TEMA Nº 11 MARCADOS, HOJE, PELO ESPÍRITO - Paróquia de ...
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CONFIRMAR <strong>HOJE</strong><br />
Catequeses <strong>de</strong> Preparação para o Crisma P á g i n a | 162<br />
Mas em vez <strong>de</strong> ira, o que vem? Jesus. Jesus, no meio dos pecadores. Jesus, como um pecador entre os<br />
<strong>de</strong>mais. Ele vem também, para ser baptizado. E João logo proclama o que Ele significa: "Eis o Cor<strong>de</strong>iro<br />
<strong>de</strong> Deus que tira o pecado do mundo" (Jo 1,29).<br />
Após João ter sido lançado na prisão, Jesus retoma a sua pregação: "O Reino <strong>de</strong> Deus está próximo.<br />
Convertei-vos". Já não anuncia a "ira que está para vir", mas proclama: "Acreditai no Evangelho" (Mc<br />
1,14).<br />
É nessa altura, que João, na prisão, fica <strong>de</strong>sconcertado com o que ouve dizer e manda perguntar a Jesus:<br />
"És tu Aquele que há-<strong>de</strong> vir, ou <strong>de</strong>vemos esperar outro"? E Jesus respon<strong>de</strong>-lhe referindo o profeta Isaías:<br />
"I<strong>de</strong> contar a João o que vistes e ouvistes: os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos ficam limpos...a<br />
Boa Nova é anunciada aos pobres" (Lc 7,18ss).<br />
Que Boa Nova?<br />
"Jesus viu um homem, chamado Mateus, sentado ao telónio (mesa <strong>de</strong> impostos)" (Mt 9,9). Um publicano<br />
no exercício das suas funções <strong>de</strong> explorador do povo e <strong>de</strong> colaborador do regime romano. Um pecador<br />
em flagrante <strong>de</strong>lito. E sem vergonha. E sem a menor i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> largar.<br />
A i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> tudo <strong>de</strong>ixar só Jesus é que a dá. Foi Ele que a <strong>de</strong>u à Samaritana, à mulher adúltera, a Maria <strong>de</strong><br />
Magdala, a Zaqueu, a Pedro, ao Bom Ladrão... Jesus é o único que dá esta vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> tudo <strong>de</strong>ixar.<br />
Porquê? Por causa da perturbadora revelação da Sua Misericórdia.<br />
Diante daquele homem, universalmente <strong>de</strong>testado, as pessoas vão passando ao largo. Porém, Jesus<br />
aproxima-se. O seu jeito <strong>de</strong> andar, <strong>de</strong> olhar, a sua mão estendida, tudo é atenção e amor, tudo é perdão<br />
em nome <strong>de</strong> Deus e dos homens. E surge a primeira palavra, uma palavra <strong>de</strong> estima e condiança, uma<br />
palavra <strong>de</strong> amiza<strong>de</strong> e <strong>de</strong> eleição: "Segue-me".<br />
Decididamente, Mateus não volta atrás. Jesus já o conhecia. Jesus revela-lhe como Deus o amava, a ele<br />
que era o indigno. Mateus levanta-se e segue Jesus. No mesmo instante. Diante <strong>de</strong> todos. Diante das<br />
"pessoas <strong>de</strong> bem" que ficam escandalizadas. Diante dos pecadores que ficam sem saber o que dizer. E a<br />
partir <strong>de</strong>sse momento há uma transformação. Mateus dá um banquete em sua casa porque a Boa Nova<br />
explodiu na sua vida e no mundo.<br />
As forças da or<strong>de</strong>m legalista - escribas e fariseus - apregoam o escândalo. E por isso Jesus lhes tem <strong>de</strong><br />
respon<strong>de</strong>r: "Não são os que têm saú<strong>de</strong> que precisam <strong>de</strong> médico, mas sim os enfermos. Eu não vim<br />
chamar os justos, mas os pecadores" (Mt 2,17).<br />
Se Jesus conheceu fracassos foi precisamente junto <strong>de</strong>sses pretensos justos, <strong>de</strong>sses fariseus, que até<br />
podiam apontar com satisfação a lista completa das suas obrigações religiosas cumpridas.<br />
E um dia, essas "pessoas <strong>de</strong> bem", arrastaram aos pés <strong>de</strong> Jesus uma mulher apanhada em flagrante<br />
<strong>de</strong>lito <strong>de</strong> adultério. A mulher está convencida do seu pecado, mas eles não. E então Jesus remete-os à<br />
sua consciência pessoal: "Quem <strong>de</strong> entre vós não tiver pecado, seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra"<br />
(Jo 8,7).<br />
Naquele silêncio, cada qual vai <strong>de</strong>scobrindo, subitamente a dureza do seu coração, a sua <strong>de</strong>sonestida<strong>de</strong>,<br />
e até a sua cumplicida<strong>de</strong> no pecado da mulher adúltera. E retiram-se a começar pelos mais velhos.<br />
Nenhum se reconheceu melhor do aquela mulher.<br />
E da parte <strong>de</strong> Jesus, veio <strong>de</strong>pois a absolvição: "Ninguém te con<strong>de</strong>nou?... Nem Eu te con<strong>de</strong>no. Vai e<br />
doravante não tornes a pecar" (Jo 8,10-<strong>11</strong>).