<br />

5.941 votantes, de um<br />

colégio eleitoral total de 8.522<br />

trabalhadores, ou seja, 69,71%<br />

do total de votantes possíveis.<br />

Considerando-se que, nos correios,<br />

há sempre uma proporção<br />

de pelo menos 10% dos trabalhadores<br />

de férias ou licença<br />

médica, uma vez que todo mês<br />

cerca de 1/12 dos trabalhadores<br />

sai de férias, que são distribuídas<br />

pela empresa de modo<br />

a não faltar funcionários e que<br />

o mês de janeiro e fevereiro são<br />

os de maior número de trabalhadores<br />

licenciados, sendo dezembro,<br />

por motivos óbvios, o<br />

menor, só teríamos de fato<br />

7.422 trabalhadores que poderiam<br />

efetivamente votar na eleição<br />

e isso na melhor de todas as<br />

hipóteses.<br />

“Nesse caso, teriam votado,<br />

segundo a imaginosa apresentação<br />

da burocracia sindical<br />

nada menos que 80% de todos<br />

os sindicalizados aptos a votar<br />

e trabalhando!<br />

“Segundo a peça de ficção<br />

criada pela junta eleitoral da burocracia<br />

praticamente todos os<br />

trabalhadores em atividade nos<br />

correios de S. Paulo teriam votado<br />

nas eleições e isto quando<br />

a eleição foi encurtada pela junta<br />

interventora do sindicato do<br />

sindicato de cinco para três<br />

dias!!!<br />

“O Sintect-SP teria tido uma<br />

votação impossível, uma vez<br />

que não há organização de eleição<br />

no mundo que consiga coletar<br />

o voto de quase 100% do<br />

eleitorado, exatamente no momento<br />

de maior crise e desmoralização<br />

de toda a sua história.<br />

A fraude começou a ser organizada<br />

já na campanha salarial.<br />

Depois de impor inúmeras<br />

derrotas, rebaixar acordos,<br />

vender as campanhas salariais<br />

em troca de cargos, os três<br />

setores da burocracia, PT,<br />

PCdoB e PSTU se acertaram<br />

para fazer, no final do ano passado<br />

o que chamaram da “maior<br />

greve da categoria”.<br />

Fizeram um enorme estardalhaço<br />

através da clientela sindical<br />

das três organizações,<br />

anunciando, de maneira ridícula<br />

e grotesca, “a maior paralisação<br />

da história da categoria”,<br />

quando estava claro que, em<br />

momento algum a greve ultrapassou<br />

os 15% da categoria.<br />

A maior propaganda foi feita<br />

justamente em S. Paulo,<br />

onde, durante a greve o PSTU<br />

anunciava a “grande vitória” de<br />

ter conseguido anular a última<br />

eleição, que efetivamente não<br />

existiu e não passou de uma<br />

operação de escrituração de<br />

atas sancionada pelo judiciário.<br />

Aos poucos, a realidade foi<br />

se mostrando. A “grande vitória”<br />

da anulação havia sido conseguida<br />

simplesmente por-<br />

que... a diretoria do sindicato,<br />

composta por PT e<br />

PCdoB, não havia respondido<br />

ao processo de anulação da<br />

eleição!<br />

Na seqüência, o juiz, de maneira<br />

inusitada, ao anular a eleição,<br />

deu-se também o poder de<br />

eleger a nova diretoria provisória<br />

do sindicato composta... por<br />

dois dirigentes do PSTU e um<br />

advogado da famigerada Força<br />

Sindical.<br />

Enquanto cantava a vitória<br />

da democracia, o PSTU rasgava<br />

o estatuto do sindicato e, de<br />

comum acordo com a Força<br />

Sindical, estabelecia todo o processo<br />

eleitoral sem convocar<br />

assembléia, passando por cima<br />

dos 22 mil trabalhadores da<br />

base e dos 8.500 associados.<br />

A democracia ao estilo do<br />

PST/Conlutas e seus amigos<br />

da Força Sindical continuou<br />

com a abertura do processo<br />

eleitoral em dezembro, permeado<br />

de dois feriados prolongados<br />

de quatro dias cada um, de<br />

forma a dificultar a inscrição de<br />

chapas que não fossem da burocracia<br />

e fazer com que o<br />

período efetivo de campanha<br />

eleitoral fosse de 12 dias com<br />

quatro dias sem trabalho no<br />

meio.<br />

Finalmente, tomaram a decisão<br />

de guardar as urnas no<br />

quartel da ROTA na Av. Tiradentes,<br />

um esquema fraudulento<br />

tradicional da Força Sindical<br />

que vem dos pelegos da época<br />

da ditadura militar, do qual recuaram<br />

depois, devido às denúncias<br />

da oposição.<br />

O objetivo da fraude fica claro,<br />

agora, ao final do ano, com<br />

o final das negociações sobre<br />

o PCCS r– Plano de Cargos,<br />

Carreiras e Salários que está<br />

implementando explicitamente<br />

um plano de demissões de trabalhadores<br />

e medidas de preparação<br />

para a privatização da<br />

empresa com terceirização em<br />

larga escala e corte nos direitos<br />

dos trabalhadores.<br />

O principal sindicato que dá<br />

sustentação à empresa e ao governo<br />

na aprovação do PCCS<br />

é o sindicato de São Paulo. Indicaram<br />

2 representantes na<br />

comissão de negociação composta<br />

de 7 membros, os quais<br />

lideram as negociações e impõem<br />

nas assembléias as propostas<br />

acordadas com a empresa.<br />

Um dos negociações é o<br />

conhecido Ezequiel Ferreira,<br />

membro do PSTU, o qual foi o<br />

encabeçador da Junta eleitoral<br />

que fraudou as eleições.<br />

É evidente que a fraude nas<br />

eleições Sintect-SP foi feita com<br />

o explícito objetivo de indicar<br />

como direção do sindicato o<br />

PCdoB, o grupo mais abertamente<br />

a favor da privatização da<br />

ECT e que se mantém na diretoria<br />

do sindicato graças à aliança<br />

e o apoio permanente do PSTU.<br />

Quanto mais longe da<br />

categoria, maior a<br />

“votação” da chapa<br />

escolhida pela empresa<br />

A Chapa 3 (PCdoB) recebeu<br />

apenas 6% dos votos nos sete<br />

maiores centros – nos quais a<br />

abstenção (incluindo o boicote<br />

chamado pelo PCO) chegou a<br />

48,29%; na Capital (incluindo<br />

CDD’s e agências) sua votação<br />

cresceu para 15,50%; na Grande<br />

São Paulo (com urnas com<br />

mais votos que associados, sem<br />

na produção e na riqueza do<br />

País são os trabalhadores, que<br />

são roubados diariamente<br />

pelos patrões. Diante de qualquer<br />

ameaça de demissão os<br />

trabalhadores devem ocupar<br />

as fábricas e locais de trabalho.<br />

Se os patrões não dão<br />

conta da empresa, esta deve<br />

ser controlada pelos trabalhadores,<br />

todos têm o direito de<br />

trabalhar! “ (Causa Operária<br />

Notícias Online, 7/12/2008).<br />

listas e com abstenção zero), a<br />

votação atingiu 44,19% e no<br />

Interior (com estes e outros<br />

golpes) bateu recordes e alcançou<br />

54,61%.<br />

Quanto mais longe dos olhos<br />

da categoria, maior a fraude e<br />

maior a votação do PCdoB, e<br />

também das demais chapas das<br />

ex-diretorias.

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