patrícia susana pinho castanheira liderança e gestão das escolas ...
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Enquadramentos organizacionais<br />
teoria Y e o estilo de <strong>gestão</strong> a ela associado são os mais apropriados já que se baseiam num<br />
conhecimento mais elaborado do ser humano e em motivações mais profun<strong>das</strong>, não se<br />
ficando apenas pela satisfação de necessidades mais básicas, ou, como diria Mayo, de grau<br />
mais baixo na hierarquia (ibidem: 366).<br />
Ainda dentro da teoria <strong>das</strong> relações humanas encontra-se o trabalho de Herzberg, o qual<br />
aponta as diferenças entre os factores de satisfação e de insatisfação no trabalho. Herzberg<br />
defende que os factores de satisfação são factores de motivação intrínsecos ao trabalho<br />
como sejam a realização pessoal, o reconhecimento, o interesse pelo conteúdo do trabalho,<br />
as responsabilidades e as possibilidades de promoção e de desenvolvimento. Por seu turno,<br />
os factores de insatisfação correspondem a factores extrínsecos ao trabalho como sejam a<br />
política de pessoal, o sistema de controlo e de supervisão, as relações entre os membros da<br />
organização, as condições de trabalho e o salário (1990: 376-378). Contudo, estes dois<br />
conjuntos de factores não se opõem pelo que a eliminação dos factores de insatisfação não<br />
levará necessariamente à satisfação, sendo necessário proceder a ajustamentos no<br />
ambiente – factores de insatisfação – e no individuo – factores de motivação – para que se<br />
consigam obter verdadeiros resultados (ibidem: 378).<br />
Segundo Gordon (1993: 131), as teorias que apontam para a relação entre as necessidades<br />
dos indivíduos e o seu desempenho na organização são passíveis de algumas críticas,<br />
nomeadamente no que diz respeito à dificuldade em medir e especificar as necessidades e<br />
no que respeita às diferenças entre indivíduos – pessoas diferentes têm hierarquias de<br />
necessidades diferentes – existindo assim um perigo de estandardização dos indivíduos.<br />
Argyris (1997), por seu turno, defende que todos os indivíduos possuem um potencial que<br />
poderá ser desenvolvido pela organização e pelo meio específico em que o indivíduo e a<br />
organização se inserem, embora nem todos os gestores saibam criar as condições<br />
necessárias para que esse potencial se desenvolva. Para Argyris, existem três condições de<br />
base que afectam os grupos de trabalho: as únicas relações humanas a serem incentiva<strong>das</strong><br />
são as que se relacionam directamente com os objectivos da organização; deve ser<br />
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