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Considerações sobre um plano
de ação partidária
Conforme foi bem sublinhado na primeira parte deste Caderno, o
Brasil precisa de partidos políticos fortes, identificados e reconhecidos
pelos seus princípios e valores, com identidade doutrinária e programática.
Estruturas frágeis, fisiológicas e sem consistência doutrinária -meras
máquinas eleitorais nacionais e estaduais -perdem sucessivamente seus
espaços.
Queremos um bom partido político que pode ser concebido pela
cúpula mas precisa ser definido e construído pela base, de modo a bem
significar e representar a parte que lhe corresponde no pensamento
político da sociedade brasileira. Por isso, é fundamental a criação de
núcleos e movimentos que articulem, motivem e organizem os vários
segmentos da pirâmide social e que essa articulação produza reflexão e
ação política no topo da estrututa partidária.
Um partido sem raízes, sem identidade e sob um comando
apenas formal não edifica o suporte necessário para crescer e chegar
ao poder. Hoje, a identidade do PPB está relacionada ao setor
ruralista e isso, num cenário demográfico de urbanização acelerada,
o restringe. O partido tem conteúdo para ser bem mais e lideranças
para transformá-lo naquilo que deve ser.
Ao cumprir seu verdadeiro papel, ao assumir com coerência suas
posições, um partido político enfrenta adversários. Para ter posições, o
partido precisa unir-se e reunir-se; para crescer e enfrentar seus adversários,
ele precisa planejar suas estratégias, prever acontecimentos, .
organizar-se. Organização é uma das três fontes do poder político e por
isso os partidos costumam ser chamados de "organizações partidárias".
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