Baixar - Fundação Tarso Dutra

O PPB que temos e O PPB que queremos
Celso Bernardi
Presidente do PPB/RS
As eleições deste ano transformaram o país. É preciso agora que seus
resultados e efeitos transformem o nosso PPB.
Já fomos, um dia, o maior partido do Ocidente. Esquecidos de como
chegamos a ser um gigante, entramos em um roteiro de equívocos que nos
levou a ser, hoje, um partido médio, com risco de ficar pequeno. Nos
últimos dez anos fizemos fusões improvisadas, mudamos de siglas, abdicamos
de candidaturas e navegamos ao sabor dos ventos e das ondas eleitorais,
sem, no entanto, saber com clareza a que porto queremos chegar.
Ao analisarmos as eleições de 2000, para as Câmaras Municipais, e
de 2002, para a Câmara Federal, o que permite avaliar com exatidão o
tamanho do partido, verificamos que o nosso PPB vem decrescendo. Senão,
vejamos: nas eleições municipais de 2000, para Vereador, em relação aos
votos conquistados em1996, tivemos uma queda de 8,5%.
Em 1998, na legenda para Deputado Federal, o PPB fez, no Brasil,
7.553.169 votos (11,3% do total de votos válidos); já em 2002, fez
6.839.440 votos (7,8%). Ou seja, perdeu 9,45% dos votos entre uma eleição
e outra.
É de salientar que destes 6.839.440 votos conquistados no Brasil, o
Rio Grande do Sul participa com 1.061.006 votos, isto é, 15,51 % da
legenda. Enquanto no Brasil a legenda federal baixou 9,45%, no Rio
Grande do Sul aumentou 38,15%.
Apenas nos Estados do Rio Grande do Sul (12,85%) e em Santa
Catarina (I 1,32%), alcançamos percentual superior a 10% dos votos para
Deputado Federal. Em estados importantes, como São Paulo, Ceará, Bahia,
Maranhão e Pará, nossa legenda para Deputado Federal não alcançou 3%
dos votos. Em muitos estados sequer disputamos eleições para a Câmara
Federal. Em apenas seis estados, das 27 unidades federadas, concorremos
com candidatura própria a Governador e Senador.
41