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Período Simples - Projeto Medicina

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É desconhecida a sua existência durante tão longo período.<br />

Um velho caboclo, preso em Canudos nos últimos dias da<br />

campanha, disse-me algo a respeito, mas vagamente, sem<br />

precisar datas, sem pormenores característicos.<br />

Conhecera-o nos sertões de Pernambuco, um ou dous<br />

anos depois da partida do Crato.<br />

Considere as afirmações.<br />

I - o anacoreta sombrio e a sua existência desempenham<br />

função sintática de sujeito.<br />

II - Os pronomes oblíquos assinalados desempenham<br />

funções sintáticas diferentes.<br />

III - Depois da conjunção mas há elipse de um verbo.<br />

Assinale:<br />

a) se apenas I e II estiverem corretas.<br />

b) se apenas II e III estiverem corretas.<br />

c) se apenas II estiver correta.<br />

d) se todas estiverem corretas.<br />

e) se apenas I e III estiverem corretas.<br />

8) (UECE-2006) “Além, muito além daquela serra, que<br />

ainda azula no horizonte, nasceu Iracema.<br />

Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos<br />

mais negros que a asa da graúna e mais longos que seu<br />

talhe de palmeira.<br />

O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a<br />

baunilha recendia no bosque como seu hálito perfumado.<br />

Mais rápida que a ema selvagem, a morena virgem corria o<br />

sertão e as matas do Ipu, onde campeava sua guerreira<br />

tribo, da grande nação tabajara. O pé grácil e nu, mal<br />

roçando, alisava apenas a verde pelúcia que vestia a terra<br />

com as primeiras águas.<br />

Um dia, ao pino do sol, ela repousava em um claro da<br />

floresta. Banhava-lhe o corpo a sombra da oiticica, mais<br />

fresca do que o orvalho da noite.<br />

.......................................................................<br />

Rumor suspeito quebra a harmonia da sesta. Ergue a<br />

virgem os olhos, que o sol não deslumbra; sua vista<br />

perturba-se. Diante dela, e todo a contemplá-la, está um<br />

guerreiro estranho, se é guerreiro e não algum mau<br />

espírito da floresta. Tem nas faces o branco das areias que<br />

bordam o mar, nos olhos o azul triste das águas profundas.<br />

Ignotas armas e tecidos ignotos cobrem-lhe o corpo.<br />

Foi rápido como o olhar o gesto de Iracema. A flecha<br />

embebida no arco partiu. Gotas de sangue borbulham na<br />

face do desconhecido.<br />

De primeiro ímpeto, a mão lesta caiu sobre a cruz da<br />

espada; mas logo sorriu. O moço guerreiro aprendeu na<br />

religião de sua mãe, onde a mulher é símbolo de ternura e<br />

amor. Sofreu mais da alma que da ferida.<br />

O sentimento que ele pôs nos olhos e no rosto, não sei eu.<br />

Porém a virgem lançou de si o arco e a uiraçaba e correu<br />

para o guerreiro, sentida da mágoa que causara. A mão,<br />

que rápida ferira, estancou mais rápida e compassiva o<br />

sangue que gotejava. Depois Iracema quebrou a flecha<br />

homicida; deu a haste ao desconhecido, guardando<br />

consigo a ponta farpada.<br />

3 | <strong>Projeto</strong> <strong>Medicina</strong> – www.projetomedicina.com.br<br />

O guerreiro falou:<br />

- Quebras comigo a flecha da paz?<br />

- Quem te ensinou, guerreiro branco, a linguagem de meus<br />

irmãos? Donde vieste a estas matas que nunca viram outro<br />

guerreiro como tu?<br />

- Venho de longe, filha das florestas. Venho das terras que<br />

teus irmãos já possuíram, e hoje têm os meus.<br />

- Bem-vindo seja o estrangeiro aos campos dos tabajaras,<br />

senhores das aldeias, e à cabana de Araquém, pai de<br />

Iracema.”<br />

(José de Alencar, do romance Iracema)<br />

“ergue a virgem os olhos, que o sol não deslumbra”.(linhas<br />

17 a 18). O agente de deslumbra é<br />

a) a virgem<br />

b) os olhos<br />

c) a palavra que<br />

d) o sol<br />

9) (UFSC-2007)<br />

1<br />

5<br />

10<br />

TEXTO 4<br />

“Capitu deu-me as costas, voltando-se para o<br />

espelhinho. Peguei-lhe dos cabelos, colhi-os todos e<br />

entrei a alisá-los com o pente, desde a testa até as<br />

últimas pontas, que lhe desciam à cintura. Em pé não<br />

dava jeito: não esquecestes que ela era um nadinha<br />

mais alta que eu, mas ainda que fosse da mesma<br />

altura. Pedi-lhe que se sentasse”.<br />

[...]<br />

“Agora, por que é que nenhuma dessas caprichosas<br />

me fez esquecer a primeira amada do meu coração?<br />

[...]<br />

E bem, qualquer que seja a solução, uma<br />

coisa fica, e é a suma das sumas, ou o resto dos restos,<br />

a saber, que a minha primeira amiga e o meu maior<br />

amigo, tão extremosos ambos e tão queridos<br />

também, quis o destino que acabassem juntando-se e<br />

enganando-me... A terra lhes seja leve!”<br />

ASSIS, Machado de. Dom Casmurro. São Paulo: FTD,<br />

1991, p. 65, 208 e 209.<br />

A respeito do TEXTO 4 e da obra Dom Casmurro, assinale<br />

a(s) proposição(ões) CORRETA(S).<br />

01. Em “Peguei-lhe dos cabelos...” (linhas 1-3), “...que lhe<br />

desciam” (linha 3) e “Pedi-lhe que se sentasse” (linhas 4-5),<br />

a palavra destacada, embora sendo um pronome pessoal<br />

oblíquo, tem valor possessivo.<br />

02. Os pronomes destacados em “Capitu deu-me as<br />

costas” (linha 1), “voltando-se para o es-pelhinho” (linha 1)<br />

e “... que se sentasse” (linhas 4-5) são todos reflexivos,

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