TEMA Nº 11 MARCADOS, HOJE, PELO ESPÍRITO - Paróquia de ...

CONFIRMAR HOJE
Catequeses de Preparação para o Crisma P á g i n a | 167
desabafar, de uma palavra amiga, do conforto nas horas amargas da solidão do pecado e do remorso,
precisamos de um conselho.
Porque não nos confessamos em conjunto?
Foi assim na Igreja primitiva. Mas a confissão pública era de pecados já públicos e escandalosos. A nossa
vida íntima, só ao sacerdote, representante de Deus, é justo ser revelada. Em todo o caso as celebrações
ou liturgias penitenciais comunitárias têm um valor indiscutível, realçando mais as consequências sociais
do pecado e ajudando a comunidade, no seu conjunto, a tomar consciência da sua condição de
pecadores. Mas os pecados mortais têm de ser absolvidos pessoalmente. No futuro, a Igreja pode
conceder valor sacramental a estas celebrações ou mesmo à absolvição no início da Missa, mas
actualmente só a confissão particular é sacramental, salvo os casos excepcionais, em que é lícita (válida)
a absolvição geral.
- Quando hei-de confessar-me?
Ao menos uma vez por ano, sendo o tempo mais oportuno a Quaresma de preparação à Páscoa. Mas o
bom cristão, mesmo sem pecados graves, dado o valor deste sacramento como purificação e graça, devia
abeirar-se da Penitência nas vésperas das principais festas litúrgicas (Natal, Páscoa, Pentecostes...), e
ainda nas festas familiares (casamento, aniversários...). Todos devíamos comungar na Missa dominical;
quando nos julgamos menos preparados, mais tentados, devíamos encontrar-nos com o Senhor no
sacramento da Reconciliação.
b) Alguns efeitos ou valores deste Sacramento:
- Dá alegria a Deus em perdoar:
"Há maior alegria por um pecador que se converte, que por noventa e nove justos". Esta alegria está
patente na festa do Pai com o filho pródigo, na dracma perdida e encontrada, e noutras passagens
evangélicas.
- Purifica-nos do pecado que oprime e rouba a alegria.
- Restitui-nos a graça de Deus e com ela a serenidade e o entusiasmo para nova caminhada; é o
regresso aos braços do Pai.
- Permite um balanço da nossa vida, um "STOP", se porventura andávamos por caminhos errados.
- Dá nova força para a luta contra o mal e contra as tentações.
- Permite desabafar a nossa mágoa, sarar as nossas feridas e remorsos, o nosso ódio e tudo aquilo que
nos rói o coração.
- Ensina-nos a perdoar aos outros, como condição para que Deus nos perdoe: "perdoai-nos como nós
perdoamos"; "se não perdoardes, também o Pai nos vos perdoará".
- Permiti-nos sentir a ternura de Deus: a criança só aprecia verdadeiramente o amor da mãe quando está
doente.
- Enfim, reconcilia-nos com a Igreja que também é atingida com o nosso pecado.