A Prece Segundo o Evangelho - Autores Espíritas Clássicos
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VI. Não nos deixeis entregues à tentação, mas<br />
livrai-nos do mal. (1)<br />
Dai-nos, Senhor, força para resistir às sugestões dos<br />
maus Espíritos, que tentam desviar-nos do caminho do<br />
bem, inspirando-nos maus pensamentos.<br />
Nós mesmos somos Espíritos imperfeitos, que<br />
encarnamos na Terra para expiar erros passados e nos<br />
melhorarmos. Em nós está a causa primária do mal e os<br />
maus Espíritos não fazem mais do que aproveitar nossos<br />
pendores viciosos, em que nos entretêm para nos tentar.<br />
Cada imperfeição é uma porta aberta à influência<br />
deles, que, entretanto, se mostram impotentes para<br />
qualquer tentativa contra os seres perfeitos. Inúteis serão<br />
todos os esforços que empregarmos para os afastar, se<br />
não lhes opusermos vontade inabalável de permanecer no<br />
bem e de renunciar absolutamente à prática do mal. É,<br />
pois, contra nós mesmos que devemos dirigir os nossos<br />
esforços e, se assim o fizermos, os maus Espíritos se<br />
afastarão naturalmente, porquanto, ao passo que o mal os<br />
atrai, o bem os repele. (Vede pouco adiante: <strong>Prece</strong>s pelos<br />
obsidiados.)<br />
Senhor, amparai-nos em nossas fraquezas, inspirainos,<br />
por intermédio dos anjos de guarda e dos bons<br />
(1)<br />
Algumas traduções dizem: Não nos induzas à<br />
tentação (et ne nos inducas in tentationem). Esta expressão<br />
faria supor que a tentação vem de Deus, que Ele, por vontade,<br />
impele os homens para o mal. Semelhante idéia, sendo<br />
blasfema, pois que igualaria Deus a Satã, não pode ser a que<br />
Jesus externou. Ela, porém, está de acordo com a doutrina<br />
vulgar sobre o papel dos demônios. (Ver: O Céu e o Inferno,<br />
citado, 1ª Parte, cap. IX, “Os demônios”.)<br />
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