CAPÍTULO 4 LIGAÇÕES QUÍMICAS SUMÁRIO 4.1 ... - Unioeste
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disso, prevê-se que a molécula tem dois elétrons desemparelhados, o que está em<br />
perfeito acordo com a experiência.<br />
Finalmente, com o F2 (que contém mais dois elétrons que o O2), vê-se que os<br />
dois orbitais antiligantes π* estão cheios (fig. 4.31d). Isto nos deixa com uma ligação<br />
simples e, mais uma vez, as teorias da ligação de valência e dos orbitais<br />
moleculares dão o mesmo resultado.<br />
O sucesso da teoria dos orbitais moleculares não é restrito meramente a<br />
moléculas diatômicas. Em moléculas mais complexas, contudo, os diagramas de<br />
níveis de energia são mais difíceis de construir. Um conceito útil na teoria dos<br />
orbitais moleculares é a idéia de que estes podem e estender sobre mais de dois<br />
núcleos. É neste aspecto que a teoria dos orbitais moleculares possibilita evitar o<br />
conceito de ressonância.<br />
Consideremos a molécula do SO3. Por experiência, sabe-se que ela é uma<br />
molécula planar (todos os quatro átomos estão no mesmo plano) e todas as três<br />
ligações S-O são iguais. Esta estrutura pode ser explicada se for suposto que o<br />
enxofre utiliza um conjunto de orbitais híbridos sp 2 para formar ligações com os três<br />
átomos de oxigênio. Isto permite que um orbital p não-hibridizado do enxofre possa<br />
superpor-se, simultaneamente, aos orbitais p dos três átomos de oxigênio, como<br />
mostra a fig. 4.32. O resultado é a criação de um orbital molecular que se estende<br />
sobre todos os quatro núcleos, de modo que as densidades eletrônicas nas ligações<br />
S-O são todas iguais. Obviamente, não há necessidade de se esboçar mais de uma<br />
figura para as ligações da molécula; a teoria dos orbitais moleculares é capaz de<br />
explicar satisfatoriamente as ligações no SO3, sem recorrer, como faz a teoria da<br />
ligação de valência, ao conceito bastante grosseiro da ressonância.<br />
Figura 4.32 – Superposição simultânea dos orbitais atômicos p na molécula de SO3.<br />
(a) Orbitais p dos átomos de enxofre e oxigênio. (b) Orbital molecular π<br />
deslocalizado.<br />
4.6.3.5 Método dos orbitais moleculares<br />
O elétron pode ser considerado como partícula ou como onda e portanto, ser<br />
descrito como uma partícula ocupando um orbital atômico, ou por uma função de<br />
onda ψ. Os elétrons numa molécula ocupam orbitais moleculares. A função de onda<br />
que descreve um orbital molecular pode ser obtida através da combinação linear de<br />
orbitais atômicos (CLOA) ou LCAO (do inglês, linear combination of atomic orbitals).<br />
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