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patrícia susana pinho castanheira liderança e gestão das escolas ...

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Introdução<br />

direcção e eles próprios. Com as alterações no modelo de administração, direcção e <strong>gestão</strong><br />

<strong>das</strong> <strong>escolas</strong> portuguesas introduzi<strong>das</strong> pelo Decreto-Lei 115-A/98, de 14 de Maio,<br />

designadamente no alargamento da autonomia da escola, colocam-se as seguintes questões:<br />

Qual é o verdadeiro papel do seu presidente do conselho executivo? Gestor e supervisor do<br />

cumprimento de leis, regulamentos e prescrições da administração central e dos órgãos de<br />

administração e <strong>gestão</strong> da escola? Facilitador do cumprimento <strong>das</strong> decisões desses órgãos?<br />

Ou, em alternativa, estimulador do processo de mudança e de desenvolvimento da escola?<br />

E, neste sentido, quais as características de um líder no âmbito deste modelo de<br />

administração e <strong>gestão</strong> <strong>das</strong> <strong>escolas</strong>? Como se desenrola o quotidiano dos presidentes do<br />

conselho executivo? Os seus comportamentos mais frequentes poder-se-ão enquadrar<br />

numa perspectiva política ou numa perspectiva de <strong>gestão</strong> de recursos humanos? Serão os<br />

presidentes do conselho executivo <strong>das</strong> <strong>escolas</strong> secundárias públicas portuguesas gestores<br />

estruturais cumprindo normas e regulamentos ou gestores simbólicos criando e mantendo<br />

uma cultura de escola?<br />

O presidente do conselho executivo vê-se a braços com tarefas de âmbito administrativo e<br />

de âmbito pedagógico (Dinis, 2001: 120-121). Uma vez mais, torna-se necessário saber até<br />

que ponto existe divergência em termos de campos de intervenção entre estes dois âmbitos<br />

de trabalho. Será que, no contexto da <strong>gestão</strong> e administração escolar, existem tarefas<br />

exclusivamente administrativas, tendo em conta que o administrador principal (o presidente<br />

do conselho executivo) é um pedagogo? Se assim é, o que será, então, a <strong>gestão</strong> escolar?<br />

Segundo Bush e Coleman (2000), a <strong>gestão</strong> escolar será um campo de estudo preocupado<br />

com a operacionalidade <strong>das</strong> organizações escolares facilitando e servindo de modelo para o<br />

processo de aprendizagem (Bush e Coleman, 2000: 4-5). O líder escolar será, pois, um gestor<br />

preocupado com a melhoria da organização escolar, tentando, deste modo, concretizar a<br />

visão da escola. Este conceito de visão, cada vez mais importante na administração<br />

educacional, está intimamente relacionado com os objectivos da escola, ajudando a clarificar<br />

a direcção a ser tomada pela instituição (Bush e Coleman, 2000: 10). Esta visão do futuro<br />

desejável da escola deverá ser partilhada e não imposta pelo líder, de forma a motivar os<br />

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