A Prece Segundo o Evangelho - Autores Espíritas Clássicos
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a existência, consenti que o resto dela seja empregado em<br />
reparar o mal que fiz, tanto quanto estiver ao meu<br />
alcance. Se, sem apelo, é chegada a minha hora, levo o<br />
pensamento consolador de que me será permitido<br />
resgatar as faltas por novas provas, a fim de merecer<br />
algum dia a felicidade dos escolhidos.<br />
Se me não for permitido gozar imediatamente dessa<br />
felicidade sem mescla, que é o quinhão do justo por<br />
excelência, sei que a esperança não me fica interdita para<br />
sempre e que, com o trabalho, chegarei ao termo, mais<br />
cedo ou mais tarde, consoante os meus esforços.<br />
Sei que bons Espíritos, com o meu anjo de guarda,<br />
se acham junto de mim, para me receberem, e que dentro<br />
em pouco os verei tal qual eles me vêem. Sei que tornarei<br />
a encontrar aqueles que amei na Terra, se houver<br />
merecido. Sei que aqueles que deixo virão juntar-se a<br />
mim, quando estaremos todos reunidos para sempre, e<br />
que, enquanto os esperar, poderei visitá-los. Sei também<br />
que vou achar os que ofendi; queiram eles perdoar-me os<br />
males que o meu orgulho, a minha dureza e as minhas<br />
injustiças lhes causaram, e não me acabrunhem de<br />
vergonha com a sua presença!<br />
Perdôo a quantos na Terra me fizeram ou quiseram<br />
mal. Não levo ódio contra eles e peço a Deus que lhes<br />
perdoe.<br />
Senhor, dai-me coragem para deixar sem pesar as<br />
alegrias grosseiras deste mundo, as quais não se<br />
comparam às puras alegrias do mundo onde vou entrar.<br />
Para o justo, lá não há torturas, sofrimentos, nem<br />
misérias; só o culpado sofre, mas a esse mesmo resta a<br />
esperança.<br />
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