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TEMA Nº 11 MARCADOS, HOJE, PELO ESPÍRITO - Paróquia de ...

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CONFIRMAR <strong>HOJE</strong><br />

Catequeses <strong>de</strong> Preparação para o Crisma P á g i n a | 142<br />

O rito, pela sua repetitivida<strong>de</strong>, manifesta a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> permanência: Ainda que hoje se tenha uma<br />

verda<strong>de</strong>ira alergia à repetição e haja um afán <strong>de</strong>sesperado <strong>de</strong> novida<strong>de</strong>s, o certo é que a repetição ritual<br />

é algo <strong>de</strong> básico: aprofunda o conhecimento e a assimilação do seu sentido, cria uma estabilida<strong>de</strong> vital,<br />

põe em acção uma vonta<strong>de</strong> firme e permanente, recria o real quotidiano, refaz aquilo que nos vem<br />

"<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início", reivindicando para si uma antiguida<strong>de</strong> sagrada e uma qualida<strong>de</strong> primordial, e arrastando<br />

consigo as próprias profundida<strong>de</strong>s do tempo.<br />

Apesar <strong>de</strong>stas funções positivas do rito, é preciso que não esqueçamos a outra face da medalha: os seus<br />

perigos:<br />

O perigo do sacrilégio: instrumentalização do divino.<br />

O perigo da magia: dominar a força superior.<br />

O perigo da mentira: tentar a eficácia <strong>de</strong> Deus naquilo que é injusto.<br />

O perigo da impureza: <strong>de</strong>sfigurar a realida<strong>de</strong> através da sacralização: sacerdócio- sexualida<strong>de</strong>, ou<br />

confundir Deus com a realida<strong>de</strong>.<br />

O perigo da projecção: o rito como solução para as necessida<strong>de</strong>s.<br />

O perigo do formalismo: conformar o rito sem o transpor para vida.<br />

2. A CONFIRMAÇÃO: OS SEUS SÍMBOLOS E OS SEUS RITOS<br />

2.1 As diversas partes da celebração<br />

Deus manifesta-se ao homem através <strong>de</strong> gestos simples e humanos, que nada têm <strong>de</strong> extraordinário.<br />

Concretamente, as partes da celebração correspon<strong>de</strong>m ao comportamento normal do homem quando se<br />

encontra com os outros. Suponhamos a visita <strong>de</strong> um amigo a uma família. Que acontece?<br />

Quando o amigo chega a casa, o primeiro que se faz é acolhê-lo, recebê-lo e saudá-lo.<br />

Depois, ele é convidado a sentar-se e conversa-se: fala-se e comentam-se mil coisas que são o centro <strong>de</strong><br />

interesse para todos. Não se concebe uma visita on<strong>de</strong> todos estejam em silêncio.<br />

Passado um pouco, é normal que o amigo seja convidado a tomar alguma coisa: um café, um aperitivo...<br />

É o rito que quase sempre tem lugar quando há um encontro <strong>de</strong>ste tipo.<br />

Finalmente, e no termo da visita, <strong>de</strong>spedimo-nos <strong>de</strong>sejando-lhe boa saú<strong>de</strong>, ou êxitos ou um "até à<br />

próxima".<br />

Isto mesmo acontece quando celebramos algo na Igreja. O que suce<strong>de</strong> é que, às vezes. o nosso<br />

comportamento é um pouco anormal. Não há celebração on<strong>de</strong> não se dê isto: um acolhimento e uma<br />

saudação, um diálogo sobre a Palavra <strong>de</strong> Deus, um rito que expressa o dom <strong>de</strong> Deus e a fé do homem, e<br />

finalmente, uma <strong>de</strong>spedida.<br />

A Confirmação celebra-se, também, seguindo este mesmo ritmo e comportamento. Fixemo-nos na<br />

celebração do Crisma <strong>de</strong>ntro da Missa:

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