Guia do Professor - Globo Livros

Liberdade e imaginação
As cinco histórias que compõem este
segundo volume de Reinações de Narizinho
foram escritas entre 1928 e 1931 e, com as
mesmas características inovadoras das outras
seis narrativas, dão continuidade à saga
do Picapau Amarelo.
Os acontecimentos narrados nos diferentes
episódios partem e convergem para
o Sítio, e são impulsionados pelo desejo dos
personagens de viver experiências inéditas,
nas quais a fantasia misturada à realidade
se caracteriza como sua mola mestra.
Neste segundo volume, o ato de contar
e criar histórias se acentua entre os personagens
e as aventuras vividas por eles, marcadas
pela intertextualidade, promovem o
encontro e o diálogo com os mais diversos
universos ficcionais. Os personagens tradicionais
e os modernos, presentes nas narrativas,
têm suas histórias revisitadas e
Reinações de Narizinho
volume 2
reinterpretadas pela Turma do Sítio, numa
experiência lúdica de conhecimento, reflexão
e criação.
Em peripécias diversas, sempre inventadas
e conduzidas pelas próprias crianças,
capazes de lidar crítica e criativamente com
tudo à sua volta, pode-se ainda perceber o
desejo de Lobato em ampliar a visão de mundo
e o campo cultural das crianças.
Porém, nada disso seria possível se Narizinho,
Pedrinho e Emília não habitassem
o Picapau Amarelo. O Sítio, comandado por
Dona Benta, que exerce sua autoridade de
forma democrática, é um lugar onde é possível
imaginar todo tipo de aventuras e onde a
liberdade para concretizá-las é real.
Liberdade. Parece ser esta uma das
principais ideias presentes em Reinações de
Narizinho. E a que melhor define o Sítio do
Picapau Amarelo.
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