TEMA Nº 11 MARCADOS, HOJE, PELO ESPÍRITO - Paróquia de ...
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CONFIRMAR <strong>HOJE</strong><br />
Catequeses <strong>de</strong> Preparação para o Crisma P á g i n a | 150<br />
CONTEÚDO DOUTRINAL<br />
1. A INICIAÇÃO CRISTÃ NA HISTÓRIA DA IGREJA<br />
Na Igreja, durante os primeiros séculos, os chamados sacramentos da iniciação cristã: Baptismo,<br />
Confirmação e Eucaristia, davam-se numa única celebração, que tinha lugar no dia da Vigília Pascal.<br />
Habitualmente era o Bispo quem presidia à celebração.<br />
O rito era o seguinte: uma vez benzida a água, o Bispo, ajudado pelos Sacerdotes, baptizava os<br />
catecúmenos, que, na maioria dos casos, eram adultos. Depois, cada um dos baptizados aproximava-se<br />
do Bispo que os confirmava, impondo-lhes as mãos e ungindo-os com o óleo do Santo Crisma que o<br />
próprio Bispo tinha consagrado no dia <strong>de</strong> Quinta-Feira Santa. Ao mesmo tempo, fazia o sinal da cruz na<br />
fronte.<br />
Uma vez recebidos estes ritos, os catecúmenos eram consi<strong>de</strong>rados dignos <strong>de</strong> participar na Eucaristia<br />
recebendo, assim, pela primeira vez, o Corpo e Sangue <strong>de</strong> Cristo, <strong>de</strong>ntro da própria celebração pascal.<br />
Deste modo, e numa única celebração, recebiam-se todos os sacramentos da iniciação cristã e eram<br />
consi<strong>de</strong>rados como plenamente cristãos.<br />
Com o tempo, isto é, por volta do século V, e por circunstâncias várias, sobretudo pastorais: a<br />
mortalida<strong>de</strong> infantil, os baptismos clínicos, a multiplicação das paróquias rurais, a generalização do<br />
Baptismo das crianças, etc, os ritos sacramentais da iniciação começaram a separar-se e a celebrar-se<br />
em momentos distintos. Era lógico, por isso, que o Bispo não pu<strong>de</strong>sse presidir a todas as celebrações e,<br />
por outro lado, pedia-se aos sacerdotes que baptizassem as crianças quanto antes.<br />
Suce<strong>de</strong>u então que o Baptismo se começou a celebrar pouco tempo <strong>de</strong>pois do nascimento da criança e<br />
era presidido pelo sacerdote. A Confirmação estava, regra geral, reservada ao Bispo e celebrava-se numa<br />
ida<strong>de</strong> mais avançada, quando o Bispo fazia a visita pastoral à paróquia.<br />
A Eucaristia celebrava-se, umas vezes, <strong>de</strong>pois da confirmação e outras, antes conforme o Bispo tivesse<br />
ou não feito a visita pastoral.<br />
Esta práxis durou até há bem poucos anos.<br />
Depois do Vaticano II insistiu-se em duas coisas importantes: primeiro, que a Confirmação <strong>de</strong>ve ser<br />
consi<strong>de</strong>rada como um sacramento da iniciação e que está relacionado com o Baptismo e a Eucaristia;<br />
segundo, que <strong>de</strong>ve celebrar-se numa ida<strong>de</strong> em que o baptizado seja capaz <strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r o sacramento<br />
e <strong>de</strong> dar uma resposta <strong>de</strong> fé consciente, pessoal, livre e responsável.<br />
2. A INICIAÇÃO CRISTÃ E OS SEUS ELEMENTOS INTEGRANTES<br />
Enten<strong>de</strong>mos por "iniciação cristã" o processo, isto é, o caminho que o homem <strong>de</strong>ve percorrer para se<br />
tornar cristão. A pessoa é cristamente iniciada, em sentido pleno, quando aceita e assume a realida<strong>de</strong><br />
significada nos distintos "passos" iniciatórios, por forma a que esta realida<strong>de</strong> seja entendida como algo<br />
que lhe foi oferecido gratuitamente, mas também como algo que foi aceite voluntariamente.<br />
Se a iniciação é uma realida<strong>de</strong> plena, então, <strong>de</strong>vemos dizer que o "ser iniciado" está estritamente ligado<br />
ao "sentir-se iniciado". A iniciação cristã da pessoa que aceita positivamente ser iniciada supõe pois uma<br />
configuração explícita com o mistério <strong>de</strong> salvação realizado por Deus em Cristo e com a força do Espírito,