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- Tudo são, de uma certa forma, crenças. Uma coisa é a realidade, esta é<br />

inatingível, a outra é o que se fala a seu respeito, comentou Agostinho,<br />

sério. Falamos e falamos; acreditamos mais nos sons que ouvimos ou<br />

emitimos, nas interpretações nossas ou dos outros, acerca de nossa vida,<br />

do que na nossa própria experiência vivida; comemos gatos por lebres,<br />

acreditamos mais no cardápio do que na comida.<br />

- Para que tentar descobrir a verdade, se ela é inatingível? Você, como<br />

todos nós, acredita na sua verdade; entretanto, quer me forçar a aceitála,<br />

como se fosse minha verdade. Já as tenho de sobra, comentou, virando-se<br />

para ela.<br />

- Não é bem isso, discordo do seu modo de fugir delas; todos fugimos,<br />

eu também. Penso que há fugas mais nobres. É melhor viver longe da<br />

realidade... Não é Agostinho?<br />

- Penso um pouco diferente. Quase todas as explicações ouvidas acerca<br />

da realidade, principalmente aquelas acerca de problemas complicados,<br />

como essas discussões nossas, bem como as teorias dos psicólogos,<br />

dos religiosos, das ideologias trabalhistas ou comunistas, supõem estar<br />

descrevendo a realidade “verdadeira”, altamente complexa. Mas, de fato,<br />

descrevem um mundo simplificado, de fácil entendimento, lamentavelmente,<br />

inadequado. Os cientistas sabem que suas descrições não são certas;<br />

estudam algumas partes isoladas arbitrariamente de um todo. Temos<br />

dois caminhos: um é assimilar esse arremedo de mapa, essa descrição<br />

simplória dos fatos, com muita fé; o outro, é penetrar nas difíceis e complicadas<br />

explicações, que sempre nos levam a outras, mais difíceis ainda,<br />

sem jamais alcançarmos a totalidade do fato. O garimpeiro disposto a<br />

isso irá passar toda sua vida em busca desse topázio imaginário, desse<br />

ouro que lhe fornecerá a luz. Ora, o povo usa o falso mapa do mundo<br />

para decifrá-lo e compreendê-lo, trabalha com o simples, para decifrar<br />

o complexo. Além de nunca o alcançar, imagina o estar compreendendo<br />

sem notar que trabalha com o arremedo dele; se utiliza de um mapa que<br />

pouco representa do território que está sendo examinado. Entretanto,<br />

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