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Baixar - Fundação Tarso Dutra

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que vimos assinalando nas páginas anteriores entre a essência do<br />

Cristianismo e as filosofias do individualismo e dos coletivismos.<br />

Com efeito, para o individualismo, a liberdade consiste, como se<br />

afirmou acima, em que cada um possa fazer o que deseja, contanto que<br />

não interfira na liberdade dos demais, cabendo ao Estado como função<br />

principal, assegurar aos indivíduos a possibilidade de usar dessa<br />

liberdade. No plano econômico, a liberdade se expressa no mercado,<br />

território vedado a qualquer interferência dos poderes públicos (é a<br />

essência do liberalismo econômico). Para os coletivismos, a liberdade é<br />

um atributo do coletivo dominante e não das pessoas. Assim, em todos<br />

eles, sofrem pesadas restrições as liberdades públicas, os direitos<br />

políticos e os diretos humanos, a começar pelos processos de<br />

doutrinação a que são submetidos os membros da sociedade, passando<br />

pelo tratamento dispensado às dissidências políticas, e chegando no caso<br />

do coletivismo marxista à supressão das liberdades de iniciativa<br />

econômica individual.<br />

Mais adiante nos deteremos na questão das liberdades<br />

econômicas, bastando, neste momento assinalar que essa liberdade faz<br />

parte da liberdade humana integral, onde o Estado vai cumprir, como em<br />

tudo mais, uma função subsidiária que o individualismo rejeita (porque<br />

o quer mínimo e insignificante) e o coletivismo marxista recusa (porque<br />

o deseja protagonista de todos os papéis relevantes).<br />

8. O PAPEL SUBSIDIÁRIO DO ESTADO<br />

Parece interessante introduzir este tema a partir de questão<br />

bastante prática e atual -o tamanho do Estado -que, como se sabe, excita<br />

e divide no plano ideológico e fisiológico o auditório nacional. Nas<br />

trincheiras ideológicas se debatem infatigáveis como de hábito a velha<br />

esquerda e a antiga direita. No plano fisiológico o conflito é mais agudo:<br />

de um lado os que, ao longo do tempo, foram firmando direitos e se<br />

apropriando de parcelas cada vez maiores do Estado, constituindo as<br />

poderosas corporações funcionais do país; de outro as corporações<br />

privadas que cobiçam deitar mão sobre tudo quanto hoje é dito público a<br />

começar pelas iguarias mais finas proporcionadas por nosso vastíssimo<br />

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