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Período Simples - Projeto Medicina

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08 está perigo. Esse enlevo inocente da dança entrega a<br />

mulher<br />

09 palpitante, inebriada, às tentações do cavalheiro,<br />

delicado embora,<br />

10 mas homem, que ela sem querer está provocando com o<br />

casto requebro<br />

11 de seu talhe e traspassando com as tépidas emanações<br />

de seu corpo.<br />

José de Alencar<br />

Esse enlevo inocente da dança entrega a mulher às<br />

tentações do cavalheiro.<br />

Assinale a alternativa em que os complementos verbais<br />

são do mesmo tipo dos encontrados na frase acima.<br />

a) Considerou irrecuperável aquele velho piso de madeira.<br />

b) Essa moça sempre responde indelicadamente a<br />

qualquer pergunta.<br />

c) Ditou a carta ao filho recém-alfabetizado.<br />

d) O navio zarpou às primeiras horas de calmaria.<br />

e) Bem no alto cintilam as estrelas mais atraentes.<br />

72) (UFSC-2007)<br />

1<br />

5<br />

TEXTO 3<br />

“Quando a noite está escura, e cai o vento noroeste,<br />

vê-se dois vultos brancos como a neve atravessarem o<br />

mar, vindos da Ilha do Mel à Ponta Grossa, e irem<br />

costeando até a Ponta da Pedreira. Dali se<br />

transformam em duas pombas brancas, e voam pelo<br />

mesmo caminho que vieram; porém então são<br />

perseguidas por três corvos que procuram agarrá-las<br />

com seus bicos hediondos, grasnando horrivelmente:<br />

chegando bem no meio do mar, os corvos se<br />

transformam em Meninos queimados, e lançam gritos<br />

tão agudos que fazem acordar as crianças em seus<br />

berços, iluminando todo o mar com o clarão de suas<br />

caudas inflamadas.”<br />

CASTRO, Ana Luísa de Azevedo. D. Narcisa de Villar. 4.<br />

ed. Florianópolis: Ed. Mulheres, 2000, p. 126.<br />

Considerando ainda o TEXTO 3, assinale a(s)<br />

proposição(ões) CORRETA(S).<br />

01. De acordo com a norma culta, na frase “vê-se dois<br />

vultos brancos como a neve atravessarem o mar [...]”<br />

(linhas 1-2) há problema de concordância verbal, uma vez<br />

que o verbo “vê” deveria estar no plural, por ter como<br />

sujeito “dois vultos brancos como a neve”.<br />

02. Em “... três corvos que procuram agarrá-las...” (linhas<br />

4-5), o pronome oblíquo faz referência à palavra “crianças”<br />

(linha 7).<br />

24 | <strong>Projeto</strong> <strong>Medicina</strong> – www.projetomedicina.com.br<br />

04. Em “Dali se transformam em duas pombas brancas”<br />

(linha 3), houve elipse do sujeito que pode ser resgatado<br />

no período anterior.<br />

08. De acordo com as informações do Texto 3, é possível<br />

avistar os “vultos brancos como a neve atravessarem o<br />

mar” (linhas 1-2) sob duas condições: que a noite esteja<br />

escura e sem vento noroeste.<br />

16. Em “... lançam gritos tão agudos que fazem acordar as<br />

crianças em seus berços” (linhas<br />

6-7) temos, na segunda oração, uma relação de<br />

conseqüência.<br />

32. Os vocábulos está, vê-(se), porém, três, agarrá-(las),<br />

sublinhados no Texto 3, recebem acento gráfico pela<br />

mesma regra, ou seja, por serem todos oxítonos, condição<br />

suficiente para que os vocábulos sejam acentuados.<br />

73) (PUC-SP-2006) A animalização do país<br />

Clóvis Rossi, Folha de São Paulo, 21 de fevereiro de 2006<br />

SÃO PAULO - No sóbrio relato de Elvira Lobato, lia-se<br />

ontem, nesta Folha, a história de um Honda Fit<br />

abandonado em uma rua do Rio de Janeiro "com uma<br />

cabeça sobre o capô e os corpos de dois jovens negros,<br />

retalhados a machadadas, no interior do veículo".<br />

Prossegue o relato: "A reação dos moradores foi tão<br />

chocante como as brutais mutilações. Vários moradores<br />

buscaram seus celulares para fotografar os corpos, e os<br />

mais jovens riram e fizeram troça dos corpos.<br />

Os próprios moradores descreveram a algazarra à<br />

reportagem. "Eu gritei: Está nervoso e perdeu a cabeça?",<br />

relatou um motoboy que pediu para não ser identificado,<br />

enquanto um estudante admitiu ter rido e feito piada ao<br />

ver que o coração e os intestinos de uma das vítimas<br />

tinham sido retirados e expostos por seus algozes.<br />

"Ri porque é engraçado ver um corpo todo picado",<br />

respondeu o estudante ao ser questionado sobre a causa<br />

de sua reação.<br />

O crime em si já seria uma clara evidência de que bestasferas<br />

estão à solta e à vontade no país. Mas ainda daria,<br />

num esforço de auto-engano, para dizer que crimes<br />

bestiais ocorrem em todas as partes do mundo.<br />

Mas a reação dos moradores prova que não se trata de<br />

uma perversidade circunstancial e circunscrita. Não. O país<br />

perde, crescentemente, o respeito à vida, a valores<br />

básicos, ao convívio civilizado. O anormal, o patológico, o<br />

bestial, vira normal. "É engraçado", como diz o estudante.<br />

O processo de animalização contamina a sociedade, a<br />

partir do topo, quando o presidente da<br />

República diz que seu partido está desmoralizado, mas vai<br />

à festa dos desmoralizados e confraterniza com<br />

trambiqueiros confessos. Também deve achar<br />

"engraçado".<br />

Alguma surpresa quando é declarado inocente o<br />

comandante do massacre de 111 pessoas, sob aplausos de<br />

parcela da sociedade para quem presos não têm direito à

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