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Período Simples - Projeto Medicina

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6. Ao contrário, o direito romano é um direito escrito e<br />

abstrato. Um jurista familiarizado com este direito e<br />

investido da autoridade do Estado é chamado a julgar as<br />

demandas que lhe são feitas e a decidir entre as partes<br />

presentes. Ele procura num texto a fórmula jurídica que se<br />

aplica a esta situação particular e apresenta sua decisão<br />

apoiando-se sobre a jurisprudência.<br />

AMADO, G., FAUCHEUX, c., e LAURENT, A. Mudança<br />

Organizacional e Realidades Culturais: contrastes franco:<br />

americanos. Em CHANLAT, Jean-François (coord.), O<br />

Indivíduo na Organização- Dimensões Esquecidas, vol. II.<br />

São Paulo: Atlas, 1994, p. 154-155.<br />

No texto ocorre a concordância entre o verbo e seu sujeito<br />

passivo, EXCETO em:<br />

a) Pergunta-se a um inglês se ele gosta de espinafre<br />

(terceiro parágrafo). ...<br />

b) Cita-se com freqüência o lado... (primeiro parágrafo).<br />

c) ...que se ensinava a mecânica... (primeiro parágrafo).<br />

d) ...de onde se inferia, a seguir, por indução, os princípios<br />

teóricos (segundo parágrafo).<br />

e) ...no qual se possa buscar inspiração...(quinto<br />

parágrafo).<br />

154) (ITA-2003) Leia o texto seguinte.<br />

“No dia 13 de agosto de 1979, dia cinzento e triste, que me<br />

causou arrepios, fui para o meu laboratório, onde, por<br />

sinal, pendurei uma tela de Bruegel, um dos meus<br />

favoritos. Lá, trabalhando com tripanossomas, e vencendo<br />

uma terrível dor de dentes...” Não. De saída tal artigo seria<br />

rejeitado, ainda que os resultados fossem soberbos. O<br />

estilo... O cientista não deve falar. É o objeto que deve<br />

falar por meio dele. Daí o estilo impessoal, vazio de<br />

emoções e valores:<br />

Observa-se<br />

Constata-se<br />

Obtém-se<br />

Conclui-se.<br />

Quem? Não faz diferença...<br />

(RUBEM ALVES. Filosofia da ciência. São Paulo: Brasiliense,<br />

1991, p. 149)<br />

a) Do primeiro parágrafo, que simula um artigo científico,<br />

extraia os aspectos da forma e do conteúdo que vão contra<br />

a idéia de que “o cientista não deve falar”.<br />

b) O autor exemplifica com uma seqüência de verbos a<br />

idéia de que o estilo deve ser impessoal. Que estratégia de<br />

construção é usada para transmitir o ideal de<br />

impessoalização?<br />

155) (PUC - RJ-2007) Na Idade Média, no início dos tempos<br />

modernos, e por muito tempo ainda nas classes populares,<br />

as crianças misturavam-se com os adultos assim que eram<br />

consideradas capazes de dispensar a ajuda das mães ou<br />

49 | <strong>Projeto</strong> <strong>Medicina</strong> – www.projetomedicina.com.br<br />

das amas, poucos anos depois de um desmame - ou seja,<br />

aproximadamente, aos sete anos de idade. A partir desse<br />

momento, ingressavam imediatamente na grande<br />

comunidade dos homens, participando com seus amigos<br />

jovens ou velhos dos trabalhos e dos jogos de todos os<br />

dias. O movimento da vida coletiva arrastava numa mesma<br />

torrente as idades e as condições sociais, sem deixar a<br />

ninguém o tempo da solidão e da intimidade. Nessas<br />

existências densas e coletivas, não havia lugar para um<br />

setor privado. A família cumpria uma função - assegurava a<br />

transmissão da vida, dos bens e dos nomes – mas não<br />

penetrava muito longe na sensibilidade.<br />

(...)<br />

A família moderna retirou da vida comum não apenas as<br />

crianças, mas uma grande parte do tempo da preocupação<br />

dos adultos. Ela correspondeu a uma necessidade de<br />

intimidade e também de identidade: os membros da<br />

família se unem pelo sentimento, o costume e o gênero de<br />

vida. As promiscuidades impostas pela antiga sociabilidade<br />

lhes repugnam. Compreende-se que essa ascendência<br />

moral da família tenha sido originariamente um fenômeno<br />

burguês: a alta nobreza e o povo, situados nas duas<br />

extremidades da escala social conservaram por mais<br />

tempo as boas maneiras tradicionais, e permaneceram<br />

indiferentes à pressão exterior. As classes populares<br />

mantiveram até quase nossos dias esse gosto pela<br />

multidão. Existe portanto uma relação entre o sentimento<br />

da família e o sentimento de classe. Em várias ocasiões, ao<br />

longo deste estudo, vimos que eles se cruzavam. Durante<br />

séculos os mesmos jogos foram comuns às diferentes<br />

condições sociais; a partir do início dos tempos modernos,<br />

porém, operou-se uma seleção entre eles: alguns foram<br />

reservados aos bem-nascidos, enquanto outros foram<br />

abandonados ao mesmo tempo às crianças e ao povo. As<br />

escolas de caridade do século XVII, fundadas para os<br />

pobres, atraíam também as crianças ricas.<br />

Mas a partir do século XVIII, as famílias burguesas não<br />

aceitaram mais essa mistura, e retiraram suas crianças<br />

daquilo que se tornaria um sistema de ensino primário<br />

popular, para colocá-las nas pensões ou nas classes<br />

elementares dos colégios, cujo monopólio conquistaram.<br />

Os jogos e as escolas, inicialmente comuns ao conjunto da<br />

sociedade, ingressaram então num sistema de classes. Foi<br />

como se um corpo social polimorfo e rígido se desfizesse e<br />

fosse substituído por uma infinidade de pequenas<br />

sociedades - as famílias - e por alguns grupos maciços - as<br />

classes. As famílias e as classes reuniam indivíduos que se<br />

aproximavam por sua semelhança moral e pela identidade<br />

de seu gênero de vida. O antigo corpo social único, ao<br />

contrário, englobava a maior variedade possível de idades<br />

e condições.<br />

Ariès, Philippe. Historia Social da Criança e da Família. 2ª.<br />

ed. Rio de Janeiro: LTC Editora, 1981.<br />

pp. 194-6.<br />

a) – Observe:

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