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Período Simples - Projeto Medicina

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) Pega, ladrão!<br />

93) (Mack-2004) Ornemos nossas testas com as flores,<br />

e façamos de feno um brando leito;<br />

prendamo-nos, Marília, em laço estreito,<br />

gozemos do prazer de sãos amores (...)<br />

(...) aproveite-se o tempo, antes que faça<br />

o estrago de roubar ao corpo as forças<br />

e ao semblante a graça.<br />

Tomás Antônio Gonzaga<br />

No poema, roubar exigiu objeto direto e indireto. Assinale<br />

a alternativa que contém verbo empregado do mesmo<br />

modo.<br />

a) Ele insistiu comigo sobre a questão da assinatura da<br />

revista.<br />

b) Emendou as peças para formar o desenho de uma casa.<br />

c) Encontrou ao fim do dia o endereço desejado.<br />

d) Eles alinharam aos trancos a ferragem da bicicleta.<br />

e) Só ontem avisou-me de sua viagem.<br />

94) (ITA-1996) OS CÃES<br />

- Lutar. Podes escachá-los ou não; o essencial* é que lutes.<br />

Vida é luta. Vida sem luta* é um mar morto no centro do<br />

organismo universal.<br />

DAÍ A POUCO demos COM UMA BRIGA de cães¤; fato que<br />

AOS OLHOS DE UM HOMEM VULGAR não teria valor,<br />

Quincas Borba fez-me parar e observar os cães. Eram dois.<br />

Notou que ao pé deles* estava um osso, MOTIVO DA<br />

GUERRA, e não deixou de chamar a minha atenção para a<br />

circunstância de que o osso não tinha carne. Um simples<br />

osso nu. Os cães mordiam-se*, rosnavam, COM O FUROR<br />

NOS OLHOS... Quincas Borba meteu a bengala DEBAIXO<br />

DO BRAÇO, e parecia em êxtase.<br />

- Que belo que isto é! dizia ele de quando em quando. Quis<br />

arrancá-lo dali, mas não pude; ele estava arraigado AO<br />

CHÃO, e só continuou A ANDAR, quando a briga cessou*<br />

INTEIRAMENTE, e um dos cães, MORDIDO e vencido, foi<br />

levar a sua fome A OUTRA PARTE. Notei que ficara<br />

sinceramente ALEGRE, posto* contivesse a ALEGRIA,<br />

segundo convinha a um grande filósofo. Fez-me observar a<br />

beleza do espetáculo, relembrou o objeto da luta, concluiu<br />

que os cães tinham fome; mas a privação do alimento era<br />

nada para os efeitos gerais da filosofia. Nem deixou de<br />

recordar que em algumas partes do globo o espetáculo é<br />

mais grandioso: as criaturas humanas é que disputam¤ aos<br />

cães os ossos e outros manjares menos APETECÍVEIS; luta<br />

que se complica muito, porque entra em ação a<br />

inteligência do homem, com todo o acúmulo de<br />

sagacidade que lhe deram os séculos etc.<br />

Quanto à predicação, os verbos "mordiam, cessou,<br />

disputam"<br />

classificam-se, no texto, respectivamente como:<br />

a) t. direto e indireto, transitivo, t. direto.<br />

34 | <strong>Projeto</strong> <strong>Medicina</strong> – www.projetomedicina.com.br<br />

b) t. direto e indireto, intransitivo, t. direto.<br />

c) transitivo, ligação, t. direto e indireto<br />

d) t. direto, intransitivo, t. direto e indireto.<br />

e) intransitivo, intransitivo, transitivo.<br />

95) (Faap-1997) Os gatos<br />

Deus fez o homem à sua imagem e semelhança, e<br />

fez o crítico à semelhança do gato. Ao crítico deu ele, como<br />

ao gato, a graça ondulosa e o assopro, o ronrom e a garra,<br />

a língua espinhosa. Fê-lo nervoso e ágil, refletido e<br />

preguiçoso; artista até ao requinte, sarcasta até a tortura,<br />

e para os amigos bom rapaz, desconfiado para os<br />

indiferentes, e terrível com agressores e adversários... .<br />

Desde que o nosso tempo englobou os homens<br />

em três categorias de brutos, o burro, o cão e o gato - isto<br />

é, o animal de trabalho, o animal de ataque, e o animal de<br />

humor e fantasia - por que não escolheremos nós o<br />

travesti do último? É o que se quadra mais ao nosso tipo, e<br />

aquele que melhor nos livrará da escravidão do asno, e das<br />

dentadas famintas do cachorro.<br />

Razão por que nos acharás aqui, leitor, miando<br />

um pouco, arranhando sempre e não temendo nunca.<br />

Fialho de Almeida<br />

"Deus fez o homem à sua imagem e semelhança".<br />

A Língua conhece o objeto direto pleonástico e<br />

preposicionado:<br />

a) Ao homem fê-lo Deus à sua imagem e semelhança.<br />

b) O homem foi feito por Deus à sua imagem e<br />

semelhança.<br />

c) O homem fez Deus à sua imagem e semelhança.<br />

d) O homem Deus fez à sua imagem e semelhança.<br />

e) À sua imagem e semelhança fez Deus o homem.<br />

96) (UFSCar-2003) Para responder à questão abaixo, leia o<br />

trecho extraído de Gabriela, cravo e canela, obra de Jorge<br />

Amado.<br />

O marinheiro sueco, um loiro de quase dois metros, entrou<br />

no bar, soltou um bafo pesado de álcool na cara de Nacib e<br />

apontou com o dedo as garrafas de “Cana de Ilhéus”. Um<br />

olhar suplicante, umas palavras em língua impossível. Já<br />

cumprira Nacib, na véspera, seu dever de cidadão, servira<br />

cachaça de graça aos marinheiros. Passou o dedo indicador<br />

no polegar, a perguntar pelo dinheiro. Vasculhou os bolsos<br />

o loiro sueco, nem sinal de dinheiro. Mas descobriu um<br />

broche engraçado, uma sereia dourada. No balcão colocou<br />

a nórdica mãe-d’água, Yemanjá de Estocolmo. Os olhos do<br />

árabe fitavam Gabriela a dobrar a esquina por detrás da<br />

Igreja. Mirou a sereia, seu rabo de peixe. Assim era a anca<br />

de Gabriela. Mulher tão de fogo no mundo não havia, com<br />

aquele calor, aquela ternura, aqueles suspiros, aquele<br />

langor. Quanto mais dormia com ela, mais tinha vontade.

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